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UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES

Beatriz Alves de Oliveira


Larissa Claudino Ferreira
Maria Carolina de Souza

ESTRESSE EM AMBIENTE HOSPITALAR: PROFISSIONAIS DA


SAÚDE PÚBLICA NOS HORÁRIOS DIURNO E NOTURNO

Mogi das Cruzes, SP


2018
1

UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES


Beatriz Alves de Oliveira
Larissa Claudino Ferreira
Maria Carolina de Souza

ESTRESSE EM AMBIENTE HOSPITALAR: PROFISSIONAIS DA


SAÚDE PÚBLICA NOS HORÁRIOS DIURNO E NOTURNO

Artigo científico apresentado ao curso de


Psicologia da Universidade de Mogi das Cruzes
como parte dos requisitos para a conclusão da
disciplina Projeto de Iniciação Científica.

Profa. Orientadora: Geovana Melissa Castrezana Anacleto.

Mogi das Cruzes, SP


2018
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1 INTRODUÇÃO
1.1 Justificativa
Qualidade de vida é a percepção do sujeito de sua posição na vida no contexto de
sistema de valores e da cultura em que ele vive, em relação a suas expectativas, seus padrões,
seus objetivos e suas preocupações. O estresse é um problema de ampla discussão atualmente,
onde apresenta riscos no equilíbrio emocional do sujeito. Os pesquisadores se assemelham
com a questão da qualidade de vida dos profissionais da saúde pública que são geralmente
pouco visados e valorizados frutos do sistema capitalista vigente, estudando as causas desse
estresse e os efeitos negativos que esse problema pode trazer para a saúde mental e física do
trabalhador, comprometendo a qualidade dos serviços prestados. Contém condições precária
de trabalho, as vezes com falta de recursos, aumentando a exposição a fatores de risco,
intensificando as atividades profissionais onde gera um declínio no progresso nas condições
dessa classe trabalhadora. Os grupos de profissionais que trabalham em esquemas de turnos
são distribuídos em várias categorias: profissionais da saúde como médicos, enfermeiros e
outras categorias que desenvolvem outras atividades.
A preocupação com a saúde dos trabalhadores em ambiente hospitalar iniciou-se na
década de 70, porém, somente na década de 90 foram considerados aspectos psíquicos e
éticos nessa área. Atualmente, a sobrecarga emocional e física durante a assistência a
pacientes no ambiente hospitalar público é muitas vezes negligenciada, sendo o ambiente
hospitalar um lugar estressante, onde a equipe de saúde lida com mortes, intensos estímulos
emocionais, lidando com pacientes deprimidos, terminais, queixosos e rebelde, ficando
frequentemente exposta a diversos fatores que comprometem sua saúde mental e física, pelos
turnos contínuos de trabalho e prestação de serviços durante todo o dia, todos os dias da
semana. Esses profissionais da saúde precisam de bem-estar e de qualidade de vida, além de
condições de trabalho em decorrência da hierarquização, baixa remuneração, complexidade
dos procedimentos técnicos e diversidade. O trabalho em turnos é uma forma de organizar o
dia do trabalho e atender a demanda de pacientes emergenciais, sendo horário fixo ou rodízio,
no período matutino, vespertino e noturno, de modo continuo nas 24 horas do dia, trabalhos
desenvolvidos continuadamente, pois a área da saúde é um setor que utiliza os esquemas de
trabalho em turnos pela necessidade de assistência do indivíduo e familiares nas 24 horas do
dia.
A importância juntamente com a preocupação com a qualidade de vida do ser
humano é cada vez maior com o passar dos anos. Tema que tem sido investigado em diversas
3

