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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA – UniCEUB

FACULDADE DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO E SAÚDE


CURSO DE NUTRIÇÃO

AS INFLUÊNCIAS DA NUTRIÇÃO NA REGULAÇÃO E MANUTENÇÃO DE


NÍVEIS SAUDÁVEIS DE TESTOSTERONA: UMA REVISÃO
BIBLIOGRÁFICA

Aluno: CLÁUDIO ROBERTO DE JESUS BENDER


Orientadora: Ms. MICHELE FERRO DE AMORIM

Brasília
2017

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1. INTRODUÇÃO

A testosterona é um hormônio pertencente a classe dos androgênicos (hormônios


sexuais masculinos), ela é encontrada em maior concentração nos homens e,
basicamente, suas funções são associadas ao desenvolvimento de características
masculinizantes, como o aumento de massa muscular e a regulação de funções sexuais
(Guyton & Hall, 2011).

A deficiência androgênica ou hipogonadismo é uma síndrome clínica


caracterizada pelos baixos níveis de testosterona. Estudos populacionais reportam alta
prevalência de hipogonadismo em homens, especialmente em indivíduos obesos de
idades mais avançadas. Essa comorbidade é associada a diversas patologias, como
disfunção erétil, síndrome metabólica, doenças cardiovasculares e resistência a insulina.
Os sintomas mais comuns do hipogonadismo são perda de massa magra, degeneração
óssea, aumento da gordura corporal, diminuição da libido, incapacidade física e fadiga
excessiva. (Araujo et al. 2007; Ebrahimi et al. 2016; Guyton & Hall, 2011; Huang et al.,
2014; Mulligan et al. 2006; Maiorino et al., 2015; Storer et al., 2008; Spitzer et al., 2013).

A hiperandrogenia é uma síndrome caracterizada por elevados níveis de


testosterona, comum em mulheres pós-menopausa obesas. Essa comorbidade é
associada a disfunções sexuais e a um maior risco de desenvolvimento de câncer de
mama (Farhat et al. 2011).

A reposição hormonal é muito utilizada no tratamento e controle de deficiências


endócrinas, além de ser muito comum na prática esportiva para o fim de ganho de massa
muscular e força, especialmente os esteroides com características químicas semelhantes
à testosterona. No entanto, o uso dessas substâncias, mesmo sobre prescrição médica,
pode oferecer alguns riscos à saúde, como o desenvolvimento de doenças
cardiovasculares e o câncer de próstata (Abrahin et al. 2013; Ebrahimi et al. 2016).

A nutrição tem relação com o metabolismo de diversos hormônios, incluíndo a


testosterona, uma alimentação equilibrada associada a melhora na composição corporal
pode promover a manutenção de níveis adequados desse hormônio, auxiliando assim no
tratamento de doenças androgênicas, trazendo benefícios à saúde e à performance
atlética (Saad et al. 2007).
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Com base no exposto, o presente estudo objetivou elaborar uma revisão
bibliográfica acerca do papel da nutrição na regulação e manutenção de níveis saudáveis
de testosterona.

2. MATERIAIS E MÉTODOS

2.1 Desenho do estudo

Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica.

2.2 Metodologia

Foi conduzida uma busca na literatura publicada de 2007 até 2017, nas bases de
dados MEDLINE (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online) via PubMed,
BIREME (Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde) e
SciELO (Scientific Electronic Library Online). A pesquisa foi conduzida em inglês e
português, sendo utilizados os descritores: “Nutrição”, “Alimentos” e “Dieta” acrescidos do
descritor “testosterona”, assim como os respectivos descritores em inglês: “Nutrition”,
“Food” e “Diet” acrescidos do descritor “Testosterone”.

2.3 Análise do dados

Foram selecionados artigos que relacionavam intervenções nutricionais com


possíveis influências nos níveis de testosterona. Os artigos foram incluídos pelo título,
sendo selecionados posteriormente pela leitura dos resumos e por fim pela leitura na
íntegra. Os critérios para a seleção dos artigos foram definidos pela qualidade
metodológica dos mesmos, sendo comparados pelo número de participantes, tipo de
estudo, perfil das amostras e resultados obtidos. Foram excluídos periódicos repetidos,
estudos em animais e in vitro, assim como artigos que avaliaram indivíduos com
comorbidades especificas que poderiam influenciar nos resultados.

