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SOFTWARE DIDÁTICO PARA CÁLCULOS DE SISTEMAS DE RECALQUE DE ÁGUA

Alexandre Rodrigues Chagas Silva1, André Luiz Justi2, Paula Mayumi Saizaki3

RESUMO

Os cálculos necessários para determinar com precisão a perda de carga nos mais variados tipos de tubulações e
acessórios que compõem um sistema de recalque de fluídos são longos, trabalhosos e suscetíveis a erros. Assim, o
objetivo deste trabalho foi desenvolver um software didático para dimensionamento de sistemas de recalque hidráulico
com aplicações na engenharia agrícola, todas páginas e componentes do software foram desenvolvidos através do
ambiente de desenvolvimento integrado Lazarus 1.6 na linguagem de programação Object Pascal, o que possibilitou
simplicidade no visual gráfico e robustez nos cálculos realizados, obedecendo às restrições indicadas na literatura para
as equações adotadas, possibilitando assim, resultados confiáveis e com rapidez.

Palavras-chave: potência, motor elétrico, motor a combustão.

ABSTRACT

DIDACTIC SOFTWARE FOR CALCULATIONS OF WATER RECESS SYSTEMS

The calculations required to accurately determine the pressure drop in all types of pipes and fittings that make up a
fluid discharge system are time consuming, laborious, and error-prone. The objective of this study was to develop an
educational software to scale hydraulic systems with applications in agricultural engineering. All of the interfaces and
software components were developed using Lazarus 1.6 in the Object Pascal programming language, which enabled
simplicity in the graphical interface and robustness in the calculations, sticking to the restrictions adopted equations,
thus obtaining reliable results quickly.

Keywords: power, electric engine, combustion engine.

Recebido para publicação em 21/09/2016. Aprovado em 28/11/2016.


1 - Acadêmico do Curso de Engenharia Agrícola da Universidade Federal do Paraná - e-mail: alexandrerodrigues@ufpr.br
2 - Docente do Curso de Engenharia Agrícola da Universidade Federal do Paraná -e-mail: aljusti@ufpr.br
3 -Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Eng. Química da Univ. Estadual de Maringá, e-mail: paula.saizaki@gmail.com

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Engenharia na agricultura, viçosa - mg, V.24 N.6, Novembro / Dezembro 2016 491-504p.
SILVA, A. R. C. et al.

INTRODUÇÃO MATERIAIS E MÉTODOS

Os avanços científicos e tecnológicos nas O sistema foi desenvolvido na Universidade


