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CENTRO UNIVERSITARIO CELSO LISBOA

“A motivação para a mudança deve ser gerada antes que as mudanças ocorram”.
- Kurt Lewin

PROJETO DE INTERVENÇÃO:
PROMOVENDO SAÚDE MENTAL EM MÉDICOS E ENFERMEIROS DO INCA

RIO DE JANEIRO
2019
ANA QUÉZIA FERRACINI DE JESUS MELLO

PROJETO DE INTERVENÇÃO:
PROMOVENDO SAÚDE MENTAL EM MEDICOS E ENFERMEIROS DO INCA

Projeto de intervenção realizado como


requisito parcial para a obtenção da nota
do Núcleo 5/Ciclo 2. Sobre a orientação
das professoras: Adriana Botelho, e
Débora da Silva

RIO DE JANEIRO
2019
SUMÁRIO

1. RESUMO............................................................................................................4
2. JUSTIFICATIVA................................................................................................5
3. OBJETIVOS.......................................................................................................6
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA......................................................................7
5. METODOLOGIA...............................................................................................10
6. PROCEDIMENTOS...........................................................................................11
7. REFERÊNCIAS..................................................................................................30

1. RESUMO

Este trabalho consiste em um projeto de intervenção chamado: Plano Saúde Mental -


Juntos pela mudança. Ao estudar e analisar os índices de depressão e suicídio cada vez
maiores no Instituto Nacional do Câncer (INCA) envolvendo médicos e enfermeiros, se faz
necessário criar estratégias com o objetivo de promover, proteger e restaurar a Saúde
Mental desses funcionários. Para isso, será proposto um processo de mudança a estes
funcionários, que se dará por meio da estimulação das forças impulsoras e desestimulação
das restritivas em seus dia a dia, de acordo com as teorias de Kurt Lewin.
A intervenção se deu a partir da constituição de técnicas de grupo e contou com a
orientação de psicólogos, indicados por profissionais do INCA, que compreenderá o
período de julho a outubro do ano de 2019, totalizando sete encontros, realizados duas
vezes por mês, e com duração aproximada de 1h45min, cada encontro. Este primeiro
projeto ajudará para que futuramente se possa estende-lo aos demais turnos e funcionários
do hospital.

2. JUSTIFICATIVA
Diante da crescente demanda de trabalho presente no dia a dia das equipes na área da
saúde física, muitas vezes, os profissionais deixam de lado a importância do cuidar de sua
saúde mental, pois não tem explicação ou motivação para este fim. Observou-se que o
número de médicos e enfermeiros do INCA, que desenvolvem problemas mentais ao longo
da carreira tem sido crescente. O que tem provocado cada vez mais frequentes episódios de
instabilidade emocional, isolamento, estresse, depressão, irritabilidade e ate mesmo, a
presença de históricos de ideações suicidas, e em caso mais crítico, o próprio ato suicida
em si.
Tal fato apontou para a necessidade de elaborar um projeto de intervenção, com o
intuito de promover, proteger e restaurar a saúde mental a estes funcionários, esclarecendo
assuntos pouco discutidos, para que juntos possam salvar vidas, não só a dos pacientes,
mas as suas também.

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3. OBJETIVOS
O principal objetivo é promover saúde mental, através da motivação mutua, tendo
assim, um ambiente de trabalho saudável para a equipe de médicos e enfermeiros do
INCA. Para isso, será proposto um processo de mudança, que se dará por meio da
estimulação das forças impulsoras e desestimulação das restritivas em seus dia a dia, que
são encontradas tanto no grupo que pertencem, quanto individualmente.

As técnicas de grupo possibilitarão:

- Conscientizar sobre a existência de forças restritivas a saúde mental, e como


desestimula-las;

- Mostrar as diversas forças impulsoras que podem gerar mais qualidade de vida para toda
a equipe;

- Motiva-los sobre a importância do processo de mudança mútua - um ajudando o outro.

- Desmitificar o tabu: depressão e suicídio.

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4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
4.1. Depressão e suicídio entre profissionais da saúde

O suicídio pode ser então definido como o “ato humano de causar a interrupção da
própria vida” e a tentativa de suicídio como o “ato de tentar cessar a própria vida, porém,
sem consumação” (BRASIL, 2009, p.40). Onde dada a sua complexidade, é abarcado
como um fenômeno multidimensional, decorrente da influência mútua de diferentes fatores
desde os ambientais e sociais até os genéticos, biológicos e fisiológicos de acordo com a
Organização Mundial de Saúde (OMS, 2006), que assumem significados diversos e variam
conforme a 3 subjetividade de cada sujeito.
Muitos dos profissionais interatuam de maneira presente e com significativamente
maior contato com pessoas hospitalizadas, que tenham sofrimento seja ele intenso ou não.
Esses também se encontram em um ambiente estressante, fazendo com que os profissionais
de saúde se tornem suscetíveis aos problemas de âmbito de saúde mental, entre eles estão,
o enfermeiro e o médico. Outro fator que influencia para desencadear doenças em
profissionais da saúde está ligado ao setor de trabalho e a dinâmica do mesmo (BARBOSA
et. Al., 2012).
Compreender que o individuo que passa por um sofrimento da indícios de que esta
passando por determinadas circunstâncias, muita das vezes ligadas ao meio de tensão no
trabalho seja no ambiente hospitalar ou de emergência. Indícios esses discriminados como,
Lentidão nas atividades, desinteresse, redução da energia, apatia, dificuldade de
concentração, pensamento negativo e recorrente, com perda da capacidade de planejamento
e alteração do juízo de verdade são evidências de sofrimento humano que sinalizam para
depressão e possível risco de suicídio. (SILVA et. al.2015) Sabe-se que a depressão
distintas vezes antecede a tentativa de autoextermínio, de acordo com o autor já citado.
Portanto, ao mesmo tempo que o profissional da saúde esta para o cuidado, é necessário
que ele também seja cuidado, mesmo porque as autoras Santana & Rocha (2014) vêm dizer
que entender e lidar com o outro em sofrimento é necessário.