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3. RESULTADOS

Ao aplicar as especificidades de pesquisa definidas na metodologia, foi obtido um


resultado inicial de 681 artigos que relacionavam intervenções nutricionais ou ainda
características de composição corporal com alterações nos níveis de testosterona, destes
112 artigos foram selecionados pela leitura dos títulos, posteriormente, 53 foram
selecionados pela leitura dos resumos e por fim 12 foram selecionados pela leitura na
íntegra dos periódicos, sendo assim definidos para fundamentar o presente trabalho.

O resultado de todos os artigos avaliados estão apresentados nos anexos na


Tabela 1. Não foram obtidos resultados em português, assim como não foram obtidos
resultados no banco de dados Scielo. A sistematização da busca esta apresentada na
figura 1 :

Figura 1: Sistematização da busca.


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4. REVISÃO DE LITERATURA

4.1 Associação entre testosterona e composição corporal

Alguns trabalhos relacionaram a composição corporal com alterações metabólicas


e endócrinas em humanos. O estudo de Trabert et al. (2012) avaliou a composição
corporal de 898 homens através da densitometria por dupla emissão de raios-X (DEXA) e
avaliação antropométrica, associando com hormônios sexuais. A população avaliada
consistiu de homens de idade média de 42 anos de diversas etnias, o que representou de
forma fidedigna a população masculina norte-americana. Nesse estudo os autores
encontraram uma associação inversa entre a massa corporal, índice de massa corporal
(IMC) e circunferência da cintura com os níveis de testosterona, encontrando menores
valores séricos do hormônio especialmente nos indivíduos com maior percentual de
gordura.

Esses dados demonstram que há uma associação entre composição corporal e


níveis de testosterona em homens, onde uma maior massa corporal, especialmente em
termos de percentual de gordura reflete em menores níveis do hormônio. Isso pode ser
explicado devido a ação das enzimas aromatases no tecido adiposo que convertem
testosterona biodisponível em estradiol, outro fator é a menor atividade de gonadotrofinas
em indivíduos obesos que reflete em menor produção de testosterona pelos testículos.
(Schulte et al. 2013).

Campbell et al. (2012) avaliou 399 mulheres obesas pós menopausa submetidas
a intervenções buscando a redução de peso, foram quatro grupos: o primeiro apenas com
intervenção dietética (dieta hipocalórica com consumo médio de 1200 a 2000 kcal/dia e
menos de 30% da calorias proveniente de lipídeos), o segundo apenas com exercício
aeróbio de moderada a vigorosa intensidade, o terceiro com a combinação entre dieta e
exercício e por fim um grupo controle onde as participantes foram instruídas a seguir suas
atividades rotineiras. O estudo teve duração de 12 meses, avaliou a composição corporal
através do DEXA e coletou diversos hormônios séricos antes e depois da intervenção.
Após a coleta de dados foi possível associar reduções significativa dos valores de
testosterona livre com a perda de peso. As participantes que mais perderam peso foram
também as que tiveram maiores reduções do hormônio, sendo o grupo dieta + exercício o

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que apresentou reduções mais expressivas (15,6%) seguido do grupo apenas dieta
(10%).

Esses dados mostram uma associação direta entre os níveis de testosterona e a


massa corporal em mulheres, diferentemente do que é observado em homens. Isso
ocorre devido a uma diminuição da globulina de ligação de hormônios sexuais (SHBG),
que reflete em aumento da concentração de testosterona biodisponível, e maior atividade
das enzimas 17 beta hidroxiesteróide desidrogenases no tecido adiposo que catalisam a
síntese de hormônios androgênicos. Tais reduções são favoráveis no sexo feminino, pois
estão associadas a uma menor incidência de câncer de mama (Campbell et al. 2012).

4.2 Associação entre testosterona e nutrição

4.2.1 Restrição calórica e composição de macronutrientes

Desde a década de 80 já se conhece as relações entre a composição de


macronutrientes e os níveis de testosterona em humanos. Kappas et al. (1983) foram um
dos primeiros a elucidar essa relação. Nesse estudo foi observado baixos níveis de
testosterona associado a uma dieta hiperprotéica (44% da necessidade energética em
proteínas), demonstrando que a substituição isocalórica de proteínas por carboidratos
reflete em aumento nos níveis séricos de testosterona.

