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14 Pontos de Wilson

Durante a Primeira Guerra Mundial, janeiro 1919, o presidente Wilson, no seu discurso na sessão
conjunta do Congresso dos Estados Unidos, formulou, sob 14 pontos distintos, propostas de
natureza essencial para um possível acordo Pós-Primeira Guerra Mundial.

Os 14 pontos nada mais foram do que um conjunto de príncipios diplomáticos desenvolvidos pela
administração do Presidente Woodrow Wilson durante a Primeira Guerra Mundial.

Esses foram planejados como uma declaração dos objetivos de guerra, bem
como para fornecer um caminho para a paz. Altamente progressistas, os 14
pontos foram geralmente bem recebidos quando anunciados, mas existiam
algumas dúvidas acerca da real viabilidade da implementação em um sentido
pragmático.

Os primeiros cinco pontos, de importância geral, defendiam o fim dos acordos

secretos, a liberdade de navegação nos mares, o comércio livre, a redução dos

armamentos e o direito dos povos colonizados à autodeterminação.

Os pontos 6, 7, 8 e 11 falavam em evacuação das tropas alemães da Rússia, da Bélgica, dos Balcãs e
da França (incluindo a região contestada da Alsácia-Lorena).

O 9º ponto defendia o reajuste das fronteiras italianas dentro dos limites nacionais.

Os pontos 10, 12 e 13 reconheciam a autonomia e independência da Áustria-Hungria, da Turquia e


da Polônia. O 14º ponto, refletindo o idealismo do presidente norte-americano, anunciava a criação
de uma Liga das Nações com o objetivo de dar garantias mútuas de independência política e
integridade territorial aos Estados.

Apesar do idealismo de Wilson, os termos acordados pelos vitoriosos no tratado de Versalhes, em


1919, foram duros com a Alemanha: a soberania e autodeterminação da nação alemã foi arrasada. O
país, considerado culpado pela guerra foi forçado a desmantelar suas forças armadas, entregar a
maior parte de sua frota mercante e a concordas com extensas reparações de guerra.

O impacto do acordo para a Alemanha plantou a semente da Segunda Guerra Mundial. A Liga das
Nações, por sua vez, mostrou-se incapaz de equilibrar os interesses nacionais na arena internacional,
especialmente sem a participação dos Estados Unidos que, apesar dos esforços de Wilson, nunca se
juntaram à organização.

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