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4.2. Saúde mental x trabalho
A relação entre saúde mental e trabalho tem recebido atenção crescente nas últimas
décadas devido às várias mudanças ocorridas no ambiente de trabalho com o advento da
globalização. Entre essas mudanças estão a intensificação do trabalho, a alta produtividade,
o avanço tecnológico e a precarização das relações de trabalho que têm resultado em
ampliação significativa no número de trabalhadores com problemas de saúde, estresse e
burnout (ZANELLI, 2010).
A saúde mental é concebida pela Organização Mundial de Saúde (OMS, 2011) como
um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas como ausência de
doenças. Quanto à saúde do trabalhador, entende-se o conjunto de ações de vigilância e
assistência, visando a promoção, a proteção, a recuperação e a reabilitação da saúde mental
dos trabalhadores submetidos a riscos e agravos advindos dos processos de trabalho. Para
tanto, um conjunto de conhecimentos e práticas oriundos de diversas disciplinas, tais como
Medicina Social, Saúde Pública, Sociologia, Engenharia, Psicologia, entre outras,
recomendam uma forma diferenciada de atenção aos trabalhadores e de intervenção em
ambientes de trabalho (NARDI, 1999).
As atuais conjunturas sociais e profissionais demandam uma atuação do psicólogo em
contextos mais amplos, diferentes da clínica privada, que seja desvinculado de um modelo
estritamente tecnicista e compreenda a Psicologia aliada ao compromisso social de uma
ciência a serviço dos interesses da maioria da sociedade (Bock, 2003).
No campo da saúde pública essa demanda tem se tornado ainda mais relevante. O que
nos leva a pensar na tentativa de produzir um novo modo de atuação em saúde pública,
voltada a promoção de saúde mental, bem como às necessidades e características dos
grupos atendidos pela intervenção, sendo concretizadas, muitas vezes, por meio da aposta
na utilização de técnicas grupais.

4.3. Campo de forças de Lewin

De acordo com as teorias de Lewin (1978), um grupo é mais do que a soma de seus
membros: consiste numa totalidade dinâmica que não resulta apenas da soma de seus
integrantes, tendo propriedades específicas enquanto totalidade, princípio da Escola da
Gestalt.
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Lewin caracteriza um grupo como sendo um todo dinâmico, o que significa que uma
mudança no estado de uma das suas partes provoca mudança em todas as outras. Nesse
sentido, as tentativas com vistas à realização dos objetivos grupais criam no grupo um
processo de interação entre as pessoas, que se influenciam reciprocamente, podendo haver
a produção de novos significados e metas.
A Teoria de Campo de Kurt Lewin, trata da complexidade e dinâmica dos grupos
humanos e pode ser analisada pelo seu campo de forças. Nesse processo, explica-se o
comportamento humano como resultante de um conjunto de fatores que coexistem no
ambiente organizacional e que podem comprometer o desempenho dos grupos. Assim, o
campo de forças é definido pelos movimentos presentes no seu interior, podendo
impulsionar ou restringir a realização de tarefas e, por conseguinte, facilitar ou não a
coesão do trabalho grupal, bem como seus resultados (Lewin, 1978).
O campo de forças é dinâmico e representa o espaço de vida que contém a pessoa e o
seu ambiente psicológico, onde objetos, pessoas e situações podem adquirir valências
positivas ou negativas. Dessa relação foram criados os termos forças impulsoras e
restritivas utilizados neste trabalho, e relacionados a três dimensões que envolvem
o Eu (engloba fatores que se relacionam à pessoa como indivíduo: motivação, talentos,
timidez); Outro (abrange fatores referentes a relação com outras pessoas: liderança,
competência, conflitos, empatia); Ambiente (compõe-se de elementos não referentes a
pessoas, mas ao ambiente físico, recursos materiais, dinâmica organizacional) (Lewin,
1978).

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5. METODOLOGIA
Este estudo é parte de um projeto de intervenção (Plano Saúde mental: Juntos pela
mudança). Trata-se de uma pesquisa ação, tendo a participação das pessoas implicadas nos
problemas já antes descritos.
Essa ação por sua vez, deverá ter um caráter prático, onde os indivíduos envolvidos
nesse procedimento compõem um grupo com objetivos e metas em comum. A intervenção
se deu a partir da constituição de técnicas de grupo e contou com a orientação de
psicólogos, indicados pela equipe do INCA.
O funcionamento da intervenção compreenderá o período de final de julho a outubro
do ano de 2019, totalizando sete encontros, realizados duas vezes por mês, e com duração
aproximada de 1h45min, cada encontro. Participarão inicialmente dos encontros, vinte e
quatro funcionários, entre médicos e enfermeiros do turno da manhã. Durante e ao término
do desenvolvimento das técnicas, o facilitador descreverá em um diário de campo as
principais impressões do funcionamento da intervenção, com o intuito de futuramente ser
útil para que se possa estender o projeto aos demais turnos e funcionários do hospital.
Três técnicas de grupo serão aplicadas em cada encontro, o que totalizará vinte e um
técnicas, distribuídas entre: aquecimento, técnica principal e encerramento. Tais técnicas
estão dispostas na tabela abaixo:

Técnicas de grupo
Encontros Duração
Aquecimento Principal Encerramento
Repórter e Primeira impressão
1 Preserve sua folha 1h25min
entrevistado não é a que fica
Minha foto, minhas Minha importância Mensagem pelas
2 1h20min
características no mundo costas
Porque sim X Sessão: Rumo ao
3 Juntos pela mudança 1h35min
Porque não novo
4 Sou único É o fim da picada Melhor presente 1h20min
Cumprimento
5 Trevo dos 4R's Voa ou não 1h30min
criativo
Pintando a
6 Nossa imagem Obrigado por tudo 1h40min
imaginação
Cabeça, ombro, Sim, vamos falar
7 Feedback 1h35min
joelho e pé sobre suicídio!