A associação entre lipídeos e hormônios androgênicos foi amplamente estudada


no final da década de 80 e inicio de 90, onde vários estudos reportaram aumento nos
níveis de testosterona em dietas ricas em gorduras, observado maiores níveis do
hormônio em dietas contendo 40% das necessidades diárias proveniente de lipídeos
(Bagga et al. 1995; Chandler et al. 1994; Ingram et al. 1987; Reed et al. 1887).

Volley et al. (1997) observaram uma associação positiva entre o total de calorias,
gorduras saturadas e monoinsaturadas e uma relação negativa entre o total de proteínas
e gorduras poliinsaturadas com o total de testosterona em 12 homens jovens e saudáveis.

Tais achados demostram a associação entre a composição dietética e os níveis


de testosterona, sendo, principalmente, o consumo de gorduras, em especial as

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saturadas, associado a um aumento do hormônio e o excesso de proteínas associado a
uma redução.

Considerando a relação da composição corporal e dos macronutrientes com os


hormônios androgênicos surge a suposição de que a restrição calórica pode levar a
melhora no metabolismo desses hormônios, como já observado no estudo de Campbell et
al. (2012).

Os estudos de Wang et al. (2012 e 2013) avaliaram indivíduos acima do peso ou


obesos em 2 fases distintas, a primeira submetendo-os a uma dieta de restrição calórica
por 8 semanas e a segunda submetendo-os a uma dieta normocalórica para manutenção
do peso durante 26 semanas. Nessa segunda fase os participantes foram separados em
4 grupos: baixa ingesta de proteínas e consumo predominante de carboidratos de baixo
índice glicêmico (LP/LGI), baixa ingesta de proteínas e consumo predominante
carboidratos de alto índice glicêmico (LP/HGI), alta ingesta de proteínas e consumo
predominante de carboidratos de baixo índice glicêmico (HP/LGI) e alta ingesta de
proteínas e consumo predominante de carboidratos de alto índice glicêmico (HP/HGI),
todos os grupos tiveram uma dieta moderada em lipídeos. Ambos os estudos foram
conduzidos com a mesma metodologia, o objetivo era associar alterações metabólicas
com as variações de peso após um período de restrição calórica, sendo assim, ao final
das 26 semanas os autores compararam os indivíduos que continuaram a perder peso
daqueles que voltaram a ganhar peso, coletando dados de diversas proteínas e
hormônios plasmáticos.

O primeiro estudo avaliou 96 mulheres com idade média de 50 anos, encontrando


pouca associação da intervenção com os níveis de testosterona, porém, foi possível
observar maiores níveis do hormônio nas participantes que voltaram a ganhar peso, em
especial nas que consumiram mais proteína, sendo que nenhuma associação significativa
foi observada quanto ao índice glicêmico dos carboidratos. O segundo estudo avaliou 181
homens com idade média de 43 anos, encontrando maiores valores de testosterona total
e livre naqueles indivíduos que continuaram a perder peso, em especial, os participantes
que consumiram carboidratos de menor índice glicêmico foram aqueles que mais
perderam peso e também os que apresentaram maiores níveis de testosterona, já o
consumo de proteínas não mostrou nenhuma associação, com pouco diferença entre os
grupos com alta ou baixa ingesta proteica.

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Esses resultados confirmam a divergência entre os sexos quanto à relação entre
a massa corporal e a testosterona. Foi observado uma certa associação entre
composição dietética e as variações androgênicas. Nos homens o índice glicêmico dos
carboidratos parece ter tido uma associação negativa com a testosterona, porém essa
relação pode ter sido simplesmente pela redução da massa corporal, que é mais
expressiva quando o consumo é predominante de carboidratos de baixo índice glicêmico.
Em mulheres os aumentos mais expressivos de testosterona foram observados no grupo
que mais consumiu proteínas, porém, esse grupo foi também o que teve maior aumento
da massa corporal. Espera-se na ingesta elevada de proteínas uma redução de
testosterona como indica a literatura anteriormente apresentada, porém, o aumento
ocorreu nesses indivíduos apesar da alta ingesta proteica, provavelmente devido ao
aumento da massa corporal e de tecido adiposo. Isso demonstra que a composição
corporal parece exercer um papel mais relevante nos hormônios androgênicos do que a
distribuição e caraterística dos macronutrientes em si.

