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Ligações externas

Espanha
292 línguas
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Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Reino de Espanha
Reino de España

Bandeira Brasão de armas


Lema: Plus Ultra
(Latim: "Mais Além")

Hino nacional: Marcha Real (também


chamado Marcha Granadera)
1:02

Gentílico: espanhol(a)
Localização da Espanha (em verde escuro)
Localização na União Europeia (em verde claro)
Capital Madrid
40° 26′N 3° 42′E

Cidade mais Madrid


populosa

Língua espanhol (ou castelhano) [nt


oficial
1]

Com estatuto cooficial


regionalmente:
catalão, valenciano, galeg
o, basco e aranês.[1]

Governo Monarquia
constitucional parlamentar
ista unitária
• Rei Filipe VI
• Presidente Pedro Sánchez
do Governo
Poder Cortes Gerais
Legislativo

 • Câmara alta Senado

 • Câmara Congresso dos Deputados


baixa

Formação  
• Unificação 1469 
• Soberano
1516 
único
• Estado
1715 
absolutista
• Estado
1812 
liberal
• Estado
1977 
democrático
Entrada na 1 de Janeiro de 1986
UE
Área  
 • Total 504 030 km² (51.º)
• Água (%) 1,08
 Fronteira Portugal, França, Andorra, Gi
braltar e Marrocos
População  
 • Estimativa
47 450 795[1] hab. (30.º)
para 2020
• Densidade 92,19 hab./km² (106.º)

PIB (base PP Estimativa de 2020


C)
• Total US$ 1,615 biliões  *[2] (15.º
)
• Per capita US$ 41 736[2] (32.º)

PIB (nominal Estimativa de 2020


)
• Total US$ 1,2 biliões *[2] (13.º)
• Per capita US$ 31 178[2] (26.º)

IDH (2020) 0,904 (25.º) – muito alto[3]

Gini (2005) 32[4] 

Moeda Euro[2] ( EUR )

Fuso horário CET[3] (UTC+1)


• Verão (DST CEST (UTC+2)
)
Cód. ISO ESP

Cód. .es
Internet

Cód. telef. +34

Website gove www.lamoncloa.gob.es
rnamental

:[1] ^ Os idiomas cooficiais são oficiais nas seguintes


Comunidades autónomas: o catalão na Catalunha,
ilhas Baleares, o valenciano na Comunidade
Valenciana, o galego na Galiza, o basco no País
Basco e parte de Navarra,
o aranês na comarca do Vale de Arão (província de
Lérida).
[2] ^
 Antes da adoção do euro, a moeda era
a peseta.
[3] ^
 Nas ilhas Canárias, o fuso horário
é UTC+0.