áreas de Sistemas de Informação e Engenharia Federal do Paraná - UFPR, Campus Avançado em
têm automatizado tarefas que já foram manuais, e Jandaia do Sul em Linguagem Object Pascal, com
facilitado a resolução de problemas do meio agrícola, o ambiente de desenvolvimento integrado Lazarus,
principalmente na criação de soluções acessíveis executado no sistema operacional Microsoft
a pessoas que trabalham no campo. Dessa forma, Windows 8.1. Foram utilizadas imagens tratadas no
observa-se uma tendência de inserção da informática software de edição de imagens GIMP 2.8, no sistema
no meio agrícola e aumento nos investimentos ligados operacional Linux Mint, bem como componentes
a ela (BORBA, 2004). SANTOS (2011) afirma que o adicionais no próprio Lazarus, são eles: O LazReport
sistema Lazarus é um ambiente de desenvolvimento (componente que permite a geração de relatórios
de aplicativos que possui um conjunto abrangente em tempo de execução do software) e PowerPDF
de opções e configurações, as quais o desenvolvedor (componente que permite a geração de relatórios em
pode utilizar para criar sistemas intuitivos para o PDF).
usuário final, podendo também dar dicas de como Para a construção do software de
deve ser utilizado em cada parte da inserção dos dimensionamento de sistemas de recalque, sistemas
dados no sistema, alterando apenas as “hints” secundários foram desenvolvidos e adicionados ao
(propriedade responsável por mostrar dicas quando projeto.
um determinado evento for cumprido). Como parte crucial do programa, foi
A exibição de informações pertinentes desenvolvida a comunicação entre sistemas
durante a execução do programa pode auxiliar menores, que foram usados para gerar uma interface
no entendimento das entradas, saídas (resultados amigável, sem comprometer todas as regras e
e estimativas) e da parte técnica envolvida, restrições das equações utilizadas e, além disso,
resolvendo, assim, eventuais dúvidas sobre a permitir o acesso a dicas e ferramentas para auxiliar
utilização da própria interface (ZANETTI et al., nas tomadas de decisões necessárias durante a sua
2005). No software, tal função fica a cargo das execução e, também, poder verificar a comparação
dicas ou “hints”, que possibilitam a verificação de entre algumas equações hidráulicas.
inúmeras condições simultâneas, proporcionando, O sistema principal, que realiza os cálculos,
então, a correta utilização dos cálculos indicados na foi desenvolvido para seguir a sequência lógica
literatura, deixando para o usuário a tarefa de apenas das equações/dimensionamento, para isso, foram
inserir os dados requeridos para qualquer propósito utilizadas variáveis em tempo de projeto para
pré-definido e indicado nos formulários, que são as guardar dados até serem usados ou exibidos.
páginas do programa.
A aplicação de softwares no controle RESULTADOS E DISCUSSÃO
operacional da maquinaria agrícola não deve ser
vista apenas como forma de eliminar problemas nas Para VALENTE et al. (2012), a construção de uma
operações, mas sim com a finalidade de oferecer interface gráfica facilita o entendimento e utilização
uma ferramenta de qualidade, que traz benefícios de um software e, com esse intento, foram criadas
ao controle dos custos operacionais executados em interfaces, tendo como ponto de partida a Página
uma propriedade agrícola. Entretanto, existe uma Inicial do software (Figura 1), onde existem menus
carência no setor de ferramentas que auxiliem no na parte superior esquerda, que fornecem acesso às
controle de operações agrícolas, especialmente ferramentas de auxílio. Já na parte central, foram
aquelas relacionadas à tecnologia de informação usadas 3 imagens que representam, em sequência,
(PIACENTINI et al., 2012). Tendo em vista essa a identidade visual da Universidade Federal do
necessidade de ferramentas computacionais na Paraná, do curso de Engenharia Agrícola -UFPR
Engenharia Agrícola, o objetivo deste trabalho foi e do Campus Jandaia do Sul-UFPR. Também na
desenvolver um software didático para o projeto parte central foi posicionado o botão “Iniciar”. Ao
de sistemas de recalque hidráulico, com interface clicar nesse botão, o sistema de dimensionamento
simples, visando atender requisitos presentes na de recalque hidráulico é iniciado, bem como todos
literatura, mostrando-os ao usuário, além de servir os processos que culminam no relatório final gerado
como ferramenta de estudos e realização de cálculos. pelo programa.

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Figura 1. Configuração visual do menu principal do software.

O segundo formulário, assim como os demais, (1)



foi implementado para ser gerado em tempo real
de execução, ou seja, para a máquina, eles não (2)

existem até serem requisitados, foi feito assim em que,
com o intuito de otimizar a execução do software Q = vazão, em m³ s-1;
via capacidade de processamento e memória do V = velocidade de escoamento, em m s-1 ;
computador onde é executado. Nesse formulário A = área de secção transversal do tubo, em m²;
foi adicionada uma caixa de texto indicando o Re = número de Reynolds, adimensional; e
líquido utilizado -no caso deste trabalho, água- = viscosidade cinemática, em m² s-1.
, ao lado da caixa de texto indicada como valor
do diâmetro a ser inserido, fica outra caixa de Foram criados dois formulários idênticos,
opções, que dá acesso ao sistema de conversão conforme mostra a Figura 2, para tubulação de
sucção e tubulação de recalque.
de unidades, que faz a análise dimensional
Quando todos os espaços do formulário “regime
necessária. O valor da viscosidade cinemática é
de escoamento“ forem preenchidos corretamente,
automaticamente preenchido. Sendo água, o valor é liberado o botão “avançar”, dando acesso ao
da massa especifica é automaticamente preenchido próximo formulário, que calcula as perdas de carga
de acordo com a temperatura, se estiver entre 0°C por três métodos diferentes, para as duas tubulações,
e 100°C, com escala variando em 1 grau Célsius. na sequência, sucção e recalque. Ressalta-se que
Foram inseridas duas opções que verificam se a apenas algumas verificações são feitas antes de
temperatura é ambiente ou não, se o resultado for ser criado o próximo formulário e, tendo como
positivo, o valor da temperatura é fixo em 20° C, referência PORTO (2006), foram adotadas as
conforme literatura, e a viscosidade correspondente restrições para cálculo de perda de carga utilizando
é preenchida automaticamente. Depois de inserida a equação de Hazen-Williams, ou seja, o diâmetro
a vazão e o diâmetro, o programa verifica se da tubulação ser maior ou igual a 4”, o escoamento
ser turbulento ou de transição e o líquido ser água
não há dados em branco, em caso negativo, são
a 20°C, em que é considerado o efeito viscoso.
calculados e apresentados os dados de velocidade e
No caso de alguma dessas verificações falhar,
Número de Reynolds, utilizando as equações 1 e 2, não é liberado o cálculo da perda de carga por
respectivamente, além de apresentar a classificação esse método e, por último, é copiado o valor do
do regime de escoamento. diâmetro inserido anteriormente.

