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Sharkey, Brian.
Aptidão física ilustrada [recurso eletrônico] / Brian
Sharkey ; tradução: Márcia dos Santos Dornelles ; revisão
técnica: Ronei Silveira Pinto. – Dados eletrônicos. – Porto
Alegre : Artmed, 2012.
CDU 796
Tradução:
Márcia dos Santos Dornelles
Versão impressa
desta obra: 2012
2012
Obra originalmente publicada sob o título
Fitness Illustrated
ISBN 9780736081580
IMPRESSO NO BRASIL
PRINTED IN BRAZIL
O autor
Brian Sharkey, Ph.D.,
educador e escritor, é um dos principais pesqui-
sadores de aptidão física. Sharkey tem mais de
45 anos de experiência em exercício, esporte e
fisiologia do trabalho. É professor emérito da
Universidade de Montana, onde foi diretor do
Laboratório de Desempenho Humano. Ainda se
encontra associado à Universidade e ao Labora-
tório. Atualmente é consultor de várias agências
federais nas áreas de aptidão física, saúde e capa-
cidade de trabalho, sobretudo de bombeiros flo-
restais. Conquistou vários prêmios por seu traba-
lho, incluindo o 2009 International Association
of Wildland Fire’s Wildland Fire Safety Award
por suas contribuições para a segurança e a saúde
dos bombeiros florestais.
Sharkey é autor ou colaborador de mais de
uma dúzia de livros sobre exercício, esporte, fi-
siologia do trabalho e aptidão física, bem como de inúmeros artigos científicos. Tam-
bém foi presidente do American College of Sports Medicine e membro do comitê sobre
salvaguardas competitivos e aspectos médicos dos esportes da National Collegiate Ath-
letic Association (NCAA), onde presidiu a subcomissão de Ciência do Esporte e Segu-
rança, que se vale de pesquisas para melhorar a segurança de jogos esportivos entre
colégios ou universidades. Também coordenou o Conselho de Medicina de Esportes
Nórdicos da equipe de esqui norte-americana.
Em seu tempo livre, Brian pratica esqui cross-country e alpino, ciclismo de estrada
e de montanha, corrida e longas caminhadas em colinas e vales, e remo nos rios e lagos
de Montana. O autor vive com a mulher, Ann, e perto de sua filha, seu filho e netos
em Missoula, Montana.
Esta página foi deixada em branco intencionalmente.
Ann,
4 Programas aeróbios 76
Faça do seu jeito. Personalize seu programa de treinamento de
capacidade aeróbia com base em seu nível de aptidão física e experiência e
descubra dicas de treinamento, tais como o que vestir, onde treinar e como lidar
com problemas relacionados aos exercícios.
Sumário 11
1
Atividade
e aptidão
física
Por que ficar
em forma?
Tente mover o mundo,
o primeiro passo será mover a si mesmo.
~ Sócrates
Sara
é uma advogada
de 28 anos de
idade
que está em busca de
sucesso em um importante
escritório de advocacia
na cidade. Ela era ativa
nos primeiros anos da
faculdade, mas não
encontrou muito tempo
para a atividade física na
Escola de Direito e, agora,
menos ainda. Trabalhando
mais de 60 horas por
semana, já sobram
poucas e preciosas horas
para a vida pessoal, que
dirá então para uma
atividade física regular.
14 Brian Sharkey
Sara
Seu peso aum
ent
ou..
.
Seu peso aumentou, e ela não tem mais a vitalidade de quando era
ativa. Sara quer perder peso, recuperar a aptidão física e sentir-se
saudável novamente. Ela deseja correr para tomar um trem ou avião,
carregar a bagagem pelo aeroporto sem suar a roupa e trabalhar um
dia inteiro e ainda ter energia para dançar. Para vencer esse desafio,
Sara precisa estabelecer metas alcançáveis, encontrar tempo para
atingi-las e mantê-las. Este livro é dedicado à Sara e a muitas outras
pessoas que querem tornar-se ativas e fisicamente condicionadas,
alimentar-se de modo adequado e experimentar os benefícios e
prazeres de uma vida dinâmica.
16 Brian Sharkey
da atividade e da a
ptidão
Benefícios FÍSICOS
física?
Atividade e aptidão física... Ajudam a formar massa óssea,
reduzindo o risco de osteoporose,
osteoartrite e dor lombar.
Melhoram a função do
sistema imunológico.
Durante o exercício mode-
rado, o corpo aumenta a
produção de macrófagos,
imunoglobulina A salivar
(a primeira defesa contra
infecção do trato respira-
tório superior) e outros
componentes imunológicos;
as células imunológicas
circulam mais rapidamente e
aniquilam bactérias e vírus.
0
Antes do exercício Logo após o exercício 20 a 30 minutos
após o exercício
Período experimental
Adaptada, com permissão, de Buckworth e Dishman, 2002, p.119.
18 Brian Sharkey
controlam o estresse 15
e minimizam seus
efeitos negativos no
Problemas de saúde
corpo 10
Um alto nível de estresse
Um
pode ser associado à saúde
física piorada, especialmente Baixa aptidão física
em pessoas com baixo nível 5
Alta aptidão física
de aptidão física. O estresse
da vida diária tem menos
impacto na saúde física de
pessoas condicionadas. 0
0 Baixo Alto
Estresse da vida
Adaptada, com permissão, de Roth e Holmes, 1985, p. 169.
melhoram a 72 Ciclismo n = 82
autoestima
(como o indivíduo se Controle n = 29
68
Autoestima física
sente em relação a si
mesmo)
64
o autoconceito
(o que o indivíduo pensa
60
a respeito de si próprio)
e a imagem 56
corporal
0
A autoestima de uma
pessoa em relação a seu Pré-treinamento Pós-treinamento
corpo aumentou após 12 Adaptada, com permissão, de Buckworth e Dishman, 2002, p. 169.
semanas de ciclismo, duran-
te 4 vezes por semana, em
sessões de 30 minutos.
melhoram a 1,0
cognição e a 0,9
Controle
0,8
resolução de
Tamanho do efeito
ajudam a dormir
melhor, se a atividade
for realizada bastante
tempo antes de ir
para cama.
acrescentam vida
aos seus anos
(aumentam o
interesse e o
prazer sexual!)
20 Brian Sharkey
Qual a quantidade necessária?
Em 1995, o American College of Sports Medicine (ACSM – Colégio Americano de Me-
dicina do Esporte) e os Centros de Controle de Doenças recomendaram que cada adul-
to deveria realizar 30 minutos de atividade moderada na maioria dos dias da semana.
Em 2002, considerando o alto índice de sobrepeso e obesidade nos Estados Unidos, o
Institute of Medicine (Instituto de Medicina) aconselhou uma hora de atividade diária
pa ra
paraa a obtenção
obten de maiores benefícios à saúde e a manutenção de um peso corporal
adequado. Q Quais são as últimas recomendações?
Atividade física
É utilizado o vocábulo atividade física porque o termo exercício tem uma conotação nega-
tiva para algumas pessoas. Exercício sugere uma exigência, ao passo que atividade física
indica algo que a pessoa escolhe fazer. O indivíduo pode optar entre uma variedade de
atividades prazerosas, incluindo caminhada, jardinagem, esportes e atividades recrea-
cionais. A prática de atividade física regular melhora a saúde e reduz o risco de muitas
doenças, tais como a cardiopatia, a principal causa de morte em homens e mulheres
de muitos países industrializados. Como, exatamente, a atividade física produz uma
melhor aptidão física e outros benefícios à saúde?
Aptidão física
O termo aptidão física engloba duas categorias principais: a capacidade aeróbia e a ca-
pacidade muscular. A capacidade aeróbia refere-se à capacidade do indivíduo para
realizar tarefas contínuas, tais como caminhar, correr, pedalar, esquiar, remar e outras
que envolvam os grandes músculos. Quando uma pessoa pratica uma atividade como
a caminhada ou o trote (jogging) em um nível (ou carga) acima de seu nível diário
normal, ela sobrecarrega os músculos e seus sistemas de apoio, incluindo o coração e
os pulmões. Se ela realiza o exercício regularmente (p. ex., dia sim, dia não), seu corpo
começa a se adaptar à sobrecarga imposta pelo exercício. Essas adaptações são
denominadas efeito de treinamento. À medida que o indivíduo melhora sua capa-
SO BRE
22 Brian Sharkey
Aeróbia • Muscular
Fato sobre a
aptidão física
cidade aeróbia, sua capacidade de queimar gordura
e controlar o peso corporal também é aprimorada, Quando você é regularmente
assim como o risco de cardiopatia, diabetes e alguns ativo, seu corpo adapta-se
cânceres sofre redução. ao novo nível de atividade,
A capacidade muscular inclui força, resis- permitindo que ele faça mais
tência e flexibilidade, bem como potência (força do que conseguia fazer antes
exercida o mais rápido possível). É necessária ca-
de você começar a treinar
pacidade muscular para realizar tarefas diárias e
atender emergências. Além disso, à medida que a nesse nível.
pessoa envelhece, ela precisa de maior capacidade
muscular para fazer coisas simples como levantar de
O músculo esquelético, e
uma cadeira, subir escadas ou abrir um pote – em outras
palavras, para continuar independente. não o coração, é o principal
As capacidades muscular e aeróbia dependem do alvo do treinamento das
velho ditado use ou perca. Se a capacidade muscular atro- capacidades aeróbia e
fia, a vida fica mais difícil. Se ela é mantida, é possível muscular.
desfrutar uma vida plena, ativa e independente. Na-
turalmente, o treinamento de aptidão física melhora a
função cardíaca; contudo, quando o coração está fun-
cionando bem, o oxigênio e os nutrientes alcançam os
músculos, e é aí que as maiores mudanças ocorrem.
Os Capítulos 2 a 4 auxiliam você a construir um
plano de capacidade aeróbia; e os Capítulos 5 a 7 ensi-
nam como elaborar um programa de capacidade mus-
cular. Antes de prosseguir, no entanto, é preciso consi-
derar alguns riscos decorrentes do esforço físico.
carga
Aptidão Física Ilustrada 23
Avaliação de saúde
Avalie suas necessidades de saúde marcando todas as afirmações verdadeiras.
Histórico Se você marcou qualquer item nesta
Você já sofreu: seção, consulte seu médico antes de
__um ataque cardíaco iniciar a prática de exercício. Talvez
você necessite de um local que ofereça
__cirurgia no coração
equipe médica qualificada.
__cateterismo cardíaco
__angioplastia coronária (ACTP*)
__marcapasso/cardiodesfibrilador implantável/distúrbio no ritmo cardíaco
__valvopatia
__insuficiência cardíaca
__transplante cardíaco
__cardiopatia congênita
Sintomas Outras questões de saúde
__Você sente desconforto no peito ao reali- __Você apresenta problemas musculoesque-
zar esforço. léticos.
__Você sente falta de ar sem motivo. __Você se preocupa com a segurança do
__Você apresenta tontura, desmaios ou exercício.
visão turva. __Você faz uso de medicamento prescrito.
__Você toma medicamento para o coração. __Você está grávida.
24 Brian Sharkey
Riscos decorrentes de esforço físico
O exercício é seguro? O esforço está associado a apenas 10% de todos os ataques car-
díacos, pois 90% deles ocorrem em repouso (Thompson et al., 2007). Outrossim, a
American Heart Association (AHA; Associação Americana do Coração) identificou a
inatividade física (associada a hipertensão, o colesterol alto e o tabagismo) como um
dos principais riscos de cardiopatia.
O indivíduo inativo é 50 vezes mais suscetível a problemas cardíacos durante o
esforço do que o ativo (Siscovick, LaPorte e Newman, 1985). Assim, toda pessoa deve
tornar-se fisicamente ativa antes de iniciar um treinamento de aptidão física. O termo
treinamento refere-se ao aumento deliberado do nível de atividade física de uma pessoa
com o propósito de ficar fisicamente condicionada. Para tornar-se fisicamente ativo,
comece um programa de caminhada de 4 a 6 semanas, aumentando de forma lenta a
distância e a cadência até conseguir caminhar cerca de 3 a 5 km sob cadência satisfató-
ria. Idosos ou indivíduos sedentários há muito tempo devem caminhar por mais de 6
semanas antes de iniciar o treinamento de aptidão física.
Para assegurar-se de que você está pronto para a atividade vigorosa e o treina-
mento, responda ao Questionário de Avaliação Pré-ingresso em Instituições de Saúde/
Aptidão Física recomendado pela AHA e pelo ACSM. Esse questionário, aqui denomi-
nado Avaliação de Saúde, pode ser encontrado na página anterior.
Aspectos-chave para a
atividade e a aptidão física
® A aptidão física oferece muitos benefícios, desde um coração saudável até um olhar
mais sadio sobre a vida. Estar fisicamente ativo promove bem-estar físico e psicológico.
® Os adultos devem realizar 2 horas e 30 minutos por semana de atividade física de
intensidade moderada.
® Você se torna fisicamente condicionado desafiando seu corpo a fazer mais do que
costumava fazer.
® Antes de iniciar o treinamento de aptidão física, é necessário tornar-se fisicamente ativo.
s e g u ir?
m a
e
u e v Agora que você conhece os benefícios
q de ser fisicamente ativo, consulte o
O Capítulo 2 para descobrir as mudanças
que ocorrem em seu corpo conforme
você melhora sua capacidade aeróbia.
28 Brian Sharkey
Ed
Ele adorava o rit
mo
da viagem...
Aptidão Física
Aptidão Física Ilustrada
Ilustrada 29
29
Por que pra r
ti c a
A capacidade aeróbia
envolve o quão bem você é
capaz de absorver oxigênio
da atmosfera até os pulmões O2
e, depois, para o sangue.
CO2
CO2
O oxigênio é, então,
bombeado pelo coração
e carregado pelo sistema
O2 circulatório até os músculos
em atividade. Nos músculos,
o oxigênio é utilizado para
oxidar carboidrato e gordura
a fim de produzir energia.
30 Brian Sharkey
exercício aeró o?
bi
32 Brian Sharkey
Quanto mais v
ocê
me n o r é o se
u ri se exercita,
desenvolver c sco de
ard
iopa
tia.
Com o aumento da capacidade aeróbia, você é capaz de correr para tomar um ônibus
ou táxi, caminhar rapidamente pelo aeroporto sem perder o fôlego, acompanhar
o ritmo dos filhos e netos e dançar a noite toda com seu (sua) companheiro (a).
A capacidade aeróbia é sinônimo de resistência e energia. Ela descre-
ve a capacidade, parcialmente herdada e treinada, de realizar esforços
prolongados. Aqueles que buscam a aptidão física ganham muito mais
que a melhora da saúde e do desempenho. Para muitos, o processo
torna-se mais importante do que o objetivo, proporcionando dis-
ciplina, desafio e tempo para reflexão.
1,0
Risco relativo de doença
arterial coronariana
0,5
Metabolismo aeróbio
Água
Carboidratos CO2
O2 + Gorduras
Energia
Dee
Dentro
D
Den dos músculos, ocorre uma reação química entre o oxigênio e a gordura ou o carboidrato. Essa rea-
ção é denominada oxidação. Quando a oxidação ocorre no interior de uma célula muscular, o carboidrato
e a gordura do alimento reagem quimicamente com o oxigênio, e energia é liberada para ser convertida
em movimento pelos músculos. Tal reação química também produz dióxido de carbono e água, que são
removidos do corpo pela respiração e pelo suor. Esse processo é também chamado de metabolismo aeró-
bio. Quando o músculo não consegue obter oxigênio suficiente, menos energia é produzida.
34 Brian Sharkey
Capacidade aeróbia
é a capacidade
id d de
d 2
ABSORVER O2
O2
Pulmões O2
O2
O2
O2
O2 O2
TRANSPORTAR O2
O2
O2
O2
E O2
O2
O2
O2
O2
UTILIZAR O2 O2
O2
O2 O2
O2 O2
O2
O2 O2
O2 O2
Testes utilizados
Em casa, a capacidade aeróbia pode ser mensurada utilizando-se um índice de ativida-
de ou um teste de corrida.
Índice de atividade
Você pode medir seu nível atual de atividade por meio do índice de atividade apresen-
tado na próxima página. Ele ilustra como o aumento da intensidade, da duração e da
frequência do exercício pode aprimorar a aptidão física. Apenas circule os escores
correspondentes ao seu nível de atividade típico, multiplique os números con-
forme indicado e use a legenda mais adiante para visualizar onde se enqua-
dra. Se o seu escore for inferior a 40, você deve começar a aumentar hoje
mesmo sua atividade diária!
36 Brian Sharkey
Índice de atividade
Com base em sua atividade diária regular, você pode calcular seu
índice de atividade multiplicando o escore obtido em cada categoria
(escore = intensidade ⫻ duração ⫻ frequência).
Escore Atividade diária
Intensidade 5 Esforço sustentado com respiração ofegante e transpiração
4 Respiração ofegante e transpiração
intermitentes (p. ex., tênis, raquetebol)
3 Moderadamente pesada
(p. ex., trote recreacional, ciclismo)
2 Moderada (p. ex., caminhada, voleibol, softball)
1 Leve (p. ex., pescaria, jardinagem)
Duração 4 Mais de 60 minutos
3 30 a 60 minutos
2 20 a 29 minutos
1 Menos de 20 minutos
Frequência 5 Diariamente ou quase diariamente
4 3 a 5 vezes por semana
3 1 a 2 vezes por semana
2 Algumas vezes por mês
1 Menos de uma vez por mês
80
Altitude
75
<1.524 m – nenhum ajuste
1.524 m – subtraia 30 s
Escore de aptidão física (ml/kg•min)
70
1.829 m – subtraia 40 s
65 2.134 m – subtraia 50 s
2.438 m – subtraia 60 s
60
55
50
45
Teste
T
Te
e de corrida de 2,4 km. Subtraia o ajuste de altitude do
tempo de corrida e use o gráfico para encontrar o escore.
Adaptada de Sharkey e Gaskill, 2009, p. 36.
38 Brian Sharkey
O2
sp e c i f i ci d a de do exe
E r c ício
Os efeitos do treinamento
físico são específicos
Ao treinar, os músculos utilizados modificam-se e
adaptam-se. Considerando que o treinamento é espe-
cífico, é importante definir seu propósito.
® Se o propósito é participar de uma corrida de 10 km,
treine corrida.
® Se o objetivo é ficar em forma para a próxima
competição de canoagem, treine remo.
® Independentemente da meta – uma longa ca-
minhada, uma competição de natação ou uma
viagem de bicicleta –, treine de forma adequada.
Concentre seu treinamento na atividade-alvo.
Não pressuponha que sua aptidão física em uma
atividade será completamente transferida para
um condicionamento satisfatatório e, por conse-
guinte, um bom desempenho em outra.
Isso também se aplica ao teste: uma vez que os efeitos
do treinamento são específicos, o teste também é. Se
você é um corredor, não faça o teste em uma bicicleta;
se é ciclista, não o execute em uma esteira ergométri-
ca. Para mais informações sobre especificidade, ver os
Capítulos 3 e 5.