áreas por pesquisadores. Porém, poucos são os estudos voltados para os trabalhadores da área
da saúde, sendo que o comprometimento da qualidade de vida dos trabalhadores da saúde
pode influenciar na prestação dos serviços, afetando a dinâmica do atendimento, trazendo
possíveis prejuízos a assistência aos pacientes. Informações voltadas a qualidade de vida
destes profissionais podem dar suporte para a implantação de estratégias voltadas a melhora
das condições do trabalho e de vida dessa população, melhorando assim consequentemente a
qualidade da assistência prestada aos pacientes. O ambiente hospitalar contém uma série de
fatores que geram insalubridade aos profissionais que nele atuam, que apresenta alto nível de
estresse ocupacional. A importância de estudos sobre o tema está nas potenciais
consequências negativas que poderão ser sentidas de ambos os lados dentro da relação de
trabalho, pois a organização perde em produtividade e qualidade do serviço prestado,
enquanto o trabalhador perde em saúde física e psicológica. O hospital é uma instituição onde
os serviços são realizados de maneira ininterrupta com finalidade de atender, curar, tratar
indivíduos portadores de várias patologias.
O presente artigo cientifico busca contribuir para o conhecimento dos processos que
provocam estresse nos profissionais da saúde, verificando os níveis de estresse, descrevendo e
relacionado as possíveis causas do estresse com o turno de trabalho dos profissionais e
avaliando as consequências do estresse dos profissionais no exercício da profissão,
identificando os fatores que podem contribuir para o aumento do estresse destes
trabalhadores. O profissional da saúde deve estar em boas condições físicas e emocionais para
que possa desempenhar suas funções com qualidade. Vários podem ser os prejuízos a saúde
dos trabalhadores em turnos devido a dessincronização o dos dos ritmos biológicos em
relação aos horários de trabalho diurno ou noturno.
1.2 Problema
Quais os níveis de estresse em profissionais da saúde pública em relação ao turno
diurno e noturno?
Hipótese
 O cenário de atuação dos profissionais da saúde pública pode apresentar um
conjunto de estressores do tipo psicossocial por conta do intenso relacionamento interpessoal
com os usuários que apresentam diversos problemas;
 Profissionais que trabalham no período noturno tem que se adaptar a um
cronograma que não é natural, alterando o ciclo circadiano assim provocando o estresse;
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 O sono diurno não possui a mesma qualidade de um sono noturno, gerando nos
profissionais que trabalham no período noturno acumulo de sono, uma desregulação no seu
relógio biológico;
 O trabalho noturno também pode contribuir para a diminuição nas relações
psicossociais com os membros da família, amigos e outras pessoas;
 Profissionais da saúde no período noturno são obrigadas a passar horas dentro
do hospital e durante estes longos turnos acaba perdendo a noção de dia e noite e sendo que a
luz do ambiente é artificial, podendo este ser outro fator para o estresse;
 Os prejuízos a saúde dos trabalhadores em turnos devido a dessincronização
dos ritmos biológicos em relação ao horário de trabalho em turnos diurnos e noturnos.

1.3 Referencial Teórico


Estudos revelam que estes profissionais enfrentam cargas elevadas de pressão, o que
desencadeia diversos problemas de saúde devido ao alto grau de estresse que enfrentam. O
estresse é considerado como uma doença ocupacional pela legislação previdenciária brasileira
desde 1999. (Lei n. 3048 de 06/05/1999). São tantos profissionais da saúde pública passando
pelo estresse que este fato pode vir a tornar-se um grande problema de saúde pública (SILVA
e MELO, 2006).
O ambiente hospitalar por si próprio apresenta aspectos muito específicos, como a
excessiva carga de trabalho, contato direto com situações limite, o elevado nível de
tensão e os altos riscos para si e para os outros. A necessidade de funcionamento
diuturno, que implica na existência de regime de turnos e plantões, permite a
ocorrência de duplos empregos e longas jornadas de trabalho, comuns entre os
trabalhadores da saúde, especialmente quando os salários são insuficientes para a
manutenção de uma vida digna. Tal prática potencializa a ação daqueles fatores que,
por si só, danificam suas integridades física e psíquica (ELIAS; NAVARRO, 2006)