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Figura 2. Configuração visual do formulário “regime de escoamento”.

O terceiro formulário, apresentado na Figura = diâmetro, em m;


3, fornece opções para escolha do material da = comprimento da tubulação, em m;
tubulação e adição de seu comprimento. O = coeficiente de rugosidade, em m;
preenchimento da rugosidade absoluta para a = coeficiente de atrito, adimensional; e
equação de Swamee-Jain, 1976 (Equação 3) é feito = número de Reynolds, adimensional;
automaticamente, assim como o cálculo do fator
de atrito, usado na equação universal da perda
Após o cálculo, o programa apresenta o valor
de carga, Equação de Darcy-Weisbach, (Equação
da perda de carga para a tubulação de sucção e,
4). Outros métodos disponíveis para cálculo da posteriormente, recalque, permitindo a escolha
perda de carga são: o coeficiente de rugosidade de apenas uma das opções disponíveis a ser
para a Equação de Hazen-Willians (Equação 5) e considerada nos cálculos subsequentes.
o coeficiente de atrito para a equação de Flamant Para o cálculo da perda de carga localizada
(Equação 6). ocasionada pelas peças especiais, os formulários
foram divididos em dois espaços principais,
64 8 2500 6
-16
0,125 estando o primeiro à esquerda do visualizador
f=   +9,5. ln 
Re
e
3,7.D
+
5,74
Re 0,9 -
Re
  (3) (usuário), responsável por mostrar as perdas de
carga na tubulação, previamente calculadas, e o
f.L.v2 segundo à direita do visualizador (usuário), onde
Hf= (4)
D.2.g estão os campos em que são calculadas as perdas
para diferentes peças especiais, que devem ser
10,6451.Q1,852 .L escolhidas quanto ao tipo de peça no sistema
Hf= (5)
C1,852 .D4,871
e quantidade. Após a verificação e cálculo da
6,107.L.b.Q1,75 perda de carga, o programa mostra o resultado e,
Hf= (6) automaticamente, abre mais espaços para inserção
D4,76
de novas peças, com um limite de até 15 peças
em que, diferentes, como indicado na Figura 4.
A metodologia utilizada para calcular a perda de
= perda de Carga, em m; carga em peças especiais é o método dos coeficientes
= fator de atrito, adimensional; (Equação 7), em que o coeficiente K (um número
= coeficiente de rugosidade, em m0,367 ; adimensional obtido experimentalmente para
= velocidade, em m/s; cada peça e situação), a velocidade do fluido, a
= aceleração da gravidade, em m s-2 quantidade de peças e a aceleração da gravidade
= vazão, em m³.s-1; são utilizados para os cálculos.

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Figura 3. Configuração visual do formulário “perda de carga na tubulação”

Figura 4. Formulário “Peças especiais”.

cavitação” (Figura 5) terem sido preenchidos,


(7) compreendendo as informações da altura

geométrica de sucção (desnível entre a tubulação
em que, de sucção e a bomba), altura geométrica de
recalque (desnível entre a tubulação de recalque e a
= perda de carga localizada, em m;
bomba), perdas de carga nas tubulações de sucção e
= Valor obtido experimentalmente, adimensional;
recalque (somatório das perdas de energia da água
= Aceleração da gravidade, em m/s²; e
que ocorrem na tubulação de sucção e recalque,
= Número de peças especiais iguais;
respectivamente) para altura manométrica total
O cálculo do N.P.S.H (Net Positive Suction (Equação 8), pressão atmosférica local (estimada
Head) disponível, que é a energia do líquido conforme o desnível em relação ao nível do mar),
imediatamente antes do flange de sucção da bomba, pressão de vapor d’água (estimada de acordo com
obtido pela equação 9, é realizado após todos os a temperatura) e a soma de todas as perdas de carga
elementos do formulário “elementos de perda e na tubulação de sucção até a bomba. Há ainda a

