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CURSO DE MEDICINA
AMF II – FISIOLOGIA II
NOME 1
NOME 2
NOME 3
NOME 4
NOME 5
NOME 6
PINHEIRO – MA
2022
NOME 1
NOME 2
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NOME 4
NOME 5
NOME 6
PINHEIRO – MA
2022
SUMÁRIO
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intramuscular, subcutânea ou tópica (em creme). Além disso, outros tratamentos,
como suplementação nutricional, terapia cognitivo-comportamental e exercícios
físicos, também podem ser úteis.
Por outro lado, a reposição hormonal com testosterona é um tratamento que
visa melhorar os sintomas relacionados ao envelhecimento, tais como perda de massa
muscular, fadiga, diminuição da libido e da qualidade de vida. Mesmo que o tratamento
possa ser benéfico, é importante que seja realizado com cautela e supervisionamento
médico, pois pode causar efeitos colaterais indesejados como aumento da pressão
arterial, aumento da retenção de líquidos, ginecomastia e aumento dos níveis de
estrogênio ( DE MELO, 2013).
2. EPIDEMIOLOGIA
5. DIAGNÓSTICO
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entanto, não são capazes de predizer com fidelidade a ocorrência do hipogonadismo,
com vista na possibilidade de haver confusão com hipoandrogenismo. Entre os
achados sintomatológicos que podem predizer a ocorrência de hipogonadismo, tem-
se:
• Diminuição da libido e disfunção erétil: ereções noturnas são dependentes de
nível de andrógenos. Haveria dois limiares de nível de testosterona; um abaixo
da qual o comportamento sexual é prejudicado com ereções noturnas normais,
e um limiar abaixo no qual ereções noturnas também são prejudicadas. A
resposta peniana a estímulos visuais é parcialmente andrógeno dependente
(Carani,1996);
• Depressão: níveis de testosterona biodisponível foram 17% mais baixos em
homens entre 50 e 89 anos com depressão categoricamente definida (Barrett-
Connor, 1999);
• Aumento do tecido adiposo total e redistribuição de gordura: vários autores
reportaram uma correlação inversa com níveis de testosterona, sugerindo que
a queda de níveis de testosterona teria um papel causal no acúmulo de gordura
visceral ligada ao envelhecimento masculino (Vermeulen, 1999);
• Diminuição do volume testicular (Mahmoud, 2003).
Os achados bioquímicos, por sua vez, são mais assertivos no diagnóstico do
hipogonadismo, desde que siga algumas condições muito pontuais; recomenda-se a
dosagem de testosterona total e, se ela estiver baixa, deve-se repeti-la, pedindo
também a dosagem da testosterona livre calculada, LH e prolactina (no caso de
diminuição da libido). Em geral, uma faixa total de testosterona de 300 a 1.000 ng/dl
é considerada normal, de acordo com a Endocrine Society. A American Urological
Association também utiliza 300 ng/dL como seu ponto de corte para o diagnóstico de
baixos níveis de testosterona (hipogonadismo).
6. PREVENÇÃO E TRATAMENTO
Alguns sintomas podem ser preveníeis, como o ganho de peso e a falta de sono
em homens. Neste caso, orienta-se ter uma vida saudável: comer bem, dormir o
tempo adequado e praticar atividade física. Também é importante evitar a
automedicação, pois alguns medicamentos interferem na função das gônadas, como
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por exemplo, o uso de anabolizantes de forma incorreta no corpo com a finalidade
estética.
As doenças agudas produzem diminuição da testosterona total, portanto sua
dosagem deve ser evitada quando o paciente apresentar uma dessas condições.
Além disso, doenças crônicas, como diabetes mellitus, doença pulmonar obstrutiva
crônica, HIV e síndrome metabólica são fatores de risco para hipogonadismo,
portanto, devem ser investigadas e tratadas se presentes (Nieschlag et al, 2010).
