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“A motivação para a mudança deve ser gerada antes que as mudanças ocorram”.
- Kurt Lewin
PROJETO DE INTERVENÇÃO:
PROMOVENDO SAÚDE MENTAL EM MÉDICOS E ENFERMEIROS DO INCA
RIO DE JANEIRO
2019
ANA QUÉZIA FERRACINI DE JESUS MELLO
PROJETO DE INTERVENÇÃO:
PROMOVENDO SAÚDE MENTAL EM MEDICOS E ENFERMEIROS DO INCA
RIO DE JANEIRO
2019
SUMÁRIO
1. RESUMO............................................................................................................4
2. JUSTIFICATIVA................................................................................................5
3. OBJETIVOS.......................................................................................................6
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA......................................................................7
5. METODOLOGIA...............................................................................................10
6. PROCEDIMENTOS...........................................................................................11
7. REFERÊNCIAS..................................................................................................30
1. RESUMO
2. JUSTIFICATIVA
Diante da crescente demanda de trabalho presente no dia a dia das equipes na área da
saúde física, muitas vezes, os profissionais deixam de lado a importância do cuidar de sua
saúde mental, pois não tem explicação ou motivação para este fim. Observou-se que o
número de médicos e enfermeiros do INCA, que desenvolvem problemas mentais ao longo
da carreira tem sido crescente. O que tem provocado cada vez mais frequentes episódios de
instabilidade emocional, isolamento, estresse, depressão, irritabilidade e ate mesmo, a
presença de históricos de ideações suicidas, e em caso mais crítico, o próprio ato suicida
em si.
Tal fato apontou para a necessidade de elaborar um projeto de intervenção, com o
intuito de promover, proteger e restaurar a saúde mental a estes funcionários, esclarecendo
assuntos pouco discutidos, para que juntos possam salvar vidas, não só a dos pacientes,
mas as suas também.
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3. OBJETIVOS
O principal objetivo é promover saúde mental, através da motivação mutua, tendo
assim, um ambiente de trabalho saudável para a equipe de médicos e enfermeiros do
INCA. Para isso, será proposto um processo de mudança, que se dará por meio da
estimulação das forças impulsoras e desestimulação das restritivas em seus dia a dia, que
são encontradas tanto no grupo que pertencem, quanto individualmente.
- Mostrar as diversas forças impulsoras que podem gerar mais qualidade de vida para toda
a equipe;
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4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
4.1. Depressão e suicídio entre profissionais da saúde
O suicídio pode ser então definido como o “ato humano de causar a interrupção da
própria vida” e a tentativa de suicídio como o “ato de tentar cessar a própria vida, porém,
sem consumação” (BRASIL, 2009, p.40). Onde dada a sua complexidade, é abarcado
como um fenômeno multidimensional, decorrente da influência mútua de diferentes fatores
desde os ambientais e sociais até os genéticos, biológicos e fisiológicos de acordo com a
Organização Mundial de Saúde (OMS, 2006), que assumem significados diversos e variam
conforme a 3 subjetividade de cada sujeito.
Muitos dos profissionais interatuam de maneira presente e com significativamente
maior contato com pessoas hospitalizadas, que tenham sofrimento seja ele intenso ou não.
Esses também se encontram em um ambiente estressante, fazendo com que os profissionais
de saúde se tornem suscetíveis aos problemas de âmbito de saúde mental, entre eles estão,
o enfermeiro e o médico. Outro fator que influencia para desencadear doenças em
profissionais da saúde está ligado ao setor de trabalho e a dinâmica do mesmo (BARBOSA
et. Al., 2012).
Compreender que o individuo que passa por um sofrimento da indícios de que esta
passando por determinadas circunstâncias, muita das vezes ligadas ao meio de tensão no
trabalho seja no ambiente hospitalar ou de emergência. Indícios esses discriminados como,
Lentidão nas atividades, desinteresse, redução da energia, apatia, dificuldade de
concentração, pensamento negativo e recorrente, com perda da capacidade de planejamento
e alteração do juízo de verdade são evidências de sofrimento humano que sinalizam para
depressão e possível risco de suicídio. (SILVA et. al.2015) Sabe-se que a depressão
distintas vezes antecede a tentativa de autoextermínio, de acordo com o autor já citado.