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seleção de qual Equação será usada, resgatando que realmente é transmitida ao líquido, Equação
informações do formulário anterior (peças 10) e logo após, da potência absorvida no eixo da
especiais na tubulação de recalque), caso a bomba bomba (potência hidráulica, acrescida das perdas
esteja submersa (bomba afogada), Equação 9, caso mecânicas da bomba, Equação 11). Para que seja
não esteja (bomba não afogada): possível a realização desses cálculos, o software
resgata informações disponíveis na memória,
(8)
acessíveis em formato de variáveis e traduz em
(9) formato de texto tanto a vazão, quanto a altura
total de elevação, assim como requisita a inserção
da potência escolhida (em %) e converte todas as
em que,
unidades dos dados necessários para garantir que
= Altura manométrica total, em m;
o resultado final da potência absorvida no eixo da
= Altura geométrica da tubulação de sucção, em m;
bomba seja exibido em cavalos.
= Altura geométrica da tubulação de recalque, em m;
= Perda de carga na tubulação de sucção, em m; (10)
= Perda de carga na tubulação de recalque, em m;
= Perda de carga na tubulação de recalque, em m;
(11)
= Energia disponível, em m;
= Pressão atmosférica por área da tubulação, em que,
em Kgf.m²; = Potência hidráulica ou útil, em CV;
= Pressão do vapor d’água por área da tubulação, Pb= Potência absorvida no eixo da bomba, em CV;
em Kgf.m²; = Vazão, em m³ s-1 ;
= Peso específico do líquido, em Kgf.m³; H = Altura manométrica, em m; e
= Altura estática de sucção, em m; e = Rendimento da bomba, adimensional.
= Somatório de todas as perdas de carga até a
entrada da bomba, em m. Ainda no formulário “potência da bomba”,
existem duas possibilidades para dar seguimento
Em relação ao N.P.S.H disponível, existem aos cálculos, que dependem do tipo de motor,
recomendações na literatura da inclusão no cálculo sendo possível escolher entre motor elétrico ou a
de um coeficiente de segurança. Porém, para tal, combustão, como mostra a Figura 6.
existe variação de recomendação, sendo esse Para ROMANI, MAGALHÃES e
item, portanto, suprimido do software, mas não EVANGELISTA (2015), a inclusão de mais de
deixando de ser indicada essa recomendação. Fica, uma seção de “ajuda” e “informações adicionais
então, a cargo do usuário/projetista determinar qual ao projeto”, tornam a consulta mais simples,
coeficiente de segurança a ser utilizado. mantendo, assim, o status didático do software.
Foi reservado um espaço do formulário dedicado No formulário do motor a combustão (Figura
a mostrar os resultados obtidos, configurando um 7), existem opções de combustíveis que podem
resumo do sistema, onde podem ser visualizadas ser utilizados no cálculo da estimativa do custo
informações sobre a tubulação de sucção, tubulação anual de bombeamento. Foi feita, ainda dentro
de recalque, ou nenhuma das duas. Quando não dessa página, uma janela que tem como finalidade
houver espaço em branco, o software exibe os auxiliar em caso de dúvidas sobre o método de
resultados nos campos indicados. cálculo utilizado, basta clicar no botão “AJUDA” e
Na sequência de páginas do programa, a são mostradas, em tempo de execução, as fórmulas
próxima é responsável, no primeiro momento, pelo utilizadas e o significado de cada componente
cálculo da potência hidráulica ou útil (potência constituinte (Figura 8).

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Figura 5. Formulário “elementos de perda e cavitação”.

Figura 6. Formulário potência da bomba.

Figura 7. Formulário “Motor a combustão

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Figura 8. Página de ajuda do formulário “Motor a combustão”

Figura 9. Formulário “Modalidade tarifária”.

