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2. Ações
2.1 Princípios gerais
S d ≤ RR (2.1)
Onde, a solicitação de cálculo é dada por uma adequada combinação de todas as ações
passíveis de agirem sobre a estrutura multiplicadas por seus correspondentes fatores
de majoração (fatores de ponderação γ ):
Sd = ∑ γ f Q i (2.2)
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RR = ɸ R n (2.3)
Sd = solicitação de cálculo;
Rn = resistência nominal;
RR = resistência de cálculo;
n
Sd = ∑ ( γ g G) + γ q1 Q1 + ∑ ¿¿ ) (2.4)
j=2
Onde:
G = ações permanentes;
Q1 = ação predominante para o efeito considerado;
Qj = demais ações variáveis que atuam simultaneamente com a ação principal;
γ g = coeficiente de majoração das ações permanentes;
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Sd = ∑ ( γ g G) + E + ∑ ( γ q ᴪ Q) (2.5)
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Tipos de cargas Ψi
Sobrecargas em pisos de bibliotecas, arquivos, oficinas e garagens 0,75
Cargas de vento 0,6
Cargas de equipamentos, incluindo pontes-rolantes; sobrecargas em pisos 0,65
diferentes das anteriores
Cargas de líquidos e graneis em reservatórios e silos 0,75
Variação de temperatura 0,6
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2.3. Exemplos
Exemplo 1:
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Solução:
Onde:
Estrutura metálica = carga de pequena variabilidade ( γ g = 1,3);
Telha de barro = carga de grande variabilidade ( γ g = 1,4).
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n
Sd = [ ∑ ( γ g G) + γ q1 + ∑ (γ qjᴪ j Q j) ]
j=2
Sd = 1,3 (20) + 1,4 (35) + 1,5 (40) + 1,5 (0,65) (25) + 1,2 (0,6) (10)
Sd = 166,6 kN
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Exemplo 2:
Seja o reservatório da figura 2.2, para o qual se deseja a envoltória dos esforços de
cálculo no topo das fundações (na placa de base):
Solução:
Peso próprio da estrutura = -40kN
Adotando como convenção o sinal negativo para compressão, teremos os
esforços de peso-próprio da estrutura em cada fundação (4 fundações):
−40,0
G= =−10,0 kN
4
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−50,0
Qagua= =−12,5 kN
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Sendo a resultante dos esforços de vento uma carga de 8,0 kN aplicada a uma
altura de 10,0m, para uma base de 1,0m, teremos por apoio:
± 8,0 x 10,0 1
Qvento= x =± 40,0 kN
1,0 2
Analisando cada uma das cargas temporárias, uma por vez como sendo plena, temos:
Para compressão
→ Aplicando a equação, tendo a sobrecarga devida ao líquido no reservatório como
carga plena analisada, vem:
→ Tendo, agora, o vento como efeito predominante, isto é, considerando que o vento
atue com seu valor máximo possível (a carga atua plenamente):
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Para tração:
Para aliviar o peso próprio da estrutura (carga de compressão), para obtermos o
máximo valor de tração, devemos usar os coeficientes entre parêntesis da tabela 2.1,
minorando assim as solicitações permanentes.
Exemplo 3:
- vento frontal = -3,0 kN/m (de baixo para cima, perpendicular às telhas);
- vento de trás = 2,0 kN/m (de cima para baixo, perpendicular às telhas).
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Solução:
Peso-próprio:
Sendo a carga de peso-próprio uma carga distribuída na treliça inteira, temos que
concentrá-la em pontos. A resposta (esforços internos) varia com a forma de
distribuição da carga nos nós da treliça. Aplicando nos nós inferiores, temos cargas de
valores diferentes atuando nos nós extremos (A e B) e nos nós intermediários (B, C e
D), pois difere também a área de abrangência, ou seja, muda a área da estrutura que
descarrega suas cargas nos nós, conforme mostra a figura 2.5:
- Nós A e E;
0,75 x 1,5
G 1= = 0,56 kN
2
-Nós B, C e D:
Para calcular o esforço na barra AB, usando o método de Ritter, traça-se uma
seção S, conforme a figura 2.6 e arbitra-se a carga F AB como sendo de tração. Fazendo
nulo o somatório dos momentos (equilíbrio) das forças à direita da seção, em torno do
nó G, lembrando que as forças FBG são concorrentes no nó G (portanto seus momentos
são nulos), temos:
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3
0 = G2 x (1,5 + 3,0) + G1 4,5 + FAB x ( x 1,5)
4
3
0 = 1,13 x (1,5 + 3,0) + 0,56 x 4,5 + FAB x ( x 1,5)
4
FAB = 6,76 kN
O sinal negativo indica que o sentido da carga FAB é inverso ao arbitrado, ou seja é,
de compressão.
Vento
As cargas de vento são sempre normais á superfície onde incidem. Em uma
cobertura são normais à superfície das telhas. Concentrando as cargas nos nós da
corda superior e fazendo um raciocínio análogo ao das cargas de peso próprio,
teremos:
→ Vento Frontal:
- Nós F e E:
1 6,18
Q1 = -3,0 x
2
x 4
= 2,32 kN
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- Nós G, H e I:
6,18
Q2 = -3,0 x 4 = 4,64 kN
→ Vento de trás:
- Nós F e E:
1 6,18
Q1 = 2,0 x
2
x 4
= 1,55 kN
- Nós G, H e I:
6,18
Q2 = 2,0 x 4 = 3,09 kN
→ Vento frontal:
FAB = -19,12 kN
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3
0=165,0 x 1,5+ F AB x ( x 1,5)
4
FAB = -220,0 kN
a – peso-próprio da estrutura;
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A talha é um equipamento móvel, isto é, pode não estar presente quando da ação
de outras cargas. Então, como suas cargas provocam esforços de compressão, não será
considerada para determinação dos esforços máximos de tração.
Bibliografia
- Bresler, B.: Lyn, T. Y.; Scalzi, J. B. – Design of Steel Structures – Jonh Wiley – 1968.
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