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Segurança Pessoal
e Executiva
Autor: Prof. Fernando Gorni Neto
Colaboradores: Prof. Ricardo Martins
Profa. Angélica Carlini
Professor conteudista: Fernando Gorni Neto
Graduado e pós-graduado (2004) em marketing pela Universidade Nove de Julho (Uninove). Pós-graduado (2006)
em agronegócios pela Universidade Federal do Paraná e em formação em educação a distância pela Universidade
Paulista (UNIP) em 2015.
Escreveu vários livros-textos para diversos cursos, como de Administração de Empresas, Gestão do Agronegócio,
Gestão de Recursos Humanos, Gestão Comercial, Processos Gerenciais e Comércio Exterior.
CDU 351.759.6
U507.98 – 20
© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem
permissão escrita da Universidade Paulista.
Prof. Dr. João Carlos Di Genio
Reitor
Comissão editorial:
Dra. Angélica L. Carlini (UNIP)
Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR)
Dra. Kátia Mosorov Alonso (UFMT)
Apoio:
Profa. Cláudia Regina Baptista – EaD
Profa. Betisa Malaman – Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos
Projeto gráfico:
Prof. Alexandre Ponzetto
Revisão:
Aline Ricciardi
Kleber Souza
Sumário
Gerenciamento de Segurança Pessoal e Executiva
APRESENTAÇÃO.......................................................................................................................................................9
INTRODUÇÃO......................................................................................................................................................... 11
Unidade I
1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PROTEÇÃO EXECUTIVA...................................................................... 13
2 DIGNATÁRIOS.................................................................................................................................................... 16
2.1 Conceituação.......................................................................................................................................... 16
2.2 Causas e motivação de risco para as categorias VIP.............................................................. 20
2.2.1 Tipos de segurança.................................................................................................................................. 21
2.2.2 Fatores de hostilização.......................................................................................................................... 21
2.2.3 Atentados.................................................................................................................................................... 22
2.2.4 Modos de execução................................................................................................................................ 23
2.2.5 Quanto ao propósito.............................................................................................................................. 23
2.2.6 Quanto às razões...................................................................................................................................... 23
2.2.7 Tipos de criminosos................................................................................................................................. 24
2.2.8 Meios utilizados nos atentados......................................................................................................... 24
2.2.9 Aspectos vantajosos para os agressores......................................................................................... 24
2.3 Proteção VIP............................................................................................................................................ 25
2.3.1 As táticas..................................................................................................................................................... 26
2.3.2 Tipos de emboscadas.............................................................................................................................. 31
2.4 Regras básicas da proteção pessoal............................................................................................... 31
2.5 Equipamento de Proteção Individual (EPI)................................................................................. 32
2.6 Tipos de ataques e procedimentos................................................................................................. 33
2.7 Proteção em residências e escritórios........................................................................................... 36
2.8 Elementos psicológicos da observação........................................................................................ 41
2.9 Arsenal do guarda-costas.................................................................................................................. 42
2.10 Proteção e contra-ataque............................................................................................................... 42
2.11 Áreas vulneráveis do corpo............................................................................................................. 43
2.12 Ordens de controle de multidões................................................................................................. 44
2.13 Segurança sobre rodas..................................................................................................................... 49
2.13.1 Carro-líder................................................................................................................................................ 55
2.13.2 Veículo protegido.................................................................................................................................. 55
2.13.3 Carro da equipe de escolta de proteção (PET)........................................................................... 56
2.13.4 Veículo-piloto......................................................................................................................................... 56
2.13.5 Veículo traseiro....................................................................................................................................... 56
2.13.6 Veículos da equipe de contra-ataque (CAT)............................................................................... 56
2.13.7 Carro de varredura................................................................................................................................ 57
2.13.8 Comboio de comunicações internas............................................................................................. 58
2.13.9 Escolta motorizada............................................................................................................................... 62
2.13.10 Normas de utilização de viaturas................................................................................................. 63
2.13.11 Equipamentos da viatura................................................................................................................. 64
2.13.12 Medidas preventivas.......................................................................................................................... 65
2.13.13 Situações que devem ser evitadas............................................................................................... 65
2.13.14 Cuidados no deslocamento............................................................................................................ 65
2.13.15 Cuidados com a viatura................................................................................................................... 66
2.14 Modus operandi e implementação.............................................................................................. 67
Unidade II
3 CULTURA EMPRESARIAL............................................................................................................................... 72
4 IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOS....................................................................................................................... 77
4.1 Fatores críticos: rotina, trabalho, residência, família, fins de semana e lazer..........................77
4.2 Planejamento típico empregado por sequestradores: escolha e
identificação do alvo................................................................................................................................... 80
4.2.1 Pesquisa das vulnerabilidades............................................................................................................ 81
4.2.2 Previsão de pessoal, local, horário, logística, alternativas...................................................... 82
4.2.3 Treinamento............................................................................................................................................... 83
4.2.4 Comunicações com instalações......................................................................................................... 85
4.2.5 Comunicações com outras áreas....................................................................................................... 86
4.2.6 Indicativos de radiochamada.............................................................................................................. 86
4.2.7 Alfabeto da ONU...................................................................................................................................... 86
4.2.8 Obtendo informações............................................................................................................................ 89
4.2.9 Mapas e plantas....................................................................................................................................... 91
4.2.10 Estratégia de proteção........................................................................................................................ 91
4.2.11 Reunião de planejamento e tarefas............................................................................................... 92
4.2.12 Composição............................................................................................................................................. 92
4.2.13 Planejamento de desenvolvimento............................................................................................... 92
4.2.14 Reuniões do site.................................................................................................................................... 93
4.2.15 Planejamento avançado..................................................................................................................... 93
4.2.16 Briefing...................................................................................................................................................... 93
4.2.17 Planejar a defesa................................................................................................................................... 94
4.2.18 Segurança nos horários rotineiros................................................................................................. 96
4.2.19 Segurança nos horários programados.......................................................................................... 96
4.2.20 Embarque e desembarque................................................................................................................. 97
4.2.21 Aparições em público.......................................................................................................................... 99
4.2.22 Muralha humana.................................................................................................................................100
Unidade III
5 ANÁLISE DE RISCOS......................................................................................................................................105
5.1 Avaliação do risco...............................................................................................................................105
5.2 Tratamento do risco...........................................................................................................................115
5.2.1 Processo de identificação de riscos, análise de riscos e avaliação de riscos................. 115
5.3 Elaboração de política de segurança pessoal..........................................................................117
5.3.1 Riscos pertinentes à segurança privada....................................................................................... 117
5.3.2 Inserção no plano diretor de segurança....................................................................................... 118
5.3.3 Elaboração do manual de segurança e procedimentos para
protegido e seguranças.................................................................................................................................. 119
5.3.4 Estratégia de prevenção e proteção............................................................................................... 119
5.3.5 Mensuração do efetivo da equipe de proteção........................................................................ 120
5.3.6 Recrutamento e seleção de pessoal para equipes de proteção......................................... 123
6 PLANEJAMENTO DA IMPLANTAÇÃO.......................................................................................................127
6.1 Compra e dotação dos recursos materiais................................................................................129
6.2 Blindagem dos veículos....................................................................................................................132
6.3 Rastreamento terrestre.....................................................................................................................134
6.4 Equipamentos de telefonia e radiocomunicação...................................................................135
6.5 Armamento, munição, coletes e acessórios.............................................................................136
6.5.1 Armamento............................................................................................................................................. 136
6.5.2 Munição.................................................................................................................................................... 138
6.5.3 Coletes e acessórios............................................................................................................................. 140
Unidade IV
7 IMPLANTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE ESCOLTA E PROTEÇÃO.............................................................145
7.1 Palestras educativas aos integrantes do círculo de proteção...........................................147
7.2 Reunião com a equipe e colaboradores envolvidos na proteção....................................148
7.3 Acompanhamento e supervisão da implantação dos serviços pelo gestor................148
7.4 Relatórios de controle de qualidade e feedback dos executivos.....................................153
8 TREINAMENTO E RECICLAGEM DOS SEGURANÇAS E MOTORISTAS..........................................159
8.1 Treinamento com armas...................................................................................................................160
8.2 Treinamento em comunicações.....................................................................................................164
8.3 Treinamento em veículos.................................................................................................................165
8.4 Informação e contrainformação...................................................................................................167
8.5 Todos os seguranças devem ser treinados no uso da força...............................................172
8.6 O serviço secreto americano...........................................................................................................178
APRESENTAÇÃO
Você deve acompanhar diariamente através de telejornais ou pelo rádio as notícias de sequestros,
assassinatos, roubos e assaltos. Todos os dias, lemos, ouvimos notícias ou as assistimos na televisão,
sabemos que, atualmente, qualquer pessoa pode ser uma vítima.
Nos anos 1980 e 1990, o negócio do narcotráfico era um dos mais bem pagos. Os criminosos
passaram drogas por todo o continente de países como Colômbia ou México, com destino aos Estados
Unidos ou mesmo à Europa.
Nos últimos 10 anos, as autoridades de vários países latino-americanos iniciaram uma caçada aos
traficantes de drogas, colocaram novas tecnologias para detectar a passagem de drogas nas fronteiras,
penalidades contra o crime organizado ficaram mais severas; assim, cartéis reforçados do tráfico se
dissolveram até restarem poucos, a passagem de drogas entre países se tornou complicada e arriscada, as
máfias mudaram e, portanto, também os interesses dos criminosos. Por isso, muitos grupos começaram
a ver os sequestros como um negócio lucrativo para obter dinheiro rápido.
Segundo os sites IG Último Segundo (DEMETRIO, 2009), Diário Republicano (2018) e Super
Interessante (ANDREGUETTI; CRUZ, 2018), no Brasil, os sequestros começaram a ter destaque na década
de 1960, quando o então diretor do banco Bradesco, Francisco Beltran Martinez, passou 41 dias em
cativeiro e foi libertado com o pagamento de estimados U$ 4 milhões.
Em 11 de dezembro de 1989, o empresário Abílio Diniz, do grupo Pão de Açúcar, foi sequestrado
quando se dirigia a seu escritório. Um veículo do modelo caravan disfarçado de ambulância foi usado
para interditar o carro do empresário por um suposto grupo terrorista de esquerda chamado Movimiento
de Izquierda Revolucionaria, ele foi mantido como refém por seis dias em cativeiro em São Paulo.
O sequestro aconteceu nas proximidades das eleições, e a libertação do executivo, no dia 16 de dezembro.
Com a libertação de Diniz, a polícia prendeu dez sequestradores e evitou que o Grupo Pão de Açúcar, na
época controlado pelo empresário, desembolsasse US$ 30 milhões, que era o resgate exigido pelo grupo.
O publicitário Washington Olivetto foi sequestrado por volta das 19h45, em 11 de dezembro de 2001,
ao deixar sua agência W/Brasil por homens que vestiam coletes da Polícia Federal. Entre dezembro de
2001 e fevereiro de 2002, a polícia pediu que a imprensa se afastasse do caso e as investigações correram
em sigilo. Em fevereiro, seis estrangeiros são presos suspeitos de integrar quadrilhas especializadas em
sequestros. As prisões levaram a polícia ao cativeiro do publicitário, no Brooklin, onde Olivetto havia
ficado em um quarto de 3 m², após 53 dias, foi libertado.
Em 6 de setembro de 2018, um atentado foi cometido contra o político brasileiro Jair Bolsonaro
durante sua campanha eleitoral para a presidência do Brasil na cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais.
O autor do atentado foi Adélio Bispo de Oliveira, de 40 anos, que desferiu um golpe de faca no candidato.
