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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA


DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO

MEMORIAL DESCRITIVO

CONFORTO AMBIENTAL III


PROFESSORA: LUCIANE DURANTE
ALUNOS: ALISSON NERY
ÍRIS RICARTE
LETÍCIA CAROLINE

UFMT - CAMPUS CUIABÁ


MAIO/2021
O PROJETO ACÚSTICO

Projeto Inicial

O trabalho em questão trata de um projeto para tratamento acústico de um


auditório, cujas dimensões são 16mx25mx6,5m. Ao longo do processo, o projeto
passou por diversas adequações buscando trazer o conforto acústico para o
ambiente, seguindo os índices exigidos.

ANÁLISE DESCRITIVA DA EVOLUÇÃO DO DESEMPENHO ACÚSTICA

1. SALA VAZIA

Após as definições iniciais de configuração de layout, obteve-se o Tempo de


Reverberação Ideal e pôde-se observar que o índice inicial de reverberação da sala
vazia alcançou níveis altos e a partir disso teve-se parâmetros para o
direcionamento do tratamento acústico do auditório.

Tabela sala vazia


Tabela com os índices de Tempo de Reverberação - sala vazia

Gráfico de Tempo de Reverberação - sala vazia

2. SALA COM ⅔ DOS OCUPANTES

Tabela sala 2/3


Tabela com os índices de Tempo de Reverberação - sala ⅔

Gráfico de Tempo de Reverberação - sala ⅔

Seguindo o roteiro, pôde-se observar que a sala com ⅔ dos


ocupantes possuía Tempo de Reverberação menor que o da sala vazia, mas ainda
assim não atingia os níveis ideais. Dessa forma, após serem realizadas as análises
necessárias, buscou-se melhorar a distribuição do som no ambiente através da
geometria, primeiramente do forro e logo após, das paredes.

3. SALA COM ⅔ DOS OCUPANTES E ACÚSTICA GEOMÉTRICA

3.1 Geometria do forro

Adotando-se como partido placas sobrepostas para o forro, cujo desenho


fazia referência a escamas, buscava-se reduzir o volume e, consequentemente,
adequar-se aos níveis ideais do Tempo de Reverberação. Entretanto, os resultados
obtidos mostraram-se insatisfatórios e foram necessárias novas adequações.
Reflexões no forro -- situação inicial

Ainda com objetivo de reduzir volume, propôs-se rebaixar toda a estrutura do


forro atentando-se para manter um pé direito mínimo de 2,80m no final do auditório.

Reflexões no forro após rebaixo – situação 2

Tabela considerando a sala 2/3 e geometria de forro na situação 2


Tabela com índices de Tempo de Reverberação considerando a sala 2/3 e geometria de forro na
situação 2

6,00
Tempo de reverberação (s)

5,00

4,00

3,00 Tr ótimo + 10%


Tr ótimo -10%
2,00
Tr sala vazia
1,00 Tr IDEAL
0,00
125250500100020004000
Frequencias (Hz)

Gráfico de Tempo de Reverberação - sala ⅔ e geometria de forro na situação 2

Mesmo diante dessas alterações e, posterior modificação na geometria das


paredes e aplicação de materiais, o tempo de reverberação ideal não havia sido
alcançado e como uma das medidas paliativas tomadas, optou-se por reduzir o
número de placas refletivas para utilizar um forro absortivo, substituindo as duas
últimas placas. Além disso, propôs-se o fechamento do vão acima do palco com um
forro de gesso.
Reflexões no forro -- situação final

3.2 Geometria das paredes

A geometria das paredes foi pensada como um complemento da geometria


do forro, sendo assim, possuem uma linguagem que evidencia o mesmo e através
de angulações sutis atendem a platéia de forma satisfatória sem reduzir
significativamente a quantidade de poltronas.

Reflexões na parede - situação final


Tabela considerando a sala 2/3 e geometria de forro na situação 2 e geometria das paredes

Tabela com índices de Tempo de Reverberação considerando a sala 2/3, geometria de forro na situação
2 e geometria das paredes

6,00
Tempo de reverberação (s)

5,00
4,00
3,00 Tr ótimo + 10%

2,00 Tr ótimo -10%


Tr sala vazia
1,00
Tr IDEAL
0,00
125250500 1000 2000 4000
Frequencias (Hz)

Gráfico de Tempo de Reverberação - sala ⅔, geometria de forro na situação 2 e geometria das paredes

ESPECIFICAÇÃO DOS MATERIAIS COM JUSTIFICATIVA TÉCNICA DA ESCOLHA

A escolha dos materiais foi de grande peso para a adequação dos níveis de
tempo de reverberação ideais para cada frequência analisada, pois mesmo com as
alterações geométricas propostas, não se obteve os resultados desejados, sendo
necessário aumentar a área de superfícies absortivas. Portanto, buscou-se
materiais
com melhores características absorventes para serem aplicados nas áreas
identificadas como ideais para os receberem.

