Você está na página 1de 148

Terapias

alternativas e
qualidade de vida
Terapias alternativas e
qualidade de vida

Carolina Frattini Moura


© 2017 por Editora e Distribuidora Educacional S.A.
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou transmitida de qualquer
modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo
de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, por escrito, da Editora e
Distribuidora Educacional S.A.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Moura, Carolina Frattini


M929t Terapias alternativas e qualidade de vida / Carolina
Frattini Moura. – Londrina: Editora e Distribuidora
Educacional S.A., 2017.
144 p.


ISBN 978-85-8482-582-0

1. Medicina alternativa. I. Título.


CDD 615.5

2017
Editora e Distribuidora Educacional S.A.
Avenida Paris, 675 – Parque Residencial João Piza
CEP: 86041-100 — Londrina — PR
e-mail: editora.educacional@kroton.com.br
Homepage: http://www.kroton.com.br/
Sumário

Tema 1 | Estresse e qualidade de vida 7


Tema 2 | Manobras de quick massage , massagem ayurvédica e técnica
de abhyanga 33
Tema 3 | Cromoterapia e reflexologia 55
Tema 4 | Técnica de shiatsu facial e corporal 79

Tema 5 | Terapia com florais 97

Tema 6 | Terapias atuais da área 119


Convite à leitura

Neste tema você vai car por dentro do que é o estresse e quais são suas possíveis
consequências. Como você deve acompanhar e observar no seu dia a dia, cada
vez mais as pessoas estão buscando ter uma qualidade de vida melhor e uma vida
saudável para combater o estresse do cotidiano. Com isso, é preciso que você
conheça um pouco mais sobre os conceitos de saúde, doença, qualidade de vida
e bem-estar. Dessa forma, terá entendimento do conceito de “saúde”, seja pela
ausência de doença ou pelo desequilíbrio da tríade corpo, mente e espírito, podendo
reconhecer que o conceito de saúde pode variar de um indivíduo para outro, pois
ele é construído e percebido com os padrões culturais de acordo com cada região.

A leitura desse tema certamente irá ampliar sua compreensão sobre os conceitos
e tendências para retardar o envelhecimento do corpo, através da busca pela
qualidade de vida. Essas ações da busca pela vida saudável não estão envolvidas
com situações nanceiras, nem tão pouco com democracia. São ações que cada
indivíduo deve procurar desenvolver, como, por exemplo: atividade física, leitura,
cuidado com a alimentação, entre outros pontos que você irá conhecer e entender
nesse tema. Por m, espera-se que você possa associar a utilização dos métodos da
vida saudável ao cotidiano das pessoas como uma fonte de equilíbrio entre corpo,
mente e espírito, possibilitando uma ampla re exão sobre como a saúde é um
complemento para uma boa qualidade de vida.
Tema 1

Estresse e qualidade de vida

POR DENTRO DO TEMA

Segundo o dicionário Aurélio, ”estresse é um conjunto de reações do organismo


e agressões de origens diversas, capazes de pertubar-lhe o equilíbrio interno”. (MINI
DICIONÁRIO AURÉLIO, 2000, p. 298).

De acordo com outra definição, o “estresse é uma exaustão como reação a


trauma, excesso de trabalho ou atividade física, etc”. (MINI DICIONÁRIO RUTH
ROCHA, 1996, p. 261).

Como é possível observar, segundo os dicionários, o estresse, vindo da reação


de um trauma ou do excesso de trabalho, é capaz de desestabilizar o equilíbrio
interno, gerando um desconforto emocional, podendo levara doenças psíquicas e
físicas no indivíduo.

Por esse conceito de estresse, que vem crescendo com a evolução dos anos
devido ao aumento de carga de trabalho e afazeres, as pessoas buscam alternativas
para ter qualidade de vida, como a pratica de atividades físicas, dietas, entre outros.

Os mecanismos de ação do estresse no funcionamento do corpo humano


têm recebido uma forte atenção de pesquisadores científicos estrangeiros, que
identificaram consequências negativas no funcionamento físico e psíquico na
medida em que o estresse pode contribuir para o desenvolvimento de várias
doenças. O estado prolongado do estresse pode interferir no bem-estar psicológico
e na qualidade de vida das pessoas (LIPP, M.E.N; TANGANELLI, M.S, 2000). As
pesquisas na área do estresse têm incluído e estudado também os efeitos negativos
do estresse no que se refere à profissão de cada um.

Os efeitos do estresse excessivo e contínuo não se limitam ao comprometimento


da saúde. O estresse, além de ser um efeito facilitador no desenvolvimento de
inúmeras doenças, pode proporcionar um prejuízo na qualidade de vida e na
produtividade do indivíduo, o que, consequentemente, gera um grande interesse
pelas causas e métodos de redução do estresse (LIPP, M.E.N; TANGANELLI, M.S,
2000).
T1

Particularmente na segunda metade deste século, tem-se visto uma


transformação sem precedentes no padrão de vida das sociedades. Os avanços
tecnológicos, a mecanização e a informatização, cada vez mais frequentes na vida
do ser humano, vem aumentando o estresse e diminuindo a qualidade de vida.
Esses mecanismos, também conhecidos como labor saving devices (mecanismos
que poupam esforço físico), fazem com que se diminua progressivamente a
atividade física no trabalho, em casa e no lazer. Essa transformação acontece ao
mesmo tempo em que mudanças significativas nos padrões alimentares ocorrem.
Apesar do estresse ser um elemento natural do indivíduo, ele vem se tornando
cada vez mais desastroso neste século. (EATON et al., 1988 apud NAHAS et al.,
2000, p. 49).

Figura 1.1 Pentáculo do Bem-Estar

Para Lipp (1984, apud LIPP, 2000), o estresse pode ser originado de fontes
internas e externas, que são:

[...] As fontes internas estão relacionadas com a maneira de


ser do indivíduo, tipo de personalidade e seu modo típico de
reagir à vida. Muitas vezes não é o acontecimento em si que
possa ser estressante, mas a maneira como é interpretado pela
pessoa. Os estressores externos podem estar relacionados
com as exigências do dia a dia do indivíduo como os problemas
de trabalho, familiares, sociais, etc.; morte ou doenças de um
filho; perda de uma posição na empresa; não realização de
um objetivo de trabalho; perda de dinheiro ou dificuldade
econômicas; notícias ameaçadoras; assaltos e violência das
grandes cidades, etc. Muito frequentemente, o estresse ocorre
em função da ocupação que a pessoa exerce [...]. (LIPP, M.E.N;
TANGANELLI, M.S, p. 539, 2002).

8 Estresse e qualidade de vida


T1

Figura 1.2 Estresse

É notável que o crescimento e desenvolvimento do conceito de bem-estar vêm


se inserindo na realidade cotidiana das pessoas. A constante busca dos indivíduos
pela qualidade de vida faz crescer vários segmentos econômicos e de interesse no
mercado, principalmente da beleza, esporte e saúde (STEINER, 2009).

Quando se fala de “bem-estar” e “qualidade de vida”, abrange-se conceitos


gerais que passam desde áreas técnicas e com apoio científico – como métodos
de prevenção a doenças, nutrição e atividades aeróbicas – até atividades holísticas,
como meditação e banhos.

Existe uma política nacional de alimentação e nutrição, proposto pelo Ministério


da Educação, onde:

[...] A promoção de práticas alimentares saudáveis, que se inicia


com o incentivo ao aleitamento materno, está inserida no
contexto da adoção de estilos de vida saudáveis, componente
importante da promoção da saúde. Nesse sentido, ênfase será
dada à socialização do conhecimento sobre os alimentos e
o processo de alimentação, bem como acerca da prevenção
dos problemas nutricionais, desde a desnutrição – incluindo
as carências específicas – até a obesidade. O direito humano
à alimentação deverá sempre ser citado em todo material
educativo, pois é condição indispensável à vida e à construção
da cidadania.
As ações dirigidas à adoção de práticas alimentares saudáveis
deverão integrar todas as medidas decorrentes das diretrizes
definidas nesta Política [...]. (BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE,
2008).

Estresse e qualidade de vida 9


T1

Além das iniciativas inerentes a cada medida específica que for adotada, deve
existir por parte do governo campanhas de comunicação social, dando atenção
especial ao desenvolvimento de processos educativos permanentes acerca das
questões atinentes à alimentação e à nutrição para toda população de qualquer
classe social. Para isso, deve-se buscar o engajamento das entidades técnico-
científicas, dos estabelecimentos de ensino, dos veículos de comunicação, de
entidades da sociedade civil e do setor produtivo para um resultado significativo
no bem-estar e qualidade de vida dos indivíduos inseridos na sociedade (BRASIL,
2008).

Parece controverso, mas, apesar do crescimento da ciência e nutrição, as


pessoas, de um modo geral, ainda preferem seguir as dietas não convencionais,
sem fundamento científico, para atingirem a perda de peso de forma mais rápida,
se sentindo assim, mais saudável. Existem vários tipos de dietas para perda de peso.
De tempos em tempos, surgem novas dietas de moda, e a maioria delas favorece
o emagrecimento mais fácil e rápido, porém, não por muito tempo, mas sim,
temporário (STEINER, 2009).

O programa ideal para redução de peso deve favorecer o balanço energético


negativo, ou seja, estimular a prática da atividade física para aumentar o gasto de
energia e controlar a alimentação para diminuir a ingestão de calorias.

A atividade física regular traz diversos benefícios à saúde, não só físicos, como
o aumento do tônus muscular, como também a diminuição dos níveis de pressão
arterial, glicose e colesterol, peso ideal e, principalmente, a diminuição do estresse
(ANDERSON, M.I.P et al., 1998).

O conceito de que a saúde depende da adoção de um hábito de vida saudável


já é bastante claro, em que as boas escolhas alimentares do dia a dia podem trazer
benefícios para a saúde, melhorando a qualidade de vida e trazendo bem-estar
para as pessoas. Nesse contexto, é importante também agregar os exercícios
físicos regulares com o objetivo de manutenção da saúde, proporcionando uma
maior resistência física e o aumento da qualidade de vida.

Figura 1.3 Alimentação regular

10 Estresse e qualidade de vida


T1

Porém, é necessário destacar que grande parte da população ainda se encontra


em condições de sedentarismo, sem realizar as atividades físicas mais básicas
como andar de bicicleta, correr, subir escadas e carregar peso. De uma maneira
simples, podemos incorporar os exercícios no dia a dia, respeitando, claro, os
limites e tendências de cada um.

Os exercícios aeróbicos são fáceis de serem realizados e podem ser executados


de diversas maneiras. Entre esses exercícios, destacam-se caminhadas, corridas,
ciclismo, natação, hidroginástica e dança, que podem ser praticados por qualquer
indivíduo de todas as idades com diversos ritmos e duração, sem sobrecarregar
o organismo. De acordo com a capacidade individual de cada um, os exercícios
de resistência devem ser praticados o maior número de vezes possível durante a
semana, e aumentados gradativamente até tornarem-se diários (STEINER, 2009).

Figura 1.4 Exercício aeróbico - mulher fazendo jogging em Morro Bay, na Califórnia, nos
Estados Unidos.

O treinamento de força através da musculação é muito importante para obter


um aumento da capacidade muscular, pois músculos mais resistentes minimizam
os sintomas de fadiga e indisposição. Com músculos mais fortes, os ossos também
melhoram e assim, evita-se osteoporose. Para se realizar exercícios de força, é
necessário impor sobrecarga aos músculos, com o próprio corpo, ou utilizando-
se pesos extras. Os exercícios de força mais conhecidos são os de musculação, a
ginástica localizada e a hidroginástica (STEINER, 2009).

Quanto maior for o hábito de praticar exercícios regulares, mais fácil a


incorporação dos mesmos à rotina, pois com o aumento da expectativa de vida, o
cuidado a saúde torna-se indispensável para um envelhecimento agradável e feliz.

A visão de saúde, assim como a busca pelo equilíbrio da tríade corpo, mente e

Estresse e qualidade de vida 11


T1

espírito já é citada e estudada desde os tempos mais remotos, ou seja;

[...] Hipócrates, muito antes da Era Cristã, já definia saúde


como o estado de equilíbrio do homem com a natureza. De
acordo com seus pensamentos, saúde e doença dependiam
da integração mente/corpo/meio ambiente. Ele mencionou
em sua obra que é mais importante conhecer a pessoa que
tem a doença do que a doença que a pessoa tem. Muito
antes de Hipócrates, os chineses praticavam uma medicina
preventiva e holística. Para eles, o homem (microcosmo) é
a imagem do universo (macrocosmo), regido pelas mesmas
leis que comandam o equilíbrio das energias [...]. (SANCHEZ,
2010, p. 263).

Hipócrates, considerado o pai da medicina, cita um exemplo muito valioso, ao


colocar o foco no paciente e não em sua doença, considerando então a saúde do
indivíduo mais importante. Mas então, o que é saúde?

Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), a “Saúde é um estado de completo


bem-estar físico, social e mental, e não somente a ausência de doenças.” (apud
ROCHA; ROSA, 2000, p. 5).

Já na Constituição brasileira de 1988, artigo 196, pode-se ler:

[...] A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido


mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução
do risco de doença e de outros agravos e ao acesso univer­sal
igualitário às ações e serviços para sua pro­moção, proteção e
recuperação [...]. (BRASIL, 2008, p.114).

Todas as medidas voltadas para o alcance de saúde estão divididas em cinco


principais áreas da vida, que devem ser planejadas e alcançadas para o bem-estar
completo, que segundo Augusto (AUGUSTO et al., 2008), são elas:

Saúde física: medidas adotadas com o intuito de melhorar o


funcionamento orgânico do corpo, como exercícios físicos,
tratamentos estéticos;
Saúde intelectual: medidas adotadas com o intuito de
melhorar as atividades mentais e de inteligência, como cursos

12 Estresse e qualidade de vida


T1

técnicos, de graduação e pós-graduação;


Saúde familiar: medidas adotadas para melhorar o convívio com
os familiares;
Saúde social: [...] trata-se de medidas voltadas para melhorar
o ambiente, como a melhora da saúde ambiental e ações
comunitárias;
Saúde profissional/financeira: medidas adotadas com o intuito
de melhorar a situação profissional e financeira, como planos
financeiros ou promoções profissionais (AUGUSTO et al., 2008,
p. 177).

Segundo o dicionário Aurélio (2004), doença é a ausência de saúde. Existe


uma diversidade de doenças que se instalam no organismo por uma alteração
fisiológica ou decorrente do descuido da saúde em algum momento da vida
(AUGUSTO et al., 2008, p. 178).

Tornou-se comum, no âmbito do setor da saúde, repetir, de algumas formas


diferentes, a seguinte frase: “saúde não é doença, saúde é qualidade de vida”.
Por mais correta que esteja essa afirmativa, costuma ser vazia de significado e,
frequentemente, revela a dificuldade que temos de encontrar algum sentido
teórico fora do sistema médico que, sem dúvida, domina a reflexão e a prática do
campo da saúde pública.

Diante de tantos conceitos, é possível concluir que saúde é uma construção


social e o seu conceito pode variar, uma vez que é historicamente construído,
negado e percebido com padrões culturais, num dado lugar e tempo. Portanto,
a saúde não é algo que possa ser adquirido num tempo específico e ser mantido
para toda a vida, mas sim, uma conquista com mudança de comportamento,
apropriação de normas e costumes diários. O estado da saúde pode interferir na
qualidade de vida.
Figura 1.5 Saúde

Estresse e qualidade de vida 13


T1

Segundo o IBGE (2010), a expectativa de vida do brasileiro aumentou de 48,0


anos em 1960 para 73,4 anos em 2010, porém, em contrapartida, reduziu a média
de filhos de cada mulher de 6,3 para 1,9, no mesmo período. A população brasileira
da categoria idosa, em 2010, era constituída por volta de 20 milhões de pessoas, e
a projeção para 2025 será de 32 milhões de idoso.

Sabe-se que o envelhecimento é multifatorial e depende do nível orgânico,


molecular, fisiológico e morfológico, além do componente genético que pode
influenciar em 30% esse processo, com interferência do meio ambiente (NERI et
al., 2001).

Figura 1.6 Pedro Ribeiro Simões, Sophia de Mello Breyner Andresen, 2006. Licenciado sob
domínio público, via Wikimedia Commons. Localização: Parque dos Poetas, Lisboa, Portugal.
Fotografado por: Pedro Ribeiro Simões (2006).

Ainda para Neri (NERI et al., 2001 apud Baltes, 1987), o envelhecimento humano
pode ser caracterizado em três tipos: normal, mudanças típicas e inevitáveis ao
envelhecer; quando há presença de doenças; e saudável, referente a qualidade de
vida, tendo boa aptidão física e mental e baixo risco de adoecimento. Porém, “não
se pode adotar essa tipologia de forma rígida, visto que, em algum momento, elas
podem se sobrepor” (NERI et al., 2001).

Para Inouye (INOUYE et al., 2010, apud Freire 2000), pesquisadores têm se
interessado cada vez mais em estudos sobre a relação da qualidade de vida na
terceira idade.

[...] Na atualidade, o Brasil oferece poucos serviços


especializados para dar suporte às atividades de rotina dos

14 Estresse e qualidade de vida


T1

idosos, que ficam praticamente sob os cuidados exclusivamente


de familiares, quando disponíveis. É vital para o desenvolvimento
humano, o vínculo e o apego entre familiares e tais experiências
servem de base para a formação das percepções e capacidades
interpessoais de todos os integrantes, mesmo na terceira idade [...].
(INOUYE et al., 2010).

Em muitos estudos, a relação de saúde, felicidade e qualidade de vida mostram a


importância do cônjuge na idade madura, sendo relacionada à companhia, visto que
diminui a solidão. A falta do cônjuge, por sua vez, aparece como estressante para o
indivíduo. Assim, a atividade ocupacional está diretamente ligada ao sentimento de
felicidade, melhorando a autoestima e qualidade nos relacionamentos em todas as
fases da vida do ser humano.

Para Costa et al., 2013, em relação aos aspectos que os artigos atuais abordam
sobre a qualidade de vida, todos enfatizam a importância de se manter as práticas
físicas e mentais para o desenvolvimento contínuo do bem-estar e da saúde. E
mesmo em situações de doenças decorrentes da idade ou não, é preciso apresentar
e exercer treinamentos neuropsicológicos que estimulam as funções cognitivas.

Na atualidade, a busca por uma vida saudável tornou-se assunto essencial


nos diversos segmentos, buscando uma qualidade de vida, não só na saúde, mas
também na estética. Mas afinal, o que é ser saudável?

[...] há os que dizem que para ser saudável é preciso dormir


bem, alimentar-se bem, fazer algum exercício físico diário e
estar bem consigo mesmo. Ainda existem os que dizem que
é saudável quem não tem doenças. E há os que afirmam
que “ser bem resolvido consigo mesmo e com os outros”
é pré-requisito básico para ter saúde física e mental [...].
(FIGUEIREDO, MONT’ALVÃO, 2008, p.36)

Para se avaliar a qualidade de vida, é preciso aplicabilidade nas mais diferentes


condições de saúde, e isso, reflete nos diversos aspectos da vida das pessoas.
Essa diversidade de aspectos organiza-se em conjuntos, chamados de dimensões
ou domínios (NOBRE, 1995). Foram avaliadas cerca de seis a oito dimensões que
compreendem:

Estresse e qualidade de vida 15


T1

[...] A mobilidade física, o repouso, as funções cognitivas, a


satisfação sexual, o comunicar-se, o alimentar-se, a reserva
energética, a presença de dor, o comportamento emocional, as
atividades recreativas, as atividades de trabalho, as atividades
domésticas e os relacionamentos sociais [...]. (NOBRE, 1995,
p. 299)

Em 1964, o termo qualidade de vida foi citado pela primeira vez pelo então
presidente dos EUA, Lyndon Johson, ao proclamar que: “Os objetivos não podem
ser medidos através do balanço dos bancos. Eles só podem ser medidos através da
qualidade de vida que proporcionam às pessoas” (apud LEAL, 2008, p.4).

Para a OMS, qualidade de vida “é a percepção do indivíduo de sua inserção na


vida no contexto da cultura e sistemas de valores nos quais ele vive e em relação
aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações” (OMS, 1995 apud
Almeida et al, p.20).

A definição de qualidade de vida não é simples, pois, agrega além de fatores


relacionados à saúde a percepção individual que:

[...] é diferente de pessoa para pessoa e tende a mudar ao longo


da vida de cada um. Existe, porém, consenso em torno da ideia
de que são múltiplos os fatores que determinam a qualidade de
vida de pessoas ou comunidades. A combinação desses fatores
que moldam e diferenciam o cotidiano do ser humano, resulta
numa rede de fenômenos e situações que, abstratamente,
pode ser chamada de qualidade de vida. Em geral, associam-se
a essa expressão fatores como: estado de saúde, longevidade,
satisfação no trabalho, salário, lazer, relações familiares,
disposição, prazer e até espiritualidade [...]. (NAHAS, 2001 apud
FIGUEIREDO; MONT’AlVÃO, 2008, p. 61).

Neste contexto, LEAL (2008) menciona que qualidade de vida deve ser o
resultado da soma do meio ambiente físico, social, cultural, espiritual e econômico
onde o indivíduo encontra-se inserido. Além dos estilos de vida que este adota, das
suas ações e da sua reflexão sobre si, sobre os outros, sobre o meio ambiente e
também a soma das expectativas positivas em relação ao futuro.

16 Estresse e qualidade de vida


T1

Figura 1.7 Qualidade de vida

A qualidade de vida não é modismo ou algo passageiro para preencher o


tempo, ou mesmo ser descartada. Muito pelo contrário, ela se constitui em um
dos maiores objetivos atuais a serem alcançados pela humanidade. Cada vez mais
valoriza-se a qualidade de vida, acreditando que, com isto, aumenta-se também o
tempo de vida do indivíduo, em qualquer fase da vida.

Para Nobre (1995) a definição de qualidade de vida é mais uma questão da


qualidade a ser buscada dentro dos programas de qualidade total, principalmente
dentro das empresas. Para ele, qualidade de vida é:

[...] o tempo de trânsito e as condições de tráfego, entre o


local de trabalho e de moradia. É a qualidade dos serviços
médico-hospitalares. É a presença de áreas verdes nas grandes
cidades. É a segurança que nos protege dos criminosos.
É a ausência de efeitos colaterais de medicamentos de uso
crônico. É a realização profissional. É a realização financeira.
É usufruir do lazer. É ter cultura e educação. É ter conforto.
É morar bem. É ter saúde. É amar. É, enfim, o que cada um
de nós pode considerar como importante para viver bem [...].
(NOBRE, 1995).

A qualidade de vida foi definida como “sensação de conforto, bem-estar ou


felicidade” no desenvolvimento das funções físicas, intelectuais e psíquicas dentro
da realidade de uma família, de um trabalho e de valores aos quais a comunidade
pertence (MIETTINEM OS, 1987 apud NOBRE, 1995).

Estresse e qualidade de vida 17


T1

Entretanto, Almeida, Gutierrez e Marques (2010, p.36) confrontam ao descrever


que a soma de todas essas expectativas vai além da vontade própria de ser, ter ou
buscar uma qualidade de vida melhor, pois:

[...] A adoção de um estilo de vida tido como saudável é tomada,


na sociedade contemporânea, como um fator determinante
perante a situação de saúde e de vida dos sujeitos. Porém,
muitas vezes isso não ocorre, não por falta de vontade do
sujeito, mas pela ausência de condições socioeconômicas
favoráveis. Hábitos como uma nutrição adequada, horas de
descanso, visitas periódicas e profiláticas ao médico, e prática
frequente de atividade física, nem sempre são possíveis para
todos os indivíduos, devido a modos e condições de vida que
não possibilitam tais ações [...]. (ALMEIDA, M. A. B; GUIERREZ,
G.L; MARQUES, p. 36, 2012).

Diante de tudo isso, a definição de qualidade de vida, não é uma tarefa fácil, pois,
trata-se de um conceito complexo, ambíguo, além de ser diferente dependendo da
cultura, da época, além de variar de indivíduo para indivíduo; e, que não depende
somente da saúde, dos bens materiais, espiritualidade, meio ambiente, realização
pessoal/familiar, mas, sobretudo, do otimismo, superação e ponderação em
relação aos desafios e obstáculos da vida no seu dia a dia.

Figura 1.8 Lazer - Imagem do “Mergulho Ecológico”. Licenciado sob domínio público, via
Wikimedia Commons.

Localização: Dentro do Hot Park, Rio Quente, Goiás, Brasil. Fotografado por: Gabriela Lanna (2012).

18 Estresse e qualidade de vida


T1

O termo qualidade de vida, para Minayo (2000), aparece sempre com sentido
bastante genérico. Na área médica, por sua vez, já incorporou o tema qualidade de
vida na sua prática profissional do dia a dia. Porém, este termo é utilizado dentro
da clínica, para designar o movimento em que, a partir das situações de lesões
físicas ou biológicas, se oferecem indicações técnicas de melhorias nas condições
de vida dos pacientes. Então, o correto nessa área é utilizar o termo: “qualidade de
vida em saúde” (MINAYO, 2000).

No entanto, como pode-se observar no decorrer da leitura, a noção de saúde


é totalmente funcional e corresponde ao seu contrário, ou seja, a doença sem
causa.

Para Olga Matos (1999), “quanto mais aprimorada a democracia, mais ampla é
a noção de qualidade de vida, o grau de bem-estar da sociedade e de igual acesso
a bens materiais e culturais”.

A relatividade da noção da qualidade de vida possui pelo menos três fóruns


de referência. O primeiro é histórico, ou seja, em determinado tempo de seu
desenvolvimento econômico, social e tecnológico, uma sociedade específica
tem um parâmetro de qualidade de vida, diferente da mesma sociedade em
outra época histórica. O segundo é cultural, em que valores e necessidades são
construídos e hierarquizados diferentemente pelos povos, revelando as suas
tradições. O terceiro aspecto se refere às classes sociais, em que se analisa as
sociedades em que as desigualdades e heterogeneidades são muito fortes e
mostram que os padrões e concepções de bem-estar estão relacionados de um
limiar a outro (MINAYO, 2000).

[...] Para o ser humano, o apetite da vida está estreitamente


ligado ao menu do que lhe é oferecido. Seria, portanto,
qualidade de vida uma mera representação social? Sim e não.
Sim, pelos elementos de subjetividade e de incorporação
cultural que contém. Não, porque existem alguns parâmetros
materiais na construção desta noção que a tornam também
passível de apreciação universal [...]. (WITIER, 1997 apud
MINAYO, 2000).

Desta maneira, a busca pelo bem-estar e qualidade de vida deve ser proposto
e exercido por cada indivíduo dentro do seu contexto social e econômico,
buscando a felicidade junto aos meios internos e externos, independente da
idade física ou mental.