Fato sobre a
aptidão física
O treinamento é específico. A
corrida irá ajudá-lo a correr
melhor, a natação, a nadar Para se
melhor. Determine para que aprimorar em
você está treinando, e então uma atividade,
treine e faça testes com a é necessário
mesma atividade. realizar o
treinamento
com a mesma
atividade.
Respiração
As pessoas frequentemente dizem: “Fiquei sem ar” ou “Não consegui recuperar o fô-
lego”. A sensação de fadiga associada à falta de ar durante o exercício está relacionada
às principais funções da respiração: levar oxigênio até os pulmões e eliminar dióxido
de carbono.
RESPIRAÇÃO
O ar é composto de aproximadamente
21% de oxigênio. Ele entra nos pulmões
quando o diafragma se contrai e outros
músculos respiratórios também se contraem
e criam uma área de pressão mais baixa.
inspirar
O2 O2
expirar
O pulmão médio
armazena de 2 a 5
litros de ar.
40 Brian Sharkey
Fato sobre a
2
aptidão física
Quanto mais você treina,
Se antes do treino uma pessoa inala 2 L de ar por
inspiração; depois do treino, ela pode inalar 3 L. As- maior é a efetividade dos
sim, se uma pessoa precisa de 60 L de ar por minuto, músculos respiratórios.
sua frequência respiratória diminui de 30 para 20
inspirações por minuto.
Antes do treinamento
60 L/min = 30 inspirações ⫻ 2 L por inspiração
Depois do treinamento
60 L/min = 20 inspirações ⫻ 3 L por inspiração
Isso significa que os músculos respiratórios não precisam trabalhar tanto para absorver
a mesma quantidade de oxigênio. O treinamento torna a respiração mais eficiente,
colocando mais oxigênio dentro dos pulmões, de onde ele parte para a corrente san-
guínea. Como resultado, mais oxigênio será distribuído aos músculos.
Circulação
O sistema circulatório é constituído por coração, sangue e vasos sanguíneos. Quando a
pessoa inspira, o oxigênio liga-se à hemoglobina dos eritrócitos e é transportado até os
CIRCULAÇÃO
1 Nos pulmões, os eritrócitos (glóbulos
vermelhos do sangue) trocam CO2 por
O2 por meio das paredes capilares e
alveolares.
42 Brian Sharkey
Fato sobre a
O treinamento de resistência aeróbia típi-
aptidão física
co leva a alterações sutis na função cardíaca. O
O treinamento de resistência
treinamento intenso ou de longa duração rea-
lizado por atletas de resistência pode influen- aeróbia melhora as funções
ciar o tamanho (diâmetro) das fibras do mús- cardíaca e pulmonar.
culo cardíaco, o volume das câmaras cardíacas A frequência cardíaca
e a espessura das suas paredes. O treinamento e a pressão sanguínea
também aumenta a densidade capilar em tor- diminuem, e a respiração
no dos músculos a fim de melhorar o transpor-
torna-se mais eficiente.
te de oxigênio.
O desempenho é apri-
morado com o treinamen-
to, pois a respiração e a circulação tornam-se mais eficientes
e, portanto, transportam oxigênio de forma mais efetiva para
os músculos em atividade. A saúde melhora porque o trei-
namento
® reduz a pressão arterial,
® melhora a elasticidade arterial,
® melhora o fluxo sanguíneo nas artérias coronárias do
coração,
® queima gordura, e
® reduz o colesterol e os triglicerídeos no sangue.
Assim, à medida que sua aptidão física melhora,
sua sensação de bem-estar aumenta, pois o coração
não está sobrecarregado, e, assim, você é capaz
de realizar sua atividade com mais facilidade
e desfrutar os benefícios à saúde!
44 Brian Sharkey
ENERGIA
Energia
ergia
A energia – capacidade de realizar trabalho – provém do sol, é convertida em com-
postos químicos por plantas e animais e finalmente chega até o corpo na forma de
moléculas de carboidrato, gordura e proteína. A decomposição química dessas molé-
culas mediante o processo de oxidação libera energia armazenada, que é utilizada para
movimentar a máquina humana. O carboidrato e a gordura fornecem a maior parte da
energia para os músculos; a proteína fornece uma pequena porcentagem, exceto quan-
do o acúmulo de energia é limitado, como na restrição alimentar ou inanição. Nesses
casos, o corpo recorre às suas reservas de proteína para suprir a maior parte da energia.
Isso tem um efeito adverso nos músculos e em outros tecidos. Mas, para a maioria das
atividades físicas em situações normais, o carboidrato e a gordura fornecem energia
para as contrações musculares.
Energia em
forma de luz
As plantas
crescem
mediante
a conversão
de luz pela
O movimento fotossíntese.
gera energia
térmica.
O ser humano
Energia
come as
plantas.
Os músculos
utilizam essa energia
para gerar movimento.
O alimento é convertido
em energia química.
Energia
A proteína também é uma fonte de energia para a maioria das atividades, mas contribui apenas com uma pequena porcentagem
em todas as intensidades.
46 Brian Sharkey
Fato sobre a
aptidão física
A gordura é utilizada como energia para ativi- A capacidade aeróbia
dades leves a moderadas; à medida que a intensida- melhora o potencial dos
de do exercício aumenta, a utilização de carboidrato músculos de utilizar gordura,
também aumenta, e a de gordura diminui. Embora contribuindo, dessa forma,
a maioria das pessoas tenha carboidrato suficiente para perda de peso e
para abastecer cerca de 80 minutos de esforço, o
melhora na saúde e no
corpo armazena gordura o bastante para abastecer
centenas de quilômetros de corrida. Quantidades desempenho.
pequenas de carboidrato são depositadas no fígado
e nos músculos. Grandes quantidades de gordura
são estocadas no tecido adiposo (áreas de reserva de gordura localizadas em áreas cor-
porais periféricas).
• Aumento da capacidade de
queimar carboidrato e gordura
Músculo
Músculo
não
treinado
treinado
Menos energia Mais energia
para contração para contração
Quando você
come menos e
pratica mais
Gordura armazenada
exercício, menos
calorias são
armazenadas, e
as células
adiposas ficam
menores.
48 Brian Sharkey
Estatura
(cm) 124 130 135 140 145 150 155 160 165 170 175 180 185 191 196 201 206 211
Massa
corporal
(kg)
30,0 19 18 16 15 14 13 12 12 11 10 10 9 9 8 8 8 7 7 Índice
31,8 20 19 18 16 15 14 13 13 12 11 10 10 9 9 8 8 8 7 de Massa
34,1 22 20 19 17 16 15 14 13 12 12 11 10 10 9 9 9 8 8
Corporal
35,9 23 21 20 18 17 16 15 14 13 12 12 11 11 10 9 9 9 8
38,1 24 22 21 19 18 17 16 15 14 13 12 12 11 11 10 10 9 9
40,0 26 24 22 20 19 18 17 16 15 14 13 12 12 11 11 10 10 9
41,8 27 25 23 21 20 19 17 16 15 15 14 13 12 12 11 11 10 10 Déficit de massa
44,0 28 26 24 22 21 20 18 17 16 15 14 14 13 12 12 11 10 10 corporal (<19)
45,9 29 27 25 23 22 20 19 18 17 16 15 14 13 13 12 12 11 10
48,1 31 28 26 24 23 21 20 19 18 17 16 15 14 13 13 12 11 11
49,9 32 30 27 26 24 22 21 20 18 17 16 15 15 14 13 13 11 11
51,8 33 31 29 27 25 23 22 20 19 18 17 16 15 14 14 13 12 12 Desejável
54,0 35 32 30 28 26 24 22 21 20 19 18 17 16 15 14 14 13 12 (19-25)
55,8 36 33 31 29 27 25 23 22 21 19 18 17 16 16 15 14 13 13
58,1 37 34 32 30 28 26 24 23 21 20 19 18 17 16 15 15 14 13
59,9 38 36 33 31 29 27 25 23 22 21 20 19 18 17 16 15 14 14
61,7 40 37 34 32 29 28 26 24 23 21 20 19 18 17 16 16 15 14 Maiores riscos
64,0 41 38 35 33 30 28 27 25 24 22 21 20 19 18 17 16 15 15 à saúde (25-30)
65,8 42 39 36 34 31 29 27 26 24 23 22 20 19 18 17 17 16 15
68,1 44 40 37 35 32 30 28 27 25 24 22 21 20 19 18 17 16 15
69,9 45 41 38 36 33 31 29 27 26 24 23 22 20 19 18 18 17 16
71,7 46 43 40 37 34 32 30 28 26 25 24 22 21 20 19 18 17 16 Obesidade
74,0 47 44 41 38 35 33 31 29 27 26 24 23 22 20 19 19 18 17 (30-40)
75,8 49 45 42 39 36 34 32 30 28 26 25 23 22 21 20 19 18 17
78,1 50 46 43 40 37 35 32 30 29 27 25 24 23 22 21 20 19 18
79,9 51 47 44 41 38 36 33 31 29 28 26 25 23 22 21 20 19 18
81,7 52 49 45 42 39 36 34 32 30 28 27 25 24 23 22 21 20 19 Obesidade
84,0 54 50 46 43 40 37 35 33 31 29 27 26 25 23 22 21 20 19 extrema (>40)
85,8 55 51 47 44 41 38 36 34 32 30 28 27 25 24 23 22 20 20
88,1 56 52 48 45 42 39 37 34 32 30 29 27 26 24 23 22 21 20
89,9 58 53 49 46 43 40 37 35 33 31 29 28 26 25 24 23 21 20
91,7 59 54 50 47 44 41 38 36 34 32 30 28 27 25 24 23 22 21
94,0 60 56 52 48 45 42 39 37 35 33 31 29 27 26 25 24 22 21
95,8 61 57 53 49 46 43 40 38 35 33 31 30 28 27 25 24 23 22
98,1 63 58 54 50 47 44 41 38 36 34 32 30 29 27 26 25 23 22
99,9 64 59 55 51 48 44 42 39 37 35 33 31 29 28 26 25 24 23
101,7 65 60 56 52 49 45 42 40 37 35 33 31 30 28 27 26 24 23
104,0 67 62 57 53 49 46 43 41 38 36 34 32 30 29 27 26 25 24
105,8 68 63 58 54 50 47 44 41 39 37 35 33 31 29 28 27 25 24
108,1 69 64 59 55 51 48 45 42 40 37 35 33 32 30 28 27 26 24
109,9 70 65 60 56 52 49 46 43 40 38 36 34 32 30 29 28 26 25
111,7 72 66 61 57 53 50 47 44 41 39 37 35 33 31 29 28 27 25
114,0 73 67 63 58 54 51 47 45 42 39 37 35 33 32 30 29 27 26
115,8 74 69 64 59 55 52 48 45 43 40 38 36 34 32 31 29 28 26
118,0 76 70 65 60 56 52 49 46 43 41 39 36 34 33 31 30 28 27
119,9 77 71 66 61 57 53 50 47 44 42 39 37 35 33 32 30 29 27
121,7 78 72 67 62 58 54 51 48 45 42 40 38 36 34 32 31 29 28
123,9 79 73 68 63 59 55 52 48 46 43 40 38 36 34 33 31 30 28
125,8 81 75 69 64 60 56 52 49 46 44 41 39 37 35 33 32 30 29
128,0 82 76 70 65 61 57 53 50 47 44 42 40 37 35 34 32 30 29
129,8 83 77 71 66 62 58 54 51 48 45 42 40 38 36 34 33 31 29
131,7 84 78 72 67 63 59 55 52 48 46 43 41 39 37 35 33 31 30
133,9 86 79 74 68 64 60 56 52 49 46 44 41 39 37 35 34 32 30
135,8 87 80 75 69 65 60 57 53 50 47 44 42 40 38 36 34 32 31
138,0 88 82 76 70 66 61 57 54 51 48 45 43 40 38 36 35 33 31
139,8 90 83 77 71 67 62 58 55 51 48 46 43 41 39 37 35 33 32
141,7 91 84 78 72 68 63 59 55 52 49 46 44 41 39 37 36 34 32
Fonte: Expert Panel on the Identification, Evaluation, and Treatment of Overweight in Adults, 1998.
50 Brian Sharkey
As respostas variam
O treinamento de resistência aeróbia geralmente produz um aumento de 20 a 25% na
capacidade aeróbia (ainda mais quando acompanhado por perda de massa corporal),
mas a resposta é variável. O doutor Claude Bouchard
verificou melhoras da capacidade aeróbia na
faixa de 0 a 41% em 10 pares de gêmeos Treinamento
idênticos. Em seu estudo, 77% da va- (intensidade, duração,
frequência), maturação,
riação da resposta ao treinamento
nutrição, repouso
dependeram dos genes. Logo, a e estresse
hereditariedade desempenha um 23%
papel relevante na capacidade de
responder ao treinamento. Ou-
tros fatores que podem influen-
ciar a resposta ao treinamento
são: maturação; nutrição (ener- Genes
gia e aminoácidos necessários para 77%
a síntese proteica); repouso adequa-
do; e fatores emocionais relacionados a
substâncias químicas, tais como estresse ou
depressão. A resposta ao treinamento também é
afetada por sua intensidade e duração (ver o próximo ca- Fa Fatores
Fa que influenciam a
pítulo para discussão mais detalhada). resposta ao treinamento
a se g uir?
v em
e Aqui foi discutido como o corpo
qu muda à medida que você melhora
O sua capacidade aeróbia. O Capítulo
3 mostra como treinar a capacidade
aeróbia.
54 Brian Sharkey
João
...percebeu que est
ava
dorm
indo melhor
Aptidão Física
Aptidão Física Ilustrada
Ilustrada 55
55
Indo mais longe
O treinamento ativa os genes para formarem novas
proteínas. O treinamento de resistência aeróbia produz aumento
nos “centros” oxidativos – chamados mitocôndrias – e nas enzi-
mas proteicas que retiram energia do carboidrato e da gordura.
Tais mudanças são desencadeadas quando os músculos recruta-
dos em determinada atividade sofrem sobrecarga. Esta é alcan-
çada quando o percurso e/ou a velocidade são aumentados: mais
longe e mais rápido do que você costuma ir. Isso, em poucas
palavras, é a essência do treinamento.
MENOS
APTO
O treinamento
aeróbio produz
um aumento na
densidade das
mitocôndrias no
tecido muscular.
56 Brian Sharkey
e mais rápido
Aptidão Física
Aptidão Física Ilustrada
Ilustrada 57
57
Intensidad
e
Intensidade
Para melhorar a capacidade aeróbia, deve-se treinar em uma intensidade acima do
esforço leve e abaixo do esforço extremamente árduo. Por muitos anos, medimos a
intensidade do treinamento por meio da frequência cardíaca em exercício, e essa abor-
dagem levou as pessoas a acreditarem que o objetivo da atividade física era elevar a
frequência cardíaca; mas não era. O verdadeiro propósito do treinamento é envolver
uma grande massa muscular em uma atividade sustentada que seja abastecida pela
oxidação de gordura e carboidrato. Com isso em mente – e considerando o fato de que
a frequência cardíaca varia substancialmente entre os indivíduos –, será utilizado o
índice de percepção de esforço (IPE) como indicador da intensidade do treinamento.
58 Brian Sharkey
Fato sobre a
aptidão física
Desenvolvido pelo psicólogo sueco Gunnar Utilize o índice de percepção
Borg, o IPE permite determinar a intensidade ade- de esforço (IPE) para decidir
quada de esforço. A escala vai de 6 a 20, em que 6 o quão duro você deve
indica nenhum esforço e 20, esforço máximo. Ín- treinar.
dices de 7 a 12 são considerados leves; de 13 a 14,
árduo; e 15 a 19, progressivamente mais árduos. A
tabela da página 58 mostra como os índices podem
corresponder a frequência cardíaca, respiração e duração. A escala de respiração ajuda
a medir o esforço; e a de duração, saber por quanto tempo é possível continuar naquela
cadência. Os números na escala de percepção de esforço também se relacionam com a
frequência cardíaca em exercício. Acrescente um zero ao número do índice (conforme
a primeira coluna da tabela) para aproximar a frequência cardíaca durante o exercício.
Sessões de treinamento mais longas podem ser realizadas na faixa de 11 a 13 na escala;
enquanto sessões mais curtas, na faixa de 14 a 16. Se você é um atleta treinando para
uma corrida, períodos breves (intervalos) de esforço podem ser feitos em 17 e 18 na
escala de IPE, ou por 5 a 10 minutos (para um índice de 17) ou 2 a 5 minutos (para um
índice de 18) na escala de duração.
A intensidade é importante quando o treinamento visa à melhora do desempe-
nho em um esporte (p. ex., corrida). Mas se o objetivo for aumentar a resistência ou a
s i d d e
energia, melhorar a saúde ou manter um peso corporal saudável, então o treinamento
a
In ten
Intensidade
Duração
60 Brian Sharkey
O que é uma caloria?
A caloria
a (t
(tecnicamente, uma quilocaloria) é uma unidade de energia; mais especifi-
came
ment
nte, u
camente, uma caloria é definida como a quantidade de calor necessária para elevar
a temperatura de 1 kg de água (1 L) em 1°C. Quando comemos, armazenamos
calorias; quando nos exercitamos, as queimamos, e o número de calorias que quei-
mamos durante o exercício é influenciado por nossa massa corporal. Uma pessoa
mais pesada queima mais calorias ao correr em certa cadência do que aquela mais
leve. Neste livro, os gastos calóricos baseiam-se em uma massa corporal de 68 kg;
você pode ajustar os valores para a sua realidade adicionando ou subtraindo 10% de
cada 6,8 kg acima ou abaixo de 68 kg. Por exemplo, ao correr, uma pessoa de 68
kg gasta aproximadamente 113 kcal por 1,6 km. Se você pesa 75 kg, deve adicionar
10% nas 113 kcal a fim de determinar quantas calorias queimaria ao correr 1,6 km
(113 x 0,10 = 11,3 + 113 = 124,3 kcal).
61 kg 68 kg 75 kg
113 x 0,10 = 11,3 113 kcal queimadas 113 x 0,10 = 11,3
113 – 11,3 = 101,7 kcal por 1,6 km 113 + 11,3 = 124,3 kcal
queimadas por 1,6 km queimadas por 1,6 km
Duração do treinamento
Nível de Distância de Calorias
aptidão física caminhada/trote queimadas*
Iniciante 1,6 a 3,2 km 100-200
Intermediário 3,2 a 6,4 km 200-400
Avançado > 6,4 km > 400
62 Brian Sharkey
key
Ê
FREQUÊNCIA
Frequência
Indivíduos com baixo condicionamento podem melhorar sua capacidade aeróbia reali-
zando três sessões de treinamento por semana, em dias alternados. No entanto, se qui-
serem continuar melhorando sua aptidão física à medida que o treinamento progride
em intensidade e duração, devem, também, aumentar a frequência do programa de
exercícios. As mudanças na aptidão física estão, na verdade, diretamente relacionadas
à frequência do treinamento; e treinar 6 dias por semana é muito mais efetivo do que
treinar 3 dias. Assim, se o objetivo for melhorar a aptidão físi-
ca ou controlar a massa corporal, procure exercitar-se com
maior frequência. Atletas, é claro, treinam duro: reali-
zam longas sessões de treinamento ou treinam duas
ou mais vezes por dia, 2 ou 3 dias por semana. Mas
eles também observam o princípio árduo-ameno,
isto é, depois de sessões árduas ou longas, eles
realizam sessões amenas ou curtas. O corpo
humano precisa de tempo para responder ao
treinamento – desse modo,
as proteínas são estimuladas
Fato sobre a
aptidão física
Um exercício realizado com
maior frequência melhora
a aptidão física e o controle
do peso, mas não treine em
excesso!