Portanto, ao mesmo tempo que o profissional da saúde esta para o cuidado, é necessário
que ele também seja cuidado, mesmo porque as autoras Santana & Rocha (2014) vêm dizer
que entender e lidar com o outro em sofrimento é necessário.
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4.2. Saúde mental x trabalho
A relação entre saúde mental e trabalho tem recebido atenção crescente nas últimas
décadas devido às várias mudanças ocorridas no ambiente de trabalho com o advento da
globalização. Entre essas mudanças estão a intensificação do trabalho, a alta produtividade,
o avanço tecnológico e a precarização das relações de trabalho que têm resultado em
ampliação significativa no número de trabalhadores com problemas de saúde, estresse e
burnout (ZANELLI, 2010).
A saúde mental é concebida pela Organização Mundial de Saúde (OMS, 2011) como
um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas como ausência de
doenças. Quanto à saúde do trabalhador, entende-se o conjunto de ações de vigilância e
assistência, visando a promoção, a proteção, a recuperação e a reabilitação da saúde mental
dos trabalhadores submetidos a riscos e agravos advindos dos processos de trabalho. Para
tanto, um conjunto de conhecimentos e práticas oriundos de diversas disciplinas, tais como
Medicina Social, Saúde Pública, Sociologia, Engenharia, Psicologia, entre outras,
recomendam uma forma diferenciada de atenção aos trabalhadores e de intervenção em
ambientes de trabalho (NARDI, 1999).
As atuais conjunturas sociais e profissionais demandam uma atuação do psicólogo em
contextos mais amplos, diferentes da clínica privada, que seja desvinculado de um modelo
estritamente tecnicista e compreenda a Psicologia aliada ao compromisso social de uma
ciência a serviço dos interesses da maioria da sociedade (Bock, 2003).
No campo da saúde pública essa demanda tem se tornado ainda mais relevante. O que
nos leva a pensar na tentativa de produzir um novo modo de atuação em saúde pública,
voltada a promoção de saúde mental, bem como às necessidades e características dos
grupos atendidos pela intervenção, sendo concretizadas, muitas vezes, por meio da aposta
na utilização de técnicas grupais.
De acordo com as teorias de Lewin (1978), um grupo é mais do que a soma de seus
membros: consiste numa totalidade dinâmica que não resulta apenas da soma de seus
integrantes, tendo propriedades específicas enquanto totalidade, princípio da Escola da
Gestalt.
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Lewin caracteriza um grupo como sendo um todo dinâmico, o que significa que uma
mudança no estado de uma das suas partes provoca mudança em todas as outras. Nesse
sentido, as tentativas com vistas à realização dos objetivos grupais criam no grupo um
processo de interação entre as pessoas, que se influenciam reciprocamente, podendo haver
a produção de novos significados e metas.
A Teoria de Campo de Kurt Lewin, trata da complexidade e dinâmica dos grupos
humanos e pode ser analisada pelo seu campo de forças. Nesse processo, explica-se o
comportamento humano como resultante de um conjunto de fatores que coexistem no
ambiente organizacional e que podem comprometer o desempenho dos grupos. Assim, o
campo de forças é definido pelos movimentos presentes no seu interior, podendo
impulsionar ou restringir a realização de tarefas e, por conseguinte, facilitar ou não a
coesão do trabalho grupal, bem como seus resultados (Lewin, 1978).
O campo de forças é dinâmico e representa o espaço de vida que contém a pessoa e o
seu ambiente psicológico, onde objetos, pessoas e situações podem adquirir valências
positivas ou negativas. Dessa relação foram criados os termos forças impulsoras e
restritivas utilizados neste trabalho, e relacionados a três dimensões que envolvem
o Eu (engloba fatores que se relacionam à pessoa como indivíduo: motivação, talentos,
timidez); Outro (abrange fatores referentes a relação com outras pessoas: liderança,
competência, conflitos, empatia); Ambiente (compõe-se de elementos não referentes a
pessoas, mas ao ambiente físico, recursos materiais, dinâmica organizacional) (Lewin,
1978).
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5. METODOLOGIA
Este estudo é parte de um projeto de intervenção (Plano Saúde mental: Juntos pela
mudança). Trata-se de uma pesquisa ação, tendo a participação das pessoas implicadas nos
problemas já antes descritos.