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6. PROCEDIMENTOS

1° Encontro:

Aquecimento - “Repórter e entrevistado”

 Objetivo: fazer uso da criatividade nos permite fazer a mesma coisa de modo
diferente. Esta atividade propõe a integração das pessoas de um modo diferenciado por
meio de perguntas. Assim, é possível que todos se conheçam um pouco melhor, exercitem
a arte de perguntar, e quebrem a barreira da falta de conhecimento sobre quem o outro é, e
o que faz.

 Descrição: é solicitado que os participantes sentem cada um em uma cadeira giratória


e formem um circulo. O facilitador, colocará dentro de uma caixa o nome de todos os
participantes e explicará que duas pessoas irão ser sorteadas, onde o primeiro numero será
o repórter e o segundo numero, o entrevistado. Ambos irão se posicionar dentro do circulo,
um de frente para o outro. Terminada a entrevista, eles trocarão de posição. O que antes era
repórter, se tornará entrevistado. O tempo deve ser de um minuto para cada um. Os
participantes, por sua vez, devem ser incentivados a fazer perguntas sobre: Nome,
formação profissional, departamento onde atua, porque escolheu sua profissão, seu sonho e
os seus hobbies. Assim que todos tiverem sido entrevistados, a equipe será convidada a
entregar suas entrevistas para o facilitador, que irá comunica-los que a segunda etapa da
entrevista será no próximo encontro, já pedindo que os mesmos tragam uma foto deles
neste dia.

 Material necessário: Cadeiras giratórias, papeis, canetas (Os itens devem ser
suficientes para todos os participantes sentarem e escreverem), 2 pranchetas e uma caixa
pequena de papelão.

 Duração da atividade: aproximadamente 30 minutos.


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Técnica Principal - “ Primeira impressão, não é a que fica!”

 Objetivo: trabalhar a importância da cumplicidade entre o grupo, para que sempre


lembrem que não estão sozinhos.
 Descrição: Em roda, o facilitador dará um crachá, contendo um numero ímpar, e uma
pedaço de papel, para cada participante. Tendo feito isso, todos irão escrever um problema
muito serio que não conseguem resolver (não precisa se identificar). Ao terminar, irão
dobrar e colocar numa caixa passada pelo facilitador. O facilitador vai sacudir a caixa e
pedir para cada um pegue um papel. Quando todos tiverem pego, irão olhar o problema que
pegaram, tentando pensar numa forma de ajudar esta pessoa a resolver. Ao pensarem, cada
um irá dizer o que faria para ajudar a pessoa. Quando todos terminarem, o facilitador dirá
um comando: “as pessoas que eu chamar, pegará uma folha dentro da caixa, e nessa folha
terá um numero escrito e uma frase, leia-a em silencio, depois faça o que se pede”. No
comando pedirá para procurar a pessoa correspondente ao numero e dará um abraço nela,
dizendo o que está escrito no papel: Juntos podemos solucionar o problema. Feito isso, eles
sentarão ao lado dela na roda.
O facilitador perguntará: como foi para cada um ajudar a resolver o problema de
alguém, mesmo sem saber de quem se tratava? Você gostaria de ter a ajuda de alguém,
quando tiver um problema que o deixa muito triste e sem esperança? Ao responderem, o
facilitador irá dizer que assim como eles, outras pessoas ao nosso redor também tem
problemas, e que as vezes não conseguem resolver sozinhos. Sendo assim, antes de termos
uma impressão errada do comportamento do outro, vamos tentar se colocar no lugar dela e
pensar numa solução para ajudar o seu companheiro de trabalho. Pois talvez ele esteja
pedindo ajuda, mas ninguém está vendo isso.
Quando os participantes pegaram um numero e foram abraçar a pessoa do numero
correspondente, eles estavam mostrando que a decisão de ajudar depende do seu caminhar
até aquela pessoa, seja um abraço, uma palavra de consolo, um bom dia, um até amanhã,
tudo isso faz toda a diferença na historia de alguém.
Por fim, o facilitador dará um sinal de (+) para cada dupla e pedira para eles somarem
os seus números. Ao somarem, cada dupla perceberá que ao somarem os seus números
ímpares, se transformaram em um numero par. Isso mostra que quando somamos nossas
forças podemos enfrentar melhor os problemas.
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 Material necessário: folhas, canetas, uma caixa de papelão pequena.
 Duração da atividade: aproximadamente 45 minutos

Encerramento - “Preserve sua folha”