Existe também, no formulário “potência da possibilita e facilita sua posterior impressão.


bomba”, a opção de selecionar o motor elétrico, O cálculo do custo anual de bombeamento
clicando no botão “elétrico” (Figura 6), nessa feito pelo software foi dividido em 3 etapas, nas
parte do software existem 3 opções para cálculo modalidades tarifárias convencional, verde e azul.
do custo anual de bombeamento (CAB), descrito A subdivisão da equação responsável pelo CAB
nesse mesmo formulário em “informações obtido se fez necessária devido à complexidade
gerais”, corroborando com MERCANTE et. al. dos processos matemáticos envolvidos, e são
(2010), que chama atenção para a importância feitas de acordo com a Equação 12, na qual ele é
da contabilização de custos no planejamento a soma do FAD (Faturamento anual de demanda),
agrícola, assim como sua persistência em meio FAC (Faturamento Anual de Consumo) e AJA
físico; sendo esse último contemplado na parte (Ajuste Anual, referente ao fator de deslocamento
central inferior, na qual foi disponibilizado um do sistema elétrico, cos ( )), processados
gerador automático de relatórios, apresentado na separadamente e depois unidos pelo programa. Essa
Figura 14. Esses relatórios podem ser salvos em equação é adaptada do Comitê de Distribuição de
formato PDF(Portable Document Format), o que Energia Elétrica – CODI (1988) apud MARQUES

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(2005), e foi descrita de forma visual no software agrupamentos de termos semelhantes, verificações
dentro da página “modalidade tarifaria”, no botão para correções de erros de inserção de dados,
central superior “Informações gerais”, apresentada além de dicas ao longo de toda sua extensão e
nas Figuras 9 e 10. áreas de ajuda (Figura 11), que têm o objetivo de
auxiliar na utilização das ferramentas disponíveis,
(12) compreendendo as fórmulas que estão por trás
em que, da interface do programa. Sendo assim, as três
CAB = Custo Anual de bombeamento, em R$; páginas que contemplam o CAB das modalidades
FAD = Faturamento Anual de Demanda, em R$; tarifárias convencional, azul e verde não poderiam
FAC = Faturamento Anual de Consumo, em R$; e ser diferentes, ou seja, apresentam todas essas
AJA = Ajuste Anual, em R$; características, seguindo o mesmo padrão do
formulário para estimativa da modalidade tarifária
O software possui um layout simples, com convencional (Figura 12).

Figura 10: Formulário “Informações gerais, tarifa azul”.

Figura 11: Formulário “Ajuda da modalidade tarifaria convencional”.

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Figura 12. Formulário “Modalidade tarifária convencional”.

As equações utilizadas nos cálculos da tarifa elevatório fica desligado deve ser menor ou igual
convencional são: FAD (Equação 13), FAC sem a 11 meses; já no faturamento anual de consumo
benefício da portaria 105 DNAEE (Departamento (Equação 15), com o benefício da portaria 105
Nacional de Águas e Energia Elétrica), (Equação (portaria responsável por estimular a otimização
14), com benefício da portaria 105 DNAEE do uso da energia no meio agrícola e conceder
(Equação 15), AJA sem benefício da portaria 105 descontos quando cumpridas determinadas
restrições) do DNAEE deve-se atentar para o fdtc
DNAEE (Equação 16) e AJA com benefício da
(fração de desconto sobre a tarifa de consumo),
portaria 105 DNAEE (Equação 17). Para a tarifa
que pode variar de acordo com a região do país
verde foram utilizadas as equações: FAD (Equação e o horário especial para irrigantes, que no Brasil
18), FAC sem benefício da portaria 105 DNAEE vai de 23h até as 5h, além do mais, no AJA, o cos
(Equação 19), FAC com benefício da portaria (Fatora de Deslocamento do Sistema Elétrico)
105 DNAEE (Equação 20), AJA sem benefício deve ser menor ou igual a 92%, caso contrário, a
da portaria 105 DNAEE (Equação 21) e AJA com equação 17 não poderá ser aplicada
benefício da portaria 105 DNAEE (Equação 22).
Por fim, para a tarifa azul foram utilizadas: FAD FAD= ∑12
m=1 DMm .TDc +0,10.d.DMmáx .TDc  (13)
(Equação 23), FAC sem benefício da portaria
FAC= ∑12
m=1 CMm .TCc  (14)
105 DNAEE (Equação 24), FAC com benefício
da portaria 105 DNAEE (Equação 25), AJA sem FAC= ∑12
m=1 TCc CMhem . 1-fdtc+CMhcm  (15)
benefício da portaria 105 DNAEE (Equação 26)
0,92
e AJA com benefício da portaria 105 DNAEE AJA= ∑12
m=1 (DMm .TDc +CMm .TCc).  cosθ
-1 (16)
(Equação 27).
(17)
0,92
Os cálculos que culminam na estimativa AJA= ∑12
m=1DMm .TDc+CMhcm +CMhem . 1-fdtc.TCc.  cosθ
-1