Essa ação por sua vez, deverá ter um caráter prático, onde os indivíduos envolvidos
nesse procedimento compõem um grupo com objetivos e metas em comum. A intervenção
se deu a partir da constituição de técnicas de grupo e contou com a orientação de
psicólogos, indicados pela equipe do INCA.
O funcionamento da intervenção compreenderá o período de final de julho a outubro
do ano de 2019, totalizando sete encontros, realizados duas vezes por mês, e com duração
aproximada de 1h45min, cada encontro. Participarão inicialmente dos encontros, vinte e
quatro funcionários, entre médicos e enfermeiros do turno da manhã. Durante e ao término
do desenvolvimento das técnicas, o facilitador descreverá em um diário de campo as
principais impressões do funcionamento da intervenção, com o intuito de futuramente ser
útil para que se possa estender o projeto aos demais turnos e funcionários do hospital.
Três técnicas de grupo serão aplicadas em cada encontro, o que totalizará vinte e um
técnicas, distribuídas entre: aquecimento, técnica principal e encerramento. Tais técnicas
estão dispostas na tabela abaixo:
Técnicas de grupo
Encontros Duração
Aquecimento Principal Encerramento
Repórter e Primeira impressão
1 Preserve sua folha 1h25min
entrevistado não é a que fica
Minha foto, minhas Minha importância Mensagem pelas
2 1h20min
características no mundo costas
Porque sim X Sessão: Rumo ao
3 Juntos pela mudança 1h35min
Porque não novo
4 Sou único É o fim da picada Melhor presente 1h20min
Cumprimento
5 Trevo dos 4R's Voa ou não 1h30min
criativo
Pintando a
6 Nossa imagem Obrigado por tudo 1h40min
imaginação
Cabeça, ombro, Sim, vamos falar
7 Feedback 1h35min
joelho e pé sobre suicídio!
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6. PROCEDIMENTOS
1° Encontro:
Objetivo: fazer uso da criatividade nos permite fazer a mesma coisa de modo
diferente. Esta atividade propõe a integração das pessoas de um modo diferenciado por
meio de perguntas. Assim, é possível que todos se conheçam um pouco melhor, exercitem
a arte de perguntar, e quebrem a barreira da falta de conhecimento sobre quem o outro é, e
o que faz.
Material necessário: Cadeiras giratórias, papeis, canetas (Os itens devem ser
suficientes para todos os participantes sentarem e escreverem), 2 pranchetas e uma caixa
pequena de papelão.
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2° Encontro:
Objetivo: trazer de volta a mente de cada participante o que foi realizado no ultimo
encontro, auxiliando-os no processo de memorização e descontração, bem como os
fazendo lembrar o quanto é importante prestar atenção nas pessoas a sua volta.
Descrição: terá sido colado pelo facilitador, em uma lousa, as entrevistas do encontro
anterior, só que o nome do entrevistado terá sido apagado, restando apenas as suas
características. Ele dirá aos participantes para colocarem suas fotos em cima de uma mesa
do facilitador, no centro da sala. O facilitador colocará um numero atrás de cada foto, e
virará para que nenhum participante veja. Feito isso, todos sentarão em fila, em frente a
lousa e em ordem um por um tirará um numero, que corresponderá a uma foto. O
participante terá que colar a foto, na folha que contem as características correspondentes
daquela pessoa. O mesmo acontecerá com os outros participantes, até que todos tenham
terminado. Obs: O participante que sortear sua própria foto, terá que sortear novamente. Ao
fim, o dono da foto, escreverá do lado dela um “Sim” (se estiver correto) ou um “Não” (se
estiver errado).
O facilitador dirá que no próximo encontro darão continuidade, dizendo qual foi o principal
objetivo daquele aquecimento.
Material necessário: lousa, durex, folhas, canetas, cadeiras e uma caixa de papelão
pequena
Duração da atividade: aproximadamente 25 minutos
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Ficha:
Considerando as pessoas que passaram e passam pela sua vida, escreva nos campos
respectivos as influências que trouxeram para a sua vida, seja pessoal ou profissional.
Considere apenas as características; as identificações não são necessárias.
