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Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas


Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola
PGSS035 – DINÂMICA DA ÁGUA NO SOLO

Manejo da irrigação pelo sensoriamento da água no solo:


Identificação do momento de ligar e desligar o sistema e cálculo do tempo de
irrigação

Erivaldo de Jesus da Silva1

1
Discente do curso de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
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Manejo da irrigação via sensoriamento da água no solo:

1. Introdução

A agricultura irrigada apresenta diversas vantagens, dentre elas destaca-se:


Aumento da produtividade em duas ou três vezes em relação ao cultivo de sequeiro;
Elevação da renda do produtor; Menor oscilação de preço para o consumidor, devido à
redução de sazonalidade na produção de alimentos; Favorecimento do processo de
rotação de culturas e cobertura permanente do solo; e, a geração de empregos diretos e
indiretos no campo.
A adoção da irrigação depende também da disponibilidade e da qualidade da água,
além disso, a aplicação de água de forma inadequada seja em excesso ou em déficit
pode ocasionar sérios prejuízos à produção (GALBIATTI 2004; MAROUELLI et al., 2013;
FREITAS, 2019) e consequentemente à renda do produtor. Sendo assim, além de entrar
como um insumo importante para o incremento da produção das culturas, a água
utilizada na irrigação acarreta custos operacionais e energéticos, conforme Resende et
al. (1990), fato que pode impactar negativamente no custo final do produto,
principalmente se a tecnologia não for adequadamente aplicada.
Daí reside o fato da fundamental importância para o entendimento do manejo
correto da irrigação e a compreensão das variáveis que o envolve. Assim, faz-se
necessário entender alguns conceitos como disponibilidade total de água no solo (DTA)
e capacidade de água disponível no solo (CAD); os limites críticos de água no solo e os
valores críticos para cada cultura (CARLESSO, 1995; BERNARDO et al., 2006;
MAROUELLI et al. 2012). Pois, é a partir desses valores que se calcula o tempo
necessário de funcionamento dos sistemas de irrigação (conjunto motobomba) que se
deseja implantar (ALBUQUERQUE, 2010; BRAGA, 2018).
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2. Disponibilidade De Água No Solo

A capacidade que o solo tem de reter ou armazenar água é entendido como


disponibilidade total de água no solo (DTA), a qual depende da sua composição
granulométrica, ou seja, da relação entre areia, silte e argila. Dessa forma se estabeleceu
dois limites, um superior ou máximo, no qual o solo armazena a máxima quantidade de
água e acima do qual ocorre a percolação e o limite inferior ou mínimo, o qual a água está
tão fortemente retida aos microporos do solo, tornando-a indisponível para as plantas
(JONG van LIER, 2010).
Portanto, o ponto máximo é chamado de Capacidade de Campo (CC) e o ponto
mínimo de Ponto de Murcha Permanente (PMP) e a diferença entre o limite superior e o
limite inferior é definida como DTA do solo, ou seja, a disponibilidade total de água. Em
outro termo, podemos afirmar que a DTA é o conteúdo água retida no solo entre a
capacidade de campo (CC) e o ponto de murcha permanente (PMP). Figura 1.

DTA
DTA

Figura 1: Representação da forma de distribuição dos conteúdos de água no solo.

Assim:
( CC−PMP )
DTA= x ds
10
Onde:
DTA = disponibilidade total de água no solo, em mm
CC = conteúdo de água no solo na capacidade de campo, em m3.m-3 ou kg.kg-1
PMP = conteúdo de água no solo no ponto de murcha permanente, em m3.m-3 ou kg.kg-1
ds = densidade do solo (g de solo/cm3 de solo)
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3. Capacidade de Água Disponível (CAD)

A CAD depende da profundidade do sistema radicular (figura 2).