Jair Bolsonaro foi esfaqueado enquanto era carregado nos ombros por simpatizantes na região central
da cidade. Ferido no abdômen, sofreu uma lesão em uma importante veia abdominal, o que causou uma
grave hemorragia. O deputado federal foi levado prontamente à Santa Casa de Misericórdia de Juiz de
Fora, dando entrada na emergência. Dados do celular de Adélio mostram que ele sabia da agenda do
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presidenciável e que filmou e fotografou locais onde o candidato estaria na cidade, como o hotel no
qual haveria um almoço com empresários, a Câmara Municipal de Juiz de Fora, a Fundação Cultural
Alfredo Ferreira Lage (Funalfa), e que havia acompanhado Bolsonaro durante o dia todo.
No exterior, temos vários casos de sequestros. No dia 5 de setembro de 1972, oito palestinos do
grupo terrorista Setembro Negro invadiram a Vila Olímpica, matando dois membros da equipe israelense
e fazendo outros 11 reféns. Nas operações de negociação que se seguiram, uma sucessão de erros
estratégicos levou a tiroteios e confrontos no aeroporto de Fürstenfeldbruck, que resultaram na morte
de todos os reféns, além de cinco terroristas e um policial. A tragédia e o despreparo da polícia alemã
fizeram com que o país saísse novamente com a imagem manchada.
Mas o caso mais lembrado, conforme o site da BBC News Brasil (AMOS, 2017), é o do 35º presidente
dos Estados Unidos, o assassinato de John Fitzgerald Kennedy, morto a tiros enquanto desfilava com a
primeira-dama em uma limusine aberta. O governador do Texas, John Connally, que estava sentado
diante do presidente no carro, ficou ferido, mas sobreviveu. Uma hora depois, o policial texano J. D. Tippit
também foi morto a tiros. Em seguida, policiais prenderam Lee Harvey Oswald, que teria atirado no
presidente de um edifício no trajeto do desfile. Cerca de 12 horas depois do assassinato, Oswald foi
acusado de matar Kennedy e J. D. Tippit. Mas no dia seguinte, 24 de novembro, o próprio Oswald
foi morto a tiros no departamento de polícia de Dallas por Jack Ruby, um dono de bar local, que
assistia a sua chegada. Sua morte foi registrada ao vivo na televisão. Ruby foi condenado à morte
pelo assassinato de Oswald. Ele chegou a apelar para a Justiça, mas morreu de câncer em 1967,
antes de conseguir um novo julgamento.
Criado por Hugh McCulloch, advogado e político norte-americano que serviu como secretário do
tesouro dos Estados Unidos após a morte de Abraham Lincoln, o serviço secreto foi proposto para
Abraham Lincoln em 14 de abril de 1865, no dia de sua morte. Naquela noite, no mesmo dia que recebeu
a ideia de McCulloch, o presidente foi baleado na cabeça após ir ao teatro.
O serviço secreto foi fundado em 1865 como parte do Departamento do Tesouro com o objetivo
de combater a falsificação de dinheiro disseminada depois da Guerra Civil. Até um terço do dinheiro
em circulação naquela época era falsificado, causando um efeito devastador na economia do país.
Ironicamente, o presidente Abraham Lincoln sancionou a lei que criou o serviço secreto pouco antes de
ser assassinado.
Dessa forma, esse estudo tem por objetivo capacitar o aluno a fim de fazê‑lo adquirir os conhecimentos
necessários sobre as operações de segurança pessoal e executiva. A análise possibilitará ao gestor a
administração da segurança privada, as várias etapas do processo de proteção executiva a partir da análise
dos riscos inerentes à categoria à qual pertence o dignitário ou grupo de pessoas dos quais se almeja
preservar a integridade física, moral e psicológica.
10
INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, o avanço do crescimento populacional trouxe em variados aspectos necessidades
para o dia a dia, como garantir a integridade física por meio da segurança pessoal, preservando os
aspectos econômico-sociais devido ao aumento da criminalidade e à vulnerabilidade das estruturas
apresentadas pelos sistemas de segurança pública.
Assim, abordaremos a introdução ao estudo de proteção executiva, o que são os dignitários e seus
conceitos; as categorias da proteção executiva; as causas, a motivação e a proteção de risco para as
categorias VIP.
Também analisaremos a cultura empresarial, abordando identificação dos riscos; fatores críticos
como rotina, trabalho, residência, família, fins de semana e lazer; o planejamento típico empregado por
sequestradores, como escolha e identificação do alvo, pesquisa das vulnerabilidades, previsão de pessoal,
local, horário, logística, alternativas, modus operandi e implementação.
Veremos como fazer o recrutamento e a seleção de pessoal para equipes de proteção; o planejamento
da implantação e a compra e dotação dos recursos materiais; os dados sobre blindagem dos veículos,
rastreamento terrestre; o auxílio que equipamentos de telefonia e radiocomunicação podem trazer para
a solução de problemas; além do armamento, munição, coletes e acessórios. Abordaremos ainda como
fazer a implantação dos serviços de escolta e proteção; a reunião com a equipe e com os colaboradores
envolvidos na proteção; o acompanhamento e a supervisão da implantação dos serviços pelo gestor;
os relatórios de controle de qualidade e o feedback dos executivos; o treinamento e reciclagem dos
seguranças e motoristas; e dados sobre informação e contrainformação.
11
GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA PESSOAL E EXECUTIVA
Unidade I
1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PROTEÇÃO EXECUTIVA
Considera-se segurança pessoal privada o serviço executado por empresa de segurança privada
autorizada pela Polícia Federal do Brasil, a proteção da incolumidade física de pessoas por profissionais
devidamente habilitados para exercer a função. A normatização é pela Lei n. 7.102, de 20 de junho de
1983, regulamentada pelo Decreto n. 89.056, de 24 de novembro de 1983 e suas portarias, como as
Portarias DPF n. 3.233, de 10 de dezembro de 2012, e n. 277, de 13 de abril de 1998.
Também temos o regulamento pela norma regulamentadora 16 (NR 16), conforme a Portaria
n. 3.214, de 8 de junho de 1978, que em seu anexo 3, “Atividades e Operações Perigosas com Exposição
a Roubos ou Outras Espécies de Violência Física nas Atividades Profissionais de Segurança Pessoal ou
Patrimonial”, diz no item 2:
Para exercer a atividade de segurança pessoal privada (ou o Vigilante de Segurança Pessoal
Privada – VSPP), o candidato deverá se apresentar a uma escola de formação de vigilante autorizada
a funcionar pelo Departamento de Polícia Federal (DPF) e se matricular no Curso de Extensão em
Segurança Pessoal Privada (CSPP), que dura 50 h/a (horas/aula), munido de toda documentação
exigida pela lei, e concluir o aproveitamento do curso, ou seja, ser aprovado.
O Vigilante de Segurança Pessoal Privada (VSPP) tem como função a proteção de pessoas,
principalmente executiva ou familiar, deslocando-se junto com o seu cliente, tomando ações preventivas
e defensivas a fim de garantir a sua integridade.
13
Unidade I
Os bens mais valiosos de qualquer empresa são seus colaboradores, assim a primeira ordem de todo
programa de segurança é assegurar que as pessoas estejam fora de perigo. Esta não é uma proposta
fácil, dada à natureza global dos negócios e às ameaças presentes no clima geopolítico do século 21,
sendo um adequado programa de proteção executiva, o bom planejamento.
Não se deve ver a segurança apenas como a proteção de pessoas e ativos, pelo menor custo
aceitável, e sim como ferramenta essencial para acrescentar estabilidade aos processos da organização.
Inicialmente, veremos o conceito de sequestro, disponível em QueConceito:
A forma de mitigar os riscos está em empregar em proteção executiva agentes de segurança armados,
bem treinados e credenciados, lembrando que as equipes de proteção podem também incluir indivíduos
com treinamento médico e conhecimentos de idiomas.
A gestão da segurança deve ser inserida nas decisões estratégicas da organização, preservando
todas as formas de perdas, fraudes, desvios e outras atitudes criminosas que possam danificar as
atividades empresariais.
Profissionais que atuam na segurança sabem que não existe lugar para pessoas sem conhecimento
sobre esse assunto e que utilizem equipamentos e técnicas não profissionais. Esses profissionais estão se
conscientizando da importância de se planejarem para se oporem a problemas impostos pela ausência
da segurança pública, com o crescimento da agressão em espaço urbano, pelos avanços tecnológicos e
pelos diversos tipos de atos ilícitos que podem afetar o total desenvolvimento de uma empresa.
Como resultado dessa carência, há alguns anos surgiu o gestor de segurança, profissional que tem
a missão de planejar a segurança, se adiantar aos riscos, integrando todos os setores e recursos da
empresa. O que se espera desse especialista é que ele possa, entre outras atividades:
15
Unidade I
• elaborar o planejamento estratégico de segurança, que possua uma análise crítica da política da
empresa contratante e de seus clientes;
• detectar riscos envolvidos nas atividades das organizações com o objetivo de auxiliar na definição
de políticas de segurança que assegurem a perpetuidade dos negócios;
2 DIGNATÁRIOS
2.1 Conceituação
Vejamos inicialmente o conceito de dignitário: a palavra deriva do latim dignita, que significa
dignidade; indivíduo que possui alta graduação honorífica, ou que ocupa cargos elevados, podem ser
autoridades ou pessoas específicas que podem sofrer algum tipo de agressão. Presidentes, diretores
ou mesmo gerentes de grandes corporações, ou alguém muito importante como um funcionário
público de alto nível, diplomata, magistrado, procurador, presidente da república, governador,
prefeito, personalidade, empresário, celebridades ou quaisquer que precisem de proteção (possíveis
alvos compensadores).
Considerando esses aspectos, criou-se a segurança privada, entre suas atividades desenvolvidas,
consiste a segurança patrimonial, segurança dos transportes de valores, vigilância, escolta armada,
atividade de proteção de testemunhas e segurança pessoal conhecida também como segurança VIP
(very important person ou pessoa muito importante).
A segurança pessoal ou a segurança VIP é orientada para assegurar a integridade física de dignitário
em todos os ambientes, seja em casa, trabalho, lazer, evento, ou qualquer outro local, em quaisquer
situações em que se encontre a pessoa VIP.
A antecipação a possíveis situações é imprescindível nesta atividade. Por esse motivo, o profissional
da área de segurança pessoal deve ser um agente treinado para exercer tal função e atender a todas
as exigências da legislação e normas estabelecidas pelo DPF, que é o órgão responsável por fiscalizar
este setor.
16
GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA PESSOAL E EXECUTIVA
• Segurança: são todas as medidas e/ou providências adotadas que se propõem a garantir a
plenitude física e moral de uma autoridade.
• Proteção: medidas adotadas para garantia física e moral de uma autoridade dentro dos limites de
uma área definida e executada por agentes de segurança.
• Módulo de segurança: conjunto de medidas próximo à autoridade que possibilitam sua proteção,
executadas por agentes de segurança.
• Segurança de área: grupo de medidas que completa a segurança pessoal, possibilita a ampliação
da proteção da autoridade.
• Segurança de área aproximada: executada próxima à segurança pessoal e em coordenação com esta.
As missões de segurança de dignitários devem ser classificadas por faixas, de acordo com o nível da autoridade
e grau de risco que poderá existir para a sua integridade física. Para isso, é necessário que o segurança:
• seja organizado;
• evite a rotina;
• possua versatilidade;
• demonstre iniciativa;
• aproveite a oportunidade;
• apresente simplicidade;
• tenha coordenação.
Entre as principais portarias, normas, leis e portarias do setor, que formam um conjunto de normas
que regulamentam suas práticas, podemos destacar:
• Lei n. 7.102/1983.