Conclusões:
1) Aspectos iguais e diferentes que apareceram nos exercícios de todos;
O porque da escolha de uma influencia que gostaria de sofrer.
Duração da atividade: aproximadamente 45 minutos
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3° Encontro:
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O processo continuará até que todos tenham explicado seus porquês. O facilitador pedirá
que todos se levantem, colocando suas fotos nas suas respectivas características, retirando
o não e colocando um sim, caso seja necessário. Por fim, terá um período de 2 minutos
para que reflitam sobre a importância do acertar e errar em suas vidas.
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Objetivo: Refletir sobre o que foi aprendido na atividade anterior, deixando o clima
do grupo mais relaxado, porém cada um levando consigo o pensamento reflexivo e
responsável, que o valoriza como pessoa nesta vida.
Descrição: Será colocado um vídeo e logo depois o grupo será dividido em quatro
subgrupos, de 6 pessoas cada. O facilitador dirá que eles escreverão o seu próprio
compromisso de mudança, onde cada subgrupo ficará responsável por escrever uma parte
do compromisso.
O compromisso terá quatro partes, que são:
1) Objetivo ( o que pretende alcançar de bom para sua saúde mental)
2) Jornada ( descreva o que encontrará no percurso, dificuldades ou não)
3) Compromisso ( o que pretende se dispor a fazer)
4) Recompensa ( que beneficio a longo prazo você alcançará)
Tendo terminado, cada subgrupo contará aos outros, numa roda, o que fizeram. O
facilitador escreverá em uma cartolina, em forma de termo de compromisso, tudo o que
cada subgrupo escreveu, e pedirá que cada participante assine seu nome no final do termo.
Feito isso, o facilitador irá colocar o termo de compromisso, junto ao mural de barbante
das mudanças de cada um. Neste momento, os participantes darão as mãos para lerem
juntos o compromisso de mudança, finalizando o dia.
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4° Encontro:
Aquecimento - “Sou único”
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5° Encontro:
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Descrição: todos os participantes receberão uma bexiga, tendo uma instrução dentro e
irão se sentar formando uma roda. Todas as bexigas estarão cheias e numeradas. O
facilitador sorteará um numero. O participante que tiver a bexiga correspondente irá ao
centro da roda, irá estoura-la para pegar a instrução: uma mímica que deverá fazer para os
demais tentarem adivinhar o que é. Ao conseguirem dizer o que é, o participante, dono da
bola estourada, terá que escrever o comportamento da mímica em um dos 4 R’s do trevo
( Reduzir, Reutilizar, Reciclar, Rir). E assim se sucederá até que todos tenham feito suas
mímicas.
Exemplo: Imite uma pessoa com comportamento agressivo (deve ser colocada no R:
Reduzir, pois devemos reduzir a agressividade).
Material necessário: papel 40 k, bexigas, folhas, canetinhas.
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6° Encontro:
“Imaginem que estão em um campo com grama bem verde e que uma brisa leve está
soprando. Sente o cheiro da grama e o frescor da brisa. O céu está muito azul e uma
grande nuvem vem chegando empurrada pela brisa. Ela fica cor de rosa com os clarões do
sol. A nuvem desce devagar e para perto de você, para te levar em segurança para onde
você quiser ir. Agora você subirá em sua nuvem e fará um lindo passeio. Devagar a sua
nuvem vai voando, e passa por uma cidade, branquinha, encostada em uma serra muito
bonita. Você fica com vontade de conhecer a cidade, então pede à nuvem que desça. Você
sai andando pela cidade e vê uma loja muito grande com um velhinho simpático sentado
na porta. Você vai até ele, o cumprimenta e entra na loja. É uma loja com muitas coisas.
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Tem sentimentos, bens materiais, meios de transporte, ou qualquer coisa que você precisar
para te ajudar a realizar seus sonhos. Consegue pensar em algo? (Pausa!). Então, você
olha todos e vê algo brilhando lá na prateleira do fundo. Dirige-se para lá e encontra o
que você estava procurando. Contente, sai da loja e despede-se do velhinho. Você sobe na
nuvem e pede que ela volte para o campo verde. Ela vem devagar e você está feliz,
aconchegado na maciez dela, sentindo-se protegido e capaz de realizar o seu sonho. Ao
chegar no campo você se despede da nuvem, mas ela diz que ficará à sua disposição para
quando você precisar dela, novamente. Agora, você vai abrindo os olhos devagar, vê que
voltou para a sala, e que trouxe o que pegou na loja, aquilo que te ajudará a realizar seu
sonho.”