Estresse e qualidade de vida 19


T1

Figura 1.9 Felicidade

Para então alcançar a qualidade de vida e bem-estar, é importante que a


felicidade intrínseca seja sempre exercitada com os conhecimentos sociais,
intelectuais e, principalmente na prevenção de doenças e estresse, sendo
que estes são os maiores desencadeadores de diminuição da tão procurada e
esperada vida saudável e feliz. Sendo preciso, desta maneira, entender cada vez
mais sobre cada item envolvido nesse processo da busca pela felicidade saudável.

ACOMPANHE NA WEB

Qualidade de vida e saúde: aspectos conceituais e metodológicos

Nesse artigo publicado no Caderno de Saúde Pública, pode-se conhecer e


aprofundar a origem da qualidade de vida (QV) a partir de diferentes visões, seja
da cotidiana ou da acadêmica.

Disponível em: <http://www.scielosp.org/pdf/csp/v20n2/27.pdf>. Acesso em: 22


set. 2015.

Carreira, sucesso e qualidade de vida

Nesse artigo, publicado na Pontifica Universidade Católica de Campinas (Campinas,


SP), é possível conhecer a análise da questão da qualidade de vida nas carreiras
profissional e pessoal, diante das atuais mudanças nas organizações. Além disso, é
possível saber como administrar a tensão entre a vida profissional e a pessoal em
um mercado competitivo, com alto índice de desemprego, que exige profissionais

20 Estresse e qualidade de vida


T1

qualificados e comprometidos, o que gera um estresse e diminui a qualidade de


vida desses indivíduos.

Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/paideia/v20n45/a10v20n45.pdf>.


Acesso em: 08 out. 2015.

O contexto organizacional e a experiência de Estresse: uma perspectiva


integrativa

Nesse artigo, publicado na Revista de Saúde Pública, fala-se de estresse na


vida cotidiana, que já é comumente associado às mudanças constantes e ao
ritmo acelerado da sociedade atual, que exige transformações profundas nos
comportamentos, atitudes e valores dos indivíduos. O estresse é visto como
um símbolo cultural do presente, conduzindo a sentimentos de ansiedade,
principalmente em relação ao futuro. Existe o estresse intrínseco e extrínseco em
cada indivíduo, sendo necessário conhecer os fatores de riscos, podendo assim
fazer uma profilaxia primária e tratamentos.

Disponível em: <http://www.scielosp.org/pdf/rsap/v11n1/v11n1a13.pdf>. Acesso


em: 22 set. 2015.

Estilo de vida de um estudante da rede pública de ensino no município do Rio de


Janeiro. Um estudo de caso.

Neste artigo, os autores analisam o estilo de vida de um estudante da rede


pública do ensino médio do município do Rio de Janeiro, baseado em um
estudo de caso, com o objetivo de avaliar estatura, índice de massa corporal,
estilo de vida e o nível de atividade física. Utilizou-se questionários do tipo
auto-administrados, “Pentáculo do Bem-estar” e o IPAQ respectivamente.
É possível verificar nesse artigo que é necessário ter mudanças de hábitos
de vida no requisito nutrição, atividade física e relacionamento social.
Neste estudo, ainda é possível concluir que as pessoas estão cada vez mais
aderindo a hábitos sedentários, associado à uma nutrição inadequada, tornando
um problema para a saúde nos indivíduos.

Disponível em: <http://www.efdeportes.com/efd129/estilo-de-vida-de-um-


estudante.htm>. Acesso em: 25 set. 2015.

Cultura, saúde e doença

No resumo disposto no link a seguir, você poderá conhecer rapidamente a


importância do papel da compreensão de saúde, doença e cultura em todas as
idades. Através desse breve conhecimento, é possível entender mais profundamente
sobre o assunto em outros artigos.

Disponível em: <http://bases.bireme.br/cgi-bin/wxislind.exe/iah/

Estresse e qualidade de vida 21


T1

online/?IsisScript=iah/iah.xis&src=google&base=LILACS&lang=p&nextAction=lnk
&exprSearch=591615&indexSearch=ID>. Acesso em: 25 set. 2015.

Qualidade de vida no século XXI

Nesse vídeo apresentado pelo Dr. Augusto Cury, ele fala sobre a importância de
conhecermos as nossas angústias, os nossos medos, pois os indivíduos sabem
conhecer os fenômenos externos e não os internos. Ele faz com que você pense
e veja sobre a influência da formação da personalidade de outras pessoas em sua
vida e a sua vida em outras pessoas, estimulando-nos a nos conhecer para melhorar
o relacionamento com os outros, principalmente nesse século tão corrido e sem
tempo de nos aproximar um do outro.

Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=Toxx-6KaKBs>. Acesso em:


22 set. 2015.

Tempo: 1:07:19

Aprenda o quanto comer para manter uma alimentação saudável

Nesse vídeo apresentado no programa Bem Estar da Rede Globo, fala-se sobre a
importância de comer com moderação, sabendo a quantidade adequada para o
dia a dia. Com isso, conhece-se a importância de diferenciar cada tipo de pessoa
para saber o quanto cada um pode ingerir de calorias.

Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=j_x3D6MLARg>. Acesso em:


22 set. 2015.

Tempo: 00:36:05

Ansiedade e estresse

Nesse vídeo apresentado pelo Dr. Augusto Cury, ele fala sobre a ansiedade, sobre a
síndrome do pensamento acelerado, sobre o estresse e a importância de controlar
e conhecer o que é e como ocorre, buscando o melhor tratamento interior,
melhorando assim o comportamento e relacionamento exterior.

Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=tVryM26EEeU>. Acesso em:


22 set. 2015.

Tempo: 00:04:08

Meditação como aliviar o estresse

Assista ao vídeo da Amanda Dreher e veja como pode-se através da meditação


aliviar o estresse do dia a dia, melhorando o equilíbrio emocional, aliviando as
tensões adquiridas no trabalho, na família. Essa meditação pode ser exercida em

22 Estresse e qualidade de vida


T1

qualquer lugar e a qualquer momento do seu dia.

Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=4NcTW9ARZLk>. Acesso


em: 25 set. 2015.

Tempo: 00:21:13

Envelhecimento e qualidade de vida

Neste vídeo, o entrevistado Michel Naslavsky mostra que estudos de


genética apontam que pessoas sociáveis e otimistas vivem bem e mais.
O ambiente onde a pessoa vive é mais importante para a qualidade
de vida ao envelhecer, no ponto de vista cognitivo de cada pessoa.
Foi um trabalho desenvolvido através de estudos da USP, desde 2000, coletando
dados epidemiológicos no estado de São Paulo, em uma faixa etária da terceira
idade.

Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=q3wsRlAxKfE>. Acesso em:


25 set. 2015.

Tempo: 00:09:11

AGORA É A SUA VEZ

Instruções:

Agora, chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você encontrará
algumas questões de múltipla escolha e dissertativas. Leia cuidadosamente os
enunciados e atente-se para o que está sendo pedido.

Questão 1

Para Hipócrates, o pai da medicina, é muito importante colocar o foco no paciente,


e não em sua doença, considerando então a saúde do indivíduo mais importante.
Para a Organização Mundial da Saúde (OMS): “Saúde é um estado de completo
bem-estar físico, social e mental, e não somente a ausência de doenças.” (apud
ROCHA; ROSA, 2000, p. 5). Mas sabe-se que o conceito de saúde está envolvido
com outros itens essenciais para atingir o bem-estar e a qualidade de vida. Diante
disso, descreva do que depende o conceito de saúde e o que deve ser agregado a
esse conceito para a manutenção adequada de uma vida saudável.

Estresse e qualidade de vida 23


T1

Questão 2

Na história, o conceito sobre “saúde” vem desde a época de Hipócrates que afirmou
a importância da atenção integral como forma de tratamento, e não somente a
doença. A partir desse conceito, complete com V(verdadeiro) ou F(falso):

( ) Saúde é um estado de completo bem-estar físico, social e mental, e não somente


a ausência de doenças.

( ) Para ser saudável é necessário ter acesso à boa alimentação, habitação,


educação, renda, meio ambiente, transporte, emprego, lazer, acesso aos serviços
de saúde.

( ) A saúde é uma conquista com mudanças de hábitos alimentares e físicos, além


de comportamentos, apropriação de normas e costumes, enfim, um aprendizado
intelectual.

( ) Saúde é a ausência total de doenças, mas com boa alimentação e saneamento


básico.

( ) Para ter uma boa saúde é necessário que o homem esteja em equilíbrio com a
natureza, depende da integração corpo, mente e meio ambiente.

A sequência correta é:

a) V, V, V, V e V

b) V, V, V, F e F

c) V, V, V, F e V

d) F, F, V, V e V

e) F, F, V, F e F

Questão 3

Em relação ao termo qualidade de vida, assinale a alternativa correta.

a) Surgiu durante a Primeira Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde,


realizada em Ottawa, Canadá, em novembro de 1986.

b) Foi mencionado pela Organização Mundial de Saúde, em 1988, para definir que
a qualidade de vida depende de como está o estado de saúde de cada indivíduo.

c) Foi utilizado pela primeira vez em 1964 pelo presidente dos EUA – Lyndon
Johson, que comparou qualidade de vida à capacidade que os rendimentos dos
bancos podem oferecer às pessoas.

24 Estresse e qualidade de vida


T1

d) Surgiu no artigo 196 da Constituição brasileira de 1998, que descreve qualidade


de vida como direito de todos e dever do Estado.

e) Surgiu apenas no início do século XXI e designa a busca pela saúde e um estilo
de vida mais saudável; passou a ser um fator para melhorar a qualidade de vida.

Questão 4

A definição de qualidade de vida trata-se de um conceito complexo, ambíguo


e difere de cultura, de época, de indivíduo para indivíduo; e, que não depende
somente da saúde, dos bens materiais, espiritualidade, meio ambiente, realização
pessoal/familiar, mas, sobretudo, do otimismo, superação e ponderação em
relação aos desafios e obstáculos da vida no seu dia a dia. Descreva, diante dos
conceitos da OMS e de alguns autores citados no texto, sobre o que é a qualidade
de vida e as controvérsias existentes.

Questão 5

Sabe-se que existem vários tipos de saúde que devem ser conhecidas e planejadas
para alcançar o bem-estar completo. Explique quais os tipos de saúde citadas por
Augusto et al., 2008, e como pode-se concluir a importância do cuidado de todos
esses tipos de saúde para alcançar a tão desejada qualidade de vida.

Estresse e qualidade de vida 25


T1

26 Estresse e qualidade de vida


T1

FINALIZANDO

Neste tema, você pôde conhecer o conceito de estresse, qualidade de vida,


bem-estar e “saúde” sob vários aspectos. Dentre estes vários conceitos, você
seguramente conseguirá fazer e acompanhar a relação existente entre a busca da
qualidade de vida e os fatores que a possibilitam ou não, dentre eles, as atividades
físicas, dietas, estresse, entre outros.

Além disso, foi possível conhecer o conceito de doença, atividade física,


nutrição adequada e os conceitos de diversos autores sobre a importância da busca
constante pelo cuidado da saúde, diminuição ou administração do estresse para
que, consequentemente, seja possível alcançar a qualidade de vida, tão almejada
por todo indivíduo.

A qualidade de vida pode ser vista por diversos parâmetros e conceitos, sendo
importante o conhecimento de cada um para que a pessoa possa se adequar
na sua qualidade de vida, dentro do seu contexto cultural, social e financeiro,
buscando sempre o bem-estar consigo mesmo, com familiares, e até mesmo no
ambiente de trabalho.

Além disso, outro fator que pode ser visto relacionado com a qualidade de vida,
é a forma de envelhecer. O envelhecimento com saúde, bem-estar, sociável e
com atividades complementares, faz toda a diferença na qualidade de vida do ser
humano, além de ser considerável um fator de longevidade e jovialidade para o
grupo da terceira idade. Fatores esses, importantes para reflexão de toda faixa etária
para um futuro mais saudável e mais próspero seguindo e praticando os conceitos
que influenciam nessa escolha de relacionamento com amigos, familiares, e claro,
consigo mesmo.

Estresse e qualidade de vida 27


T1

28 Estresse e qualidade de vida


T1

REFERÊNCIAS

ANDERSON, M.I.P; ASSIS, M; PACHECO, L.C; SILVA, E.A; MENEZES, I.S;


DUARTE, T; STORINO, F; MOTTA, L. Saúde e qualidade de vida na terceira
idade. Textos envelhecimento, v. 1, n.1, Rio de Janeiro, nov. 1998. Disponível
em: <http://www.luzimarteixeira.com.br/wp-content/uploads/2011/04/
tapoioqualividaidososcompleto.pdf>. Acesso em: 25 set. 2015.

ALMEIDA, M. A. B; GUIERREZ, G.L; MARQUES, R. Qualidade de vida: definição,


conceitos e interfaces com outras áreas de pesquisa. São Paulo: EACH/USP, 2012.
Disponível em: <http://each.uspnet.usp.br/edicoes-each/qualidade_vida.pdf>.
Acesso em 22 set. 2015.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 05 de


outubro de 1988. São Paulo: Saraiva, 2008.

BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de alimentação e nutrição. 2ª ed.


Série B. Textos básicos de Saúde. Brasília, DF, 2008. Disponível em: <http://bvsms.
saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_alimentacao_nutricao_2ed.pdf>.
Acesso em: 25 set. 2015.

COSTA, S.M; RAMOS, M.T.O; SANTANA, K.A; ROCHA, S.S. Envelhecer e Qualidade
de Vida: uma revisão bibliográfica. E-Rac, v.3, n.1, 2013. Disponível em: <http://
www.computacao.unitri.edu.br/erac/index.php/e-rac/article/view/143/194>.
Acesso em: 25 set. 2015.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Miniaurélio Século XXI Escolar: o


minidicionário da língua portuguesa. 4. ed. rev. Ampliada. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 2000.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário da língua portuguesa. 4. ed. rev.


Ampliada. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2004.

FIGUEIREDO, F.; MONT’ALVÃO, C. Ginástica laboral e ergonomia. Rio Janeiro:


Sprint, 2008.

INOUYE, K, BARHAM, E.J; PEDRAZZANI, E.S; PAVARINI, S.C.I. Percepções de suporte


familiar e qualidade de vida entre idosos segundo a vulnerabilidade. Psicologia:
Reflexão e Crítica v. 23.3 (2010): 582-592. Disponível em: <http://www.scielo.br/
pdf/prc/v23n3/19.pdf>. Acesso em 26 set. 2015.

LARANJEIRA, Carlos A. O Contexto Organizacional e a Experiência de Estress:


uma Perspectiva Integrativa. Rev. salud pública [online]. 2009, vol.11, n.1, pp. 123-

Estresse e qualidade de vida 29


T1

133. ISSN 0124-0064. Disponível em: <http://www.scielosp.org/pdf/rsap/v11n1/


v11n1a13.pdf>. Acesso em: 22 set.2015.

LIPP, M.E.N; TANGANELLI, M.S; Stress e Qualidade de Vida em Magistrados da


Justiça do Trabalho: Diferenças entre Homens e Mulheres. Psicologia. Reflexão e
Crítica, 15 (3), p. 537-548, 2002. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/%0D/
prc/v15n3/a08v15n3.pdf>. Acesso em: 25 set. 2015.

LEAL, C. M, da S. Reavaliar o conceito de qualidade de vida. Porto: Universidade


dos Açores, 2008.

MATOS, O. As formas modernas do atraso. Folha de S. Paulo, Primeiro Cadernos,


27 de setembro, p. 3, 1998. Disponível em: <http://adm.online.unip.br/img_ead_
dp/35428.PDF>. Acesso em: 25 set. 2015.

MINAYOU, M.C. Qualidade de vida: um debate necessário. Rev. Ciência & Saúde
Coletiva, 5(1): 7-18, 2000.

NERI, A.L. et al.,. Desenvolvimento e envelhecimento: perspectivas biológicas,


psicológicas e sociológicas. Campinas: Papirus, 2001.

NAHAS, M.V; BARROS, M.V.G; FRANCALACCI, V. O pentáculo do bem-estar – Base


conceitual para avaliação do estilo de vida de indivíduos ou grupos. Rev. Bras.
Atividade Física & Saúde, v.5 (2): p. 48-59, 2000. Disponível em: <http://periodicos.
ufpel.edu.br/ojs2/index.php/RBAFS/article/view/1002/1156>. Acesso em: 25 set.
2015.

NOBRE, M.R.C. Qualidade de vida. Arq. Bras. Cardiol. v. 64, n.4, São Paulo, 1995.
Disponível em: <http://www.arquivosonline.com.br/pesquisartigos/Pdfs/1995/
v64N4/64040002.pdf>. Acesso em: 25 set. 2015.

ROCHA, Ruth. Minidicionário. São Paulo: Scipione, 1996.

ROCHA, C. M. B. G. da.; ROSA, I. C. de A S. Saúde e Ambiente. Lavras, MG: UFLA/


FAEPE, 2000.

SADIR, M.A; BIGNOTTO, M.M; LIPP, M.E.N. Stress e qualidade de vida: influência
de algumas variáveis pessoais. Paideia, v. 20, n. 45, p. 73-81, jan-abr: Campinas, SP,
2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/paideia/v20n45/a10v20n45.pdf>.
Acesso em: 08 out. 2015.

SEIDL, E.M.F; ZANNON, C.M.L.C. Qualidade de vida e saúde: aspectos conceituais


e metodológicos. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 20(2): 580-588,mar-abr,
2004. Disponível em: <http://www.scielosp.org/pdf/csp/v20n2/27.pdf>. Acesso
em: 22 set. 2015.

STEINER, Denise. Beleza levada a sério. 2. ed. São Paulo: Rideel, 2009.

30 Estresse e qualidade de vida


T1

SANCHEZ, C. O enfermeiro e as terapias complementares como abordagem


no cuidar. In: MALAGUTTI, W.; MIRANDA, S. M. R. D. (Org.). Os caminhos da
Enfermagem: de Florence à globalização. São Paulo: Phorte, 2010.

GLOSSÁRIO

Científico: que tem o rigor da ciência. Do latim scientificus, o adjetivo científico


permite fazer referência àquilo que pertence ou se relaciona com a ciência. Ciência,
provém de scientia (conhecimento), que diz respeito ao conjunto de métodos
e técnicas que organizam a informação adquirida através da experiência. Esses
métodos e técnicas são aplicados de forma sistemática, onde permite a produção
de conhecimento científico, ou seja, informação concreta e comprovada.

Diversidade de doenças: existe uma diversidade de doenças, que são divididas


em grupos, dentre os quais se destacam: doenças metabólicas, psicossomáticas,
imunológicas, genéticas, congênitas e idiossincrásticas (AUGUSTO et al., 2008).

Exercícios aeróbicos: são atividades físicas que melhoram a capacidade


respiratória, a oxigenação das células e a manutenção do peso corporal. Por
exemplo: caminhada, corrida, hidroginástica, ciclismo.

Emagrecimento: perder gordura, diminuição do peso do corpo, ficar magro.

Sedentarismo: é a falta ou diminuição da atividade física regular. O sedentarismo


refere-se apenas à realização de atividades que não aumentam consideravelmente
o gasto energético acima do nível de repouso.

Estresse e qualidade de vida 31


Tema 2

Manobras de quick massage ,


massagem ayurvédica e técnica
de abhyanga

POR DENTRO DO TEMA

Quick Massage

A definição de quick massage é “massagem rápida” (em inglês). Oriunda dos Estados
Unidos, nos anos 80, o termo “quick massage” ficou famoso na Califórnia (EUA)
quando a empresa de softwares e smartphones Apple começou a oferecer a prática
desta massagem para seus funcionários, com o objetivo de diminuir os casos de LER/
DORT, que levava muitos colaboradores ao afastamento. Essa técnica proporcionou,
além da diminuição destes afastamentos, um aumento de satisfação e produtividade
dos colaboradores. A prática ficou tão famosa e bem vista por todos que se tornou
um exercício diário na Apple. Conhecida também como “massagem sentada” ou
“massagem da cadeira”, é uma massagem que possui duração de 15 minutos e tem
conquistado cada vez mais os profissionais e os clientes pela sua versatilidade.

O fundador desta técnica moderna “sentada” é o massoterapeuta David Palmer. Ele


foi o responsável por adaptar as técnicas do anmá e shiatsu associadas à acupressão.
O objetivo do massoterapeuta era disseminar a massagem e torna-la acessível
à população. Em 1986 foi apresentada a 1ª versão para produção da cadeira de
massagem Palmer-Bouyssou, pela Living Earth Crafts, que era de madeira e pesava
12 Kg. Em 1989 introduziu no mercado uma estrutura de metal, com peso de 6,5
Kg, a cadeira Quicklite. A partir de 1985, com as cadeiras de massagens disponíveis,
simples e práticas, iniciou um enorme crescimento da profissão de massoterapeutas
(STEPHENS, 2008).
T2

Figura 2.1 Daniel David Palmer – Massoterapeuta fundador da técnica quick massage.

A quick massage tem sua ramificação em outra técnica oriental, o shiatsu. Este
por sua vez é também um tipo de massagem que proporciona um relaxamento
generalizado do corpo através do toque em determinados pontos, chamados de
meridianos, segundo a medicina tradicional chinesa.

Para os chineses, existe a teoria de que o corpo humano possui canais de energia
que se relacionam com o funcionamento dos órgãos internos, bem como atuam no
equilíbrio emocional, psicológico e espiritual, podendo atuar na prevenção e na cura
de patologias. Esses canais, os meridianos, possuem um trajeto interno e profundo
que se relaciona com um órgão dentro da cavidade abdominal, e outro trajeto externo
e superficial que acompanha desde a cabeça, pescoço, tronco e membros. Através
desses conhecimentos, as manobras realizadas no atendimento da quick massage
tiveram origem nas adaptações feitas das técnicas orientais, como, além do shiatsu, a
anmá. (STEPHENS, 2008).

Archange (1986) cita a teoria do Yin Yang como sendo os dois elementos
energéticos essenciais que, quando em equilíbrio, resultam em saúde para a
medicina chinesa. Embora opostos, ambos se complementam, e um não existe sem
o outro; cada pessoa pode ter uma predominância de Yin ou Yang, mas não pode
ser exclusivo. Portanto, essa energia conduzida pelos meridianos corresponde que:

34 Manobras de quick massage , massagem ayurvédica e técnica de abhyanga


T2

os órgãos cheios, que são os pontos de transformação e de


acúmulo de energia, são chamados YIN. Ao contrário, os órgãos
ocos ou vísceras, que são pontos de passagem da energia são
YANG. Os meridianos em relação com esses órgãos ou essas
vísceras são, portanto, conforme o caso, de polaridade YIN ou
de polaridade YANG, igualmente (ARCHANGE, 1986, p.18).

Assim, estes canais são interligados entre si e toda a energia do corpo circula nesses
eixos, da cabeça até os pés, ou inversamente, entre os membros e as extremidades.
Desse modo, toda essa ligação torna-se o caminho, ou seja, pelo trajeto destes
meridianos pode-se tratar determinada região acometida, levando em conta o sentido
da circulação da energia. Na figura a seguir, observe os canais/meridianos existentes
no corpo.

Figura 2.2 Trajeto dos meridianos.

A técnica é realizada com uso intenso dos dedos, polegares e palma das mãos; as
manobras que contemplam a prática são: amassamento, deslizamentos superficiais e
profundos, vibrações e percussão. É uma das técnicas mais conhecidas da atualidade
devido à possibilidade de ser realizada entre 15 e 20 minutos, em pequenos espaços
físicos e ainda, proporcionar bem-estar na maioria das pessoas (STEPHENS, 2008).

Ainda para Stephens (2008), as manobras podem ser realizadas de três a cinco
vezes durante a sessão. Os movimentos devem ser aplicados em sequência, iniciando
com o deslizamento suave pela região das costas até a lombar, passando pelos ombros
e em seguida a fricção nas mesmas regiões, descendo e subindo; amassamento do
músculo trapézio para em seguida contornar as escápulas com deslizamento suave,
alternando sempre os lados; na sequência o amassamento é no antebraço, punho
e mão; retoma a região cervical com pressão nos pontos laterais e fricção no couro
cabeludo; realizar percussão na região paravertebral e finalizar com alongamento dos
membros superiores (MMSS).

Manobras de quick massage , massagem ayurvédica e técnica de abhyanga 35


T2

Moretti e Lima (2010) citam que, assim como na maioria das técnicas de massagens,
os benefícios da quick massage são proporcionados de forma imediata, provocando
bem-estar e alívio de sintomas ao paciente/cliente. Dentre eles, podem-se citar os
mais perceptíveis:

alívio da dor (ação sedativa e analgésica); contribuição na


produção de endorfinas; maior sensação de bem-estar e
conforto; promoção de relaxamento local e geral: alivia
tensão muscular, principalmente na região cervical; melhora
a circulação do sangue; melhora a qualidade respiratória:
reduz a ansiedade e irritação; melhora a disposição: aumenta
a concentração; melhora o humor; melhora a motivação;
produz a sensação de calma e paz interna (MORETTI, A; LIMA,
V 2010).

O atendimento da quick massage é realizado na cadeira específica, com o cliente/


paciente em uma posição similar à fetal, pois proporciona um maior relaxamento de
todo o corpo. Essa cadeira é de fácil transporte e montagem, o que torna possível levar
essa técnica a vários ambientes e lugares. Deve-se realizar a assepsia da cadeira com
álcool 70% e a troca do material descartável a cada cliente/paciente.

Figura 2.3 Tradicional cadeira para a quick massage.

Por ser uma técnica muito acessível, deve-se atentar para as possíveis contra-
indicações que podem restringir a realização da quick massage. As principais são:
processos inflamatórios agudos, cirurgia recente, tumores malignos, febre, doenças
agudas da pele e falta de sensibilidade (STEPHENS, 2008).

Com isso, é fundamental coletar informações que sejam pertinentes à realização


ou não da massagem para que você não tenha problemas futuros com o (a) cliente/

36 Manobras de quick massage , massagem ayurvédica e técnica de abhyanga


T2

paciente, visto que é uma prática alternativa e rápida.

Nexte contexto,a quick massage, como tendência de bem estar, tem sua utilização
nos mais variados ambientes, sejam esses fechados como SPAs ou clínicas, até
eventos externos e postos de trabalhos, uma vez que a prática dessa técnica dentro
das empresas vem se tornando a cada dia quase que uma necessidade, visto que a
sua prática leva a diminuição dos gastos com assistência médica, além de ser uma
atividade de baixo custo.

Figura 2.4 Atendimento em ambientes externos.