• Lei n. 8.863/1994 (BRASIL, 1994), que “Altera a Lei n. 7.102, de 20 de junho de 1983” e a Lei
n. 9.017/1995 (BRASIL, 1995b), que “Estabelece normas de controle e fiscalização sobre produtos
e insumos químicos que possam ser destinados à elaboração da cocaína em suas diversas formas
e de outras substâncias entorpecentes ou que determinem dependência física ou psíquica, e
altera dispositivos da Lei n. 7.102, de 20 de junho de 1983, que dispõe sobre segurança para
estabelecimentos financeiros, estabelece normas para constituição e funcionamento de empresas
particulares que explorem serviços de vigilância e de transporte de valores, e dá outras providências”.
Ambas alteram a Lei n. 7.102, de 20 de junho de 1983.
• Decreto n. 89.056/1983 (BRASIL, 1983a) que “Regulamenta a Lei n. 7.102, de 20 de junho de 1983,
que dispõe sobre segurança para estabelecimentos financeiros, estabelece normas para constituição
e funcionamento das empresas particulares que exploram serviços de vigilância e de transporte de
valores e dá outras providências”. Com as atualizações do Decreto n. 1.592/1995 (BRASIL, 1995a),
que “Altera dispositivos do Decreto n. 89.056, de 24 de novembro de 1983, que regulamenta a Lei
n. 7.102, de 20 de junho de 1983, que dispõe sobre segurança para estabelecimentos financeiros,
estabelece normas para constituição e funcionamento das empresas particulares que exploram
serviços de vigilância e de transporte de valores, e dá outras providências”.
• Decreto n. 1.592/1995 (BRASIL, 1995b) que “Altera dispositivos do Decreto n. 89.056, de 24 de novembro
de 1983, que regulamenta a Lei n. 7.102, de 20 de junho de 1983, que dispõe sobre segurança
para estabelecimentos financeiros, estabelece normas para constituição e funcionamento das
empresas particulares que exploram serviços de vigilância e de transporte de valores, e dá
outras providências”.
• Portaria n. 22/2002-D Log, dispõe sobre coletes a aquisição, o controle e a manutenção dos coletes
à prova de balas.
19
Unidade I
• Portaria n. 387/2006.
As mudanças econômicas e sociais têm exigido que mais pessoas tenham necessidade de serem
protegidas. Durante a fase de planejamento, é importante levar em consideração o equipamento
de segurança. As operações em que os riscos são confirmados devem ser realizadas com os meios e
veículos adequados. Armas de fogo e veículos também devem estar de acordo com as expectativas
da equipe de proteção.
Sempre que houver necessidade de apoiar uma equipe de proteção de perto, a avaliação e a entrega
da operação devem ser realizadas com a máxima eficiência e os mais altos padrões.
O segurança VIP deve ser o responsável pela vida ou patrimônio de alguém, ou seja, ele deve realizar
a segurança pessoal de seu cliente, acompanhá-lo em viagens, controlar e fazer a manutenção de
veículos, em muitos casos, também fica responsável pela agenda do cliente. Além disso, deve tomar as
devidas prevenções de possíveis ameaças, tendo controle das situações e prevendo cenas de risco, de
maneira a evitar quaisquer tipos de perigos.
Os altos funcionários das empresas ou de governo podem enfrentar um risco aumentado de incidentes
de segurança devido à sua visibilidade potencialmente mais alta e ao fato de serem frequentemente
obrigados a emitir declarações que podem torná-los um foco para entidades hostis.
A proteção rigorosa é uma ferramenta viável para mitigar riscos à segurança e dignidade dos
funcionários dessas organizações.
20
GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA PESSOAL E EXECUTIVA
• Conceito de segurança: uma visão geral abrangente dos requisitos de segurança da operação,
incluindo protocolos de chegada e partida durante o movimento, no ambiente de estadia ou
alojamento, e local do escritório ou evento, além de apoio médico.
Saiba mais
Ação criminosa, praticada sobre pessoas ou instituição, executada por um indivíduo ou grupo, com
a finalidade, propósito ou razões específicas. Vejamos alguns exemplos:
21
Unidade I
2.2.3 Atentados
É uma ação criminosa sobre qualquer autoridade. Conforme o site Consultor Jurídico:
22
GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA PESSOAL E EXECUTIVA
• Indiscriminados: visam produzir pânico e terror e são cometidos contra qualquer pessoa ou
organizações sem nenhum critério, visando alcançar um resultado prefixado. As vítimas serão
utilizadas como meio de divulgação (propaganda).
• Desmoralização: visa denegrir a imagem da autoridade, mas sem causar danos físicos à pessoa.
• Ideológicas: quem pratica o atentado acredita que a morte da autoridade pode facilitar uma
mudança de ideologia e sistemas de governo.
• Econômicas: a motivação é a convicção de que a vítima é responsável por crise econômica e/ou
situações adversas enfrentadas pelo agressor.
• Psicológicas: portadores de distúrbios mentais são levados a criar uma fantasia em torno da
figura da autoridade, o que ocasiona em tentar exterminar a vítima.
• Pessoais: quando o motivo é ciúme, vingança, ódio ou outro sentimento de caráter pessoal.
23
Unidade I
• Assassinos: quase sempre dois ou mais, normalmente, não agem contra mulheres ou crianças.
• Armas de fogo à curta distância ou arma branca: podem ser neutralizadas por um bom
sistema de segurança.
• Arma de fogo de longo alcance: normalmente burla com sucesso, tormento para os esquemas
de segurança.
• Explosivos: meio violento e covarde, pois normalmente atinge outras pessoas além do alvo.
• surpresa e fuga;
• rapidez e violência;
• reconhecimento e planejamento.
24
GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA PESSOAL E EXECUTIVA
Saiba mais
Podemos conceituar segurança pessoal como qualquer atitude ou ação que tenha como propósito a
preservação da integridade física e moral de pessoas. As equipes de proteção VIP podem ser formadas por:
• Agente especial de segurança: recebe uma atribuição específica quanto à atividade ou a missão
a ser desempenhada.
• Equipe de vistoria: responsável pela ação de varrer os locais do evento com o propósito de
identificar instrumentos que possam oferecer riscos. Tem o dever de chegar de 15 a 20 minutos
antes da autoridade.
• Equipe de segurança velada: empregada nos locais dos eventos ou nos itinerários do dignitário,
fica infiltrada no povo, quando há previsão de aglomerações.
• Equipe de segurança aproximada: responsável pela proteção direta do dignitário e por sua
retirada em caso de necessidade.
• Equipe de segurança especial: constituída por agentes de segurança de número variável com a
finalidade de proporcionar segurança à autoridade.
na escolta de celebridades (como cantores, atores), que requer percepção para distinguir o limite entre
o toque de um fã e a agressão.
2.3.1 As táticas
O planejamento deve ser realizado de acordo com o tipo de missão. O suporte de uma equipe de
proteção próxima pode ser operado durante proteção estática, móvel ou direta. De qualquer forma,
os membros da segurança devem estar familiarizados com esse vocabulário e têm de poder definir
claramente os princípios operacionais de cada situação e estabelecer mecanismos claros de coordenação
entre os diferentes atores de segurança.
É importante que todas as pessoas envolvidas nas partes componentes do pacote de proteção estejam
cientes da estratégia de proteção e dos riscos que a originam. Isso permite que gerentes, planejadores de
eventos e unidades participantes garantam:
Ameaças ao protegido durante a fase de proteção direta têm um impacto maior. Sem a mitigação de
veículos blindados, paredes do perímetro etc., ataques, como dispositivos explosivos ou tiros disparados,
têm menos mecanismos defensivos para causar danos ao protegido.
A proteção direta também ocorre quando os agentes de proteção são mais visíveis ao público. Sua conduta
deve, portanto, ser irrepreensível para o público em geral, e imediata, apropriada e proporcional a um atacante.
Observação
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GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA PESSOAL E EXECUTIVA
A proteção direta é um serviço personalizado que depende e é sensível a todo o espectro de fatores
considerados no processo de gerenciamento de riscos. Em sua menor implantação, uma unidade de
proteção de fechamento compreende:
• Pelo menos três seguranças de proteção atuando na equipe de escolta pessoal (na maioria das
formações desenvolvidas a seguir, o número de seguranças de proteção é quatro).
Esses seguranças precisarão de dois veículos: um para o protegido e seu segurança e outro para a
equipe pessoal de acompanhantes. Os motoristas para esses veículos também devem ser fornecidos.
A partir desse pacote básico, o comando operacional determinará que tipo e número de ativos adicionais
serão necessários, principalmente nas funções a serem desempenhadas pela equipe de suporte de proteção.
Lembrete
2.3.1.1 Pé
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Unidade I
2.3.1.2 Posicionamento
Sempre tendo a ciência de cada função e como agir, isso deve ser treinado exaustivamente.
Losango
Quando se faz necessário cerrar sobre a autoridade. É o tipo de formação que proporciona
melhor segurança aproximada. É um processo muito ágil que permite deslocamentos rápidos.
Deixa que o agente à frente verifique os locais a serem percorridos. Permite o efeito de aproximar
ou distanciar. Isola pontos específicos de passagem, como portas e corredores verticais. Facilita a
retirada de emergência.
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GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA PESSOAL E EXECUTIVA
3ºAs
Cunha invertida ou V
Utilizada quando a frente para onde a autoridade se desloca estiver protegida, considerada como o tipo
de formação que menos chama atenção, e a que favorece a imagem da Autoridade. É um tipo de processo de
acompanhamento indicado quando o VIP está acompanhado de outras autoridades ou convidados.
Permite melhor deslocamento do VIP e dos convidados, sem presença marcante da equipe de
segurança e melhor cobertura dos acontecimentos por parte da imprensa. A ação da equipe de segurança
não compromete as solenidades. A presença de outras pessoas torna o alvo mais difícil.
1ºAs (chefe da equipe) Dignatário 2ºAs (mosca)
3ºAs
Caixa
Utilizada quando se fizer necessário cerrar sobre o VIP. É o tipo de formação que proporciona
também uma melhor segurança aproximada. É um processo ágil que permite deslocamentos rápidos
e que o agente à frente observe os locais a serem percorridos. Possibilita boa condição de visibilidade.
Permite o efeito sanfona (aproximar ou distanciar). Isola pontos específicos de passagem, como portas
e corredores perpendiculares. Facilita uma retirada de emergência.
29
Unidade I
1ºAs 2ºAs
(chefe da equipe)
Dignatário As (mosca)
4ºAs 3ºAs
Formação S ou israelense
Empregada pelas equipes de segurança, sendo conhecida como uma das mais compactas e eficazes
formas de se conduzir um dignitário a pé, já que praticamente todos os ângulos de ataque serão cobertos por
quaisquer dos agentes de segurança. Todo deslocamento a pé é uma situação de risco e apresenta diversas
vulnerabilidades. É necessário observar pontos críticos, utilizar itinerários de curta distância, priorizar locais
cobertos e abrigados, escolher itinerários de fácil localização e sem obstáculos, evitar exposição desnecessária
da autoridade e ser sempre, quando puder, progressivo, a fim de evitar contra fluxo.
5ºAs
1ºAs
(chefe da equipe)
3ºAs
cobertura
Dignatário
2ºAs (mosca)
4ºAs
cobertura
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GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA PESSOAL E EXECUTIVA
Emboscada é definida como um ataque inesperado, como uma cilada ou armadilha. Há vários tipos
de emboscadas, podemos citar as duas principais:
• Rural: normalmente, utilizada para assassinatos, tem por características, a facilidade de ações
menos rápidas, pouca repercussão imediata e tempo para fuga.
Defesa pessoal é um conjunto de métodos que têm como fim neutralizar um ataque pessoal.