 Objetivo: provocar a percepção sobre a importância de se preservar a confiança entre


os participantes, pois uma vez perdida, é muito difícil recupera-la novamente.
 Descrição: Será entregue a cada participante uma folha de papel. O facilitador vai
mandar todos amassarem o papel, em forma de bola. Quando todos terminarem, será
perguntado se foi fácil amassar o papel? Agora, os participantes vão ser desafiados a
desamassarem a folha, o máximo que puder. Ao perceberem a dificuldade em fazê-lo, será
perguntado novamente se foi fácil desta vez, quando é o contrario. O facilitador encerrará
dizendo que a folha simboliza a confiança que as pessoas tem em nós, e que é muito mais
fácil perde-la, do que recupera-la. Então devemos preservar a nossa folha (confiança), para
que ela permaneça intacta ou com poucas amassaduras.
 Material necessário: folhas
 Duração da atividade: aproximadamente 10 minutos

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2° Encontro:

Aquecimento - “Minha foto, minhas características”

 Objetivo: trazer de volta a mente de cada participante o que foi realizado no ultimo
encontro, auxiliando-os no processo de memorização e descontração, bem como os
fazendo lembrar o quanto é importante prestar atenção nas pessoas a sua volta.

 Descrição: terá sido colado pelo facilitador, em uma lousa, as entrevistas do encontro
anterior, só que o nome do entrevistado terá sido apagado, restando apenas as suas
características. Ele dirá aos participantes para colocarem suas fotos em cima de uma mesa
do facilitador, no centro da sala. O facilitador colocará um numero atrás de cada foto, e
virará para que nenhum participante veja. Feito isso, todos sentarão em fila, em frente a
lousa e em ordem um por um tirará um numero, que corresponderá a uma foto. O
participante terá que colar a foto, na folha que contem as características correspondentes
daquela pessoa. O mesmo acontecerá com os outros participantes, até que todos tenham
terminado. Obs: O participante que sortear sua própria foto, terá que sortear novamente. Ao
fim, o dono da foto, escreverá do lado dela um “Sim” (se estiver correto) ou um “Não” (se
estiver errado).
O facilitador dirá que no próximo encontro darão continuidade, dizendo qual foi o principal
objetivo daquele aquecimento.

 Material necessário: lousa, durex, folhas, canetas, cadeiras e uma caixa de papelão
pequena
 Duração da atividade: aproximadamente 25 minutos
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Técnica Principal - “Minha importância no mundo”

 Objetivo: buscar a sensibilização dos participantes, quanto à influência que sofrem


durante toda a vida. E se são influenciados por alguém, o inverso também é verdadeiro.
Leva-los a pensar sobre o quanto tudo o que fazem e falam tem importância na vida das
pessoas e da sociedade.
 Descrição: o facilitador solicitará que os participantes respondem alguns itens, que
será entregue em uma ficha para cada participante, onde escreverão duas influências
“motivadoras” e duas “desmotivadoras” que sofrem no dia a dia, e duas que
proporcionaram a alguém, seja no trabalho ou casa. Marque um x sobre qual das duas
influencias gostaria de receber com mais frequência. Ao terminarem, o facilitador os
dividirá em subgrupos (5 participantes), onde irão compartilhar entre si os seus resultados.
Ao término, deverão tirar conclusões sobre: 1) Aspectos iguais e diferentes que apareceram
nos exercícios de todos; 2) O porque da escolha de uma influencia que gostaria de sofrer.
Por fim, já de volta ao grupo aberto, cada equipe apresentará suas conclusões.
Em função dos relatos, a dinâmica terminará, com a reflexão sobre a importância que cada
um tem na vida de outra pessoa, seja positiva ou negativamente. Bem como, a influencia
que temos sobre nós mesmos.
 Material necessário: fichas e canetas para cada participante.

Ficha:

Considerando as pessoas que passaram e passam pela sua vida, escreva nos campos
respectivos as influências que trouxeram para a sua vida, seja pessoal ou profissional.
Considere apenas as características; as identificações não são necessárias.

Influencias motivadoras Influencias desmotivadoras

Conclusões:
1) Aspectos iguais e diferentes que apareceram nos exercícios de todos;
O porque da escolha de uma influencia que gostaria de sofrer.
 Duração da atividade: aproximadamente 45 minutos
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Encerramento - “ Mensagem pelas costas”

 Objetivo: finalizar as atividades do dia, proporcionando uma reflexão de despedida.


 Descrição: O facilitador dará um envelope e um pedaço de papel para cada
participante do grupo, solicitando que um pregue o envelope nas costas do outro, com um
pregador. Todos se posicionarão em um circulo, um de costa para o outro. O facilitador,
colocará uma música para que comecem a andar em círculo. Enquanto andam, tentarão
escrever uma mensagem positiva ao seu colega a sua frente. Encerrasse a atividade,
dizendo que estão levando boas mensagens consigo, porque enviaram boas mensagens.
Pratiquem no dia a dia!
 Material necessário: envelopes de papel em quantidade suficiente para todos os
componentes do grupo, pedaços de papel, canetinhas coloridas e pregador.
 Duração da atividade: aproximadamente 10 minutos

3° Encontro:

Aquecimento - “Porque sim X Porque não”

 Objetivo: Promover a união e a reflexão conjunta entre os participantes, sobre o


porque sim (momentos em que acertamos, e devemos valorizar nossos acertos) e sobre o
porque não (momentos em que erramos e conseguimos reconhecer, para assim aprender
com eles, sem se sentir culpado, pois errar faz parte da vida).
 Descrição: O encontro terá inicio com a seguinte expressão: “Porque sim X Porque
não”, posta em cima da lousa, com as entrevistas. O facilitador pedirá que os participantes
sentem nas cadeiras, em frente a lousa. A pessoa da primeira foto irá até a lousa, e
explicará rapidamente o porque de sua resposta (sim ou não). Cada pessoa saberá o porque
errou, mas não será pedido que se manifestem, a não ser que queiram.

