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Universidade de Brasília – UnB

Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária – FAV


Irrigação e Drenagem

PROJETO 4: GOTEJAMENTO SUBSUPERFICIAL


Cultura: Mangueira
2/2021

Discentes: Daniela Firmino Santana Amaral 13/0024210


Kamilla Pereira da Silva 16/0010993

Docente: Delvio Sandri

Brasília

2022
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 1

2. OBJETIVOS ............................................................................................................... 2

3. DADOS DO PROJETO E REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................... 3

3.1. DADOS DO PROJETO....................................................................................... 3

3.2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA DOS DADOS UTILIZADOS ......................... 4

3.3. ÁREA DE IMPLANTAÇÃO DO PROJETO ................................................... 6

4. CÁLCULOS ................................................................................................................ 7

5. CATÁLOGOS........................................................................................................... 21

5.1. GOTEJADOR UNIRAMTM AS 16010 – Netafim ........................................... 21

.................................................................................................................................... 21

5.2. CONJUNTO MOTOBOMBA THEBE MODELO TH 150 – 400 ................ 21

5.3. SISTEMA DE FILTRAGEM ........................................................................... 22

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 23

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................... 25


1. INTRODUÇÃO

A mangueira (Mangífera indica L.) é considerada uma das mais importantes frutas
tropicais do mundo, ficando atrás apenas da banana, do abacaxi e do abacate. Quem foi o
precursor do cultivo da manga na América foi o Brasil. As primeiras plantas da cultura
foram introduzidas no estado do Rio de Janeiro, que a partir daí se disseminou pelo país
inteiro, principalmente em regiões semi-áridas.

Segundo a Embrapa Mandioca e Fruticultura a área total colhida no Brasil de


mangueiras em 2019 foi de 67.328 ha, e produziu cerca de 1.414.338 toneladas da fruta.
A região que se destaca na produção da fruta é o nordeste que produz cerca de 77,3% da
colheita nacional.

Em todo o Brasil existem 67 mil hectares com a cultura da mangueira produzindo


cerca de 1,4 milhão de toneladas por ano. De todo esse total o Brasil exporta apenas 250
mil toneladas e o resto fica para o mercado interno.

Para que se tenha êxito na produção da cultura é preciso adotar práticas adequadas
de cultivo, deve-se fazer um bom planejamento de área para plantio para que sejam
colhidos frutos de qualidade que atenda às exigências dos consumidores. É muito
importante que a fruta tenha qualidade e que o preço de sua produção seja competitivo.

Boa parte das mangas são para consumo in natura, porém também são utilizadas
pela indústria farmacêutica, para fabricação de sucos, doces e bolos.

1
2. OBJETIVOS

Este projeto que foi proposto pelo Prof. Dr. Delvio Sandri em sua disciplina
Irrigação e Drenagem na Universidade de Brasília – UnB para o curso de Agronomia,
tem por objetivo o dimensionamento de um sistema de irrigação por gotejamento
subsuperficial na cultura da mangueira.

O dimensionamento deste sistema de irrigação é de extrema importância para o


desenvolvimento da cultura, através dele é possível que se consiga altas porcentagens de
produtividade aliada ao consumo hídrico responsável. Além destes dois benefícios, o
sistema de irrigação protege a cultura do estresse hídrico e de possíveis adventos
climáticos, como os veranicos que acontecem principalmente no cerrado, que é a área de
implementação do projeto.

Para que o projeto tome forma é necessário que se tenha conhecimento de


informações climáticas do local escolhido, da cultura, qualidade da água, características
do solo da área, aspectos técnicos do gotejador escolhido, informações dos aparatos
hidráulicos como motobombas, válvulas e afins, além dos croquis gerais para auxiliar na
implantação do projeto.

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3. DADOS DO PROJETO E REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1. DADOS DO PROJETO

Solo

Textura argilosa

DTA = 2 por cm de solo

Diâmetro do bulbo molhado para um gotejador com vazão real de 3,5 L/h, W = 0,94

F = 0,7

Clima

Tropical sazonal, de inverno seco e verão chuvoso

Brazlândia/DF

Precipitação efetiva = 0,0 mm

Água

Não há nenhuma limitação de volume

Condutividade elétrica da água da bacia hidrográfica do rio descoberto medida na média


dos 25ºC = 125,5 µS/cm ou 0,1255 dS/m (em época de seca).

Cultura

Mangueira (Mangífera indica L.)