Utilizam-se principalmente bloqueios e alavancas para dominar o adversário o mais rápido possível
a fim de encurtar o tempo de conflito e deixar em segundo plano diferenças físicas. A defesa
com mãos nuas pode ser completada com armas próprias, que podem ser armas de fogo, facas,
cassetetes ou qualquer objeto que esteja acessível no momento do combate. Para a proteção de
uma autoridade, é necessário:
• formações flexíveis;
31
Unidade I
• observação constante;
• Colete à prova de balas de uso permitido para vigilantes que trabalhem portando arma de fogo,
para proteção do tronco contra riscos de origem mecânica.
• Armamento individual.
• Equipamento de comunicação.
Os agentes devem estar aptos a emergências e ter habilidades médicas para oferecer primeiros
socorros antes que a ambulância chegue ou que estejam no hospital. Todas as rotas devem ser feitas
para que se tenha sempre um hospital a dez minutos de distância.
[...]
E.2 - Colete à prova de balas de uso permitido para vigilantes que trabalhem
portando arma de fogo, para proteção do tronco contra riscos de origem
mecânica (BRASIL, 2018).
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GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA PESSOAL E EXECUTIVA
Saiba mais
Como principais tipos de ataques, modos para executar um atentado, e os procedimentos para
evitá-los, temos:
• Verbal: quando há uma multidão xingando, ofensas verbais. A reação deve ser cerrar a formação
e passar rápido.
• Físico: quando há socos, pedradas e/ou pauladas. A reação deve ser cerrar a formação e
passar rápido.
• Arma branca ou de fogo: a reação deve ser rápida com armas ou golpes, e deve-se curvar a
autoridade, protegendo-a e retirá-la da área de risco.
• Bombas ou granadas: a reação deve ser gritar “bomba” e deitar-se sobre a autoridade.
33
Unidade I
• Armas de longo alcance: a reação deve ocorrer se o atirador for visto antes de atirar, gritar
“fuzil” e proteger a autoridade retirando-a para um local abrigado.
Existem três tipos fundamentais de explosivos: os mecânicos, os atômicos e os químicos. Podem ser
construídos a partir de materiais, como projéteis, produtos tóxicos, químicos ou biológicos, material
radiológico ou granadas de artilharia. A fabricação, o manuseio, a armazenagem e o transporte desses
produtos devem seguir a NR 19 – Explosivos. Para o transporte, é necessário respeitar os regulamentos
para o transporte rodoviário e ferroviário de produtos perigosos como a Resolução n. 420, de 12 de
fevereiro de 2004 da ANTT (2004), que “Aprova as Instruções Complementares ao Regulamento do
Transporte Terrestre de Produtos Perigosos”.
Bombas
Provêm do latim bombus, que significa ruído. São cargas explosivas geralmente em invólucro de
metal dotadas de mecanismos de armação que sob ação externa provoca explosão. Como modelo mais
popular, podemos citar o coquetel molotov.
Observação
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GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA PESSOAL E EXECUTIVA
Um artefato que promove a expansão de uma mistura de líquidos inflamáveis, como petróleo,
gasolina, ácido sulfúrico, clorato de potássio, álcool e éter etílico, que podem ser misturados no interior
de uma garrafa de vidro, um pano embebido do mesmo combustível na mistura serve como um pavio.
No Brasil, a posse, fabricação ou o uso do coquetel molotov configura crime de “posse ou porte ilegal
de arma de fogo de uso restrito”, estando o infrator sujeito à pena de reclusão de, no mínimo, três anos
até o máximo de seis anos e multa, conforme disposto na Lei n. 10.826/2003, art. 16, inciso III (BRASIL,
2003b). Tanto para bombas como para explosivos, o “mosca” joga o segurado ao chão e deita-se sobre
ele (cobrindo-o com o próprio corpo) a fim de protegê-lo dos efeitos da explosão.
Acionadores
Mecanismos de armação que podem ser mecânicos, elétricos, químicos; fricção; ou ondas sonoras
que conectados a portas, gavetas, no assento de poltronas, em camas, instaladas em telefones, são
usados para detonarem quando da retirada do fone do gancho.
Conforme o site DefesaNet, para entender melhor como são iniciados os Improvised Explosive Device
(IED) – traduzido como Dispositivo Explosivo Improvisado –, temos:
5.1.2 rádio controlado: pode ser usado qualquer fonte que transmita um
sinal de radiofrequência, como um alarme de carro, abridores de portas de
garagem, controladores de brinquedos, campainha ou telefones sem fio,
os quais são adaptados para funcionar como um acionador, permitindo ao
inimigo acioná-lo a uma distância segura.
5.3 ação da vítima: é um meio de atacar uma pessoa isolada ou até mesmo
um grupo. Existem vários tipos de dispositivos de iniciação, que incluem
tração, liberação, pressão, descompressão, detecção por infravermelhos
35
Unidade I
passivos ou ativos entre outros. Também é comum encontrar IED por ação
da vítima como armadilhas em outros IED instalados, chamados de IED
secundários (DEFESANET, 2017).
Acessórios e acionamento
São espoletas, estopins, acendedores. A fim de evitar bombas acionadas por controles via rádio
(a partir da adaptação de controles remotos de brinquedos, ou acionadores de portões de garagem)
ou via celular (pelo emprego de telefones adaptados), equipes encarregadas da proteção de autoridades
bem como grupamentos especializados antibomba e equipes de segurança de dignitários costumam
estar equipadas com geradores de interferência eletrônica capazes de isolar uma área de segurança em
um raio de algumas dezenas de metros.
O desejo de qualquer pessoa é ter a residência protegida, isso significa o bem-estar de toda a família.
Assim, é necessário conhecer bem o que proteger, de modo a garantir a segurança máxima. As seguintes
medidas devem ser tomadas para a proteção em residências e escritórios:
• área do imóvel (dimensões), com a planta geral que deve detalhar: muros, cercas e terrenos;
iluminação (se é pouca, boa);
• localização;
• vias de acesso;
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GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA PESSOAL E EXECUTIVA
Para os imóveis, é necessário tomar algumas medidas de proteção, pois termos a casa protegida é
importante, adotando pequenos hábitos na rotina do lar, é possível aumentar a segurança da sua casa
e proteger sua família. As ações estão elencadas a seguir.
Ligadas às atribuições de função e tarefas do pessoal de segurança e aos empregados de modo geral.
Ligadas às atribuições de tarefas específicas a cada elemento, bem como a maneira e os meios para
executá-las, como em casos de incêndio, sabotagem, assaltos ou ataques, ameaças, que devem ter ações
específicas no plano de contingenciamento de evacuação, visando a repressão ou neutralização do
agente provocador, além de cortes no sistema de abastecimento de luz, água ou comunicações.
Dizem respeito a todos que vivem ou trabalham no imóvel. Obtenção de chaves e segredos;
neutralização dos mecanismos de fechamento (interior); arrombamento com disfarce de intenção;
locais de acesso, como claraboia, janelas, respiros de sótão, parapeitos, condutos de calefação, redes de
esgoto, partes recobertas de vidro, são os principais itens de proteção.
Medidas de segurança
Aumentar a segurança de portas e janelas, por exemplo, a utilização de blindagem arquitetônica para
agregar proteção balística e contra a invasão a um imóvel, em que aberturas de portas e janelas, vidros e
a própria alvenaria das paredes recebam materiais de alta resistência e passem a figurar como barreiras
físicas seguras, proporcionando proteção contra invasão, vandalismo ou balas perdidas; estabelecer
normas para atendimentos a estranhos; medidas de detecção (contra entradas clandestinas); observação
sobre acessos ao prédio.
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Unidade I
Chaves tetra, cadeados, trancas em janelas e portas ajudam a dificultar e a evitar a entrada de
ladrões. Lembre-se sempre de quando sair de casa, trancar as portas, janelas, saídas e portões.
Uma única porta ou janela aberta facilita uma entrada indesejada.
Câmeras de segurança
Cães de guarda
Ter um cachorro de grande porte é uma opção que inibe ações de criminosos. Há empresas de
treinamento de cachorros para guarda e canis que alugam animais para casos específicos.
Alarmes
Os alarmes são excelentes mecanismos para inibir, e até mesmo avisar, a presença de ladrões. Lembre-se
sempre de ligá-lo antes de sair de casa e de desativá-lo antes de entrar. Esses dispositivos funcionam muito
bem. O sistema de alarme consiste no disparo de sensores que acionam um sinal sonoro. Para ter eficiência,
precisa estar ligado a um monitoramento. Seja enviando SMS ou e-mail para o usuário ou para uma central de
segurança privada. Dessa maneira, será feita a devida verificação e, caso necessário, o acionamento da polícia.
Geralmente, esse sistema resulta na fuga dos invasores, pois acaba por despertar a atenção para o local.
Os jardins e as áreas externas são locais estratégicos para a observação dos ladrões. Eles ficam de
olho em objetos que possam ser atrativos como móveis e aparelhos eletrônicos. Portanto, se possível,
evite deixar objetos que possam despertar o desejo dos ladrões. Outro cuidado que esse ambiente exige
é com a aparência, cuidando do local para que ele não pareça abandonado. O descuido com a área
externa pode aparentar que a casa está vazia, sendo convidativo para os ladrões tentarem entrar.
As cercas elétricas são opções mais baratas do que as barreiras invisíveis. São instaladas no topo dos
muros protegendo o imóvel de invasores que tentem transpor esse obstáculo com alta carga elétrica.
Esse dispositivo deve ser instalado em altura mínima de 2,5 m com placas de sinalização indicando
que os fios de metal são eletrificados. A concertina, por sua vez, é composta de arame enrolado em
espiral, com pontas cortantes, eletrificada para a mesma finalidade da cerca elétrica, no entanto, é
mais resistente. Os dois mecanismos devem ser instalados em locais em que não haja contato com a
vegetação para não causar danos ou disparos acidentais.
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GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA PESSOAL E EXECUTIVA
Hoje já é possível instalar uma câmera na entrada da casa que mostra em tempo real toda a sua
movimentação. Por meio de um acesso remoto, é possível ter acesso às imagens pela internet. É como
se fosse uma câmera escondida que o proprietário da casa pode consultar a qualquer instante, de
qualquer local. Esse sistema de câmeras tem se popularizado muito, pois permite a conexão por meio
de dispositivo com acesso à internet, facilitando o acesso às imagens.
Barreiras invisíveis
É um equipamento que emite luz infravermelha invisível aos olhos humanos, circundando todo
o perímetro selecionado para proteção. Quando alguém passa por ele, um dispositivo é acionado
automaticamente, que dispara um alarme. Essa é uma opção para proprietários que não desejam ter
interferências na arquitetura da casa.
Porteiro eletrônico
É um instrumento simples, cuja instalação prevê uma câmera na porta de entrada da residência com
uma tela junto ao interfone. Com ele, permite-se que o morador consiga ver quem está solicitando a
entrada no imóvel sem se expor na área externa, sendo possível ver quem toca campainha e, assim,
permitir a sua entrada ou não.
Biometria
Uma das inovações de segurança residencial tem sido a possibilidade de o morador acompanhar tudo
o que ocorre em sua residência remotamente. O sistema de monitoramento deve ser um complemento a
todos os demais dispositivos de segurança, pois os demais sistemas, sem supervisão, podem sofrer falha,
seja por falta de energia, manutenção, intempérie, ou mesmo, ação de criminosos.
Por meio do sistema de monitoramento remoto, são enviados todos os dados da segurança
residencial para um destinatário, que pode ser uma central de segurança, o proprietário ou outra pessoa
indicada, que receberá informações de alarmes, imagens e identificação de usuários que acessaram o
local. Um exemplo disso são as centrais de alarmes monitoradas, elas são estruturas que funcionam 24h
por dia, recebendo sinais quando qualquer movimentação suspeita for identificada em uma residência
cadastrada, por meio de dispositivos em sua própria residência ou usando um smartphone quando
não puder estar no local. Assim, se o seu alarme disparar, uma pessoa da empresa de segurança irá
imediatamente até o local verificar o que houve. Essa medida de segurança pode funcionar sozinha
39
Unidade I
Seguro residencial
Através de um pequeno investimento todo mês, é possível garantir mais tranquilidade para a sua
família e deixar a sua casa protegida contra acidentes e roubos, inclusive de responsabilidade civil
de terceiros. Sistemas eletrônicos de segurança reduzem o custo do seguro residencial em até 30%.
