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Métodos de amostragem do estrato herbáceo-subarbustivo 213

Métodos de Amostragem do Estrato


Herbáceo-subarbustivo

Cássia Beatriz Rodrigues Munhoz1,3 e Glein Monteiro de Araújo2

Introdução
O número de estudos sobre a estrutura do componente herbáceo-subarbustivo da
vegetação brasileira é significativamente menor do que os realizados a respeito do componente
lenhoso. Essa escassez de trabalhos resulta na deficiência de conhecimentos sobre esse estrato
e os métodos de amostragem desse componente da vegetação.
Os métodos de amostragem de espécies do estrato rasteiro da vegetação dividem-se
basicamente em dois grandes grupos: 1 - Métodos de densidade, que avaliam parâmetros de
densidade e frequência, por meio da contagem do número de indivíduos das espécies por
unidade de área; e 2 - métodos de cobertura, que investigam a projeção da espécie dada pela
sua taxa de cobertura na área e, dependendo do método, pela sua frequência. Para determinar
qual o método de amostragem a ser utilizado, é necessário certo nível de conhecimento preliminar
da vegetação a ser estudada. Informações referentes à homogeneidade vegetacional da área,
como altura, densidade da vegetação, composição relativa aproximada das espécies, morfologia
e formas de vida das plantas são importantes para selecionar o método.
Depois de decidir qual método utilizar, no momento da amostragem o pesquisador deve
descrever o habitat, coletar amostras de solo para análises físicas e químicas e confeccionar
um mapa de localização da área. Essas informações são necessárias para avaliar quais variáveis
ambientais condicionam a distribuição das espécies em determinado local. As alterações na
diversidade e padrões de distribuição espacial das espécies do estrato herbáceo-arbustivo estão
intimamente relacionadas com a heterogeneidade e aspecto nutricional do solo; a disponibilidade

1
Universidade de Brasília, Campus Darcy Ribeiro, Instituto de Ciências Biológicas, Asa Norte, 70910-900
Brasília, DF, Brasil.
2
Universidade Federal de Uberlândia, Instituto de Biologia, 38400-902 Uberlândia, MG, Brasil.
3
Autor para correspondência: cassiamunhoz@unb.br.
214 Munhoz e Araújo

de água também é fator extremamente importante para essas alterações (SAN JOSÉ, 1983;
SAN JOSÉ; FARIÑAS, 1991; POULSEN, 1996).
Além da segurança na escolha do método adequado para a investigação do estrato
herbáceo-arbustivo, para garantir a correta identificação das espécies o investigador deve
possuir bom conhecimento florístico e, também, contar com a colaboração de herbários e
taxonomistas especialistas nos diversos grupos botânicos; portanto, é importante uma cuidadosa
coleção de todas as espécies de plantas da área. Outro fator fundamental e negligenciado por
alguns autores é o acompanhamento reprodutivo das espécies para que se possa obter material
fértil das plantas, o que facilita a identificação e separação daquelas que em estado vegetativo
são muito semelhantes.
O propósito deste texto foi descrever os principais métodos utilizados para amostragem
do estrato herbáceo-arbustivo em comunidades vegetais, especialmente os mais usados no
Brasil.