Uma sequência de manobras podem ser realizadas com o cliente/paciente em


posição confortável, mas sem necessitar de roupas especiais ou ficar despido.

Os profissionais que realizam a quick massage necessitam de conhecimentos


básicos de sistema esquelético e muscular, assim como as técnicas básicas para a
massoterapia. Sempre que possível, o ambiente deve ser calmo e com pouco ou
nenhum barulho, muito embora a prática em ambientes externos não permitam.
Portanto, cabe com a prática diária de cada massoterapeuta criar as habilidades para
uma sessão rápida e agradável, permitindo ao cliente/paciente recuperar as energias
no meio do expediente, por exemplo.

Massagem Ayurvédica

O conceito de ayurveda é um sistema holístico com origem na Índia, datado de


1000 a 3000 a.C., e pode ser considerada a mais antiga das disciplinas médicas do
mundo oriental. Ayurveda é um termo sânscrito que tem como significado “ciência

Manobras de quick massage , massagem ayurvédica e técnica de abhyanga 37


T2

ou conhecimento da vida”. Ayur signfica vida, do nascimento até a morte; e veda


significa “conhecimento ou saber”, ou seja, o termo todo significa ciência que
permite compreender totalmente a vida. A ayurveda não é somente uma ciência,
mas também uma religião e uma filosofia (PEREIRA, 2013, p. 327).

Trata-se de um dos mais velhos sistemas de medicina, possui comprovação da


sua eficácia clínica e foi extraído do primeiro livro sagrado dos hindus, o arthava-
veda; ciência esta que foi ensinada pela primeira vez na universidade de Banaras,
por volta de 500 a.C., e que com certeza contribuiu em grande parte para o
desenvolvimento da medicina ocidental.

Essa escola de medicina é responsável, hoje, pela assistência


de saúde de 80% a 90% do povo indiano, embora haja
pouquíssimos praticantes no Ocidente. Mas o ayurveda
merece ser analisado porque é, sem dúvida, uma das correntes
de pensamento médico mais antigas no mundo ainda em
prática nos dias de hoje; e porque diversos sistemas, inclusive
disciplinas chinesas e japonesas muito antigas, nasceram dele
(STANWAY, 1993, p.85).

Para Vasant (1997), a ayurveda considera o homem como um universo dentro si


mesmo, vindo de um ambiente externo que produz energias que podem interferir
no processo de saúde e doença, levando em consideração o todo, e não as partes
do indivíduo.

O ser humano é composto por quatro instintos biológicos e espirituais que


quando equilibrados proporcionam a saúde. São eles: instinto religioso, financeiro,
pró-criativo e a liberdade, sendo dessa maneira, uma ciência que ajuda a manter
a saúde, estimula a criatividade, promove a busca pela felicidade e torna capaz o
ser humano de desencadear a autocura, uma vez que estes instintos e energias
podem ser controlados com o auto conhecimento (VASANT, 1997).

Depois de muito tempo esquecida e não aceita pelo ocidente, a medicina


ayurvédica ressurgiu somente em meados do século XX com uma mobilização à
procura das raízes e da volta pela prática, tendo à frente Mahatma Gandhi como
incentivador. Em 2003 foi realizada a 8ª Conferência Internacional de Medicina
Ayurvédica, na Universidade de Cambridge, Inglaterra. A atenção foi voltada para
as perspectivas da medicina indiana, já que estes conhecimentos são considerados
como essenciais na cura e prevenção, assim como considerados na medicina
ocidental, e hoje é reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS)
(CAMPADELLO, 2005).

Quando todas as energias do corpo estão em equilíbrio, o processo de

38 Manobras de quick massage , massagem ayurvédica e técnica de abhyanga


T2

deteriorização física e de adoecimento pode ser diminuído de forma significativa.


Para Pereira, 2013, esse é um dos principais conceitos da ayurveda:

a crença na capacidade do indivíduo de autorregulação e


autocura. A abordagem fundamental da ayurveda se baseia
no instinto inato do ser humano de proteger e conservar a
própria existência. Desde o primeiro momento de vida esse
instinto de proteção contra agentes nocivos está presente
(PEREIRA, 2013, p. 329).

Vasant (1997) cita ainda que na ayurveda o ser humano precisa ser compreendido
em todos os níveis: espiritual, mental e físico; e nos cinco elementos que constituem
tanto o homem como o universo: o éter, que equivale ao som; o ar que representa
o tato; o fogo que dá cor e representa a visão; a água que equivale ao paladar e a
terra, que representa o olfato.

Figura 2.5 Diagrama da relação entre os cinco elementos, segundo a medicina tradicional
chinesa.

A Lua e a água atuam como agentes refrescantes, ao passo que o Sol age
como fonte de calor, basta observar a natureza. A Ayurveda considera que tanto
o universo quanto o homem possuem uma origem em comum. O universo é
macrocosmo e o homem é o microcosmo. Tanto para o homem, quanto para o
universo, são necessários para sua criação substâcias de forma material e imaterial
(PEREIRA, 2013; CARDIM, 1998).

Antigamente, os cientistas explicavam todas as funções do corpo colocando-


as em relação com os acontecimentos do universo. Tanto na natureza, como no
homem, eram observados determinados fenômenos. Para os cientistas, existem

Manobras de quick massage , massagem ayurvédica e técnica de abhyanga 39


T2

três fatores causais principais no universo: o Sol, a Lua e o Vento (PEREIRA, 2013).

O Sol é a energia da conversão, representado pelo fogo. A Lua


é o agente de resfriamento, representada pela combinação
de terra e água. O Vento é o princípio de movimento ou
propulsão, representado pela combinação de ar e éter.
Todas as atividades do universo ou do ser humano podem
ser agrupadas sob as três funções fundamentais de criação,
manutenção e destruição (PEREIRA 2013).

Todos estes elementos básicos desencadeiam energias que correspondem à


proteção, destruição e criação de todos os sistemas que equilibram o organismo,
denominados também de humores, constituindo por tridosha, ou seja, três
elementos: vata, pitta e kaph, que:

governam todas as funções biológicas, psicológicas e


fisiopatológicas do corpo, mente e da consciência. Eles
atuam como componentes básicos e barreiras de proteção
para o corpo em sua condição fisiológica normal; quando
desequilibrados , contribuem para processos de doenças
(VASANT, 1997, p.29).

Figura 2.6 Os cinco elementos básicos de toda matéria e os três humores.

40 Manobras de quick massage , massagem ayurvédica e técnica de abhyanga


T2

Vata é considerado o humor da energia e controla a destruição. Pitta, o humor


do calor, organiza as atividades do corpo depois das transformações, e Kapha,
o humor da coesão, é responsável pela manutenção da criação. Vata é seco,
áspero, pouco nutritivo, sutil e propulsor. Controla a divisão celular, a formação
dos diferentes estratos de tecido e a diferenciação de órgãos e sistemas, além
de atuar também, na condução de impulsos e expulsão, como por exemplo, das
fezes, da urina, do suor, do ciclo menstrual. Pitta tem um caráter levemente oleoso
e possui propriedades de secreção e vasodilatação. É quente e associado a um
sabor azedo. Esse humor é responsável pela formação dos tecidos, dos produtos
a serem eliminados proveniente dos alimentos, da água e do ar, sendo ele que
realiza todas as atividades metabólicas, controlando a temperatura do corpo, a
fome, a sede, o medo, entre outros. Kapha é oleoso, frio, liso, macio, pesado,
nutritivo, de cor branca e sabor salgado e doce. Aumenta os depósitos de massa
celular e é essencial na ligação entre células, tecidos e órgãos. Ele é responsável
pelo crescimento do corpo e previne a destruição dos tecidos causado por vata.
(PEREIRA, 2013).

Com isso, para a medicina ayurveda, a interação entre os ambientes externos e


internos, assim como o equilíbrio das forças interiores existentes em cada indivíduo,
são princípios básicos para uma mudança nos hábitos de vida que refletem no
processo de manutenção da saúde e recuperação de uma doença.

Todas as pessoas possuem os três doshas, mas em diferentes


proporções e quantidades, definidas no momento da
concepção. Na altura do nascimento, estão em equilíbrio, mas
com o tempo surgem desequilíbrios em um ou mais desses
doshas, o que contribui para o surgimento e desenvolvimento
de doenças (MOREIRA, GONÇALVES, 2011, p. 13).

Sabe-se que o estresse provoca, dentre alguns males emocionais e mentais, a


contração dos vasos sanguíneos e tecidos, os quais acabam por reter no organismo
as toxinas e, consequentemente, abalando todo o sistema nervoso. Ainda, quando
em situação de estresse, os esportes agressivos e energéticos praticados em
excesso podem agravar a situação de cansaço do corpo quando estiver em uma
situação de estresse.

A massagem ayurvédica é benéfica para problemas de estresse, atuando sobre


todos os músculos, pele e células nervosas do corpo. Além disso, tem a capacidade de
reconstruir estes sistemas, ativa o oxigênio e os nutrientes de que o corpo necessita.
Com a aplicação da massagem, ocorre o restabelecimento do bom funcionamento
interno do organismo, eliminando naturalmente dos tecidos internos o que está
causando algum tipo de doença ou desequilíbrio (CARDIM, 1998).

Manobras de quick massage , massagem ayurvédica e técnica de abhyanga 41


T2

Para então realizar a massagem ayurvédica são utilizados pontos de pressão,


também chamados de marmas, ou pontos vitais do corpo, referências essenciais
para o diagnóstico e o tratamento.

É através destes, num total de 107 pontos específicos, derivados da união das
superfícies de tendões, veias, artérias, nervos e articulações que ocorre a ligação
entre o corpo físico e o corpo sutil (as energias, humores e emoções internas),
proporcionando uma saúde melhor e vitalidade em ambos os níveis.

Os marmas variam de tamanho, indo dos muito pequenos até


os muito grandes, de pontos especiais nas mãos e nos pés,
até regiões importantes no tronco do corpo, como o coração
ou umbigo. Quando manipulados, os marmas são capazes de
alterar tanto as funções orgânicas quanto a condição estrutural
do corpo. Por seu uso correto, toda nossa energia física e
mental pode ser aumentada, diminuída ou redirecionada de
forma consciente e de maneira transformadora (SOUZA et al.,
2008, p.16).

Gardner (2007) cita também a utilização da energia magnética que envolve o


ser humano, como referência para encontrar as causas de um problema físico
instalado, desde uma inflamação inicial até doenças já presentes. Esta energia é
conduzida pelos chakras, termo vindo do sânscrito, com o significado de “roda”
ou “turbilhão”.

Os chakras são centros não-físicos de energia rodopiante,


localizados no campo energético da espinha e outras partes do
corpo. O campo energético humano, ou aura, é o reflexo das
frequências combinadas dos chakras (GARDNER, 2007, p.14).

Quando ocorre o bloqueio dos meridianos muitas doenças podem se


desenvolver, isto porque ocorre um desequilíbrio das energias que envolvem o
ser humano e, consequentemente, os sete chakras têm dificuldade em emitir as
frequências e assim se instala um problema físico.

A massagem ayurvédica trabalha com cada chakra que possui uma função
específica no equilíbrio tanto do corpo físico como do psíquico. É possível conhecer
a localização dos três chakras “inferiores”, por onde se recebe e transmite energia
sexual, emocional e social, segundo Souza et al., 2008:

42 Manobras de quick massage , massagem ayurvédica e técnica de abhyanga


T2

• Chakra basal (Muladhara chakra) ou “centro-raiz”:


localizado na base da coluna acima do cóccix, entre a
terceira e quarta vértebras coccígenas;
• Chakra sacral (Swaddhísthana chakra) ou “seu próprio
controle”: localizado na raiz dos órgãos genitais, entre a
4ª e 5ª vértebras sacrais.
• Chakra umbilical (Manipura chakra) do plexo solar ou “jóia
brilhante”: localizado na altura da quarta vértebra lombar
acima do umbigo (SOUZA et al., 2008).

Existem ainda os chakras “superiores”, por onde se transmite e recebe as


energias psíquica e espiritual, e o mediano, que é coração, transmissor do amor
incondicional.

• Chakra laríngeo (Vishuddha chakra) ou ”purificador”: está


localizado na região da garganta, acima do pomo-de-
adão, entre a 4ª e a 7ª vértebras cervicais.
• Chakra frontal (Ajna chakra) ou “visão frontal”: localizado
na altura da primeira vértebra cervical e no centro do
frontal do intercílio, dois dedos acima da união das
sobrancelhas.
• Chakra cardíaco (Anaháta chakra) ou “assento cardíaco”:
está sob o coração, entre a sexta vértebra dorsal e a quarta
vértebra torácica, sobre o plexo cardíaco pulmonar e o
gânglio torácico espinhal (SOUZA et al., 2008).

Figura 1.1 Pirâmide dos Alimentos

Manobras de quick massage , massagem ayurvédica e técnica de abhyanga 43


T2

Assim, a massagem ayurvédica tornou-se uma técnica de massagem


profunda, combinando manobras de tração e alongamento em toda a extensão
corporal, estimulando os marmas, com o objetivo de manter o equilíbrio entre as
dimensões física, energética, psíquica e espiritual; além de permitir o relaxamento,
a tranquilidade da mente, a maior fluidez no sistema linfático e sanguíneo e o
equilíbrio do sistema nervoso. Estes benefícios constituem as propriedades para
a autocura e o funcionamento harmonioso das estruturas internas do organismo.

A massagem ayurvédica não fabrica células sanguíneas, mas direciona-as por


todo o corpo, renovando-as intensamente pela ativação da corrente sanguínea,
e a energia energética tem a capacidade de irrigar os tecidos com sangue rico
em oxigênio e energia, produzindo uma espécie de analgésico curativo natural
(CARDIDM, 1998).

É aconselhável que a pessoa que pratica a massagem esteja tranquila e calma,


assim como a respiração deve ser profunda, para atuar no sistema nervoso,
formando serenidade no organismo. Todos os problemas do dia a dia e pessoais
devem ser esquecidos antes de se iniciar o tratamento (PEREIRA, 2013).

Técnica de Abhyanga

A palavra em sânscrito abyangam é normalmente traduzida como “massagem


ayurvédica”. Abyasa significa “exercício” e angam, “corpo”.

Abyangam é parte do estilo de vida que tem como objetivo cuidar do bem-estar
global da saúde: corpo, mente e espírito (PEREIRA, 2013). Para realizá-la, pratica-se
o panchakarma:

que é um tratamento destinado à purificação dos canais


digestivos e respiratórios. A prática do panchakarma
fortifica as energias de defesa e mantém o indivíduo com
saúde. Abyangam faz parte do panchakarma e baseia-se
no conhecimento dos três doshas, três energias ou três
governadores, já mencionados em precedência, vata, pitta e
kapha (PEREIRA, 2013).

Para realizar a técnica de abhyanga é comum a utilização de óleos, como o


tailam (óleo medicado), preparados com ervas e plantas escolhidos de acordo
com a condição do indivíduo e o problema específico que vai ser tratado, com
o objetivo de, através do uso dos óleos, permitir que a pessoa recrie o equilíbrio
perdido.

Existem inúmeros tratamentos manuais na ayurveda. Alguns deles são


essencialmente técnicas de massagem, seja parciais ou em todo o corpo, e

44 Manobras de quick massage , massagem ayurvédica e técnica de abhyanga


T2

outros incluem a combinação de técnincas manuais e o uso de compressas,


banhos, óleos, pós e outros recursos. São vários os tratamentos que podem
ser desenvolvidos na ayurveda, dentre eles, destacam-se: Angabyangam,
Srotabyangam, Muriabyangam, Midhiabyangam, Atmabyangam, Varmabyangam,
Chakrabyangam, Thaimabyangam, Kulandabyangam (PEREIRA, 2013).

A abhyanga é um tipo de tratamento parcial com a utilização de óleo e pode ser


complementado com música, que induz ao relaxamento e a calmaria para a alma.
Acompanhe na figura a seguir um exemplo do uso de óleo da raiz do cálamo,
durante a massagem, que ajuda a relaxar os músculos tensos e inflamados, cria
uma sensação de frescor, melhora a circulação e nutre os tecidos musculares.
Podem ser realizados fricções, círculos com os polegares, amassamento, pressões,
deslizamento e alongamento (PEREIRA, 2013, p.348).

Após a massagem, o cliente/paciente levanta-se com uma sensação de frescura,


leveza e tranquilidade, cheio de energia, paz e luz (CARDIM, 1998).

Figura 2.8 Uso de óleos ou ervas para corpos maleáveis e flexíveis.

É importante lembrar que o uso de óleos específicos para cada indivíduo permitirá
a busca pela harmonia global do cliente/paciente, mantendo assim as características
elementares da massagem ayurvédica, sendo que cada profissional poderá escolher
o tipo de óleo de acordo com o tipo da queixa do seu cliente/paciente.

Figura 2.9 Óleos para massagens.

Manobras de quick massage , massagem ayurvédica e técnica de abhyanga 45


T2

ACOMPANHE NA WEB

Massagem Ayurvédica Abhyanga na Melhora da Qualidade de Vida, Dor e


Depressão em Portadores de Fibromialgia

Neste artigo é apresentado um grupo de 25 voluntários, entre 25 e 65 anos de idade


e de ambos os sexos, portadores de fibromialgia, que foram submetidos à massagem
ayurvédica, tipo abhyanga. O tratamento teve duração de seis semanas com sessões
de uma hora, uma vez por semana, comprovando melhora significativa no quadro
de dor, autoestima e qualidade de vida.

Disponível em: <http://www.omnipax.com.br/RBTS/artigos/v1n2/RBTS-1-2-1.pdf>.


Acesso em: Acesso em 05 out. 2015.

Associação Brasileira de Ayurveda

Na página oficial da Associação Brasileira de Ayurveda (ABRA), você poderá acessar


diferentes materiais, incluindo artigos sobre essa ciência e suas práticas, visando o
pleno equilíbrio do corpo ao propor um estilo de vida único e integral.

Disponível em: <http://www.ayurveda.org.br/>. Acesso em: Acesso em 05 out. 2015.

Quick Massage: uma proposta de cuidado para profissionais da atenção primária

Neste trabalho, publicado em 2013, foi possível verificar que existe uma elevada
incidência de doenças diversas em profissionais da saúde que são submetidos às
condições variadas no trabalho. Diante dessas informações, aplicou-se a quick
massage, que leva em torno de 15 minutos, e avaliou-se a melhora das doenças e
do bem-estar destes profissionais, resultado significativamente importante e válido
para que você possa utilizar e aplicar essa prática obtendo o mesmo objetivo no
seu cliente/paciente. Pode-se concluir e comprovar a melhora física e mental dos
participantes.

Disponível em: <http://cmfc.emnuvens.com.br/brasileiro/article/view/1305>.


Acesso em: Acesso em 05 out. 2015.

Quick massage como tratamento complementar da hipertensão arterial


sistêmica em mulheres

Neste artigo publicado na Revista Saúde e Pesquisa, os autores tiveram o objetivo


de aplicar a quick massage como tratamento complementar em mulheres que
apresentam hipertensão. Foi realizado uma única sessão para avaliar a redução
da pressão arterial (PA) e a frequência cardíaca (FC). Os resultados deste

46 Manobras de quick massage , massagem ayurvédica e técnica de abhyanga


T2

estudo mostraram que 20 minutos da realização desta técnica não promoveu


significativamente a redução da PA e FC. Porém, 80% das mulheres voluntárias
relataram ao longo do tratamento proposto a sensação de relaxamento, concluindo
então que esta massagem atinge o objetivo proposto da técnica, mas não altera
fisiologicamente o problema patológico das mulheres. Entretanto, é indicado e
necessário ampliar os estudos neste tema com um número maior de indivíduos.

Disponível em: <http://periodicos.unicesumar.edu.br/index.php/saudpesq/article/


view/3458/2378>. Acesso em: Acesso em 05 out. 2015.

Massagem Abhyanga

Nesse vídeo é possível verificar na prática a massagem abhyanga, que integra a


massagem ayurvédica. Sobre as manobras apresentadas, vale destacar que em
função das diferentes escolas tradicionais indianas podem ocorrer variações
e adaptações no tocante às manobras realizadas, bem como isso depende do
histórico do paciente/cliente.

Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=8l_OrkzC5ZM>. Acesso em


05 out. 2015.

Tempo: 05:12.

Massagem Ayurvédica

No vídeo,Joël Gillier demonstra o passo a passo da massagem ayurvédica e aplica


as técnicas com as mãos e com os pés em todo o corpo da cliente com óleo. Além
disso, a técnica conta com música agradável e relaxante, que pode ser utilizada
no ambiente de trabalho, proporcionando assim, mais relaxamento, alcançando o
objetivo proposto por essa massagem.

Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=FAYqPb_qBO4>. Acesso em


05 out. 2015.

Tempo: 09:57.

A técnica de Quick Massage passo a passo

Neste vídeo pode-se verificar na íntegra a técnica de quick massage em paciente/


cliente com as principais manobras existentes. Dessa forma, é possível unir as
teorias e práticas que envolvem essa técnica.

Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=w-omx82kfxo>. Acesso em


05 out. 2015.

Tempo: 13:46.

Manobras de quick massage , massagem ayurvédica e técnica de abhyanga 47


T2

Sequência de Quick Massage

É possível acompanhar através da demonstração das manobras neste vídeo, onde


iniciar e como finalizar aquick massage, de maneira bem próxima e clara para
que você não erre e possa treinar essa técnica tão utilizada e com resultados
espetaculares.

Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=1ZsR80D3duY>.Acesso em


05 out. 2015.

Tempo: 07:49.

Massagem Ayurvédica – Programa Vida Melhor

No programa Vida Melhor, da TV Rede Vida, é apresentado a massagem


ayurvédica como uma das terapias alternativas complementares mais procuradas,
em decorrência dos problemas derivados de hábitos de vida pouco saudáveis.
Cláudia Tenório fala sobre as restrições da massagem e a utilização dos pés como
ferramenta de relaxamento. Além disso, ela explica de forma clara a massagem
ayurvédica e apresenta o passo a passo da aplicação da técnica.

Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=YlqsUwK1ABo>.Acesso em:


05 out. 2015.

Tempo: 06:15.

Massagem Youga Abhyanga

Neste vídeo é possível ver como aplicar a técnica de abhyanga com movimentos
de yoga, promovendo relaxamento ao paciente/cliente e para que o profissional
também se posiciona de maneira agradável e com alongamento.

Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=FlpiT39UrNM>.Acesso em


04 out. 2015.

Tempo: 09:33.

AGORA É A SUA VEZ


Instruções:

Agora, chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você encontrará
algumas questões de múltipla escolha e dissertativas. Leia cuidadosamente os
enunciados e atente-se para o que está sendo pedido.

48 Manobras de quick massage , massagem ayurvédica e técnica de abhyanga


T2

Questão 1

Diante das reflexões sobre os princípios da quick massage, explique as funções dos
meridianos existentes nessa técnica e onde ela pode ser realizada.

Questão 2

Para a medicina chinesa, todos os indivíduos são providos de dois elementos


energéticos essenciais e que, quando equilibrados, resultam em saúde. A partir
dessa premissa, complete com V (verdadeiro) ou F (falso).

( ) Os órgãos considerados cheios são os que acumulam energia. Estes são os


pontos YIN.

( ) Embora opostos, ambos se complementam; um não existe sem o outro; e cada


pessoa pode ter uma predominância de Yin ou Yang, mas não pode ser exclusivo.

( ) Esses canais possuem um trajeto interno e profundo, que se relaciona com um


órgão dentro da cavidade abdominal; e outro trajeto externo e superficial, que
acompanha desde a cabeça, pescoço, tronco e membros.

( ) Os órgãos considerados ocos ou vísceras são pontos de passagem da energia.


Estes são YANG.

( ) Os meridianos em relação com esses órgãos ou essas vísceras são, portanto,


conforme o caso, de polaridade YIN ou de polaridade YANG, igualmente.

A sequência correta é:

a) V, V, V, F, F.

b) V, V, V, V, V,

c) V, F, V, V, V.

d) V, V, F, V, V.

e) V, F, F, V, V.

Questão 3

Sobre o conceito ayurveda, o que é incorreto afirmar?

a) É um sistema holístico com origem na Índia com as datas de 1000 a 3000 a.C.,
e pode ser considerada a mais antiga das disciplinas médicas pelo mundo oriental.

b) Trata-se da junção das palavras ayur=vida e veda=conhecimento, ou seja, a


ciência da vida, extraídas do primeiro livro sagrado dos hindus, o arthava-veda.

Manobras de quick massage , massagem ayurvédica e técnica de abhyanga 49


T2

c) Considera o homem como um ser único e capaz de agir sem a interferência das
energias que equilibram o processo de saúde e doença.

d) É uma ciência que ajuda a manter a saúde, estimula a criatividade, promove a


busca pela felicidade e torna o ser humano capaz de desencadear a autocura.

e) O ser humano precisa ser compreendido em todos os níveis: espiritual, mental


e físico; e nos cinco elementos que constituem tanto o homem como o universo:
o éter, o ar, o fogo a água e a terra.

Questão 4

Baseado na teoria oriental sobre os cinco elementos básicos que formam o universo
e o ser humano, explique a formação que constitui o tridosha e sua composição,
detalhando cada um deles e suas ações específicas.

Questão 5

Gardner (2007) menciona que a redor do corpo humano existe um campo


energético que produz frequências combinadas que são liberadas pelos chakras.
Explique as funções de cada um doschakras, suas localizações e a importância
deste conhecimento.

50 Manobras de quick massage , massagem ayurvédica e técnica de abhyanga


T2

FINALIZANDO

Neste tema, você pôde conhecer o conceito de quick massage, como uma
opção rápida na busca para reduzir a tensão do dia-a-dia. É uma massagem
baseada em manobras e princípios oriundos do shiatsu, que permitem desbloquear
os canais/meridianos de energia existentes no corpo, de maneira a provocar um
equilíbrio, visto que o desequilíbrio destas energias desencadeia inúmeras doenças.
A prática é realizada em uma cadeira confortável, que pode ser transportada
facilmente para vários ambientes, podendo o cliente/paciente chegar até o
profissional, assim como o profissional pode ir até o local de atendimento; além de
possibilitar a posição que lembra um feto na barriga da mãe, ou seja, um momento
de aconchego e calmaria, promovendo mais facilmente o relaxamento.

Na sequência foi possível compreender as origens da massagem ayurvédica,


prática milenar do povo indiano/veda, que atravessou os tempos e demonstra sua
contribuição para com a medicina do Ocidente, enquanto terapia complementar,
na busca pela saúde física, psíquica e energética dos seres humanos, cada dia
mais desequilibrada; além de saber os tipos de inúmeros tratamentos manuais da
ayurveda, como, por exemplo, a técnica de abhyanga. Essa técnica utiliza óleos
terapêuticos promovendo um relaxamento mais eficaz devido à facilidade de
desenvolver a aplicação das manobras em todo o corpo.