As seguradoras costumam oferecer um desconto de 20% a 30% para ambientes que possuem serviço
de monitoramento eletrônico.
Alerta de pânico
O alerta de pânico pode ser um botão ou uma senha que apenas o morador saiba. E, caso ele seja
rendido e obrigado a desligar o sistema de segurança, deverá digitar uma senha secreta que liberará o
acesso. Porém, acionará um alarme silencioso na residência, indicando à central que o local foi invadido.
Caso esteja instalado como botão, deverá estar em um local discreto, mas de fácil acionamento quando
uma invasão ocorrer.
Sensores de presença
Os sensores de presença são uma corrente elétrica ou fluxo de luz que ao serem interrompidas, acionam
um dispositivo predeterminado. O morador pode escolher que os sensores acionem o funcionamento e
gravação de câmeras de segurança ao detectarem movimento, ou que o alarme sonoro seja acionado ao
detectar presença no local. Também podem, através do sensor, acender a iluminação no local.
Fechaduras eletrônicas
As fechaduras eletrônicas são dispositivos que têm sua abertura e trancamento acionados por meio
de corrente elétrica. Esse sistema pode funcionar em trancas comuns, atuando como opção à utilização
das chaves. E, também, podem ser associadas a um método informatizado de abertura como:
• Senhas: são utilizados números e letras que, digitados em um teclado, acionam abertura e fechamento.
• Leitura biométrica: é feito o cadastramento das impressões digitais de todos os usuários que
terão o acesso liberado ao posicionar a digital diretamente no leitor.
• Programa no celular: é possível instalar um programa no celular para que libere o acesso ao ser
aproximado da fechadura.
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GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA PESSOAL E EXECUTIVA
• Leitura de íris: como no método anterior, cada usuário precisa ser cadastrado pessoalmente,
após isso, será necessário apenas posicionar os olhos na frente do leitor.
• Atenção: processo psicológico que faz com que se note presença ou a existência de um fato.
• Percepção: capacidade de entender, de compreender o fato para o qual a atenção foi atraída
ou despertada.
• Descrição: uma técnica de informação com toda a veracidade sobre as observações pessoais de
um fato. Deve-se levar em conta o significado das palavras, a descrição de detalhes e a ordem
para observação e descrição. Precisa conter:
41
Unidade I
— Vestuário: conjunto das roupas que compõem o traje e os complementos e acessórios (adornos)
que o acompanham.
• Terno escuro: para situações formais. Se o cliente estiver de roupa esporte, o segurança pode
usar o mesmo, mas normalmente a vestimenta do segurança é um uniforme.
• Lanterna: costuma ser usada para checar se há algo suspeito debaixo do carro ou para iluminar
áreas de fuga.
• Pistola calibre 380: um dos modelos permitidos para a segurança pessoal. Outra opção é o
revólver calibre 38.
• Canivete suíço: conhecido por suas muitas utilidades, como cortar cordas e efetuar reparos
de urgência.
• Óculos escuros: aumentam a discrição do segurança, pois não há como identificar onde o
portador dos óculos está olhando.
• Colete à prova de balas: aguenta até tiros à queima-roupa, dependendo do tipo de armamento.
• Rádio preso à cintura: mais o fone de ouvido, garantem a comunicação com os demais seguranças.
• Carga de munição reserva: também não pode faltar e, fixada ao cinto, ela pode ser facilmente acessada.
Apesar de os seguranças, na maioria das vezes, estarem armados, quando o confronto é inevitável,
vale seu bom preparo físico e treinamentos em artes marciais. Mas, nem sempre, esses especialistas em
segurança devem manter-se invisíveis. Em alguns eventos públicos, é até relevante que eles realmente
se mostrem, como forma de aplicar uma presença intimidadora.
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GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA PESSOAL E EXECUTIVA
Um braço para proteção, outro para o contra-ataque. Antes mesmo de o protegido perceber que está
sendo alvo de um ataque, o segurança já saca sua arma, sendo preciso boa coordenação motora e reflexos
ágeis para simultaneamente jogar o outro braço para trás, para manter o cliente atrás de si. O objetivo
é minimizar qualquer exposição a ameaças por meio de planejamento apropriado, conhecimento da
situação e reação.
É fácil perceber que os agentes de segurança estão sempre com a mão próxima à cintura.
Essa posição é mantida para que o agente esteja pronto para sacar suas armas e reagir a algum atentado
mais rapidamente.
Não importa se seu adversário é alto ou forte, será possível atingi-lo se as áreas de vulnerabilidade
forem lembradas. As principais são olhos, nariz, garganta, plexo solar, virilha e joelho. É possível atacar
de qualquer forma, mas, para ter 100% de certeza de vitória, vale a pena ter em mente as técnicas que
comprometem essas partes do corpo. Vejamos algumas artes de luta que podem ajudar a neutralizar
um criminoso:
• Krav maga: defesa pessoal criada em Israel por Imi Lichtenfeld, já adotada por forças de segurança
e civis no mundo inteiro. Tem o objetivo de dar a qualquer pessoa, independentemente de sexo,
idade ou porte físico, a capacidade de se defender contra qualquer tipo de agressão armada ou
desarmada, contra um ou vários agressores, em pé ou no chão.
• Aikido: arte marcial japonesa desenvolvida pelo mestre Morihei Ueshiba (1883-1969),
aproximadamente entre os anos de 1930 e 1960, como um compêndio dos seus estudos marciais,
filosofia e crenças religiosas. O aikido é, frequentemente, traduzido como “o caminho da unificação
da energia da vida”, ou “o caminho do espírito harmonioso”. O objetivo de Ueshiba era criar uma
arte em que os seus praticantes pudessem defender-se a si próprios a partir do ataque adversário.
• Jiu-jitsu: arte marcial japonesa que utiliza técnicas de golpes de alavancas, torções e pressões
para derrubar e dominar um oponente.
• Capoeira: expressão cultural brasileira que mistura arte marcial, esporte, cultura popular, dança e
música. Desenvolvida no Brasil por descendentes de escravos africanos, é caracterizada por golpes
e movimentos ágeis e complexos, utilizando primariamente chutes e rasteiras, além de cabeçadas,
joelhadas, cotoveladas, acrobacias em solo ou aéreas.
• Maculelê: arte marcial armada, que, nos dias de hoje, se preserva na simulação de uma luta
tribal usando como arma dois bastões, chamados de grimas. Em um grau maior de dificuldade
e ousadia, pode-se dançar com facões em lugar de bastões, o que causa um bonito efeito visual
pelas faíscas que saem a cada golpe.
• Boxe: ou pugilismo é um esporte de combate, no qual os lutadores usam apenas os punhos, tanto
para a defesa quanto para o ataque.
43
Unidade I
Eventos de grande porte são aqueles com massiva presença de público no mesmo local e data e que
requerem planejamento complexo. É o caso da Copa do Mundo, das Olimpíadas, mas também de shows
musicais, eventos políticos, religiosos, entre outros. Vejamos as principais questões relacionadas aos
aspectos de segurança nesses tipos de eventos.
Existem diferentes tipos de pedidos que atendem a necessidades específicas. Estas são as definições
mais comuns:
• Ordens de operação: também é chamado de OPORD, do inglês operations order (traduzido como
ordem de operação), é uma diretiva emitida por um chefe para subordinar os seguranças com o
objetivo de efetuar a execução coordenada de uma operação. Geralmente, são usadas a fim de
dar ordens a várias unidades para uma operação complexa. Também podem ser empregadas para
direcionar uma equipe de segurança, por exemplo.
• Ordens de aviso: é uma diretiva de planejamento que descreve a situação, aloca forças e recursos,
estabelece relações de comando, fornece outras orientações de planejamento inicial e começa o
planejamento da missão da unidade subordinada. Geralmente, vem antes da ordem de operações
e dá as primeiras ordens na perspectiva de uma missão que provavelmente será decidida em
breve e explicada através da ordem de operações.
• Ordens de movimento: é uma ordem emitida por um comandante, cobrindo os detalhes de uma
movimentação do comando.
• Ordens fragmentárias: é uma forma abreviada de uma ordem de operação (verbal, escrita ou
digital) geralmente emitida no dia a dia que elimina a necessidade de atualização das informações
contidas em uma ordem de operação básica. É emitida após uma ordem de operação para alterá-la
ou modificá-la ou para executar uma ramificação ou sequência para essa ordem.
Lembrete
A situação deve abranger o quadro geral do momento e qualquer informação relevante que os
comandantes operacionais possam precisar conhecer. No entanto, a palavra-chave é relevante. Um erro
comum é incluir muitas informações que tornam o pedido muito longo e incluir detalhes que não são
necessários para a executar a tarefa.
Tendo dado a situação geral, existem algumas áreas específicas em que mais detalhes serão necessários.
Os detalhes precisam ser o resultado da coleta e análise de informações. Os comandantes operacionais
44
GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA PESSOAL E EXECUTIVA
precisam saber exatamente quem é a oposição, sua natureza e atitude, é uma multidão hostil ou apenas
pessoas deslocadas com fome? Eles precisam saber sua localização, números, que apoio podem receber,
armas, equipamentos e como eles devem se comportar quando confrontados pela polícia.
Além da oposição, os comandantes operacionais precisam estar cientes de quaisquer outras forças
amigas, ou seja, outras equipes de segurança, policiais e militares que possam estar envolvidos na
operação. Deve detalhar quais são suas áreas ou responsabilidades e qual será sua missão. Eles também
precisam estar cientes de quaisquer reforços que possam estar disponíveis, como uma contingência.
A fase de execução é a parte da ordem de operação que explica o método para alcançar a missão; é
frequentemente a maior seção da ordem, pois compreende a maioria dos detalhes e deve ser dividida em
instruções de intenção, método, tarefa e coordenação. Pode incluir uma lista de eventos principais
com um horário e vários elementos, podem ser divididos em elementos individuais.
Para alcançar a missão, a intenção do comandante será traduzida no efeito sobre a oposição e
quaisquer outros elementos relevantes. Ele responderá efetivamente à pergunta: “Como será uma
missão bem-sucedida?”
Para que, se a ordem for seguida exatamente à risca e a oposição reagir como esperado, a missão será
alcançada. O cronograma ou a lista de eventos principais deve abranger as várias fases da operação, caso
ela deva ser subdividida. A missão principal de cada elemento necessita ser traduzida em várias tarefas.
Os vários elementos precisam de instruções de coordenação para que toda a operação se torne um
movimento contínuo. A administração e logística cobrirá exatamente qualquer apoio indispensável,
todo o equipamento exigido para a conclusão da missão, os veículos necessários e quaisquer arranjos
para abastecê-los ou reabastecê-los, arranjos de alimentação para seguranças e, finalmente, apoio
médico disponível ou necessário.
Finalmente, comando e controle precisam ser cobertos, incluindo todas as informações relacionadas
às comunicações. A estrutura de comando precisa ser claramente definida para que os envolvidos na
operação saibam a quem devem se reportar.
Todos os aspectos da comunicação devem ser cobertos, instruções para o uso de rádios, para
quem serão emitidos e frequências a serem usadas. Quaisquer outras instruções de Tecnologia da
Informação e Comunicação (TIC) também devem ser incluídas, como o uso da internet ou de telefones
móveis/satélite para comunicação, quando apropriado.