Espaçamento entre plantas (sp) = 800 cm ou 8 m

Espaçamento entre fileiras (sf) = 500 cm ou 5 m

Profundidade efetiva do sistema radicular (Z) = 70 cm ou 0,7 m

Área sombreada (PS) = 80%

Evapotranspiração potencial (Etpc) = 3,8 mm/dia

Será considerado como ciclo da cultura o período que a mangueira leva para frutificação
depois de desenvolvida, que é um período de 1 ano

3
logo: 3,8 mm/dia x 365 = 1.387 mm por ciclo, assumindo f= 0,7

Energia elétrica

Tarifa verde para produtores que utilizarem energia para irrigação das 21:30 às 6:00
horas.

Tubo Gotejador

Modelo UniramTM AS 16010 - Netafim

Pressão: 10 m.c.a ou 1 bar

Vazão (Q): 3,5 L/h

Diâmetro interno da lateral = 14,20 mm

Diâmetro externo da lateral = 16,20 mm

Espessura da parede lateral = 0,1 mm

Espaçamento entre emissores = 75 cm ou 0,75 m

Uniformidade de emissão = 90%

Embalagem 3000 m

3.2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA DOS DADOS UTILIZADOS

O valor de DTA foi definido de acordo com a tabela de características físico-


hídricas dos solos, de acordo com sua classe textural. A região escolhida possui latossolo
vermelho escuro e textura argilosa. CC (%) = 35, PMP (%) = 19 e da = 1,25 g/cm3.

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Para determinar o valor da Evapotranspiração de referência (ETo) em mm/dia,
utilizamos como referência a tabela abaixo. Levamos em consideração o maior valor de
ETo da cultura durante o seu ciclo.

O valor da condutividade elétrica da água foi obtido através da tabela abaixo,


corresponde a bacia hidrográfica do Rio Descoberto, que fornece água para a região
escolhida.

Os valores da cultura de espaçamentos ideais, além do valor de Z, foram achados


em bibliografias especiais de cultivo da mangueira. Fator f foi retirado também de
bibliografias da cultura.

Segundo a ANEEL, a tarifa verde é uma modalidade estruturada para aplicação

5
de tarifas diferenciadas de consumo de energia elétrica de acordo com as horas de
utilização do dia e os períodos do ano, bem como de uma única tarifa de demanda de
potência, sendo aplicada em atividades rurais, como irrigação ou atividades
agropecuárias.

3.3. ÁREA DE IMPLANTAÇÃO DO PROJETO

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4. CÁLCULOS

Espaçamento entre emissores (Se)

Se = 0,8 x W

Se = 0,8 x 0,94

Se = 0,75 m/75 cm

O espaçamento entre emissores deve ter 0,75 m/75 cm então iremos utilizar o
espaçamento entre emissores de 75 cm da marca escolhida para que se obtenha uma faixa
molhada correta para a cultura.

Número de emissores por plantas (NEP)

sp
NEP =
Se

8
NEP =
0,75

𝐍𝐄𝐏 = 𝟏𝟎, 𝟔 𝐞𝐦𝐢𝐬𝐬𝐨𝐫𝐞𝐬

Porcentagem da área molhada (PW)

Se x W
PW = NEP x x 100
sp x sf

0,75 x 0,94
PW = 10,6 x x 100
8x5

𝐏𝐖 = 𝟏𝟖, 𝟔𝟖 %

A cidade de Brazlãndia, localizada no Distrito federal está inserida em uma região


do cerrado que possui clima tropical semiúmido, logo sua porcentagem de área molhada
(PW) não pode estar abaixo de 20%. Como obtivemos valor inferior à porcentagem
mínima, será necessário a instalação de duas linhas laterais de gotejadores por linha de
planta.

7
Se (Se + W)
PW = NEP x x 100
sp x sf x 2

0,75 (0,75 + 0,94)


PW = 10,6 x x 100
8x5x2

PW = 33,6% > 20% OK!!!

Irrigação real necessária (IRN)

PW
IRN = DAT x f x Z x
100

18,68
IRN = 2 x 0,7 x 70 x
100

𝐈𝐑𝐍 = 𝟏𝟖, 𝟑𝟎 𝐦𝐦/𝟕𝟎 𝐜𝐦 𝐝𝐞 𝐬𝐨𝐥𝐨

Evapotranspiração potencial (ETg)

ETg = ETpc x (0,1 x √Ps ou PW)

ETg = 3,8 x (0,1 x √80)

𝐄𝐓𝐠 = 𝟑, 𝟒 𝐦𝐦/𝐝𝐢𝐚

No nosso caso utilizamos o valor de Ps pois é maior que PW, ou seja, é o valor
que predomina na evapotranspiração em termos de área.