Espanha (em castelhano: España; [esˈpaɲa] ( escutar (ajuda·info))),
oficialmente Reino de Espanha ou Reino da Espanha (Reino de España),[nt 1][nt
2]
 é um país principalmente localizado na Península Ibérica na Europa. Seu
território também inclui dois arquipélagos: as ilhas Canárias, na costa da África,
e as ilhas Baleares, no mar Mediterrâneo. Os enclaves africanos
de Ceuta e Melilla fazem da Espanha o único país europeu a ter uma fronteira
terrestre com um país africano (Marrocos). Várias pequenas ilhas no mar de
Alborão também fazem parte do território espanhol. A Espanha continental é
limitada a sul e a leste pelo Mediterrâneo, exceto por uma pequena fronteira
terrestre com Gibraltar; a norte e a nordeste pela França, por Andorra e
pelo Golfo da Biscaia; e a oeste e noroeste por Portugal e pelo Oceano
Atlântico. Com uma área de 505 990 quilômetros quadrados, a Espanha é o
maior país da Europa Meridional, o segundo maior país da Europa Ocidental e
da União Europeia (UE) e o quarto maior país de todo o continente europeu.
Também é o sexto país mais populoso da Europa e o quarto da UE. A capital e
maior cidade é Madri; outras grandes áreas urbanas
incluem Barcelona, Valência, Sevilha, Málaga, Bilbau e Granada.
Os humanos modernos chegaram pela primeira vez na Península Ibérica há
cerca de 35 mil anos. As culturas ibéricas, juntamente com antigos
povoamentos fenícios, gregos, celtas e cartagineses, desenvolveram-se na
península até o início do domínio romano por volta de 200 a.C., quando a
região era denominada Hispânia, baseada no antigo nome fenício Spania.
[5]
 Com o colapso do Império Romano do Ocidente, confederações tribais
germânicas migraram da Europa Central, invadiram a Península Ibérica e
estabeleceram reinos relativamente independentes em suas províncias
ocidentais, incluindo os suevos, alanos e vândalos. No final do século VI,
os visigodos tinham integrado à força todos os territórios independentes
remanescentes na península ao Reino de Toledo, incluindo as
províncias bizantinas, o que de certa maneira unificou politicamente,
eclesiasticamente e juridicamente todas as antigas províncias romanas ou
reinos sucessores da antiga Hispânia.
No início do século VIII, o Reino Visigótico caiu diante dos mouros, que
chegaram a governar a maior parte da península no ano de 726 (com duração
de até sete séculos no Reino de Granada), deixando apenas um punhado de
pequenos reinos cristãos no norte. Isto levou a muitas guerras durante um
longo período, o que culminou na criação dos reinos
de Leão, Castela, Aragão e Navarra, que se tornaram as principais forças
cristãs contra os muçulmanos. Após a conquista mourisca, os europeus
iniciaram um processo gradual de retomada da região conhecido como
"Reconquista",[6][7] que no final do século XV fez com que a Espanha surgisse
como um país unificado sob o domínio dos Reis Católicos. No início da Era
Moderna, a nação tornou-se o primeiro império mundial da história e o país
mais poderoso do mundo, deixando um grande legado cultural e linguístico que
inclui mais de 570 milhões de hispanófonos ao redor do mundo,[8] o que tornou
o espanhol a segunda língua mais falada no mundo, depois da língua chinesa.
Durante o Século de Ouro Espanhol (séculos XVI e XVII) também houve muitos
avanços nas artes, com pintores mundialmente famosos, como Diego
Velázquez. A mais famosa obra literária espanhola, Dom Quixote, também foi
publicada durante este período. O país abriga o terceiro maior número de sítios
classificados como Património Mundial pela UNESCO.
A Espanha é uma democracia parlamentar secular e uma monarquia
constitucional,[9] sendo que o rei Filipe VI serve como chefe de Estado. É um
dos principais países desenvolvidos[10] e um país de alta renda, com a 14.ª
maior economia do mundo por PIB nominal e a 16.ª maior por paridade do
poder de compra. É membro das Nações Unidas (ONU), União
Europeia (UE), Zona Euro, Conselho da Europa (CoE), Organização dos
Estados Ibero-americanos (OEI), União para o Mediterrâneo, Organização do
Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Económico (OCDE), Organização para a Segurança e
Cooperação na Europa (OSCE), o Espaço Schengen, a Organização Mundial
do Comércio (OMC) e muitas outros organismos internacionais. Embora não
seja um membro oficial, a Espanha também é um "convidado permanente" das
cúpulas do G20, participando de todos os encontros do grupo.[11]

Etimologia
O nome Espanha deriva de Hispânia, nome com o qual
os romanos designavam geograficamente a Península Ibérica. O
nome Ibéria era o que os gregos davam à Península embora houvesse outras
designações dadas pelos povos antigos. [12] O facto do termo Hispânia não ter
uma raiz latina resultou na formulação de diversas teorias sobre a sua origem,
algumas controversas. A opção mais consensual seria a de que o nome
Hispânia provém do fenício i-spn-ea.[13] Os romanos tomaram essa
denominação dos vencidos cartaginenses, interpretando o
prefixo i como costa, ilha ou terra, e o sufixo ea com o significado de região. O
lexema spn foi traduzido como coelhos (na realidade dassies, animais comuns
no norte da África).
O nome de Espanha, evolução da designação do Império Romano Hispânia
era, até ao século XVIII, apenas descritivo da Península Ibérica, não se
referindo a um país ou Estado específico, mas sim ao conjunto de todo o
território ibérico e dos países que nele se incluíam. A Espanha é unificada
durante o Iluminismo, até então era um conjunto de reinos juridicamente e
politicamente independentes governados pela mesma monarquia. [14] Até à data
da unificação a monarquia era formada por um conjunto de reinos associados
por herança e união dinástica ou por conquista. A forma de governo era
conhecida como aeque principaliter, os reinos eram governados cada um de
forma independente, como se tivesse cada reino o seu próprio rei, cada reino
mantinha o seu próprio sistema legal, a sua língua, os seus foros e os seus
privilégios.[15] As Leyes de extranjeria determinavam que o natural de qualquer
um dos reinos era estrangeiro em todos os outros reinos ibéricos. [16][17] A
constituição de 1812 adota o nome As Espanhas para a nova nação.[18] A
constituição de 1876 adota pela primeira vez o nome Espanha.[19][20]
Os termos "as Espanhas" e "Espanha" não eram equivalentes, e eram usados
com muita precisão.[21] O termo As Espanhas referia-se a um conjunto de
unidades jurídico-políticas, ou seja, referia-se a um conjunto de reinos
independentes, primeiramente apenas aos reinos cristãos da Península Ibérica,
depois apenas aos reinos unidos sobre a mesma monarquia. O
termo Espanha referia-se a um espaço geográfico e cultural que englobava
diversos reinos independentes. A partir de Carlos V o uso do título Rei das
Espanhas, referia-se à parte da Espanha que não incluía Portugal, mas esta
designação era apenas uma forma de designar coletivamente um extenso
número de reinos, uma abreviação, que não tinha validade jurídica, para uma
longa lista de títulos reais cuja forma oficial era rei de Castela, de Leão, de
Aragão, de Navarra, de Granada, de Toledo, de Valência, da Galiza, de
Maiorca, de Menorca, de Sevilha, etc. (da mesma forma utilizava-se o título
Sua Majestade Lusitana para o rei de Portugal, ou rei Lusitano). [22][23][24]
O uso do da designação de "reis de Espanha" pelos reis Fernando e Isabel foi
considerado uma ofensa pelo rei de Portugal que considerava que o nome
designava a Península.[25] A última vez que Portugal protestou oficialmente o
uso do termo "coroa de Espanha" ou "monarquia de Espanha" pelo governo de
Madrid foi, supõe-se, durante o Tratado de Utrecht em 1714.[26]
Atualmente o nome "Península Hispânica" não é aceito pelos portugueses,
sendo que a designação usada é a de Península Ibérica.[27] A partir de 1640,
com a Restauração da Independência de Portugal, a designação "Rei da
Espanha" manteve-se, apesar de a união dinástica já não englobar toda a
Península.[28]