Finalmente, os horários e locais dos briefings e os seguranças ou grupos de segurança que devem
comparecer, em grandes operações pré-planejadas, isso pode ser alguns dias antes da operação.
45
Unidade I
Os seguranças devem receber um resumo dos pontos principais da missão antes de serem perguntados
se eles têm alguma dúvida.
As ordens são projetadas para expressar com precisão a reação do comandante às circunstâncias no
terreno; ele deve contar com precisão, brevidade e velocidade para levar a mensagem aos subordinados
o mais rápido e sucintamente possível, enquanto ainda pode ser entendido pelo destinatário.
No controle de multidões, aplica-se a Lei n. 13.060, de 22 de dezembro de 2014, que disciplina o uso dos
instrumentos de menor potencial ofensivo pelos agentes de segurança pública em todo o território nacional.
Não há aplicação prática de ordens individuais, pois os chefes devem efetivá-las durante a fase prática
dos módulos de controle de multidões. Todos os chefes têm de estar totalmente familiarizados com as ordens
antes de partirem para a missão.
O elemento prático consiste em um cenário baseado no qual os chefes devem escrever uma ordem
de operação; isso deve ser entregue aos instrutores, que precisam marcar cada ordem de operação de
acordo com sua estrutura.
No entanto, os instrutores podem usar qualquer cenário que acharem adequado e desejarem criar
um específico para a missão na qual a equipe está sendo implantada ou poderá obter uma série real
de eventos da missão e usar isso como base para os comandantes escreverem sua ordem de operação.
Antes de eventos relevantes serem realizados, deve ser feita uma encenação, que tem como objetivo antecipar
os possíveis cenários e as tentativas de assassinatos e tiroteios. Todos os agentes necessitam ser treinados para
situações de riscos nas quais os agentes de segurança teriam de se colocar na frente de uma bala.
O comandante escolherá seu layout de acordo com o terreno e o ambiente (necessidade de cobrir
um local amplo), a atitude da multidão e a missão. A unidade pode facilmente passar de uma formação
para outra sem nenhuma dificuldade apenas para responder a uma situação operacional. Seu layout
também dependerá da mão de obra empregada no chão.
O papel de cada membro da equipe deve ser definido de forma clara e conhecida por todos os
seguranças destacados para uma missão.
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GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA PESSOAL E EXECUTIVA
Lembrete
Os seguranças invariavelmente chegam ao local de uma operação nos veículos, eles precisam estar
cientes do método correto de embarcar e desembarcar. Sabe-se que os tipos de transporte utilizados
pelas equipes de segurança variam, e os instrutores devem garantir que o treinamento para esse
elemento seja realizado no tipo de veículo que será usado em sua implantação na missão.
O comandante decidirá quantos comandos serão necessários e anunciará “Pronto para desembarcar
em dois minutos”. Ele indicará em que lado o cordão de escudo se posicionará (normalmente o lado voltado
para a multidão) e quaisquer outras instruções administrativas relacionadas a capacetes, máscaras de gás,
escudos e cassetetes. Por exemplo, “escudos à esquerda na posição de espera, bastões no cinto à direita”,
informe como pronto”. A unidade fará os ajustes necessários, como a colocação de capacetes, por exemplo, e
indicará “pronto”. O comando a seguir será “ir”, quando a unidade protegerá o veículo de maneira ordenada
e se formará conforme as instruções ao lado do veículo, e isso dependerá dos tipos de veículo usados pela
equipe de segurança. Assim, não é possível detalhar todas as diferentes formações potenciais.
Para voltar a embarcar, o comandante andará com a unidade até o veículo e dará o comando
“pronto para embarcar”. Os seguranças comandados responderão “pronto”, e a unidade se moverá para
o veículo de maneira ordenada, ocupando o assento apropriado para que eles possam desembarcar na
ordem correta, se necessário.
É importante que a unidade tenha embarcado na ordem correta no barramento para permitir a
implantação na forma adequada. Isso será explicado durante a fase de treinamento prático, quando os
instrutores poderão colocar fisicamente a unidade nos assentos apropriados do veículo. Depende dos
tipos de veículos usados pela equipe de segurança. Portanto, não é possível detalhar todas as diferentes
formações potenciais nessa orientação.
Para voltar a embarcar, o comandante marchará com a unidade até o veículo e dará o comando
“pronto para embarcar”. Os seguranças que comandam os subelementos responderão “pronto”, e a
unidade se moverá para o veículo de maneira ordenada, ocupando o assento apropriado para que eles
possam desembarcar na ordem correta, se necessário.
De acordo com a missão e a emergência da situação, o comandante das equipes de segurança pode decidir
avançar em ritmo normal, em marcha dupla ou em marcha dinâmica. Ordens apropriadas devem ser seguidas.
47
Unidade I
A unidade estará pronta para o movimento, os seguranças estarão na posição de guarda ativa
esperando uma ordem. O comando “pronto para partir” é dado, quando os portadores dos escudos
batem nos escudos com o bastão para indicar prontidão e, ao mesmo tempo, os seguranças chegam à
posição de atenção e gritam “pronto”.
Essa demonstração de unidade e disciplina tem um efeito psicológico e muitas vezes impressiona
uma multidão passiva e faz com que pensem bastante sobre como reagirão à essa unidade.
O comandante fixará um limite, por exemplo, “para a próxima luz da rua” ou “100 metros à frente”
ou poderá apenas dar o comando executivo “ir”. A unidade avançará a uma taxa constante, mantendo
uma linha reta em relação ao objetivo. Quando atingirem o propósito, o comandante ordenará “parar”.
A estrutura das ordens deve ser conhecida por todos os seguranças. Os pedidos devem ser
compreensíveis, claros e curtos, se possível. Uma estrutura de ordens comuns facilita a execução de
manobras no terreno porque elas são compreendidas por todos os seguranças, mesmo que sejam
de outra unidade.
As ordens de controle de multidões são usadas para direcionar as equipes em formação e devem
ser usadas de acordo com as circunstâncias durante as operações de controle de multidões; a unidade
necessita reagir adequadamente.
A equipe de comando deve estar familiarizada com as ordens em todos os níveis de responsabilidade
da unidade (do comandante da unidade ao líder da equipe).
Ordens unificadas e reconhecidas são mais compreendidas e facilitam a coordenação com outras
unidades. As ordens de movimento são usadas para direcionar seguranças para um novo local durante
uma operação; isso pode estar em reação ao movimento da oposição no terreno ou em circunstâncias
variáveis, pode ser a pé ou com o uso de veículos e pode muito bem depender das distâncias envolvidas.
A ordem dos movimentos segue a mesma estrutura descrita anteriormente.
Saiba mais
48
GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA PESSOAL E EXECUTIVA
De acordo com a missão e a situação, o comandante das equipes de segurança pode decidir avançar
em ritmo normal. Ordens devem ser seguidas.
A equipe estará pronta para o movimento, os seguranças estão na posição de guarda ativa aguardando
a ordem. O comando “pronto para partir” é dado quando os seguranças indicarem prontidão e, ao
mesmo tempo, os seguranças chegam à posição de atenção e gritam “pronto”.
Quando a unidade chega ao seu objetivo, o comando “parar” é dado, e a fila traseira se alinha com a
fila da frente, garantindo que fiquem em linha reta. A equipe frontal ajustará sua implantação à largura
do cordão. Pode ser necessário espalhar o cordão, com mais espaço entre as equipes de segurança.
Também pode ser o contrário, caso a rua seja mais estreita. Se não houver espaço suficiente para as
equipes de segurança, as equipes da direita e da esquerda ficarão atrás do restante do cordão e poderão
ser usadas como reforço, se necessário. Isso implica que a fila da frente permaneça ciente da situação
e se ajuste ao novo ambiente e suas restrições. Deixar muito espaço entre duas equipes de segurança
pode comprometer toda a proteção.
Toda a equipe de segurança pessoal tem um líder que possui a obrigação de se responsabiliza por
todos que a compõem, ele é quem vai escolhê-la e fazer todo o plano de segurança do VIP, ele tem
a obrigação de cuidar de tudo para a proteção de VIP. Ter um bom relacionamento com a equipe,
promovendo a harmonia, é de suma importância.
Os veículos são o meio de transporte para a segurança, mas também são uma ferramenta para
apoiar uma intervenção e proteger os VIPs. Veículos leves devem ser usados prioritariamente para a
unidade no que diz respeito à mobilidade e para obter uma resposta rápida.
A unidade deve ser percebida como coesa, disciplinada em suas táticas e manobras e na capacidade
de transmitir um senso de profissionalismo ao público.
Os veículos não podem ser dissociados em operações de ordem pública. É crucial que os motoristas
sejam treinados para as manobras básicas dos veículos antes de qualquer implantação nas operações de
controle de multidões. Eles também devem estar cientes das ordens emitidas pelos chefes.
É provável que o nível de comando das manobras básicas de veículos transmita a impressão de
profissionalismo, é menos provável que os manifestantes mexam com uma unidade percebida como
forte e profissional. Por outro lado, uma unidade percebida pela multidão como tendo um domínio
limitado das manobras básicas de veículos e uma péssima liderança, provavelmente, será vista como
uma unidade “fraca”.
O sucesso de uma missão começa durante a fase de preparação. A escolha dos veículos é muito
importante. Os veículos não apropriados para um terreno específico podem limitar as capacidades
operacionais da unidade e colocar em risco seus membros.
49
Unidade I
O treinamento não deve ser limitado apenas ao dirigir veículos na cidade, mas ser baseado em
reatividade, iniciativa, manobras ofensivas e em todos os outros cursos relacionados a situações policiais.
Para cada missão, há uma opção diferente. O segurança encarregado escolherá uma de acordo
com as possibilidades oferecidas pelo meio ambiente, mas também pela situação geral e pela manobra
previsível que ele precisará configurar.
O chefe deve ter em mente a importância dos veículos de proteção pessoal, da cobertura de campo
e da rapidez de manobra.
Alguns princípios básicos do uso de veículos são frequentemente negligenciados e podem ter um
efeito dramático. Como um lembrete para os chefes:
• Veículos de arquivo único são mais vulneráveis a ataques e fornecem falta de proteção em caso
de ataque lateral ou pelas costas.
• Qualquer disposição de veículo deve integrar a possível necessidade de uma volta rápida.
• Situações que exigem o posicionamento de veículos equipados com material de blindagem (grade)
na linha de frente.
• O uso de ruído de sirenes e motores rugindo deve ser limitado no tempo, pois também deixa as
equipes cansadas.
• adaptarem sua velocidade à dos elementos que podem seguir a pé durante os movimentos;
• ficarem cientes de sua vulnerabilidade quando estiverem sozinhos no veículo e usarem o sistema
de travamento central das portas, se disponível;
50
GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA PESSOAL E EXECUTIVA
• estarem cientes de que o uso excessivo de sirenes pode interferir no entendimento das ordens
pelos pedestres.
• lembrarem-se de que a melhor proteção contra tiros pode ser encontrada em veículos não
blindados atrás do motor ou atrás das rodas;
Observar que essas opções não são limitadas e podem ser adaptadas à situação de acordo com o
número e os tipos de veículos, com a largura da estrada, considerando a atitude da multidão e a missão
da unidade.
De qualquer forma, os veículos devem permanecer muito próximos em caso de retirada imediata do
local ou necessidade de proteção.
Os veículos fazem parte do arranjo em uma grande área e reforçam a manobra do segurança que segue
a pé. Os veículos podem ser usados para proteger a unidade no caso de enfrentar uma multidão agressiva.
Os motoristas ficam a bordo, prontos para reagir. Os cordões de isolamento são normalmente
considerados em missões estáticas. Um movimento para frente pode ser iniciado com o apoio dos
veículos para reposicionar a unidade.
Os seguranças têm um impacto dissuasivo melhor sobre os manifestantes. Eles também oferecem a
melhor proteção imediata para os protegidos em caso de forte ataque com projéteis ou ataque armado.