Principais Métodos utilizados no Brasil

Método de parcelas
Neste método, uma contagem dos indivíduos é feita em pequenas parcelas espalhadas
na comunidade. Tradicionalmente, as parcelas são quadradas, mas parcelas retangulares e, até
mesmo, circulares têm sido usadas (KENT; COKER, 1992). A soma de indivíduos por espécie
é calculada para a área total das parcelas amostradas, e o resultado é expresso em termos de
densidade de espécies por área.
A contagem de árvores, arbustos não ramificados e hastes simples de plantas anuais é
relativamente fácil, mas com frequência apresenta dificuldade em ser aplicada a outras formas
de vida. Isso ocorre porque é difícil decidir onde o indivíduo começa e onde ele termina, como
é o caso de arbustos e subarbustos ramificados ou rastejantes, samambaias e ervas agrupadas,
ou entouceiradas ou cespitosas e, principalmente, muitas outras ervas perenes com formas
rizomatosas e estoloníferas. Portanto, a utilização de contagem como ferramenta de amostragem
é limitada pela forma de vida da planta, e a contagem acurada requer bom conhecimento da
forma de vida das espécies. No entanto, uma contagem dos indivíduos ou partes destes pode
ser sempre estabelecida desde que apoiada em uma definição própria de como eles serão
considerados. Por exemplo, pode-se considerar cada ramificação estolonífera de uma erva
como um indivíduo ou um subarbusto com vários caules saindo da base como apenas um
indivíduo. Porém, se essas decisões não são tomadas a priori, a contagem de indivíduos pode
ser menos acurada do que uma estimativa visual de abundância.
O tamanho das parcelas deve ser decidido de modo a evitar o efeito marginal da parcela
(MUELLER-DOMBOIS; ELLENBERG, 2002), ou seja, a borda da unidade amostral pode
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atravessar um indivíduo e, então, o pesquisador precisa enfrentar o dilema de incluí-lo ou não


na amostragem. Esse problema é agravado em vegetações densas ou quadrados pequenos.
Nos quadrados menores há maiores bordas em relação à área, e a indecisão se os indivíduos da
margem serão contados ou não é maior.
É usual, no estrato herbáceo-subarbustivo, a utilização de parcelas de 1 x 1 m. No
projeto Biogeografia do Bioma Cerrado, Felfili et al. (1994) adotaram uma amostragem em
conglomerados, em que parcelas de 1 m2 foram inseridas na linha central, a cada 10 m, em 10
parcelas de 20 x 50 m, distribuídas aleatoriamente, totalizando cinco subparcelas (unidades de
registro) na parcela principal (bloco ou unidade primária). O critério para distinguir os indivíduos
utilizados por esses autores foi selecionar plantas maiores ou iguais a 10 cm de altura e com
distância superior ou igual a 10 cm de seu vizinho coespecífico, não incluindo árvores em
regeneração natural.
Estudos para avaliação da regeneração natural do componente lenhoso usualmente são
realizados em parcelas de 2 x 2 m (OLIVEIRA; FELFILI, 2005), de 4 x 4 m distribuídas na
vegetação (VIANI; RODRIGUES, 2009) ou de tamanhos variados (HIGUCHI et al., 2006).
Em uma área de cerrado sensu stricto, por exemplo, Medeiros et al. (2007) amostraram a
regeneração em subparcelas de 5 x 5 m dispostas no canto esquerdo de 21 parcelas de 20 x 50 m.
O tempo gasto na contagem de indivíduos herbáceos e subarburtivos é normalmente
significativamente maior do que em estimativas de cobertura (MANTOVANI; MARTINS,
1990; MUELLER-DOMBOIS; ELLENBERG, 2002). Para avaliar se essa contagem é
indispensável e minimizar o tempo de coleta dos dados, a proposta do estudo deve estar muito
clara.
Os parâmetros fitossociológicos para o método de parcelas, segundo Mueller-Dombois
e Ellenberg (2002), são:

- Densidade absoluta:

em que:
ni = número de indivíduos da espécie “i”; e
ha = hectare.

- Densidade relativa:

em que:
N = número total de indivíduos.
216 Munhoz e Araújo

- Frequência absoluta:

em que:
NPi = número de parcelas onde a espécie “i” ocorre; e
NPT = número total de parcelas amostradas.

- Frequência relativa:

A frequência raramente fornece indicação do número de indivíduos por espécie (GREIG-


SMITH, 1964) e também oferece pouca informação sobre cobertura. Por exemplo, uma espécie
herbácea com haste única, delgada e de tamanho próximo a 10 cm e com grande número de
indivíduos pode apresentar baixa cobertura em função de seu hábito e baixa frequência
simplesmente porque os indivíduos estão agrupados; no entanto, se essa espécie encontra-se
espalhada por toda a área de amostragem, ela apresentará alta frequência, mesmo com valores
de cobertura insignificantes. No entanto, se ela é de porte maior (com larga projeção), mesmo
com poucos indivíduos ela apresentará alta cobertura e baixa frequência. Consequentemente,
o parâmetro frequência permite mais uma indicação de uniformidade de distribuição do que a
densidade.
Uma combinação de amostragem de cobertura e densidade em parcelas também pode ser
realizada, na qual, por exemplo, se pode estimar a cobertura das espécies numa área de 1 m2 de
parcela e contá-las a partir de um critério de separação dos indivíduos (PEREIRA et al., 2004).