Batista afirma (2011, p.26) “Ao longo das três últimas décadas, o estresse no
ambiente de trabalho é percebido como algo ameaçador ao indivíduo, ao invés de possibilitar
o crescimento e a transformação do indivíduo”. Investigadores procuram verificar quais as
consequências que o estresse traz para a vida do profissional. A sobrecarga de trabalho, com
jornadas duplas ou triplas pode conduzir a mulher ao estresse emocional, considerando que
sua inserção no mercado de trabalho não a desvinculou das tarefas domésticas e da educação
dos filhos, resultando num acúmulo de atribuições (PAFARO; MARTINO, 2004).
O profissional da saúde enfrenta tensões decorrentes da própria profissão além do
estresse, afirma Batista (2011, p. 26):
Nessa atividade, há uma estreita ligação entre o trabalho e o trabalhador, com a
vivência direta e ininterrupta do processo de dor, morte, sofrimento, desespero,
5

incompreensão, irritabilidade e tantos outros sentimentos e reações desencadeadas


pelo processo doença.

Grazziano (2008, p.18) comenta em relação as situações estressantes em decorrência


do trabalho:
O stress relacionado ao trabalho pode levar ao desenvolvimento de várias doenças
como a hipertensão arterial, doença coronariana, além de distúrbios emocionais e
psicológicos, como a ansiedade, depressão, baixa autoestima entre outras,
repercutindo diretamente no desempenho da organização ou empresa.

Os profissionais da saúde pública enfrentam diversas situações de conflito, como o


excesso de trabalho e acumulo de tarefas, podendo causar desgaste mental e físico do
profissional comprometendo a sua saúde, como afirma Camelo e Angerami (2007, p. 503):
“Observa-se que são delegadas aos profissionais múltiplas tarefas com alto grau de exigência
e responsabilidade, as quais, dependendo do ambiente, da organização do trabalho e do
preparo para exercer seu papel, podem criar tensão para si, equipe e a comunidade assistida”.
Soares (2005) reflete sobre a organização dos horários de trabalho destes profissionais da
saúde:
Embora em todos os hospitais se lide com a concepção de realizar atividades
ininterruptamente, através do revezamento dos trabalhadores, há várias formas de
organizar os horários de trabalho do pessoal de enfermagem. Na Austrália, por
exemplo, os regimes de trabalho incluem em geral plantões em horários fixos, com
duração de 8 a 10 horas. Já na Inglaterra, são comuns plantões mais longos – de 12
horas – em horários alternados, ou seja, a pessoa trabalha alguns dias no período
diurno, e outros, no período noturno.

Esses profissionais da saúde se submetem a horários alternados de trabalho,


aumentando as vezes sua jornada, levando a diminuição do período de descanso e lazer,
fazendo com que a jornada noturna seja uma opção. Essa jornada noturna altera os ritmos
biológicos e sociais de forma que o organismo deve se adaptar as condições oferecidas no
trabalho, causando assim perturbações e privação do sono, que podem gerar estresses mentais
e físicos. A enfermagem, desempenhada por técnico e auxiliar de enfermagem ou enfermeiro
segundo MEDEIROS (2009) “Formado por pessoas do sexo feminino, na sua maioria, o
trabalho de enfermagem é ininterrupto durante as 24 horas do dia e um grande número de
profissionais exerce suas atividades em turnos diurnos e noturnos.
A dupla jornada de trabalho faz-se necessária aos trabalhadores de enfermagem,
porque a situação econômica da área da saúde, e os baixos salários são insuficientes
para o sustento da família, o que os leva a procurar novas fontes de renda. Na
realidade, esses profissionais necessitam enfrentar dupla atividade, o que pode
interferir em alguns aspectos referentes à qualidade de vida do trabalhador
(PAFARO; MARTINO, 2004).

O sono é um fenômeno biológico que influencia processos fisiológicos do


organismo, uma necessidade fisiológica do ser humano que precisa ser atendida. Pesquisas
6