Frequência do treinamento
Nível de aptidão física Frequência (dias/semana)
Iniciante 3 ou 4
Intermediário 5 ou 6
Avançado > 6*
*Às vezes, os atletas realizam duas sessões por dia; mas, após um dia árduo, sempre segue um dia ameno.
Adaptada, com permissão, de Sharkey e Gaskill, 2007, p. 107.
Essa é uma orientação básica para o treinamento de aptidão física, ou seja, um ponto
de partida. Considerando que os benefícios atingem um platô quando se permanece
no mesmo nível de exercício, é necessário progredir na duração, na frequência e, por
último, na intensidade, para continuar progredindo.
64 Brian Sharkey
Benefícios específicos dos
fatores do treinamento
Intensidade
Melhora o V̇O2máx
e a capacidade de ir
mais rápido
Duração
Melhora a
resistência;
queima
calorias e
gordura
Frequência
Queima calorias e
gordura adicionais
Aptidão
Apttiid Física Ilustrada 65
Progressão
À medida que o “fluxo moderado” de benefícios no corpo é obtido, vale a pena lembrar
a máxima “progrida lentamente”. Em outras palavras, prossiga deliberadamente por
melhores resultados. No treinamento, a progressão refere-se a como a carga de treina-
mento total é aumentada gradualmente. O processo gradual fornece ao corpo tempo
para repousar, recuperar-se e adaptar-se às demandas do treinamento. Você pode al-
cançar seu objetivo de saúde realizando 30 a 60 minutos de atividade moderada na
maioria dos dias da semana; desse modo, uma caminhada rápida já é suficiente para
ajudá-lo a realizar sua meta. Todavia, se você até então era sedentário, é recomendável
tornar-se ativo antes de começar a treinar.
Para aumentar gradualmente a carga de treinamento, é importante adotar as se-
guintes orientações:
2.
Au
cadência confortável.
ar
ou talvez não
me
est
treinando.
nta
6. Pr
r a fr
equência
5 . Re p e
ti
de
ro
id a
Continuar
cic
ns
lo
progredindo e
te
in
aumentar lentamente
.R
a
ar
4
a duração, a frequên- ep
ou e nt
cia e a intensidade até sa um
rq .A
perceber que está onde uan
d o n e c e s s á ri o 3
gostaria de estar.
Substituir uma sessão de treinamento de
duração intermediária por uma levemente
Após aumentar a duração, mais intensa (IPE de 13 a 15). Tentar elevar
a frequência e a intensi- a cadência por 5 a 10 minutos, depois
dade por várias semanas, diminuir para recuperar-se; repetir várias
programar uma semana vezes. Adicionar sessões de maior intensi-
mais amena para dade gradualmente, prestando atenção em
recuperação. como o corpo responde. Quando aumentar
a intensidade (i.e., passar para um nível
mais alto de percepção de esforço), reduzir
a duração da sessão.
66 Brian Sharkey
Exame do pescoço
Você
Você pode
podde treinar se apresentar uma infecção do trato respiratório? Para responder a
essa
sa pergun o doutor Randy Eichner recomenda o exame do pescoço.
pergunta,
0 5 10 15 20 25
Semanas
68 Brian Sharkey
caminhada • corrida • ciclismo
Escolhendo uma atividade
Lembre-se do que foi dito no Capítulo 2: para treinar bem, primeiro você deve decidir
para o que está treinando. Aptidão física geral, boa saúde e melhor aparência podem ser
objetivos legítimos, mas não oferecem uma estrutura para o treinamento. Daí por que
o treinamento é específico: ele focaliza os músculos recrutados em determinada ativi-
dade. Dessa forma, é necessário escolher uma atividade que contribua para que você
alcance seus objetivos. Acima de tudo, essa atividade deve ser significativa e prazerosa!
O treinamento aeróbio envolve atividades rítmicas
para os grandes grupos musculares, tais como cami-
nhada, corrida (trote), ciclismo, natação, esqui cross-
-country e remo. Essas atividades requerem que o cor-
po sustente aumentos na respiração, na circulação e
no metabolismo muscular; consequentemente, elas
produzem adaptações nos músculos e sistemas en-
volvidos. Para tanto, selecione uma ou mais ati-
vidades prazerosas e que possam ser praticadas
talvez por toda a vida.
A caminhada provavelmente é o exer-
cício aeróbio mais versátil: pode ser realizada
em quase qualquer lugar e não envolve gran-
de gasto financeiro. Caminhar é um fim
válido em si mesmo e é ainda mais gratifi-
cante se for feito com alguém especial, um
amigo ou um cachorro, por exemplo. O
doutor William Morgan, um eminente
psicólogo do esporte, estudou indiví-
duos adeptos à atividade física ao lon-
go da vida e descobriu duas categorias
significativas em que a caminhada dá
conta do recado: meio de desloca-
mento e passeio com o cachorro. O
treinamento aeróbio prepara você
para longas caminhadas em par-
ques ou áreas despovoadas, ou
Fato sobre a
aptidão física
Acima de tudo, escolha
uma atividade que seja
significativa e prazerosa para
você.
70 Brian Sharkey
RATPOD
A RATPOD
OD é um passeio ciclístico de caridade, com duração de um dia, para apoiar
o Caamp M
Camp Mak-A-Dream (um acampamento para crianças e adultos com câncer). O
percurso do passeio totaliza 251 km e cruza dois desfiladeiros e várias colinas de ta-
manho considerável. O título é a sigla para Ride Around The Pioneers in One Day (as
Montanhas Pioneer localizam-se ao sudoeste de Montana). Na minha idade avança-
da, levo 12 horas para completar o passeio. Por que se voluntariar a participar de um
passeio que exige tanto? Além do fato de ser uma boa causa, esse evento motiva-me
a seguir vários meses de treinamento, o qual oferece benefícios significativos a minha
saúde. Treino com um amigo e faço passeios em grupo com o clube de ciclismo da
minha cidade.
Participar de um evento
organizado, como fazem os
ciclistas do RATPOD, pode
motivá-lo a treinar.
72 Brian Sharkey
Atividade ao ar livre
Você
V ocê pode
podde optar por caminhar ou correr em uma esteira ergométrica, ou pedalar em
um ccicloergômetro
iclo
icloerg em local fechado. Entretanto, quando possível, a atividade deve
ser praticada ao ar livre. Não há nada melhor que realizar a mesma atividade ao ar
livre em um dia de sol. É preferível caminhar ou correr em um parque ou uma trilha
às margens de um rio, pois a mudança de cenário ajuda a passar o tempo mais rápi-
do. Contudo é preciso saber lidar com o clima. Ao aprender a administrar a qualida-
de da experiência de exercício, a probabilidade de persistir é maior.
74 Brian Sharkey
Aspectos-chave para o treinamento
da capacidade aeróbia
® Primeiro aumentar a duração.
® Em um segundo momento, aumentar a frequência.
® Aumentar a intensidade gradualmente.
® Quando aumentar a intensidade, reduzir a duração.
® Adotar o princípio árduo-ameno: após sessões árduas ou longas, realizar sessões
amenas ou curtas.
® Prestar atenção no corpo. Repousar quando necessário.
s e g uir?
m a
e
v Agora que sabe quais atividades
e
qu aeróbias lhe interessam – e até que
O distância e com que rapidez pode ir –,
você está pronto para planejar seu
próprio programa de treinamento de
capacidade aeróbia. O Capítulo 4
ensina como.
Aptidão Física Ilustrada 75
4
Programas
aeróbios
Faça do
seu jeito
A oportunidade é perdida
pela maioria das pessoas
porque ela vem de
uniforme e se parece com
trabalho.
~ Thomas Alva Edison
Irmã
Madonna
Buder tinha 48 anos
quando um padre enfatizou o poder da atividade
física, especialmente da corrida,
de moderar a depressão e
harmonizar a mente, o corpo
e a alma. Ela começou a
correr, mas não participava
de corridas, até saber que um
familiar estava passando por
problemas pessoais, dedicando,
78 Brian Sharkey
Irmã Madonna Buder
...harmonizar a me
nte,
o co
rpo e a alma
Aptidão Física
Aptidão Física Ilustrada
Ilustrada 79
79
Personalize seu
O programa de treinamento mais simples é o que se ajusta ao ritmo de vida – aquele
que tem significado para quem pratica. Você pode caminhar um pouco mais em um dia
e um pouco mais rápido em outro, e “pegar mais leve” no terceiro dia. À medida que
sua aptidão física for melhorando, você pode incluir uma caminhada mais longa no
fim de semana. Realmente é simples assim. Mas como muitas pessoas preferem uma
80 Brian Sharkey
r og ram a de t r einamento
p
orientação maior, ofereço neste livro programas de caminhada-trote(jogging)-corrida,
com programas de ciclismo e natação. Os programas de caminhada-trote são ideais
para aqueles que estão fazendo a transição para a aptidão física. Os programas de trote-
-corrida, ciclismo e natação incluem os aspectos de treinamento voltados àqueles que
se situam em categorias de aptidão física mais avançadas.
Teste de caminhada
Utilize o teste de caminhada para determinar quantos
minutos (até 10) você pode caminhar em cadência
rápida, superfície plana, sem dificuldade ou descon-
forto em excesso. Experimente o seguinte: use tê-
nis de caminhada e procure uma superfície plana
e segura por onde caminhar, pode ser uma cal-
çada ou passeio próximo de casa ou do local de
trabalho, ou uma pista de atletismo em uma
escola ou centro comunitário no seu bairro.
Comece caminhando em cadência rápida e
pare após 10 minutos – ou antes, se não
conseguir continuar.
® Se não conseguir caminhar por 5 mi-
nutos, comece com o programa de ca-
minhada vermelho.
® Se conseguir caminhar por mais de 5
minutos mas por menos de 10, come-
ce na terceira semana do programa de
caminhada vermelho.
® Se conseguir caminhar por 10 mi-
nutos mas ficar um pouco cansado
depois, comece com o programa de
caminhada-trote branco.
® Se conseguir caminhar os 10 minu-
tos inteiros confortavelmente, então
você está pronto para um exercício
mais intenso. O próximo passo é fazer
o teste de caminhada-trote de 10 mi-
nutos (mas espere até o dia seguinte
para se recuperar da caminhada).
82 Brian Sharkey
Teste de caminhada-trote
Este teste exige que você caminhe 50 passos alternadamente (i.e., cada pé toca o solo
25 vezes) e depois trote 50 passos. Continue esse processo alternado por 10 minutos.
Cadencie suas séries de caminhada em 120 passos/minuto (i.e., seu pé esquerdo toca o
solo em intervalos de 1s). Cadencie suas séries de trote em 144 passos/minuto (seu pé
esquerdo toca o solo 18 vezes a cada 15s).
® Se você não conseguir completar os 10 minutos do teste de caminhada-trote, co-
mece na terceira semana do programa de caminhada-trote branco.
® Se conseguir completar os 10 minutos do teste de caminhada-trote, mas ficar can-
sado e sem fôlego em seguida, comece na última semana do programa de caminha-
da-trote branco e depois passe para o programa de trote azul.
® Se conseguir caminhar os 10 minutos do teste de caminhada-trote confortavel-
mente, então você está pronto para iniciar o programa de trote azul.
Fato sobre a
aptidão física
Antes de iniciar um
programa de treinamento
de capacidade aeróbia, teste
seu nível de aptidão física
para saber em que ponto
começar.
84 Brian Sharkey
Programa de caminhada vermelho
Semana Domingo Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado
1 Caminhada --- Caminhada --- Caminhada --- Caminhada
rápida rápida rápida rápida
5min 5min 5min 5min
Caminhada Caminhada Caminhada Caminhada
lenta (ou lenta (ou lenta (ou lenta (ou
repouso) repouso) repouso) repouso)
3min 3min 3min 3min
Caminhada Caminhada Caminhada Caminhada
rápida rápida rápida rápida
5min 5min 5min 5min
2 --- Caminhada --- Caminhada --- Caminhada ---
rápida rápida rápida
5min 5min 5min
Caminhada Caminhada Caminhada
lenta (ou lenta (ou lenta (ou
repouso) repouso) repouso)
3min 3min 3min
Caminhada Caminhada Caminhada
rápida rápida rápida
5min 5min 5min
3 Caminhada --- Caminhada --- Caminhada --- Caminhada
rápida rápida rápida rápida
8min 8min 8min 8min
Caminhada Caminhada Caminhada Caminhada
lenta (ou lenta (ou lenta (ou lenta (ou
repouso) repouso) repouso) repouso)
3min 3min 3min 3min
Caminhada Caminhada Caminhada Caminhada
rápida rápida rápida rápida
8min 8min 8min 8min
4 --- Caminhada --- Caminhada --- Caminhada ---
rápida rápida rápida
8min 8min 8min
Caminhada Caminhada Caminhada
lenta (ou lenta (ou lenta (ou
repouso) repouso) repouso)
3min 3min 3min
Caminhada Caminhada Caminhada
rápida rápida rápida
8min 8min 8min
Reimpressa, com permissão, de Sharkey e Gaskill, 2007, p. 119; e adaptada do President’s Council on Physical
Fitness and Sports, 1975.
86 Brian Sharkey
Programa de caminhada-trote branco
Semana Domingo Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado
1 Caminhada Caminhada --- Caminhada --- Caminhada ---
rápida rápida rápida rápida
10min 10min 10min 10min
Caminhada Caminhada Caminhada Caminhada
lenta (ou lenta (ou lenta (ou lenta (ou
repouso) repouso) repouso) repouso)
3min 3min 3min 3min
Caminhada Caminhada Caminhada Caminhada
rápida rápida rápida rápida
10min 10min 10min 10min
2 Caminhada --- Caminhada --- Caminhada --- Caminhada
rápida rápida rápida rápida
15min 15min 15min 15min
Caminhada Caminhada Caminhada Caminhada
lenta (ou lenta (ou lenta (ou lenta (ou
repouso) repouso) repouso) repouso)
3min 3min 3min 3min
Caminhada Caminhada Caminhada Caminhada
rápida rápida rápida rápida
10min 10min 15min 15min
3 Caminhada Caminhada Caminhada Caminhada Caminhada Caminhada ---
rápida moderada rápida moderada rápida moderada
10min 30min 10min 30min 10min 30min
Repouso Repouso Repouso
3min 3min 3min
Caminhada Caminhada Caminhada
rápida rápida rápida
15min 15min 15min
4 Trote 10s --- Trote 10s --- Trote 10s --- Trote 10s
(23 m) (23m) (23m) (23m)
Caminhada Caminhada Caminhada Caminhada
1min (91m) 1min (91m) 1min (91m) 1min (91m)
12 × 12 × 12 × 12 ×
5 --- Trote 20s --- Trote 20 s --- Trote 20s Trote 20s
(46m) (46 m) (46m) (46m)
Caminhada Caminhada Caminhada Caminhada
1min (91m) 1 min (91 m) 1min (91m) 1min (91m)
12 × 12 × 12 × 12 ×
Caminhe rapidamente em IPE de 10 ou 11. Trote em IPE de 13 a 15.
Reimpressa, com permissão, de Sharkey e Gaskill, 2007, p. 120 e adaptada do President’s Council on Physical Fitness and Sports, 1975.
88 Brian Sharkey
Programa de trote azul
Semana Domingo Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado
1 Trote 40s Trote 40s --- Trote 40s Trote 40s --- Trote 40s
(91m) (91m) (91m) (91m) (91m)
Caminhada Caminhada Caminhada Caminhada Caminhada
1min (91m) 1min (91m) 1min (91m) 1min (91m) 1min (91m)
9× 9× 9× 9× 9×
2 Trote 1min Trote 1min Trote 1min --- Trote 1min Trote 1min ---
(137m) (137m) (137m) (137m) (137m)
Caminhada Caminhada Caminhada Caminhada Caminhada
1min (91m) 1min (91m) 1min (91m) 1min (91m) 1min (91m)
8× 8× 8× 8× 8×
3 Trote 2min Trote 2min --- Trote 2min Trote 2min --- Trote 2min
(274m) (274m) (274m) (274m) (274m)
Caminhada Caminhada Caminhada Caminhada Caminhada
1min (91m) 1min (91m) 1min (91m) 1min (91m) 1min (91m)
6× 6× 6× 6× 6×
4 Trote 4min --- Trote 4min Trote 4min --- Trote 4min Trote 4min
(548m) (548m) (548m) (548m) (548m)
Caminhada Caminhada Caminhada Caminhada Caminhada
1min (91m) 1min (91m) 1min (91m) 1min (91m) 1min (91m)
4× 4× 4× 4× 4×
5 Trote 6min Trote 6min --- Trote 6min Trote 6min --- Trote 6min
(823m) (823m) (823m) (823m) (823m)
Caminhada Caminhada Caminhada Caminhada Caminhada
1min (91m) 1min (91m) 1min (91m) 1min (91m) 1min (91m)
3× 3× 3× 3× 3×
6 Trote 8min --- Trote 8min Trote 8min --- Trote 8min Trote 8min
(1,1km) (1,1km) (1,1km) (1,1km) (1,1km)
Caminhada Caminhada Caminhada Caminhada Caminhada
2min 2min 2min 2min 2min
(183m) 2 × (183m) 2 × (183m) 2 × (183m) 2 × (183m) 2 ×
7 Trote 10min Trote 10min --- Trote 10min Trote 10min --- Trote 10min
(1,37km) (1,37km) (1,37km) (1,37km) (1,37km)
Caminhada Caminhada Caminhada Caminhada Caminhada
2min 2min 2min 2min 2min
(183m) 2 × (183m) 2 × (183m) 2 × (183m) 2 × (183m) 2 ×
8 Trote 12min -- Trote 12min Trote 12min --- Trote 12min Trote 12min
(1,61km) (1,61km) (1,61km) (1,61km) (1,61km)
Caminhada Caminhada Caminhada Caminhada Caminhada
2min 2min 2min 2min 2min
(183m) 2 × (183m) 2 × (183m) 2 × (183m) 2 × (183m) 2 ×
Caminhe rapidamente em IPE de 11 ou 12. Trote em IPE de 13 a 15.
Reimpressa, com permissão, de Sharkey e Gaskill, 2007, p. 121; e adaptada do President’s Council on Physical Fitness and Sports, 1975.
