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CENTRO MULTIDISCIPLINAR DE PAU DOS FERROS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS


E HUMANAS

ROBERTA DE SOUSA VALENTIM

RELATÓRIO SOBRE O CÁLCULO DO TEMPO DE REVERBERAÇÃO PARA


AUDITÓRIO LOCALIZADO NO HOTEL LUMUS

Pau dos Ferros /


RN 2022
ROBERTA DE SOUSA VALENTIM

RELATÓRIO SOBRE O CÁLCULO DO TEMPO DE REVERBERAÇÃO PARA


AUDITÓRIO LOCALIZADO NO HOTEL LUMUS

Relatório apresentado à disciplina de


Conforto Ambiental III para a obtenção da
avaliação da segunda unidade.

Prof. Dr. Eduardo Raimundo Dias Nunes

Pau dos Ferros /


RN 2022
Sumário

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 4
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ..................................................................................... 4
3. OBJETIVOS ................................................................................................................... 4
4. MATERIAL E MÉTODOS............................................................................................... 4
5. ANÁLISE DOS DADOS E RESULTADOS..................................................................... 4
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................... 4
7. REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 5
1. INTRODUÇÃO

O tempo de revesberação é de fundamental importancia no que se refere a estudos sobre


a acústica em projetos arquitetônicos. O tempo que a energia sonora permance no ambiente
depois que a fonte cessa a emissão (SOUSA; SERRANO, 2016), ou seja, o periodo de tempo
que todo e qualquer som é emitido dentro de determinado espaço. O conhecimento do tempo
de revesberação, o som refletindo após sua emição é um dos pontos que norteiam o uso dos
materiais, seja eles para absolver ou refletir o som pelo espaço.

O estudo realizado partiu do projeto de um auditório para 200 pessoas que compõe o
térreo do Hotel LUMUS, localizado na cidade de Pau dos Ferros no bairro São Benedito entre
a RN-117 e a R. Ver. Canidé de Noete.

Fig. 01: Planta Baixa do auditório

Fonte: Autora (2022)

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

É evidente a importância de estudar sobre acustica de um ambiente para se obter um


excelente projeto arquitetônico, pois, é através desses estudos que são analisados o
comportamento som emitido no espaço. Em sua grande maioria, esses espaços possui
paredes de vendação que podem ou não influenciar na reflexão do som que os locutores ou
interlocutores escutam de duas formas, seja “Campo direto-som atinge o receptor
diretamente através do ar e campo reverberante-som atinge o receptor após múltiplas
reflexões nas superfícies (parede, teto ou objetos)” (NUNES, 2019).

São vários o fatores que interferem no som, seja o tamanho do espaço ou até mesmo
a quantidade de ouvintes. Segundo Sousa e Serrano (2016), o tempo de reverberação
depende de doids princiais fatores: volume (tamanho) do ambiente e a área de reverberação.
O espaço estudo foi projetado para coportar 200 pessoas e com a possibilidade de aumentar
levando em consideração que o auditório possui divisões móveis. Sabendo disso, consta
que esses locutores e interlocutores irão ouvir de duas formas, os que estão mais próximos
irão receber a onsa sonora através do ar e os ouvintes que estiverem mas longe irão receber
quando a onda refletir no teto, piso e paredes.

3. OBJETIVOS

O estudo de tempo de reverberação tem como objetivo verificar a influência dos


materiais utilizados no auditório a fim de buscar melhores condições se assim foi necessário.
Uma vez que o volume e absorção do materiais que compõem o ambiente são analisados
podem influenciar positivamente na melhoria dos ambientes que necessitam de uma melhor
acústica.

4. MATERIAL E MÉTODOS

A análise foi realizada a partir das medidas de altura, largura e comprimeiro para realização
do cálculo do volume do espaço. Após a obtenção do volume, foi obtido o tempo ótimo de
rerveberação utilizando a tabela de tempo ótimo de reverberação presente na norma NBR
12179.

Fig. 01 – Gráfico de tempo ótimo de reverberação

Fonte: NBR 12179


Em seguida, para a obtenção do somatório das absorções, fez-se uso das informações dos
materiais construtivos do auditório para que fossem identificados o coefiente de absorção
sonora de todos esses materiais. Essa informações estão localizadas no banco de dados
elaborado pela FAUSP em 2013.

Figura 01 – Interface do Banco de dados da FAUSP

Fonte: FAUSP, 2013

Em posse desse dados de absorção, resultou, por fim, no cálculo de tempo real de
reverberação que chega ao valor final a partir na adição dos valores ja encontrados na
fórmula ou como no caso aqui apresentado, através da planilha no Excel que já fornece o
resultado quando os dados são inseridos.

5. ANÁLISE DOS DADOS E RESULTADOS

Os dados gerados a partir da adição na planilha do Excel trouxeram resultados que


precisam ser analisados para chegar a uma conclusão e buscar alternativas viáveis. Através
do volume, tempo ótimo de reverberação, somatório das absorções e o tempo real de
reverberação, é possível entender a necessidade do espaço e traçar estratégias.

