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O TREM

Coletivo artístico de Belo Horizonte traz resgate cultural da Velha Guarda mineira ao
público jovem da capital. Marcado por grande diversidade artística, o grupo busca
reintegrar dos antigos mestres populares de BH à artistas que encontravam-se em
situação de rua, ao mercado de trabalhar. Um retrato verdadeiro e plural da cidade e
suas diferentes faces.

(Alan Nicomedes, Victor Fernandes e João Victor Melo no clipe do single “Beagá”)

Formado em Belo Horizonte em 2018, O Trem é um coletivo artístico de cultura


popular brasileira. As influências se configuram desde a estética proposta pelo Clube da
Esquina e a cantiga folclórica mineira, seguindo até gêneros como capoeira, jazz, samba
e ritmos afro-cubanos. Os trabalhos também são marcados por estilos contemporâneos
como o Hip-Hop, Trap e Neo-Soul, como uma forma de revisitar as formas passadas em
nova roupagem.
Atualmente, “O Trem” conta com mais de 15 membros ativos, entre compositores,
musicistas, artistas visuais e dançarinos. Encontram-se no grupo personalidades como
Alan Nicomedes, rimador que se encontrava em situação de rua e que encontrou no
grupo uma forma de expressar-se artisticamente e inserir-se no mercado de trabalho;
Víctor Diz (Música Popular – UFMG), produtor musical e musicista, aluno de Rafael
Martini e Wilson Lopes - diretor artístico da banda de Milton Nascimento; Camila
Morena, dançarina pelo Galpão Cine Horto; além de outros jovens talentos. Além disso,
por mais que o coletivo tenha seus membros fixos, esse é aberto a novas entradas,
contribuições e participações dos mais diversos âmbitos artísticos da capital mineira.
O repertório consiste em duas músicas e clipes lançados em 2019 e em 2020,
respectivamente. “Beagá” e “Poeira”: um relato das consequências do crime ambiental
ocorrido em Brumadinho. Essas produções tiveram boa repercussão na cena artística
local de BH, bem como comentários de artistas como Pedro Calais (LAGUM) e Edgar
Xakriabá, entre outros.
Além do mencionado e renomado Clube da Esquina, são três as principais referências
para o álbum de lançamento do coletivo: “Espiral de Ilusão”, de Criolo, pela
reformulação do samba do século XX, com as famosas “baixarias” de violão de sete
cordas; “Piramba”, de Davi Fonseca, artista de Belo Horizonte, vencedor do Prêmio
BDMG Instrumental de 2019; “Esperanza”, de Esperanza Spalding, pela releitura do
Jazz e mistura com ritmos latino-americanos.
Esses três álbuns são ideais para definir a sonoridade do novo álbum, o primeiro pelas
características remodeladas do samba de raíz, principalmente pelo violão de sete cordas
e bateria rítmica. O segundo, pela releitura das cantigas e sonoridade específica das
harmonias e melodias de Minas Gerias – em geral bem densas e jazzísticas, em
contraste com a simplicidade melódica, porém detalhista-, como feito por Milton
Nascimento em suas obras (destaca-se o álbum Geraes). Para exemplificar essa questão,
uma das músicas do álbum tem ideia central melódica desenvolvida por terças, como é
de feitio na música caipira (“Cio da Terra” é uma boa referência), porém o arranjo se
sustenta com as bases de jazz latinizado em contraste, como a versão de “Ponta de
Areia” de Esperanza Spalding.
O álbum irá seguir por direções distintas dos primeiros singles, por mais que alguns
pontos de influência sejam mantidos. Do samba ao jazz, tudo sobreposto de forma
fluida, para que se mantenha a boa sonoridade e emotividade. A participação dos
mestres da Velha Guarda, como Mestre Conga, Mestre João Angoleiro e Seu Domingos
do Cavaco, será de suma importância para o resgate e valorização da cultura tradicional
belo-horizontina; a troca cultural entre a nova e antiga geração da música popular é um
dos aspectos mais diferenciais e interessantes do projeto.

Contatos:
otremoficial@gmail.com

instagram.com/oficialotrem/

Víctor Diz: (31) 99434-5171


Yasmim Salim: (31) 99334-4181

Links para vídeos:

“Poeira”: youtube.com/watch?v=O1OIsHgm_rQ
“Beagá”: youtube.com/watch?v=citNENTFOUk&ab_channel=OTremOTrem

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