do custo anual de bombeamento para sistemas


elétricos requerem cuidados especiais, que serão em que,
descritos a seguir, assim como suas respectivas DMm = Demanda de potência elétrica medida no
fórmulas utilizadas pelo software.
m-ésimo mês, em kW;
Começando pelo Faturamento Anual de
Demanda da tarifa convencional (equação 13), DMmáx = Demanda máxima de potência medida no
deve-se atentar para o fato de que o faturamento m-ésimo mês, em kW;
de demanda correspondente a 10% da maior CMm = Consumo de energia elétrica medida no
demanda medida nos últimos 11 meses, portanto, o m-ésimo mês do ano, em kWh;
número de meses completos por ano que o sistema TDc = Tarifa de demanda convencional, em

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R$.(kW)-1; CMhemu = consumo medido no horário especial


TCc = Tarifa de consumo convencional, em para irrigantes do um
R$.(kWh)-1; ésimo mês do período úmido, em kWh;
CMhem = Consumo de energia elétrica medida CMfpcmu = consumo medido no horário fora de
no horário especial para irrigantes (23 as 5h) do ponta complementar ao horário especial para
m-ésimo mês, em kWh; irrigantes do mu-ésimo mês do período úmido, em
kWh;
CMhcm = Consumo de energia elétrica medida no
CMhems = consumo medido no horário especial
horário complementar ao especial para irrigantes
para irrigantes do ms-ésimo mês do período seco,
do m-ésimo mês, em kWh; em kWh;
d = Número de meses completes por ano que o CMfpcms = consumo medido no horário fora de
Sistema elevatório fica desligado; ponta complementar ao horário especial para
fdtc = Fração de desconto sobre a tarifa de consumo, irrigantes do ms-ésimo mês do período seco, em
adimensional; e kWh;
Cos = Fator de deslocamento do Sistema elétrico. TDv = Tarifa de demanda verde, em R$.(kW)-1;
TUv = Tarifa de ultrapassagem de demanda verde
Na tarifa verde, os cuidados devem ser voltados R$.(kW)-1;
para a TUv (Tarifa de Ultrapassagem de Demanda TCvup = Tarifa de consumo verde no período
verde) nas equações 18,21 e 22, que somente é úmido, no horário de ponta, em R$.(kWh)-1;
aplicada se a demanda medida for superior a 10% da TCvufp = Tarifa de consumo verde no período
demanda contratada, quando a demanda contratada úmido, no horário fora de ponta, em R$.(kWh)-1;
for superior a 100KW ou se a demanda medida for TCvsp = Tarifa de consumo verde no período seco
superior a 20% da demanda contratada, quando a no horário de ponta, em R$.(kWh)-1; e
demanda contratada for de 50 KW a 100KW. TCvsfp = Tarifa de consumo verde no período seco
no horário fora de ponta, em R$.(kWh)-1.
FAD= ∑12
m=1 DMm +TDv +DMm -DC.TUv+0,10.d.DMmáx .TDv  (18)
Na tarifa azul existem restrições para utilização
∑5mu=1 CMpmu .TCvup +CMfpmu .TCvufp + das equações, no FAD (Equação 23) devem ser
FAC=  7
∑ms=1 CMpms .TCvsp+CMfpms .TCvsfp
 (19)
observadas as condições: A demanda contratada no
∑7mu=1 CMpms .TCvsp+CMfpcmu +CMhemu . 1-fdtc.TCvufp + período úmido no horário fora de ponta não deve ser
FAC=  7
∑ms=1 CMpms .TCvsp+CMfpcms+CMhems . 1-fdtc.TCvsfp
 (20) inferior a demanda contratada no período úmido,
no horário de ponta; A demanda contratada no
∑12
m=1 DMm .TDv +DMm -DC.TUv +
AJA= ∑5mu CMpmu .TCvup+CMfpmu .TCvufp + . 
0,92
-1 (21) período seco, no horário fora de ponta, não poderá
cosθ
7
∑ms CMpms .TCvsp+CM fpms.TCvsfp ser inferior a demanda contratada no período seco,
∑12 DMm .TDv +DMm -DC.TUv +
no horário de ponta, e também não poderá ser