Método de Relevé
Relevé é um termo francês que significa coleção de dados. Foi desenvolvido por Josias
Braun-Blanquet como um método de amostragem-padrão da vegetação e amplamente utilizado
em ambientes temperados, predominantemente em áreas campestres e em menor escala em
ambientes florestais. O relevé é uma porção da vegetação escolhida pelo pesquisador para
representar uma fisionomia vegetal. Por meio de uma estimativa visual qualiquantitativa de
abundância e cobertura, confecciona-se uma lista de todas as espécies de plantas encontradas
em uma área amostral.
Este método requer que três requisitos sejam atendidos (MUELLER-DOMBOIS;
ELLENBERG, 2002): 1- a área escolhida deve ser grande o suficiente para conter todas as
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espécies pertencentes à comunidade de plantas; 2 - o habitat deve ser grande e uniforme


dentro da área-padrão, tão grande quanto possa ser determinado; e 3 - a cobertura das plantas
deve ser a mais homogênea possível. Isso significa que uma assembleia de espécies em particular,
consideradas representativas do tipo de comunidade que está sendo descrita, deve existir sobre
uma considerável área local sem quaisquer variações dentro dela. A existência dessas áreas de
amostragem homogêneas e uniformes em todos os tipos de vegetação pode ser difícil,
especialmente onde os mosaicos vegetacionais são comuns (KENT; COKER, 1992).
Neste método, o pesquisador deve fazer o reconhecimento visual da fitofisionomia e, ou,
da estrutura da vegetação para identificar a homogeneidade da área ou subdivisões na cobertura
vegetal que possam caracterizar manchas de vegetação homogênea. Assim, parcela
representativa pode ser delimitada em cada mancha de vegetação identificada pelo observador.
A homogeneidade também pode ser guiada pela prevalência ou dominância de certas espécies
que podem estar distribuídas uniformemente ao longo da amostragem-padrão.
Quando a ênfase da amostragem é recorrer às assembleias de plantas, é prática comum
determinar o que é chamado de “área mínima” da comunidade, ou seja, a menor área em que
a composição de espécies da comunidade em questão está representada. Essa área mínima dá
indicação do relevé ou do tamanho da parcela a ser usada. A curva espécie x área pode ser
usada para estimar o tamanho mínimo de uma parcela necessária para caracterizar
adequadamente uma comunidade (MUELLER-DOMBOIS; ELLENBERG, 2002).
Ao contrário, quando a ênfase da amostragem está na variação quantitativa das espécies
em uma grande comunidade definida somente pelos tipos dominantes, a ideia de composição de
espécies representativas é comumente reduzida a certas medidas das espécies mais abundantes.
Em vez de se usar a “área mínima”, a amostragem é espalhada sobre cada segmento da
vegetação, o máximo possível, na forma de parcelas ou pontos de amostragem. O tamanho
individual de cada parcela é ajustado primariamente para se acessar o parâmetro quantitativo
selecionado.
Termos de magnitude relativa atribuídos para cada espécie no relevé podem ser usados,
como: dominante, abundante, frequente, ocasional e rara. Esses termos têm recebido significados
específicos ao longo do tempo. O termo dominante, por exemplo, pode estar relacionado à
altura, à cobertura, à área basal ou ao número de indivíduos.
Um método de escala muito utilizado é o de Braun-Blanquet (1979), que requer
relativamente pouco tempo para a análise do relevé e pode ser usado em todas as comunidades
de plantas. Os valores da escala de abundância de Braun-Blanquet são absolutos à medida que
dizem respeito a uma área de referência, que é fixada pelo tamanho do relevé (Tabela 1).
Os cinco primeiros valores da escala de Braun-Blanquet referem-se somente à cobertura,
que é entendida como a projeção vertical da área ocupada por cada espécie na parcela. As
duas últimas escalas de valor são primariamente estimadas pela abundância, que é o número de
indivíduos por espécies, em que o símbolo + se refere à espécie com pequena cobertura e o r
à espécie rara, com pequena cobertura. A nota 1 corresponde à espécie numerosa, mas com
menos do que 5% de cobertura. Então, a escala é uma combinação de valores de cobertura e
abundância (Tabela 1). O método pode ser considerado semiquantitativo devido ao caráter
quase qualitativo dos amplos intervalos entre as escalas de valores.
218 Munhoz e Araújo