Turno de rega (TR)

IRN
TR =
ETg

18,30
TR =
3,4

𝐓𝐑 = 𝟓, 𝟑𝟖 𝐝𝐢𝐚𝐬 = 6 dias

8
O intervalo máximo entre uma rega e outra deve ser de 6 dias, porém adotaremos
um turno de rega de 1 dia, para que a cultura tenha rega diária. Com esta decisão o IRN
será ajustado:

IRNg = ETg x TR

IRNg = 3,4 x 1

𝐈𝐑𝐍𝐠 = 𝟑, 𝟒 𝐜𝐦/𝐝𝐢𝐚

Razão de Lixiviação (RL)

Não será necessário o cálculo de razão de lixiviação no nosso caso, pois não há
muita salinidade na água da região, a condutividade elétrica da água é baixa tendo um
valor de 0,1255 dS/m.

Irrigação total necessária (ITN)

IRNg
ITN =
UE

3,4
ITN =
0,90

𝐈𝐓𝐍 = 3,06 mm/dia

Volume de água por planta (VP)

VP = ITN x sp x sf

VP = 3,06 x 8 x 5

𝐕𝐏 = 𝟏𝟐𝟐, 𝟒 𝐥𝐢𝐭𝐫𝐨𝐬 𝐩𝐨𝐫 𝐩𝐥𝐚𝐧𝐭𝐚/𝐝𝐢𝐚

Tempo de aplicação (Ta)

VP
Ta =
NEP x Qa

9
122,4
Ta =
10,6 x 3,5

𝐓𝐚 = 𝟑, 𝟑 𝐡/𝐮𝐧𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐨𝐩𝐞𝐫𝐚𝐜𝐢𝐨𝐧𝐚𝐥

Período de irrigação: 21h às 6h = 9h disponíveis

Número de unidades operacionais (NU)

Tempo disponível por dia


Nu =
Ta/NU

9
Nu =
3,3/NU

Nu = 2,72 unidades operacionais = 𝟑 𝐮𝐧𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞𝐬 𝐨𝐩𝐞𝐫𝐚𝐜𝐢𝐨𝐧𝐚𝐢𝐬

Neste caso adotaremos 3 unidades operacionais para que o sistema não fique
sobrecarregado.

Representação da área/implantação de unidades (croqui)

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A

Sistema
subsuperficial
enterrado no
solo a 25 cm de
profundidade

20cm

Sistema
B subsuperficial
enterrado no
solo a 25 cm de
profundidade

20cm

Figuras A e B: (A) – Cavalete com possibilidade de derivação para os dois lados das
válvulas hidráulicas 1 e 3, 2 e 4. (B) Cavalete com derivação para um lado das válvulas 5
e 6.

OBS: Sistema idealizado é subsuperficial enterrado no solo a 25 cm de profundidade pois


foi constatado um maior desenvolvimento da cultura com sistema implantado em
determinada profundidade.

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Vazão do sistema ou de uma unidade operacional (Qs)

Área (ha) x NEP x Qa


Qs = 2,778
Nu x sp x sf

15,74 x 10,6 x 3,5


Qs = 2,778
3x8x5

Qs = 13,52 L/s

𝐐𝐬 = 𝟒𝟖, 𝟔𝟕 𝐦𝟑 /𝐡

Volume de água por safra (Vs)

IRNsafra = (ETc safra − Pe − ∆US) x (0,1 x √PS)

IRNsafra = (1.387 − 0,0 − 0,0) x (0,1 x √80)

𝐈𝐑𝐍𝐬𝐚𝐟𝐫𝐚 = 𝟏. 𝟐𝟒𝟎, 𝟓𝟕 𝐦𝐦/𝐬𝐚𝐟𝐫𝐚

IRNsafra
ITNsafra =
UE x (1 − RL)

1.240,57
ITNsafra =
0,90 x (1 − 0)

𝐈𝐓𝐍𝐬𝐚𝐟𝐫𝐚 = 𝟏. 𝟑𝟕𝟖, 𝟒𝟏 𝐦𝐦/𝐬𝐚𝐟𝐫𝐚 ou 1,37841 m/safra

Vs = ITNsafra x A (m2 )