90 Brian Sharkey
Nesse ponto, você está pronto para progredir tanto em in- IPE
tensidade como em duração. Para determinar a intensidade, você
pode utilizar o IPE (ver os números de IPE nos parênteses na ta- 6
bela que inicia na próxima página). Para começar, você deve tro-
7
tar 1,6 km em 12 minutos; ao terminar esse programa, você é
capaz de completar 4,8 km ou até mais em uma cadência de 8 8
a 10 minutos por milha (1,6 km). Segundo esse programa, cada
9
semana inclui três fases:
10
® Sessão de treinamento básica
11
® Corridas mais longas
® Corridas mais curtas 12
2 1,6 km trote 800 m trote Caminhada 1,6 km trote 800 m trote 3,6 km trote
(13 ou 14) lento rápida (13 ou 14) lento lento
Caminhada (13) 30-60min Caminhada (13) (13)
3-4min 2 × 800 m (12) 3-4min 800 m ou
O tempo do (14) 2× (14) caminhada
1,6 km deve ser 2 × 400 m O tempo do 2 × 400 m rápida
aproximadamente (16) 1,6 km deve ser (16) 30-60min
10-15s mais 2 × 400 m aproximadamente 2 × 400 m (12)
rápido que o da (15) 10-15s mais (15)
semana 1 4 × 201 m rápido que o da 4 × 201 m
(15 ou 16) semana 1 (15 ou 16)
800 m trote 800 m trote
lento lento
(13) (13)
3 1,6 km trote 800 m trote 4 km trote 1,6 km trote (13 800 m trote 4 km trote
(13 ou 14) lento (13) lento ou 14) lento (13) lento
Caminhada 800 m (15) (13) Caminhada 800 m (15) (13)
3-4min 2 × 4 × 400 m ou 3-4min 4 × 400 m ou
O tempo do (14) caminhada 2× (14) caminhada
1,6 km deve ser 4 × 201 m rápida O tempo do 4 × 201 m rápida
aproximadamente (16) 30-60min 1,6 km deve ser (16) 30-60min
5-10s mais rápido 4 × 91 m (12) aproximadamente 4 × 91 m (12)
que o da semana (16) 5-10s mais rápido (16)
2 800 m trote que o da semana 800 m trote
lento (13) 2 lento (13)
92 Brian Sharkey
Sábado ou
Semana Segunda Terça Quarta Quinta Sexta domingo
4 1,6 km trote 800 m 4,4 km trote 1,6 km trote 800 m trote 4,4 km trote
(13-15) trote lento lento (13-15) lento lento
Caminhada (13) (13) Caminhada (13) (13)
3-4min 2 × 800 m ou 3-4min 2 × 800 m ou
2× (14) caminhada 2× (14) caminhada
O tempo do 4 × 400 m rápida O tempo do seu 4 × 400 m rápida
1,6 km deve ser (16) 45-70min 1,6 km deve ser (16) 45-70min
aproximadamente 4 × 201 m (12) aproximadamente 4 × 201 m (12)
5-10s mais rápido (15) 5-10s mais rápido (15)
que o da semana 800 m que o da semana 800 m trote
3 trote lento 3 lento
(13) (13)
5 1,6 km trote --- 4,8 km trote 1,6 km trote 800 m trote Caminhada
Semana (13 ou 14) lento (13 ou 14) lento rápida
mais Caminhada (13) Caminhada (13) 45-70min
amena 3-5min 3-5min 800 m (11 ou 12)
2× 2× (15)
O tempo do O tempo do 4 × 400 m
1,6 km deve ser 1,6 km deve ser (16)
aproximadamente aproximadamente 4 × 201 m
o mesmo da o mesmo da (15)
semana anterior semana anterior 4 × 91 m
(14)
800 m trote
lento
(13)
6 2,4 km trote 800 m 4,8 km trote 2,4 km trote 800 m trote 6,4 km trote
Semana (13-15) trote lento lento (13-15) lento lento
mais árdua Manter a mesma (13) (13), Caminhada (13) (13)
cadência das 2 × 800 m aumentando 5-6min 2 × 800 m
semanas 4 e 5 (15) a cadência 2× (15)
4 × 400 m nos últimos Manter a mesma 4 × 400 m
(16) 5-8min cadência das (16)
4 × 201 m (15) semanas 4 e 5 4 × 201 m
(15) (15)
4 × 91 m 4 × 91 m
(16) (16)
800 m 800 m trote
trote lento lento
(13) (13)
(continua)
9 1,6 km trote 800 m trote 4,8 km 1,6 km trote 800 m trote 6,4 km trote
Semana (14) lento trote lento (14) lento lento
amena Caminhada (13) (13) Caminhada (13) (13)
3-5 min 2 × 2 × 800 m 3-5min 2 × 800 m
O tempo do (15) 2× (15)
1,6 km deve ser 3 × 400 m O tempo do 3 × 400 m
aproximadamente (15) 1,6 km deve ser (15)
o mesmo da 4 × 201 m aproximadamente 4 × 201 m
semana 7 (16) o mesmo da (16)
4 × 46 m semana 7 4 × 46 m
(16) (16)
800 m trote 800 m trote
lento (13) lento (13)
94 Brian Sharkey
Sábado ou
Semana Segunda Terça Quarta Quinta Sexta domingo
10 2,4 km trote 800 m trote 6,4 km trote 2,4 km trote 800 m trote 9,6 km trote
Semana (13-15) lento lento (13-15) lento lento
mais Caminhada (13) (13), Caminhada (13) (13)
árdua 4-6min 2 × 800 m aumentando 4-6min 2 × 800 m
2× (16) a cadência 2× (16)
Manter a mesma 3 × 400 m nos últimos Manter a mesma 3 × 400 m
cadência da (14) 8-10min cadência da (14)
semana 9 4 × 201 m (15) semana 9 4 × 201 m
(17) (17)
800 m trote 800 m trote
lento lento
(13) (13)
11 1,6 km trote 800 m trote 6,4 km trote --- 800 m trote 8 km trote
Semana (14 ou 15) lento lento lento lento
média Caminhada (13) (13) (13) (13)
3-5min 4 × 800 m 4 × 800 m
3× (15) (15)
O tempo do 4 × 400 m 4 × 400 m
1,6 km deve ser (16) (16)
aproximadamente 2 × 201 m 2 × 201 m
10s mais rápido (17) (17)
que o da semana 800 m trote 800 m trote
10 lento lento
(13) (13)
12 2,4 km trote 800 m trote 6,4 km trote 2,4 km trote 800 m trote 9,6 km trote
Semana (13-15) lento (13) leve (13-15) lento lento
árdua Caminhada 5 × 800 m (13), Caminhada (13) (13 ou 14)
4-6min (16) aumentando 4-6min 5 × 800 m
2× 4 × 400 m a cadência 2× (16)
Manter a mesma (15) nos últimos Manter a mesma 4 × 400 m
cadência da 4 × 201 m 8-10min cadência da (15)
semana 11 (16) (15) semana 11 4 × 201 m
2 × 91 m (16)
(17) 2 × 91 m
800 m trote (17)
lento (13) 800 m trote
lento (13)
Os valores nos parênteses equivalem aos IPEs. Ver páginas 58-59.
Reimpressa, com permissão, de Sharkey e Gaskill, 2007, p. 123-124.
96 Brian Sharkey
® Não treine com um cronômetro, porque sua atenção estará voltada para a intensi-
dade: use um relógio para controlar o tempo.
® Após o treino, sempre desaqueça. Você pode fazer isso simplesmente diminuindo a
cadência nos últimos poucos minutos, de forma que os sistemas corporais possam
retornar a seus níveis de repouso.
Os programas de ciclismo e natação combinam os conceitos de treinamento esbo-
çados anteriormente para oferecer abordagens seguras, efetivas e envolventes de apti-
dão física e desempenho. Você pode utilizar esses programas para melhorar a aptidão
física e, então, mudar para um programa de manutenção quando alcançar o nível de
aptidão física almejado. Não é necessário visar a um alto nível de aptidão física, a me-
nos que esteja treinando para um evento em particular; os benefícios à saúde já serão
obtidos se você simplesmente permanecer ativo.
Programa de ciclismo
SEMANA
1 2 3 4 5 6 7 8
Segunda 30min 40min 50min 40min 50min 60min 70min 60min
Terça 2× 2× 2× 3× 3× 3× 4× 4×
10min 15min 20min 10min 15min 20min 10min 15min
Quarta 15min 20min 25min 20min 2× 2× 2× 3×
15min 20min 25min 20min
Quinta 3 × 3min 3 × 4min 3 × 5min 3 × 6min 4 × 3min 4 × 4min 4 × 5min 5 × 5min
Sexta 60min 70min 80min 75min 90min 100min 110min 120min
Sempre use um capacete; pedale devagar para aquecer.
Cadência: pedale por 10 minutos, relaxe e recupere-se, e depois pedale outra série. Aclives: inclua algumas pedaladas
em pé, mas tente manter o IPE em 14. Intervalos: corra um, pedale devagar para se recuperar e depois corra o próximo.
Distância maior: pedale devagar; pare para repousar e ingira líquido a cada 30 minutos.
Reimpressa, com permissão, de Sharkey e Gaskill, 2007, p. 126.
98 Brian Sharkey
PROGRAMA DE NATAÇÃO
Este
E s programa requer que você tenha certa habilidade em natação (ver a tabela
a seguir). Se parecer muito difícil nesse ponto, você pode reduzir os tempos propor-
cionalmente e fazer aulas a fim de desenvolver habilidade e eficiência. Eis o menu de
treinamento semanal:
Programa de natação
SEMANA
1 2 3 4 5 6 7 8
Segunda 15min 20min 25min 20min 25min 30min 35min 30min
Terça 2 × 5min 2 × 6min 2 × 7min 2 × 8min 3 × 6min 3 × 7min 3 × 8min 4 × 5min
Quarta 5min só 6min só 7min só 8min só 9min só 10min só 11min só 12min só
braços, braços, braços, braços, braços, braços, braços, braços,
depois depois depois depois depois depois depois depois
5min só 6min só 7min só 8min só 9min só 10min só 11min só 12min só
pernas pernas pernas pernas pernas pernas pernas pernas
Quinta 3 × 3min 3 × 4min 3 × 5min 3 × 4min 4 × 3min 4 × 4min 4 × 5min 5 × 4min
Sexta 25min 30min 35min 40min 35min 40min 45min 50min
Sempre use óculos de natação. Aqueça bem na terça, quarta e quinta; nade voltas lentas após essas sessões.
Cadência e intervalos: nade lentamente ou caminhe na água para se recuperar entre as séries. Pernas e braços:
utilize uma prancha de natação ou um instrumento de flotação para apoio.
Reimpressa, com permissão, de Sharkey e Gaskill, 2007, p. 126.
Depois de completadas as 8 semanas, você pode se divertir planejando seu próprio pro-
grama, com os tipos de treinamento que mais lhe agradem. Você pode até treinar para
um triatlo, como fez a irmã Madonna Buder!
O que usar
Seu prazer de caminhar e correr depende, antes de qualquer coisa, de seus tênis.
Então, a menos que você conheça um pouco o produto, esse não é o momento de
comprar tênis em liquidação em uma loja de saldos e pontas. Em vez disso, busque a
orientação de um vendedor experiente no assunto em uma renomada loja de artigos
esportivos. Evite tênis confeccionados para competição: um tênis para treinamento
servirá você melhor.
Talão
Biqueira
Hora do dia
Exercite-se no horário que for melhor para você. Algumas pessoas gostam de se exer-
citar antes do café da manhã. Outras preferem correr durante a hora do almoço; na
verdade, se estiver com um problema no trabalho, muitas vezes você voltará de uma
sessão de exercício com a solução. Outros, ainda, exercitam-se logo depois do trabalho;
já algumas “corujas” preferem enfrentar o escuro da noite (uma corrida e uma chuvei-
rada ajudam a dormir). Tome o cuidado, no entanto, de evitar exercício vigoroso du-
rante a primeira hora ou duas horas após uma refeição, quando o trato gastrintestinal
exige suprimento sanguíneo considerável. Atividades que não envolvem movimento
de insistência – como a caminhada, o ciclismo e o esqui cross-country – são seguras para
prática logo depois de comer. A menos que necessite de um tempo sozinho, treine com
um parceiro que compartilhe com você o mesmo nível de habilidade, interesses e obje-
tivos; formar uma dupla ajuda na persistência em um programa de exercícios.
a se g uir?
v em
e
qu Nos últimos capítulos, abordamos a capacidade
O aeróbia. Outro componente da aptidão física é a
capacidade muscular, que envolve o desenvolvimento
de força muscular e resistência. No Capítulo 5, você
aprenderá como os músculos funcionam e mudam
com o treinamento da capacidade muscular.
AptidãoFísica
Aptidão FísicaIlustrada
Ilustrada 109
109
U se o u
enfer ruje
Você provavelmente sabe que a capacidade muscular é
importante em muitos esportes e em algumas profissões, tais
como a de operário de construção e a de bombeiro. Além dis-
so, você sabia que a capacidade muscular também pode con-
tribuir substancialmente para a saúde e a qualidade de vida?
® O treinamento para capacidade muscular aumenta a
massa muscular, o que, por sua vez, queima gordura.
® Exercícios que melhoram a capacidade muscular aju-
dam a evitar a osteoporose, a incapacitante desminerali-
zação óssea que aflige muitos idosos.
® Ao alcançar e manter a capacidade muscular, você con-
segue evitar problemas na região lombar e lesões por
esforço repetitivo.
® Uma boa capacidade muscular maximiza as chances
de conservar a independência e a mobilidade na matu-
ridade.
A capacidade muscular envolve três componentes fun-
damentais: força, resistência muscular e flexibilidade. Ou-
tros elementos são a potência, a agilidade, o equilíbrio e a
coordenação. Assim como acontece com a maioria das ca-
pacidades fisiológicas, ou você usa ou perde a capacidade
muscular. A verdade nua e crua é que a força, a resistência
muscular, a flexibilidade, a potência, a agilidade e o equilí-
brio diminuem com a idade. A boa notícia é que você pode
reduzir essa taxa de declínio mantendo-se ativo. Pesquisas
mostram que podemos desenvolver força até mesmo aos 90
anos! Mas não cometa o erro de esperar: vale a pena per-
seguir os prazeres e as recompensas da capacidade muscu-
lar o quanto antes. Comece agora e logo perceberá que está
fazendo as coisas com mais facilidade; o seu abdome está
mais definido; e os seus
músculos, mais firmes.
Assim, você se sentirá
melhor em relação a si Fato sobre a
mesmo e sua vida.
aptidão física
Sob treinamento, os
músculos são capazes de
110 Brian Sharkey
queimar mais gordura.
As capacidades aeróbia e muscular
contribuem para a melhora da saúde,
mas fazem isso de modo diferente e em
momentos distintos.
20 anos
Se você é jovem, pode usar
a capacidade muscular para
melhorar seu desempenho em
um esporte ou para ficar bem
em uma roupa de banho.
40 anos
Se você é um indivíduo de
meia-idade, pode estar mais
interessado em se exercitar
para desenvolver tônus ab-
dominal e flexibilidade a fim
de prevenir ou minimizar pro-
blemas lombares.
60 anos
Se você é idoso, pode realizar
atividades que desenvolvam a
força e a resistência muscular
para preservar a densidade
óssea e manter-se ativo, ca-
paz de realizar as tarefas bá-
sicas da vida diária e, assim,
continuar independente.
Motoneurônio
Contraídas
Ponte cruzada
Filamento
grosso
Filamento
fino
Relaxadas
Aptidão Física Ilustrada 113
CL
CR
Fibras de
contração rápida
Maiores
Menos capilares
Menos mitocôndrias
Contraem-se mais
rapidamente
Esforço curto e intenso
Fatigam rapidamente
Fibras de
contração lenta
Menores
Mais capilares
Mais mitocôndrias
Contraem-se mais
lentamente
Esforço de longa
duração
Fatigam lentamente
Capilar
Mitocôndrias
Fibra
muscular
Força
A força resulta do levantamento de cargas pesadas. É definida como a força máxima
que você pode exercer em uma única contração voluntária, isto é, aquela realizada in-
tencionalmente. Essa quantidade de força também é chamada uma repetição máxima,
ou 1 RM. É o máximo que você pode levantar, puxar ou
empurrar de uma só vez. A força é importante em cer-
tas ocupações (p. ex., um operário na construção, uma
enfermeira movendo um paciente), em alguns esportes
(p. ex., mountain bike em aclives) e, talvez surpreen-
dentemente, para pessoas com mais de 60 anos de ida-
de (nas atividades da vida diária).
Resistência muscular
Resistência muscular é a capacidade de repetir contrações muscula-
res por um período. Por exemplo, você precisa de resistência muscular para
carregar caixas até um caminhão de mudança. Também necessita dela para pedalar
uma bicicleta por uma hora, martelar pregos por 30 minutos, nadar ou, ainda, cami-
nhar por 18 buracos de golfe.
Uma vez adquirida a força para realizar uma tarefa repetitiva, você pode melho-
rar ainda mais seu desempenho desenvolvendo resistência muscular – a capacidade
de persistir. Considerando que a persistência é frequentemente requerida no esporte,
no trabalho e na vida, seu sucesso depende, em grande parte, da resistência muscular.
Você desenvolve uma habilidade mediante uma ação repetida, o que, naturalmen-
te, requer resistência; você precisa de resistência
muscular para praticar, treinar e ter um bom de-
sempenho. Contrariamente à percepção comum,
resistência muscular e força não estão intimamente
relacionadas.
Fato sobre a
Adquire-se resistência muscular contraindo aptidão física
repetidamente as fibras musculares. Para tanto, é
necessário um suprimento contínuo de energia, e Para erguer um objeto pesado
as fibras musculares que possuem capacidades de de uma só vez, é preciso
resistência (i.e., as de contração lenta) encarregam- força; para levantar uma
-se disso. Observe o ciclo: quando realiza contrações
caixa moderadamente pesada
repetitivas, você ativa as enzimas aeróbias, as mito-
côndrias (organelas nas células musculares que aju- várias vezes, é necessário
dam a gerar energia) e os combustíveis necessários resistência muscular.
para realizar contrações repetitivas.
Gene B
Gene A
Núcleo da Gene C
célula muscular DNA
Treinamento de força
Ribossomo RNAm
Gene D
Gene E
Gene F
Treinamento de
resistência muscular
RNAt
O polipeptídeo
codificado no gene C é
utilizado para enrijecer
e engrossar o tecido
conectivo.
Secção transversa muscular
após treinamento de força
O polipeptídeo
codificado no gene D
é utilizado para formar
mais enzimas
aeróbias.
O polipeptídeo
codificado no gene E é
utilizado na conversão
de fibras do tipo IIx em
fibras do tipo IIa, que
possuem mais
mitocôndrias.
O polipeptídeo
codificado no gene F é
utilizado para formar
mais capilares. Secção transversa
muscular após
treinamento de
resistência muscular
*RM = repetição máxima, o máximo de repetições que pode ser executado com o peso. Quando conseguir execu-
tar mais de 12 (para força) ou de 25 (para resistência muscular) repetições, aumentar a resistência (carga).