Esse valor representa a quantidade total de água disponível que o solo pode
armazenar em uma profundidade z, ou seja, essa profundidade z corresponde à
profundidade efetiva do sistema radicular.
Conforme figura 2, o produtor pode consultar o valor de z para a cultura a ser irrigada,
além disso existem muitos materiais na internet que podem ser acessado, tais como:

(https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/25532/1/Circ-136.pdf);
(https://aueirrigacao.com/?id=dimensionar-a-lamina-d%C2%B4agua:-parte-2---
calculos&in=35.); (https://docplayer.com.br/23860051-Balanco-hidrico-climatologico-
normal-e-sequencial-de-cultura-e-para-manejo-da-irrigacao.html.

Tabela 1. Profundidade efetiva do sistema radicular (Z) de


algumas culturas no máximo estágio de desenvolvimento
vegetativo.

Figura 2: Representação da profundidade (Z) do sistema radicular e exemplo de valores para


algumas culturas

O valor da CAD representa o intervalo do conteúdo de água disponível para cada


cultura.
Assim:
CAD ( mm )=DTAx Z ou
( Ucc−Upmp )
CAD= x ds x Z
10
Z = Profundidade efetiva do sistema radicular Ucc = conteúdo de água na capacidade de campo (kg.kg -1);
Upmp = conteúdo de água no ponto de murcha permanente (kg.kg -1); ds = densidade o solo (g/cm3).
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4. Limites Críticos Superiores E Inferiores

A disponibilidade total de água no solo depende, principalmente, da textura do solo.


Sendo assim os argilosos armazenam mais água que os arenosos.
Essa diferença está relacionada com capacidade de retenção de água nos poros
dos solos, onde os solos argilosos possuem mais poros que os arenosos. A retenção é
traduzida como uma força que é manifestada devido a matriz do solo.

4.1 Exemplo prático 01: Determinação da CAD:

A figura mostra uma planta qualquer, onde foi retirada uma amostra de solo para determinar a CAD para duas situações (SOLO
ARGILOSO E SOLO ARENOSO)

Solo ARGILOSO (ds = 1,3 g/cm3)


CC = 0,32 kg.kg-1
CAD = (CC – PMP) x ds x Z
PMP = 0,20 kg.kg-1 CAD = (0,32 – 0,2) x 1,3 x 500 mm
CAD = 72,0 mm

Solo ARENOSO (ds = 1,2 g/cm3)


CC = 0,25 kg.kg-1
CAD = (CC – PMP) x ds x Z
PMP = 0,17 kg.kg-1 CAD = (0,25 – 0,17) x 1,2 x 500 mm
CAD = 48,0 mm
Z = 50 cm =
500 mm

Solo TEXTURA MÉDIA (ds = 1,4 g/cm3)


CC = 0,29 kg.kg-1
CAD = (CC – PMP) x ds x Z
PMP = 0,19 kg.kg-1 CAD = (0,29 – 0,19) x 1,4 x 500 mm
CAD = 70,0 mm

Essa força pode ser mensurada, ou seja, pode ser medida e tem a
denominação de Tensão da água no solo, cujas unidades de medidas podem ser
em atmosfera (atm), em metro ou em centímetro de coluna de água (mca ou cca),
em quilo Pascal ou mega Pascal (kPa ou MPa), entre outras unidade de pressão
(LIBARDI, 2010).
Dessa forma, pode-se relacionar o conteúdo de água no solo com a Tensão
(ou força) que o solo exerce sobre ela, onde quanto mais seco estiver o solo mais
fortemente a água estar retida na matriz do solo (MAROUELLI, 2011). Daí é
possível obter pares de valores entre determinado conteúdo de água e o respectivo
valor de Tensão e a partir desses pares se constrói a curva de retenção de água no
solo, conforme figura 3.
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Figura 3: representação da curva de tensão a partir dos


pares de valores obtidos dos conteúdos de água e os
respectivos valores de tensão da água no solo.

A curva é característica de cada solo e além de ter forte relação com a classe
textural (Figura 4), sofre influência também do manejo que o solo é submetido
(SILVA et al., 2010).

Ɵcc = Capacidade de Campo; Ɵpmp = Ponto de Murcha Permanente; Log


I h I: representa a Tensão da água no solo.
Figura 4: curvas de tensão da água em função da classe textural do solo.