afirmam que dormir é tão importante para manter a saúde quanto a alimentação saudável.
(MEDEIROS, 2009).
Identificar os fatores diretamente relacionados ao estresse e definir esse nível não é
uma tarefa fácil segundo alguns autores. O relacionamento interpessoal é considerado um
potencial estressor. Esse relacionamento envolve variáveis individuais e grupais. Diante
destes diversos fatores, percebe-se a gravidade do estresse na vida dos profissionais da saúde
pública no desempenho de suas funções e como são grandes os prejuízos que um ambiente
estressante pode trazer para o profissional e a comunidade. Karl Marx questionava em relação
aos limites da jornada de trabalho ao afirmar que:
"...Durante uma parte do dia o trabalhador deve descansar, dormir, durante outra tem
de satisfazer necessidades físicas, alimentar-se, lavar-se, vestir-se etc. Além de
encontrar este limite puramente físico, o prolongamento da jornada de trabalho
esbarra em fronteiras morais. O trabalhador precisa de tempo para satisfazer
necessidades espirituais e sociais cujo número e extensão são determinados pelo
nível geral da civilização. Por isso as variações da jornada de trabalho ocorrem
dentro desses limites físicos e sociais. Esses limites são de natureza muito elástica,
com ampla margem de variação...” (Marx, 1987:262)

2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral:
Identificar a presença de estresse em profissionais da saúde e suas correlações com o
horário de trabalho diurno e noturno.
Objetivos específicos:
 Identificar os estressores;
 Analisar a fase do estresse;
 Avaliar aspectos associados ao estresse;
 Investigar o stress com os testes da Marilda Emmanuel Novaes Lipp;
 Relacionar o estresse com outras possíveis causas e consequências.

3 METODO
3.1 Delineamento
Trata – se de uma pesquisa aplicada do tipo transversal e descritiva com abordagem
quantitativa. Segundo Gil (2008), uma pesquisa de natureza aplicada também chamada de
empírica tem como característica fundamental a aplicação, o pesquisador precisa ir a campo,
presenciar relações sociais portando envolve verdades e interesses locais.
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Para Campos (2001) estudos transversais são aqueles em que a coleta de dados ocorre
em um só período, analisando a variável em um dado momento, visto que se trata de uma
pesquisa em relação ao turno de trabalho e sua possível correlação com o estresse, será
examinada em um determinado momento. O estudo descritivo, busca identificar quais
situações estão em manifesto em uma população, ou seja, descrever as características de uma
determinada população ou fenômenos Gil (2008).
3.2 Participantes
A população desta pesquisa será composta por 25 profissionais da saúde sendo 9
enfermeiros, 5 técnicos de enfermagem ou radiologia, 8 auxiliares de enfermagem, 2 médicos,
1 fisioterapeuta, sendo 13 homens e 12 mulheres.
Os critérios de inclusão para a constituição da amostra foram profissionais que
trabalhassem no hospital de ambos os gêneros, no período diurno ou noturno, maiores de 25
anos. Foram excluídos do estudo profissionais que trabalhavam a menos de um ano no local.
Para a seleção dos participantes será realizada por sorteio estratificado.
3.3 Local
O local escolhido para a pesquisa foi a Secretaria Municipal de Saúde, Pronto
atendimento central, administrado pela InSaúde, localizado na Rua Maria de Lourdes
Máximo, 17 no bairro Jardim Renata, em Arujá, SP.
3.4 Material
Materiais éticos - Os aspectos éticos contemplaram a resolução 466/12 e 510/16 do
Conselho Nacional de Saúde (CNS), referente a pesquisas cientificas que envolvem seres
humanos, onde todos os preceitos éticos estabelecidos serão respeitados. Levando em conta
que o voluntario da pesquisa recebera o Termo de Consentimento Livre e Esclarecimento,
informando que a participação no estudo é voluntária e que talvez durante o teste pode gerar
algum desconforto. Enfatizando que a pesquisa não envolve riscos e caso ocorra algum dano
decorrente do estudo será oferecido como assistência o Serviço-Escola de Psicologia da
Universidade de Mogi Das Cruzes. Além disso antes das coletas de dados o projeto
contemplara a autorização da Universidade de Mogi Das Cruzes para a execução da pesquisa.
Instrumento - Instrumentos a serem utilizados na pesquisa são o questionário sócio
demográfico e o teste de estresse da Marilda Emmanuel Novael Lipp. O questionário sócio
demográfico contempla perguntas fechadas para a coleta de dados referente aos profissionais
da saúde contendo informações: sexo, idade, escolaridade, tempo de trabalho, cargo, turno de
trabalho, outra atividade laboral, se pratica atividades físicas, estado civil e se possuem filhos.
Essas perguntas foram elaborados pelas pesquisadoras.
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O instrumento para a avaliar o estresse a ser utilizado é da especialista Marilda