**Série = um grupo de 8 a 12 ou 15 a 25 RM; após 4 semanas, realize 2 séries; e após 8 semanas, 3 séries.
Fibra
muscular
isolada
Velocidade e potência
A velocidade e a potência são aspectos relevantes na
prática esportiva e estão relacionados. Ambas envol-
vem força muscular e podem ser melhoradas. A ve-
locidade – possivelmente o elemento mais excitante
do esporte – requer a contração de fibras musculares
de contração rápida para possibilitar a aceleração
rápida. A potência, por sua vez, é a combinação
de velocidade e força. Podemos definir a potên-
cia como o trabalho dividido pelo tempo. Assim,
uma pessoa que é capaz de realizar mais traba-
lho do que outra na mesma unidade de tempo
dispõe de mais potência.
A potência é essencial para ter sucesso
em vários esportes. Alguns são óbvios, como
o futebol americano, em que um atacante
precisa usar sua potência explosiva para
tirar seu adversário do caminho. Mas a
potência também é essencial em qual-
quer modalidade que exija velocidade
e aceleração – até mesmo o ciclismo e o
esqui cross-country. O ciclista Lance Arms-
trong, por exemplo, vence as provas porque
gera mais potência do que seus adversários nos
tiros de velocidade e aclives.
Equilíbrio
O equilíbrio pode ser estático ou dinâmico. O equilíbrio está-
tico é a capacidade de manter o equilíbrio sem movimento.
Ele pode ser medido colocando-se na “posição da cego-
nha”, em que você fica ereto em um só pé com as mãos
nos quadris e os olhos fechados. Adultos jovens normal-
mente ficam mais de 40 segundos nessa posição; já os
idosos permanecem, em média, poucos segundos, na
melhor das hipóteses. O equilíbrio estático é importan-
te em várias atividades, como escalar montanhas, rea-
lizar uma subida íngreme de mountain bike e subir em
uma escada de mão. Embora ele diminua com a idade
– e também com a inatividade, uma doença ou uma
lesão na cabeça –, o equilíbrio pode ser melhorado por
meio de treinamento específico. Além disso, conside-
rando que a diminuição do equilíbrio estático com a
idade aumenta o risco de quedas, é fundamental que os
idosos mantenham a casa bem iluminada e deixem uma
lâmpada suave acesa durante a noite para se deslocarem
com mais segurança, caso necessário.
O equilíbrio dinâmico, por sua vez, é a capacidade de
manter o equilíbrio em movimento. Em outras palavras, é
a capacidade de se manter equilibrado mesmo quando você
se desloca pelo escritório ou pela cozinha, sobe e desce esca-
das ou pratica um esporte. Surpreendentemente, alguns não têm
um bom equilíbrio estático, mas possuem um equilíbrio dinâmico
muito bom.
AGILIDA
D
a se g uir?
v em
e Agora que você sabe mais sobre a
qu capacidade muscular, leia o Capítulo 6
O para descobrir como melhorar a força e
a resistência muscular.
*As mulheres executam um exercício modificado de flexão de cotovelo na barra fixa (a barra fica na altura do peito; os calcanhares
permanecem no solo).
**Percentual da massa corporal.
***O salto vertical baixo está associado a uma baixa porcentagem de fibras de contração rápida.
Adaptada, com permissão, de Sharkey e Gaskill, 2007, p. 149.
Resistência muscular
J Quero levantar crianças e objetos (p. ex., compras ou caixas) repetidamente sem
cansar.
J Gostaria de carregar objetos pesados por longos períodos ou por distâncias maiores
do que consigo atualmente.
J Gostaria de correr mais longe e mais rápido.
J Quero que minhas pernas aguentem caminhar ou pedalar distâncias longas, ou mes-
mo ficar em pé durante longo tempo.
J Gostaria de ter mais energia para correr e brincar com meus filhos.
J Quero realizar tarefas domésticas como pintar paredes, trabalhar no pátio, trocar
lâmpadas ou alarmes de fumaça e mover móveis leves sem me cansar.
J Gostaria de subir e descer lances de escada sem perder o fôlego.
J Gostaria de ter vigor físico ou energia nos braços e pernas até o final de uma partida
de basquete, vôlei ou tênis.
J Gostaria de aumentar o vigor nos músculos dos braços, punhos e dedos a fim de
melhorar minha capacidade para tocar um instrumento musical.
Ao avaliar os itens que marcou, alguns objetivos parecem mais urgentes ou determinantes
ou têm o mesmo apelo para você? Isso fornece a você uma noção em relação a sua prefe-
rência por treinar força, resistência muscular ou ambas.
Trapézio
Deltoide
Tríceps Peitoral maior
Bíceps
Abdominais
Braquiorradiais
Oblíquo externo
Latíssimo do dorso Reto abdominal
Quadríceps
Reto femoral
Panturrilhas
Gastrocnêmio
Sóleo
Fibular longo
O supino sobrecarrega os
músculos peitoral e tríceps.
INICIANTE
® Iniciante. Se for novato no
treinamento de capacidade
muscular, você fará progresso
facilmente. Comece utilizando
bandas elásticas ou pesos leves.
Não caia na armadilha de
comprar o equipamento mais
inovador oferecido nos comerciais.
Em vez disso, experimente um
equipamento tradicional e barato
(p. ex., pesos de mão que podem
ser utilizados em casa ou na
academia) para se certificar se
vai de encontro a seus interesses.
Depois diversifique a partir daí.
®
Intermediário. Pessoas em ní-
vel intermediário precisam de mais
resistência para fazer progresso;
então, caso se enquadre nessa ca-
tegoria, você se dará bem com ca-
listenia (ginástica) e equipamentos
de musculação, que são convenien-
tes e requerem menos supervisão
do que os pesos livres.
INTE
ERMED
DIÁRIO
146 Brian Sharkey
TREINA
AMENTO
® Avançado. Caso
tenha treinado
com pesos por um
longo período,
provavelmente você
já saiba que o ideal
são os equipamentos
de musculação e os
pesos livres. Embora
sejam baratos e
versáteis, os pesos
livres requerem algum
tipo de supervisão por
motivo de segurança.
Para muitos grupos
musculares, você pode
obter bons resultados
com equipamentos de
musculação.
AVANÇ
ÇADO
Em músculos sobretreinados,
rupturas microscópicas
na membrana muscular
ez
id
permitem o vazamento de
g
Ri
creatinocinase.
aço
Inch
Dor
Per
d ad
e fo
rça
50
Ganhos de força (%)
25
0
0 12 24
Semanas
Manutenção da força e
da resistência muscular
Se mantiver a intensidade (resistência) do treinamento alta, você pode assegurar
sua força mesmo com um volume e uma frequência de treinamento mais baixos.
Mais especificamente, você pode manter a força por 6 semanas ou mais realizando
uma sessão por semana e pode assegurá-la por um período maior se efetuar duas
sessões por semana. A resistência muscular, todavia, é facilmente mantida com uma
sessão por semana. Conforme você fica mais velho, deve seguir um programa de
manutenção, mesmo que seja apenas para retardar os efeitos do envelhecimento. A
partir dos 55 anos de idade, você precisará de duas ou mais sessões de treinamento
por semana para desacelerar a perda de força e de resistência muscular decorrente
do envelhecimento.
Os músculos são revestidos por um tecido conectivo rijo que, com as estruturas
das articulações e dos tendões, restringe a extensão do movimento. Você pode expan-
dir muito esses limites por meio do treinamento de flexibilidade, o qual oferece con-
sideráveis benefícios. À medida que envelhece ou torna-se inativo, sua flexibilidade
diminui, e você fica mais suscetível a sofrer lesões. Os problemas na região lombar, por
exemplo, estão associados à baixa flexibilidade da coluna e dos isquiotibiais, e à fraque-
za dos músculos abdominais. Uma maior flexibilidade, entretanto, não só diminui o
risco de lesões como também aumenta a amplitude de movimento em atividades como
golfe, tênis e natação.
e s tão
çõ es
cu la
arti
s
l os ea
o s m ú s c u
ando
Q u
Experimente um alongamento
dinâmico ao se preparar para
sua atividade favorita. Ver
mais exemplos no Capítulo 7.
L
A
NTR
CE
ÇÃO
A
I LIZ
AB
E ST
Abdominais:
Oblíquo externo
Oblíquo interno
Transverso
do abdome
Reto
abdominal
Iliopsoas Trapézio
Romboide maior
Latíssimo do dorso
Eretores da coluna
Glúteo máximo
a se g uir?
v em
e Agora que você definiu seus objetivos
qu de treinamento de força e de resistência
O muscular, estude o Capítulo 7 para
planejar um programa personalizado de
capacidade muscular.
ALONGAMENTOS ESTÁTICOS
Nesse tipo de alongamento, você executa movimentos lentos para
alcançar um ponto de alongamento, mantém a posição por 5 a 10
segundos e então relaxa. Repita o alongamento 2 ou 3 vezes.
Alongamento
Alongamento do dos ombros e
pescoço braços
Rote a cabeça Entrelace os dedos
suavemente para acima da cabeça
cada lado até o ponto com as palmas
máximo que conseguir voltadas para
atingir e manter de cima. Empurre os
modo confortável. braços para cima e
levemente para trás.
Alongamento da região
superior dos ombros
Com a mão direita, segure acima do
cotovelo esquerdo e puxe o braço
esquerdo ao longo do peito (em
direção ao lado direito do corpo).
Alongamento do tronco
Olhe acima do ombro direito e
rote o tórax à direita o máximo
que puder. Mantenha os quadris
voltados para a frente. Repita o
alongamento para a esquerda.
VARIAÇÃO Fique em pé a 45
cm de uma parede e olhe para
o ponto mais distante dela. Man-
tenha os quadris voltados para a
frente, rote as mãos e os ombros
em uma só direção e toque a pa-
rede.
Alongamento da virilha em pé
Com os pés afastados, flexione o joelho
direito, mantendo o esquerdo estendido.
Não permita que o joelho flexionado
ultrapasse a ponta do pé. Repita o
alongamento para o lado oposto.
Alongamento da virilha
e dos isquiotibiais
Coloque-se em pé, com o lado
esquerdo do corpo ao lado de
uma mesa ou um banco. Apoie
o calcanhar esquerdo no banco.
Incline suave e lateralmente o
tronco em direção ao banco e
mantenha essa posição.
Repita o alongamento
para o lado oposto.
Alongamento da virilha,
dos isquiotibiais e da região
anterior dos quadris
Apoie a parte central de um pé em uma
superfície segura e fixa. Mantenha a
perna e o pé de apoio apontados para
a frente. Empurre os quadris à frente,
flexionando o joelho dianteiro. Repita o
alongamento para o lado oposto.
Alongamento da coluna
Sente-se ereto com o joelho esquerdo estendido,
mantendo a ponta do pé voltada para cima.
Flexione o joelho direito passando por cima da
outra perna e posicione o pé direito no solo.
Flexione e apoie o cotovelo esquerdo sobre
a região externa da coxa direita, próximo
ao joelho. Usando o braço direito para se
equilibrar, rote o tronco olhando para a direita.
Repita o alongamento para o lado oposto.
Alongamento dinâmico
do golfe
Segure dois tacos de ferro nos
locais de empunhadura, assuma
uma posição preparatória e simule
um manejo (swing) de golfe.
Comece com manejo lento; depois,
a cada manejo, estenda lentamente
a amplitude de movimento nos
ombros e nos quadris.
MÚSCULOS ABDOMINAIS
Selecione um ou dois exercícios para os músculos abdominais.
Abdominais parciais
Em decúbito dorsal, flexione os joelhos em um ângulo de aproximadamente 90° e
mantenha os pés planos ao solo. Cruze as mãos sobre o peito, posicionando cada
uma no ombro contralateral. Não coloque as mãos atrás do pescoço ou da cabeça:
isso pode causar tensão no pescoço. Mantenha a região lombar plana ao solo
durante todo o exercício. “Enrole” lentamente a região superior do corpo, elevando
a cabeça e os ombros mediante a contração dos músculos abdominais, até que as
escápulas fiquem de 7,5 a 10 cm do solo. Desça lentamente a região dorsal até que
as escápulas toquem o solo. Repita.
MÚSCULOS DO TRONCO
Selecione um ou dois exercícios para os músculos do tronco.
Elevação do tronco
Em decúbito ventral, entrelace os dedos
atrás da cabeça e mantenha os tornozelos
apoiados no solo. Eleve o tronco de 5 a
10 vezes. Não exagere na extensão.
Remada sentado
Sente com os joelhos levemente flexionados e segure o equipamento de resistência.
Mantenha a região superior do corpo ereta e puxe as barras ou bandas diretamente
para o peito. Mantenha os cotovelos junto às laterais do corpo. Retorne à posição
inicial e repita. Execute este exercício de forma lenta e bem controlada.
Apoio
Use os apoios com um precursor para o supino. Para executar um apoio básico,
coloque-se em decúbito ventral com os joelhos totalmente estendidos e as pontas dos
pés apontadas para o solo. Afaste as mãos em uma largura um pouco maior que a
dos ombros, com as palmas voltadas para baixo e os cotovelos apontados para fora.
Mantenha o corpo em linha reta; não permita que os quadris abaixem ou elevem.
Eleve o corpo do solo com as mãos e estenda os cotovelos. Abaixe o corpo flexionando
os cotovelos em um ângulo de 90°. Repita. Quando se sentir confortável com o apoio
convencional, tente executar um apoio com os pés elevados em 20 a 25 cm.
Supino
Em um banco e em decúbito dorsal, mantenha os pés planos ao solo. Seus olhos
devem ficar diretamente abaixo da barra no suporte. Execute uma pegada fechada
(polegar em volta da barra) com as mãos ligeiramente mais afastadas que a largura
dos ombros. Será necessário um assistente para ajudá-lo a retirar a barra dos
suportes. Posicione a barra acima do peito, com os cotovelos totalmente estendidos.
Abaixe a barra até tocar o peito. Mantenha os antebraços perpendiculares ao solo
e paralelos um ao outro. Empurre a barra para cima até que os cotovelos fiquem
totalmente estendidos. Não arqueie as costas nem eleve o peito. Ao final da série,
peça ao assistente para ajudá-lo a recolocar a barra no suporte. Mantenha uma boa
empunhadura na barra até que ela seja repousada no suporte.
Quando dominar este exercício, você pode executá-lo sob inclinação ascendente
do corpo.
Pressão de pernas na
posição supina
Em decúbito dorsal, posicione os
braços afastados do corpo, na
linha dos ombros, e as palmas das
mãos voltadas para o solo. Eleve
os quadris do solo e posicione a
região inferior das panturrilhas e
a região posterior dos calcanhares
no topo da bola suíça. Comece
o exercício com os pés, joelhos,
quadris e ombros em linha reta.
Mantendo a região superior
do corpo na mesma posição,
flexione os joelhos (o que fará a
bola rolar para trás) para trazer
os calcanhares em direção às
nádegas. Continue flexionando
os joelhos até o ângulo de 90°.
Mantenha os joelhos, quadris e
ombros em linha reta. Terminada a
flexão, estenda os joelhos de forma
que a bola role para a frente até a
posição inicial.
Hiperextensão do tronco
Em decúbito ventral sobre a bola
suíça, posicione o umbigo no topo
da bola. Apoie as pontas dos pés
no solo, afastando uma da outra
em pelo menos 30 cm, e estenda
totalmente os joelhos. Coloque as
mãos em cada lado da cabeça.
Mantendo as pontas dos pés em
contato com o solo, eleve o tronco
até ele ficar totalmente estendido
(arqueado) e o peito distanciar-se
da bola. Terminada a extensão,
abaixe o tronco até a posição inicial.
Exercício de respiração
Em decúbito dorsal, flexione os joelhos até o peito, mantendo a coluna e os músculos
abdominais pressionados em direção ao solo. Inspire. Expire, depois use os músculos
abdominais para elevar a cabeça e a região dorsal do solo, mantendo as escápulas
no solo. Olhe para o abdome. Inspire. Expire e estenda os cotovelos e os joelhos;
mantenha a região lombar no solo. Quanto mais altas estiverem as pernas, mais
fácil será o exercício. Desça as pernas o mais baixo que puder sem tremer o corpo
ou tirar a lombar do solo. Mantenha os braços próximos ao solo, com os cotovelos
estendidos. Enquanto você faz 5 inspirações e 5 expirações, ambas curtas, eleve
e abaixe os braços apenas alguns centímetros, de forma controlada e cadenciada
com sua respiração, como se estivesse “bombeando” algo. Se conseguir fazer até
aí, execute 10 ciclos desses, totalizando 100. (Uma alternativa é inspirar lentamente
durante 5 movimentos de sobe e desce dos braços e expirar durante mais 5. Outra
opção é inspirar e expirar lentamente sem subir e descer os braços.) Mantenha as
escápulas no solo durante todo o tempo, e permaneça com o pescoço e a cabeça
relaxados. Deixe apenas os abdominais trabalharem. Para terminar, flexione os
joelhos em direção ao peito, como no início, para proteger a coluna.
Se tiver problemas no pescoço ou na coluna, você pode executar este exercício
com os joelhos flexionados e os pés planos ao solo. Também pode executar o exercício
de respiração com os joelhos estendidos e a cabeça apoiada no solo para proteger o
pescoço. Este é um exercício avançado, logo, não é recomendado para iniciantes.
Prescrição de treinamento
Pesquisas identificaram prescrições comprovadamente seguras para cada componente
da capacidade muscular. Você pode atender à prescrição com calistenia (ginástica), pe-
sos ou equipamentos de musculação; você também perceberá resultados com equipa-
mentos hidráulicos, resistência variável ou pesos livres. A chave para melhorar a força
é tensionar o músculo por uma quantidade suficiente de tempo (repetições e séries).
O modo como você treina deve ser ditado pelo seu nível de capacidade muscular e o
propósito de utilização dos músculos treinados. Se você ainda não havia treinado com
pesos, use 60% da força máxima (i.e., de seu 1 RM). À medida que for melhorando a
força, você pode aumentar para 80% do 1 RM (ver tabela a seguir). O treinamento é
específico em relação a ângulo, amplitude de movimento e velocidade de contrações.
Treine os músculos e os movimentos que você deseja melhorar.
À medida que for ganhando experiência, você pode aumentar o peso e diminuir as repetições para alcançar seus
objetivos.
*% máx. = percentual de força máxima: se você consegue levantar 18 kg, use 9 para treinar resistência (50%).
**RM = repetições máximas, o maior número de repetições que você consegue executar com o peso. Quando
conseguir executar mais que 12 (ou 25) repetições, aumentar a resistência.
***Repouso = minutos entre as séries.
Seleção de exercícios
Além dos exercícios essenciais de alongamento e do treinamento de estabilização cen-
tral, selecione exercícios de força ou resistência muscular para melhorar seu desempe-
nho em um esporte ou uma atividade.
188
8 Bri
Br
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ian Sh
Shar
Shar
arke
a
arrke
key
ke
EXERCÍCIOS DE FORÇA E RESISTÊNCIA MUSCULAR
Pressão de pernas.
Extensão de tríceps.
Lembre-se da especificidade
Lembre-se de que o treinamento é específico. Depois de desenvolvida uma lista de 8
a 10 exercícios, inicie o programa. Planeje substituir alguns levantamentos por novos
a cada 8 semanas para continuar progredindo e evitar o tédio. Se não tiver acesso a
uma academia, você pode treinar em casa. Para a região superior do corpo, execute
flexões de cotovelo na barra fixa, apoios ou tríceps no banco.
