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Contents
RESUMO
INTRODUÇÃO
METODOLOGIA
REVISÃO DE LITERATURA
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
RESUMO
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O Aumento na Produção do Cortisol e a Má Alimentação: Revisão de
Literatura
INTRODUÇÃO
Segundo a Organização Mundial da Saúde, no ano de 2008 mais de 1,4 bilhão das pessoas
com 20 ou mais anos tinham excesso de peso, e destes, homens totalizavam mais de 200
milhões e mulheres mais de 300 milhões. O excesso de peso é o quinto fator mundial de
mortes, onde todos os anos, mais de 2,8 milhões de adultos morrem por consequência desta
condição (MELIM; PINHÃO; CORREIA, 2013).
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Outro fator que tem destaque no mundo da obesidade é o estresse, caracterizado por um
estado gerado pela percepção de estímulos, provocando alteração emocional e desequilíbrio
na homeostasia, resultando em um aumento da secreção de adrenalina, este quadro
supracitado acarreta em distúrbios fisiológicos e psicológicos (MARGIS et al., 2003).
O estresse pode ser dividido em agudo e crônico, onde considera-se agudo uma exposição
singela ao estressor e crônico uma exposição mais prolongada por um longo período de
tempo (MELIM; PINHÃO; CORREIA, 2013).
METODOLOGIA
Para a elaboração deste trabalho foram utilizadas referências teóricas por meio de revisões
literárias, tendo como base de busca os sites LILACS, Scielo, Bireme e acervo bibliográfico da
Biblioteca Duse Ruegger Ometto da Fundação Hermínio Ometto – UNIARARAS. Os critérios de
inclusão foram artigos em Língua Portuguesa, inserção no período de 1972 a 2017 (dados
eletrônicos e literários), relação com a temática central. Este estudo foi aprovado pelo
Comitê de ético e Mérito em Pesquisa de Fundação Hermínio Ometto – FHO/UNIARARAS sob o
número 023/2017.
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O Aumento na Produção do Cortisol e a Má Alimentação: Revisão de
Literatura
REVISÃO DE LITERATURA
A nutrição é um processo onde os seres vivos recebem e utilizam compostos que são
necessários à sobrevivência, ao crescimento e a manutenção da vida de cada organismo
(FERREIRA et al.; 2009).
Durante a infância uma alimentação nutritiva colabora para que a criança cresça de maneira
saudável e positiva, adequados para o metabolismo do organismo (FERREIRA et al.; 2009).
Os hábitos alimentares se estabelecem a partir dos dois anos de idade, onde a criança
desenvolve seu paladar, apresentando assim efeitos duradouros nos anos subsequentes.
Doces e guloseimas são oferecidos como recompensa quando as crianças não querem comer
determinado alimento impostos pelos pais, na maioria das vezes legumes e verduras,
forçando-as a comer, tornando assim um método desagradável (MARCONDES et al.; 2003).
Uma alimentação para ser considerada saudável necessita-se de porções que contenham
todos os grupos de alimentos, como carboidratos, lipídeos, proteínas, fibras, vitaminas e
minerais, pois nenhum alimento se ingerido de maneira isolada fornecerá tudo que o
organismo necessita (MARCONDES et al.; 2003).
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Literatura
A alimentação dos indivíduos deve obedecer às “Leis da Nutrição” desenvolvidas por Pedro
Escudeiro, onde deve-se observar a quantidade e a qualidade dos alimentos nas refeições,
como também a harmonia entre eles e sua adequação nutricional. Uma alimentação que não
siga estas leis, pode resultar por exemplo em um aumento do peso e possíveis deficiências
de vitaminas e minerais (SILVA, 1998).
A mudança significativa nos hábitos alimentares durante este século tem sido marcada por
um aumento no consumo de lipídeos e carboidratos na dieta. Muitos indivíduos estão
envolvidos em programas de perda de peso, dos quais muitos deles são pouco eficientes e
com finalidades apenas comerciais. Um dos maiores obstáculos para a perda de peso e o
controle da obesidade é a sensação de fome associada com o balanço energético negativo.
Na literatura associa-se alguns fatores a sensação de saciedade: composição dos
macronutrientes, densidade calórica, valor calórico da dieta, conteúdo de fibras, peso,
propriedades sensoriais e as características dos indivíduos (idade, restrição alimentar, sexo e
composição corporal) (SCHNEIDER, 2009).
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A má alimentação vem tomando espaço cada vez maior na vida das pessoas, fazendo parte
assim do grupo de disfunções de doenças crônicas, tais como: hipertensão, dislipidemia,
diabetes, alguns tipos de câncer e colecistite, onde seus tratamentos e prevenções estão
cada vez mais desafiadores (SICHIERI et al.; 2000).
Grande parte das doenças crônicas se inter-relacionam, por exemplo, diabetes tipo 2 se se
relaciona com a hipertensão arterial, que se relaciona a redução do colesterol HDL e ao
aumento das triglicérides (SICHIERI et al.; 2000).
A maior parte das pessoas que buscam um emagrecimento se atrai por dietas que prometem
uma perca de peso intensa em um pequeno período de tempo, onde a escolha por essas
dietas, ultimamente conhecidas por dietas da moda, tem sido muito difundida na publicação
de diversos livros e revistas, em que as pessoas estão se afastando cada vez mais de
médicos e nutricionistas e utilizando estas fontes para o emagrecimento (SCHNEIDER, 2009).