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O processo continuará até que todos tenham explicado seus porquês. O facilitador pedirá
que todos se levantem, colocando suas fotos nas suas respectivas características, retirando
o não e colocando um sim, caso seja necessário. Por fim, terá um período de 2 minutos
para que reflitam sobre a importância do acertar e errar em suas vidas.

 Material necessário: durex


 Duração da atividade: aproximadamente 20 minutos

Técnica Principal - “Juntos pela Mudança”

 Objetivo: Reforçar nos participantes a necessidade de estarmos abertos a fazer coisas


diferentes, e nos aperfeiçoando a cada dia, para aproveitarmos o melhor desta vida, não
ficando preso a hábitos que nos deixam esgotados mentalmente.
 Descrição: O facilitador entregará uma folha para cada participante, onde farão um
desenho qualquer que costumavam fazer quando eram mais novos, seja na fase de criança
ou adolescência. Tendo todos terminado, o facilitador pedirá que cada um faça uma breve
explicação sobre seu desenho. Será distribuído uma nova folha para cada participante, mas
agora a proposta é a mudança, onde terão que fazer um desenho diferente, totalmente novo
e mais aperfeiçoado, se propondo a fazer melhor e sair da zona de conforto. O facilitador
perguntará, qual dos dois desenhos eles gostaram mais? Se sentiram alguma resistência ou
medo de fazerem um desenho pior que o primeiro? E se é fácil mudar?
Por fim, cada participando pegará um Post-it, e escreverá duas mudanças de:
1°) Algo que gostaria que tentar mudar em si mesmo, para te ajudar a se sentir melhor;
2°) Algo que gostaria que seus colegas de trabalho mudassem, para juntos poderem
estabelecer um ambiente saudável e acolhedor.
Cada Post-it será pendurado em um barbante, que será esticado em uma parede da sala
pelo facilitador.
Obs.: Os participantes terão a possibilidade de observar o de cada um durante todos os
encontros, e analisarem aos poucos como tem sido o processo de mudança.

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 Material necessário: folhas, lápis e borracha, barbante e post-its


 Duração da atividade: aproximadamente 45 minutos

Encerramento - “Sessão: Rumo ao novo”

 Objetivo: Refletir sobre o que foi aprendido na atividade anterior, deixando o clima
do grupo mais relaxado, porém cada um levando consigo o pensamento reflexivo e
responsável, que o valoriza como pessoa nesta vida.
 Descrição: Será colocado um vídeo e logo depois o grupo será dividido em quatro
subgrupos, de 6 pessoas cada. O facilitador dirá que eles escreverão o seu próprio
compromisso de mudança, onde cada subgrupo ficará responsável por escrever uma parte
do compromisso.
O compromisso terá quatro partes, que são:
1) Objetivo ( o que pretende alcançar de bom para sua saúde mental)
2) Jornada ( descreva o que encontrará no percurso, dificuldades ou não)
3) Compromisso ( o que pretende se dispor a fazer)
4) Recompensa ( que beneficio a longo prazo você alcançará)

Tendo terminado, cada subgrupo contará aos outros, numa roda, o que fizeram. O
facilitador escreverá em uma cartolina, em forma de termo de compromisso, tudo o que
cada subgrupo escreveu, e pedirá que cada participante assine seu nome no final do termo.
Feito isso, o facilitador irá colocar o termo de compromisso, junto ao mural de barbante
das mudanças de cada um. Neste momento, os participantes darão as mãos para lerem
juntos o compromisso de mudança, finalizando o dia.

 Material necessário: folhas, durex, TV ou projetor multimidia.

Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=-eiDdch3euo

 Duração da atividade: aproximadamente 30 minutos

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4° Encontro:
Aquecimento - “Sou único”

 Objetivo: identificar padrões de pensamento e hábitos pessoais, se permitindo


compreender melhor suas características e desejos, e a partir disso, saber identificar o que
realmente o define.
 Descrição: o facilitador entregará um questionário para todas os participantes do
grupo, sendo ele uma atividade de auto-analise (não pode colocar o nome). O facilitador irá
embaralhar no chão todos os questionários e cada participante pegará um, observando para
que não seja o seu. Em uma roda de conversa, todos compartilham o que está escrito no
papel como se fosse sua própria auto analise, gerando trocas de ideias, descontração e
enriquecimento para a atividade. O facilitador, irá perguntar aos participantes, como foi
para eles a experiência de se identificarem na auto analise de outra pessoa, o que acham
que tem haver com eles ou não.
 Material necessário: questionário, canetas e pranchetas.

Responda as perguntas abaixo, deixando de lado tudo o que

Como sou fisicamente?


Que qualidades tenho?
Que defeitos tenho?
De que tenho medo?
Já tentei enfrentar algum medo?
Fiz hoje realmente o que queria fazer?
Como posso melhorar isso amanhã?
Como eu classifico o meu nível de auto conhecimento, de zero a dez?

 Duração da atividade: aproximadamente 25 minutos.