Já em homens idosos a resposta à restrição calórica não parece ser tão


expressiva. Armamento-Villareal et al. (2016) não observou alterações relevantes nos
hormônios androgênicos em homens obesos e idosos após 52 semanas de restrição
calórica. Nesse estudo os indivíduos foram separados em 4 grupos, um apenas com
intervenção dietética (redução média de 500 a 750kcal/dia em relação as necessidades
diárias), outro apenas com exercício físico (90 minutos diários de atividade combinada
entre exercício aeróbio e resistido), outro com dieta e exercício e por fim um grupo
controle onde os participantes foram instruídos a seguir suas rotinas de dieta e exercício
habituais. Os grupos exercício + dieta e apenas dieta foram os que tiveram maior redução
do peso e gordura corporal, com diminuição média de 10% da massa corporal, sendo
nesses grupos observado um aumento nos níveis de testosterona, porém, esse aumento
foi modesto, com os valores ficando na faixa de 300 ng/dl, mesmo após um ano de
intervenção. Apesar desses resultados, a adequação da massa corporal através de
condutas de restrição calórica é uma estratégia a ser considerada, pois, na maior parte da
população é significante para a manutenção de níveis saudáveis desse hormônio em
ambos os sexos.

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4.2.2 Vitaminas e Minerais

Poucos estudos avaliaram os efeitos de vitaminas e mineiras nos níveis de


testosterona em humanos, porém, estudos em animais apresentam resultados
promissores.

O zinco é um mineral conhecido por sua função antioxidante, podendo atuar de


forma a proteger as células dos testículos do estresse oxidativo, de fato, a administração
de zinco em ratos traz um menor dano oxidativo ao DNA testicular que reflete em melhor
secreção de testosterona por esse tecido. As vitaminas C e E também são amplamente
conhecidas pelos seus efeitos antioxidantes, a deficiência dessas vitaminas leva a um
estado oxidativo nas células testiculares de ratos o que dificulta a produção de
testosterona. A vitamina C é mantida em estado reduzido pela enzima redutase de
desidroascorbato, abundante nos testículos, o que parece explicar em parte seu efeito
antioxidante nesse órgão. A suplementação de ácido ascórbico em animais demonstra um
aumento tanto da espermatogênese como de hormônios androgênicos. Já a vitamina E
tem sido associada a uma supressão da peroxidação lipídica nos microssomos e
mitocôndrias testiculares e a um efeito de reversão do estresse oxidativo induzido pela
exposição a fatores oxidantes (Aitken; Roman, 2008).

A vitamina D é um nutriente de suma importância na mineralização óssea e no


metabolismo muscular. Receptores de vitamina D são expressos nas células de Leydig
dos testículos, responsáveis pela síntese de hormônios androgênicos em homens, o que
fundamenta a ideia de que esta vitamina pode influenciar o metabolismo da testosterona
no sexo masculino.

Pilz et al. (2010) foram os primeiros a avaliar a associação entre a vitamina D e os


níveis de testosterona. O estudo avaliou 54 homens acima do peso durante um ano,
sendo suplementados com 5 doses diárias de uma preparação oleica contendo 83 µg
(3332 IU) ao dia de vitamina D ou placebo que consistia na mesma preparação, porém,
isenta de vitamina D. Ao final da intervenção foi possível associar a suplementação com
melhoras nos níveis de testosterona, com aumentos significativos nos valores de
testosterona total nos indivíduos suplementados. Vale ressaltar que nesse estudo os
indivíduos tinham baixos níveis de testosterona e 25-hidroxivitamina D antes da
intervenção, o que pode ter sido favorável aos resultados encontrados.