Esses tipos de massagens (Quick massage, Ayurvédica e Abhyanga) são técnicas


comprovadas cientificamente, podendo e devendo ser aplicadas pelo profissional
que possui qualificação do conhecimento anatômico e fisiológico, além do
conhecimento cosmético pela utilização dos óleos. Tudo isso garante que o
cliente/paciente procure profissionais capacitados para que assim, o objetivo do
equilíbrio corpo e mente aconteça de forma segura e confiável.

O conhecimento do corpo humano e da mente, versus o conhecimento das


técnicas de massagens, garante que o indivíduo busque e encontre cada vez mais
uma qualidade de vida melhor, por conta do estresse do cotidiano deste século.

É importante, porém, você conhecer as doenças para saber avaliar se essas


técnicas vão melhorar o quadro patológico ou provocar somente o relaxamento
(objetivo destas manobras), explicando assim ao cliente/paciente que o tratamento
medicamentoso e a conduta junto ao profissional da medicina são de fundamental
importância para que a melhora da mente e físico estejam em conjunto.

Manobras de quick massage , massagem ayurvédica e técnica de abhyanga 51


T2

52 Manobras de quick massage , massagem ayurvédica e técnica de abhyanga


T2

REFERÊNCIAS

ARCHANGE, G. Manual da massagem chinesa. São Paulo: Andrei, 1986.

BRAZ, A.C.A.R; SALVAGIANI, D.A.J; SIRAICHI, J.T.G; FERNANDES, J.G; PEREIRA,


R.M; ROECKER, S; ROBERTA, R.P. Quick massage como tratamento complementar
da hipertensão arterial sistêmica em mulheres. Revista Saúde e Pesquisa, Maringá,
PR, v. 7, n. 2, p. 287-293, maio/ago. 2014.

CAMPADELLO, Píer. Massagem Ayurvédica. São Paulo: Madras, 2005.

CARDIM, V. Massagem Ayurvédica: Manual prático e teórico. 1 ed. São Paulo:


Madras, 1998.

GARDNER. Joy. Cura vibracional através dos chakras: com luz, cor, som, cristais
e aromaterapia. São Paulo: Cultrix, 2007.

MENEGUZZI, P; TURKEWICZ, M; BABATTO, T.T; TREML, C.J; FILHO, F.A.K.


Massagem ayurvédica abhyanga na melhor qualidade de vida, dor e depressão em
portadores de fibromialgia. Revista Brasileira de Terapia e Saúde, v. 1, n. 2, p. 65-
74, 2011. Disponível em: <http://www.omnipax.com.br/RBTS/artigos/v1n2/RBTS-1-
2-1.pdf>. Acesso em: 05 out. 2015.

MOREIRA, Marta; GONÇALVES, Rita. O processo de regulamentação em Portugal:


o caso da Acupuntura. Monografia de conclusão do curso de Medicina Tradicional
Chinesa. Porto: Universidade do Porto, 2011.

MORETTI, A; LIMA, V. Massagem no Ambiente do Trabalho. São Paulo: Phorte,


2010.

PEREIRA, M.F.L. Spaterapia. 1.ed. São Caetano do Sul, SP: Difusão Editora, 2013.

ROGEL, C.S.P; RESI, A.L; OLIVEIRA, M.G. Quick massagem: uma proposta de
cuidado para profissionais da atenção primária. Anais do 12º congresso Brasileiro
de medicina de família e comunidade, n. 12, Belém, PA, 2013. Disponível em
<http://cmfc.emnuvens.com.br/brasileiro/article/view/1305>. Acesso em 05 out.
2015.

STANWAY, Andrew. Guia geral das terapias alternativas: terapias que desafiam a
medicina ocidental. Rio de Janeiro: Xenon, 1993.

STEPHENS, Ralph R. Massagem Terapêutica na Cadeira. São Paulo: Manole, 2008.

VASANT, Lad. Ayurveda: a ciência da autocura - um guia prático. São Paulo:


Ground, 1997.

Manobras de quick massage , massagem ayurvédica e técnica de abhyanga 53


T2

GLOSSÁRIO

Endorfinas: é um hormônio produzido pela glândula hipófise que tem uma


potente ação analgésica e que, ao ser liberado, estimula a sensação de bem-estar,
conforto, melhorando o estado de humor e alegria.

Holístico: termo usado para caracterizar o indivíduo na sua integralidade, como


um todo, e não só em partes.

Hindus: são os praticantes do hinduísmo; principal cultura religiosa da Índia que


une várias crenças, tradições étnicas e estilos de vida; acreditam em vários deuses.

Kaph: princípio ou humor corporal responsável pela força biológica e resistência


natural dos tecidos do corpo (VASANT, 2007).

Medicina ocidental: trata os sintomas e a doença de um indivíduo, portanto, o


físico, com especialidades e habilidades isoladas, sem tratar o todo, como na
medicina tradicional chinesa (oriental).

Pitta: princípio ou humor corporal. Calor e energia corporal que se manifesta


como metabolismo (VASANT, 2007).

Sânscrito: antigo idioma da Índia.

54 Manobras de quick massage , massagem ayurvédica e técnica de abhyanga


Tema 3

Cromoterapia e reflexologia

POR DENTRO DO TEMA

Cromoterapia

[...] no princípio eram as trevas sagradas e dessas trevas veio a


luz. A luz e as trevas dançaram a dança da criação, e as cores
do espectro nasceram (GIMBEL apud WILLS, 1995, p. 65).

Wills (1995) menciona no texto anterior a criação do universo e a presença da


cor em tudo que rodeia a Terra, a começar pela manifestação da natureza quando a
chuva cai forte para em seguida o sol surgir e brilhar de forma intensa, desencadeando
o símbolo que demonstra as cores translúcidas, o arco-íris. Desta maneira, a influência
das cores contidas e visualizadas em quase tudo pode ser considerada uma das
antigas terapias mais utilizadas pelos nossos antepassados, pois já percebiam nas
cores dos alimentos uma forma de tratarem seus corpos. Provavelmente, o primeiro
uso ocorreu na antiga Grécia, em templos de cura de luz e cor e no antigo Egito, além
de ser usada há muitos anos pelos indianos e chineses. Ao longo da história, vários
deuses e divindades foram associados às cores, como a deusa Atena, por exemplo,
que segundo a lenda usava roupas de ouro, até Buda, que considerava a cor amarela
sagrada (WILLS, 1995).

O autor ainda cita que na medicina ayurvédica existem sete gemas preenchidas
pelas setes principais cores existentes no arco-íris, que possuem ação terapêutica
devido a capacidade vibratória que cada cor manifesta, podendo ser usada de forma
isolada ou em conjunto para estimular a harmonia e a saúde, ou o inverso, a saúde e a
harmonia. São elas: o rubi (vermelho), a pérola (laranja), o coral (amarelo), a esmeralda
(verde), o topázio (azul), o diamante (índigo) e a safira (violeta).

Portanto, para várias culturas, a cor é carregada de significados e exerce influência


sobre os planos físico e espiritual dos indivíduos, pois somos rodeados de uma energia
criada a partir das cores que constituem as paisagens, os lugares e até os objetos que
utilizamos. No momento em que as cores entram pelos olhos e chegam ao cérebro
em forma de uma onda branca, é possível desencadear a sensação visual colorida.
T3

Desta forma, para descrever a cor, deve-se pensar em duas linhas, cor-luz e cor-
pigmento.

A cor-luz é a decomposição da própria luz em vários


comprimentos de onda, interpretados pelo homem como
cores, por exemplo, quando se observa um arco-íris. Enquanto
a cor-pigmento é o que dá cor ao material, ou seja, é quando
um corpo reflete algumas ondas do feixe de luz que o atinge
e o olho humano, ao absorver estas ondas, compreende que
este possui determinada cor, entretanto cabe destacar que a
cor não pertence ao objeto, a cor pode ser vista como uma
sensação provocada pela luz (PINHO, 2005, p.13).

Nesse sentido, a compreensão sobre a origem das cores perpassa para além
da subjetividade das tradições culturais e atinge a ciência através da teoria de Isaac
Newton no século XVII, ao demonstrar que quando um raio de luz transcende um
prisma, ocorre um deslocamento da mesma, fenômeno este que se desencadeia em
sete feixes de luz, formando as setes cores cósmicas.

Teoria das cores

De acordo com Pinho (2005), na teoria das cores, segundo a origem de cada
cor, ocorre uma classificação. As cores primárias são consideradas puras (existem e
se estabelecem); são elas: vermelho-magenta, amarelo e azul-esverdeado. As cores
secundárias ou complementares (oriundas da mistura das primárias); sendo: vermelho-
alaranjado, verde e azul-violeta; enquanto que as cores denominadas terciárias (que
são as demais), obtidas a partir da mistura aleatória de duas ou três cores primárias e
ainda de primárias com secundárias, conforme se pode verificar no disco cromático
a seguir:
Figura 3.1 Disco cromático – teoria das cores.

Fonte: PINHO, 2005, p.16.

56 Cromoterapia e reflexologia
T3

Na teoria das cores, deve-se considerar ainda que existe o conceito de que as
cores do espectro podem desencadear efeitos psicológicos que são percebidos na
sensação de calor ou frio, relacionado às vivências individuais. Como por exemplo,
pode-se citar a cor vermelha e laranja, que lembram estímulos quentes. No disco
cromático, é possível considerar que as cores que ficam à esquerda são consideradas
quentes e as cores da direita, frias.

Ainda para Stanway (1993), cada cor possui uma vibração própria, que é capaz de
interferir no equilíbrio da saúde. Isso foi considerado e comprovado a partir de um
estudo publicado na década de 1930 por um hindu, Dinshah Ghadiali, ao demonstrar
que:

[...] as cores representam potências químicas em vibrações


mais elevadas. Ele diz que a luz branca contém todas as
cores do espectro num equilíbrio harmonioso, mas assim que
alteramos as qualidades espectrais do corpo, adicionando
uma substância química de “cor” errada, podemos esperar
que o corpo se desequilibre (STANWAY, 1993, p.108-9).

Assim, conclui-se que o uso das cores vai além de embelezar ou alegrar pessoas e
ambientes, como também pode desencadear benefícios ou desequilibrar a energia que
nos rodeia, influenciando de maneira positiva ou negativa na saúde física, emocional
e espiritual.

Diante de vários estudos, Vasant (1997) considera a cromoterapia como uma terapia
complementar integrativa que faz uso das cores para manter o equilíbrio e a harmonia
de corpo, mente e emoções; ou ainda, como para a medicina ayurvédica oriental, é a
ciência que emprega as propriedades curadoras das setes cores naturais sob os tecidos
corporais e o tridosha, que são as forças invisíveis que transportam, transformam
e compartimentam o corpo. O tridosha corresponde aos três doshas chamados
Vata, Pita e Kapha que fazem a homeostase corporal. Pode ser considerado como
os três princípios energéticos que regulam o processo fisiológico e psicológico do
organismo vivo, desde processos celulares básicos até os funcionamentos biológicos
mais complexos. O estado harmonioso dos doshas cria o equilíbrio fisiológico, sendo
considerado a base da saúde e seu desequilíbrio o início dos processos das doenças.

Segundo APANAT (2015), a cromoterapia foi reconhecida pela Organização Mundial


da Saúde (OMS) no decorrer da década de 1970 como uma das principais terapias
complementares, de acordo com a Conferência Internacional de Atendimentos
Primários em Saúde de 1962, em Alma-Ata, no Cazaquistão.

A fundamentação do uso das cores com finalidade terapêutica se baseia nas três
ciências: medicina, física e bioenergética. A primeira na arte de curar, a segunda nas

Cromoterapia e reflexologia 57
T3

transformações da energia produzida pela luz e a terceira, como base a energia vital
(PINHO, 2005).

As cores devem ser utilizadas considerando a sensibilidade corporal e a ação


produzida pela vibração de uma cor isolada ou aplicada em conjunto. O processo é
complexo, envolvendo fatores emocionais, físicos e subsequentes das cores. (MUNDT,
B. apud GASPAR, 1997).

O emprego das cores desencadeia efeitos que refletem no complexo sistema de


absorção, como:

Físicos, porque a existência de uma cor implica a existência de


luz com determinadas características de onda e de substâncias
cuja composição química favoreça a absorção reflexão dessa
luz; emocionais, porque as diferentes cores impressionam
de modos diversos nosso sistema nervoso, criando estados
emocionais diferentes; subconscientes porque, ao fixar a
atenção em uma determinada cor, desencadeamos processos
inconscientes de controle das funções orgânicas que essas
cores evocam (GASPAR, 1997, p.21).

Existem formas básicas de Figura 3.2 A relação entre os sete chakras maiores
tratamento para estimular ou e as glândulas.
inibir determinada ação de um
órgão ou glândula. No entanto,
a localização em sua maioria
corresponde à dos setes grandes
chakras, porque estes possuem
uma capacidade de absorver
qualquer cor de acordo com
o estado emocional de cada
cliente/paciente ou do estado
de desequilíbrio que se encontra
determinado órgão. Na figura
a seguir, deve-se reconhecer o
corpo imaterial e a localização
dos pontos referentes aos setes
chakras maiores, situados ao
longo da coluna vertebral e que
se relacionam com as glândulas
endócrinas do corpo físico.

Fonte: WILLS, 1995, p. 19

58 Cromoterapia e reflexologia
T3

Chakra da raiz/vermelho: no corpo físico, quando está em


desequilíbrio, pode se manifestar com anemia, alteração
sanguínea e paralisia. É uma cor quente que caracteriza vida,
paixão, sangue, força e poder.
Chakra do umbigo/laranja: no corpo físico, quando sofre
alteração, se manifesta com fadiga, problemas renais e
infecção do baço. É uma cor alegre que estimula a liberdade
de pensamentos e sentimentos.
Chakra solar/amarelo: no plano físico, se manifesta com
problemas na pele, digestão e fígado. É a mais expansiva das
cores, quente e causa intensa iluminação relacionando ao
desenvolvimento intelectual.
Chakra do coração/verde: está relacionado às alterações do
coração e às cefaleias. É a cor do equilíbrio entre a emoção
e a razão, transmitindo esperança e tranquilidade e também
equilibra calor/frio.
Chakra laríngeo/azul: está associado à garganta e à tireoide.
É a cor mais fria e pura, representa a ligação entre o real e
imaginário.
Chakra frontal/índigo: se vincula aos olhos, ouvidos, nariz e
cérebro. Quando em desequilíbrio manifesta em cansaço,
irritabilidade, confusão e pensamentos rígidos.
Chakra da coroa/violeta e branca: se vincula ao sistema
nervoso e está associado à existência eterna, infinita e
suprema. A cor violeta caracteriza cura e dignidade, e a branca
representa equilíbrio entre céu e terra (WILLS, 1995).

Figura 3.3 Campo de ação da cromoterapia conforme a localização dos grandes chakras.

Fonte: WILLS, 1995, p.01.

Cromoterapia e reflexologia 59
T3

Pinho (2005) menciona que os chakras podem ser bloqueados por inúmeras ações
agressivas ao corpo físico e imaterial, por exemplo: traumas, desajustes emocionais,
drogas ilícitas e lícitas, etc. Entretanto, existem maneiras que auxiliam na abertura
destes chakras como as cores, a meditação, o relaxamento junto à natureza, a música
e as pedras.

Quando abertos, giram no sentido horário, absorvem energia


e os órgãos que governam são sadios; porém, quando
fechados, giram no sentido anti-horário, projetam energia
para fora (perda de energia) e seus órgãos associados tendem
a ficar doentes (PINHO, 2005, p. 26).

Nesse sentido, o emprego das cores pode ocorrer de várias formas, mas as mais
utilizadas são as de fácil aplicação e que também podem ser praticadas pelo próprio
cliente/paciente, posterior às orientações de um profissional habilitado.

Pode-se empregar o uso das cores como, por exemplo, na alimentação, pois as
cores dos alimentos também emitem uma frequência vibracional, uma vez que quanto
mais colorida seja uma dieta, mais equilibrado pode ficar o organismo.

O uso da cromoterapia para fins estéticos também tem sido citado, pois acredita-se
que a vibração das cores produz efeito relaxante na região facial, minimiza as marcas
de expressão desencadeadas pela tensão muscular, tristeza, irritabilidade, além do
uso de cosméticos como a maquiagem. Enfim, as cores podem ser utilizadas para
amenizar os efeitos negativos que podem vir do estado emocional de cada indivíduo,
como por exemplo, o uso da cor azul na limpeza de pele para auxiliar na cicatrização,
o verde para relaxar e liberar toxinas, enquanto que o vermelho é usado no combate à
celulite (ABRÃO, 2001; MUNDT et al., 2010).

Para Stanway (1993), embora a cromoterapia seja uma terapia integrativa e a sua
aplicação não é contra-indicada, a automedicação sem conhecimento prévio pode
acarretar numa combinação errada das cores e desencadear problemas físicos e
emocionais.

Por isso, ressalta-se que:

[...] o mundo não é uma coleção de objetos naturais com


formas repetitivas, testemunhadas pela evidência ou pela
ciência; o mundo são cores. A vida não é uma série de funções
da substância organizada desde a mais humilde até a de maior
requinte; a vida são cores. Tudo é cor (ANDRADE apud PINHO,
2005, p. 12).

60 Cromoterapia e reflexologia
T3

Com todos os conhecimentos da cromoterapia, temos assegurado o uso das


cores em ações terapêuticas, tratamentos estéticos e também em outras situações,
como para organizar e harmonizar ambientes laborais e hospitalares, e, sobretudo,
equilibrá-los em relação à energia vibracional que nos envolve através das cores.

Reflexologia

[...] o paciente diz “Não me machuque”, e o terapeuta responde


“Agirei de forma a que me elogie” (VENNELLS, 2003, p.181).

A epígrafe anterior é o registro mais antigo dessa técnica e está escrita na parede
do túmulo de um médico egípcio chamado Ankmahor, localizado em Saqqara, no
Egito, a cerca de 2330-2500 a.C.;trata-se de dois homens massageando os pés. Existe
ainda a teoria de que a terapia foi praticada na América do Sul pelos incas e transmitida
aos índios americanos; e a mais antiga de todas, que por volta de 5000 anos atrás, na
Índia e na China, os pontos de pressão eram utilizados como forma de tratamento,
provavelmente esquecidos por um longo tempo após o início da prática da acupuntura
(VENNELLS, 2003 e WILLS, 1995).

Para Stanway (1993), a terapia foi disseminada no ocidente pela americana


Eunice D. Ingham, na década de 1930, desenvolvendo os estudos de Fitzgerald e se
especializando a compreender a teoria das zonas e dos meridianos. Sabia-se que as
várias terminações nervosas do corpo correspondiam a determinadas “zonas”, a um
mapa anatômico.

Figura 3.4 As dez zonas do corpo


com base na teoria das zonas. [...] Fitzgerald descobriu que
o corpo podia ser dividido
em dez zonas verticais
que se estendiam da
cabeça aos dedos dos pés,
correspondentes aos dez
dedos das mãos e aos dez
dedos dos pés (VENNELLS,
2003, p. 18).

Para Vennells (2003) a reflexologia é o ato


de massagear pontos nos pés, desencadeando
reflexos involuntários, com o objetivo de diminuir
as tensões e tratar doenças, e ainda restabelecer
Fonte: WILLS, 1995, p. 44. a saúde do corpo e da mente.

Cromoterapia e reflexologia 61
T3

[...] uma energia vital chamada força de vida ou plana que


circula de maneira rítmica equilibrada entre todos os órgãos do
corpo. Ela também permeia toda célula e tecidos vivos. Se essa
energia for bloqueada, o órgão relacionado com o bloqueio
passará a sofrer algum mal-estar. Do mesmo modo, as doenças
vinculadas com as bactérias e vírus podem perturbar o equilíbrio
energético do corpo (WILLS, 1995, p. 46).

A energia vital interna está diretamente relacionada com o bom funcionamento


do organismo; esta energia deve circular livremente por entre os canais-meridianos,
desde o ponto situado no topo da cabeça até o outro, nos pés. Compreender o
funcionamento muscular e esquelético dos pés, assim como os principais reflexos que
os pés refletem nas demais partes do corpo, é fundamental na prática da reflexologia.

A sequência para a localização dos pontos reflexos tende a ser iniciada pelos
dedos dos pés. A memorização dos pontos surge com o treinamento, evitando
assim que pontos possam ser omitidos durante a estimulação.

Área da cabeça e pescoço/ dedos

As referentes regiões da cabeça e pescoço que podem se beneficiar da


estimulação dos reflexos nos dedos compreendem as principais glândulas
endócrinas, responsáveis por produzir hormônios que equilibram o corpo, assim
como o bom funcionamento de órgãos e tecidos.

Figura 3.5 Reflexos que correspondem à área da cabeça e pescoço.

Fonte: VENNELLS, 2003, p. 27.

62 Cromoterapia e reflexologia
T3

Região torácica anterior/região plantar

Na região plantar estão os reflexos que se relacionam com o sistema respiratório e


circulatório do organismo. Estes estão intimamente interligados, sendo responsáveis
pelo equilíbrio da quantidade de oxigênio necessária para as atividades, assim como
pela velocidade do fluxo sanguíneo.

Figura 3.6 Reflexos que correspondem à região torácica.

Fonte: VENNELLS, 2003, p. 30.

Figura 3.7 Reflexos que correspondem à Área abdominal/ arco do pé


região abdominal.
Na região do arco, denominada
“sola” do pé, estão os pontos
reflexos que se relacionam com o
aparelho digestivo, responsável por
realizar a transformação química dos
alimentos; a absorção dos nutrientes
é necessária para o funcionamento
do organismo e a eliminação dos
resíduos. Correspondem também às
principais partes do aparelho urinário,
responsáveis pelo equilíbrio da água
e os minerais ingeridos, excreção das
toxinas e armazenamento temporário
da urina.

Fonte: VENNELLS, 2003, p. 33.

Cromoterapia e reflexologia 63
T3

Área pélvica/ calcanhares

Nos calcanhares estão os reflexos que correspondem ao funcionamento do nervo


ciático, o principal e maior nervo da perna, responsável por controlar movimentos
desde o quadril, passando pelo joelho até o tornozelo.

Figura 3.8 Reflexos que correspondem à região pélvica.

Fonte: VENNELLS, 2003, p. 36.

Tornozelos/ órgãos reprodutores

Na região dos tornozelos os reflexos estimulam tanto o sistema reprodutor


masculino e feminino, diferenciados apenas pela parte externa, auxiliando no equilíbrio
dos hormônios, nos problemas relacionados à próstata e infertilidade.
Figura 3.9 Reflexos que correspondem aos órgãos reprodutores.

Fonte: VENNELLS, 2003, p. 38.

64 Cromoterapia e reflexologia
T3

Lado interno do pé/coluna vertebral

Nesta região do pé, os reflexos correspondem a uma estrutura óssea e nervosa de


grande importância, a coluna vertebral, tanto na sustentação de todo o corpo, assim
como na transmissão de impulsos nervosos, através da medula espinhal e dos nervos.

Partem da medula espinhal trinta e um pares de nervos espinhais.


Há oito pares de nervos cervicais, doze pares de nervos torácicos,
cinco pares de nervos lombares, cinco pares de nervos sacrais e
um par de nervos coccígeos (WILLS, 1995, p. 56).

Todos estes nervos respondem por uma ação motora, ou seja, permitem que um
movimento seja realizado, portanto, se surge algum problema em determinada região
do corpo, se deve buscar a parte do reflexo que relaciona com determinado nervo.

Figura 3.10 Reflexos que correspondem à coluna vertebral.

Fonte: VENNELLS, 2003, p. 41.

Lado externo do pé/ sistema esquelético

O sistema esquelético responde pela mobilidade do corpo, sustentação dos órgãos


vitais e capacidade de força muscular necessária para se locomover.

Cromoterapia e reflexologia 65
T3

Figura 3.11 Reflexos relacionados ao sistema esquelético.

Fonte: VENNELLS, 2003, p. 42.

Parte superior do pé/sistema linfático

O sistema linfático é composto por uma rede de vasos e linfonodos que


transportam a linfa para a corrente sanguínea. Para um bom funcionamento deste
sistema, é preciso que o corpo esteja em movimento, ou seja, problemas que causam
o acúmulo dos fluidos entre os tecidos desencadeiam o edema.

Figura 3.12 Reflexos que correspondem ao sistema linfático.

Fonte: VENNELLS, 2003, p. 43.

66 Cromoterapia e reflexologia
T3

Portanto, estas são as regiões/áreas em que a reflexologia atua como forma de


prevenção, tratamento e cura de determinados desequilíbrios, visto que o relaxamento
físico e mental acontece pela simples ação de massagear os pés e, somado ao fato de
estimular pontos específicos, há grandes chances de se equilibrar o processo saúde-
doença ao longo da vida.

As principais técnicas básicas da reflexologia

Ao utilizar a reflexologia, mesmo nos primeiros atendimentos, a eficácia pode


ser alcançada, visto que esta terapia é considerada poderosa, mesmo nas mãos
mais inexperientes.

Vennells (2003) cita que a massagem nos pés ocorre de diferentes tipos e
modos específicos de pressão. A força empregada deve ser suave, com uma
combinação de toque leve com massagem profunda, pois algumas partes dos pés
são mais sensíveis do que outras, devendo-se adaptar às necessidades de cada
cliente/paciente.

[...] a massagem pro­funda possa ser feita usando-se técnicas


como a da pressão com os nós dos dedos, você só deve
usá-las quando tiver adquirido experiência suficiente. Nunca
se deve fazer uma massagem profunda se o paciente sentir
dor, embo­ra um pouco de desconforto seja aceitável com o
consentimento dele (VENNELLS, 2003, p. 47).

Figura 3.13 Sustentação básica do pé. Manobras básicas da reflexologia

Sustentação básica do pé

Para Vennells (2003) trata-se da


posição que sustenta todo o pé
durante a manipulação para evitar que
o mesmo se mova muito; o toque é
suave, porém firme. Segure firme a
parte superior do pé com seus dedos
e com o polegar na região plantar
do cliente/paciente, usando a mão
esquerda para sustentar quando for
trabalhar o lado externo do pé, e a mão
direita quando estiver trabalhando na
lateral interna do pé direito.
Fonte: VENNELLS, 2003, p. 48.

Cromoterapia e reflexologia 67
T3

Técnica do dedo ou polegar “andante”

Deve ser praticada na mão para compreender o movimento e a intensidade da


pressão exercida. Os movimentos do polegar devem ser ritmados, constantes e seguir
uma linha reta através da palma; segure a parte de trás das mãos com os dedos da
outra e

[...] diminua lentamente a pres­são enquanto desliza o polegar


um pouco para a frente. Então aplique de novo a pressão
suave. Diminua-a, deslize para a frente, aplique a pressão e
assim por diante (VENNELLS, 2003, p.49).