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Técnica Principal - “É o fim da picada”

 Objetivo: discutir sobre o tema: depressão


 Descrição: - O facilitador escreverá no quadro a expressão “É o fim da picada!” e
perguntará o que significa esta expressão. As respostas devem ser em torno de algo que faz
com que alguém perca seu limite e paciência de suportar uma situação. Então deve ser
complementado que há uma desestabilização emocional quando alguém quer desistir de
lutar, havendo desencadeamento de atitudes variadas, inclusive depressão.
Será apresentado um brinquedo, chamado: labirinto de bolinhas, onde o objetivo da
bolinha é chegar na casinha, e caso ela vá por um caminho mais longo, descobrirá que não
tem saída, e assim deve voltar e começar de novo. Cada um irá tentar jogar, e quando todos
brincarem, irão fazer uma roda para contarem como foi para eles a dificuldade do
brinquedo?
Depois de contarem suas dificuldades para levarem a bolinha no caminho certo, o
facilitador dirá que a bolinha representa a nossa vida, nossa estabilidade emocional,
psicológica e que vão acontecendo situações que nos causam estresse. Ao descobrir que
não tem saída, alguns dizem que “é o fim da picada”, e desistem, acreditando não ter forças
e nem vontade de seguir novamente (insegurança)
Para finalizar, o facilitador dirá que um problema mal resolvido, um relacionamento
fracassado, uma expressão dita, e tantos outros eventos de nossas vidas, tem grande força
sobre as pessoas. As forças restritivas, são as que nos impedem de prosseguir, e podem
derrubar uma pessoa, já as forças impulsoras, nos ajudem a seguir em frente, para procurar
novas formas de contornar a situação. Por isso é tão importante entender que cada um
encarou a trajetória do brinquedo de uma forma, uns acharam fácil, outros nem tanto. Mas
o importante é entender que a dificuldade de cada um é real, e merecem receber ajuda neste
labirinto que é viver, para conseguirem vencer e chegar até a casinha, que significa ter
segurança.
 Material necessário: brinquedo, bolinha
 Duração da atividade: aproximadamente 30 minutos

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Encerramento - “Melhor presente”

 Objetivo: Promover a interação do grupo.


 Descrição: Será dado pelo facilitador, a um participante aleatório, uma caixa de bis.
Tal participante irá até a mesa do facilitador e sorteará o nome de outro participante. Neste
papel terá uma frase escrita: “dê esta caixa para ela e sorria com toda a sinceridade,
seguido de um abraço”. O que receber o presente fará a mesma coisa, ate que a ultima
pessoa receba o presente.
No fim, o facilitador falará que o objetivo era mostrar que todos os dias passamos uns
pelos outros no hospital, as vezes na correria, outras nem tanto. E mesmo se a gente não
conseguir conversar com elas por muito tempo, ainda podemos lhes dar algum conforto,
pois com apenas um sorriso e um abraço sincero, poderão sentir que não estão sozinhos e
que tem gente que se importa. Esse é o melhor presente que podemos dar e receber.

 Material necessário: caixa de bis, lápis e papel


 Duração da atividade: aproximadamente 25 minutos

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5° Encontro:

Aquecimento - “Cumprimento criativo”


 Objetivo: Promover a integração e o contato físico entre os participantes, permitindo
ao grupo expressar-se de modo diferente do habitual, percebendo as diferenças que surgem
quando uma pessoa tem dificuldade de se expressar.
 Descrição: O Grupo, se posicionará em círculo, de pé. O facilitador explicará ao grupo
que, quando a música tocar, todos deverão movimentar-se pela sala de acordo com o ritmo
dela. A cada pausa musical, congelar o movimento, prestando atenção à solicitação que
será feita pelo facilitador. Quando a música recomeçar, deverão atender à solicitação feita.
O facilitador pedirá formas variadas de cumprimento corporal a cada pausa musical.
Cumprimentar com: 1)A palma das mãos; 2) Os cotovelos; 3) Os joelhos; 4) As costas; 5)
A ponta do nariz; 6) O bumbum.
Após vários tipos de cumprimentos, se estabelecerá no grupo um clima alegre e
descontraído, assim o facilitador diminuirá a música paulatinamente, pedindo a cada
participante que procure um lugar na sala para ficar com os olhos fechados, esperando que
a respiração volte ao normal. Tempo máximo de dois minutos. Ao abrir os olhos, cada um
pega a sua almofada e sentam em circulo, para uma rápida conversa.
O facilitador abre a discussão, com as perguntas: O que foi difícil de executar? Do que
gostou mais? O que pôde observar?
 Material necessário: 24 almofadas, aparelho de som, microfone e musicas agitadas e
para relaxar.
 Duração da atividade: aproximadamente 30 minutos

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Técnica Principal - “Trevo dos 4 R’s”

 Objetivo: O Bom humor é fundamental em qualquer ambiente, sendo assim, essa


técnica instigará os participantes a pensarem sobre os 4 R’s do bom humor, pois rir faz
com que o local de trabalho se torne mais leve, além de equilibrar o caos do dia a dia.

 Descrição: todos os participantes receberão uma bexiga, tendo uma instrução dentro e
irão se sentar formando uma roda. Todas as bexigas estarão cheias e numeradas. O
facilitador sorteará um numero. O participante que tiver a bexiga correspondente irá ao
centro da roda, irá estoura-la para pegar a instrução: uma mímica que deverá fazer para os
demais tentarem adivinhar o que é. Ao conseguirem dizer o que é, o participante, dono da
bola estourada, terá que escrever o comportamento da mímica em um dos 4 R’s do trevo
( Reduzir, Reutilizar, Reciclar, Rir). E assim se sucederá até que todos tenham feito suas
mímicas.
Exemplo: Imite uma pessoa com comportamento agressivo (deve ser colocada no R:
Reduzir, pois devemos reduzir a agressividade).
 Material necessário: papel 40 k, bexigas, folhas, canetinhas.

4 R’s do bom humor

Reduzir Reutilizar Reciclar Rir

o mau humor, a os abraços, beijos pensamentos O riso transforma


agressividade e o e carinho negativos em tudo em algo
pessimismo ideias otimistas melhor.