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Jorde et al (2013) avaliou a relação casual dos níveis de testosterona com a
suplementação de altas dosagens de vitamina D. Nesse trabalho foram incluídos 3
estudos, o primeiro com indivíduos obesos separados em três grupos: suplementados
com cápsulas de 5.714 IU de vitamina D ao dia, 2.857 IU de vitamina D ao dia e placebo
(cápsulas isentas de vitamina D) durante um ano. O segundo com indivíduos resistentes a
insulina separados em dois grupos: suplementados com cápsulas de 5.714 IU de vitamina
D ao dia ou placebo (cápsulas isentas de vitamina D) durante seis meses. O terceiro com
indivíduos clinicamente depressivos separados em dois grupos: suplementados com
cápsulas de 5.714 IU de vitamina D ao dia ou placebo (cápsulas isentas de vitamina D)
durante seis meses. Ao total foram 282 homens avaliados nos três estudos, foi possível
observar uma tendência de maiores níveis de testosterona nos indivíduos suplementados,
especialmente com maiores dosagens, porém, considerando as analises estatísticas não
foi observado diferenças significativas entre nenhum dos grupos. Os autores ainda
fizeram a suposição de que os resultados obtidos não foram significantes devido ao fato
de a maior parte dos indivíduos serem suficientes em calcifediol no começo da
intervenção, assim os dados foram também submetidos a analise estatística considerando
apenas indivíduos deficientes no inicio do estudo, porém, mesmo assim, não foi
observado diferenças significativas.

Outra publicação similar avaliou a suplementação de dosagens moderadas de


vitamina D em indivíduos suficientes em testosterona, sendo também incluídos três
estudos. O primeiro com 92 homens portadores de Insuficiência cardíaca crônica,
suplementados com cápsulas de 2000 IU de vitamina D ao dia durante 6 semanas ou
placebo (cápsulas isentas de vitamina D). O segundo com 76 homens idosos residentes
em uma casa de repouso suplementados com cápsulas de 600 IU de vitamina D ao dia ou
placebo (cápsulas isentas de vitamina D) durante 16 semanas. O terceiro com homens
jovens, acima do peso e deficientes em vitamina D, suplementados com cápsulas de
1.200 IU de vitamina D ao dia ou placebo (cápsulas isentas de vitamina D) durante 16
semanas. Primeiramente foi possível fazer uma associação significativa entre as
concentrações de vitamina D e os níveis de testosterona no inicio dos estudos, contudo,
no final das intervenções, apesar das suplementações terem mostrado claro aumento da
25-hidroxivitamina D, o mesmo não refletiu em mudanças nos níveis de testosterona, de
fato um aumento foi observado, mas nada que mostrasse resultados significativos. Esse
estudo também avaliou os dados considerando apenas indivíduos insuficientes em

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calcifediol no começo da intervenção e também não foram encontradas diferenças
significativas (heijboer et al. 2015).

Através desses estudos é possível identificar certa associação entre a vitamina D


e a testosterona. De fato ocorrem mudanças quando os indivíduos são suplementados,
havendo uma tendência ao aumento de testosterona, contudo, um único trabalho
encontrou diferenças significativas, onde foram recrutados participantes deficientes tanto
em testosterona como em 25-hidroxivitamina D no começo da intervenção. A vitamina D
traz diversos benefícios à saúde e sua adequação pode auxiliar no tratamento de
deficiências androgênicas, porém, não pode-se excluir o fato dessa associação ser pouco
relevante na maior parte da população, devendo-se considerar outros tratamentos
associados, especialmente em indivíduos que necessitem de intervenções mais
expressivas.

O Boro é um micronutriente de vital importância no metabolismo humano, seu


consumo é associado a diversos benefícios, tais como: manutenção da saúde óssea,
melhora da cicatrização, regulação de hormônios sexuais, aumento da atividade de
enzimas antioxidantes, auxilio na prevenção e tratamento de diversos tipos de câncer,
entre outros. Esse mineral é encontrado naturalmente em diversos alimentos como frutas,
vegetais folhosos, castanhas e legumes. Estima-se que em uma dieta rica em frutas e
vegetais forneça um aporte de 1,5 a 3 mg de Boro ao dia (Pizzorno et al. 2015).

Um dos benéficos da ingesta desse nutriente é a regulação de hormônios


sexuais. Em 1987 Nielsen et al. (1987) reportaram pela primeira vez um aumento
expressivo nos níveis de testosterona em 13 mulheres pós menopausa, após sete
semanas de suplementação diária de 3 mg de Boro, especialmente, naquelas que eram
deficientes em magnésio no inicio do estudo. Em 1997 Naghii et al. (1997) observaram
resultado similar em 18 homens de meia idade, saudáveis, com um aumento expressivo
da testosterona total após 4 semanas de suplementação de 10 mg diárias de Boro.