O facilitador entregará folhas aos participantes e pedirá que com o material disponível,
desenhe o que eles trouxeram da loja, para apresentá-lo ao grupo. Se alguém preferir falar
como vivenciou o passeio, antes de apresentar, terá liberdade. Após as apresentações o
facilitador, dirá que nossos sonhos estão na nossa cabeça, basta acharmos a coisa que o
trará a realidade.
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Objetivo: estimular a gratidão nas pessoas e fazê-las perceber que em seu dia a dia, os
motivos para serem gratas aos colegas e familiares, também existem.
Descrição: em círculo os participantes devem ser convidados a completar a frase: Eu
Agradeço… O facilitador poderá estimular e começar dizendo: “Eu agradeço por este
encontro, pela troca de conhecimentos, pela participação e disponibilidade de todos para
estarem aqui”. Do mesmo modo, todas as pessoas devem fazer o mesmo, sempre
destacando um aprendizado ou ensinamento que aquele encontro trouxe, deixando uma
mensagem positiva para o grupo. Ao final, os participantes se abraçam e encerram com um
grito de guerra:
“OBRIGADO POR TUDO”
Material necessário: nenhum
7° Encontro:
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Objetivo: Mostrar aos participantes o quanto é importante falar sobre suicido, e como
se posicionar frente a esta realidade, pois este mal está mais próximo do que imaginamos.
Descrição: Distribuir bexigas aos participantes e pedir para cada um encher e amarrar.
O facilitador entregará um problema para cada participante para conseguirem resolver, e
dirá que aquele que não conseguir resolver o problema em 1 minuto, terá que estourar a sua
bexiga. Como o problema será impossível de resolver, todos estourarão as suas bexigas,
dando espaço para o facilitador dizer que a bexiga era a vida dos participantes e que nessa
dinâmica vão falar sobre o suicídio, e perguntará o que é o suicídio e todos irão tentar
definir. Será explicado que a pessoa que pensa em suicídio, na realidade ela não quer
cometer o suicídio ela não quer morrer, ela quer viver, mas do jeito que ela está vivendo
ela não aguenta mais, então por não conseguir resolver um problema ela pensa em tirar sua
própria vida.
Para melhor compreensão do assunto, o facilitador irá ler uma historia de uma pessoa
que está passando por uma situação difícil e que precisa de ajuda. Pedirá que cada
participante escreva em uma folha, uma ajuda para esta pessoa, e todos compartilharam
suas ações frente a esta pessoa da historia.
O facilitador escreverá na lousa formas de ajudar:
1) demonstre que você se importa e quer ajudar, 2) não diga que tem pessoas em
sofrimento maior que o dela, 3) Se interesse em saber os pensamentos da pessoa, pois pode
aliviar a sensação de isolamento.
Material necessário: folhas, bexigas, lápis e borracha
Encerramento - “Feedback”
Objetivo: Externar ao grupo a satisfação com algo positivo que levará deste período
em que estiveram juntos.
Descrição: O facilitador fará um caminho de barbantes coloridos presos em duas
paredes, formando um emaranhado de cordas. Neste caminho terá vários papeis com os
assuntos falados em todo o período do projeto de intervenção. Será explicado que todos
devem atravessar este emaranhado e pegar 3 assuntos que mudaram sua forma de pensar e
agir durante este percurso, que vão levar para vida toda e praticar.
Tendo todos feito o que foi pedido, o facilitador pedirá que cada um explique os 3
assuntos que escolheram e o porque foi tão importante. Cada participante poderá partilhar
as mudanças que já começaram a realizar em suas vidas e que conselhos gostaria de dar aos
outros participantes e aos coordenadores da intervenção.
Material necessário: barbante, tinta (pintar os barbantes), folhas, caneta
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7. REFERÊNCIAS
LEWIN, K. Teoria de campo em ciência social. São Paulo, Pioneira, 1965. ______.
Problemas de dinâmica de grupo. São Paulo: Cultrix, 1978