m-1 
 superior a demanda contratada no período úmido,
AJA=  ∑5mu=1 CMpmu .TCvup+CMfpcmu +CMhemu .(1-fdtc).TCvufp +  (22)
 7 0,92
∑ms=1 CMpms .TCvsp+CM fpcms +CMhems .(1-fdtc).TCvsfp . cosθ -1


no horário fora de ponta; O número de meses
completos que o sistema elevatório fica desligado,
no período úmido do ano, no horário de ponta e no
em que,
horário fora de ponta, é limitado a no máximo 5
DC = Demanda contratada com a concessionária meses cada, já o número de meses completos que
de energia elétrica, em kW; o sistema elevatório fica desligado no período seco
CMpmu = Consumo medido no horário de ponta (17 do ano, no horário de ponta e fora de ponta, deve
as 21h ou definida pela Concessionária) do mu- ser igual ou inferior a 7 meses cada; A tarifa de
ésimo mês do período úmido, em kWh; ultrapassagem de demanda azul, tanto no horário
CMufp = Consumo medido no horário fora de de ponta, quanto no horário fora de ponta, será
ponta do mu-ésimo mês do período úmido, em aplicada somente se a demanda medida em um ou
KWh; em ambos os casos for superior a 10% da demanda
CMp = Consumo medido no horário de ponta do contratada para o segmento fora de ponta, quando
ms-ésimo mês do período seco, em kWh; a demanda contratada no respectivo segmento for
CMsfp = Consumo medido no horário fora de superior a 100Kw, a demanda medida em um ou
ponta do ms-ésimo mês do período seco, em kWh; ambos os casos for superior a 20% da demanda

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contratada para o segmento fora de ponta, quando TUap = Tarifa de ultrapassagem de demanda azul
a demanda contratada no respectivo segmento for no horário de ponta, em R$.(kW)-‘;
de 50 Kw a 100Kw. Os termos (DMfpmu-DCup). TUafp = Tarifa de ultrapassagem de demanda azul
TUap, (DMfpmu-DCufp).TUafp, (DMpms - DCsp). no horário fora de ponta, em R$.(kW)-‘;
TUap e (DMfpms-DCsfp).TUafp, não são aplicados TCaup = Tarifa de consumo azul no período úmido,
se isso não ocorrer. no horário de ponta, em R$,(kWh)-1;
TCaufp = Tarifa de consumo azul no período
5 úmido, no horário fora de ponta, em R$.(kWh)-1;
 ∑mu=1 DMpmu.TDap+DMpmu-DCup.TUap 
 +0,10.dup.DMpmáx .TDap.+  TCasp = Tarifa de consumo azul no período seco,
∑5

mu=1 DMfpmu .TDafp+DMfpmu -DCufp.TUafp 


no horário de ponta, em R$.(kWh)-1;
FAD =  +0,10.dufp.DMfpmáx .TDafp+  (23) TCasfp = Tarifa de consumo azul no período seco,
 ∑ms=1 DMpms.TDap+DMpms -DCsp.TUap. 
7
 7  no horário fora de ponta, em R$.(kWh)-1.
 ∑ms=1 DMfpms.TDafp+DMfpms -DCsfp.TUafp 
 +0,10.dsfp.DMfpmáx .TDafp 
dup = Número de meses completos que o sistema
elevatório fica desligado no período úmido do ano
∑5mu=1 CMpmu.TCaup+CMfpmu.TCaufp + no horário de ponta;
FAC=   (24)
∑ms=1 CMpms.TCasp+CMfpms.TCasp+CMfpms .TCasfp dufp = Número de meses completos que o sistema
7

CMfpcmu +
elevatório fica desligado no período úmido do ano
FAC= 
∑5mu=1 CMpmu .TCaup+ 
CMhemu . 1-fdtc
 .TCaufp +CMpms .TCasp+
 (25) no horário fora de ponta;
∑7ms=1CMfpcms +CMhems . 1-fdtc.TCasfp
dsp = Número de meses completos que o sistema
elevatório fica desligado no período seco do ano no
 FAD-0,10(dup.TDap+dufp.TDafp+ 
dsp.TDap+dsfp.TDafp)+ horário de ponta; e

AJA=  5
 0,92
. -1 (26)
∑mu CMpmu.TCaup+CMfpmu.TCaufp  cosθ
 7  dsfp = Número de meses completos que o sistema
∑ms=1 CMpms.TCasp+CMfpms .TCasfp elevatório fica desligado no período seco do ano no
FAD-0,10dup.TDap+dufp.TDafp+dsp.TDap+dsfp.TDafp+ 
horário fora de ponta.