Figura 3.14 Técnica do polegar “andante” aplicada na mão.

Fonte: VENNELLS, 2003, p. 49.

Massagem com os dedos e com o polegar

Nesta técnica o dedo indicador é usado para massagear a lateral e a parte superior
do dedo do pé, enquanto o polegar ajuda a sustentar o dedo e a outra mão é a
sustentação básica.
Figura 3.15 Massagem com um dedo.

Fonte: VENNELLS, 2003, p. 50.

68 Cromoterapia e reflexologia
T3

Massagem com dois dedos

A parte superior do pé é massageada utilizando os dedos indicador e médio e


podem ser realizados movimentos circulares enquanto os dedos fazem pressão.

Figura 3.16 Massagem com os dois dedos.

Fonte: VENNELLS, 2003, p.51.

Massagem/pressão com os nós dos dedos

Na massagem com os nós dos dedos, deve-se apertar suavemente o tornozelo


segurando com o polegar e o dedo indicador, para em seguida exercer a massagem
em círculos sob a área do calcanhar com um pouco mais de pressão.

[...] os nós dos dedos podem ser pressionados e arrastados


para baixo, ou pressionados e girados suavemente em um leve
movimento, pressionados e girados de novo, assim por diante.
Você também pode fazer a massagem como se amassasse
ingredientes para fazer pão, trabalhando da esquerda para a
direita ou de cima para baixo, des­de que cubra toda a área do
calcanhar (VENNELLS, 2003, p. 52).

Figura 3.17 Massagem com os nós dos dedos

Fonte: VENNELLS, 2003, p.52.

Cromoterapia e reflexologia 69
T3

Vale ressaltar que a prática e o aprofundamento contínuos são itens essenciais para
que o terapeuta encontre os pontos reflexos de forma precisa e segura, uma vez que
a reflexologia é uma terapia segura quando empregada com as indicações básicas e
pode proporcionar mais saúde e qualidade de vida para todos.

ACOMPANHE NA WEB

Associação Brasileira de Terapias Metafísicas - ABTM

Na página da ABTM você poderá conhecer um breve histórico da Associação, bem


como sua atuação nas seguintes modalidades básicas que compõem as terapias
metafísicas: a radiestesia, a cromoterapia, as terapias de florais e a homeopatia
metafísica, da qual a sintonia está no entendimento, no tratamento e na visão integral.

Disponível em: <http://terapiametafisica.org.br/>. Acesso em: 10 out. 2015.

Cromoterapia, ambiência e acolhimento ao usuário do Sistema Único de Saúde


(SUS) nas Estratégias de Saúde da Família (ESFS)

Neste artigo pode-se acompanhar algumas reflexões sobre a Cromoterapia no


contexto da Política Nacional de Humanização (PNH), utilizando tais ferramentas para
melhor atender os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) através das Estratégias
de Saúde da Família (ESF). Os autores indicam que a cor possui muitas influências
no cotidiano e quando utilizadas de maneira adequada, possibilitam um equilíbrio de
ambiente e pessoas, propiciando assim o bem-estar e a prevenção à saúde.

Disponível em: <http://www.unoeste.br/site/enepe/2013/suplementos/area/Vitae/


Medicina/Cromoterapia,%20ambi%C3%AAncia%20e%20acolhimento%20ao%20
usu%C3%A1rio%20do%20SUS%20nas%20ESFs.pdf>. Acesso em: 10 out. 2015.

Cromoterapia: como usar as cores no equilíbrio do seu corpo

Nesse vídeo é possível aprofundar as possibilidades da cromoterapia na busca do


equilíbrio do corpo e da mente. A terapeuta entrevistada apresenta alguns exemplos
cotidianos que aproximam nosso entendimento das frequências vibratórias e a nossa
inconsciência e consciência nesse processo relacionado às cores.

Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=NZXIsd_g9ys>. Acesso em: 10


out. 2015.

Tempo: 00:06:19.

70 Cromoterapia e reflexologia
T3

Cromoterapia: Revista BH News

Nessa entrevista, da Revista BH News, o entrevistado Eugênio Martins apresenta a


cromoterapia, suas origens, aplicações e possibilidades. Dessa forma, indica que
vai além do mero plano místico. Há muitos elementos científicos que comprovam
sua ação e atuação em diferentes tratamentos terapêuticos.

Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=VA7y9s6mjWc>. Acesso em:


10 out. 2015.

Tempo: 00:16:57.

Associação Brasileira de Reflexologia e Terapias Afins – ABRT

Na página da Associação Brasileira de Reflexologia e Terapias Associadas (ABRT) é


possível consultar inúmeras informações, desde a fundação dessa Associação em
1995 até às aplicações e indicações da reflexologia e de outras terapias.

Disponível em: <http://abrta.blogspot.com.br/>. Acesso em: 10 out. 2015.

Efeitos combinados da reflexologia podal com o tratamento convencional nos


pacientes portadores da Doença de Parkinson

Neste artigo, foi possível comprovar o resultado benéfico da aplicação da


reflexologia em pacientes portadores da doença de Parkinson. Veja os números e
estimativas de melhoras utilizando essa técnica.

Disponível em: <https://fiepbulletin1.websiteseguro.com/index.php/fiepbulletin/


article/view/446>. Acesso em: 10 out. 2015.

Os benefícios da reflexologia

Nesse vídeo do Programa Vida Melhor é possível verificar os benefícios da


reflexologia – a massagem nos pés que, a partir da pressão em alguns pontos,
exerce uma ação em diferentes órgãos e possibilita o tratamento complementar
de algumas doenças, e também direciona para o relaxamento.

Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=9-xcWIthB7g>. Acesso em:


10 out. 2015.

Tempo: 00:05:35.

Reflexologia Podal

No vídeo apresentado pelo Portal Educação, fala-se dos benefícios da reflexologia


podal e a demonstração das manobras que podem ser exercidas para alcançar os
objetivos desta técnica.

Cromoterapia e reflexologia 71
T3

Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=77wPGQmRoAc>. Acesso


em: 10 out. 2015.

Tempo: 00:08:51.

AGORA É A SUA VEZ

Instruções:

Agora, chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você encontrará
algumas questões de múltipla escolha e dissertativas. Leia cuidadosamente os
enunciados e atente-se para o que está sendo pedido.

Questão 1

Sobre a teoria das cores, explique as cores dos setes raios cósmicos.

Questão 2

Para várias culturas, a cor é carregada de significados e exerce influência sobre os


planos físico e espiritual dos indivíduos. A partir dessa premissa complete com V
(verdadeiro) ou F (falso).

( ) A cor-luz é a decomposição da própria luz em vários comprimentos de onda.

( ) A cor-pigmento é o que dá cor ao material, ou seja, é quando um corpo reflete


algumas ondas do feixe de luz.

( ) A luz branca contém todas as cores do espectro num equilíbrio harmonioso.

( ) O uso das cores com finalidade terapêutica se baseia nas três ciências: medicina,
física e bioenergética.

( ) Para cada órgão ou sistema do corpo humano, há uma cor que ao mesmo
tempo estimula e inibe seu funcionamento.

A sequência correta é:

a) V, V, V, V, F.

b) V, V, V, V, V.

c) V, F, V, V, V.

72 Cromoterapia e reflexologia
T3

d) V, V, F, V, V.

e) V, F, F, V, V.

Questão 3

Sobre a relação entre a localização dos setes chakras maiores e a aplicação das
cores, é incorreto afirmar:

a) Os pontos referentes aos setes chakras maiores estão situados ao longo da


coluna vertebral e se relacionam com as glândulas endócrinas do corpo físico.

b) O chakra da raiz/vermelho representa no corpo imaterial uma cor quente que


caracteriza vida, paixão, sangue, força e poder.

c) Quando o corpo físico manifesta cansaço, irritabilidade, confusão e pensamentos


rígidos, são sintomas de desequilíbrio da cor verde vinculada ao chakra frontal.

d) Cada chakra possui capacidade de absorver qualquer cor de acordo com o


estado emocional de cada cliente/paciente ou do estado de desequilíbrio que se
encontra determinado órgão.

e) O chakra da coroa/violeta e branca se vincula ao sistema nervoso e está


associado à existência eterna, infinita e suprema.

Questão 4

Com base na ação da cromoterapia sobre o corpo físico, mental e espiritual, a


combinação incorreta das cores pode desequilibrar o organismo. Nesse sentido,
explique as formas básicas de aplicação da cromoterapia.

Questão 5

A partir das principais técnicas básicas da reflexologia, observe os itens a seguir:

I. Sustentação do pé;

II. Técnica do Polegar “andante”;

III. Massagem/pressão com os nós dos dedos;

IV. Massagem com os punhos;

V: Massagem com dois dedos.

Estão corretos apenas os itens I, II, III e V. Justifique através de seus conhecimentos
das manobras e técnicas da reflexologia, porque o item IV, massagem com os
punhos, está incorreto.

Cromoterapia e reflexologia 73
T3

74 Cromoterapia e reflexologia
T3

FINALIZANDO

Nesse caderno temático foi possível conhecer a origem das cores, a classificação
e a poderosa ação vibratória que um feixe de luz pode desencadear sobre o corpo
humano, ação está descrita na ciência física e com efeitos ativos sobre o estado
físico, emocional e espiritual dos indivíduos.

Ainda pôde-se compreender que pela teoria das cores, cada vez mais o uso
da cromoterapia como recurso terapêutico vem sendo empregado em diferentes
segmentos, principalmente na saúde; com os benefícios experimentados no
equilíbrio das emoções ao utilizar os setes chakras maiores na absorção e
distribuição da energia, desencadeada por uma cor específica, direcionada ao
desequilíbrio instalado, de certa forma, manifestado no corpo físico como a
doença.

Além da cromoterapia, neste caderno também foi possível conhecer a


reflexologia enquanto terapia complementar no equilíbrio das energias, que
envolvem os espaços/meridianos existentes no corpo humano segundo a
medicina oriental, e também compreender que pontos específicos nos pés podem
ser estimulados com finalidades terapêuticas através de manobras básicas, visto a
resposta emitida pelos órgãos correspondentes.

Cromoterapia e reflexologia 75
T3

76 Cromoterapia e reflexologia
T3

REFERÊNCIAS

ABRÃO, Baby Siqueira. Essencial: o poder das terapias naturais. São Paulo: Nova
Cultura, 2001.

ABTM, Associação Brasileira de Terapias Metafísicas. Disponível em: <http://


terapiametafisica.org.br/>. Acesso em: 10 nov. 2015.

APANAT. Associação Paulista de Naturologia. Disponível em: <http://www.apanat.


org.br/>. Acesso em: 08 out. 2015.

ABRT. Associação Brasileira de Reflexologia e Terapias Afins. Disponível em:


<http://abrta.blogspot.com.br/>. Acesso em: 10 out. 2015.

ARAÚJO, C.R.A; LIMA, F.M; CORCURUTO, J.D; STOPA, M.L; BAJERSKI, I. Efeitos
combinados da reflexologia podal com o tratamento convencional nos pacientes
portadores da Doença de Parkinson. FIEP Bulletin on line. V. 81, 2011. Disponível
em: <https://fiepbulletin1.websiteseguro.com/index.php/fiepbulletin/article/
view/446>. Acesso em: 10 out. 2015.

BONIFÁCIO, Antonieta. Cromoterapia: como usar as cores no equilíbrio do seu


corpo. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=NZXIsd_g9ys>.
Acesso em: 10 out. 2015.

GASPAR, Eneida D. Cromoterapia: cores para a vida e para a saúde. Rio de Janeiro:
Pallas, 1997.

JUNIOR, M.J; SYLLA, M. C. D. T. Cromoterapia, ambiência e acolhimento


ao usuário do SUS nas ESFS. In: Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão,
Presidente Prudente, 21 a 24 de outubro, 2013. Disponível em: <http://www.
unoeste.br/site/enepe/2013/suplementos/area/Vitae/Medicina/Cromoterapia,%20
ambi%C3%AAncia%20e%20acolhimento%20ao%20usu%C3%A1rio%20do%20
SUS%20nas%20ESFs.pdf>. Acesso em: 10 out. 2015.

MUNDT, B; BENTO, V.A; THIVES, F; MACHADO, M. A influência e benefícios das


cores da cromoterapia através do cosmético maquiagem. Trabalho de Conclusão
de Curso de Cosmetologia e Estética. Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI.
Balneário Camboriú, Santa Catarina. Disponível em: <http://siaibib01.univali.br/pdf/
Bruna%20Mundt,%20Vanessa%20Bento.pdf>. Acesso em: 08 out. 2015.

PINHO, Tatiana Pinto Alves. A humanização do ambiente hospitalar sob o olhar


da cromotécnica. Rio Janeiro: FIOCRUZ, 2005. Disponível em: <http://www.
acervo.epsjv.fiocruz.br/htdocs/epsjv/beb/Monografias2005/tatiana.pdf>. Acesso
em 08 out. 2015.

Cromoterapia e reflexologia 77
T3

PORTAL EDUCAÇÃO. Reflexologia podal. Disponível em < https://www.youtube.


com/watch?v=77wPGQmRoAc>. Acesso em: 10 out. 2015.

REVISTA BH NEWS. Conheça a cromoterapia. Disponível em: < https://www.


youtube.com/watch?v=VA7y9s6mjWc>. Acesso em: 10 out. 2015.

STANWAY, Andrew. Guia geral das terapias alternativas: terapias que desafiam a
medicina ocidental. Rio de Janeiro: Xenon, 1993.

VASANT, L. Ayurveda: a ciência da autocura - um guia prático. São Paulo: Ground,


1997.

VIDA MELHOR. OS benefícios da reflexologia. Disponível em: < https://www.


youtube.com/watch?v=9-xcWIthB7g>. Acesso em: 10 out. 2015.

VENNELLS, David. O que é reflexologia. Rio de Janeiro: Nova Era, 2003.

WILLS, Pauline. Manual de reflexologia e cromoterapia. São Paulo: Pensamento


Cultrix, 1995.

78 Cromoterapia e reflexologia
Tema 4

Técnica de shiatsu facial e


corporal

POR DENTRO DO TEMA

Shiatsu

É uma técnica japonesa que surgiu por volta do século XVI que se utiliza dos dedos,
palmas das mãos, cotovelos, braços, joelhos e até pés para exercer certa pressão sobre
determinados pontos do corpo, chamados pelos orientais de tsubôs (GOMES, 2009).

As mãos, no shiatsu, não são vistas apenas como instrumentos para pressionar, mas
também como um símbolo da relação e da compreensão que, em termos técnicos,
pode variar à medida que utiliza o polegar ao invés da palma das mãos, ou vice-versa.
Uma consideração importante e interessante de ser feita na execução do shiatsu é que
o próprio praticante, também chamado de Shiatsuka, deve mudar o seu próprio modo
de pensar, sendo importante realizar uma transformação interior (PEREIRA, 2013).

Rappenecker e Kockrick (2008) citam que na década de 1970 Masunaga


elaborou um mapa com o trajeto dos meridianos, que são a base inicial para buscar
a compreensão da prática do shiatsu, e seus efeitos no plano energético de cada
organismo. No entanto, é necessário mencionar que:

[...] a afirmação de que meridianos existem pode ter várias


significações distintas. No “mundo material”, significa que
meridianos existem da mesma forma como ossos, músculos,
vasos sanguíneos e nervos e, portanto, impõe que sejam
reconhecidos como realidade. Quando relacionada ao “mundo
energético”, essa mesma afirmação significa a existência de
algo que é denominado como “meridiano” e que pode ser
trabalhado de maneira concreta. Nesse caso, trata-se mais
de uma proposta para vivenciar, tocar algo e observar por si
mesmo a reação provocada pelo toque. No mundo material,
a existência das coisas independe da pessoa que as vivencia.
T4

No mundo energético, todavia, a existência está condicionada ao


vivenciamento e à experimentação (RAPPENECKER; KOCKRICK,
2008, p.1).

Nesse sentido, os meridianos, ou espaços existentes entre as estruturas que


formam o corpo, podem ser reais apenas quando sentidos pelo cliente/paciente que
recebe o toque, pois na prática do shiatsu a subjetividade na experiência vivenciada é
a principal característica. No entanto, o encontro de duas pessoas ainda continua a ser
a essência do shiatsu (RAPPENECKER; KOCKRICK, 2008).

Figura 4.1 Trajeto dos Meridianos

No shiatsu, o terapeuta trabalha com as diferentes profundidades que existem logo


abaixo de cada local do corpo, ou seja, o toque empregado facilita a comunicação
entre as várias regiões do corpo, integrando o cliente/paciente como um ser único e
total, portanto, nesta prática, os meridianos fazem parte desta comunicação. Durante
a manipulação,

O que pode ser percebido e tocado são as ramificações


principais dos meridianos. Segundo a concepção da Medicina
do Extremo Oriente, cada meridiano é a manifestação de um
órgão energético. Partindo dos meridianos principais, eles se
propagam cada vez mais ramificados por todo o corpo e, com
suas mais finas ramificações, finalmente alcançam cada célula
do organismo (RAPPENECKER; KOCKRICK, 2008, p. 4).

De acordo com Stanway (1993), o ato de massagear é também o momento em


que se transfere de forma simples o poder de cura existente em cada pessoa para

80 Técnica de shiatsu facial e corporal


T4

outro indivíduo, neutralizando os padrões de energia que estão desequilibrados. Para


os orientais, esta é uma ação curativa, por razões quase nunca explicáveis, mas que
aliviam dores físicas e emocionais, desencadeada perfeitamente pela expressão natural
da capacidade de cada ser humano em harmonizar a energia vital de outra pessoa.

Se o shiatsu for visto simplesmente como uma técnica manual de pressões


constantes mantidas no corpo do cliente, talvez não precisasse conhecer todos os
meridianos. Nos dias de hoje no Japão, é muito difusa a prática do shiatsu como
simples massagem benéfica de relaxamento e equilíbrio em geral. Porém, por outro
lado, ao praticar e aplicar o ensinamento do shiatsu com os termos qi, yin e yang e
os cinco movimentos, vale a pena saber que estamos utilizando conceitos culturais e
filosóficos chineses (PEREIRA, 2013).

Figura 4.2 Yin Yang

Ainda para entender os meridianos, é necessário conhecer os doze órgãos


energéticos, que recebem os mesmos nomes dos órgãos anatômicos, mas que
exercem funções que vão além, ou seja, penetram e integram todos os planos de
manifestação da vida, o físico, mental, intelectual e espiritual do homem. No plano
energético, as informações sobre estes órgãos são transportadas pelos meridianos,
indicando bloqueios e alterações, que ao serem percebidos pelo terapeuta indicam
o trecho ou as partes a serem trabalhadas e restabelecer a harmonia do todo
(RAPPENECKER; KOCKRICK, 2008).

Estes órgãos energéticos, ao serem tocados suavemente ao longo dos meridianos,


emitem uma vibração que pode ser percebida com mais facilidade por alguém que
observa a manipulação do que por quem a pratica, reação esta ocorrida na periferia
do local, conhecida como energia yang; quando o toque é mais profundo e aproxima-
se do centro, é a energia yin que se manifesta com mais frequência (RAPPENECKER;
KOCKRICK, 2008). Para Zen (2002), os doze meridianos estão localizados nas laterais
direita e esquerda do corpo, portanto, em pares e assimétricos. Aqueles que possuem
trajeto ascendente são de natureza yang, e os de trajeto descendente yin, com
períodos de intensificação energética durante o dia por cerca de duas horas.

Técnica de shiatsu facial e corporal 81


T4

Assim, ao definir a parte do meridiano a ser trabalhado, o terapeuta encontra uma


posição adequada para manipulação e pressiona de forma atenta com o polegar ou
o dedo médio da mão. As reações podem variar de uma pessoa para ou outra, no
entanto o que se percebe é que algo diferente está acontecendo. Acompanhe a seguir
os doze principais meridianos:

• Meridiano do pulmão;

• Meridiano do intestino grosso;

• Meridiano do estômago;

• Meridiano do baço-pâncreas;

• Meridiano do coração;

• Meridiano do intestino delgado;

• Meridiano da bexiga;

• Meridiano do rim;

• Meridiano do pericárdio;

• Meridiano do triplo aquecedor;

• Meridiano da vesícula biliar;

• Meridiano do fígado.

Embora os nomes correspondam aos órgãos anatômicos, suas funções não se


restringem apenas às suas características fisiológicas, mas também ao simbolismo
emocional e a determinadas regiões do corpo. Portanto, os doze meridianos percorrem
todo o corpo e assim ocorre a possibilidade de se estimular um determinado órgão
energético em diferentes localidades. A seguir, observe nas figuras um exemplo dos
doze meridianos na região do punho.
Figura 4.3 Região inferior do antebraço Figura 4.4 Região superior do antebraço

Fonte: RAPPENECKER;KOCKRICK, 2008, p. 164. Fonte: RAPPENECKER;KOCKRICK, 2008, p. 165.

82 Técnica de shiatsu facial e corporal


T4

Figura 4.5 Região lateral do antebraço

Fonte: RAPPENECKER;KOCKRICK, 2008, p. 166.

Nesse sentido, percebe-se o quanto é ampla e complexa a “rede imaginária” de


espaços que transportam a energia vital, chamada de ki, na medicina tradicional
chinesa, que alimenta e sustenta todo o campo energético no qual o ser humano está
envolvido.

A manipulação deve ser iniciada com uma mão apoiada nas áreas próximas ao
meridiano que será tratado, e a outra deve exercer a pressão sob o mesmo. Para o
terapeuta, a sensação é de que ambas as mãos se encontram e as regiões tocadas
começam a vibrar, e o cliente/paciente pode alterar o ritmo da respiração conforme
se aumenta o grau de vibração; a pressão não é dolorosa.

Segundo Namikoshi, o shiatsu aplica pressão manual e digital sobre a pele com o
intuito principal de prevenir e curar a doença pela estimulação dos poderes naturais de
recuperação do próprio corpo humano, eliminando elementos que são responsáveis
por produzir a fadiga, fato que promove então a boa saúde no geral. Suas principais
características são as seguintes:

1. Diagnóstico e terapia combinados. Cada aplicação de


pressão shiatsu é o diagnóstico que capacita o terapeuta a
tratar de acordo com as condições do corpo. As mãos e os
dedos de um terapeuta treinado são sensíveis o bastante para
detectar anormalidades na pele ou nos músculos, ou no calor
corporal no contato, e assim localizar irregularidades com
precisão e determinar imediatamente qual tratamento básico
empregar.

Técnica de shiatsu facial e corporal 83


T4

2. Usando somente as mãos e os dedos, o shiatsu não exige a


assistência de qualquer dispositivo mecânico ou medicamentos.
3. Sem efeitos colaterais. Desde que os pontos a serem tratados, a
pressão e a duração da aplicação sejam avaliadas, de acordo com
o objetivo, o tratamento não é acompanhado por desconforto e
não produz quaisquer efeitos colaterais, como dor muscular.
4. Sem limites de idade. O shiatsu pode ser usado por pessoas de
todas as idades, desde crianças até os idosos. No jovem, ele ajuda
a fortalecer o corpo; em adultos e pessoas de meia-idade, ele
previne as chamadas doenças da idade adulta e o envelhecimento.
5. shiatsu é um barômetro de saúde. A prática do shiatsu
regularmente ajuda a detectar irregularidades corporais e prevenir
o acúmulo de fadiga e a ocorrência de doença.
6. Crença e confiança profundas entre o paciente e o terapeuta.
7. O shiatsu é eficaz porque ele trata o corpo como um todo. O
tratamento localizado pode ter efeitos temporários, mas não pode
realizar curas básicas (NAMIKOSHI, 1992, p. 22-23).

Zen (2002) salienta que as manobras do shiatsu podem ser realizadas sob a pele,
com o uso de óleos ou cremes, e ainda sob roupas leves; o cliente/paciente pode
estar deitado em decúbito ventral/dorsal ou mesmo sentado, uma vez que os pontos
a serem manipulados irá depender de uma anamnese prévia, item complementar de
grande valia, pois também no diálogo os órgãos energéticos se expressam, sendo
possível ter uma ideia mais profunda do problema.

Figura 4.6 Shiatsu corporal Figura 4.7 Shiatsu Facial

84 Técnica de shiatsu facial e corporal


T4

A massagem é realizada com manobras de deslizamento superficial e profundo,


fricção, pinçamento, pressão e amassamento, tendo como referência os trajetos dos
meridianos com tempo médio de cinquenta minutos cada sessão, lembrando que
todo o corpo pode ser manipulado quando os objetivos forem o relaxamento e a
harmonia do sistema energético, visto que em casos específicos o tratamento pode
abordar os referentes meridianos.

Para a realização da aplicação de pressão sobre os pontos específicos, é


fundamental o conhecimento da localização dos pontos do shiatsu de forma anterior,
lateral e posterior na cabeça, face, pescoço e todo o corpo, conforme as figuras a
seguir:

Figura 4.8 Pontos básicos do shiatsu Figura 4.9 Pontos básicos do shiatsu
(anterior) (posterior)

Fonte: NAMIKOSHI, 1992, p. 11 Fonte: NAMIKOSHI, 1992, p. 12

Figura 4.10 Pontos básicos do shiatsu (lateral).

Fonte: NAMIKOSHI, 1992, p. 12

Técnica de shiatsu facial e corporal 85


T4

Pode ser através de um simples toque, ou de uma extrema sensibilidade de quem


realiza o toque, que ocorre a abertura de espaços profundos nunca imaginados no
plano físico, carregados de tensão e energia suprimida pelos bloqueios e alterações
no equilíbrio físico, emocional e espiritual. Assim, a prática do shiatsu tem muito da
intuição, o que perpassa não somente pela habilidade em encontrar o ponto certo,
mas a capacidade de se colocar à disposição do outro para ser instrumento de alívio
e cura.

Para realizar o shiatsu, é preciso conhecer e saber os tipos de pressão e os estágios


de intensidade de pressão descritos por Namikoshi (1992, p. 62), em que existem oito
tipos de pressão que são: pressão padrão; pressão interrompida; pressão sustentada;
pressão de sucção; pressão fluida; pressão concentrada; pressão vibrátil; pressão de
estimulação com a palma da mão.

A pressão padrão é aplicada de forma branda e gradualmente é diminuída. A


aplicação é de uma fase dura de três a cinco segundos.