Naghii e colaboradores (2011) avaliaram a suplementação diária de 10mg de Boro


em oito homens saudáveis durante sete dias. Apesar do curto período de intervenção foi
possível observar um aumento significativo dos níveis de testosterona livre. Nesse estudo
os autores concluíram que o consumo de Boro tem uma associação dose dependente
com o metabolismo de hormônios androgênicos, podendo ser relevante no tratamento de
deficiências hormonais.

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4.2.3. Compostos bioativos

Diversos compostos bioativos vem sendo estudados em animais quanto a suas


propriedades antioxidantes, podendo refletir em um efeito protetor ao estresse oxidativo
nos testículos, associado assim a uma melhora nos níveis de testosterona. Entre eles se
destacam o extrato de alho, éster fenetílico do ácido cafeico, N-acetilcisteína, pentoxifilina,
erdosteina, resveratrol, dexpantenol, L-carnitina e o licopeno. A administração de
antioxidantes como o resveratrol em animais saudáveis parece melhorar a função
testicular (Aitken; Roman, 2008).

4.2.3.1 Isoflavonas

As Isoflavonas são um grupo de produtos químicos difenólicos pertencentes à


classe dos fitoestrógenos, presentes em diversos alimentos como quinoa, amaranto,
linhaça, e especialmente em maior concentração na soja. Atualmente existe uma
preocupação generalizada com o consumo de produtos a base de soja, especialmente
pelo público masculino que associa o consumo deste tipo de alimento a um possível efeito
feminilizante. Tal afirmação é baseada em estudos in vitro e em animais, que observaram
alterações hormonais e efeitos adversos como deficiências androgênicas e infertilidade,
porém, resultados de estudos mais recentes em humanos demostram que o consumo de
isoflavonas é seguro e traz diversos benefícios a saúde, especialmente na prevenção do
câncer de próstata (Messina, 2010).

Os estudos de Hamilton-Reeves et al. (2007 e 2013) avaliaram o consumo de


isoflavonas e sua relação com os níveis de testosterona. O primeiro recrutou 58 homens
saudáveis com alto risco de desenvolver câncer de próstata, separando-os em 3 grupos,
um consumindo proteína isolada de soja rica em isoflavonas (107mg/dia), outro
consumindo proteína isolada de soja pobre em isoflavonas (6mg/dia) e o terceiro
consumindo proteína do leite (isenta de isoflavonas). Após 6 meses de intervenção não foi
observada nenhuma diferença significativa nos níveis de testosterona total e livre entre os
grupos avaliados, além disso foi observado uma menor expressão de receptores
androgênicos nos indivíduos que consumiram a proteína rica em isoflavonas, o que é
considerado marcador para redução do risco de desenvolvimento do câncer de próstata.
O segundo estudo avaliou 86 homens portadores de câncer de próstata, separados em 2
grupos, um recebendo 2 capsulas ao dia contendo 51mg/dia de isoflavonas e outro
12
recebendo 2 cápsulas idênticas, porém, isentas de isoflavonas como placebo. Ao final de
6 semanas de intervenção não foi observado nenhuma diferença significativa nos valores
de testosterona total e livre, porém, a supressão de diversos genes associados ao ciclo
celular e a mecanismos de apoptose foram observados, o que fundamenta o consumo
desses fitoestrógenos como potenciais agentes para a prevenção do câncer de próstata.

O estudo de Basaria et al. (2009) avaliou o consumo de proteína isolada de soja


com alta dosagem de isoflavonas (160mg/dia) em mulheres pós-menopausa comparado
com grupo placebo consumindo proteína do leite, observando ao final de 12 semanas
nenhuma alteração significativa nos níveis de testosterona, apesar de relatar uma
redução (não significativa) nos níveis totais do hormônio. Ao final do estudo os autores
concluíram que o consumo de isoflavonas trouxe uma melhora significativa nos sintomas
da menopausa e nenhuma alteração relevante nos parâmetros androgênicos avaliados.

