Resumo do artigo: “Functional hypogonadism in middle-aged and older men:
testosterone treatment or not?”
Giovanni Silveira D’Andréa Rossi - 19028018
O artigo científico aborda um recorrente tema no meio clínico da endocrinologia,o
hipogonadismo funcional na meia idade e nos idosos. Diante disso, emerge-se um debate sobre a necessidade ou não de realizar o tratamento de reposição de testosterona nesses pacientes acometidos. A introdução traz conceitos da patologia e explica sucintamente o hipogonadismo. O diagnóstico de um hipogonadismo masculino requer tanto um quadro clínico compatível com essa doença quanto níveis séricos baixos de androgênios, em especial da testosterona dosada no período da manhã. O hipogonadismo masculino pode ter origem de uma deficiência primária no testículo, classificado como hipogonadismo funcional, ou no eixo hipotálamo-pituitária-testicular (HPT),chamado de hipogonadismo orgânico. O hipogonadismo funcional, diferentemente do orgânico, é potencialmente reversível, no entanto, ainda há poucos estudos clínicos de longo prazo capazes de indicar certeiramente as vantagens e adversidades desse tratamento. Após essa introdução, o artigo traz um relato de um caso clínico para contextualizar esse debate. O relato é de um paciente idoso diagnosticado com hipogonadismo funcional e atende todos os critérios importantes para essa discussão, a qual será decorrida por dois renomados médicos: M. Grossman e T. H. Jones. É importante ressaltar que ambos médicos estão de acordo que a mudança no estilo de vida, especialmente quando envolve uma correta alimentação, prática de exercício e perda de peso, resulta comprovadamente em um aumento significativo na testosterona do organismo. O médico M. Grossman, diante do caso relatado, acredita que não há dados suficientes e conclusivos capazes de associar diretamente os achados clínicos do paciente com a baixa de testosterona, o que, portanto, afasta a possibilidade de iniciar um tratamento com reposição hormonal. Ele também acredita que essa reposição hormonal não traria benefícios significativos, pesando desfavoravelmente na balança em comparação aos possíveis efeitos adversos. Sendo assim, a mudança de estilo de vida do paciente acompanhada de uma investigação e tratamento da possível apneia e depressão, caso diagnosticadas, seriam métodos mais eficazes e de menor risco. Em contrapartida, o médico T. H. Jones defende que a adoção do tratamento de reposição hormonal seria a melhor alternativa, já que, apesar dos sintomas não específicos, o paciente apresenta um exame laboratorial que confirma a baixa de testosterona, reforçando o diagnóstico de hipogonadismo funcional. Além disso, ele crê que o paciente em questão já tentou diversas vezes mudar seu estilo de vida, mas continuou sem obter sucesso. T. H. Jones relata que a terapia com testosterona também seria eficaz diante de outras doenças já diagnosticadas no paciente, como a síndrome metabólica. Nesse caso, a reposição desse hormônio traria um melhor prognóstico ao paciente, de modo a reduzir as chances de uma evolução da síndrome metabólica para a DM tipo II. Por fim, o médico reforça que todo o tratamento é baseado em estudos e práticas clínicas já existentes e que a terapia seria monitorada adequadamente pelos profissionais, ajustando as doses e condutas de acordo com as diretrizes estabelecidas e com a resposta do paciente.