Figura 4.11 Pressão Padrão

Fonte: NAMIKOSHI, 1992, p. 62

Na pressão interrompida, o terapeuta primeiro aplica uma pressão ligeira e, sem


remover o polegar da pele do paciente, ele relaxa a pressão. Cada aplicação dura de
cinco a sete segundos. A pressão do tipo sustentada geralmente é executada com a
palma da mão, e é de uma fase. Essa pressão é conservada de cinco a dez segundos
(NAMIKOSHI, 1992).

Além dessas pressões, ainda existem a pressão de sucção, que se realiza com
movimento de puxar para trás, que parece afastar os tecidos conjuntivos da pele.
A pressão fluida é realizada com os polegares das mãos direita e esquerda, e a
alternação de aplicações de pressão durando de um a dois segundos em cada
ponto. A transição de um ponto para o outro é natural e regular, por isso o nome
pressão fluida. A pressão concentrada é uma pressão gradualmente aumentada por

86 Técnica de shiatsu facial e corporal


T4

cinco a sete segundos. Quando a intensidade é atingida, a pressão é gradualmente


relaxada, sem que o polegar se afaste do paciente. A pressão vibrátil é uma pressão
firme aplicada na pele com os dedos ou palma da mão por cinco a dez segundos,
onde a mão do terapeuta vibra durante toda a aplicação (NAMIKOSHI, 1992).

Figura 4.12 Pressão Sustentada Figura 4.13 Pressão Fluida

Fonte: NAMIKOSHI, 1992, p. 62 Fonte: NAMIKOSHI, 1992, p. 63

Figura 4.14 Pressão Concentrada Figura 4.15 Pressão Vibrátil

Fonte: NAMIKOSHI, 1992, p. 63 Fonte: NAMIKOSHI, 1992, p. 64

Além dos tipos de pressão, Namikoshi (1992) ainda descreve as intensidades de


pressão, que são classificadas como: toque; pressão suave; pressão leve; pressão
média e pressão forte.

[...] Toque é usado na apalpação e no diagnóstico, este método


requer a mera pressão do dedo contra a pele do paciente. A
pressão máxima é de não mais do que cem gramas.

Técnica de shiatsu facial e corporal 87


T4

Pressão suave do estágio de toque, o dedo se move para uma


ligeira aplicação de pressão e então volta de uma vez para
o estágio de toque. A pressão varia entre cem gramas e um
quilograma.
Pressão leve embora mais intensa do que a pressão ligeira, a
pressão leve ainda é branda. O terapeuta deve sincronizar pronta
e lentamente o aumento de pressão com sua própria respiração.
Quando o máximo para esta pressão for alcançado, ele deve
gradualmente relaxar a pressão. A intensidade varia entre um
quilograma e cinco quilogramas.
Pressão média embora, primeiramente, as aplicações de
pressão desta intensidade possam causar ao paciente um ligeiro
desconforto, ele aos poucos achará agradável a sensação que elas
produzem. A intensidade varia de cinco a quinze quilogramas.
Pressão forte embora seja a pressão mais forte aplicada em
shiatsu, este estágio não excede uma intensidade de quinze a trinta
quilogramas. Ela nunca deve causar sensações desagradáveis ao
paciente, embora possa produzir um tipo de dor moderada que é
descrita como agradável (NAMIKOSHI, 1992, p. 64-65).

Figura 4.16 Estágios de intensidade de pressão

Fonte: NAMIKOSHI, 1992, p. 65

ACOMPANHE NA WEB

Associação Brasileira de Shiatsu – ABRASHI

Na página oficial da Associação brasileira de Shiatsu você poderá acompanhar a


origem milenar dessa prática, dicas sobre projetos e eventos, além de um amplo canal
de comunicação com inúmeras associações de shiatsu de diferentes países.

Disponível em: <https://associacaobrasileiradeshiatsu.wordpress.com/>. Acesso em:

88 Técnica de shiatsu facial e corporal


T4

11 out. 2015.

Benefícios da massoterapia nos níveis de estresse e ansiedade em atleta de alto


rendimento

Neste artigo publicado no VIII EPCC (Encontro Internacional de Produção Científica


Cesumar), da UniCesumar (Centro Universitário Ceumar), os autores compararam
o resultado da aplicabilidade da massoterapia em um atleta logo após o treino,
para verificar o quanto e como abaixava os níveis de estresse e ansiedade através
de técnicas relaxantes.

Disponível em: <http://www.cesumar.br/prppge/pesquisa/epcc2013/oit_mostra/


Juliana_Barreiros_de_Albuquerque.pdf>. Acesso em: 11 out. 2015.

A inferência do shiatsu na distribuição de potência das ondas alfas no córtex


cerebral em mulheres adultas

O shiatsu é uma técnica oriental de massagem que promove o relaxamento e a


sensação subjetiva de bem-estar. Com isso, sabe-se que os estados de humor, as
emoções e o nível de tensão muscular estão diretamente relacionados às atividades
das ondas cerebrais. Este artigo teve o objetivo de analisar o efeito do relaxamento
induzido através do shiatsu, sobre a distribuição de potência na banda alfa através
da técnica de eletroencefalografia (EEG). Vale a pena conferir os resultados no link
a seguir com o artigo na íntegra.

Disponível em: <http://www.fpjournal.org.br/painel/arquivos/1920-6_Shiatsu_


Rev3_2003_Portugues.pdf> . Acesso em: 11 out. 2015.

Massagem de Shiatsu

Nesse vídeo é possível acompanhar algumas manobras de shiatsu a partir de pontos


específicos que propiciam além do relaxamento, o tratamento e a prevenção.

Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=bDHRTjaX8nQ>. Acesso


em: 11 out. 2015.

Tempo: 00:09:56.

Espaço da Beleza – Shiatsu Facial

Neste vídeo, a demonstração da técnica do shiatsu facial é de fácil compreensão e


aplicabilidade. No tempo 00:01:44 começa a demonstração dos pontos da cabeça
também, além de dizer o que pode ser melhorado.

Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=K8nsH5JBMCM>. Acesso


em: 10 out. 2015.

Técnica de shiatsu facial e corporal 89


T4

Tempo: 00:03:55.

Terapia corporal – Shiatsu

Neste vídeo, é possível além de entender as técnicas, visualizar toda a aplicação e


sequência do Shiatsu corporal.

Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=NzN3U-Lc7Is>. Acesso em:


11 out. 2015.

Tempo: 00:17:35.

Terapia Shiatsu

Mariana R. Gaspar, mostra através desse vídeo, os pontos específicos da aplicação


do Shiatsu corporal na posição de decúbito ventral, através de pinturas no corpo do
modelo para sua melhor visualização dos pontos básicos. Além disso, ela também
fala sobre os principais cuidados que é preciso ter para realizar as manobras do
Shiatsu, como estar com as mãos limpas e unhas curtas, cabelos presos, entre
outros detalhes de fundamental importância para iniciar e conduzir a técnica.

Em cada ponto ela mostra e fala o nome da região, do ponto e qual parte do
organismo vai ser atingido ao pressionar o ponto específico. Ela explica também os
tipos de pressão no tempo 00:04:14, onde você pode visualizar como posicionar
os dedos e as mãos em cada região de aplicação.

Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=5DPqjgaIZ88>. Acesso em:


11 out. 2015.

Tempo: 00:07:07.

Tratamento de acne por meio da acupuntura estética – Revisão literária

Neste artigo, a autora faz o levantamento de todos os tratamentos possíveis


realizados no tratamento estética da acne. No meio do estudo da acupuntura, é
possível encontrar um pouco dos pontos utilizados no shiatsu, além, de a autora
relatar o tratamento do shiatsu facial no tratamento dessa doença dermatológica.

Disponível em: <http://portalbiocursos.com.br/ohs/data/docs/17/78_-_


Tratamento_de_Acne_por_meio_da_acupuntura_estYtica_Y_revisYo_literYria.
pdf>. Acesso em: 11 out. 2015.

Acupuntura estética e moxaterapia no tratamento e prevenção do envelhecimento


facial

No presente artigo, os autores relatam o histórico da Medicina Tradicional


Chinesa (MTC), destacando inclusive os pontos e meridianos capazes de provocar

90 Técnica de shiatsu facial e corporal


T4

o equilíbrio físico e mental. No decorrer do trabalho, encontra-se a localização


dos pontos e meridianos faciais específicos para o tratamento e prevenção do
envelhecimento facial, importante informação para você agregar o shiatsu nos
tratamentos no combate ao envelhecimento cutâneo.

Disponível em: <http://siaibib01.univali.br/pdf/Ana%20Paula%20Morastini%20e%20


Gabriela%20Moreira.pdf>. Acesso em: 11 out. 2015.

AGORA É A SUA VEZ

Instruções:

Agora, chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você encontrará
algumas questões de múltipla escolha e dissertativas. Leia cuidadosamente os
enunciados e atente-se para o que está sendo pedido.

Questão 1

Sobre o shiatsu, relate como surgiu e o que é necessário para realizar essa técnica.

Questão 2

A respeito dos meridianos, ou espaços existentes entre as estruturas que formam


o corpo, assinale V (verdadeira) ou F (falso).

( ) Podem ser reais apenas quando sentidos pelo cliente/paciente que recebe o
toque.

( ) O encontro das pessoas ainda continua a ser a essência do shiatsu, levando em


conta mais o interior do que o exterior.

( ) No shiatsu, o terapeuta trabalha apenas com um tipo de profundidade, que se


encontra logo abaixo do corpo.

( ) O toque empregado pelo terapeuta do shiatsu não facilita a comunicação entre


as várias regiões do corpo.

( ) Na comunicação entre o cliente/paciente, na prática do shiatsu, ele é englobado


como um ser único e total a partir da comunicação dos meridianos.

A sequência correta é:

a) V, V, V, V, F.

b) V, V, V, V, V.

Técnica de shiatsu facial e corporal 91


T4

c) V, F, V, V, V.

d) V, V, F, F, V.

e) V, F, F, V, V.

Questão 3

Segundo Rappenecker e Kockrick (2008), sobre os meridianos, é incorreto afirmar:

a) Os meridianos existem de uma maneira distinta e tem apenas um significado.

b) Os meridianos existem da mesma forma como os órgãos, sendo reconhecidos


como realidade.

c) Quando o corpo físico é relacionado com o mundo energético, isso significa a


existência de algo denominado como “meridiano” e que pode ser trabalhado de
maneira concreta.

d) No caso dos meridianos serem reconhecidos como realidade, trata-se de uma


proposta para vivenciar, tocar algo e observar por si mesmo a reação provocada
pelo toque.

e) No mundo material, a existência das coisas independe da pessoa que as vivencia,


já no mundo energético, a existência está condicionada à experimentação.

Questão 4

Rappenecker e Kockrick (2008) citam que a existência dos meridianos possui


distintos significados. A partir da premissa, explique essa afirmação.

Questão 5

Baseado na existência dos doze meridianos, explique a relação entre eles e os


órgãos anatômicos.

92 Técnica de shiatsu facial e corporal


T4

FINALIZANDO

Nesse caderno com o tema shiatsu, foi possível conhecer a origem desta técnica,
os tipos de intensidade, pressão, além do conceito dos meridianos encontrados
no corpo humano, ação esta descrita na ciência física e com efeitos ativos sobre o
estado físico, emocional e espiritual dos indivíduos.

Ainda pode-se compreender que a técnica do shiatsu vem sendo cada vez
mais utilizada como recurso terapêutico, empregado em diferentes segmentos,
principalmente na saúde; com os benefícios experimentados no equilíbrio das
emoções ao utilizar a técnica do shiatsu, busca-se o equilíbrio do yang e yin.

Atingindo os meridianos, comprova-se que o relaxamento e equilíbrio físico e


mental é alcançado com sucesso, sendo também uma prática relacionada com a
acupuntura, conforme visto em artigo na web.

Nesse sentido, pode-se conhecer também que essa prática milenar, embora
pareça ser um simples toque em locais específicos do corpo, compreende uma
imensa “rede” de espaços que absorve toda a energia vital que controla o “todo” do
ser humano, que ao ser manipulado proporciona relaxamento global e harmonia
dos fluxos energéticos.

No shiatsu, o conhecimento da anatomia e fisiologia do corpo humano torna-


se necessário e fundamental, pois, embora as contraindicações sejam poucas e as
indicações sejam liberadas para todas as idades, desde crianças até idosos, sabe-
se que para essa indicação liberada é preciso que o terapeuta saiba exatamente a
localização dos pontos.

Além disso, o profissional que aplica a técnica do shiatsu deve saber, conhecer
e praticar as intensidades e tipos de pressão para que o paciente/cliente não tenha
os efeitos colaterais, como dores, ao invés de relaxamento, por exemplo.

Todos esses conhecimentos dependem de um estudo aprofundado e uma


dedicação às práticas dessas manobras que podem ser realizadas na face e corpo,
além de também poder ser aplicado na região de couro cabeludo, conforme
algumas literaturas.

Por fim, nesse sentido, incentivamos você a consultar, estudar e treinar o tema
abordado neste caderno: o shiatsu.

Técnica de shiatsu facial e corporal 93


T4

94 Técnica de shiatsu facial e corporal


T4

REFERÊNCIAS

ABRASHI. Associação Brasileira de Shiatsu. Disponível em: <https://


associacaobrasileiradeshiatsu.wordpress.com/>. Acesso em: 10 out. 2015.

ALBUQUERQUE, J.B; GOHARA, L.F.C; REZENDE, G; LIMANA, M.D; PEREIRA,


V.R. Benefícios da massoterapia nos níveis de estresse e ansiedade em atleta de
alto rendimento. Anais eletrônicos. VIII EPCC, Maringá: UniCesumar ,out. 2013.
Disponível em: <http://www.cesumar.br/prppge/pesquisa/epcc2013/oit_mostra/
Juliana_Barreiros_de_Albuquerque.pdf>. Acesso em: 11 out. 2015.

GOMES, ÉVITO. Reabilitação através da massoterapia. Florianópolis: Insular, 2009.

MORASTONI, A.P; MOREIRA, G; SANTOS, M.C. Acupuntura estética e moxaterapia


no tratamento e prevenção do envelhecimento facial. Trabalho de Conclusão de
Curso - Universidade do Vale do Itajaí, Balneário Camburiú, Santa Catarina, 2009.
Disponível em: <http://siaibib01.univali.br/pdf/Ana%20Paula%20Morastini%20e%20
Gabriela%20Moreira.pdf>. Acesso em: 11 out. 2015.

NAMIKOSHI, T. O livro completo da Terapia Shiatsu. São Paulo: Manole, 1992.

PERNAMBUCO, C.S.; PIRES, V.N.L.; MAULAZ, M.B.; MESQUITA, M.G.; CAETANO, L.F.;
NOVAES, J.S.; DANTAS, E.H.M. A inferência do shiatsu na distribuição de potência
das ondas alfas no córtex cerebral em mulheres adultas. Fitness & Performance
Journal, v.2, n.3, p. 178-182, 2003. Disponível em: <http://www.fpjournal.org.br/
painel/arquivos/1920-6_Shiatsu_Rev3_2003_Portugues.pdf>. Acesso em: 11 out.
2015.

PEREIRA, M.F.L. Spaterapia. 1. ed. São Caetano do Sul: Difusão, 2013.

PEREIRA, G.L. Tratamento de acne por meio da acupuntura estética – revisão


literária. Pós-Graduação em Acupuntura - Faculdade Fasam, 2013. Disponível em:
<http://portalbiocursos.com.br/ohs/data/docs/17/78_-_Tratamento_de_Acne_
por_meio_da_acupuntura_estYtica_Y_revisYo_literYria.pdf>. Acesso em: 11 out.
2015.

RAPPENECKER, Wilfried; KOCKRICK, Meike. Atlas de Shiatsu: os meridianos do


Zen-shiatsu. Barueri: Manole, 2008.

STANWAY, Andrew. Guia geral das terapias alternativas: terapias que desafiam a
medicina ocidental. Rio de Janeiro: Xenon, 1993.

ZEN, Márcia. Práticas de Shiatsu. São Paulo: Madras, 2002.

Técnica de shiatsu facial e corporal 95


T4

GLOSSÁRIO

Pressão: é uma palavra que significa a força que é exercida sobre alguma coisa.
Pode também indicar o ato de comprimir ou pressionar.

Energia vital: psicoenergia, energia psíquica ou energia vital; é o termo utilizado


para designar os aspectos da suposta energia gerada pelo pensamento e as
emoções.

Decúbito ventral: pessoa que deita com a barriga voltada para baixo (bruços).

Decúbito dorsal: pessoa que deita com a barriga voltada para cima.

Tsubô: são os pontos definidos pela medicina oriental para a prática da acupuntura,
por onde passam a energia vital para a vida.

Intensidade: força, energia, grau de tensão. Vem de algo profundo, intenso e


rápido.

Terapeuta: é o profissional que fornece tratamento ou cuidado a alguém, buscando


cuidar de si e do próximo. Executa uma terapia.

96 Técnica de shiatsu facial e corporal


Tema 5

Terapia com florais

POR DENTRO DO TEMA

Terapia com Florais

Nada é mais importante do que a busca das causas do


sofrimento físico, emocional e mental do paciente. O
reconhecimento do por quê? É o início da cura. (KWITKO,
2001, p. 5)

A partir desta epígrafe, pode-se estabelecer determinado nível de consciência para


auxiliar em diferentes tratamentos, principalmente os de fundo emocional.

A prescrição das essências florais muitas vezes é esquecida ou aparece apenas


nos últimos minutos de uma consulta, depois de descobertas as possíveis causas do
sofrimento e estabelecidas as atitudes para que o cliente/paciente seja curado.

Diante dessas informações, surge a dúvida e a pergunta central: Por que a terapia
com florais não é utilizada pelos médicos para auxiliar no tratamento ou na prevenção
das doenças? A resposta não é tão simples, pois envolve a formação de inúmeros
profissionais e a informação dos pacientes. Para Kwitko (2001, p. 5),

[...] vale imaginar um tratamento onde é possível ver os


médicos alopatas utilizando os seus medicamentos químicos
para o corpo físico de seus pacientes e as essências florais
para os pensamentos, sentimentos e características negativas
de suas personalidades [...].

Origem

A terapia floral surgiu em 1936, na Inglaterra, por meio da descoberta das essências
florais por um médico inglês chamado Dr. Edward Bach.
T5

Para compreender a capacidade de ação das essências florais sobre a energia vital
que envolve cada ser humano, antes é preciso entender que as essências são os sutis
substratos extraídos das flores,

[...] ao afetar a anatomia sutil humana com tanta intensidade é


que elas tendem a conter uma maior quantidade de energia da
força vital das plantas. A flor representa a máxima realização
da planta e contém a mais alta concentração de sua energia
vital, pois é neste local que a maioria é polinizada e se reproduz
(LIMA, 2010, p. 15).

Neste sentido, a Floralterapia, ou seja, a direta abordagem terapêutica, ao utilizar as


essências florais, não possui efeitos colaterais, e o uso das combinações decorre das
respostas obtidas por meio da melhora dos sintomas apresentados.

Figura 5.1 – Flores.

Fonte: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Morning_glory.jpg>. Acesso em: 13 out. 2015.

A História do Dr. Edward Bach

A saúde depende de estarmos em harmonia com as nossas


mentes. (Dr. Edward Bach apud LIMA, 2010, p. 18)

Em 24 de setembro de 1886 nasceu Edward Bach, em uma pequena cidade


na Inglaterra, Moseley. Desde pequeno já apresentava grande capacidade de
concentração e determinação, gostava de ficar em silêncio por horas junto à natureza,

98 Terapia com florais


T5

além de ser bem humorado e sensível.

Entrou com 20 anos na Universidade de Birmingham para cursar


medicina e, no decorrer da década de 1900, finalizou seus estudos; formou-
se médico e especializou-se em bacteriologia, imunologia e saúde pública.
Permaneceu por longos anos em Londres realizando trabalhos na área de bacterologia
e saúde pública.

Apesar de tratar seus pacientes do modo convencional, frustrava-se cada


vez mais ao perceber que a doença apenas melhorava, mas não ocorria a cura,
despertando o interesse em descobrir como curar o doente, e não a doença em
si. Bach, exercendo a profissão de médico, percebeu que a melhoria do estado
de saúde, assim como a cura de seus pacientes, dependia mais da personalidade,
do temperamento e da índole deles do que do efeito do medicamento utilizado
(KWITKO, 2001).

Figura 5.2 – Placa com bactérias – bacteriologia.

Fonte: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Coxiella_burnetii_01.JPG>. Acesso em: 20 out. 2015.

Assim, trabalhou de forma intensa após se especializar em cirurgia de emergência


e, durante a Primeira Guerra Mundial, foi o responsável por 400 leitos no University
College Hospital, permanecendo até por volta da década de 1920.

Porém, quando tinha 31 anos, recebeu o diagnóstico de câncer, com expectativa


de vida de apenas três meses. Após realizar uma cirurgia permaneceu três meses
acamado e, ao se sentir melhor, intensificou os estudos para ocupar a mente dia e noite;
em pouco tempo já havia retornado ao trabalho, e os colegas não compreenderam tal
recuperação (BACH, 2007).

Passou a ser cada vez mais conhecido por suas descobertas no campo da
bacterologia e

Terapia com florais 99


T5

[...] ficou surpreendido pelo fato de que Samuel Hahnemann,


o fundador da Homeopatia, havia reconhecido a importância
da personalidade na doença, 150 anos antes. Combinando
estes princípios com os seus conhecimentos da medicinal
convencional, desenvolveu os Sete Nosódios de Bach, que são
vacinas orais baseadas em bactérias intestinais, que purificam
a flora intestinal, com excelentes resultados gerais na saúde
do paciente em casos crônicos (LIMA, 2010, p. 16).

Já na década de 1930 abandonou todas as suas atividades em Londres, pois queria


estar em contato com a natureza, pois acreditava na cura pelas plantas (BACH, 2007).

Mesmo já conhecendo os princípios da Homeopatia, ainda não era o que ele


procurava; então, voltou para sua terra natal e queimou tudo o que tinha escrito até
aquele momento e deixou que seus auxiliares concluíssem o trabalho. Ao voltar,
percebeu que em uma das malas ficaram materiais para o preparo dos medicamentos
homeopáticos, o que deu novo impulso para retomar a missão que um dia dera início.

Ao longo de toda sua trajetória para encontrar a cura das doenças da alma, escreveu
vários livros, entre eles, pode-se citar: Cure-se sozinho, Liberte-se, Os dozes grandes
remédios, Os Sete auxiliares e Os dozes remédios curadores, considerado por Bach o
livro que resume toda a sua vida (BACH, 2007).

Como a classe médica da época relutava em aceitar seu método terapêutico, a


divulgação ocorreu por meio da imprensa leiga, de forma que sua casa aos poucos
foi tornando-se referência para pessoas em busca de orientações e medicamentos.

Faleceu em 27 de novembro de 1936, em Sotwell, enquanto dormia. No entanto,


nos últimos anos de vida, realizava palestras e pediu que difundissem sua teoria, pois
acreditava que seu fim estava próximo (BACH, 2007).

Por fim, sua intensa luta para aliviar o sofrimento da alma é conhecida em todo o
mundo e na atualidade. Cada vez mais se retoma a premissa de que a ação preventiva
produz resultados positivos em longo prazo, enquanto a curativa alivia apenas os
sintomas momentâneos.

Edward Bach foi o pioneiro na descoberta da ligação entre o estresse e as doenças.


A maioria dos médicos contemporâneos, logo após Bach, começou a se dedicar a
essa questão (GERBER, 2002).

Bach percebeu que, para a saúde ser gerada, os aspectos emocionais e espirituais
precisavam ser tratados. A má saúde ocorre quando falta uma percepção consciente
de nossa identidade como alma-espírito e quando nos alienamos dos outros ou
perdemos a conexão com nosso propósito de vida (KAMINSKI, 1997).

100 Terapia com florais


T5

A filosofia do Dr. Bach é fundamentada na simplicidade, e ele acreditava que a


doença era resultado do conflito entre a alma e a mente, e que só seria erradicada por
meio de esforços mentais e espirituais. Acreditava também que a atitude mental era
fundamental para a manutenção e recuperação da saúde (PARONI, 2003).

[...] Problemas de saúde frequentemente têm suas origens


nas emoções, e sentimentos que foram persistentemente
reprimidos irão emergir, primeiro, como conflitos mentais e,
depois, como doença física [...] (BACH, 1996, p. 24).

Segundo Dr. Bach, a doença não pode ser cuidada apenas em seu estágio final,
esquecendo-se de que ela é resultado de uma causa fundamental que também deverá
ser suprimida. Todos aqueles que sofrem de alguma doença física, antes de qualquer
atitude, devem buscar dentro de si mesmos a verdadeira origem de seus males e
desencadeamento.

Como o tratamento eficaz deveria atingir a causa das doenças, e não apenas os
sintomas, ele definiu sete áreas de conflito como possíveis causas que interferem
em nossa saúde: medo, incerteza, falta de interesse nas circunstâncias presentes,
solidão, hipersensibilidade a influências e ideias, desespero ou desânimo e excesso de
preocupação pelo bem-estar dos demais. Em meio a essas definições, há também os
estágios de cura da doença: paz, esperança, alegria, fé, certeza, sabedoria, amor.

Figura 5.3 – Sentimento de medo.

Fonte: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_de_personalidade_paranoide>. Acesso em: 20 out. 2015.

O Sistema de Bach

Em seus estudos, Dr. Edward Bach constatou que a energia sutil da flor, em seu
campo vibracional, assemelhava-se ao campo vibracional de algumas pessoas que

Terapia com florais 101


T5

apresentavam determinados desequilíbrios e estabeleceu a relação entre as essências


e os problemas emocionais.

As essências do médico inglês Dr. Bach foram criadas por ele próprio nos últimos
oito anos de sua vida, na década de 1930. Foram criadas 38 essências no total, as quais
ficaram conhecidas como “Florais de Bach”, que suavemente aliviavam as aflições e
ajudavam principalmente a prevenir doenças. Trata-se de uma trajetória de um mestre
que estabeleceu uma vida e filosofia iluminada, fundamentada em tratar as causas de
um problema de saúde física, emocional ou espiritual, e não somente os sintomas por
vezes relatados pelo paciente (KWITKO, 2001).

De acordo com Stanway (1993), Bach, ao analisar um orvalho aquecido, percebeu


que existiam propriedades da planta de onde fora colhido, criando assim a ideia de
que, ao expor por algumas horas sob o sol flores em um vaso com água pura, poderia
armazenar os poderes de determinada planta.

Para os médicos da época, Dr. Bach havia “perdido o juízo” ao abandonar a


promissora carreira de médico e se aventurar à procura de novos remédios por meio
das flores.

Esses remédios florais, segundo ele, podiam reparar as


desarmonias da personalidade e os estados emocionais que
nos perturbam de tempos em tempos. Em outras palavras,
seus remédios tinham como objetivo principal curar estados
emocionais muito mais do que estados físicos [...] usava os
seus remédios principalmente em pacientes com depressão,
ansiedade e esquizofrenia (STANWAY, 1993, p. 89).