Vs = 1.378,41 x 157.430

𝐕𝐒 = 𝟐𝟏𝟕. 𝟎𝟎𝟑. 𝟎𝟖𝟔, 𝟑 𝐦³ 𝐬𝐚𝐟𝐫𝐚

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Tempo de Operação (TO)

Vs
TO =
Qs

217.003.086,3
TO =
48,67

𝐓𝐎 = 𝟒𝟒. 𝟓𝟖𝟔. 𝟎𝟓𝟎, 𝟔𝟕 𝐡𝐨𝐫𝐚𝐬

Variação Permitida de Pressão (ΔP) na Linha de Derivação

ΔP = ΔP na LL + ΔP na LD = 30% da PS

ΔP = 0,30 x 10

𝚫𝐏 = 𝟑 𝐦. 𝐜. 𝐚

Dimesionamento da Linha Lateral (NE na LL)

LL
NE na LL = x NEP
Sp

151,6
NE na LL = x 10,6
8

𝐍𝐄 𝐧𝐚 𝐋𝐋 = 𝟐𝟎𝟎, 𝟖𝟕 𝐞𝐦𝐢𝐬𝐬𝐨𝐫𝐞𝐬

Vazão de Linha Lateral (qLL)

qLL = NEP em cada LL x qa

qLL = 200,87 x 3,5

qLL = 703,04 L x h−1

𝐪𝐋𝐋 = 𝟎, 𝟏𝟗𝟓𝟑 𝐋 𝐱 𝐬−𝟏

13
Perda de Carga na Linha Lateral (HfLL)

HfLL = 0,2 x PS

HfLL = 0,2 x 10

𝐇𝐟𝐋𝐋 = 𝟐 𝐦

Perssão no Início da Linha Lateral (PinLL)

3 1
PinLL = PS + x HfLL + x ΔZ
4 2

3 1
PinLL = 10 + x 2 + x 0,001
4 2

𝐏𝐢𝐧𝐋𝐋 = 𝟏𝟐 𝐦. 𝐜. 𝐚

Dimensionamento da Linha Lateral de Derivação (LD) em aclive

ΔP = 0,3 x PS − HfLL

ΔP = 0,30 x 10 − 2

𝚫𝐏 = 𝟏 𝐦. 𝐜. 𝐚

Número de Fileiras de Plantas (NFP)

151,6
NFP =
5

56
NEP =
1,20

𝐍𝐄𝐏 = 𝟑𝟎, 𝟑𝟐 𝐟𝐢𝐥𝐞𝐢𝐫𝐚𝐬

𝐍𝐄𝐏 = 𝟑𝟎 𝐟𝐢𝐥𝐞𝐢𝐫𝐚𝐬

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Assim, sobram 0,3 m no final e 0,3 no início. Como são 2 lados, então multiplica-
se as 30 fileiras por dois sendo igual a 60 fileiras.

Vazão na Linha de Derivação (qLD)

𝐪𝐋𝐃 = 𝐍ú𝐦𝐞𝐫𝐨 𝐝𝐞 𝐋𝐋 𝐧𝐚 𝐋𝐃 𝐱 𝐪𝐋𝐋

𝐪𝐋𝐃 = 𝟔𝟎 𝐱 𝟕𝟎𝟑, 𝟎𝟒

𝐪𝐋𝐃 = 𝟒𝟐. 𝟏𝟖𝟐, 𝟒 𝐋 𝐱 𝐡−𝟏

𝐪𝐋𝐃 = 𝟎, 𝟎𝟏𝟏𝟕 𝐦𝟑 𝐱 𝐬−𝟏

hf real na Linha de Derivação

hf real na Ld = hf Ld Max. – ΔZ na Ld (LL – distância da Ld até final da área)

hf real na LD = 1 − 0,01 x (151,6 − 0,3)