O tratamento do hipogonadismo é feito por meio da reposição hormonal com o
uso de medicamentos que vão simular os hormônios que deveriam ser produzidos
pelas gônadas. O recurso terapêutico vai depender da causa do hipogonadismo. Por
exemplo, quando a causa é um tumor hipofisário, o tratamento pode ser a cirurgia
para esta lesão ou mesmo. Na maioria dos pacientes com hipogonadismo, quando
a causa não é tratável, como numa lesão testicular por trauma, o tratamento
consistirá na reposição dos hormônios sexuais que estão em falta, como por
exemplo a testosterona (Nieschlag et al, 2010).
Em alguns casos, quando a doença inicial não é na gônada (como por exemplo,
numa lesão de hipófise pós-radioterapia) e o paciente tem o desejo de fertilizar,
alguns tratamentos podem ser feitos utilizando medicamentos que estimulem a
função dos testículos. Em geral, são medicamentos que contém moléculas iguais ou
semelhantes ao LH ou FSH, que são naturalmente produzidos no nosso organismo.
Depende da causa do hipogonadismo. Algumas vezes, quando a causa é um fator
passível de correção, o paciente pode ser curado. Porém, na maioria dos casos o
fator mais importante é o tratamento adequado com acompanhamento especializado
e reposição correta dos hormônios (Nieschlag et al, 2010).
Nesse sentido, Veldhiuset et al. (2002) indicaram que os objetivos da terapia com
testosterona são: melhorar a qualidade de vida, a função psicossexual, restaurar os
parâmetros para um estado eugonadal em uma faixa inferior de normalidade (T sérico
maior que 300ng/dl), melhorar a função neuropsicológica, manter a densidade óssea
minerai e aumentar massa muscular.
Conclui-se que a terapia de reposição de testosterona (TRT) é indicada para
homens diagnosticados com hipogonadismo, que se enquadrem nos critérios
diagnósticos e que apresentem sintomatologia compatível e sem outra explicação
para o quadro. A TRT é segura aos pacientes hígidos e sem contraindicações, mas
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pode apresentar efeitos adversos (ginecomastia e problemas na pele, como acne,
aumento da sudorese, queda de cabelos e aumento dos pelos no corpo), os quais
devem ser esclarecidos ao paciente. Deve ser feita de forma racional e consciente,
sempre respeitando as necessidades e limitações do paciente. É contraindicada em
pacientes com histórico de eventos cardiovasculares. As terapias de longo prazo com
diferentes vias de administração (oral, intradérmica, intramuscular) são eficientes e
podem ser escolhidas conforme a preferência do paciente. Com relação aos riscos de
desenvolvimento de patologias, não foram encontradas referências de que a TRT
possuí efeito cardioprotetor, pacientes com níveis normais de testosterona estão
relacionados com melhor prognóstico da doença (Nieschlag et al, 2010).
REFERÊNCIAS
Carani C, Granata AR, Fustini MF, Marrama P. Prolactin and testosterone: their role
in male sexual function. Int J Androl 1996;19:48-54.
Crum NF, Furtek KJ, Olson PE, Amling CL, Wallace MR. A review of hypogonadism
and erectile dysfunction among HIV-infected men during the pre- and post-HAART
eras: diagnosis, pathogenesis, and management. AIDS Patient Care STDS.
2005;19(10):655-71.
Global report: UNAIDS report on the global AIDS epidemic 2010. 2010 [cited 2012;
Available from:
http://www.unaids.org/globalreport/documents/20101123_GlobalReport_full_en.pdf.
2.
Lopes, A.F., et al., Terapêutica hormonal de substituição no homem. Rev Port End
Diab Metab, 2010. 5(2): p. 125-136.
MARTITS, Anna Maria; COSTA, Elaine Maria Frade. Hipogonadismo masculino tardio
ou andropausa. Revista da Associação Médica Brasileira, v. 50, p. 358-359, 2004.
Nieschlag E. , Behre H.M. (Eds.) , Andrologia: disfunção e saúde reprodutiva
masculina ( 3rd ) , Springer , Heidelberg ( 2010 ).
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Portal da Urologia. Hipogonadismo masculino: como identificar e tratar? Disponível
em: https://portaldaurologia.org.br/publico/dicas/hipogonadismo-masculino-como-
identificar-e-tratar/. Acesso em: 07/12/2022.