Tríceps no banco.
Uma vez que você já tenha dominado a dinâmica do treinamento, varie o seu pro-
grama: planeje dias e semanas de exercícios leves, moderados e árduos. Por exemplo,
execute 15 RM na segunda-feira, 12 RM na quarta-feira e 8 RM na sexta-feira.
A seguir, há instruções para alguns exercícios adicionais de treinamento de força.
São demonstrados exercícios com halteres e bandas elásticas, e você pode executá-los
em equipamentos de musculação ou com pesos livres.
Aptidão Física
sica
ica Ilustrada 195
Registro da capacidade muscular
OUTROS EXERCÍCIOS
Abdominal Pressão de
Data total pernas Puxada
OUTRAS MEDIDAS
Peso
Data corporal Cintura Peito
Planeje um programa
Comece de capacidade
muscular e comece a
hoje! implementá-lo já.
s e guir?
m a
e ve Você passou os últimos capítulos
qu aprendendo a treinar as capacidades
O aeróbia e muscular. Se você não
desenvolveu seu plano de aptidão
física com base nessas orientações,
reserve um tempo para fazer isso agora.
Depois, confira no Capítulo 8 como você
pode melhorar sua saúde por meio da
nutrição e do controle de peso.
Energia
Os vegetais utilizam a energia solar para crescer e geralmente servem de alimento para
os animais. Nós, humanos, obtemos nossa energia – na forma de carboidrato, gordu-
ra e proteína – das fontes vegetais e animais. Ao comer e digerir um alimento, você
absorve combustível, que, por meio da corrente sanguínea, chega às células de todo o
corpo. Você, então, utiliza enzimas presentes nas rotas metabólicas para converter esse
combustível em compostos de alta energia, que suprem os músculos e outras ativida-
des celulares.
Enquanto estiver vivo, você estará constantemente gastando pelo menos um
pouc
u o de energ
pouco a de
energia. Mesmo se ficar deitado na cama por 24 horas, você utilizará cerca
ENERGIA
10
9
Calorias por minuto
8
7
6
5
4
3
2
1
AÇÚCARES SIMPLES
As formas simples contêm energia, mas pou-
cos nutrientes (i.e., vitaminas e minerais); elas
envolvem a glicose, a frutose e a sacarose
(açúcar refinado composto por moléculas de
glicose e frutose).
CARBOIDRATO COMPLEXO
O carboidrato complexo, por sua vez, fornece
nutrientes importantes e fibra; algumas fontes
são feijões, alimentos integrais (p. ex., pães,
arroz e massas), batatas e milho. No entan-
to, nos Estados Unidos, apesar da pronta dis-
ponibilidade desses alimentos saudáveis, o
norte-americano médio obtém metade do seu
carboidrato alimentar dos açúcares simples
concentrados ou refinados, que são repletos
das chamadas “calorias vazias” (vazias já que
carecem de nutrientes).
FRUTAS
As frutas frescas, além de conterem açúcares
simples, também fornecem nutrientes funda-
mentais.
Dieta do desempenho
FONTE DE ENERGIA DIETA DO DESEMPENHO DIETA TÍPICA
% das calorias diárias % das calorias diárias
Carboidrato 55-60 45-50
Gordura 25-30 35-40
Proteína 15 10-15
Adaptada, com permissão, de Sharkey e Gaskill, 2007, p. 213.
Glicose Energia
5
A glicose é convertida em
1 glicogênio e armazenada
Os carboidratos no músculo para abastecer
provenientes do alimento futuras contrações.
são quebrados em glicose Glicogênio
no momento em
que alcançam o
intestino delgado.
6
A glicose é convertida em
glicogênio e armazenada
no fígado para uso futuro.
2 3
As moléculas de glicose As moléculas de glicose
atravessam o lúmen são distribuídas para todos
intestinal para dentro os tecidos do corpo pela
da corrente sanguínea. corrente sanguínea.
Depois que você come, o sangue absorve açúcares e transfere-os para as células
do coração, do músculo esquelético e do fígado, nessa ordem. O coração, que, natural-
mente, está em constante trabalho, utiliza a glicose para gerar energia. Já o músculo
esquelético pode armazená-la para uso futuro, e esses grânulos de glicose armazena-
da são chamados de glicogênio musculares. O fígado também armazena glicose como
glicogênio. Apesar dessas funções de armazenamento, absorver carboidrato em excesso
não fornece um suprimento de “ener-
gia rápida”; em vez disso, surpreenden-
temente, tal situação ajuda o corpo a Sintomas de hipoglicemia
conservar gordura. A reserva de glicose Nervosismo Ansiedade
no fígado fica prontamente disponível
para que o corpo transporte tal substân- Irritabilidade Confusão
cia via sistema circulatório, utilizando- Exaustão Pulso rápido
-a conforme a necessidade. O glicogênio Desmaio, tontura Dores musculares
muscular, no entanto, pode ser utilizado
Tremor, suor frio Indecisão
somente pelo músculo onde é armaze-
nado. A glicose sanguínea também é Depressão Falta de coordenação
usada pelos nervos, músculos ou ou- Vertigem Falta de concentração
tros tecidos que necessitem de energia. Sonolência Visão turva
Assim, quando a glicose sanguínea está
baixa (hipoglicemia), você fica cansado, Cefaleias
irritado, confuso e indeciso (ver a lista Reimpressa, com permissão, de Sharkey e Gaskill, 2007,
de sintomas na tabela à direita). p. 312.
Os ácidos
O corpo não necessita graxos livres dos
de energia agora triglicerídeos são
transportados para
as células musculares
e convertidos em
energia. Posteriormente, quando a
energia é requisitada, os
triglicerídeos são quebrados
em glicerol e ácidos graxos, e
os ácidos graxos são distribuídos
Os triglicerídeos são para o músculo.
armazenados em sua
integralidade dentro
das células de gordura.
214
214 Brian
n Sh
Sharkey
harkkeey
Fato sobre a
Você não precisa eliminar a gordura
alimentar: apenas limite sua ingestão. A aptidão física
ingestão de gordura em excesso é uma das
principais causas de sobrepeso e obesida-
Se você é muito
de e contribui para cardiopatia, hiperten- ativo, procure obter
são, alguns cânceres e outros problemas aproximadamente 25% de
de saúde. A gordura apresenta-se em di- suas calorias diárias da
ferentes formas, incluindo triglicerídeos e gordura (não mais que 33%
colesterol. Como você deve saber, a gor- provenientes de gordura
dura saturada – encontrada na carne, nos
laticínios e em alguns óleos – tem maior
saturada).
probabilidade de obstruir as artérias coro-
nárias, uma vez que promove a síntese de
colesterol e o depósito de gordura nas paredes das artérias. O que talvez você não saiba
é que alguns óleos, embora saudáveis, podem causar o mesmo problema quando são
parcialmente hidrogenados, um processo que produz ácidos graxos trans, a fim de
aumentar o prazo de validade de um produto. Ao contrário, as gorduras mono e poli-
-insaturadas encontradas nos vegetais são facilmente metabolizadas.
A dieta do desempenho (uma dieta para pessoas ativas) inclui a ingestão de 25%
das calorias de cada dia de gordura (não mais que 33% provenientes de gordura satu-
rada) e a redução substancial do consumo de gordura parcialmente hidrogenada ou de
ácidos graxos trans (ver tabela na p. 209). Essa porção recomendada (25%) fica muito
abaixo dos 30 a 40% que várias pessoas ingerem normalmente. Felizmente, os esforços
para reduzir a ingestão de gordura podem ser auxiliados pelo fato de que, como mostram
os estudos, um alto consumo de gordura é relacionado de modo inverso à atividade fí-
sica; em outras palavras, conforme o nível de atividade é aumentado, a ingestão de gor-
dura pode baixar, sugerindo um vínculo comportamental entre as duas (Simoes, 1995).
m en te saudáveis!
u ra são real
gord
r de
o teo
al t
boa s co
m
o
e nt
m
i
al
ns
u
Alg
Informação nutricional
Porção de 30 g
Porções por embalagem:
aproximadamente 8
Quantidade por porção
A estrutura primária de
uma proteína é uma
sequência única de
NH2
aminoácidos individuais,
H C COOH
ligados em uma cadeia.
R
Hormônios
Membranas celulares
Queijo 28 g 7
Hambúrguer 113 g 20
Pizza 1 fatia 10
Energia disponível
Então, o quanto de energia está disponível em seu cor-
po, afinal? Você possui um suprimento limitado de gli-
cose (proveniente do carboidrato) no sangue, mas ele é
necessário para o metabolismo cerebral e nervoso, para
o qual é a única fonte de energia. A glicose também é
armazenada como glicogênio no fígado (cerca de 80 g)
e no músculo (15 g por quilograma de músculo). Se
pudesse usar todo esse combustível para o exercício,
você teria aproximadamente 1.200 calorias, que é o
bastante para suprir uma corrida de 16,1 km.
A gordura é a fonte de energia mais abundante.
Mulheres jovens possuem, em média, mais de 30%
de gordura corporal; nos homens jovens, a média é
de 15%. Se você pesa 55 kg e possui 25% de gordura
corporal, tem aproximadamente 14 kg de gordura, que
equivalem a 105.000 calorias (cada 450 g de gordura
produz cerca de 3.500 calorias). Essa energia da gor-
80.000
60.000
40.000
20.000
1.200
0 Energia suficiente
para correr
Glicose e Gordura 16,1 km
glicogênio
provenientes
de carboidrato
dura é suficiente para abastecer 1.600 km de trote! Se, como a maioria de nós, você
possui mais gordura do que necessita, pode beneficiar-se por meio do treinamento
para queimar mais gordura durante o exercício. Isso pode ser obtido realizando longas
sessões de exercício, que promovem maior acesso às reservas de gordura. Portanto,
com o aumento da capacidade aeróbia, você amplia de modo considerável sua resis-
tência aeróbia, elimina o problema de excesso de gordura e de peso e melhora a saúde
como um todo.
Vitaminas e minerais
Até agora discutimos a respeito de car-
boidrato, gordura e proteína – todos
macronutrientes. As vitaminas e os
minerais, por sua vez, são chamados
de micronutrientes, porque neces-
sitamos deles em apenas peque-
nas quantidades diárias. Ainda
assim, eles são essenciais para o
metabolismo celular, a função
imunológica, a coagulação e ou-
tras ações fundamentais.
Vitaminas
Se as vitaminas não fornecem
energia e são necessárias so-
mente em quantidades mínimas,
por que as consideramos essen-
ciais para a vida? A resposta, em
muitos casos, é que elas são co-
enzimas – a porção ativa das en-
zimas que realiza tarefas específicas
primordiais para as reações químicas
que auxiliam o corpo a funcionar ade-
Vitaminas
Fato sobre a
aptidão física
quadamente. Por exemplo, a vitamina B1 (tiamina)
é uma coenzima que remove o dióxido de carbono Na maioria dos casos,
das moléculas; sem ela, esse processo é interrompido, você pode obter as
permitindo a formação tóxica de compostos nas célu- vitaminas e os minerais
las. A deficiência de vitamina B1 causa beribéri, uma
necessários por meio de
doença caracterizada por fraqueza, degradação mus-
cular, lesão nos nervos e até insuficiência cardíaca. uma dieta balanceada.
As pequenas quantidades de vitaminas de que Ingerir quantidades de tais
você precisa estão prontamente disponíveis em di- nutrientes que excedam
versos alimentos presentes em uma dieta balan- as demandas diárias não
ceada. Doses que excedam suas demandas diárias proporcionará um melhor
não melhoram a função ou o desempenho corporais
funcionamento de seu corpo.
e até podem ser tóxicas.
As vitaminas são classificadas de acordo com a
solubilidade, ou seja, o quão bem elas dissolvem na água ou na gordura.
As vitaminas do complexo B e a C são hidrossolúveis; e o excesso de
tais vitaminas é simplesmente eliminado na urina. Logo
é improvável que você produza níveis tóxicos,
porém há mais chances de experienciar
uma deficiência. Isso pode ocorrer se
seu corpo ficar vários dias sob baixo
fornecimento de uma vitamina.
Em contrapartida, as quan-
tidades excessivas de vita-
minas lipossolúveis A, D,
E e K, que são obtidas
por meio da ingestão
de gordura, não são
eliminadas, elas
são armazenadas
no tecido corpo-
ral; sendo assim,
podem tornar-se
tóxicas. Uma vez
que essas vitami-
nas são armaze-
nadas, você tem
menor probabi-
lidade de desen-
volver deficiên-
cia das mesmas, a
menos que esteja
seguindo uma dieta
com teor de gordura
muito baixo.
BETACAROTENO
(cenoura, batata-doce)
Estimula as células do sistema imune que
combatem infecções
VITAMINA B6
(batata, frutas secas, espinafre)
Promove a proliferação de leucócitos
FOLATO
(ervilhas, salmão, alface-romana)
Aumenta a atividade dos leucócitos
VITAMINA C
(frutas cítricas, brócolis, pimentas)
Um antioxidante que otimiza a resposta
imunológica
VITAMINA E
(grãos inteiros, gérmen de trigo, óleos vegetais)
Um antioxidante que estimula a resposta
imunológica
Células humanas
Células saudáveis, fluidos
corporais e tecidos
contêm antioxidantes.
Os antioxidantes são
capazes de ceder elétrons
sem ficar instáveis.
O antioxidante cedeu
Os radicais livres carecem de elétrons; um elétron ao radical
estes são necessários para que livre, neutralizando-o e
aqueles sejam estáveis. Assim, os tornando-o inócuo.
radicais livres desestabilizam e
danificam outras moléculas para se
apropriarem de seus elétrons.
Núcleo
Valor da ORAC*
total por 100 g
Cravo-da-índia (moído) 314.446
Canela (moída) 267.536
+
Cacau em pó 80.933
Chocolate amargo 20.823
Noz-pecã 17.940
Orégano (fresco) 13.970
Mirtilos (crus) 6.552
Amoras silvestres (cruas) 5.347
Amêndoas 4.454
Morangos (crus) 3.577
Passas de uva (sem sementes) 3.037
Pipoca 1.743
Espinafre (cru) 1.515
Uvas vermelhas (cruas) 1.260
+
(seco, não adoçado)
Fato sobre a
aptidão física
Minerais
Os suplementos não
Você nunca se perguntou por que seu corpo ne- substituem uma boa
cessita de elementos como ferro, zinco, magnésio e
nutrição. Coma alimentos
cromo, mas não de chumbo? Os minerais são vitais
para vários processos orgânicos: atividade enzimá- nutritivos para ter uma vida
tica e celular, produção de hormônios, saúde óssea, longa e saudável.
ação muscular e nervosa e equilíbrio ácido-base. O
corpo necessita de quantidades muito pequenas de
alguns minerais (menos de 100 mg diários) e mais
de outros. Você pode consumir minerais em várias fontes de alimentos, porém as con-
centrações são mais altas no tecido animal e nos produtos de origem animal. Assim
como as vitaminas, os minerais estão prontamente disponíveis em uma dieta balan-
ceada que apresente uma boa variedade. Contudo, se você descartar uma fonte impor-
tante de nutrientes da sua dieta (p. ex., carne), podem surgir problemas.
Embora os minerais sejam essenciais à saúde e à capacidade de apresentar um
bom desempenho, a suplementação com minerais além da quantidade que o orga-
nismo necessita pode desencadear efeitos colaterais. Alguns minerais são inofensivos
mesmo se consumidos em excesso; mas outros podem causar diarreia (magnésio ou
zinco), hipertensão (sódio) ou cirrose (ferro). Se você tem motivos para suspeitar de
deficiência de minerais – por exemplo, se estiver treinando duro enquanto perde peso
para melhorar seu desempenho –, consuma um suplemento que forneça a ingestão
diária recomendada de vitaminas e minerais. Mesmo nesse caso, no entanto, lembre-se
de que os suplementos não servem como substitutos de uma boa nutrição pela dieta.
Ingestão calórica
diária
Calorias diárias
gastas, estilo de
vida ativo
Todas as calorias
foram gastas:
Não ocorre
armazenamento
de gordura
Acúmulo de energia
Discuti há pouco o fato de que o organismo acumula energia na forma de carboidrato,
gordura e proteína. Uma vez que você a armazena, a energia permanece no corpo até
que seja utilizada. Mas onde exatamente ela é estocada?
O carboidrato é armazenado em agregados de glicose, chamados glicogênio, no
fígado e no músculo. A porção armazenada no fígado constitui uma reserva para man-
ter o nível de glicose sanguínea, que é a fonte de energia essencial para o cérebro e o
tecido nervoso. O glicogênio muscular, por sua vez, é o combustível que abastece as
contrações de alta intensidade, e esse tipo de trabalho não é sustentado quando tal su-
primento de combustível se esgota.
A gordura é armazenada no tecido adiposo, ao redor dos órgãos (gordura visceral)
e nos músculos. O corpo utiliza a reserva de gordura nos músculos como energia para
as contrações, especialmente quando é praticada uma atividade de intensidade mais
baixa, porém de duração mais longa. Quando a gordura muscular é depletada, o corpo
pode mobilizar gordura do tecido adiposo e transportá-la por meio do sistema circula-
tório para suprir os músculos em atividade.
GASTO
TE
PE
RE
peso
bre
So
• Perda muscular
• Perda de peso
STA AO
proveniente de • Recuperação do
UETE”
gordura
ia s
D i m ca
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• Diminuição da
ANQ
DIET
de
lor
taxa metabólica
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• Aumento da
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ria de
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reserva de s
O
gordura N
RE O
S ND
À P O STA ABA IETA
FO
ME D
DA
Peso
Primeira dieta Segunda dieta Terceira dieta Quarta dieta Quinta dieta
Tempo
Fato sobre a
aptidão física
Para perder peso, coma
menos e movimente-se
mais.
a se g uir?
v em Você aprendeu sobre alimentação
e
qu saudável e a importância de equilibrar
O sua alimentação (ingestão calórica)
e a atividade física (gasto calórico).
No Capítulo 9, vamos revisar qual a
quantidade necessária de atividade física
e o que fazer se você tem problemas
de saúde ou em relação à prática de
exercício físico.
Fato sobre a
aptidão física
Você deve ser fisicamente
ativo por pelo menos 30
minutos, durante 5 dias
por semana, realizando
atividades que aprecie.
Hábitos saudáveis
Perca
peso
Alimente-se
melhor
Use o cinto
de segurança
Exercite-se
regularmente
Mas você precisa de uma bateria anual de exames médicos? Muitos pesquisadores
questionam a necessidade de uma bateria anual de exames médicos preventivos, ci-
tando os custos elevados, bem como o fato de que a maior parte do cuidado preventivo
ocorre fora dos exames físicos e que a maioria dos pacientes é vista pelos médicos por
outra razão durante o mesmo ano (Mehrotra, Zaslavsky e Ayanian, 2007). Consulto-
-me com meu médico anualmente para discutir quaisquer questões e renovar pres-
crições. De vez em quando, ele me convence a realizar um exame importante (p. ex.,
uma colonoscopia). Esta é outra questão: você consulta um médico antes de iniciar um
programa de exercícios?
