Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Horríveis as cidades!
Vaidades e mais vaidades...
Nada de asas! Nada de poesia! Nada de alegria!
Oh! os tumultuários das ausências!
Na confluência o grito inglês da São Paulo Railway... E a coroação com os próprios dedos!
Mas as ventaneiras da desilusão! a baixa do café!.. Mutismos presidenciais, para trás!
As quebras, as ameaças, as audácias superfinas!... Ponhamos os (Vitória!) colares de presas inimigas!
Fogem os fazendeiros para o lar!... Cincinato Braga!... Enguirlandemo-nos de café-cereja!
Muito ao longe o Brasil com seus braços cruzados... Taratá! e o pean de escárnio para o mundo!
Oh! as indiferenças maternais!...
Oh! este orgulho máximo de ser paulistamente!!!
Os caminhões rodando, as carroças rodando,
Rápidas as ruas se desenrolando,
Rumor surdo e rouco, estrépitos, estalidos...
E o largo coro de ouro das sacas de café!...
Colloque sentimental
Tenho os pés chagados nos espinhos das calçadas... — Cavalheiro... — Sou conde! — Perdão.
Higienópolis!... As Babilônias dos meus desejos baixos... Sabe que existe um Brás, um Bom Retiro?
Casas nobres de estilo... Enriqueceres em tragédias...
Mas a noite é toda um véu-de-noiva ao luar! — Apre! respiro... Pensei que era pedido.
Só conheço Paris!
A preamar dos brilhos das mansões... (continua)
O jazz-band da cor... O arco-íris dos perfumes...
O clamor dos cofres abarrotados de vidas...
Ombros nus, ombros nus, lábios pesados de adultério...
E o rouge — cogumelo das podridões...
Exércitos de casacas eruditamente bem talhadas...