 Duração da atividade: aproximadamente 45 minutos

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Encerramento - “Voa ou não”

 Objetivo: mostrar a importância do saber ouvir, agindo com menos impulsividade no


dia a dia.
 Descrição: O facilitador fará uma roda em que todos os participantes estarão com as
mãos e o corpo para baixo. Cada vez que for dito um animal que voa, os participantes
levantarão as mãos e dirão: Voa! Caso contrario: Não voa!
Por fim, cada um dirá se sentiu dificuldade em esperar para ouvir ou se foi fácil.
 Material necessário: nenhum
 Duração da atividade: aproximadamente 15 minutos

6° Encontro:

Aquecimento - “Pintando a imaginação”

 Objetivo: Criar um momento de desaceleração, para que possam pensar mais


livremente, sobre seus sonhos, sem a pressão do dia a dia de trabalho.
 Descrição: Ao som de música bem calma, o facilitador solicitará aos membros do
grupo que fechem os olhos e sigam as suas instruções:

“Imaginem que estão em um campo com grama bem verde e que uma brisa leve está
soprando. Sente o cheiro da grama e o frescor da brisa. O céu está muito azul e uma
grande nuvem vem chegando empurrada pela brisa. Ela fica cor de rosa com os clarões do
sol. A nuvem desce devagar e para perto de você, para te levar em segurança para onde
você quiser ir. Agora você subirá em sua nuvem e fará um lindo passeio. Devagar a sua
nuvem vai voando, e passa por uma cidade, branquinha, encostada em uma serra muito
bonita. Você fica com vontade de conhecer a cidade, então pede à nuvem que desça. Você
sai andando pela cidade e vê uma loja muito grande com um velhinho simpático sentado
na porta. Você vai até ele, o cumprimenta e entra na loja. É uma loja com muitas coisas.

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Tem sentimentos, bens materiais, meios de transporte, ou qualquer coisa que você precisar
para te ajudar a realizar seus sonhos. Consegue pensar em algo? (Pausa!). Então, você
olha todos e vê algo brilhando lá na prateleira do fundo. Dirige-se para lá e encontra o
que você estava procurando. Contente, sai da loja e despede-se do velhinho. Você sobe na
nuvem e pede que ela volte para o campo verde. Ela vem devagar e você está feliz,
aconchegado na maciez dela, sentindo-se protegido e capaz de realizar o seu sonho. Ao
chegar no campo você se despede da nuvem, mas ela diz que ficará à sua disposição para
quando você precisar dela, novamente. Agora, você vai abrindo os olhos devagar, vê que
voltou para a sala, e que trouxe o que pegou na loja, aquilo que te ajudará a realizar seu
sonho.”
O facilitador entregará folhas aos participantes e pedirá que com o material disponível,
desenhe o que eles trouxeram da loja, para apresentá-lo ao grupo. Se alguém preferir falar
como vivenciou o passeio, antes de apresentar, terá liberdade. Após as apresentações o
facilitador, dirá que nossos sonhos estão na nossa cabeça, basta acharmos a coisa que o
trará a realidade.

 Material necessário: folhas, lápis de cor e lápis de escrever.


 Duração da atividade: aproximadamente 30 minutos

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Técnica Principal - “Nossa imagem”

 Objetivo: Refletir que a empatia (ação de se colocar no lugar do outro compreendendo


suas necessidades) leva a um melhor e mais saudável convívio em grupo.
 Descrição: o facilitador colocará seis imagens escondidas em diversos lugares do
ambiente onde estão, e pedirá que se subdividam em seis grupos de 4 componentes. Com
isso, todos começam a busca pelas imagens. Quando um componente do grupo acha uma
imagem, deve dizer: “grupo, achamos nossa imagem”. E assim sucessivamente, até todos
encontrarem. Tendo acabado a busca, cada grupo se junta no chão, em formato de roda e
devem identificar o que está acontecendo na imagem, para que assim, consigam se colocar
no lugar dos integrantes daquela ação.  Após 15 minutos deverão se reunir em uma grande
roda para trocar com todos os participantes, quais foram as situações analisadas e em quais
soluções chegaram, promovendo uma troca rica, com diferentes perspectivas entre eles,
dando inicio ao assunto: empatia.
Posteriormente os participantes vão assistir a uma curta-metragem chamada “A história das
colheres de cabo grande” sobre a importância de se colocar no lugar do outro.
 Material necessário: imagens, TV ou projetor, vídeo
Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=Qtg9P4dry_0

 Duração da atividade: aproximadamente 45 minutos

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Encerramento - “Obrigado por tudo”

 Objetivo: estimular a gratidão nas pessoas e fazê-las perceber que em seu dia a dia, os
motivos para serem gratas aos colegas e familiares, também existem.
 Descrição: em círculo os participantes devem ser convidados a completar a frase: Eu
Agradeço… O facilitador poderá estimular e começar dizendo: “Eu agradeço por este
encontro, pela troca de conhecimentos, pela participação e disponibilidade de todos para
estarem aqui”. Do mesmo modo, todas as pessoas devem fazer o mesmo, sempre
destacando um aprendizado ou ensinamento que aquele encontro trouxe, deixando uma
mensagem positiva para o grupo. Ao final, os participantes se abraçam e encerram com um
grito de guerra:
“OBRIGADO POR TUDO”
 Material necessário: nenhum

Duração da atividade: aproximadamente 25 minutos

7° Encontro:

Aquecimento - “Cabeça, ombro, joelho e pé ”

 Objetivo: trabalhar a cooperação e concentração dos participantes.