Nesse caso, a unidade pode reagir dos dois lados.
Os veículos podem fazer parte do arranjo na área, se a força empregada for insuficiente para cobrir
adequadamente toda a área. Os veículos podem ser usados para impressionar uma multidão hostil
e agressiva. Observe que, se a situação se tornar uma situação clássica de controle de multidões, os
veículos não deverão estar envolvidos na segurança. Se a multidão estiver calma, os motoristas seguirão
o ritmo dos seguranças, e a velocidade deve ser baixa.
Se a multidão for agressiva, se a situação se deteriorar e ficar tensa, os motoristas devem estar
prontos para interromper sua progressão e permitir que um segurança se posicione na frente.
Nesse caso, o segurança ficará na frente dos veículos. O chefe da unidade de segurança reorganiza a
unidade e decide como diminuir a tensão ou reagir à agressão.
51
Unidade I
Um comboio envolve pelo menos dois veículos e sempre deve haver um carro de apoio para dar
cobertura ao automóvel que transporta o protegido.
O chefe da equipe vai no banco do passageiro, com visão e campo de tiro de 180 graus. Os retrovisores
dão ao motorista uma visão de 360 graus, mas ele não pode atirar. Já os colegas do banco de trás
sentam-se de costas um para o outro, com visão de 90 graus.
Os dois carros devem ser blindados e idênticos, para confundir os agressores. O veículo de apoio anda
sempre em segunda ou terceira marcha, para facilitar freadas ou arrancadas bruscas.
Se o carro de apoio vê um veículo estranho se aproximando, deve começar a fazer uma curva aberta,
deixando o carro do protegido passar por dentro.
Esse mesmo veículo fecha a passagem do possível sequestrador, impedindo que ele aborde o carro
protegido. As janelas de trás devem estar sempre abertas, caso seja necessário atirar.
Enquanto o carro de apoio enfrenta o inimigo, o outro ganha tempo para fugir, por uma rota
alternativa, despistando os bandidos.
A proteção móvel refere-se a uma extensa gama de contramedidas disponíveis, aplicadas durante o
movimento do veículo do protegido entre locais, para mitigar uma ameaça percebida ou real. A ameaça
pode ser de terroristas, criminosos, grupos politicamente perturbadores e aventureiros solitários.
Os seguranças são cada vez mais solicitados para oferecer suporte a equipes de proteção a fim de
fornecer proteção móvel. O papel desses veículos nem sempre é bem compreendido e conhecido pelos
chefes e membros dos seguranças. Os seguranças devem ser treinados adequadamente antes de serem
colocados na área da missão.
52
GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA PESSOAL E EXECUTIVA
Ao mesmo tempo, a coordenação da segurança também deve estar familiarizada com esse tipo de
tarefas. Os seguranças precisam ser capazes de integrar e sustentar totalmente um plano operacional
de proteção rigorosa desenvolvido pela segurança sem nenhum problema.
Além de qualquer ameaça terrorista ou criminosa a que um protegido ou outro ativo protegido
esteja sujeito, as operações de proteção móvel são vulneráveis aos riscos normais de viajar por rodovia.
Os motoristas de veículos usados na proteção móvel devem sempre dirigir de acordo com o tipo
e o nível de treinamento que receberam e permanecerem responsáveis pelas decisões de direção
que tomam.
Embora a velocidade do trânsito possa ser desejável em algumas operações, deve ser prioritária a fim
de garantir que o trânsito seja concluído com segurança para o protegido, o público em geral e para os
próprios seguranças.
Lembre-se da segurança e a gradação do uso da força, porque os veículos podem constituir força
letal, e os motoristas são responsáveis por suas ações.
A responsabilidade pela maneira como os veículos são usados cabe aos motoristas, que talvez
precisem justificar suas ações em processos judiciais.
O movimento por rodovia dos protegidos nem sempre implica uma escolta formal. Em geral, pode
ser mais apropriado, sujeito à decisão de gerenciamento de riscos, que o segurança de proteção pessoal
que acompanha o protegido use uma abordagem discreta e secreta, com movimentos não anunciados
e pontos discretos de chegada e partida.
Por exemplo, para um protegido que tenha uma alta ameaça, em compromissos privados, pode ser
apropriado fornecer uma operação de alta segurança, mas de baixo perfil. Nesses casos, se for necessária
uma escolta, o uso de motociclistas armados para facilitar o progresso, sem o fechamento de estradas
ou outras atividades de alto perfil, pode ser a medida mais eficaz.
Alternativamente, uma operação móvel totalmente secreta pode ser preferível. Para uma operação
de alta segurança e alto perfil do protegido, um gerenciamento deve ser cuidadosamente coordenado.
53
Unidade I
A escolta, incluindo motociclistas, apoiada por seguranças mais fortemente armados em carros,
juntamente com uma capacidade de contra-ataque secreta e outras táticas, contendo iscas, pode
ser necessária.
É importante que todos os seguranças envolvidos nas partes componentes do pacote de proteção
estejam cientes da estratégia de proteção e dos riscos que a originam. Isso permite que gerentes,
planejadores de eventos e unidades participantes garantam que:
Em princípio, um comboio não deve conter mais de cinco veículos, caso contrário, torna-se seu
deslocamento pesado. Veículos não essenciais que não executam uma tarefa específica precisam
ser excluídos. A prática de formar um segundo comboio separado com seus próprios arranjos de
acompanhantes pode ser considerada, se necessário.
A maioria dos comboios consiste em não mais que quatro veículos. Quatro é um número ideal; menos
automóveis facilitam a identificação do carro do protegido e, assim, contribuem para comprometer
o ocupante. Todos os veículos devem estar em conformidade com o mesmo padrão de desempenho
sempre que possível.
Todos os veículos utilizados devem ter quatro portas e, dependendo da ameaça, necessitam ser
protegidos com blindagem balística, incluindo janelas, painéis de portas e material rodante (pneus e
rodas). Todos os automóveis de comboio precisam estar equipados com espelhos retrovisores.
Os motores dos veículos devem permanecer em funcionamento até que o protegido esteja seguro
dentro de um edifício e ser ligados com bastante tempo antes que o protegido retorne para permitir que
ele atinja sua temperatura normal de trabalho.
Os veículos de comboio têm de sempre ser mantidos totalmente abastecidos e, em qualquer caso,
nunca podem estar com os tanques de combustível abaixo da metade, excluindo a reserva.
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GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA PESSOAL E EXECUTIVA
Saiba mais
2.13.1 Carro-líder
O carro-líder tem a função de garantir que haja espaço suficiente para o comboio se mover em um
bloco único. O carro-líder também levará pessoal usado para tradução caso o protegido seja estrangeiro.
O motorista do protegido também é responsável por garantir a condução mais tranquila possível
para o protegido em circunstâncias normais, bem como ter o mais alto nível de habilidades de direção
defensiva em caso de incidente.
O segurança de proteção pessoal viajará no veículo do protegido, é responsável por fornecer cobertura
a ele, comunicar-se com o comboio, preparar o uso de armas de fogo e transferir o protegido para um
veículo alternativo se o veículo principal for imobilizado.
55
Unidade I
O carro da equipe de escolta de proteção (PET) é usado para transportar apenas agentes de proteção.
Dos veículos do comboio, o carro da PET pode dirigir mais abruptamente, usando táticas de bloqueio
para impedir que os veículos interceptem o comboio.
No caso de operações com comboios de baixo perfil, o veículo PET pode optar por aumentar a
distância entre o veículo protegido e o seu veículo a fim de elevar o perfil do comboio. No entanto, em
nenhum momento, o veículo PET deve ser incapaz de observar o veículo protegido nem estar a uma
distância que exceda o alcance efetivo das armas de fogo transportadas no veículo.
Em caso de incidente, o veículo pode ser usado como um escudo para o veículo protegido e enviar
agentes de proteção para se envolver com a ameaça, conforme necessário.
O carro da PET poderá ser usado para transportar o protegido no caso de o veículo principal ser imobilizado.
2.13.4 Veículo-piloto
Onde um comboio viaja através de fronteiras desconhecidas, um carro-piloto pode ser fornecido
sujeito a uma avaliação de ameaça apropriada.
O carro-piloto fornece:
Os veículos traseiros serão utilizados apenas em operações de segurança móvel de alto perfil.
O motorista do carro traseiro deve manter uma área estéril na parte traseira do comboio, a fim
de evitar invasões no comboio na direção que estão seguindo e alertar o carro da PET sobre qualquer
pessoa que tente fazê-lo.
A inclusão de um veículo da equipe de contra-ataque (CAT) deve ser considerada apenas para
escoltas de ameaças particularmente altas. O veículo da CAT é implantado para se opor a um ataque,
para proteger a autoridade ou VIP diretamente ou para cobrir a retirada do protegido.
Um veículo da CAT pode ser implantado de maneira uniforme ou secreta, dependendo da decisão de
adotar uma escolta de alto ou baixo perfil.
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GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA PESSOAL E EXECUTIVA
Nos casos em que a movimentação de um protegido faz parte de uma operação mais ampla, um
veículo da CAT só deve ser implantado após consulta com o coordenador de proteção.
O carro de varredura normalmente possui três seguranças, todos armados com revólveres e dois
com boa capacidade de armas de fogo. Embora faça parte da implantação geral do comboio, o carro de
varredura opera como um componente desanexado, protegendo o comboio a uma distância discreta,
de modo que não é provável que seja pego imediatamente em um ataque ao comboio.
No entanto, deve estar bem posicionado para responder a outros veículos que representam uma
ameaça à integridade do comboio ou a uma emboscada. Caso ocorra um incidente, os seguranças
fornecem apoio tático ao comboio principal, e o motorista assumirá responsabilidade pelas comunicações
e irá coordenar a assistência externa ao comboio.
• Ao parar para lidar com qualquer incidente em que seja necessária ação imediata, como outro
veículo comboio envolvido em um acidente de trânsito.
Os seguranças podem estar envolvidos na proteção de vários VIPs, e veículos blindados adicionais
para a escolta podem desempenhar um papel fundamental da segurança na estrada. A imagem dos
seguranças também pode ser vista de forma menos agressiva do que uma escolta composta de veículos
militares. Os seguranças que estão participando do comboio com carro-líder e veículos traseiros ou carro
de varredura, na maioria dos casos, estão armados.
As comunicações efetivas, do comboio e para ele, são vitais e precisam de uma consideração
cuidadosa como um recurso operacional essencial do plano de proteção.
Os canais de rádio-padrão podem ser fortemente monitorados por entusiastas e outros e, portanto,
não são adequados para a transmissão de informações confidenciais. Quando as comunicações dependem
de tais sistemas, a manutenção do silêncio por rádio deve ser observada, exceto em emergências. É uma
solução eficaz para a estrutura de comunicação potencialmente complexa.
Para operações em que é necessária alta segurança, é altamente recomendável o uso de sistemas de
rádio e comunicação criptografados robustos e confiáveis. Em todas as comunicações, criptografadas
ou não, é importante que os nomes de locais e estradas não sejam fornecidos em linguagem simples.
Alternativas codificadas são recomendadas.
57
Unidade I
Sempre que possível, todos os veículos em um comboio escoltado devem ter comunicação direta
de um carro para outro. A necessidade é aumentada durante operações de alto risco ou ameaça, em
que automóveis auxiliares podem precisar ser excluídos durante o movimento se o comboio estiver no
caminho de uma ameaça de ataque aumentada ou iminente.
O benefício de um canal de rádio carro a carro dedicado dentro do comboio é claramente identificado.
Permite o fluxo contínuo de informações necessárias para a coesão e o controle do comboio, bem como
para a capacidade de responder imediatamente a uma situação perigosa.