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Outro problema enfrentado por pessoas que passam vários anos de sua vida tentando perder
peso, é o ganho de peso não intencionado após uma perda de peso intencionada. Essa
oscilação é chamada de peso flutuante, “iô-iô” ou sanfona, o que pode acarretar ao paciente
perda na motivação e auto estima (NAVES, 2010).
Durante os últimos anos, o estresse vem sido estudado por pesquisadores, uma vez que este
evidencia sua relação com a saúde. Foi Hans Selye que, em 1926 utilizou este termo,
definindo o estresse como um conjunto de reações que o organismo desenvolve quando é
submetido a uma situação que exige esforço para adaptação (BAUER, 2002).
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O estresse em níveis excessivos pode afetar de maneira negativa a saúde física e psicológica
do indivíduo, onde em períodos de estresse são produzidos hormônios glicocorticoides pelas
glândulas adrenais, como o cortisol. Tais glicocorticóides tem efeitos na mobilização de
gorduras, proteínas e regulam o metabolismo dos carboidratos (ESTEVES, GOMES; 2013).
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França e Rodrigues (1996) afirmam que o estresse se dá a partir de uma relação particular
entre pessoa, seu ambiente e as circunstâncias em que ela vive, que avalia como uma
ameaça ou algo que exige mais do que ela possui em sua carga de habilidades, colocando
em perigo o seu bem-estar, sua homeostase.
Observa-se que o estresse produzia reações de defesa e adaptação, que foram apresentadas
e três fases, sendo a primeira a fase a fase de alarme, que consiste na fase de identificação
do perigo, preparando o corpo para uma reação imediata; por outro lado a fase de resistência
é a que o corpo pode se adaptar por anos a nova situação, reestabelecendo o equilíbrio
interno (SILVA, MULLER, 2007).
A seguinte é a fase de exaustão, que consiste na extinção da resistência, podendo ser pelo
desaparecimento do estressor, do agressor ou talvez pelo cansaço dos mecanismos de
resistência, resultado assim na doença ou um colapso (SEGANTIN; MAIA, 2007).
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de acordo com sua história pessoal e seu aprendizado. Nesta fase o que é levado em
consideração é como o sujeito vivencia a situação de estresse (MARGIS, et al. 2003).
A avaliação das capacidades para como lidar com as situações estressoras, onde a pessoa
avalia a situação em relação a suas capacidades e recursos para enfrentá-la. Já a seleção da
resposta, a partir das avaliações anteriores, é onde o sujeito cria suas respostas a partir de
suas percepções obtidas (MARGIS, et al. 2003).
CONCLUSÃO
A partir dos artigos estudados infere-se que a má alimentação possui uma inter-relação entre
o estresse e a obesidade. Diversos são os estudos encontrados que correlacionam o aumento
do cortisol, o estresse e a obesidade, com destaque ao eixo HPA hiperativo, devido ao
estresse aumenta o cortisol, que pode contribuir para a compulsão alimentar e obesidade
abdominal. Novos estudos devem ser realizados de modo a modular os níveis de cortisol,
oferecendo suporte para o controle de peso saudável e evitando resultados negativos para a
saúde associados à obesidade central
REFERÊNCIAS
BAUER, M. E. Estresse: como ele abala as defesas do corpo. Revista Ciência Hoje. Rio Grande
do Sul, Vol 30, n139, 2005.
ESTEVES, A.; GOMES, A. R. Stress ocupacional e avaliação cognitiva: um estudo com forças
de segurança. Revista Saúde Sociedade, São Paulo, v.22, n.3, p.701-713, 2013.
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O Aumento na Produção do Cortisol e a Má Alimentação: Revisão de
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FRANÇA, A.C.L.; RODRIGUES, A.L. Stress e trabalho: guia básico com abordagem
psicossomática. São Paulo: Ed. Atlas; 1996.
MARCONDES, Eduardo et al. Pediatria básica pediatria geral e neonatal. 9. ed. São Paulo:
Editora Sarvier, 2003.
MARGIS, Regina et al. Relação entre estressores, estresse e ansiedade. Revista de Psiquiatria
do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, v. 25, n. 1, p.65-74, abr. 2003.
MELIM, D.; PINHÃO, S.; CORREIA, F. Estresse e sua relação com a obesidade. Revista
Alimentação Humana, Porto, v. 19, n. 3, p.74-81, 2013.
NAVES, A. Nutrição clínica funcional: modulação hormonal. São Paulo: Valeria Paschoal
Editora Ltda., 2010.
SILVA, J. D. T.; MULLER, M. C. Uma integração teórica entre pscicossomática, stress e doenças
crônicas da pele. Revista Estudos de Psicologia. Campinas, abril-junho, 2007.
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[1]
Graduanda do Curso de Bacharelado em Estética – FHO/Uniararas.
[2]
Possui graduação em Farmácia Industrial pelo Centro Universitário Herminio Ometto de
Araras (2005). Mestre em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Estadual Paulista Júlio de
Mesquita Filho (2009). Doutorado (em andamento) em Biologia Celular e Molecular na
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho no Instituto de Biociências.
Especialização em Ayurveda (em andamento). Tem experiência nas áreas de Toxicologia e
Farmacologia Básica e Clínica. Atualmente, docente da Fundação Hermínio Ometto – FHO –
Uniararas nos cursos de graduação da Farmácia, Biomedicina e Estética, têm como principais
áreas de atuação na área de alimentos e fitocosméticos. Docente convidada nos cursos de
pós-graduação para ministrar aulas de Farmacologia. Possui experiência na coordenação de
cursos de Especialização (Farmacologia Clínica e Atenção Farmacêutica e Toxicologia na FHO
–Uniararas).
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