O trabalho de Deibert et al. (2011) avaliou a suplementação de proteína de soja


em homens de 50 a 65 anos, associando a performance no treinamento resistido. Foram
avaliados 40 homens saudáveis, separados em 3 grupos, um apenas com mudanças no
estilo de vida (controle), outro submetido ao treinamento resistido e o terceiro submetido
ao treinamento resistido e suplementado com proteína de soja. Ao final de 12 semanas de
intervenção não foi observada nenhuma alteração significativa nos valores de
testosterona livre entre os grupos, porém, os indivíduos suplementados com a proteína de
soja foram os que apresentaram maior redução da circunferência da cintura, aumento de
massa muscular e força nos parâmetros avaliados.

Tais achados fundamentam a hipótese de que o consumo de isoflavonas, em


especial, de produtos a base de soja é seguro e não traz nenhuma alteração nos níveis
de testosterona, desde que consumida moderadamente, o único estudo que encontrou
alguma alteração androgênica, utilizou dosagens elevadas de isoflavonas, e ainda assim
não observou diferenças significativas. Essas conclusões vão de acordo com a literatura
cientifica atual, onde um estudo de revisão avaliou os efeitos feminilizantes do consumo
de isoflavonas, relatando que apenas dois ensaios clínicos encontraram redução
moderada nos níveis de testosterona enquanto outros diversos estudos relataram
nenhuma alteração dos parâmetros androgénicos, mesmo em casos onde o consumo era
acima da média da população oriental. Esse mesmo estudo cita uma metaanálise que

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avaliou 15 ensaios clínicos, concluindo que o consumo de isoflavonas não traz nenhuma
alteração relevante nos níveis de testosterona em humanos (Messina, 2010).

5. CONCLUSÃO

Diversas condutas nutricionais podem ter efeito sobre a testosterona. A


composição de macronutrientes parece ser um fator relevante, o consumo de gorduras,
especialmente as saturadas, parece ter um efeito positivo nos níveis de testosterona, por
outro lado, a ingesta proteica parece ter um efeito negativo. A composição corporal exerce
um papel de muita relevância nos hormônios androgênicos, em geral, homens de maior
massa corporal, principalmente em termos de gordura são os que apresentam menores
níveis de testosterona, enquanto no sexo feminino o processo é inverso, com menores
valores do hormônio associados ao aumento da massa corporal. Condutas de restrição
calórica buscando a perda de peso parecem exercer um papel de suma importância na
melhora dos parâmetros androgênicos, trazendo diversos benefícios à saúde em ambos
os sexos.

Os micronutrientes também tem uma função importante nesse processo, o zinco,


a vitamina C e a vitamina E podem ter um papel relevante devido ao efeito protetor
desses nutrientes enquanto antioxidantes. A vitamina D tem associação com os níveis de
testosterona, mas seu efeito não parece tão relevante na maior parte da população, já o
boro apresenta efeitos positivos em todos os estudos observados até aqui, o que defende
seu uso no tratamento de deficiências de testosterona.

Os compostos bioativos também tem seu papel nesse contexto, diversos


compostos vêm sendo estudados e seus efeitos antioxidantes podem ser associados à
saúde androgênica, especialmente no sexo masculino. As isoflavonas são compostos
muito mistificados na sociedade atual devido a um possível efeito feminilizante, porém, os
relatos científicos não confirmam essa suposição, demonstrando que o consumo
moderado não afeta de forma significativa os níveis de testosterona e ainda traz diversos
benéficos à saúde.

Em suma, pode-se concluir que de fato alguns componentes nutricionais tem um


papel relevante nos níveis de testosterona, podendo auxiliar ou até substituir os
tratamentos de reposição hormonal tradicionais.

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REFERÊNCIAS

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17
ANEXOS

Anexo 1

Tabela 1: Estudos que buscaram avaliar a relação entre a nutrição e os níveis de


testosterona. Brasília- DF.