Emmanuel Novaes Lipp, o Inventario de Sintomas de Stress para adultos de Lipp (ISSL) no
qual pode avaliar se possui algum sintoma de estresse ou até mesmo se está propenso a este.
Sua aplicação e rápida levando aproximadamente dez minutos, podendo ser realizada
individualmente ou em grupo. O teste é composto por quatro fases, a Fase I denominada de
Alerta, Fase II – Resistencia, Fase III- Quase Exaustão e Exaustão. Os sintomas listados são
somáticos ou psicológicos específicos de cada fase. O ISSL permite a classificação em quatro
diferentes fases:
FASE I - ALERTA
A Fase I – Alerta é a fase com a fonte estressora, onde o organismo se prepara para
enfrentar a situação estressora em função da adaptação. Caso o sujeito esteja experimentando
alguns dos sintomas sendo doze físicos e três psicológicos listados nesta fase nas últimas 24
HORAS, assina-la um X. Na ocorrência de sete ou mais itens é considerado um alerta.
FASE II – RESISTENCIA
Durante a Fase II – Resistência pode ocorrer a adaptação ou eliminação dos agentes
estressores e consequência o reequilíbrio ou evoluir para a próxima fase. A pessoa assina-la
um X para os sintomas experimentados na última semana, compostos por dez físicos e cinco
psicológicos. Na ocorrência de quatro ou mais itens é considerado resistência.
A FASE III – QUASE EXAUSTÃO
Nesta fase a situação estressante se estende por longo tempo e o organismo tende a
procurar uma adaptação.
EXAUSTÃO
É considerado uma fase de estresse patológico na ocorrência de nove ou mais itens.

3.5 Procedimento
Demos início ao procedimento loco após escolher o tema do Projeto de Iniciação
Científica, Estresse em ambiente hospitalar: Profissionais da saúde pública, escolhendo um
local adequado para a pesquisa que fosse de fácil acesso para todas as integrantes do grupo.
Após discussão e pesquisa, foi decidido o Pronto atendimento central localizado na cidade de
Arujá – SP, onde fica aberto 24h por dia.
Fomos conversar com a administração do hospital, solicitando a permissão para
realizar nossa pesquisa, procurando voluntários no hospital que pudessem participar em seus
horários de contra turnos dentro do hospital, sem atrapalhar seu trabalho, medindo o estresse
no final de seu período de atendimentos.
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Frequentamos o hospital nos dois períodos, diurnos e noturnos. Nossa pesquisa no


hospital durou 3 semanas, até conseguirmos entrevistar todos os participantes. Fomos três
vezes por semana, segunda-feira, quarta-feira e quinta-feira, das 07:00 h as 9:00, e das 23:00 h
as 01:00 h na unidade.
A partir do contato prévio com os participantes que assinaram a permissão de
consentimento, o questionário com informações gerais e realizaram o teste para medir o
estresse da especialista Marilda Emmanuel Novaes Lipp, o Inventario de Sintomas de Stress
para adultos de Lipp (ISSL). Após todas essas coletas de dados analisamos os resultados
obtidos relacionando o estresse com as suas possíveis causas e diferenciando nos dois
períodos entrevistados, noturnos e diurnos.

3.6 PLANO DE ANÁLISE DE DADOS


A análise a ser utilizada será quantitativa, com o Qui-Quadrado para examinar as
diferenças entre profissionais que exercem suas atividades durante o período diurno e noturno.
Analisando primeiramente o percentual de estresse entre os profissionais da saúde, após
analisar entre os gêneros, para assim ser feito a análise entre diurnos e noturnos, e o tipo de
estresse psicológico ou físico.