AJA= 
 7
∑5mu=1 CMpmu .TCaup+CMfpcmu +CMhemu .(1-fdtc).TCaufp + 
 (27)
Um procedimento adotado em todas as etapas
0,92
∑ms=1 CMpms .TCasp+CMfpcms +CMhems . 1-fdtc.TCasfp. cosθ -1

de desenvolvimento do software, a concatenação


em que, (união de dados iguais ou diferentes), sempre um
DMpmu = Demanda de potência medida no horário valor real, com um ou mais textos, permitiu que
de ponta do mu-ésimo mês do período úmido do fossem gerados resultados com layout simples
ano, em kW; e objetivo, sem poluir as páginas com elementos
DMfpmu = Demanda de potência medida no horário desnecessários. Isso ficou evidente quando o
fora de ponta do mu-ésimo mês do período úmido relatório gerado estava em fase de testes, e pode ser
do ano, em kW; observado nas colunas “Resultados” da Figura 14.
DMpms = Demanda de potência medida no horário Outro procedimento importante adotado durante
de ponta do mu-ésimo mês do período seco do ano, o desenvolvimento foi a geração dos formulários
em kW; em tempo de execução, quando necessário. Esse
DMfpms = Demanda de potência medida no horário tipo de comportamento ajuda a não ocupar espaço
fora de ponta do mu-ésimo mês do período seco do em memória sem necessidade, uma vez que, ao abrir
ano, em kW; o programa, alguns formulários ainda não existem,
DCup = Demanda contratada no período úmido, no até que sejam criados, quando requisitados.
horário de ponta, em kW; Para HONDA e JORGE (2013), a
DCufp = Demanda contratada no período úmido, utilização de técnicas computacionais permite
no horário fora de ponta, em kW; o desenvolvimento de um conjunto de soluções
DCsp = Demanda contratada no período seco, no para suprir necessidades de informação para o
horário de ponta, em kW; agricultor. Nesse viés, o presente software se
DCsfp = Demanda contratada no período seco, no justifica e se caracteriza como uma ferramenta de
horário fora de ponta, em kW. extrema importância, pois permite ao agricultor e
TDap = Tarifa de demanda azul no horário de ao profissional da área, a execução simples e precisa
ponta, em R$.(kW)-1; dos cálculos necessários para o dimensionamento
TDafp = Tarifa de demanda azul no horário fora de de sistemas hidráulicos, podendo ainda apresentar
ponta, em R$.(kW)-‘; a estimativa dos custos de bombeamento.

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SOFTWARE DIDÁTICO PARA CÁLCULOS DE SISTEMAS DE RECALQUE DE ÁGUA

Figura 14. Relatório Final do Software

CONCLUSÃO normalmente levaria, além disso, todos os


passos possuem verificações, para assegurar
que os dados informados são coerentes e que
• O software, se mostrou muito prático, simples as restrições impostas por cada equação estão
e de fácil utilização, realizando todas as sendo respeitadas, dando assim ganhos em
operações necessárias para um resultado tempo e consistência dos dados obtidos. Soma-
consistente ao final de todo o processo, dando se a isso, o fato da presença de dicas, “hints”,
ainda ao usuário a liberdade de escolha, que auxiliam em caso de dúvidas assim como
a respeito do método a ser utilizado para áreas de ajuda.
dar seguimento nos cálculos das perdas de
carga nas tubulações, apresentando ainda a REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
comparação entre tais métodos.
• A maior vantagem observada é em relação ao BORBA, M.M.Z. Agricultura, Computador
tempo necessário para se efetuar os cálculos, e internet: um estudo na região agrícola de
quando comparados ao tempo que uma pessoa Jaboticabal/SP. In: Congresso da Sociedade

REVENG 503
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