Tabela 1 - Classe de cobertura de Braun-Blanquet, Domin-Krajina e Doubenmire


Braun-Blanquet Domin-Krajina Doubenmire
Classe % de Pontos Classe % de Pontos Classe % de Pontos
cobertura médios cobertura médios cobertura médios
5 75-100 87,5 10 100 100,0 6 95-100 97,5
4 50-75 62,5 9 75-90 87,0 5 75-95 85,0
3 25-50 37,5 8 50-75 62,5 4 50-75 62,5
2 5-25 15,0 7 33-50 41,5 3 25-50 37,5
1 1-5 3 6 25-33 29,0 2 5-25 15,0
+ <1 0,1 5 10-25 17,5 1 0-5 2,5
r <<1 * 4 5-10 7,5
3 1-5 2,5
2 <1 0,5
1 <<1 *
+ <<<1 *
Fonte: MUELLER-DOMBOIS; ELLENBERG, 2002.

Esse método pode ser considerado subjetivo e pouco preciso, pois não requer medidas,
mas tem como vantagem exigir menos tempo para sua realização. Nos casos-limite de variação
na escala de valores, um erro por um valor de nota pode ocorrer. No entanto, se o objetivo do
método de relevé for descrever a variação florística espacial da cobertura da vegetação de
uma região, a ênfase é colocada em mais relevés com estimativas semiquantitativas do que em
poucas amostras de vegetação com medidas exatas das quantidades de espécies (MUELLER-
DOMBOIS; ELLENBERG, 2002). Em uma mesma comunidade, preferencialmente o número
de relevés deve ser menor ou somente um, porém em maior quantidade de detalhes do que na
amostragem de diferentes comunidades.
Durante o estabelecimento do relevé, as relações quantitativas gerais entre as espécies
se tornarão evidentes na sua listagem. Depois que todas as espécies forem registradas, o
investigador deve caminhar pela área de estudo ou para um local aonde ele possa avistar a
completa assembleia de plantas do relevé. Nesse ponto, o procedimento para cada espécie é
perguntar qual o seu valor de cobertura de acordo com as notas de Braun-Blanquet. Por
exemplo, em uma parcela de 1 m2 de área as espécies que podem estar espalhadas no relevé
são memorizadas pelo pesquisador. Uma espécie com menos de 5% de cobertura pode tanto
receber nota 1 ou +. Se a cobertura for realmente 1%, a nota é +, mas, se aparecer somente
uma, ela receberá nota r, de rara ou solitária no relevé (Figura 1).
Os parâmetros fitossociológicos do método de estimativa de cobertura, segundo Mueller-
Dombois e Ellenberg (2002), são:

- Cobertura absoluta:

Ci = percentuais de cobertura da espécie “i”.


Métodos de amostragem do estrato herbáceo-subarbustivo 219

(a) (b)
Figura 1 - Representação esquemática da escala de cobertura de Braun-Blanquet. As letras, em caixa alta,
representam as espécies. (a) espécie A - classe 5, com mais de 75% de cobertura; espécie C –
classe r, rara; espécie E – classe +, com menos de 1% de cobertura. (b) espécie A - classe 4, com
50 a 75% de cobertura; espécie B – classe 3, com 25 a 50% de cobertura; espécie C – classe 2,
com 5 a 25% de cobertura; e espécie D – classe 1, com 1 a 5% de cobertura.

- Cobertura relativa:

= somatório dos percentuais de cobertura de todas as espécies.