Benefícios
Benefícios e riscos
Relações
R
Ree entre benefícios e
riscos e os níveis de ativida- Riscos
de física. Você pode maximi-
zar os benefícios e minimizar
os riscos praticando ativida-
de moderada regular.
Intensidade progressiva da atividade física
Reimpressa, com permissão, de Powell e
Paffenbarger, 1985, p. 123. Leve Moderada Alta
SINA
L E R TA
I S D EA
SIN A
PARE Sinais de PARADA OBRIGATÓRIA Se você apresenta ou apresentou
qualquer um desses sintomas, mesmo que uma só vez, interrompa o exercício
e consulte seu médico antes de retomar a atividade.
® Ação cardíaca anormal. Isso pode ser representado por pulso irregu-
lar; agitação, bombeamento ou palpitações no peito ou na garganta; pico
súbito de batimentos cardíacos mais rápidos; ou pulso muito lento (duran-
te ou após o exercício) que estava moderado momentos antes.
® Dor ou pressão no meio do peito, no braço ou na garganta. Isso
pode ocorrer durante ou após o exercício.
® Tontura, delírio, perda súbita de coordenação, confusão, suor
frio, olhar vidrado, palidez, tonalidade azul ou desmaio. Inter-
rompa o exercício – não tente desaquecer – e deite-se com os pés eleva-
dos ou sente-se e ponha a cabeça para baixo, entre as pernas, até que os
sintomas passem.
Bolhas
As bolhas são pequenas queimaduras causadas por fricção. Você pode evitá-las adotan-
do medidas apropriadas antes do exercício: use calçados do tamanho certo, vista meias
apropriadas (de camada dupla ou longas) e aplique um lubrificante (p. ex., Bag Balm)
nas áreas quentes. Se estiver no meio de um esforço prolongado (p. ex., caminhada),
intervenha ao primeiro sinal de problema cobrindo a área com fita adesiva – sim,
fita adesiva! Uma fita de boa qualidade e bem colocada pode durar
vários dias. Você pode tratar casos mais avançados com uma agu-
lha oca esterilizada: libere o fluido, trate a área com antisséptico,
circule-a com um anel de borracha esponjosa e, então, continue.
Dor muscular
Você pode experienciar um quadro conhe-
cido por dor muscular tardia (DMT)
aproximadamente 24 horas depois
de realizar um exercício novo
ou mais vigoroso. A DMT pode
resultar de inchaço ou rupturas
microscópicas no músculo ou
no tecido conectivo. Se você for
com calma no início de um es-
porte, esse tipo de dor será minimi-
zado, e será possível realizar a atividade
Dor
Cãibras musculares
A cãibra é uma forte contração involuntária. O sistema nervoso nor-
malmente avisa os músculos quando devem contrair ou relaxar, mas
esse controle normal às vezes falha; e quando isso acontece, você
certamente sente o resultado! Você pode obter alívio imediato alon-
gando o músculo afetado e massageando-o (sempre em direção ao
coração), mas a causa subjacente permanece. A desidratação e as al-
tas temperaturas parecem tornar os músculos suscetíveis a cãibras,
e sabemos que a química da contração e do relaxamento envolve
sódio, potássio e cálcio. Portanto, se for realizar atividade física em
clima quente, procure atender à necessidade do organismo de re-
posição de líquidos e eletrólitos. Embora água seja suficiente para
uma hora ou menos de atividade, nossos estudos com bombeiros
florestais na Universidade de Montana indicaram que bebidas
esportivas populares que contenham água, eletrólitos (sódio e
Em uma cãibra, os
filamentos muscula-
res “travam” em uma
posição contraída,
produzindo dor
quando você tenta
alongar ou encurtar
o músculo.
Aptidão
p Física Ilustrada 257
bolhas • dor muscular • cãibras musculares
bolhas • dor muscular • cãibras musculares
Contusão óssea
Pessoas ativas, especialmente as que praticam longas caminhadas e trote (jogging), às
vezes sofrem contusões dolorosas nos pés. Em alguns casos, essa contusão não apenas
acomete o tecido mole, mas o próprio osso. As contusões ósseas são menos graves do
que as fraturas, mas podem levar muito tempo para curar (uma contusão grave pode
durar semanas). Você pode evitar essas contusões usando calçados de alta qualidade e
olhando para onde coloca os pés, por exemplo, cuidando para não pisar forte nas bordas
de uma pedra pontiaguda durante uma caminhada. As contusões ósseas são resultantes
de impactos repetitivos, e você pode reduzir esses choques usando tênis com palmilhas
acolchoadas e solados em gel ou aerados. Enquanto se recupera, você pode utilizar gelo
para diminuir o desconforto; também pode verificar se um enchimento extra nos tênis
permite a realização de alguma atividade. Finalmente, preste atenção nas condições de
seus tênis; uma contusão óssea pode indicar que é hora de substituí-los.
Entorse de tornozelo
Trate uma entorse de tornozelo adotando
o acrônimo a seguir. Resfrie imediatamen-
te o tornozelo, de preferência imergindo-o
em um balde com água gelada, e continue
a resfriá-lo por 20 minutos várias vezes ao
dia, durante 3 a 4 dias. Repouse e eleve
o tornozelo entre as sessões de resfria-
mento e use uma atadura para estabi-
lizá-lo e manter a compressão. Uma
forma de minimizar a ocorrência de
entorse é usar calçados de alta qua-
lidade sempre que possível.
Repouso
Gelo
Compressão
Elevação
Estabilização
Distensão muscular
Você nunca deve ignorar a sensação de repuxo puxo
en-
na panturrilha ou nos isquiotibiais. Uma disten-
são leve pode ser tratada com repouso e gelo.lo.
Além disso, no caso de distensão na panturri- i-
lha, experimente uma calcanheira em gel; para a Área da distensão
uma distensão nos músculos isquiotibiais, uma a
manga elástica acelera o retorno à atividade.e.
ui-
Em ambos os casos, retorne à atividade com cui-
dado – uma distensão grave pode levar semanasnas
ares,
para curar. Para prevenir distensões musculares,
reserve um tempo para aquecer e alongar de forma
localizada e compre um bom par de tênis.
Aptidão
p Física Ilustrada 259
bolhas • dor muscular • cãibras musculares
bolhas • dor muscular • cãibras musculares
Dor na tíbia
A dor na parte anterior da tíbia é chamada síndrome do estresse tibial medial (SETM)
e pode ser causada por espasmo ou inflamação do músculo, de sua membrana ou do
osso. Para o alívio da dor, faça repouso, use bandagem compressiva, realize massagem
profunda (em direção ao coração) e tome anti-inflamatório (p. ex., ibuprofeno). Para
prevenir a SETM, efetue transições graduais no treinamento, evite superfícies de corri-
da duras, inverta ocasionalmente a direção se você corre em uma pista curta em local
fechado, toque o pé no solo no sentido do calcanhar à ponta, realize exercícios de força
e lembre-se de alongar.
Dor no joelho
Pesquisadores descobriram que correr não causa lesões em joelhos saudáveis. O pro-
blema é que muitas pessoas correm com joelhos nada saudáveis! Alguns de nós corre-
mos mesmo sofrendo de osteoartrite nos joelhos. O estresse físico acumulado afeta ne-
gativamente os joelhos, e a manipulação de cargas pesadas (no trabalho ou no esporte)
aumenta o risco de osteoartrite nessa articulação.
Músculo
Tendão
Membrana
sinovial
Cavidade articular
preenchida com
líquido sinovial
Osso Cartilagem
Gordura
Cartilagem
Bolsa desgastada
Extremidades
ósseas em atrito
Fato sobre a
aptidão física
Para lesões ou outros
problemas, corrija a causa
enquanto trata o sintoma. Aptidão Física Ilustrada 261
Quem procurar no caso de uma lesão
relacionada à atividade física?
Que profissional
Q fi você deve consultar quando sofrer uma lesão relacionada à ativi-
dade física ou ao esporte? Um médico? Um especialista (ortopedista)? Vou ao espe-
cialista em medicina do esporte com mais experiência em prevenção, diagnóstico e
tratamento de lesões esportivas: um preparador físico. Infelizmente, muitas pessoas
não têm acesso a esse profissional. Sendo assim, elas vão a um médico e depois a
outro, aumentando, desse modo, suas despesas médicas. Todavia, você pode encon-
trar um preparador físico em uma clínica de medicina do esporte, uma escola de En-
sino Médio ou uma faculdade próxima. Caso contrário – e se amigos e a internet não
fornecerem uma resposta –, o melhor a fazer é procurar um fisioterapeuta, que reco-
mendará um tratamento ou encaminhará você a um médico especialista apropriado.
Se consultar um especialista, certifique-se de receber um plano de tratamento. Meu
cirurgião ortopédico favorito está associado a um centro de fisioterapia. Quando
deixo seu consultório, entro no centro. Qualquer que seja o problema – desde uma
entorse de tornozelo até uma substituição de joelho –, a locomoção antecipada é o
segredo para o sucesso da reabilitação!
Idosos
À medida que você envelhece, sua Periósteo
demanda de capacidade muscu- Osso cortical
lar aumenta. Se você é ido-
so, procure realizar exer-
cícios que o capacitem
a desenvolver e man-
ter a força e a resis-
tência musculares. Medula óssea
Em particular, tome Osso trabecular
medidas agora para
aumentar sua força
Nervo
a níveis necessários Artéria
antes que a perda de Veia
força interfira em sua
independência.
Tecido ósseo saudável
Mulheres
A orientação e as prescrições apresen-
tadas neste livro valem tanto para homens
como para mulheres. Contudo, se você é mulher,
há mais questões a considerar. Meninas pré-púbe-
res precisam saber que o treinamento vigoroso de
alto volume antes da puberdade pode retardar o
início do ciclo menstrual. O aspecto positivo é que
tal retardo está associado a um menor risco de cân-
cer de mama e do sistema reprodutor. Em contra-
Doença ou deficiência
Toda condição envolve suas próprias restrições – e seu próprio potencial. Atualmente,
pessoas com deficiências participam de uma grande variedade de atividades físicas e
competem até mesmo em nível internacional, mas apenas após estabelecerem o con-
trole sobre suas condições. Elas esquiam, andam de caiaque e fazem praticamente
qualquer esporte, e mais modalidades estão se tornando disponíveis a cada dia. Pessoas
com diabetes, por exemplo, competem em todos os tipos de esportes e até já escalaram
o Monte Everest. Atletas cadeirantes competem em maratonas, jogam basquetebol e
pescam. Pessoas com esclerose múltipla respondem melhor a atividades moderadas,
tais como a natação. Para mais informações, contatar um departamento de recreação,
uma organização de serviços comunitários ou, nos Estados Unidos, o National Center
on Physical Activity and Disability (Centro Nacional de Atividade Física e Deficiência),
que mantém um boletim maravilhoso (e gratuito) em um site (www.ncpad.org).
Trabalho e viagens
Nem o trabalho nem uma viagem podem ser desculpa para não praticar exercício. En-
contre uma maneira de se exercitar no trabalho: calce tênis para caminhar na ida para
o trabalho e na volta dele, durante os intervalos ou na hora do almoço; suba e desça
pelas escadas em vez de usar o elevador; use as instalações da empresa ou matricule-se
em uma academia. O mesmo vale para as viagens: carregue apetrechos de exercício
na estrada; caminhe sempre que possível, especialmente em aeroportos ou enquanto
discute negócios; escolha um hotel com sala de ginástica e use-a todos os dias.
e g u i r?
as
v emNeste capítulo, você aprendeu
e
qu como tornar a atividade física mais
O significativa. Também observou a
necessidade de consultar um médico
antes de aumentar o nível de atividade,
bem como os aspectos aos quais
deve prestar atenção ao se tornar
ativo, incluindo dicas para solucionar
problemas relacionados ao exercício. No
Capítulo 10, são apresentados fatos e
mitos sobre a aptidão física.
Aptidão Física Ilustrada 269
10
Fatos e mitos
sobre a aptidão
física
Qual é a
verdade?
Aquele que não consegue descansar,
não consegue trabalhar; aquele que não
consegue deixar ir, não consegue segurar;
aquele que não consegue encontrar uma
base sólida, não consegue ir adiante.
~ Harry Emerson Fosdick
Régis,
um mú
músico,
matriculou-se em uma
academia para cumprir
a resolução de Ano-novo
de aumentar seu
condicionamento físico. Após
alguns dias de esforço sem
propósito, decidiu contratar
os serviços de um personal
trainer. Tim era um instrutor
de musculação magro que
prometia resultados rápidos.
Após uma semana de
trabalho com Régis em um
programa de levantamento
moderado, Tim disse que
era hora de elevar o nível
do treinamento; então Régis
executou mais séries e mais
repetições – e muitas vezes
sofreu de total fadiga em um
grupo muscular.
Este capítulo considera os fatos e alguns dos mitos que inundam o campo da ativida-
de física. Também descreve como os fatos são propriamente estabelecidos a fim de aju-
dá-lo a se tornar um melhor consumidor de informações sobre aptidão física e saúde.
Fatos
Como uma hipótese ou teoria torna-se um fato? Estudos cuidadosamente planejados
e controlados ajudam-nos a diferenciar um fato de uma ficção. Fisiologistas do exercí-
cio desenvolvem muitos tipos de estudos a fim de compreender os efeitos
imediatos e de longo prazo do exercício e do treinamento (ver a tabela
na próxima página). Em estudos comparativos, ou de status, é pos-
sível determinar diferenças entre grupos, tais como atletas e não
atletas. Esses estudos podem mostrar diferenças mas não provam
por que os atletas são mais fortes ou mais rápidos (há probabili-
dades de que a hereditariedade e o ambiente os predisponham
a terem sucesso em um esporte espe-
cífico). Outro tipo de estudo – o de
correlação – analisa a relação de um
fator (p. ex., um método de treina-
mento em particular) com outro fator
(p. ex., desempenho). Tais análises são
utilizadas para demonstrar a relação
do volume de treinamento (p. ex.,
quilômetros por semana) com o de-
sempenho na natação, na corrida e
em outras modalidades; contudo,
eles não provam a necessidade de
treinamento de alto volume. Por
que não? O motivo é que a relação
não evidencia causa e efeito. Por
exemplo, um nadador pode ser bem-
-sucedido por realizar treinamento de
alta intensidade ou porque foi capaz de
sobreviver à provação enquanto outros
ficaram esgotados.
Compara grupos
Status
> Não
1
Não
2
Correlação ? ?
3
4
Tempo Desempenho Distância
Manipula variáveis
Experimental
? Sim
O tipo de estudo que nos permite tirar conclusões de causa e efeito é chamado
de estudo experimental. Os sujeitos passam por um pré-teste, são designados de modo
aleatório para um grupo experimental ou de controle, têm seu progresso monitorado
durante um treinamento cuidadosamente controlado e passam por um pós-teste ao
final do experimento. Um fisiologista pode utilizar um estudo experimental para de-
terminar os efeitos de um método específico com mais confiança. Por exemplo, se uma
técnica de treinamento experimental melhorar o desempenho mais do que a abor-
dagem tradicional, o resultado será significativo se a análise estatística indicar uma
probabilidade muito pequena (inferior a 5%) de
que o resultado deva-se ao acaso. O resultado será
considerado altamente significativo se a análise indi-
car uma probabilidade menor que 1% (i.e., menos Fato sobre a
de 1 chance em 100) de que os resultados devam-
-se ao acaso. Quando a preponderância dos estudos
aptidão física
concorda com o efeito de um tipo de treinamento, Em pesquisa, uma relação
o status dessa técnica altera-se de hipótese ou teoria não prova causa e efeito.
para fato comprovado.
Princípios de treinamento
Esta seção apresenta uma dúzia de fatos e princípios importantes com base nos quais se
deve agir para evitar doenças e lesões e fazer progresso no treinamento.
Prontidão. É preciso estar física e psicologicamente pronto para realizar uma ativi-
dade física. A prontidão física requer que o corpo tenha nutrição e repouso suficientes
para se beneficiar do treinamento.
do
V
?
Adoro
ser
ativo!
Pretendo
continuar
com a
atividade.
Aqui
!
vou eu
Talvez eu
goste de
experimentar.
Atividade
física?
O que é is
so?
Fato sobre a
aptidão física
A prontidão psicológica refere-se a seu Você sabia que o volume
comprometimento em treinar, adiar a gra- sanguíneo aumenta com o
tificação e fazer os sacrifícios envolvidos no treinamento de resistência
treinamento continuado.
aeróbia? À medida que
Adaptação. O treinamento produz alte- você treina, a quantidade
rações sutis à medida que o corpo se adapta de sangue que você possui
a demandas adicionais. As alterações diárias aumenta, logo o coração
são tão pequenas que você não as percebe;
bombeará mais sangue a
porém, se progredir com paciência por se-
manas e meses, você verá adaptações men- cada sístole.
suráveis, incluindo a melhora da respiração
e da função cardíaca; o aprimoramento da
resistência muscular, da força e da potência; e o fortalecimento de ossos, ligamentos,
tendões e tecidos conectivos.
Fato sobre a
aptidão física
A fim de melhorar, você deve
treinar com mais frequência,
mais intensidade e por mais
tempo.
Potencial. Como todo mundo, você tem um nível máximo de desempenho po-
tencial. A maioria das pessoas nunca chega perto desse potencial, mas tudo bem.
Na realidade, isso indica que seus melhores desempenhos potenciais ainda es-
tão a sua frente! Se praticar atividade física regular, você alcançará cada vez
mais o seu potencial e melhorará a qualidade de sua vida diária.
Mitos
Você pode deparar-se com outros fatos bem conhecidos sobre treinamento, mas deve
estar ciente de que alguns deles são, na verdade, mitos ou equívocos. Essas declarações
feitas frequentemente são falsas e não estão fundamentadas em pesquisas médicas ou
científicas.
Treine
T
Tre
Tr
re de forma gradual e você logo obterá resultados sem dor.
8
Níveis de lactato no sangue
2
Eliminação
n
do ácido
i Ocorrência
lático no san
sangue. de dor
muscular.
r
0
0 1 2 3 4 5 10 15 20 25
Horas após o exercício
x
O ácido lático já não existe mais quando você começa a sentir dor.
Aptidão Física Ilustrada 285
Mitos
Fibras Fibras
Em treinamento musculares musculares Em ausência
maiores menores de treino
corpo bonito
a se g uir?
v em
e Agora que você conhece a verdade
qu sobre fatos e mitos comuns relacionados
O aos exercícios, leia o Capítulo 11
para saber como permanecer ativo na
maturidade.
100
Percentual de sobrevivência
90 2002
80 1949–1951
70 1900–1902
60
50
40
30
20
10
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 100
Idade
Percentual
P
Pe
e de sobrevivência por idade: registro de mortes nos estados norte-america-
nos, de 1900 a 1902; e nos Estados Unidos, de 1949 a 1951 e em 2002. Com bons
hábitos de saúde, mais pessoas são capazes de retardar doenças debilitantes crônicas,
mantendo o vigor até os últimos anos ou meses de vida.