3.7 CRONOGRAMA

CRONOGRAMA
ETAPAS DA MÊS MÊS MÊS MÊS MÊS MÊS MÊS MÊS MÊS MÊS MÊS MÊS
PESQUISA 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

ESPECIFICAÇÃO DOS
OBJETIVOS
REVISÃO
BIBLIOGRÁFICA
OPERACIONALIZAÇÃO
DOS CONCEITOS

ELABORAÇÃO DO
QUESTIONARIO

PREPARAÇÃO DO
TESTE

SELEÇÃO DA
AMOSTRA E LOCAL

TREINAMENTO DOS
PESQUISADORES
IMPRESSÃO DOS
10

QUESTIONÁRIOS E
TESTE

COLETA DE DADOS

ANÁLISE E
INTERPRETAÇÃO
DOS DADOS
REDAÇÃO DO
RELATÓRIO

3.8 ORÇAMENTO
No orçamento está considerado custos referentes as fases de pesquisas pessoais e
materiais.

EQUIPE DE PESQUISA
ITENS DE CUSTO TOTAL
1º MEMBRO 2º MEMBRO 3º MEMBRO
IMPRESSÃO DOS
QUESTIONÁRIOS E
R$ 4,00 R$ 4,00 R$ 4,00 R$ 16,00
TESTE

TRANSPORTE
R$ 62,00 R$ 198,90 R$ 82,90 R$ 343,80
IMPRESSÃO FINAL R$ 3,60 R$ 3,60 R$ 3,60 R$ 10,80
R$ 370,60
11

REFERÊNCIAS

BATISTA, K. M. Stress e Hardiness entre enfermeiros hospitalares. São Paulo, 2011. 239
p. Disponível em: http://pandora.cisc.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-31052011-
120626/publico/Tese_Karla_Melo.pdf. Acesso em: 19 abril 2018.

CAMELO, S. H. H; ANGERAMI, E. L. S. Riscos Psicossociais relacionados ao trabalho


das equipes de saúde da família: Percepção dos profissionais. Rev. Enferm UERJ, Rio de
Janeiro, P. 502-507, 2007. Disponível em: http://www.facenf.uerj.br/v15n4/v15n4a04.pdf .
Acesso em: 13 setembro 2018.

CAMPOS, Luis Fernando de Lara. Métodos e técnicas de pesquisa em psicologia. São


Paulo 2ª edição. Alínea, 2001.

CICONELLI, RM; FERRAZ, MB; SANTOS, W; MEINÃO, I; QUARESMA, MR.


Tradução para a língua portuguesa e validação do questionário genérico de avaliação de
qualidade de vida SF-36 (Brasil SF-36). Rev.Bras Reumatol. 1999;39(3):143-50.

ELIAS, M. A.; NAVARRO, V. L. A relação entre o trabalho, a saúde e as condições de


vida: negatividade e positividade no trabalho das profissionais de enfermagem de um
hospital escola. Rev. Latino-Am. Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 14, n. 4, Ago. 2006

GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social, 6ª edição. Atlas, 07/2008.
[Minha Biblioteca].

GRAZZIANO, E. S. Estratégia para redução do estress e burnout entre enfermeiros


hospitalares. São Paulo, 2008, 232 p. Disponível em: http://pandora.cisc.usp.br/teses/
disponíveis /7/7139/tde-14052009 101907/publico/Eliane_Grazziano.pdf . Acesso em: 16
julho 2018.

MARTINO, MMF; MISKO, MD. Estados emocionais de enfermeiros no desempenho


profissional em unidades críticas. Rev Esc Enferm USP. 2004;38(2):161-7

MARX, K. Das kapital: Kritik der politischen ökonomie. Ester Band. Buch I: Der
Produktionsprozess des Kapitals quarta edição, 1890. Tradução de Reginaldo Sant’Anna – O
capital: Crítica da economia política, livro primeiro: o processo de formação do capital.
Vol 1e 2: 11 ed. São Paulo: Bertrand Brasil – DIFEL, 1987.
12

MINAYO, M.C.S. (org). O desafio do conhecimento: pesquisa quantitativa em saúde. 10


ed. São Paulo: Huitu, 2007

MORENO,C. R. C., FISCHER, F.M., ROTENBERG, L. A saúde do trabalhador na


sociedade 24 horas. São Paulo em Perspectiva. São Paulo, v.17, n.1, jan/mar. 2003.