- Frequência absoluta:

em que:
UAi = número de unidades amostrais onde a espécie “i” ocorre; e
UAT = número total de unidades amostrais.
220 Munhoz e Araújo

- Frequência relativa:

= somatório das frequências absolutas de todas as espécies.

- Valor de importância:

Método de repartição de biomassa


Este método vem sendo muito usado para calcular a produtividade líquida acima do solo
(SINGH et al., 1975). Ele tem sido amplamente aplicado por investigadores de pastagens para
estimar o valor alimentar da vegetação. O método também é útil para estimar o valor competitivo
entre as espécies (KENT; COKER, 1992).
Para estimar a biomassa de cada espécie ou grupo de espécies de uma mesma família,
por exemplo, as plantas devem ser cortadas rente ao solo, separadas em sacos de papel e
colocadas para secar por 48 h em estufa a 60 ºC. Para a coleta do material, normalmente
quadrados são lançados na área de amostragem. O método leva em conta a proporção do peso
de matéria seca a partir do peso de matéria úmida em condições de campo. Neste método de
estimativa de biomassa, a proporção do peso de cada espécie pode ser avaliada em relação à
porcentagem de biomassa total.
O método requer muito mais experiência dos pesquisadores do que a estimativa da
magnitude de espécies de Braun-Blanquet e gasta aproximadamente quatro vezes mais tempo,
pois, além do tempo requerido nas coletas das amostras no campo, há o tempo gasto na separação,
secagem, pesagem e identificação do material.
Em vegetação de Cerrado, o método tem sido usado para determinar a diferença de
biomassa em pastagens nativas submetidas a fogo, tanto no nível de espécie quanto de
comunidade (CARDOSO et al., 2000, 2003). Castro e Kauffman (1998), por exemplo, avaliaram
a biomassa herbáceo-subarbustiva antes e depois do fogo em comunidades de campo limpo,
campo sujo e em duas variantes de cerrado sensu stricto (cerrado aberto e cerrado denso).

Método de pontos
O termo “método de pontos” foi usado pela primeira vez por Lindquist (1931 apud
MANTOVANI; MARTINS, 1990), mas também recebe outras denominações, como: “point
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quadrant” (LEVY; DAVIES, 1929 apud MANTOVANI; MARTINS, 1990), “point sampling”
(OSBORN et al., 1935; YARRANTON, 1966), “point intercept” (WHITMAN; SIGGEIRSON,
1954), “point frame method” (NERMEY, 1960) e “método de agulhas” (BUSELATO; BUENO,
1981). Mantovani e Martins (1990) consolidaram o uso do termo “método de pontos” no Brasil em
uma revisão detalhada sobre o método, em que apresentam vários aspectos conceituais, metodológicos
e comparativos da técnica, além de destacarem especialmente a rapidez da amostragem.
Essencialmente, trata-se de um método de cobertura que determina a proporção de
unidades amostrais (número de pontos) coberta por uma espécie em relação ao total de unidades
amostrais (número total de pontos). Nesse procedimento, os pontos que interceptam parte da
planta são contados (MUELLER-DOMBOIS; ELLENBERG, 2002).
Várias ferramentas de amostragem têm sido usadas no método de ponto, entre elas a
armação de frequência de pontos (HEADY; RADER, 1958), que consiste de uma armação de
madeira com duas ripas de 1 m de comprimento, horizontalmente fixadas em duas ripas laterais
do mesmo tamanho. No comprimento da armação, são feitas perfurações por onde passam 10
pinos de metal da mesma altura. A segunda ripa permite que os pinos fiquem eretos e sejam
colocados verticalmente, não oblíquos, de modo a eliminar o efeito de paralaxe e favorecer a
repetição. Os buracos com seus pinos são espaçados em intervalos iguais ao longo da armação
linear (Figura 2). Essas dimensões podem mudar em função da altura e espaçamento das
plantas memorizadas pelo pesquisador.
A armação linear é montada com os braços sobre uma faixa da vegetação herbácea a
ser medida, e os pinos são rebaixados verticalmente um após o outro. Seus toques nas partes
das plantas são usualmente registrados por espécie e utilizados nas medidas de cobertura e
frequência destas. Dez colocações da armação resultam em levantamento de 100 pontos de
amostragem. Isso leva a uma medida de cobertura das espécies que são interceptadas pelos
pinos. A cobertura de touceiras é tomada pela contagem somente da primeira interceptação ou
do toque inicial de cada agulha com uma parte do ramo. A altura da planta pode ser medida
simultaneamente pelo comprimento da agulha em cada primeira interceptação.