História
Ver artigo principal: História de Espanha
Pré-história e Antiguidade
Ver artigos principais: Pré-história da Península Ibérica, Conquista romana
da Península Ibérica e Hispânia

Pintura rupestre de um bisão na Caverna de Aqueduto de Segóvia, construído


Altamira durante o domínio romano

Os primeiros humanos modernos chegaram à Península Ibérica no território da


atual Espanha há 35 mil anos. No período histórico o território foi invadido e
colonizado por celtas, fenícios, cartagineses, gregos e cerca de 218 a.C., a
maior parte da Península Ibérica começou a formar parte do Império Romano,
sendo o rio Ebro a fronteira entre a Espanha romana e cartaginesa. [29]
Durante a Segunda Guerra Púnica, uma expansão do Império Romano
capturou colônias comerciais cartaginesas ao longo da costa do Mediterrâneo,
cerca de 210 a 205 a.C. Os romanos levaram quase dois séculos para
completar a conquista da Península Ibérica, apesar de terem o controle de boa
parte dela há mais de 600 anos. O domínio romano era unido pela lei, idioma e
as estradas romanas.[30]
As culturas das populações celtas e ibéricas foram
gradualmente romanizadas (latinizadas) em diferentes níveis e em diferentes
partes da Hispânia (o nome romano para a Península). Os líderes locais foram
admitidos na classe aristocrática romana. A Hispânia serviu como um celeiro
para o mercado romano e seus portos exportavam ouro, lã, azeite e vinho. A
produção agrícola aumentou com a introdução de projetos de irrigação, alguns
dos quais permanecem em uso. Os imperadores Trajano e Teodósio I e o
filósofo Séneca nasceram na Hispânia. O cristianismo foi introduzido
na província no século I d.C. e tornou-se popular nas cidades no século II.[31] O
termo "Espanha", as línguas, a religião e a base das leis atuais da Espanha se
originaram a partir deste período.[30]
Idade Média
Reino Visigótico

Coroa votiva de Recesvinto, parte do Tesouro de Guarrazar

Ver artigo principal: Reino Visigótico


O enfraquecimento da jurisdição do Império Romano do Ocidente em Hispânia
começou em 409, quando os povos germânicos suevos e vândalos, juntamente
com os alanos sármatas, cruzaram o Reno e devastaram a Gália e a Península
Ibérica. Os visigodos atacaram a Ibéria no mesmo ano. Os suevos
estabeleceram um reino no que hoje é a moderna Galiza e o Norte de Portugal.
O império romano ocidental se desintegrava, mas a sua base social e
econômica continuou, ainda que de forma modificada. Os seus regimes
sucessores mantiveram muitas das instituições e das leis do Império, incluindo
o cristianismo.[32]
Os aliados dos alanos, os vândalos asdingos, estabeleceram um reino
na Galécia, ocupando grande parte da região, mas indo mais ao sul do rio
Douro. Os vândalos silingos ocuparam a região que ainda tem o seu nome -
Vandalúsia, a moderna Andaluzia, na Espanha. Os bizantinos estabeleceram
um enclave, Espânia, no sul, com a intenção de reviver o Império Romano ao
longo da Península Ibérica. A Hispânia acabou unida sob o domínio
visigótico no final do século VI

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