PAFARO, R. C.; MARTINO, M. M. F.. Estudo do estresse do enfermeiro com dupla


jornada de trabalho em um hospital de oncologia pediátrica de Campinas. Rev. Esc.
Enferm. USP, São Paulo, v. 38, n. 2, Jun. 2004.

RUTENFRANZ, J; KNAUT, P, FISCHER, FM. Trabalho em turnos e noturno. São Paulo:


Hucitec; 1989.

SILVA, J. L. L; MELO E.C.P. Estresse e Implicações para o Trabalhador de


Enfermagem. Informe-se em promoção da saúde, v.2,n.2. Rio de Janeiro. p.16-18. 2006.
Disponível em: http://www.uff.br/promocaodasaude/estr.trab.pdf. Acesso em: 14 abril 2018.

SOARES, R.E da S. Tempo, Trabalho e Modo de Vida – Estudo de caso entre


profissionais de enfermagem. Dissertação defendida no programa de Pós-graduação em
Antropologia da Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2005.
13

ANEXOS – Teste e questionário


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QUESTIONÁRIO

Informações gerais

1. Sexo:
Masculino
Feminino

2. Idade: ________

3. Escolaridade:
Técnico
Superior
Pós-Graduação
Mestrado/Doutorado/Pós-doutorado

4. Tempo em que você está na empresa: ________________________

5. Seu cargo no hospital: _____________________________________

6. Reside no munícipio em que trabalha?


Não.
Sim. Qual? _______________________________________________

7. Turno de trabalho:
Diurno
Noturno

8. Outra atividade laboral?


Não.
Sim. Qual? _______________________________________________

9. Pratica alguma atividade física nos horários livres? Se sim, qual?


Não.
Sim. Qual? __________________________________

10. Estado civil:


Solteira (o)
Casada (o)
Divorciada (o)
Outros. Qual? ___________________________________________

11. Possui filhos?


Não.
Sim. Quantos? ________
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Teste da especialista Marilda Emmanuel Novaes Lipp, o Inventario de


Sintomas de Stress para adultos de Lipp (ISSL)

Fase I
Para identificá-la, assinale no interior das caixinhas, os sintomas que tem
experimentado nas ÚLTIMAS 24 HORAS:
( ) Mãos e/ou pés frios
( ) Boca Seca
( ) Nó ou dor no estômago
( ) Aumento de sudorese (muito suor)
( ) Tensão muscular (dores nas costas, pescoço, ombros)
( ) Aperto na mandíbula/ranger de dentes, ou roer unhas ou ponta de caneta
( ) Diarréia passageira
( ) Insônia, dificuldade de dormir
( ) Taquicardia (batimentos acelerados do coração)
( ) Respiração ofegante, entrecortada
( ) Hipertensão súbita e passageira (pressão alta súbita e passageira)
( ) Mudança de apetite (comer bastante ou Ter falta de apetite)
( ) Aumento súbito de motivação
( ) Entusiasmo súbito
( ) Vontade súbita de iniciar novos projetos

Fase II
Para identificá-la assinale no interior das caixinhas, os sintomas que tem
experimentado no ÚLTIMO MÊS:
( ) Problemas com a memória, esquecimentos
( ) Mal-estar generalizado, sem causa específica
( ) Formigamento nas extremidades (pés ou mãos)
( ) Sensação de desgaste físico constante
( ) Mudança de apetite
( ) Aparecimento de problemas dermatológicos (pele)
( ) Hipertensão arterial (pressão alta)
( ) Cansaço Constante
( ) Aparecimento de gastrite prolongada (queimação no estômago, azia)
( ) Tontura, sensação de estar flutuando
( ) Sensibilidade emotiva excessiva, emociona-se por qualquer coisa
( ) Dúvidas quanto a si próprio
( ) Pensamento constante sobre um só assunto
( ) Irritabilidade excessiva
( ) Diminuição da libido (desejo sexual diminuído)
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Fase III
Para identificá-la assinale no interior das caixinhas, os sintomas que tem
experimentado nos ÚLTIMOS 3 (TRÊS) MESES:
( ) Diarreias frequentes
( ) Dificuldades Sexuais
( ) Formigamento nas extremidades (mãos e pés)
( ) Insônia
( ) Tiques nervosos
( ) Hipertensão arterial confirmada
( ) Problemas dermatológicos prolongados (pele)
( ) Mudança extrema de apetite
( ) Taquicardia (batimento acelerado do coração)
( ) Tontura frequente
( ) Úlcera
( ) Impossibilidade de Trabalhar
( ) Pesadelos
( ) Sensação de incompetência em todas as áreas
( ) Vontade de fugir de tudo
( ) Apatia, vontade de nada fazer, depressão ou raiva prolongada
( ) Cansaço excessivo
( ) Pensamento constante sobre um mesmo assunto
( ) Irritabilidade sem causa aparente
( ) Angústia ou ansiedade diária
( ) Hipersensibilidade emotiva
( ) Perda do senso de humor
17