𝐡𝐟 𝐫𝐞𝐚𝐥 𝐧𝐚 𝐋𝐃 = 𝟎, 𝟓𝟏𝟑 𝐦

hf’ fictícia pela equação de Hazen-Williams

F = 0,36

LD = 151,3

hfLD
j′ =
LD x F

0,513
J′ =
151,3 x 0,36

𝐉 ′ = 𝟎, 𝟎𝟎𝟗𝟒𝟏 𝐦 𝐱 𝐦−𝟏

15
Diâmetro da Linha de Derivação em Aclive de 1,0%

1 0,0117 1,852
J ′ = 10,646 x x( )
D4,87 145

1 0,0117 1,852
0,00941 = 10,646 x x( )
D4,87 145

4,87
1 0,0117 1,852
D= √10,646 x x( )
0,00941 145

𝐃 = 𝟎, 𝟏𝟏𝟕 𝐦𝐦

𝐃 = 𝟎, 𝟏𝟏𝟎 𝐦𝐦


1 0,0117 1,852
J = 10,646 x x( )
0,1104,87 145

𝐉 ′ = 𝟎, 𝟎𝟏𝟑𝟎 𝐦 𝐱 𝐦−𝟏

hfLD
J′ =
Ld x F

hfLD
0,0130 =
151,3 x 0,36

𝐡𝐟𝐋𝐃 = 𝟎, 𝟕𝟎𝟖 𝐦

hf real LD = hf máx − (ΔZ xLD)

0,708 = hf máx − (0,01 x 151,3)

𝐡𝐟 𝐦á𝐱 = 𝟐, 𝟐𝟐 𝐦

hf máx = % x PS − hfLL

2,22 = % x 10 − 2

16
%𝐏𝐒 = 𝟎, 𝟒

Pin LD = Pin LL + hf real LD + (ΔZLD x LL)

Pin LD = 12 + 0,708 + (0,01 x 151,3)

𝐏ì𝐧 𝐋𝐃 = 𝟏𝟒, 𝟐𝟐 𝐦. 𝐜. 𝐚 (𝐚𝐜𝐥𝐢𝐯𝐞)

Dimensionamento da Linha Principal (LP)

Q
A=
V

π x D2 0,0117
=
4 0,9

0,0117 x 4
D=√
0,9 x π

D = 0,129 m

𝐃 𝐜𝐨𝐦𝐞𝐫𝐜𝐢𝐚𝐥 = 𝟎, 𝟏𝟓𝟎 𝐦

259,5 0,0117 1,852


hfLP trecho 1 a 2 = 10,646 x x( )
0, 154,87 145

𝐡𝐟𝐋𝐏 𝐭𝐫𝐞𝐜𝐡𝐨 𝟏 𝐚 𝟐 = 𝟎, 𝟕 𝐦

Hf de uma válvula Bernard de 3” = 0,153 bar ou 1,53 m

Pressão em 2 e 4 = 14,22 + 0,7 + 1,53

𝐏𝐫𝐞𝐬𝐬ã𝐨 𝐞𝐦 𝟐 𝐞 𝟒 = 𝟏𝟔, 𝟒𝟓 𝐦

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Para D2 a A=0,2 m

Q
A=
V

0,0117 x 2 x 3,5
V=
π x 0,22

𝐕𝟐 𝐚 𝐀 = 𝟎, 𝟔𝟓 𝐦/𝐬

259,5 0,0117 x 2 1,852


hfLD trecho 2 a 4 = 10,646 x x( )
0,154,87 145

𝐡𝐟𝐋𝐏 𝐭𝐫𝐞𝐜𝐡𝐨 𝟐 𝐚 𝟒 = 𝟐, 𝟔𝟗 𝐦

Pressão em A vindo do ponto 2

Pressão em A vindo do ponto 2 = 16,45 + 2,69

𝐏𝐫𝐞𝐬𝐬ã𝐨 𝐞𝐦 𝐀 𝐯𝐢𝐧𝐝𝐨 𝐝𝐨 𝐩𝐨𝐧𝐭𝐨 𝟐 = 𝟏𝟗, 𝟏𝟒 𝐦. 𝐜. 𝐚

Pressão vinda da adutora à sucção

1922 0,0117 x 2 1,852


hfAD trecho A a S = 10,646 x x( )
0,154,87 145

𝐡𝐟𝐀𝐃 𝐭𝐫𝐞𝐜𝐡𝐨 𝐀 𝐚 𝐒 = 𝟏𝟗, 𝟗𝟔 𝐦. 𝐜. 𝐚

Após medição de pressão foi alterado o diâmetro da adutora para 200 mm, logo:

1922 0,0117 x 2 1,852


hfAD trecho A a S = 10,646 x 4,87 x ( )
0,2 145

𝐡𝐟𝐀𝐃 𝐭𝐫𝐞𝐜𝐡𝐨 𝐀 𝐚 𝐒 = 𝟒, 𝟗𝟏 𝐦. 𝐜. 𝐚

Pressão na sucção

Pressão em S = hf entre A e S + ΔZ A a S + Pressão A

18
Pressão em S = 4,91 + 20 + 19,14

𝐏𝐫𝐞𝐬𝐬ã𝐨 𝐞𝐦 𝐒 = 𝟒𝟓, 𝟎𝟓 𝐦. 𝐜. 𝐚

Diâmetro de sucção (DS) e perda de carga na sucção (hfs)

Para DS = 0,250.