Figura 2 - Modelo de armação de frequência de pontos para amostragem por pontos.


222 Munhoz e Araújo

O número de toques registrados para uma espécie em relação ao total de pontos


amostrados determina o seu vigor absoluto e, consequentemente, reflete a cobertura vertical
de uma espécie e depende da sua forma de vida e desenvolvimento. Pode ser usado na indicação
da dominância ou visibilidade das espécies, seja por sua altura, cobertura ou densidade
(MATTEUCCI; COLMA, 1982).
Quanto à intensidade da amostragem como descrita pela distância entre os pontos e ao
número total de pontos, devem ser sempre considerados o tamanho da planta, a variabilidade
das espécies e o objetivo da análise em relação ao tempo disponível.
O número de pinos colocados na armação pode variar, e o espaçamento entre os pontos
deve ser definido de acordo com as características do local de estudo e os objetivos do trabalho.
Em medidas de cobertura de áreas pequenas, pequeno espaçamento entre os pinos na armação
pode ser útil. Amplo espaçamento entre os pontos ou pontos distribuídos individualmente podem
ser mais úteis em levantamentos rápidos e em amostragens menos intensivas e dar estimativa
mais precisa de cobertura do que o mesmo número de pontos agrupados em uma armação
(GOODALL, 1952). Armações com muitos pinos podem superestimar a contribuição de
cobertura de plantas que se distribuem de forma agrupada na vegetação (BLACKMANN,
1935). Esse efeito pode ser minimizado pelo aumento do número de colocações da armação na
mesma área ou pela diminuição do número de pinos nela ou pela colocação de pinos individuais,
não dispostos em armações (GOODALL, 1952; ROTHERY, 1974). Um número arbitrário de
200 pontos pode dar resultado satisfatório em uma cobertura relativamente homogênea.
Dependendo da familiaridade do pesquisador com as espécies a serem identificadas, esse
procedimento pode ser feito em meia hora (MUELLER-DOMBOIS; ELLENBERG, 2002).
O método de pontos vem sendo utilizado no Brasil em investigações da comunidade
herbáceo-subarbustiva nativa e em áreas de pastagens (BUSELATO; BUENO, 1981;
MANTOVANI, 1987; SÁ, 1996; ALMEIDA; ARAÚJO, 1997; CUNHA et al., 2003). Esses
autores utilizaram predominantemente agulhas individuais lançadas verticalmente na vegetação
para amostrar os pontos, o número de toques em cada espécie e a sua altura. O número de
pontos e o tamanho das hastes de metal variaram entre os estudos. Em uma área de cerrado,
Mantovani (1987) usou uma agulha de metal de 3 mm de diâmetro e 1,1 m de altura, solta a
cada três passos. Pinder e Rosso (1998) coletaram dados fitossociológicos utilizando esse
método em 10 fitofisionomias distintas no Pantanal, desde áreas secas a inundadas (incluindo
lagoas rasas), de formações florestais a campestres. Em todos os habitats foram colocadas
aleatoriamente parcelas de 25 m2 ao longo de uma seção transversal dentro de cada formação,
exceto a borda florestal, em que as parcelas eram de 1 m2. Em cada parcela de 1 m2, 20 pontos
eram amostrados com a utilização de uma agulha, e a frequência de toques de cada espécie foi
usada para quantificar a importância de cada uma. Foram amostrados 4.000 pontos nas áreas
mais abertas e 2.400 na formação florestal. O número total de parcelas em cada área onde os
pontos eram colocados para a amostragem foi determinado por uma curva do coletor.
Muitos autores no Brasil utilizam os parâmetros fitossociológicos do método de pontos
proposto por Mantovani e Martins (1990), como se segue:
Métodos de amostragem do estrato herbáceo-subarbustivo 223

- Média de toques:

em que:
NTi = número de toques da espécie “i”; e
NPi = número de pontos com a espécie “i”.