Tabela considerando a sala 2/3, geometria de forro na situação final, geometria das paredes e aplicação
dos materiais especificados

Tabela com índices de Tempo de Reverberação considerando a sala 2/3, geometria de forro na situação
2, geometria das paredes e aplicação dos materiais especificados

1,50
Tempo de reverberação (s)

1,30
1,10
0,90
Tr ótimo + 10%
0,70
Tr ótimo -10%
0,50
0,30 Tr sala vazia
Tr IDEAL
0,10
-0,10
125 250500 1000 2000 4000
Frequencias (Hz)

Gráfico de Tempo de Reverberação - situação final de geometria e materiais


ESPECIFICAÇÃO DOS MATERIAIS
N° NOME MARCA MODELO MATERIAL COR JUSTIFICATIVA

Possui maiores
Revestimento OWA Sonex Nexacustic DOT Melamina índices absortivos em
1 de parede Brasil 6416 250 mm MDF padrão baixas frequências
amadeirad
o

Possui maiores
OWA Sonex Nexacustic DOT Melamina índices absortivos em
2 Forro Brasil 6416 - sistema MDF padrão baixas frequências
absortivo oculto 250 mm amadeirad
o

Mistura de
Acoustic Crosspoint Tiarra fibra de Snakeskin Necessidade de
3 Carpete Solutions II 5 mm poliéster #506 superfícies absortivas
reciclado a
50%

Poltrona Ótimo desempenho


4 acústica Kastrup KAS 010 Acústica Poliéster Vermelho acústico

Espuma de Absorvedor de graves


5 Corner Trap Vibrasom Modelo único poliuretano Marrom
expandido

Placa de - - Gesso Branco Necessidade de


6 gesso material refletivo

Parede de Necessidade de
7 alvenaria - - - Cinza material refletivo
pintada próximo ao palco

Linóleo sobre Necessidade de


8 concreto - - Linóleo Marrom material refletivo no
palco

Cortina com Necessidade de


9 dobras de - - Algodão Vermelho superfícies absortivas
50% de sua
área

Porta de entrada
do auditório do Necessidade de
10 Porta - Museu de Imagem - - isolamento acústico
acústica e do Som - SP
DADOS DE DESEMPENHO ACÚSTICO DOS MATERIAIS

1. REVESTIMENTO NEXACUSTIC DOT 6416

Imagem Ilustrativa

ÍNDICES DE ABSORÇÃO

125 250 500 1000 2000 4000


1,35 1,20 0,95 0,80 0,45 0,25

2. FORRO NEXACUSTIC DOT 6416

Imagem Ilustrativa

ÍNDICES DE ABSORÇÃO

125 250 500 1000 2000 4000


1,35 1,20 0,95 0,80 0,45 0,25
3. CARPETE CROSSPOINT TIARRA II

Imagem Ilustrativa

ÍNDICES DE ABSORÇÃO

125 250 500 1000 2000 4000

0,02 0,05 0,15 0,29 0,38 0,47

4. POLTRONA ESTOFADA KASTRUP

Imagem Ilustrativa

ÍNDICES DE ABSORÇÃO (vazia)

125 250 500 1000 2000 4000


0,21 0,33 0,38 0,46 0,39 0,35
ÍNDICES DE ABSORÇÃO (ocupada)

125 250 500 1000 2000 4000


0,30 0,38 0,49 0,52 0,53 0,55

5. CORNER TRAP VIBRASOM

Imagem Ilustrativa

ÍNDICES DE ABSORÇÃO

125 250 500 1000 2000 4000


1,08 1,23 1,14 1,07 1,05 1,08

6. PLACA DE GESSO

ÍNDICES DE ABSORÇÃO

125 250 500 1000 2000 4000


0,01 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05
7. PAREDE DE ALVENARIA PINTADA

ÍNDICES DE ABSORÇÃO

125 250 500 1000 2000 4000


0,01 0,01 0,02 0,02 0,02 0,02

8. LINÓLEO SOBRE CONCRETO

ÍNDICES DE ABSORÇÃO

125 250 500 1000 2000 4000


0,01 0,01 0,01 0,02 0,03 0,03

9. CORTINA DE ALGODÃO COM DOBRAS DE 50% DE SUA ÁREA

ÍNDICES DE ABSORÇÃO

125 250 500 1000 2000 4000


0,07 0,31 0,49 0,81 0,66 0,54

10. PORTA DE ENTRADA DO AUDITÓRIO DO MUSEU DE IMAGEM E DO SOM


- SP

ÍNDICES DE ABSORÇÃO

125 250 500 1000 2000 4000


0,10 0,11 0,10 0,08 0,08 0,07

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