Reimpressa do National Center for Health Statistics, 2004, p. 5.
Sobrevivência
têm probabilidade muito maior de morrer de 0,8
qualquer causa, do que aquelas que são mode-
rada ou altamente aptas. Como demonstrado 0,7 Categoria de aptidão física
no gráfico, nas pessoas categorizadas em cinco 5 (Mais apta)
níveis de aptidão física, em que 1 representa a 4
0,6 3
menos apta e 5 a mais apta, a maior diferença 2
em mortalidade ocorreu naquelas menos ap- 1 (Sedentário)
tas (categoria 1) e que estavam apenas um ní- 0,5
0 3 5 8 10
vel mais aptas (categoria 2). Outrossim, houve Acompanhamento (anos)
ganhos nos níveis mais altos de aptidão física,
e as pessoas classificadas como menos aptas fi- Mo Morte
M o por qualquer causa ao longo
sicamente eram quatro vezes mais suscetíveis a de vários níveis de aptidão física
morrer por qualquer causa, incluindo eventos em indivíduos saudáveis.
Adaptada, com permissão, de Mandic, Myers, Olivei-
cardiovasculares, do que aquelas mais aptas ra, Abella e Froelicher, 2009.
(Mandic et al., 2009). Qual é o balanço final
disso? Se não é ativo de qualquer forma agora,
você pode fazer a diferença em suas chances de viver mais tempo simplesmente acres-
centando um pouco de atividade. E quanto mais ativo você for, maior sua probabilida-
de de ter uma vida mais longa.
Algumas pessoas lamentam o fato de que qualquer quantidade de anos que for
adicionada à vida será em seu final. Algumas também sugerem que quaisquer anos
que forem adicionados são anulados pelo tempo que se gasta exercitando-se a fim de
obtê-los. Analisemos os fatos e reflitamos sobre eles. Um estudo descobriu que a ativi-
dade foi associada a um aumento da expectativa de vida de um para mais de dois anos
(Paffenbarger et al., 1986). Assumamos que você gaste 14.610 horas com exercício
(1 hora por dia durante 40 anos). Isso perfaz o total de 609 dias, ou 1,67 anos, que é
menos de dois ou mais anos que você provavelmente ganhará. Some a isso o fato de
que você vai curtir o tempo que gasta com
exercício, lazer e esporte, e de que é uma
decisão bastante simples. Você gostaria de
estender seus anos de diversão e função,
Fato sobre a
ou seja, o auge de sua vida? aptidão física
Na maior parte dos casos,
você pode prolongar seus
anos vigorosos adotando
um estilo de vida ativo e
saudável.
Acr escente
eus
VIDA a s enas
ap
anos, não vida.
anos a sua
“Cada idade tem seus prazeres, seu estilo de saber e seus próprios caminhos.”
~Nicolas Boileau-Despréaux
306 Brian Sharkey
ADULTO
JOVEM
Essa fase geralmente requer que a pessoa cor-
te (ou pelo menos afrouxe) laços, invista na
formação, estabeleça uma carreira, encontre
um companheiro e, talvez, inicie uma família.
Portanto, é comum ver o sucesso nessa fase
da vida definido em termos educacionais e
materiais.
ADULTO
MÉDIO
Se ele ou ela evita o divórcio e mudanças
importantes na carreira, um adulto de 30 e
poucos anos pode apenas ser capaz, se a ideia
agradar, de comprar uma casa e fixar raízes.
No entanto, essa meta é frequentemente
ameaçada por incertezas, tanto profissional
como economicamente. Esse período também
pode envolver o que chamamos de “crise da
meia-idade”, ou seja, uma sensação de que o
tempo continua passando e a oportunidade
de alcançar objetivos de longa data pode es-
tar escapulindo. Entre os 45 e os 55 anos de
idade, no entanto – período por vezes deno-
minado meia-idade –, as pessoas geralmente
começam a aceitar a si mesmas e suas vidas.
Elas podem redefinir seus objetivos em busca
de sucesso e qualidade de vida e emergir des-
se processo sentindo-se renovadas. De fato,
se estivermos dispostos a nos desvencilhar de
papéis e definições estabelecidos, podemos
obter sentido de propósito renovado e, assim,
entrar na melhor época da vida até o momen-
to (Sheehy, 1976).
IDOSO MÉDIO
E ANCIÃO
Depois dos 80 anos de idade, muitas pessoas
revelam que começam a desacelerar, mas não
parar. Artistas e músicos geralmente conti-
nuam criando e se apresentando durante esse
período. Por exemplo, minha mãe, que, ape-
sar da artrite reumatoide incapacitante, era
independente, e continuou a tocar piano em
programas de música até pouco tempo antes
de morrer, aos 84 anos. A jardinagem e a na-
tação a ajudaram a manter a vitalidade física
de que precisava para seguir se dedicando a
sua paixão pela música.
Alguns esportes (p. ex., o futebol americano) devem ser praticados somente pelos
jovens, enquanto outros são perfeitamente adequados para adultos, idosos jovens e
até mesmo para idosos médios e anciãos. Atividades como pescar, velejar e jogar golfe,
por exemplo, podem ser desfrutadas em qualquer fase da vida. De fato, se relaxar, você
descobrirá que há tempo para tudo que realmente queira fazer. Se você ainda é jovem
neste momento, pare um pouco para pensar sobre atividades às quais queira se dedicar
no futuro, quando tiver tempo para curti-las. À medida que envelhece, você se depara
com novos desafios e aventuras.
O custo da preguiça
Você sabe, até aqui, que a inatividade física tem um preço. Ela é responsável por gran-
des custos econômicos e é um dos fatores que mais contribuem para cardiopatia, diabe-
tes, osteoporose e algumas formas de câncer. Ela pode ser responsável por cerca de 407
mil mortes por ano nos Estados Unidos (Danaei et al., 2009). Pouco está sendo feito,
contudo, para reverter nosso desleixo em relação à preguiça e à obesidade. O que se
pode fazer? Bem, eis algumas ideias:
Crianças e adolescentes
Estabeleça programas escolares de educação física.
Treine e teste a aptidão física.
Institua programas de controle do peso corporal.
Elimine o consumo de fast-food e refrigerantes nas escolas.
Institua programas após o turno escolar.
Inicie programas comunitários e em clubes.
Promova o envolvimento duradouro em esportes.
Adultos
Encontre tempo para realizar atividade física e esporte.
Dê presentes que incentivem a prática de atividade física.
Pratique exercícios ao ar livre sempre que possível.
Frequente clubes voltados à saúde física e academias.
Participe de programas de saúde (bem-estar) para funcionários.
Planeje a prática de atividades significativas para cada estação.
Idoso jovem
socializ
e
a se g uir?
v em Agora é com você. Que decisões tomará? Que
e
qu metas estabelecerá? Se você ainda não fez isso,
O agora é a hora de se comprometer com a vida
ativa – e compartilhar esse compromisso com a
família e os amigos. Comece hoje escolhendo
uma forma simples em que você seja ativo e curta
o momento. Identifique atividades significativas
que sejam adequadas para cada estação do
ano. Com o tempo, você será capaz de expandir
seus horizontes conforme desfruta os benefícios
da atividade e da aptidão física; e um dia
você olhará para trás e verá como o seu vigor
aumentou em cada fase da vida. COMECE HOJE:
você nunca se arrependerá de tal decisão!
Referências 321
Créditos das ilustrações
Figuras
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Fotos
Página 1 © iStockphoto.com/Joshua Hodge Photography
Páginas 17, 22, 23, 30-31, 33, 35, 37, 39, 40, 41, 47, 48, 50, 60 (embaixo), 65, 69, 78 (ao fun-
do), 101, 103, 118, 124 (embaixo), 128 (embaixo), 131, 143, 145, 146, 147, 148, 149, 150,
154, 155, 156, 157, 158, 159, 165, 166, 167, 167, 169, 170, 171, 172, 173, 174, 175, 176, 177,
178, 179, 180, 181, 182, 183, 184, 185, 186 (no meio), 189, (em cima à esquerda, embaixo
à direita), 190, 191 (em cima à esquerda, embaixo à esquerda, embaixo à direita), 192
(em cima à esquerda, embaixo à esquerda, embaixo à direita), 193, 194, 198, 199, 200,
214, 221 (em cima), 232, 249, 251 (em cima), 257, 258, 259, 261, 263, 272-273, 274, 276,
285, 287, 288 © Human Kinetics
Página 11 © Stephen Coburn/fotolia.com
Páginas 12-13, 26-27, 52-53, 84-85 © Digital Vision
Páginas 14, 81 (à esquerda), 91, 92, 93, 94, 95, 289 (em cima) © EastWest Imaging/fotolia.com
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Páginas 18, 20 (em cima à esquerda), 36 (em cima), 43, 202-203, 204-205, 208 (no meio
embaixo), 210, 211, 215, 216, 219, 223, 224, 225, 226 (embaixo), 227, 229, 230, 237 (embai-
xo), 250, 290 © Photodisc
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Páginas 20 (embaixo), 73, 80 (à direita), 89, 110, 139, 150, 313 (em cima) © Monkey
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Páginas 21, 44, 54-55, 57, 59, 96-97, 102, 111 (embaixo), 115, 126, 127, 164, 189 (embaixo
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Páginas 28-29, 36 (embaixo), 111 (em cima), 136-137, 205, 233, 237 (no meio), 251 (em-
baixo), 289 (embaixo) © Eyewire
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Tabelas
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Índice 327
G meio ambiente, qualidade de vida e 314
minerais 224, 230
genes 50-51
mitocôndrias 47, 56
glicose 210-212, 222, 232
mitos sobre a aptidão física 283-287
gordura
moderação 282, 302
como fonte de energia 31, 47, 222, 232, 234, 238
motores primários 143
corporal 17, 48-49
mulheres 263-264
idade e 239
músculos
nutrição proveniente de 214-217
abdominais 175-176
transformação de músculo em 286
aumento do tamanho dos 139
gordura corporal 17, 48-49 aumento do tônus dos 138
gordura monoinsaturada 215-216 cãibras nos 257-258
gordura poli-insaturada 215-216 de estabilização central 158
gordura saturada 215-216 “detonar” os 284
gravidez 264 distensão dos 259
grupos musculares antagonistas 190 do tórax 179-180
do tronco 176-177
H dor nos 148, 256-257, 285
habilidade 132-133 dos ombros 179-180
hábitos saudáveis 250-251, 299, 302 dos quadris 178
hereditariedade 50-51 esqueléticos 23, 31, 34
hiperextensão do tronco 182 fibras dos 112-114, 116
hipertrofia 139 grupos antagonistas de 190
hipoglicemia 212-213 interferência do exercício aeróbio nos 44-48
queimar os 285
I selecionados para treinamento 143-144
trabalho dos 112-114
idade cronológica 300
transformação de gordura em 286
idade psicológica 300
treinamento de força e resistência modificando os
idosos 263
118-123, 123t
imagem corporal 19
músculos abdominais, treinamento de estabilização
IMC. Ver índice de massa corporal
central para os 175-176
inatividade 310-313
músculos de estabilização central 158
inclinação lateral do tronco 185
músculos do tórax 179-180
índice de atividade 36-37
músculos dos ombros 179-180
índice de massa corporal (IMC) 48-49
músculos dos quadris 178
índice de percepção de esforço (IPE) 58-59
músculos esqueléticos 23, 31, 34
índice glicêmico alto 210-211
índice glicêmico baixo 210-211
índice glicêmico moderado 210-211 N
intensidade 46, 58-60, 65 natação 72, 74, 81, 99
intensidade alta 46 National Weight Control Registry (NWCR)
intensidade leve 46 240-241
intensidade moderada 46 nível de aptidão física avançado 62, 147
ioga 125, 290 nível de aptidão física de um iniciante 54-55, 62, 146,
IPE. Ver índice de percepção de esforço 198
nível intermediário de aptidão física 62, 146
J nutrição. Ver também controle de peso
aspectos-chave para a 243
jejum 237
da gordura 214-217
da proteína 218-222, 233-234
L das vitaminas 224-229
lesões do carboidrato 208-213
consulta para tratamento de 262 dos minerais 224, 230
programa de fortalecimento muscular para trata- energia e 206-207, 222-223, 232
mento de 162-163 para atletas 204-205
risco de 289 suplementos 225, 228-230
local de treinamento 104 vegetarianismo e 219
longevidade 298-299, 301-302, 315 NWCR. Ver National Weight Control Registry
M O
massagem 291 objetivos 141-142, 201
meia flexão de joelhos 192 osteoporose 164, 263-264
328 Índice
P repetição máxima (RM) 115, 139, 187
resistência. Ver capacidade aeróbia; resistência mus-
passada à frente 193
cular
passada à frente com inclinação do tronco 172
resistência à insulina 211
passada à frente com salto 194
resistência de pernas 189, 192
patinação 72
resistência dos braços 189
2008 Physical Activity Guidelines for Americans 21, 248
resistência dos ombros 189
ponte com elevação da coxa 183 resistência muscular
pontes cruzadas 113 agilidade e 130
postura 139 aumento da 150
potência 110, 127-128, 140t de braços 189
potencial 282 declínio da 110
pressão de pernas 140t, 189 definição de 117
pressão de pernas na posição supina 182 dos ombros 189
princípio árduo-ameno 63-64 manutenção da 150
problemas de saúde 250-252 nas pernas 189, 192
problemas na região lombar 111, 162-163 objetivos de 141-142
problemas vasculares 17 teste de capacidade muscular para 140t
programa azul de trote 88-89 respiração 40-41
programa de calistenia 199 resposta individual 278
programa de caminhada vermelho 84-85 reversibilidade 282
programa de caminhada-trote 80-89 ribossomos 119-120
programa de caminhada-trote branco 86-87 Ride Around The Pioneers in One Day (RATPOD) 71
programa de iniciação (caminhada-trote) 80-89 RM. Ver repetição máxima
programa de treinamento de força 200. Ver também RNA 118-120
treinamento de capacidade muscular RNA mensageiro (RNAm) 118-120
programa de trote-corrida 80-81, 90-95 RNA transportador (RNAt) 215-216
programa de trote-corrida intermediário 90-95 roupas 101-102
programas aeróbios
aspectos-chave para os 105
caminhada 80-89
S
caminhada-trote 80-83, 86-89 salto vertical 140t
ciclismo 81, 98 sarcômeros 124
natação 81, 99 sarcopenia 112
personalizados 80-81 sentar e alcançar 140t
trote (jogging) 80-81, 80-95 serviços de construção 108-109
sinais de advertência 255
trote-corrida 80-81, 90-95
sinais de alerta 254-255
programas de fortalecimento muscular
sinais de dê a preferência 255
calistenia 199
sinais de parada obrigatória 255
flexibilidade 165-174
síndrome metabólica 17
força e resistência musculares 186-194
sistema circulatório 31
para iniciantes 198
sistema imunológico 17, 226
para tratamento de lesões 162-163
sistema respiratório 31
treinamento de estabilização central 175-185
sobrecarga 56, 145, 278
treinamento de força 200
sobretreinamento 148, 272-273, 280
progressão 66-68, 278
supino 145, 180
prontidão 277-278
suplementos 225, 228-230
proteína 218-222, 233-234
proteína contrátil 120, 218
proteína enzimática aeróbia 120, 138 T
puxada pela frente 189 tai chi 289
tempo de vida 297-298
Q tênis (calçado) 101
terapias alternativas 131
qualidade de vida, meio ambiente e 314
teste de abdominal total 140t
quilocaloria. Ver calorias
teste de apoio 140t
teste de caminhada-trote 83
R teste de flexão de cotovelo na barra fixa 140t
rabdomiólise por esforço 273 testes 36-38, 82-83, 140t
RATPOD. Ver Ride Around The Pioneers in One Day trabalho 266
relacionamentos 302 treinamento. Ver também treinamento da capacidade
remada sentado 179 aeróbia; treinamento de capacidade muscular
remada sentado com banda elástica 192 de flexibilidade 151-153, 157
Índice 329
de longo prazo 282 treinamento de força. Ver também exercícios específicos;
definição de 25 treinamento de capacidade muscular
dicas de 101-105 capacidade muscular e 118-123, 123t
do equilíbrio 289 de pernas 140t, 189-190, 192
efeito do 23 ioga vs. 125, 290
especificidade do 39, 121-123, 129, 133, 147, 191, músculos escolhidos para 143-144
279-280 orientações para 186, 195
princípios do 277-282 para a região superior do corpo 191
treinamento avançado de capacidade aeróbia 96-97 para caminhadas longas 144
treinamento da capacidade aeróbia. Ver também progra- prescrição de 187
mas aeróbios programas de fortalecimento muscular para 186-194
ajuste do 56 treinamento de força para a região superior do corpo
aspectos-chave para o 75 191
avançado 96-97 treinamento de longo prazo 282
cardiopatia e 33 treinamento de resistência muscular. Ver também exer-
dicas de 101-105 cícios específicos
duração do 60-62, 65 capacidade muscular e 118-123, 123t
efeitos do 40-49, 56 músculos selecionados para 143-144
escolhendo atividades para 69-74 orientações para 186, 195
fontes de energia para 45-46 para longas caminhadas 144
frequência do 63-65 prescrição de 187
genes que influenciam o 50-51 programas de fortalecimento muscular para 186-194
gradual 105 treinamento de resistência muscular 118-123, 123t
intensidade do 46, 58-60, 65 e potência 110, 127-128, 140t
motivos para realizar o 30-32 e velocidade 127-128, 140t
para iniciantes 54-55 habilidades e 132-133
progressão do 66-68 testes para 140t
prolongado 68 treinamento de força e 118-123, 123t
respostas ao 51 treinamento do equilíbrio 289
tipos de 32 treinamento variado 100, 280
variado 100, 280 triatlo Ironman 78-79
treinamento de capacidade muscular. Ver também tríceps no banco 191
treinamento de estabilização central; treinamento de triglicerídeos 214-216
resistência muscular; programas de fortalecimento trote (jogging)
muscular; treinamento de força alongamentos dinâmicos do 173
aspectos-chave para o 159, 201 escolhendo uma atividade 74
boa forma 138-139 programas de 80-81, 80-95
níveis de 146-147
planejamento de programas específicos para 197-200
prescrição de 187
U
uma repetição máxima 1 (1 RM) 115, 187
princípio da sobrecarga no 145
variação do 197
treinamento de estabilização central. Ver também exer- V
cícios específicos variação 197, 281
panorama do 157-159, 163, 175 vegetarianismo 219
para os músculos abdominais 175-176 velocidade 127-128, 140t
para os músculos do tronco 176-177 viagem 266
para os músculos dos ombros e do tórax 179-180 vigor físico. Ver capacidade aeróbia
para os músculos dos quadris 178 vitalidade 294-295, 315
programa de fortalecimento muscular 175-185 vitaminas 224-229
treinamento de estabilização central para os músculos vitaminas hidrossolúveis 225
do tronco 176-177 vitaminas lipossolúveis 225
330 Índice