- Frequência absoluta:

NTP o número total de pontos.

- Frequência relativa:

em que:

= somatório das frequências absolutas de todas as espécies.

- Cobertura:

sendo N0 a porcentagem de pontos sem toques.

- Vigor absoluto:

- Vigor relativo:

em que NTT é o número total de toques.


224 Munhoz e Araújo

- Índice de cobertura:
Ci = FAi + VAi

- Índice de valor de cobertura:


VC = FRi + VRi

Método de interseção na linha


Um dos métodos utilizados para a determinação das características da vegetação,
principalmente cobertura, é o de interseção na linha (CANFIELD, 1941, 1950). O método é
baseado no princípio de redução da largura do transecto, que tem duas dimensões (comprimento
e largura), para uma linha com apenas uma dimensão (comprimento). Uma linha graduada, a
exemplo de uma fita métrica, é colocada sobre o solo, e a porção do indivíduo que sobrepõe ou
intercepta a linha é amostrada.
Em comunidades lenhosas, nas quais há sobreposição nas camadas da vegetação, a
cobertura pode ser medida para cada altura do estrato separadamente. As camadas ou estratos
podem ser definidos arbitrariamente. Em florestas de porte baixo, os estratos convenientes
podem ser de 0,5 a 2 m; de 2 a 5 m e mais de 5 m (MUELLER-DOMBOIS; ELLENBERG,
2002). A projeção da cobertura de árvores maiores que 15 m pode ser muito difícil de ser
medida sem o uso de ferramentas especiais.
O método é mais indicado para o estudo da vegetação herbáceo-graminosa não claramente
individualizada, permitindo a determinação da composição, cobertura e frequência das espécies
na comunidade (BROWER; ZAR, 1984; COX, 1984). Para plantas visivelmente individualizadas,
pode-se obter na extensão da linha também a densidade das espécies na vegetação (BROWER;
ZAR, 1984).
Em um campo de Artemisia tridentata Nutt. no Sudeste dos Estados Unidos, Floyd e
Anderson (1987) constataram que o método de linhas é mais preciso que os métodos de ponto
e de estimativa de cobertura, embora mais demorado do que esses.
Esse método tem sido usado para determinar a cobertura das espécies em áreas
campestres (LUCAS; SEBER, 1977; HANLEY, 1978; FLOYD; ANDERSON, 1987). No
Brasil, a interseção na linha foi aplicada para amostragem da vegetação de veredas
(GUIMARÃES et al., 2002; MEIRELLES et al., 2002ab; RAMOS, 2004), campo limpo úmido
(MEIRELLES et al., 2002b; MUNHOZ et al., 2008) e campo sujo (MUNHOZ; FELFILI,
2006; AMARAL, 2008). Esses autores demonstraram que o método é eficiente para a
amostragem da vegetação campestre, contribuindo para o maior conhecimento da composição,
cobertura e frequência das espécies nas áreas.

A interseção na linha: generalidades


A interceptação na linha (CANFIELD, 1941), ou transecto de linha (SUTHERLAND,
1996; GUIMARÃES et al., 2002) ou interseção na linha (MUNHOZ; FELFILI, 2006) consiste
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em estender uma linha, ou várias, entre dois pontos de uma comunidade vegetal. Dependendo
dos objetivos do trabalho, o local da plotagem da linha pode ser preferencial ou aleatório. A
linha pode ter 10, 20, 50, 100 m ou mais, dependendo da extensão desejada para a amostragem.
A altura da linha em relação ao solo será proporcional à altura da vegetação a ser interceptada.
Essas linhas podem ser divididas em trechos menores, cuja extensão pode variar de acordo
com a densidade da vegetação.
Em estudo conduzido numa área de vegetação de vereda (GUIMARÃES et al., 2002), a
linha foi estendida de uma borda a outra com a intenção de contemplar as diversas zonas de
umidade. Já em uma área de campo limpo úmido, Munhoz (2003) sorteou linhas em diferentes
estratos da área, definidos pelas fitofisionomias vizinhas a ela. Nesses dois casos, os referidos
autores subdividiram as linhas em segmentos de 1 m, demarcados com estacas de 70 cm de
altura, confeccionadas com vergalhões de ferro de 6,3 mm, que representaram as subunidades
amostrais (SuA). Com o auxílio de uma vareta de 1 m demarcada com fita métrica e colocada
sobre cada SuA, foi feita a visualização da projeção da linha sobre todos os indivíduos com
hábito herbáceo ou subarbustivo (Figura 3). Com esses dados, calcularam-se as coberturas e
as frequências (absoluta e relativa).
As equações utilizadas para obter os parâmetros quantitativos das espécies são as
seguintes:

- Cobertura absoluta da espécie “i”

= soma da projeção da espécie (i) em todas as SuAs.

Obs.: Se se estender uma linha de 10 m de comprimento subdividida em trechos de 1


m cada (SuAs), os valores de cobertura de cada SuA não podem ultrapassar 1 m e a linha
total, 10 m.

(a) 1m (b)
Figura 3 - Representação esquemática do método de interseção na linha. Em (a), observa-se a demonstração
de como a unidade de amostragem é colocada e em (b), de como é tomada a projeção das
espécies.
226 Munhoz e Araújo

- Cobertura relativa da espécie “i”

em que:

= somatório da cobertura de todas as espécies em todas as SuAs.

- Frequência absoluta da espécie “i”

em que:
ni = número de UAs onde a espécie (i) ocorreu; e
n = número total de UAs amostradas.
Obs.: Se a linha de 10 m é subdividida em 10 trechos de 1 m cada (UAs) e a espécie
ocorreu em cinco trechos, ela tem frequência absoluta de 50%.

- Frequência relativa da espécie “i”

em que:

= somatório da frequência absoluta de todas as espécies.

Considerando que a abundância pode ser avaliada por outras medidas como frequência
e área basal (KENT; COKER, 1992), Munhoz et al. (2008) utilizaram a proporção da cobertura
das espécies para obter o índice de diversidade de Shannon (H´).

em que Pi é a proporção de cobertura de cada espécie.


Métodos de amostragem do estrato herbáceo-subarbustivo 227

Considerações Finais
Todos os métodos aqui apresentados foram utilizados em diversos estudos no mundo e já
foram comparados quanto às suas vantagens e limitações em experimentos realizados,
principalmente, em ambientes temperados na Europa (LEPŠ; HADINCOVÁ, 1992; CHYTRÝ,
2001) e nos Estados Unidos (FLOYD; ANDERSON, 1987).
O Brasil, no entanto, carece de trabalhos comparativos entre os métodos nas diferentes
formações vegetacionais. Estudos futuros devem, por exemplo, comparar as metodologias não
só quanto às suas capacidades de realizar estimativas de riqueza, de diversidade, de substituição
das espécies em amostragens repetidas, bem como quais métodos são úteis nas análises de
ordenação e classificação das comunidades de plantas. Por meio de comparações entre métodos
diferentes, podem também ser avaliados os custos, o tempo e o esforço de coleta de dados para
acessar dados estruturais, assim como o melhor método para cada tipo vegetacional. Enquanto
esses estudos comparativos não são realizados, o pesquisador, no momento da seleção de um
deles, deve levar em conta, principalmente, as características estruturais da vegetação a ser
estudada, o tempo para a realização do trabalho e a capacidade de repetição do experimento,
visto que há grande demanda de avaliações das comunidades de plantas ao longo do tempo.

Agradecimentos
Às Fundações de Amparo à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) e de Minas Gerais
(FAPEMIG) e ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq),
pelo apoio aos projetos de pesquisa; ao Chesteton Ulysses O. Eugênio e à Maura Rejane A.
Mendes, pelos momentos de discussão sobre metodologias de amostragem de plantas herbáceas;
aos revisores anônimos, que muito contribuíram para a melhoria do manuscrito; e à querida
Professora Jeanine Maria Felifi Fagg (in memoriam), pelo incentivo e pela amizade.

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