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São Paulo-SP
2016
PABLO MAGALHÃES ALVES GAMA
São Paulo-SP
2016
PABLO MAGALHÃES ALVES GAMA
Banca Examinadora
______________________________________
Prof. Dr. Homero de Giorgi Cerqueira - UNICID
Orientador
______________________________________
Professor - UNICID
Examinador
______________________________________
Professor - UNICID
Examinador
São Paulo-SP
2016
Dedico a Deus, aos mestres que repassaram seus conhecimentos
e a minha família por não medir esforços para me incentivar a
todo instante.
AGRADECIMENTOS
A meu bebê, Julia Batista, que foi a minha inspiração para almejar novas conquistas.
RESUMO
1
Graduando em Direito pela Universidade Cidade de São Paulo – UNICID. Endereço eletrônico:
pma.gama@yahoo.com.br
TEMPORARY PRISONS, PERMANENT DAMAGE: An analysis of the prison
system of Sergipe.
ABSTRACT
The discussion about the theme crime versus imprisonment is fertile ground for
forceful polemics. As regards the prison system of Sergipe, the debate lacks precise
information before the fragility, selectivity and casual view on the matter. In this
sense , the present work , taking as a study based on data provided by the Ministry
of Justice with reference period of June 30, 2014 and sampling period October 2014
to May 2015, intends to offer a diagnosis on the reality of the prison system of the
state; discuss the changes to the Law 12.403/2011, which relate to prison and to
freedom provisional; Finally presents the newly deployed project Hearing of custody.
The methodology adopted was a quantitative analysis of the data obtained and
bibliographic research in articles, periodicals, sites and books.
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 8
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 24
ANEXOS ................................................................................................................... 26
Anexo 1 – Relatório INFOPEN - Sergipe ............................................................... 27
8
1 INTRODUÇÃO
2
OBSERVATÓRIO DE SERGIPE. Indicadores de Desenvolvimento Sergipano 2015 -
Dimensão Rendimento, Pobreza e Desigualdade. Disponível em:
<http://www.observatorio.se.gov.br/indicadores-de-desenvolvimento-social-ids>.
9
Nesse sentido, o presente estudo tem como proposta, a partir dos dados
apurados, compreender a realidade do sistema prisional em Sergipe; assinalar as
alterações oriundas da Lei 12.403/2011 que disciplinam a prisão e a liberdade
provisória; expor o projeto Audiências de Custódia, recém implantado em Sergipe,
como iniciativa efetiva de solução à tradição do encarceramento.
A metodologia adotada foi a análise quantitativa dos dados obtidos, bem
como pesquisa bibliográfica em artigos, periódicos, sites e livros.
3
Entrevista concedida ao Diário Online Causa Operária, em 26.02.2013. Disponível em: <
http://www.pco.org.br/nacional/toda-prisao-no-brasil-e-ilegal-porque-se-a-prisao-que-esta-
na-lei-nao-existe-a-que-aplicamos-na-realidade-e-ilegal-/epbz,y.html>.
10
4
GLOBO COMUNICAÇÃO E PARTICIPAÇÕES S.A. Presos fazem rebelião com reféns na
Penitenciária Estadual de Londrina. Disponível em: <http://g1.globo.com/pr/norte-
noroeste/noticia/2015/10/presos-fazem-rebeliao-com-refens-na-penitenciaria-estadual-de-
londrina-ii.html>
5
GLOBO COMUNICAÇÃO E PARTICIPAÇÕES S.A. Após 26 horas, rebelião chega ao fim
no presídio Urso Branco, em RO. Disponível em:
<http://g1.globo.com/ro/rondonia/noticia/2015/10/apos-26h-rebeliao-chega-ao-fim-no-
presidio-urso-branco-em-ro.html>
6
PORTAL INFONET. Rebelião em Glória: Presos atiram em agentes e fogem. Disponível
em: <http://www.infonet.com.br/cidade/ler.asp?id=176565>
7
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA. Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias –
INFOPEN. Disponível em: <http://www.justica.gov.br/seus-direitos/politica-
penal/transparencia-institucional/estatisticas-prisional/levantamento-nacional-de-
informacoes-penitenciarias>
11
8
Estados Unidos, China, Rússia, Brasil, Índia, Tailândia, México, Irã, Indonésia, Turquia,
África do Sul, Vietnã, Colômbia, Filipinas, Etiópia, Reino Unido, Reino Unido, Paquistão,
Marrocos e Peru.
12
regime aberto. Assim, cerca de 41% das pessoas privadas de liberdade aguardam
condenação definitiva.
A classificação da população carcerária brasileira por faixa etária, permite
notar que a proporção de jovens no sistema prisional é maior que na população em
geral. Enquanto 56% da população prisional é composta por jovens, essa faixa
etária compõe apenas 21,5% da população total do país.
O grau de escolaridade dos presos é demasiadamente baixo.