Figura 5.4 – Orvalho.

Fonte: <https://pixabay.com/pt/gota-de-orvalho-grass-210842>. Acesso em: 13 out. 2015.

102 Terapia com florais


T5

Nestes casos, era aconselhado ir reduzindo o uso dos medicamentos alopáticos


aos poucos, conforme fossem observados os efeitos positivos dos florais, uma vez que
a maioria dos pacientes relatava que gostaria de se livrar dos remédios convencionais
por causa de seus intensos efeitos colaterais e volta da doença depois de um tempo
de cura.

Assim, na filosofia de Bach, a vida humana é conduzida pelos aspectos físicos e


espirituais, havendo o Eu espiritual e a vida imortal. Durante a vida, ambos os aspectos
precisam evoluir e caminhar em harmonia, pois o corpo físico sozinho é vazio. Quando
a doença se manifesta no corpo físico, acredita-se que foi resultado de um conflito
entre a alma e o físico. Portanto, para ele, a cura vem do interior para o exterior, e deve-
se tratar o paciente, e não a doença (KWITKO, 2001).

Para a obtenção e o preparo das essências florais, são necessárias pessoas que
possuam uma sensibilidade específica para detectar das flores suas propriedades
curativas. Deve-se fazer a escolha da flor e, em seguida, colocar algumas flores em um
recipiente com água pura, conhaque e imergi-las pela metade, levando-as à exposição
solar no mesmo local da planta por várias horas. Assim é o Método Solar, que extrai as
qualidades com o calor vindo do alto (KWITKO, 2001).

Figura 5.5 – Método solar.

Fonte: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:A_flor_e_o_sol.jpg>. Acesso em: nov. 2015.

Outro método utilizado para a obtenção das essências é pela ebulição. Em uma
panela esmaltada e sob o fogo, várias flores são fervidas por trinta minutos e, após
resfriadas, são armazenadas em frasco com conhaque, pois nos dois métodos produz-
se a solução matriz. Assim, para preparar a essência terapêutica de uso oral, são
utilizadas duas gotas da solução matriz em água mineral, não excedendo 12 essências
em nenhuma situação (KWITKO, 2001).

As essências florais são consideradas extratos líquidos sutis de natureza vibracional,


porque incorporam os padrões energéticos de cada flor. Atuam nos vários campos
de energia do ser humano, influenciando no bem-estar mental, emocional e físico
(GIMENES, 1999).

Terapia com florais 103


T5

Dr. Bach relatou que, pelas suas vibrações elevadas, certas flores, árvores e
arbustos silvestres têm o poder de elevar nossas vibrações humanas e abrir os canais
para ouvirmos as mensagens do nosso Eu Espiritual com a virtude específica de que
precisamos, além de remover de nós a falha que está causando ou podendo causar
o sofrimento. Eles curam, não atacando a doença, mas trazendo ao nosso corpo as
mais belas vibrações do nosso Eu Superior, em cuja presença a enfermidade se desfaz
como neve ao sol (SCHEFFER, 2003).

A terapia floral correlaciona a “mensagem” de uma planta com uma qualidade


específica da alma ou mente humana (KAMINSKI, 1997).

A energia vital que anima o corpo físico ocorre pela relação com os demais
níveis energéticos que compõem o ser vivo. O equilíbrio entre planos energéticos,
no ser humano, pode ser favorecido pela intervenção vibracional das essências
florais (GIMENES, 1999).

O objetivo da terapia floral é, principalmente, aliviar a dor e o sofrimento do


homem, equilibrando suas emoções e auxiliando-o na busca da consciência e da
cura pessoal. Ela nos leva a reconhecer nossos conflitos, limites e nos proporciona
alcançar as virtudes de nossa fonte criadora, possibilitando dessa maneira a busca
do equilíbrio físico, mental e emocional.

Na atualidade, a Fundação Dr. Edward Bach Centre funciona no local onde ele
desenvolveu seu sistema revolucionário e futurista. Este centro é encarregado de
produzir e distribuir para diferentes países seu sistema, buscando a melhora da
alma dos indivíduos e, consequentemente, a melhora do corpo físico e a cura das
doenças.

Dr. Edward Bach faleceu em 27 de novembro de 1936, pouco tempo antes de


ter falado a seus colaboradores que sua missão neste mundo havia terminado. 

A seguir, são apresentadas as 38 essências estudadas, pesquisadas e


desenvolvidas por Bach:

1. Agrimony – ansiolítico (anti-ansiedade).

2. Aspen – medo desconhecido.

3. Beech – crítica.

4. Centaury – falta de poder; submissão.

5. Cerato – falta de poder; indecisos.

6. Cherry Plum – medo de perder o controle; desespero.

7. Cherry Bud – facilita o aprendizado.

104 Terapia com florais


T5

8. Chicory – egoísmo; possessividade.

9. Clematis – distração; sonhadores.

10. Crab Apple – limpeza; antibiótico do sistema Bach; depurativo da mente e


do corpo.

11. Elm – falta de poder; desânimo.

12. Gentian – falta de poder – tristeza com causa conhecida; desinteresse; falta
de coragem.

13. Gorse – falta de poder; desespero; pessimismo; desesperança.

14. Heather – solidão; egocêntricos; maus ouvintes; “tagarelas”.

15. Holly – ciúme; ódio; frustação; inveja.

16. Honeysuckle – persistência em viver no passado.

17. Hornbeam – cansaço; sensação de “segunda-feira de manhã”.

18. Impatiens – tensão mental; impaciência; irritabilidade.

19. Larch – falta de confiança; insegurança.

20. Mimulus – medos cotidianos; fobias; timidez.

21. Mustard – tristeza; depressão sem causa conhecida.

22. Oak – tensão; sentimento momentâneo de incapacidade; obstinação;


trabalha demais e esconde o cansaço.

23. Olive – cansaço; esgotamento físico e mental.

24. Pince – sentimento de culpa; autocondenação.

25. Red Chestnut – medo e preocupação excessiva pelo estado dos outros.

26. Rock Rose – medo súbito; pânico.

27. Rock Water – rigidez; autorrepressão; autonegação; automartírio.

28. Scleranthus – falta de poder; indecisos entre duas possibilidades;


inconstância.

29. Star of Bethlehem – trauma; perdas; choques; sustos.

30. Sweet Chestnut – depressão; angústia.

Terapia com florais 105


T5

31. Vervain – tensão; fanatismo; incapacidade de relaxar.

32. Vine – egoísmo; dominadores; autoritários; ditadores; inflexíveis.

33. Walnut – transição; mudanças em geral; rompimento de laços.

34. Water Violet – solidão; orgulhosos; indiferentes.

35. White Chestnut – tensão; pensamentos torturantes; persistentes e


indesejáveis.

36. Wild Oat – falta de poder; insatisfação entre a vontade e a realização;


vocação duvidosa; ambições não cumpridas; indefinições quanto à carreira; falta
de objetivos.

37. Wild Rose – falta de poder; apatia; resignação.

38. Willow – tristeza; ressentimento; rancor; autocompaixão; amargura.

39. Rescue Remedy (Star of Bethlehen + Rock Rose + Impatiens + Cherry Plum
+ Clematis) – composto utilizado em caso de emergência (KWITKO, 2001, p. 34-
35).

Por fim, cabe citar alguns exemplos de sintomas que podem ser tratados
utilizando os florais de Bach, como mais uma terapia integrativa na busca pela
saúde do corpo físico e espiritual. Acompanhe a seguir:

Olive: falta de forças, fraqueza por excesso de trabalho, desgaste emocional,


intelectual, enfermidades etc. (KWITKO, 2001, p. 79).

Pine: excesso de autocobrança, autoexigência e autocrítica. Culpa-se por tudo


o que faz (KWITKO, 2001, p. 97).

Sweet Chestnut: desespero e angústia profunda (depressão). Pensamentos


suicidas (KWITKO, 2001, p. 102).

Figura 5.6 – Florais.

Fonte: <https://pixabay.com/pt/terapia-floral-de-bach-terapia-187800/>. Acesso em: nov. 2015.

106 Terapia com florais


T5

Neste sentido, a filosofia de Bach busca tratar as doenças da alma, sendo que
estas, muitas vezes, não se manifestam por meio de exames médicos específicos,
mas, ao longo do tempo, agride e desencadeia tal sofrimento, como mágoa,
ressentimento, tristeza, materialismo, vaidade, falta de espiritualidade, capazes de
se transformar em algum momento em graves doenças físicas.

Formas de Atuação

Para entender melhor como funcionam os florais, primeiramente é importante


considerar a energia como uma força vital à qual a natureza e todos nós
pertencemos. A propriedade de cura dentro de uma flor pode, portanto, ser
considerada o escoadouro da força vital dessa planta; de fato, a alma ou o espírito
da planta (HOWARD, 1992).

Segundo Gerber (2002, p. 98):

[...] As essências florais utilizam as propriedades de


armazenamento de energia da água para transferir ao paciente
um quantum de energia sutil de frequência específica a fim de
efetuar a cura nos vários níveis da função humana.

A terapia floral é um tratamento da medicina vibracional que atua por


ressonância, de forma positiva, sobre os campos energéticos que nos envolvem.
Assim que as essências florais são ingeridas, as energias nelas contidas são
exacerbadas e assimiladas com o auxílio de um extraordinário sistema de energia
existente no interior do corpo físico. Esse sistema cristalino apresenta determinadas
propriedades semelhantes às do quartzo e, assim, torna possível a transferência
ressonante das energias do remédio floral para o corpo físico, a fim de que elas
possam alcançar os corpos sutis (GERBER, 2002).

A ressonância ocorre quando um sistema de vibração é estimulado por uma


força externa que combine com sua frequência natural de vibração (KAMINSKI,
2000).

Benefícios

Pessoas de qualquer idade podem se beneficiar do uso das essências florais,


porque não causam impacto direto sobre a bioquímica ou sobre as funções
fisiológicas do corpo, já as drogas farmacêuticas e psicoativas podem causar essas
alterações (KAMINSKI, 1997).

A terapia floral faz que olhemos com atenção nossos males e aprendamos
com eles, para, assim, continuarmos a nos transformar e a evoluir. Quando as
essências florais são escolhidas e usadas com sucesso, deveríamos ser capazes

Terapia com florais 107


T5

de discernir que fazem diferença em nossas vidas e que alguma coisa mudou em
nosso coração, mente e corpo (KAMINSKI, 2000).

Com isso, o principal objetivo das essências florais é ajudar as pessoas a


contatarem seu Eu Superior, ou seja, seu próprio centro intuitivo que conhece
seu propósito de vida. É chegada a hora de as pessoas aprenderem, defenderem e
seguirem aquilo que realmente querem e precisam fazer (WHITE, 2001).

O princípio dos florais é o da transformação das disposições mentais negativas,


que são nossos sofrimentos físicos ou mentais, em disposições mentais positivas,
que são as qualidades que queremos adquirir em nossa vida (MONARI, 2001).

Figura 5.7 – Sentimentos de felicidade, disposições mentais positivas.

Fonte: <https://pixabay.com/pt/pessoas-salto-felicidade-feliz-821624/>. Acesso em: 20 out. 2015

Os florais capacitam para o domínio de emoções, inspiram confiança e


esperança. Auxiliam o corpo físico a revigorar forças e proporcionam serenidade à
mente. Previnem o aparecimento de enfermidades e colaboram para o alcance de
um estado harmônico, capaz de promover o bem-estar geral.

Os florais também podem ser utilizados em animais, avaliando-se as


características próprias de cada animal, desenvolvendo-se a compaixão e a
sensibilidade para entender o que o animal está realmente expressando com seu
comportamento (KAMINSKI, 2000).

Os resultados alcançados com crianças pequenas e animais descartam a


possibilidade de que os benefícios dos florais sejam por causa de um efeito placebo
(WHITE, 1993).

As plantas também podem ser tratadas com florais, por exemplo, em casos de
serem transplantadas, para serem revigoradas, ou no caso de infestação de pragas.

Contraindicações

Os florais não causam efeitos colaterais ou reações nocivas que sejam

108 Terapia com florais


T5

prejudiciais, assim como não criam dependência psicológica ou orgânica, sendo


inclusive reconhecidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS) (LAMBERT, 2003).

Não existem contraindicações para o uso das essências florais, todavia, elas
devem ser preparadas levando-se em consideração as características do usuário.

Como São Usadas as Essências Florais

O mais comum é tomar a essência floral via oral, contida em um frasco conta-
gotas, aplicada sob a língua. Ou, então, pingar o floral em um copo com um
pouco de água. Além do uso oral, as essências florais são muito eficazes quando
absorvidas pela pele em banhos ou aplicações tópicas como em cremes ou sprays
(KAMINSKI, 1997).

A essência floral para bebês deve ser preparada com maior diluição ou diluída
apenas em água ou suco. A mãe que amamenta pode tomar ela mesma a essência
floral, cujo efeito será transmitido ao bebê por meio do leite (HOWARD, 1992).

O Sistema de Minas - 1989 (78 essências)

Trata-se do sistema brasileiro mais conhecido e utilizado, desenvolvido pelos


mineiros Breno Marques da Silva e Ednamara Vasconcelos e Marques. Breno
é formado em Metalurgia e professor de Físico-Química com doutorado em
Ciências pela Universidade de São Paulo. A partir do contato com a filosofia
de Bach conseguiu aprimorar-se espiritualmente e moralmente e dedicou-se à
pesquisa das flores de Minas, tornando-se pesquisador nessa área e terapeuta floral;
Ednamara é pesquisadora formada em Pedagogia e dedica-se há anos a estudos
de temas ocultistas, por meio da literatura esotérica; juntos, buscam aprimorar
suas sensibilidades e equilíbrios para encontrar caminhos para uma medicina da
alma (KWITKO, 2001).

De acordo com Lima (2010), a terapia de Minas também é elaborada dentro da


metodologia de Bach, com a busca pelo equilíbrio mental e físico e pela evolução
humana enquanto corpo físico, tendo como bebida especial as propriedades
extraídas das flores.

São autores do livro As essenciais de Minas, em que apresentam 78 essências,


denominadas florais de Minas.

Existem outros sistemas que complementam as discussões, os diagnósticos e


tratamentos. Acompanhe:

• Sistema da FES – Flower Essense Society (154 essências).

• Sistema da Desert Alchemey (93 essências).

• Sistema de Bush – Australian Bush Flower Essenses (61 essências).

Terapia com florais 109


T5

• Sistema do Alaskan Flower Essence (78 essências).

• Floralterapia – é regulamentada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária


(ANVISA) pela Instrução Normativa nº 9, de 17 de agosto de 2009.

Assim, a terapia com florais torna-se mais um terapia complementar na


promoção da saúde primária, tendo como princípio básico a integralidade e
individualidade de cada ser humano enquanto ser vivo abundante em energia vital,
capaz de transformar saúde em doença quando ocorre a desarmonia interior.

ACOMPANHE NA WEB

Associação dos Terapeutas Florais – ASTEFLOR

Na página da ASTEFLOR é possível conhecer um pouco mais sobre essa Associação,


suas práticas e regulamentações. Pode-se, ainda, consultar uma ampla bibliografia
e notícias sobre o uso dos florais em diferentes tratamentos e também como
prevenção.

Disponível em: <http://www.asteflor.com.br/>. Acesso em: 19 out. 2015.

Federação Nacional de Terapeutas Florais – FENAFLOR

Na página da FENAFLOR é possível verificar como os terapeutas estão se


organizando a partir das legislações e regulamentos que garantem e incentivam
essas práticas de forma complementar em diferentes tratamentos.

Disponível em: <http://www.fenate.org.br/>. Acesso em: 19 out. 2015

Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos

Nesta publicação oficial do Ministério da Saúde de 2009, você terá um panorama


da Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (RENISUS) e poderá
aprofundar-se em algumas aplicações com o tratamento alternativo. Desta forma, é
necessário ter orientações claras para prevenir e tratar determinadas enfermidades.

Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/programa_nacional_


plantas_medicinais_fitoterapicos.pdf>. Acesso em: 19 out. 2015.

Florais de Bach por Maria Aparecida das Neves

Nesta entrevista, a educadora e terapeuta de florais Maria Aparecida das Neves

110 Terapia com florais


T5

apresenta o que são florais e suas aplicações para tratar a questão emocional, ou
seja, a causa do problema. Por isso, muitas vezes, fala-se em tratamento da alma.
Sabendo que cada pessoa é única, o tratamento deve ser específico e muitas vezes
complementar a outros tipos de tratamento, sejam eles alternativos ou tradicionais.

Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=a3tdQjpYVhI>. Acesso em:


19 out. 2015.

Tempo: 28:04.

Terapia Floral - TV Mulher

Durante o Programa TV Mulher é possível verificar o uso das terapias florais,


desde sua origem até as principais aplicações, as quais estão fundamentadas em
diferentes técnicas terapêuticas holísticas.

Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=u1XwWvfHyJs>. Acesso em:


19 out. 2015.

Tempo: 10:56.

Terapia Floral em animais

Este vídeo é breve e mostra como é simples e fácil dar floral para animais. Pode ser
dado direto na boca ou pingar no vasilhame de água do animal.

Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=iqvyBpGyWnw>. Acesso


em: 20 out. 2015.

Terapia Floral, Terapia Vibracional

Neste vídeo, o Dr. Antonio de Santis explica a importância do conhecimento


e da ação da terapia floral e vibracional provocando boas vibrações e obtendo
resultados positivos na melhora dos quadros emocionais.

Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=qEpCmKPSDZ4>. Acesso


em: 20 out. 2015.

AGORA É A SUA VEZ

Instruções:

Agora, chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você encontrará
algumas questões de múltipla escolha e dissertativas. Leia cuidadosamente os
enunciados e atente-se para o que está sendo pedido.

Terapia com florais 111


T5

Questão 1

A capacidade de ação das essências florais por vezes é questionada pela medicina
convencional. Explique a ação dessas essências.

Questão 2

“Primeiro é preciso curar a mente e depois o corpo. Curar o corpo e não a mente
pode ser grave para o paciente” (KWITKO, 2010, p. 20). Sobre a vida de Bach, é
correto afirmar que:

a) Desde pequeno já apresentava grande capacidade de concentração e


determinação, gostava de ficar em silêncio por horas junto à natureza, além de ser
bem humorado e sensível.

b) Formou-se para médico na Universidade de Birmingham no decorrer da década


de 1900 e permaneceu por longos anos em Londres realizando trabalhos na área
de ortopedia e saúde privada.

c) Quando tinha 31 anos, recebeu o diagnóstico de câncer, com expectativa de


vida de apenas três meses; não se recuperou e em pouco tempo veio a falecer.

d) Na década de 1930, abandonou todas as suas atividades em Londres, pois queria


estar em contato com a natureza e acreditava na cura pelas plantas, querendo
desenvolver um medicamento antimicrobiano.

e) Faleceu em 27 de novembro de 1936, em Sotwell, enquanto dormia. Nos últimos


anos de vida, realizava palestras e pediu para que não difundissem sua teoria, pois
acreditava que seu fim estava próximo.

Questão 3

As 38 essências florais descobertas por Bach tinham como objetivo principal curar
estados emocionais muito mais do que estados físicos. A partir desta premissa,
complete com V (Verdadeiro) ou F (Falso).

( ) Bach, ao analisar um orvalho aquecido, percebeu que havia propriedades da


planta de onde fora colhido.

( ) Para a obtenção e o preparo das essências florais, são necessárias pessoas que
possuam uma sensibilidade específica para detectar das flores suas propriedades
curativas.

( ) O método de ebulição é realizado em uma panela esmaltada e sob o fogo, em


que várias flores são fervidas por trinta minutos e, após resfriadas, são armazenadas
em frasco com conhaque.

112 Terapia com florais


T5

( ) Para preparar a essência terapêutica de uso oral, são utilizadas dez gotas da
solução matriz em água mineral, não excedendo vinte essências em nenhuma
situação.

( ) Na atualidade, a Fundação Dr. Edward Bach Centre é encarregada de produzir


e distribuir para diferentes países seu sistema.

A sequência correta é:

a) V, V, V, V, F.

b) V, V, V, F, V.

c) V, F, V, V, V.

d) V, V, F, V, V.

e) V, F, F, V, V.

Questão 4

A partir dos estudos desenvolvidos, explique a terapia floral de Minas.

Questão 5

Para Bach, trata-se o doente, e não a doença. Exemplifique esta teoria com as
enfermidades da atualidade.

Terapia com florais 113


T5

114 Terapia com florais


T5

FINALIZANDO

Neste tema, foi possível conhecer e interpretar o potencial dos florais


enquanto tratamento terapêutico complementar. Para estabelecer análises, foram
apresentados brevemente a contribuição e o histórico do Dr. Bach e de Minas,
visto serem os mais conhecidos e utilizados como terapias holísticas atreladas ao
tratamento da mente e do corpo.

Neste sentido, os florais denominados floralterapia são cada vez mais utilizados e
recomendados em tratamentos alternativos e possuem eficiência comprovada. Por
isso, quando utilizados juntamente a outras estratégias, sejam elas convencionais
ou não, podem reequilibrar a mente e o corpo.

Quando se obtém o conhecimento deste tipo de terapia, é possível ajudar o


cliente a obter a cura de sua insatisfação física pelo tratamento de suas insatisfações
emocionais, muitas vezes responsáveis por desencadear a desestrutura do corpo
físico.

Desta maneira, o tratamento coadjuvante com a utilização de florais pode trazer


resultados significativos nos tratamentos estéticos, servindo como complemento
fundamental em seu conhecimento teórico e prático.

Terapia com florais 115


T5

116 Terapia com florais


T5

REFERÊNCIAS

ASTEFLOR. Associação dos Terapeutas Florais. Disponível em: <http://www.


asteflor.com.br/>. Acesso em: 19 out. 2015.

BACH, E. Os Remédios Florais de Dr. Bach. São Paulo: Manole, 1996.

BACH, E. Os remédios florais do Dr. Bach. São Paulo: Cultrix, 2007.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos


Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos.
Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. Brasília: Ministério
da Saúde, 2009. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/
programa_nacional_plantas_medicinais_fitoterapicos.pdf>. Acesso em: 19 out.
2015.

FENAFLOR. Federação Nacional de Terapeutas Florais. Disponível em: <http://


www.fenate.org.br/>. Acesso em: 19 out. 2015.

GERBER, R. Medicina Vibracional. São Paulo: Pensamento, 2002.

GIMENES, O. et al. Florais - uma alternativa saudável. São Paulo: Gente, 1999.
HOWARD, J. Os Remédios Florais do Dr. Bach Passo a Passo. 5. ed. São Paulo:
Pensamento, 1992.

LIMA, Dinorá R. P. Déficit de atenção e hiperatividade: um estudo de caso utilizando


a floral terapia. 2010. Monografia (Pós-Graduação em Floralterapia), Faculdade de
Ciências da Saúde de São Paulo, São Paulo, 2010.

KWITKO, Mauro. Terapias com florais: a medicina dos pensamentos e dos


sentimentos. São Paulo: Robe Editorial, 2001.

KAMINSK, P. et al. Repertório das Essências Florais. 3. ed. São Paulo: Triom, 1997.

KAMINSKI, P. Flores que curam. São Paulo: Triom, 2000.

LAMBERT, E. Manual de Terapia Floral de Bach e da Austrália. São Paulo: Cultrix,


2003.

MONARI, C. O despertar da Alma com os Florais de Bach. São Paulo: Roca, 2001.

PARONI, M. et al. Aprenda a ser feliz com os florais de Bach. São Paulo: Mara
Paroni, 2003.

STANWAY, Andrew. Guia geral das terapias alternativas: terapias que desafiam a

Terapia com florais 117


T5

medicina ocidental. Rio de Janeiro: Xenon, 1993.

SCHEFFER, M. A Terapia Original com as Essências Florais de  Bach.  São Paulo:
Pensamento-Cultrix, 2003.

WHITE, I. Essências Florais Australianas. São Paulo: Triom, 1993.

_______. Essências Florais Australianas. São Paulo: Triom, 2001.

GLOSSÁRIO

Alopatas: são os profissionais que exercem a medicina convencional, usando


medicamentos para tratar os sintomas de uma doença.

Bacterologia: trata-se da ciência que estuda a morfologia, ecologia, genética e


bioquímica das bactérias.

Ebulição: é o momento físico-químico em que a água atinge cem graus Celsius


para apurar as propriedades curativas das folhas e flores.

Filosofia: investigação da dimensão essencial e ontológica do mundo real,


ultrapassando a opinião irrefletida do senso comum que se mantém cativa da
realidade empírica e das aparências sensíveis.

Floralterapia: tratamento por meio de florais obtidos de flores. Método desenvolvido


pelo médico Dr. Bach.

Método Solar: plantas ou flores imersas na água que recebem o sol para a extração
de suas propriedades.

Orvalho: gotículas e vapor d’água acumuladas nas plantas, principalmente em


flores e folhas durante o período noturno.

Personalidades: neste caso, refere-se ao estudo e à autodefinição do indivíduo


perante si e o mundo.

118 Terapia com florais


Tema 6

Terapias atuais da área

POR DENTRO DO TEMA

Perspectivas em terapias alternativas

Na atualidade, a busca por uma vida saudável tornou-se assunto essencial nos
diversos segmentos, muito embora essa procura às vezes seja tratada tão somente
como uma questão de estética. Mas, afinal, o que é ser saudável?

[...] há os que dizem que para ser saudável é preciso dormir


bem, alimentar-se bem, fazer algum exercício físico diário e
estar bem consigo mesmo. Ainda existem os que dizem que
é saudável quem não tem doenças. E há os que afirmam que
“ser bem resolvido consigo mesmo e com os outros” é pré-
requisito básico para ter saúde física e mental (FIGUEIREDO;
MONT’ALVÃO, 2008, p. 36).

Para dialogar com tais indicações, vale ressaltar que para a Organização Mundial
da Saúde (OMS):

Saúde é um estado de completo bem-estar físico, social e


mental, e não somente a ausência de doenças (apud ROCHA;
ROSA, 2000, p. 5).

Assim, a saúde não é algo que possa ser adquirido num tempo específico e ser
mantido para toda vida, mas sim uma conquista com mudança de comportamento,
apropriação de normas e costumes, um aprendizado intelectual.

Diante dessa busca, Tomasi (2007) e Gomes (2005) citam as terapias alternativas
ou também chamadas de complementares como uma forma de discutir sobre o
excesso de medicamentos químicos e suas reações. Estas, que ao longo dos séculos
são usadas pela medicina tradicional em vários países, tratando o indivíduo em sua
T6

integralidade, corpo, mente e espírito.