14,6 0,0117 x 2 1,852


hfsucção = 10,646 x x( )
0,254,87 145

𝐡𝐟 𝐬𝐮𝐜çã𝐨 = 𝟎, 𝟎𝟏𝟐 𝐦. 𝐜. 𝐚

0,0117 x 2 x 4
VS =
π x 0,252

𝐕𝐒 = 𝟎, 𝟒𝟕𝟔 𝐦 𝐱 𝐬 −𝟏

𝐡𝐟 𝐥𝐨𝐜. 𝐧𝐚 𝐬𝐮𝐜çã𝐨

1 curva de 90° tem K igual a 0,4 m.c.a

1 válvula pé de crivo tem K igual a 2,5

∑ das perdas de carga é igual a 2,90

v2
hf loc. na sucção = ∑ x
2g

0,4762
hf loc. na sucção = 2,90 x
19,62

𝐡𝐟 𝐥𝐨𝐜. 𝐧𝐚 𝐬𝐮𝐜çã𝐨 = 𝟎, 𝟎𝟑 𝐦. 𝐜. 𝐚

Hm = PS + hfdist. + hfloc. sucção + ΔZ sucção

Hm = 45,05 + 1,0 + 0,03 + 4,6

𝐇𝐦 = 𝟓𝟎, 𝟔𝟖 𝐦. 𝐜. 𝐚

19
Informações necessárias para escolha da bomba

Hm: 50,68 m.c.a

Q: 2 x 0,0117 = 0,0234 m3/s = 84,24 m3/h

Conjunto moto bomba:

Thebe Modelo TH 150-400

Eficiencia = 64%

Diâmetro do rotor = 389mm

NPSH req = 2,5 m.c.a

1000,0 x 0,0234 x 50,68


Pot =
75 x 0,64

Pot = 24,70 cv

Pot = 24,70 + 20%

𝐏𝐨𝐭 = 𝟐𝟗, 𝟔𝟒 𝐜𝐯

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5. CATÁLOGOS

5.1. GOTEJADOR UNIRAMTM AS 16010 – Netafim

5.2. CONJUNTO MOTOBOMBA THEBE MODELO TH 150 – 400

21
5.3. SISTEMA DE FILTRAGEM

22
Filtro Y Plástico de Disco 2 polegadas 120mesh BSP – IRRITEC

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

23
A partir deste trabalho foi verificada a importância da realização de forma correta
dos cálculos de dimensionamento de um sistema de irrigação. Em nosso caso o sistema
foi dimensionado para a cultura da mangueira, para uma área localizada na cidade de
Brazlândia/DF.

É muito importante que se dimensione de forma correta o sistema, para que não
haja disperdício tanto de água quanto de recursos financeiros e para além disto, o bom
dimensionamento do sistema de irrigação é importante para que se mantenha a produção
em um volume lucrativo para o produtor.

Através de um sistema de irrigação bem pensado temos como consequência um


conjunto de alta produtividade, economia financeira e utilização de forma proveitosa e
sem desperdícios dos recursos hídricos.

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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BERNARDO, S.; SOARES, A.A.; MANTOVANI, E. C. Manual de irrigação. 8ª


ed.Viçosa: Ed. UFV, 2006. 625p.

BEZERRA, A. B.; CAMPECHE, L. F. S. M. DINÂMICA DO BULBO MOHADO NO


SOLO POR MEIO DA IRRIGAÇÃO POR GOTEJAMENTO EM PERIMETROS
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1, n. 2, p. 95–102, 2015. DOI: 10.15809/irriga.2015v1n2p95. Disponível em:
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2022.
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Uniformidade de distribuição de água, em condições de campo, num sistema de
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DRIP-PLAN - EQUIPAMENTOS PARA IRRIGAÇÃO. Drip-Plan. Jardim Leme-SP:


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2022.

25
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