As figuras a seguir mostram o movimento de um comboio constituído pelo veículo protegido e pelo
veículo da PET (veículo de segurança ou não) em caso de ultrapassagem por um terceiro veículo.
Antecipando uma ultrapassagem por um veículo desconhecido, o carro da PET começa a se mover
em direção ao meio da estrada para proteger o veículo de proteção (PV).
Os dois veículos retornam à sua posição inicial após as ultrapassagens. Depois de mostrar várias
vezes os movimentos dos veículos, exercícios práticos devem ser propostos e executados.
PET
LC PV
Essa função geralmente recai sobre o carro-líder, mas nas circunstâncias potencialmente confusas
de um ataque repentino, se não for imediatamente executado pelo carro-líder, será feita por qualquer
oficial capaz de fazer a transmissão.
Quando uma tentativa de interromper o comboio é feita por um atacante, por exemplo, por um
veículo conduzido ao longo da rota, isso deve ser contornado sempre que possível, permitindo que o
comboio prossiga. Se isso não puder ser alcançado, forçar outra opção para remover a obstrução é uma
opção adicional fornecida:
• O veículo do protegido não deve se envolver em colisões, a menos que seja totalmente inevitável.
PET
PV
A figura anterior ilustra a tática a ser usada pelo veículo de escolta de proteção em caso de ataque
no lado esquerdo da estrada. O principal objetivo é proteger o PV, colocando o veículo de escolta de
proteção entre o PV e o local de onde os atiradores estão em ação.
59
Unidade I
PV
PET
A figura anterior demonstra a tática a ser usada pelo veículo de escolta de proteção em caso de
ataque no lado direito da estrada. O principal objetivo é proteger o PV, colocando o veículo de escolta
de proteção entre o PV e o local de onde os atiradores estão em ação.
PET
PV
Após essa manobra, os dois veículos começam a se mover para trás. O PV está sempre sob o resguardo
do veículo de escolta de proteção durante todo o processo.
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GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA PESSOAL E EXECUTIVA
PET
PV
O veículo de escolta de proteção já está em posição de proteger o PV. Continua avançando, acelera
e deve usar a força de acordo com os princípios de autodefesa.
Bloqueios na estrada
PET PV PC
PET 100 mt
A figura anterior ilustra a tática a ser usada pelo veículo de escolta de proteção ou pelo carro-líder
em caso de bloqueios na estrada.
Nessa situação, quando possível, o comboio faz uma curva em U e se move na direção oposta.
Barreiras podem ser usadas para emboscar o comboio.
Em caso de presença de objetos removíveis, o veículo de escolta de proteção pode ser usado como um
martelo para removê-los. A prioridade está aqui para manter o comboio em movimento, sem nenhuma
parada que possa colocar o principal em perigo.
61
Unidade I
mente, também deve ser reconhecido que outros incidentes de atividades criminosas e eventos de
desordem pública podem ter um sério impacto na segurança.
O que é necessário para todas as operações de proteção estática é a aplicação adequada do gerenciamento
de riscos, juntamente com métodos e princípios de proteção sólidos, bem pensados e eficazes.
Muitas das medidas de proteção estática atualmente usadas pelas equipes de segurança foram
estabelecidas e desenvolvidas dentro de um sistema por um longo período. No atual clima de segurança,
no entanto, à medida que a ameaça contra seus protegidos se torna mais generalizada e frequente, as
equipes de segurança estão cada vez mais baseando seus futuros sistemas de segurança no conhecimento
adquirido e em suas experiências contemporâneas com o terrorismo internacional.
A proteção estática refere-se a uma ampla variedade de contramedidas disponíveis, aplicadas fora
ou dentro de perímetros para proteger uma pessoa, atividade ou local de uma ameaça percebida.
A ameaça pode ser de terroristas, criminosos, grupos politicamente perturbadores e pessoas solitárias.
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GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA PESSOAL E EXECUTIVA
• itinerários variados;
O profissional da escolta armada deverá possuir Curso de Formação de Vigilante (CFV) de 200 horas/aula
e o Curso de Extensão em Escolta Armada (CEA) de 50 horas/aula conforme a Portaria DPF n. 3.258/2013,
de 2 de janeiro de 2013 (BRASIL, 2013b), devidamente realizado.
63
Unidade I
São considerados como equipamentos para todas as viaturas de segurança e de acordo com as
necessidades detectadas durante o planejamento:
• macacões e luvas;
• ferramentas como pás, picareta, machadinha, utilizadas no trabalho com a terra, como escavações,
perfurações, retirada de terra.
Lembre-se de manter em excelentes condições cintos de segurança, direção, freios, luzes, buzina; e
de utilizar viaturas com menos de dois anos de uso e com potência igual ou superior ao veículo utilizado
pela pessoa protegida.
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GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA PESSOAL E EXECUTIVA
• cinto de segurança;
65
Unidade I
• observar condições climáticas, pois chuva pode atrapalhar o comboio pela redução da velocidade
do tráfego;
• demonstrar cautela nos pontos críticos, como esquinas, hospitais, pontos de redução de velocidade,
como lombadas no piso ou eletrônica;
— laterais do carro;
— rodas e para-lamas;
— capo e malas;
— interior.
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GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA PESSOAL E EXECUTIVA
Modus operandi é uma expressão em latim que significa “modo de operação”. Existem vários fatores
que influenciam na segurança privada, como vulnerabilidade dos equipamentos, localização da área de
segurança, situação econômico-financeira da área, capacidade dos agentes do crime, nível de instrução
do pessoal da organização (em particular, dos agentes de segurança), grau de atração do alvo, ineficiência
dos órgãos de segurança pública, escassez de recursos financeiros e materiais, existência de área que
propicie ao oponente realizar sua ação, como uma área de mata ou mal iluminada.
Em todo planejamento de uma segurança pessoal, sempre é necessário coletar informações e avaliar
quais os dados disponíveis sobre riscos, como os perigos, atentados e acidentes, inimigos e adversários
do protegido, identificação de grupos de pessoas ou de indivíduos, avaliação de recursos à disposição dos
adversários que possam ser empregados em ações de atentado, histórico de ações anteriores cometidas
pelos referidos grupos ou indivíduos, seu modus operandi, denúncias anônimas etc.
Assim, é necessário que o motorista tenha uma cultura de condução de alto respeito e educação
nos códigos de trânsito e, claro, ele deve ser um motorista profissional. Com relação aos seus hábitos,
ele não deve ter um temperamento esquentado e não precisa possuir hábitos alcoólicos, pois o álcool
desorganiza o julgamento, a visão e o equilíbrio e produz excesso de confiança ou ousadia. Um homem
de temperamento esquentado não espera sinais ou reduz a velocidade em curvas perigosas, alguém com
esse tipo de temperamento usa palavras abusivas e reclama sempre da função.
Ele deve ser bem remunerado, bem alimentado (não necessariamente no momento da condução),
porque a fome e o excesso de alimentação causam cansaço e sonolência. E lembre-se de que se uma
empresa não pagar corretamente o funcionário e você a contratar, você será solidário ao problema e,
em um caso de processo trabalhista, responderá solidariamente.
O segurança deve ser hábil em se expressar e em usar o rádio de forma eficaz. Por ser um oficial de
segurança, portanto, pode comandar e controlar o tráfego. Necessita estar alerta sobre os perigos a que
as personalidades estão sujeitas e ser leal à organização. O motorista do carro denominado carro-líder
(o carro que segue na frente) é responsável por garantir que a rota selecionada permaneça limpa e viaje
a uma distância anterior ao comboio principal, para que, se uma rota não for mais adequada, o veículo
protegido possa seguir uma rota alternativa sem ser forçado a desacelerar ou parar. O controle de
tráfego, se necessário, é gerenciado pela polícia local, e o carro-piloto deve manter a comunicação com
essas autoridades. O motorista do carro-piloto, sozinho, é responsável por escolher a rota selecionada.
67
Unidade I
O carro-piloto viaja bem à frente do comboio, controlando e gerenciando o tráfego à sua frente a
fim de garantir uma viagem ininterrupta ou para notificar o comandante do comboio sobre quaisquer
obstruções ou bloqueios.
O segurança do carro-piloto, que viaja ao lado do motorista, é responsável por transmitir as instruções
do motorista do carro-piloto por rádio para o carro-líder e por manter uma localização precisa do
carro-piloto para o comandante do comboio. A localização exata do comboio em trânsito é de importância
crucial, principalmente, no caso de um incidente.
Por estar distante da vizinhança imediata de um ataque ao comboio, o carro-piloto estará em melhor
condições de receber assistência por rádio.
Resumo
Exercício
Questão 1. Você trabalha como chefe de segurança em uma universidade, é informado que na
semana seguinte, vai ocorrer uma solenidade com a presença do presidente do tribunal de justiça, o
governador do estado e de vários secretários, inclusive o de segurança pública, que, recentemente, foi
ameaçado de morte por uma facção criminosa, fato amplamente noticiado pela imprensa. Em razão da
solenidade, você:
A) Reúne sua equipe para organizar a avaliação dos riscos de segurança e a organização do
plano operacional.
B) Pede autorização para usar armas de grosso calibre de forma a reagir prontamente se for necessário.
C) Faz contato com a polícia civil e militar para saber como agir.
D) Pede a colaboração dos alunos para que auxiliem na proteção das pessoas que vão estar no local
durante a solenidade.
E) Decide que todos os seguranças devem portar terno preto e sapato social para que estejam em
conformidade com aquele momento solene.
A) Alternativa correta.
B) Alternativa incorreta.
69
Unidade I
C) Alternativa incorreta.
D) Alternativa incorreta.
E) Alternativa incorreta.
Justificativa: a definição de vestimenta a ser utilizada no dia da solenidade pelos seguranças privados
deverá ocorrer após a avaliação de riscos e da organização do cronograma de ação.
I – Que houve um erro de avaliação de riscos e de ação, que a alta velocidade não poderia ter sido
utilizada sem que houvesse segurança para as pessoas que estavam no local e que os responsáveis
devem responder por seus atos como determina a lei.
II – Que a multidão tentou intimidar a segurança privada e não havia outro meio para proteger a
vida do jogador, pessoa de bem que estava no local para praticar atos de beneficência, que não fosse
a saída em alta velocidade.
III – Que o fato resultou de tumulto e, portanto, não gera responsabilidade, é caso fortuito ou de
força maior.
A) I, somente.
B) II, somente.
C) III, somente.
70
GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA PESSOAL E EXECUTIVA
D) II e III, somente.
E) I, II e III.
I – Afirmativa correta.
Justificativa: a segurança privada que organiza um plano de ação deve avaliar todos os riscos possíveis
em conformidade com cada situação que vai ser vivenciada. Se o uso de um instrumento (arma de fogo,
por exemplo), ou estratégia (fuga em alta velocidade com veículo), resultar em danos materiais ou
imateriais para outras pessoas, mesmo que o planejamento tenha sido muito bem realizado e executado,
é obrigação legal dos agentes de segurança privada assumirem suas responsabilidades no âmbito civil e
penal. No âmbito civil, resultará em pagamento de indenização pelos danos comprovadamente ocorridos
e, no âmbito penal, o apenamento em proporção à prática cometida.
II – Afirmativa incorreta.
Justificativa: a alegação não é correta porque em ambiente com a presença de muitas pessoas a fuga
em alta velocidade não pode ser considerada solução, pois fatalmente vai gerar ferimentos em pessoas
que estejam no local. O fato de o jogador estar lá para praticar atos de beneficência não o eximem de
adotar todos os cuidados para que nenhum dano seja causado às pessoas presentes.
Justificativa: o evento organizado pelo jogador de futebol e sua equipe é que foi a causa do tumulto,
razão pela qual a responsabilidade pelos danos é inteiramente deles.
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