Nesse sentido, é desativar o círculo vicioso que muitas vezes é posto como a única
alternativa. Deve-se começar pelo ato mais simples e diário de cada dia:

[...] tenho que comer mais devagar, meditar em cima da


comida, e não só jogar pra dentro sem mastigar direito. Tenho
que ajeitar as costas, que a cada dia ficam mais tortas (TOMASI,
2007, p. 114).

Numa perspectiva mais abrangente em prevenir doenças e tratar os desequilíbrios


físicos e emocionais com métodos não convencionais, vale ainda citar outra linha,
que na atualidade vem conquistando mais adeptos, conhecida como o turismo em
saúde, que engloba os termos: turismo hidrotermal, turismo hidromineral, turismo
hidroterápico, turismo termal, turismo de bem-estar, turismo de águas, turismo
medicinal, turismo médico-hospitalar, entre outros. E, assim, a estrutura dos SPAs
tende a acolher também essas modalidades, priorizando a qualidade de vida por meio
de serviços médicos, terapêuticos e estéticos (BRASIL, 2010).

Segundo a Organização Mundial do Turismo – OMT, o turismo:

É uma atividade econômica, representada pelo conjunto


de transações – compra e venda de produtos turísticos –
efetuado entre agentes econômicos do turismo, gerado pelo
deslocamento voluntário e temporário de pessoas para fora
dos limites da área ou região em que têm residência fixa,
por quaisquer motivos, excetuando-se o de exercer alguma
atividade remunerada no local de visita. (ALMEIDA, 2007, p. 21).

E nessa atividade que mobiliza um grande número de pessoas, sejam aquelas que estão
a turismo ou as que trabalham com os serviços oferecidos, as principais características
do turismo em saúde permeiam a necessidade de se encontrar o equilíbrio da tríade –
corpo, mente e espírito – no mais amplo sentido de se “estar saudável”, uma vez que a
fadiga crônica é uma manifestação que pode desencadear inúmeras doenças físicas
de difícil tratamento e com consequências graves em longo prazo, e vem acometendo
cada vez mais indivíduos jovens e em plena atividade produtiva.

De acordo com Brasil (2010), os objetivos principais do turismo em saúde são:


promoção e manutenção da saúde, prevenção e cura de doença, além de agregar aos
serviços disponibilizados o conceito de que a mudança de comportamento por um
estilo de vida mais saudável é a premissa para ir ao encontro do equilíbrio.

120 Terapias atuais da área


T6

Trata-se, portanto, de um mercado promissor acerca das inúmeras terapias


integrativas que podem ser vivenciadas na latente busca pelo bem-estar de cada
cliente/paciente.

Tipos de turismo de saúde

Diante dos inúmeros motivos para se lançar em um roteiro de viagem para cuidar
da saúde e da estruturação, o segmento foi organizado em dois tipos de turismo:
turismo de bem-estar e turismo médico-hospitalar. Tal delimitação é complexa quanto
aos serviços oferecidos em cada estrutura física, pois a busca pela prevenção em
saúde acaba por acontecer também em ambientes destinados a curar as doenças,
além dos tratamentos estéticos.

Para Brasil (2010, p. 18), o turismo de bem-estar:

Constitui-se em atividades turísticas motivadas pela busca


da promoção e manutenção da saúde realizada por meio
de tratamentos acompanhados por equipes de profissionais
de saúde especializados, que visam a diminuição dos níveis
de estresse, além da aprendizagem e manutenção de uma
vida saudável e equilibrada e até mesmo a prevenção de
determinadas doenças.

Essa atividade é uma característica de clientes/pacientes que prezam pela


manutenção da saúde ou que realizam regularmente visita médica como prática para
prevenir possíveis doenças.

Já o turismo médico-hospitalar abrange, em sua maioria, clientes/pacientes que


realizam:

Deslocamentos motivados pela realização de tratamentos


e exames diagnósticos por meio do acompanhamento de
recursos humanos especializados e integrados em estruturas
próprias, tendo como objetivo tanto a cura ou a amenização
dos efeitos causados por diferentes patologias, como fins
estéticos e terapêuticos (BRASIL, 2010, p. 19).

Portanto, a realização dos procedimentos/tratamentos ocorre em estruturas que


contemplam a presença de profissionais especializados, como médicos, podendo ser
em hospitais, clínicas e SPAs resorts.

Assim, diante das inúmeras terapias alternativas/integrativas da atualidade que

Terapias atuais da área 121


T6

estão disponíveis em diversos ambientes e fazem complemento na prevenção e no


tratamento das disfunções físicas e emocionais, cabe citar aqui as principais terapias
empregadas, tanto na percepção de turismo de saúde como na dimensão das terapias
complementares, estas que são reconhecidas pela Organização Mundial de Saúde
(ONU) e pelo Ministério da Saúde como abordagem terapêutica na prevenção e
tratamento de enfermidades.

Argiloterapia ou Geoterapia: é o uso da terra como fonte de prevenção e tratamento


para as doenças. A argila é a mais usada, pois apresenta propriedades que auxiliam na
cicatrização, ativam o metabolismo celular, atuam como antisséptico, bactericida e
analgésico, além de absorver e neutralizar a radiotividade.

Figura 6.1 - Argila

Fonte: Disponível em: <https://www.google.com.br/search?site=imghp&tbm=isch&q=fadiga&tbs=sur:fmc&gws_rd=cr&ei=


94g5Vqf6GcXhmwHG6JDICg#tbs=sur:fmc&tbm=isch&q=argila&imgrc=Tl2hYgJ0YHiMMM%3A>. Acesso em: 3 nov. 2015.

Algoterapia: trata-se do uso das algas no tratamento estético, pois possuem proteína,
iodo, vitaminas, uma grande quantidade de minerais, cálcio, ferro e fibra. Proporcionam
efeito relaxante, têm ação anti-inflamatória e, sobre o rosto, são usadas para acelerar a
desintoxicação e nutrição da pele e na prevenção do seu envelhecimento

Figura 6.2 – Algas

Fonte: <https://www.google.com.br/search?site=imghp&tbm=isch&q=fadiga&tbs=sur:fmc&gws_rd=cr&ei=94g5Vqf6GcXh
mwHG6JDICg#tbs=sur:fmc&tbm=isch&q=algas&imgrc=H1szGDfP3IXGCM%3A>.

122 Terapias atuais da área


T6

Aromaterapia: é uma combinação de massagem corporal e facial com óleos


extraídos das plantas, sendo que em determinado nível certos óleos podem ser
ingeridos e outros usados somente para tratamentos estéticos (STANWAY, 1993).

Figura 6.3 – Óleos essenciais

Fonte: <https://www.google.com.br/search?site=imghp&tbm=isch&q=fadiga&tbs=sur:fmc&gws_rd=cr&ei=94g5Vqf6GcXh
mwHG6JDICg#tbs=sur:fmc&tbm=isch&q=oleos+essenciais&imgrc=lduOVJFW3MBXGM%3A>. Acesso em: 3 nov. 2015.

Balneoterapia: consiste em utilizar o banho como recurso terapêutico, seja para


produzir efeitos relaxantes, assim como tratar determinados desequilíbrios físicos.

Figura 6.4 – Banho relaxante

Fonte: Disponível em: <https://www.google.com.br/search?site=imghp&tbm=isch&q=fadiga&tbs=sur:fmc&gws_rd=cr&ei=


94g5Vqf6GcXhmwHG6JDICg#tbs=sur:fmc&tbm=isch&q=banho+banheira&imgrc=pnIPn8RvvXzR_M%3A>. Acesso em: 3
nov. 2015.

Terapias atuais da área 123


T6

Talassoterapia: é o banho realizado na água do mar, combinado com o clima


marinho e o sol, enquanto na balneoterapia pode ser com a água do mar, mas não
exatamente dentro do mar, somente havendo controle do ambiente de tratamento e
preservação dos potenciais princípios terapêuticos da água do mar.

Figura 6.4 – Banho de Mar

Fonte: Disponível em: <https://www.google.com.br/search?site=imghp&tbm=isch&q=fadiga&tbs=sur:fmc&gws_rd=cr&ei=9


4g5Vqf6GcXhmwHG6JDICg#tbs=sur:fmc&tbm=isch&q=banho+mar&imgrc=Q39agVrR-Dm6FM%3A>.
Acesso em 3 nov. 2015.

Endermoterapia: trata-se de uma técnica de massoterapia e drenagem linfática


mecânica por meio de sucção sobre a pele através de diferentes formas e diâmetros
de ventosas. É utilizada no auxílio da redução de gordura abdominal e consiste na
melhora da circulação sanguínea, liberação de toxinas e maior oxigenação e nutrição
dos tecidos (MATTIA, 2011).

Figura 6.5 - Endermoterapia

Fonte: Disponível em: <http://stheticmed.com.br/o-que-e-a-endermoterapia/>. Acesso em: 3 nov. 2015.

Fitoterapia: é o tratamento das doenças pelas plantas frescas ou dessecadas pelos


seus extratos naturais. Os medicamentos fitoterápicos podem ser utilizados sob a
forma de chás, xaropes, cápsulas, pó, banhos, sucos, inalantes e compressas (CASTRO;
RIBEIRO, 2005). Assim, vale ressaltar que:

124 Terapias atuais da área


T6

O uso de plantas medicinais é um dos hábitos mais antigos


da espécie humana, estando presente em todas as culturas. A
fitoterapia consiste no tratamento por meio das plantas, uma
alternativa aos medicamentos sintéticos. A fitoterapia mais
bem estudada é a chinesa, em que se observa uma minuciosa
descrição do uso de folhas, flores, frutos, raízes, cascas de
plantas e também ossos de animais, preparados de diferentes
maneiras para o uso terapêutico, promovendo o equilíbrio no
paciente. O diagnóstico é feito após anamnese com base em
hábitos alimentares, estilo de vida, estado mental e emocional,
exame de língua e exame dos pulsos, bastante específicos para
o diagnóstico na Medicina chinesa. Estabelecido o diagnóstico,
o fitoterapeuta escolhe uma receita que mais se aproxime do
quadro do paciente, prescrevendo ervas combinadas entre si
(SANCHEZ, 2010, p. 266).

Figura 6.6 - Fitoterapia

Fonte: Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Andiroba>. Acesso em: 3 nov. 2015.

Naturopatia: “é uma forma de tratar doenças baseada no pressuposto de que


a cura depende da ação de forças curativas existentes no organismo humano”
(STANWAY, 1993, p. 181). O princípio básico é que a doença aguda é simplesmente
uma manifestação do próprio corpo tentando retomar o equilíbrio, portanto a
essência é encontrar a causa, seja ela química (alimentação, respiração) ou mecânica
(desalinhamento postural, tensão muscular ou rigidez articular).

Psamoterapia: aplicação terapêutica da areia, com destaque para o uso de areias

Terapias atuais da área 125


T6

monazíticas em tratamentos de doenças e até mesmo de forma preventiva (BRASIL,


2010, p. 21).

Figura 6.7 - Areia

Fonte: Disponível em: <https://www.google.com.br/search?site=imghp&tbm=isch&q=fadiga&tbs=sur:fmc&gws_rd=cr&ei=


94g5Vqf6GcXhmwHG6JDICg#tbs=sur:fmc&tbm=isch&q=areia&imgrc=WRqMt946aw1hmM%3A>. Acesso em: 3 nov. 2015.

Yoga: na linguagem sânscrita, significa “união ou unidade”. Trata-se da prática da


meditação, um sistema pessoal de saúde e desenvolvimento espiritual, visando atingir
o potencial máximo nesta vida. Exercita os mecanismos da respiração, postura e
mente, desencadeando ao longo da prática o domínio do corpo.

Figura 6.8 - Yoga

Fonte: <https://www.google.com.br/search?site=imghp&tbm=isch&q=fadiga&tbs=sur:fmc&gws_rd=cr&ei=94g5Vqf6GcXh
mwHG6JDICg#tbs=sur:fmc&tbm=isch&q=yoga&imgrc=VNB6-FEyfrYArM%3A>.

126 Terapias atuais da área


T6

Acupuntura: é a modalidade terapêutica que se utiliza de agulhas, moxas e outros


instrumentos e age por meio da liberação de substâncias químicas no organismo.
Produz efeito analgésico e/ou anti-inflamatório, aliviando a dor, além de tratar distúrbios
do sistema respiratório, neurológico e digestivo, combate a obesidade, depressão,
estresse e afecções dermatológicas. Na face são utilizadas agulhas menores com o
objetivo de reduzir rugas de expressão, acne e envelhecimento precoce da pele (PAI,
2005).

Figura 6.9 - Acupuntura

Fonte: Disponível em: <https://www.google.com.br/search?site=imghp&tbm=isch&q=fadiga&tbs=sur:fmc&gws_rd=cr&ei=9


4g5Vqf6GcXhmwHG6JDICg#tbs=sur:fmc&tbm=isch&q=acupuntura&imgrc=IeJ2ySSlS-45YM%3A>. Acesso em: 3 nov. 2015.

Shirodhara: é uma parte da massagem ayurvédica, que tem o significado de


“fluxo contínuo na cabeça”. A técnica trabalha o equilíbrio natural dos doshas Vata,
Pitta e Kapha, os humores corporais, e atua sobre a glândula pineal. No tratamento é
utilizado óleo ou leite em um pote de bronze que cai sobre a testa de forma contínua,
produzindo ondas circulares que acalmam e relaxam (IBRATA, 2015).

Figura 6.10 – Shirodhara

Fonte: Disponível em: <https://www.google.com.br/search?site=imghp&tbm=isch&q=fadiga&tbs=sur:fmc&gws_rd=cr&ei


=94g5Vqf6GcXhmwHG6JDICg#tbs=sur:fmc&tbm=isch&q=shirodara&imgrc=-nL0tSNRBmEq9M%3A>. Acesso em: 3 nov.
2015.

Terapias atuais da área 127


T6

Nesse contexto, as terapias alternativas que integram e complementam todo


modo de cuidar da saúde representam outro olhar sobre o processo saúde-doença,
a integralidade de cada ser humano na sua complexa individualidade e as inúmeras
possibilidades que cada terapia possui em restabelecer o equilíbrio da tríade corpo,
mente e espírito, todas cunhadas no conhecimento milenar dos povos.

Portanto, cabe a cada profissional aprofundar-se nos estudos e conhecimentos


disponíveis sobre as terapias alternativas e aplicá-las com responsabilidade e habilidade,
prezando pela ética e integridade de cada cliente/paciente.

As perspectivas relacionadas à intensa busca pela qualidade de vida e bem-


estar, seja em um pequeno Day SPA ou no SPA resort, tendem a crescer a
cada tempo, em razão dos inúmeros efeitos colaterais que os medicamentos
alopáticos desencadeiam ao tratar as doenças que surgem devido às perturbações
emocionais, além das medicações terem como única opção cuidar apenas dos
sintomas e não a causa específica, ou seja, tratam o indivíduo como a parte do
todo e não como o todo.

Diante de todos esses resultados indesejados, a procura por terapias alternativas


está cada vez mais crescente e disseminada, sendo de suma importância do
conhecimento teórico, como também do prático, para assim adequar cada
vez mais o técnico-científico no dia a dia da população que busca esse tipo de
alternativa de tratamento.

ACOMPANHE NA WEB
Efeitos de um programa de intervenção nutricional sobre a composição corporal e
os hábitos alimentares de obesos em SPA/ SC

Esse artigo faz uma leitura importante das discussões sobre qualidade de vida e os
inúmeros tratamentos e terapias complementares em saúde e estética.

Efeitos de um programa de intervenção nutricional sobre a composição corporal e os


hábitos alimentares de obesos em SPA/ SC.

Disponível em: <http://www.rbone.com.br/index.php/rbone/article/view/10>. Acesso


em: 3 nov. 2015.

Os benefícios da talassoterapia e balneoterapia na fibromialgia

Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbr/v48n2/05.pdf>. Acesso em: 3 nov. 2015.

128 Terapias atuais da área


T6

Programa Viver Bem - Argiloterapia Rosto

É possível conhecer, nesse vídeo, o tratamento da argiloterapia no rosto e também


em outras partes do corpo. Trata-se de uma terapia cada vez mais utilizada em
SPAs e clínicas de estética.

Programa Viver Bem - Argiloterapia Rosto.

Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=btDO8eTlsXY>. Acesso em:


3 nov. 2015.

Tempo: 3:21.

Aromaterapia – Como utilizar e quais óleos que auxiliam na saúde

Nesse vídeo pode-se conhecer a aromaterapia a partir da utilização de óleos que


auxiliam na saúde. Trata-se de uma terapia cada vez mais utilizada em SPAs e
clínicas de estética.

Aromaterapia – Como utilizar e quais óleos que auxiliam na saúde.

Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=dyG3l48K0O8>. Acesso em:


3 nov. 2015.

Tempo: 14:46.

Fitoterapia popular: A busca instrumental enquanto prática terapêutica

O artigo faz um levantamento da utilização das plantas medicinais visando subsidiar


o uso de fitoterápicos na rede pública de saúde.

Fitoterapia popular: A busca instrumental enquanto prática terapêutica.

Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/tce/v15n1/a14v15n1.pdf>. Acesso em: 3


nov. 2015.

Acupuntura: Bases científicas e aplicações

Nesse artigo você consegue entender todo o conceito e aplicação da acupuntura.


Desde seu significado até seus objetivos e pontos. Além de orientar como realizar,
quando e quem pode fazer essa prática que vem crescendo a cada ano.

Acupuntura: Bases científicas e aplicações.

Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/cr/v31n6/a29v31n6.pdf>. Acesso em: 3


nov. 2015.

Terapias atuais da área 129


T6

AGORA É A SUA VEZ

Instruções:

Agora, chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você encontrará
algumas questões de múltipla escolha e dissertativas. Leia cuidadosamente os
enunciados e atente-se para o que está sendo pedido.

Questão 1

Diante do conhecimento sobre o estado saudável de saúde de um indivíduo,


explique o processo saúde-doença.

Questão 2

Ao realizar o turismo de saúde é possível atrelar a distração e a prevenção de


enfermidades. Nesse sentido, a alternativa incorreta é:

a) De acordo com a Organização Mundial do Turismo, turismo é uma atividade


econômica, representada pelo conjunto de transações – compra e venda de
produtos turísticos.

b) As principais características do turismo em saúde permeiam a necessidade de


se encontrar o equilíbrio da tríade corpo, mente e espírito, no mais amplo sentido
de se “estar saudável”.

c) Os objetivos principais do turismo em saúde são a promoção e manutenção da


saúde, prevenção e cura de doença.

d) O mercado do turismo em saúde é pouco promissor acerca das inúmeras


terapias integrativas que podem ser vivenciadas na latente busca pelo bem-estar
da cada cliente/paciente, mas que possuem um alto custo.

e) Existem dois segmentos do turismo de saúde: turismo de bem-estar e turismo


médico-hospitalar.

Questão 3

Diante dos inúmeros motivos para se lançar em um roteiro de viagem para cuidar
da saúde e da estruturação física para atender os clientes/pacientes, foi necessário
alinhar o turismo de saúde em dois segmentos. A partir dessa premissa complete
com V (verdadeiro) ou F (falso).

( ) O turismo de bem-estar são as atividades turísticas motivadas pela busca da

130 Terapias atuais da área


T6

promoção e manutenção da saúde.

( ) O turismo de bem-estar é realizado por meio de tratamentos acompanhados por


equipes de profissionais de saúde especializados, que visam somente à diminuição
dos níveis de estresse.

( ) A aprendizagem e manutenção de uma vida saudável e equilibrada e até mesmo


a prevenção de determinadas doenças é uma característica do turismo cultural.

( ) No turismo de bem-estar os clientes/pacientes prezam pela manutenção da


saúde ou realizam regularmente visita médica como prática para prevenir possíveis
doenças.

( ) O turismo de saúde é uma terapia complementar na busca pela qualidade de


vida, integrando o ser humano na sua tríade corpo, mente e espírito.

A sequência correta é:

a) V, V, V, V, F.

b) V, V, V, V, V.

c) V, F, V, V, V.

d) V, F, F, V, V.

e) V, F, F, V, V.

Questão 4

Explique o conceito de turismo médico-hospitalar.

Questão 5

Existem inúmeras terapias alternativas que integram e complementam o equilíbrio


do organismo e restabelecem a harmonia nas dimensões física e emocional.
Explique a terapia que trabalha a energia interior do ser humano.

Terapias atuais da área 131


T6

132 Terapias atuais da área


T6

FINALIZANDO

Neste caderno foi possível acrescentar alguns conhecimentos a respeito do


processo saúde-doença, o conceito sobre saúde na perspectiva para além da
ausência de doenças. Dessa forma, foi apresentado como prática complementar à
saúde, o turismo de bem-estar e médico-hospitalar, dois segmentos citados pelo
Ministério da Saúde como promissores no mercado das clínicas, hospitais e SPAs.

Nesse sentido, as terapias alternativas/integrativas/complementares podem


ser utilizadas sob diversas formas e ambientes distintos, atrelando o lazer e bem-
estar ao cuidado com a manutenção, promoção e prevenção em saúde, além de
contribuir para o conhecimento das inúmeras terapias que estão disponíveis como
mais uma opção na qualidade de vida.

Terapias atuais da área 133


T6

134 Terapias atuais da área


T6

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Regina Araújo de, et al. Módulo III: Turismo. In: TRIGO, L. G. G.;
ALMEIDA, R. A. (coords.) Aprendiz de Lazer e Turismo. São Paulo, IPSIS, Caminhos
do Turismo – Ministério do Turismo, 2007.

ANDRADE, S.C; CARVALHO, R.F.P.P; SOARES, A.S; VILAR, M.J. Os benefícios da


talassoterapia e balneoterapia na fibromialgia. Rev. Bras. Reumatol. v. 48, n. 2, p.
94-9, 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbr/v48n2/05.pdf>. Acesso
em: 3 nov. 2015.

BRASIL. Ministério do Turismo. Turismo de Saúde: Orientações básicas. Brasília:


Ministério do Turismo, 2010. Disponível em: <http://www.turismo.gov.br/
export/sites/default/turismo/o_ministerio/publicacoes/downloads_publicacoes/
Turismo_de_Saxde_Versxo_Final_IMPRESSxO_.pdf>. Acesso em: 3 nov. 2015.

CASTRO, Richardson R. Lima; SILVA, Wadson Ribeiro. Terapias Alternativas. Belo


Horizonte: Ed. O Lutador, 2005.

FIGUEIREDO, F.; MONT’ALVÃO, C. Ginástica Laboral e Ergonomia. Rio de Janeiro:


Sprint, 2008.

GOMES, Ivan Carneiro. Passagem pela Índia: Aventuras e lições de vida no país dos
mitos. Porto Alegre: Artes e Ofícios, 2005.

IBRATA. Instituto brasileiro de terapias ayurveda. Disponível em: <http://www.


ibrata.com.br/ibrata/ps/terapias/shirodhara.html>. Acesso em: 1 mar. 2015.

MATTIA, Ingrid de Moura. Os Efeitos da Endermoterapia sobre a Gordura


Abdominal: Uma análise por meio da plicometria e de bioimpedância. Criciúma:
Universidade do Extremo Sul Catarinense (Monografia do curso de graduação em
Fisioterapia), 2011.

PAI, Hong Jin. Acupuntura: De terapia alternativa a especialidade médica. São


Paulo: CEIMEC, 2005.

PROGRAMA Viver Bem - Argiloterapia Rosto. Disponível em: <https://www.youtube.


com/watch?v=btDO8eTlsXY>. Acesso em: 3 nov. 2015.

ROCHA, C. M. B. G. da.; ROSA, I. C. de A. S. Saúde e Ambiente. Lavras: UFLA/FAEPE,


2000.

SANCHEZ, C. O enfermeiro e as terapias complementares como abordagem no


cuidar. In: MALAGUTTI, W.; MIRANDA, S. M. R. D. de. (Orgs.). Os Caminhos da

Terapias atuais da área 135


T6

Enfermagem: De Florence à globalização. São Paulo: Phorte, 2010.

STANWAY, Andrew. Guia geral das Terapias Alternativas: Terapias que desafiam a
medicina ocidental. Rio de Janeiro: Xenon, 1993.

SCHNEIDER, C; VERAS, A; NASCIMENTO, M.B; LIBERALI, R. Efeitos de um programa


de intervenção nutricional sobre a composição corporal e os hábitos alimentares
de obesos em SPA/SC. Rev. Bras. Obesidade, Nutrição e Emagrecimento. v. 1, n. 1,
p. 90-101, São Paulo, 2007. Disponível em: <http://www.rbone.com.br/index.php/
rbone/article/view/10>. Acesso em: 3 nov. 2015.

SZABO, M.V.R.S; BECHARA, G.H. Acupuntura: Bases científicas e aplicações.


Ciência Rural. v. 31, n. 6, p. 1091-9, Santa Maria, 2001. Disponível em: <http://www.
scielo.br/pdf/cr/v31n6/a29v31n6.pdf>. Acesso em: 3 nov. 2015.

TOMASI, Luciana. Um Spa na Índia. Porto Alegre: Libretos, 2007.

TOMAZZONI, M.I; NEGRELLE, R.R.B; CENTA, M.L. Fitoterapia popular: A busca


instrumental enquanto prática terapêutica. Texto Enferm. v. 15, n. 1, p. 115-21,
Florianópolis, 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/tce/v15n1/a14v15n1.
pdf>. Acesso em: 3 nov. 2015.

______. Aromaterapia: Como utilizar e quais óleos que auxiliam na saúde.


Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=dyG3l48K0O8>. Acesso em:
3 nov. 2015.

GLOSSÁRIO

Afecções: são as doenças, enfermidades, distúrbios fisiológicos ou psíquicos.

Fadiga crônica: trata-se de uma doença sem causa específica, mas que acomete
as pessoas através do cansaço excessivo que interfere nas atividades diárias,
provocando dores musculares, cefaleia, insônia etc.

Medicina tradiocional: refere-se ao conjunto de práticas em Saúde desenvolvidas


antes do que se classifica como medicina moderna (ou convencional) e que ainda
hoje são praticadas por diversas culturas em todo o mundo.

Monazíticas: são areias que possuem minerais pesados na composição e


propriedades terapêuticas quando expostas em curto período de tempo.

Moxas: é uma técnica japonesa que consiste em aquecer os pontos da acupuntura


com a queima de ervas.

136 Terapias atuais da área


T6

Radiotivaidade: é um fenômeno natural ou artificial, pelo qual algumas substâncias


ou elementos químicos, chamados radioativos, são capazes de emitir radiações.

Rigidez articular: dificuldade em realizar desde um simples movimento até


limitações importantes de uma articulação.

Terapias atuais da área 137

Você também pode gostar