Referência Duração Tipo de Número de Idade IMC Grupos Testosterona


do Estudo Participantes média (Kg/ Livre( pg/mL)/
Estudo e sexo (anos) m2) Total (ng/mL)

Campbell et 12 Ensaio clínico 399 58 25 Dieta Dieta:


al. (2012) meses randomizado mulheres Pré: 5.1*/23.9
controlado Exercício Pós: 4.6*/23.6

Dieta + Ex:
Exercício Pré: 5.1/24.8
Pós: 4.9/23.6
Controle
Dieta+Ex:
Pré: 5.3*/23.9
Pós: 4.5*/22.5

Controle:
Pré: 4.9/22.8
Pós: 5.1/23.2

Wang et al. 34 Ensaio clínico 96 mulheres 50 34 Continuaram a WL:


(2011) semanas randomizado perder peso Pré: NIA
controlado (WL) Pós: NIA

Voltaram a WR:
ganhar peso Pré: NIA
(WR) Pós: NIA

Wang et al. 34 Ensaio clínico 181 homens 43 34 Continuaram a WL:


(2013) semanas randomizado perder peso Pré 9.1/432*
controlado (WL) Pós:8.7/441*

Voltaram a WR:
ganhar peso Pré: 8.4/346*
(WR) Pós: 8.3/341*

18
Villareal et 12 Ensaio clínico 40 homens 65 37 Dieta (D) D:
al. (2016) meses randomizado Pré: 5.9/211*
controlado Exercício (ET) Pós: 6.8/287*

Dieta + ET:
Exercício (D Pré: 6.7/274
+ET) Pós: 6.6/257

Controle (C) D+ET:


Pré: 7.0/268*
Pós: 6.6/318*

C:
Pré: 7.1/271
Pós: 5.9/229

Pltz et al. 12 Ensaio clínico 45 homens 46 32 Suplementados Sup. Vit. D:


(2010) meses duplo-cego com vitamina D Pré: 6.4*/309*
randomizado Pós: 7.7*/386*
e placebo- Placebo
controlado Placebo:
Pré: 7.3/340.3
Pós: 8.6/366.2

Jorde et al. 6 - 12 Ensaio clínico 282 homens 51 31 Suplementados Sup. Vit. D:


(2013) meses duplo-cego com vitamina D Pré: 8.8/415
randomizado Pós: 8.7/415
e placebo- Placebo
controlado Placebo:
Pré: 8.5/409
Pós: 8.3/395

Heijboer et 6 - 16 Ensaio clínico 183 homens 66 28 Suplementados Sup. Vit. D:


al. (2015) semanas duplo-cego com vitamina D Pré: NI/374
randomizado Pós: NI/380
e placebo- Placebo
controlado Placebo:
Pré: NI/375
Pós: NI/365

Naghii et al. 7 dias Ensaio clínico 8 homens 41 25 Suplementados Pré: 11.8*/320


(2011) experimental com Boro Pós: 15.2*/330
controlado

19
Reeves et 6 meses Ensaio clínico 58 homens 68 30 Consumindo SPI+:
al. (2007) duplo-cego proteína isolada Pré: 9.5/346
randomizado de soja rica em Pós: 9.2/375
e placebo- isoflavonas
controlado (SPI+) SPI-:
Pré: 9.7/378
Consumindo Pós: 9.2/375
proteína isolada
de soja pobre MPI:
em isoflavonas Pré: 8.3/346
(SPI-) Pós: 8.9/344

Consumindo
proteína do
leite (MPI)

Reeves et 6 Ensaio clínico 68 homens 62 30 Suplementados Isoflavonas:


al. (2013) semanas duplo-cego com Pré: 4.8/345
randomizado Isoflavonas Pós: 5.1/231
e placebo-
controlado Placebo Placebo:
Pré: 4.3/363
Pós: 4.3/276

Basaria et 12 Ensaio clínico 84 mulheres 56 26 Suplementados Active:


al. (2009) semanas duplo-cego com proteína Pré: 5/35
randomizado de soja (active) Pós: 4/26
e placebo-
controlado Suplementados Placebo:
com proteína Pré: 6/34
do leite Pós: 4/31
(placebo)

Deibert et al. 12 Ensaio clínico 40 homens 55.7 28 Controle Controle:


(2011) semanas randomizado Pré: 8.7/NI
controlado Submetidos a Pós: 10.2/NI
treinamento
resistido sem RT:
suplementação Pré: 5.7/NI
(RT) Pós: 6.8/NI

Submetidos a RTS:
treinamento Pré: 7/NI
resistido com Pós: 7.3/NI
suplementação
de proteína de
soja (RTS)

Legenda:
* Diferença significativa
NI: não informa
NIA: não informa valores absolutos
Pré: antes da intervenção
Pós: após a intervenção

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