Aproximadamente 80% das pessoas presas frequentaram, no máximo, até o ensino
fundamental e apenas 8% concluiu o ensino médio. Por sua vez, a média nacional
de escolaridade da população apresenta valores bem diversos, 50% da população
frequentou, no máximo, até o ensino fundamental e 32% concluiu o ensino médio
Foram registradas 565 mortes nas unidades prisionais no primeiro semestre
de 2014. A taxa de mortes intencionais no sistema prisional é de 8,4 mortes para
cada dez mil pessoas presas em um semestre, o que corresponderia a 167,5 mortes
intencionais para cada cem mil pessoas privadas de liberdade em um ano.
13
9
SANTOS NETO, Amâncio Cardoso. O Quinto dos Infernos: presídios em Sergipe no século
XIX. Disponível em: <http://sindpen-se.org.br/conteudo/348/o-quinto-dos-infernos-presidios-
em-sergipe-no-seculo-xix>.
14
A antiga Casa de Prisão da capital foi extinta nas primeiras décadas do século
XX. Em sua substituição foi construída a Penitenciária de Aracaju, considerada à
época o mais moderno estabelecimento penal do estado. Ironicamente, padeceu da
mesma precariedade que tem acometido o sistema.
10
Anexo 1
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3.5 Mortalidade
A taxa de mortes intencionais no sistema prisional é de 4,9 mortes para cada
dez mil pessoas presas em um semestre, o que equivaleria a 97,7 mortes
intencionais para cada cem mil pessoas privadas de liberdade em um ano.
18
4 PRISÃO PROVISÓRIA
Convém, ainda que de forma simplória, estabelecer o conceito de prisão,
entendida como a restrição da liberdade de ir e vir, por meio do recolhimento da
pessoa ao cárcere. Contudo, não se distingue nesse conceito a prisão provisória,
que ocorre enquanto se aguarda o encerramento da instrução criminal, daquela que
resulta de cumprimento de pena.
Conforme bem salienta NUCCI11, “enquanto o Código Penal regula a prisão
decorrente de condenação, o Código de Processo Penal trata da prisão cautelar e
provisória, destinada unicamente a vigorar, quando necessário, até o trânsito em
julgado da decisão condenatória”.
As espécies de prisão provisória são: prisão em flagrante; prisão temporária;
prisão preventiva; prisão em decorrência de pronúncia; prisão em decorrência de
sentença condenatória recorrível e condução coercitiva por recusa injustificada a
comparecer em juízo ou na polícia. Neste último caso, por se tratar de modalidade
de prisão (quem é conduzido coercitivamente pode ser algemado e colocado em
cela até que seja ouvido pela autoridade competente), somente o juiz pode decretá-
la.
Com vigência a partir de 04 de julho de 2011, a Lei 12.403 alterou
consideravelmente a matéria referente à prisão. As alterações introduzidas permitem
ao Juiz, ao receber o auto de prisão em flagrante, tomar decisão que não implica
prisão ao acusado e, ao mesmo tempo, não sugere liberdade total: pode, assim,
submetê-lo às medidas cautelares diversas da prisão, conforme disposto no art. 319
do Código de Processo Penal, que consistem em:
Art. 319. São medidas cautelares diversas da prisão:
I - comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas
condições fixadas pelo juiz, para informar e justificar atividades;
II - proibição de acesso ou frequência a determinados lugares
quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o
indiciado ou acusado permanecer distante desses locais para
evitar o risco de novas infrações;
III - proibição de manter contato com pessoa determinada
quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o
indiciado ou acusado dela permanecer distante;
IV - proibição de ausentar-se da Comarca quando a
permanência seja conveniente ou necessária para a
investigação ou instrução;
11
NUCCI, Guilherme de Souza. Código de Processo Penal Comentado. 13. ed. rev. e ampl.
Rio de Janeiro: Forense, 2014. Formato epub. Título IX, 1.
19
12
AVENA, Norberto Cláudio Pâncaro. Processo Penal Esquematizado. 6. ed. São Paulo:
Método, 2014. p. 857.
20
5 AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA
13
Audiências de Custódia do Conselho Nacional de Justiça — Da política à prática.
Disponível em: <http://www.conjur.com.br/2015-nov-11/lewandowski-audiencias-custodia-
cnj-politica-pratica>.
22
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
NUCCI, Guilherme de Souza. Código de Processo Penal Comentado. 13. ed. rev. e
ampl. Rio de Janeiro: Forense, 2014. Formato epub. Título IX, 1.
<http://sindpen-se.org.br/conteudo/348/o-quinto-dos-infernos-presidios-em-sergipe-
no-seculo-xix>. Acesso em: 15 de mai. 2016.
ANEXOS
27
ANEXOS 1
ANEXOS 1
RELATÓRIO INFOPEN – SERGIPE
29
30
31
32
33
34