 Descrição: Será colocado uma musica e os participantes farão o que a musica falar.
Depois não tocará mais a musica e os participantes irão cantar e reproduzir o que
lembrarem.
 Material necessário: som e musica

Link da musica: https://www.youtube.com/watch?v=ccJeWr75uVs

 Duração da atividade: aproximadamente 10 minutos

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Técnica Principal - “SIM, Vamos falar sobre suicídio!”

 Objetivo: Mostrar aos participantes o quanto é importante falar sobre suicido, e como
se posicionar frente a esta realidade, pois este mal está mais próximo do que imaginamos.
 Descrição: Distribuir bexigas aos participantes e pedir para cada um encher e amarrar.
O facilitador entregará um problema para cada participante para conseguirem resolver, e
dirá que aquele que não conseguir resolver o problema em 1 minuto, terá que estourar a sua
bexiga. Como o problema será impossível de resolver, todos estourarão as suas bexigas,
dando espaço para o facilitador dizer que a bexiga era a vida dos participantes e que nessa
dinâmica vão falar sobre o suicídio, e perguntará o que é o suicídio e todos irão tentar
definir. Será explicado que a pessoa que pensa em suicídio, na realidade ela não quer
cometer o suicídio ela não quer morrer, ela quer viver, mas do jeito que ela está vivendo
ela não aguenta mais, então por não conseguir resolver um problema ela pensa em tirar sua
própria vida.
Para melhor compreensão do assunto, o facilitador irá ler uma historia de uma pessoa
que está passando por uma situação difícil e que precisa de ajuda. Pedirá que cada
participante escreva em uma folha, uma ajuda para esta pessoa, e todos compartilharam
suas ações frente a esta pessoa da historia.
O facilitador escreverá na lousa formas de ajudar:
1) demonstre que você se importa e quer ajudar, 2) não diga que tem pessoas em
sofrimento maior que o dela, 3) Se interesse em saber os pensamentos da pessoa, pois pode
aliviar a sensação de isolamento.
 Material necessário: folhas, bexigas, lápis e borracha

* Exemplos de problemas difíceis para as pessoas resolverem:

Diga um proverbio de Colin?


Quantas estrelas tem no céu?
Quem descobriu a Ilha de males?
A fórmula do vento?

 Duração da atividade: aproximadamente 40 minutos


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Encerramento - “Feedback”

 Objetivo: Externar ao grupo a satisfação com algo positivo que levará deste período
em que estiveram juntos.
 Descrição: O facilitador fará um caminho de barbantes coloridos presos em duas
paredes, formando um emaranhado de cordas. Neste caminho terá vários papeis com os
assuntos falados em todo o período do projeto de intervenção. Será explicado que todos
devem atravessar este emaranhado e pegar 3 assuntos que mudaram sua forma de pensar e
agir durante este percurso, que vão levar para vida toda e praticar.
Tendo todos feito o que foi pedido, o facilitador pedirá que cada um explique os 3
assuntos que escolheram e o porque foi tão importante. Cada participante poderá partilhar
as mudanças que já começaram a realizar em suas vidas e que conselhos gostaria de dar aos
outros participantes e aos coordenadores da intervenção.
 Material necessário: barbante, tinta (pintar os barbantes), folhas, caneta

Duração da atividade: aproximadamente 45 minutos

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7. REFERÊNCIAS

BARBOSA, K. K. S.; VIEIRA, K. F. L.; ALVES, E. R. P.; VIRGÍNIO, N. A. Sintomas


Depressivos e Ideação Suicida em Enfermeiros e Médicos da Assistência Hospitalar.
Rev. Enferm. UFSM, v.2, n. 3, 2012.

BOCK, A. M. B. A. (Org.). (2003). Psicologia e o Compromisso Social. (1a ed.). São


Paulo: Cortez Editora.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Manual instrutivo de
preenchimento da ficha de notificação/investigação de violência doméstica, sexual e
outras violências. Brasília: MS. 2009.

LEWIN, K. Teoria de campo em ciência social. São Paulo, Pioneira, 1965. ______.
Problemas de dinâmica de grupo. São Paulo: Cultrix, 1978

MARTINS, Vaneila Moraes Ferreira et al . Forças impulsoras e restritivas para


trabalho em equipe em um Centro de Material e Esterilização de hospital escola. Rev.
esc. enferm. USP,  São Paulo ,  v. 45, n. 5, p. 1183-1190,  Oct.  2011 .

NARDI, H. C. Saúde, Trabalho e Discurso Médico. São Leopoldo: Unisinos, 1999.

OMS (Organização Mundial de Saúde) Prevenção do Suicídio um recurso para


conselheiros. Departamento de Saúde Mental e de Abuso de Substâncias. Gestão de
Perturbações Mentais e de Doenças do Sistema Nervoso. Genebra 2006

SANTANA, K. S.; ROCHA, S. T. S. Suicídio na Voz dos Profissionais de Saúde: Uma


Compreensão Fenomenológica. Psicologia &m Foco v. 4, n. 1, 2014.

SILVA, D. S. D.; TAVARES, N. V S.; ALEXANDRE, A. R. G.; FREITAS, D. A.;


BRÊDA, M. Z.; ALBUQUERQUE, M. C. S.; MELO, V. L. N. Depressão e Risco de
Suicídio entre Profissionais de Enfermagem: Revisão Integrativa, Rev. Esc. Enferm.
USP v. 49, n. 6, 2015.

ZANELLI, J. C. Estresse nas organizações de trabalho: Compreensão e intervenção


baseadas em evidências. Porto Alegre: Artmed, 201.

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