ANEXOS – Print tela SATEPSI


18

ANEXOS – Termo de consentimento


19

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO


BASEADO NAS DIRETRIZES CONTIDAS NA RESOLUÇÃO CNS N°466/2012, MS.

Prezado (a) participante:

Somos estudantes de graduação na Faculdade de Psicologia da Universidade de


Mogi das Cruzes. Estou realizando a pesquisa “Estresse em Ambiente Hospitalar:
Profissionais da Saúde nos períodos diurno e noturno”, sob supervisão da
professora Geovana Melisa Castrezana Anacleto e auxílio do professor Diogo
Arnaldo Corrêa CRP 06/103194, cujo objetivo é verificar o nível de estresse em
profissionais da saúde, relacionando com possíveis causas e consequências,
verificando qual o período com maior estresse.
Sua participação envolve responder o Inventário de sintomas de stress para adultos
de Lipp (ISSL).
A participação nesta pesquisa não traz complicações legais, existe apenas risco de
constrangimento. É voluntária e se decidir não participar ou desistir de continuar em
qualquer momento, tem absoluta liberdade fazê-lo.
Na publicação dos resultados desta pesquisa, sua identidade será mantida no mais
rigoroso sigilo. Serão omitidas todas as informações que permitam identificá-lo (a).
Caso queria, os resultados do seu teste serão entregues de maneira individual ao
final da pesquisa.
O participante não terá nenhum tipo de despesa para participar desta pesquisa, bem
como nada será pago por sua participação. Se existir qualquer despesa adicional,
ela será absorvida pelo orçamento da pesquisa.
No caso de o participante sofrer algum dano decorrente dessa pesquisa, será
oferecido assistência no Serviço-escola de Psicologia da Universidade de Mogi das
Cruzes.
Mesmo não tendo benefícios diretos em participar, indiretamente você estará
contribuindo para a compreensão do fenômeno estudado e para a produção de
conhecimento científico.
Quaisquer dúvidas relativas às pesquisa poderão ser esclarecidas por Beatriz Alves,
Tel: (011) 98787-4322; Larissa Claudino Ferreira, Tel: (011) 972727103; Maria
Carolina de Souza, Tel: (011) 97280-4395; pela orientadora Geovana Melisa
Castrezana Anacleto, Tel: (011) 99586-2996; ou entrar em contato com o Comitê de
20

Ética e Pesquisa da Universidade de Mogi das Cruzes, cujo o endereço é Av. Dr.
Cândido Xavier de Almeida e Souza n° 200 – Mogi das Cruzes/SP – CEP: 08780-
911 – Tel/Fax: (012) 4798-7085 – E-mail: cep@umc.br
Atenciosamente.

_________________________ _________________________
Beatriz Alves Larissa Claudino Ferreira
RGM: 11141104433 RGM: 11171502842

_________________________ _________________________
Maria Carolina de Souza Geovana Melisa C. Anacleto
RGM: 11171102020

Local e data

Consinto em participar deste estudo e declaro ter recebido uma cópia deste
termo de consentimento.

____________________________ ____________________________
Nome e assinatura do participante Local e data
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ANEXOS – Termo de autorização da instituição

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