Como mostra a Tabela 01, através da largura, comprimeiro e a altura obteve o volume
total do ambiente.

Tabela 01 – Medidas e volume

Largura Comprimento Altura Volume

10,00m 23,50m 2,80m 658,00

Fonte: Excel modificado pela autora (2022)

Com o uso do gráfico de tempo ótimo de reverberação presente na NBR 12179,


encontrou o valor aproximado de 0,90 presente na Tabela 02 abaixo.

Tabela 02 – Tempo ótimo de reverberação

Tempo ótimo de reverberação 0,69

Fonte: Excel modificado pela autora (2022)

Cada material que compõe o espaço possui um coeficiente de absorção, o que influencia
diretamente no calculo de tempo real de reverberação, por isso, com base no banco de dados
fornecidos pela FAUSP, foi colhidos todos os dados referente aos materiais.

Tabela 03 – Somatório das absorções

Somatório das absorções


Coef. Absorção do
Superfície Material Comprimento Largura
Absorção Material

Chapa leve de
lã de madeira
Piso 23,50 10,00 0,50 117,50
com espaço
de 5 cm, vazio
Teto Gesso 23,50 10,00 0,03 7,05

Parede Reboco liso 23,50 10,00 0,02 4,70


Portas de 0,38
Portas madeira. 2,10 3,00 0,06
fechadas
Janela 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Cadeira de
assento
Outros 1,00 50,00 0,05 2,50
dobrado de
madeira vazia
Somatório das absorções 132,13

Fonte: Excel modificado pela autora (2022)

Como mostra a Tabela 03 acima, o somatório das absorções do auditório foi de 132,13.
Em posse desse valor, partiu para a realização do tempo real de reverberação que utiliza o
volume calculado e o somatório de absorções, todos calculados anteriormente. Dessa forma,
o calculo resultou no valor de 0,80 presente na Tabela 04 abaixo.

Tabela 04 – Tempo real de reverberação

Tempo real de reverberação para a


0,75
primeira tabela de somatório

Fonte: Excel modificado pela autora (2022)


Concluiu-se que há uma diferença significativa de 0,6 entre o tempo real e o ideal. Logo,
iniciou novas análises para que os valores se tornassem próximo e consequentemente,
resultasse em um espaço entregue dentro dos parametros estabelecidos e considerados
ideias. Para que isso fosse feito, recorreu novamente ao bancos de dados para fazer teste de
materiais até obter um valor de tempo real de reverberção que se assemelhasse ao tempo
ótimo de reverberação.

Tabela 05 – Somatório das absorções

Somatório das absorções


Coef. Absorção do
Superfície Material Comprimento Largura
Absorção Material

Carpet Reviflex
Piso Tanger sobre 23,50 10,00 0,35 117,50
superfície sólida
Teto Teto Forrovid K80 23,50 10,00 0,22 7,05

Parede Alvenaria pintada 23,50 10,00 0,02 4,70


Portas placas de
lã de madeira
Portas solidamente 2,10 3,00 0,80 0,38
montada sobre
superfície sólida
Janela 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Poltrona com
Outros encosto e acento 1,00 50,00 0,26 2,50
estofado
Somatório das absorções 156,69

Fonte: Excel modificado pela autora (2022)

Como mostra a Tabela 05 acima, o somatório das absorções do auditório foi de 156,96.
Em posse desse valor, partiu para a realização do tempo real de reverberação para comparar
com o tempo ótimo de reverberação a fim de obter um valor aproximado.

Tabela 06 – Tempo real de reverberação

Tempo real de reverberação para a


0,68
primeira tabela de somatório

Fonte: Excel modificado pela autora (2022)

Foi obtido sucesso nas análises e teste de materiais e seus coeficientes de absorção em
busca de um tempo real de reverberação mais próximo ao tempo ótimo de reverberação
estimado em 0,69.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A análise de tempo de reverberação do auditódio localizado no Hotel LUMUS foi realizada
a fim de compreender o comportamento do espaço e também obter conhecimento sobre os
materiais que devem ou não serem utilizados. Os dados e análises feitas mostram que os
materiais que iriam, inicialmente, compor o espaço, não estavam de acordo, resultando em
uma diferença significativa entre o tempo ótimo de reverberação e o tempo real de
reverberação. Por isso, foi necessário traçar estratégias e realizar teste até encontrar os
elementos construtivos ideias para obter êxito e obdecer os parametros estabelecidos.

O presente trabalho entende e conclui o estudo com agrado após obter resultados
satisfatórios e compatíveis, resultando em uma boa acústica que irá proporcionar uma
melhor vivência ao usuário.

7. REFERÊNCIAS
[1] NUNES, Eduardo Raimundo Dias. Notas de aula: Conforto Ambiental III. Pau dos Ferros, 2022.

[2] SOUSA, Ingrid Knochenhauer; SERRANO, Pablo Giordani. Tempo de reverberação ideal. Porta
Acútica. 22 de maios de 2016. Disponível em: http:://portaacusticainffo/tempodereverberação. Acesso
em 01 de maio de 2022.

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