Esses pares de valores para construção da curva de umidade do solo


geralmente são determinados em laboratórios com equipamentos específicos.
A amostra deve ser coletada em anéis cilíndricos de volume conhecido e a uma
profundidade definida, de modo a preservar-se ao máximo a estrutura original do
solo.
Dessa forma o valor para CC varia de -10 kPa para solos arenosos e – 33 kPa,
para os argilosos. Já o valor de PMP está definido para -1500 kPa para ambas as
classes de solo.
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5. Valores Críticos (f)

Como foi dito, cada classe de solo possui curva de retenção característica devido,
principalmente, da classe textural de cada solo. Em razão do maior ou menor grau de
dificuldade de retirada de água do solo pelas plantas é que se estabeleceu a fração de
água no solo chamada de Disponibilidade Real de Água (DRA), ou seja, se trata de uma
fração da CAD, para não permitir que o conteúdo de água no solo SEJA ESGOTADO até
o PMP.
Essa fração, chamada de fator de depleção, fração de esgotamento ou fator crítico,
é representada pela letra fc e entre outros fatores, depende do estágio fisiológico da
planta a ser irrigada, conforme tabela 2. A qual apresenta valor de tensão crítico para
algumas culturas.
A tabela 2 mostram valores de fc para algumas culturas livre de estresse hídrico e
sob a evapotranspiração de 5,0 mm/dia, (adaptado de Allen et al., 1998 VER NO LIVRO
MICROIRRIGAÇÃO PAG. 144). Além dessa tabela, na literatura são abundantes para as
culturas diversas, a exemplo de Alencar et al., (2009), FRANKE, (2000).

Tabela 2 – fator de depleção de água no solo (fc) para fins de irrigação


sem estresse hídrico e evapotranspiração de 5,0 mm/dia.

Culturas Fator f
Amendoim 0,50
Alface 0,30
Batata 0,35
Cenoura 0,35
Feijão-vargem 0,45
Melancia 0,40
Melão 0,40
Milho 0,55
Pimentão 0,30
Tomate de mesa 0,40

Esta fração é de fundamental importância para o manejo da irrigação, isto é, ele é


ponto chave para se determinar o momento exato para ligar e desligar o sistema de
irrigação adotado, uma vez que representa a fração máxima do conteúdo de água da
CAD que ser utilizada pela cultura sem que se configure um déficit hídrico (FRIZZONE,
2017). (Disponível em -. https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/55931/1/IRRIGACAO-e-FERTIRRIGACAO-cap5.pdf)
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Conhecendo-se a CAD e o armazenamento atual de água no solo, determina-se a


necessidade ou não de irrigação.
Dessa maneira, em função da espécie vegetal, das condições climáticas e do tipo de
solo, é estabelecido o coeficiente de disponibilidade ou de depleção (fc), tendo em vista o
maior ou menor grau de dificuldade que a planta poderá ter para extrair água do solo.

Daí, tem-se que:


(CC −PMP )
DRA=DTA x Z x fc= x ds x Z x fc
10
Onde:
f: é o coeficiente de disponibilidade que representa a fração de esgotamento de
água no solo. Como f representa uma fração, ele não tem unidade.

6. Exemplo prático 02:

Demonstra-se com a figura 05 a forma de utilização das informações contidas na curva de


tensão para se proceder ao momento da irrigação, ou seja, o momento para ligar e desligar o
sistema (motobomba).
Dados da cultura: Amendoim;
Valor de Z = 30 cm; fc = 0,5 (50%da DTA); Densidade do solo ds = 1,5 g/cm 3.

Figura 5: curva de retenção de água no solo, em que se define Ucc, Upmp, Umidade
crítica (Ucrítica) e o coeficiente de disponibilidade ou fator fc.
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1º passo: Determinar a disponibilidade total da água no solo (DTA)


( CC−PMP )
 DTA= 10
x dsxZ

( 34 , 74−26 , 35 )
 DTA=
10
x 1, 5 x 3 0

 DTA=37 , 8 mm

2º passo: Determinar a disponibilidade REAL da água no solo (DRA)


 DRA=DTA x fc
 DTA=37 , 8 x 0 ,5

 DTA=19 , 0 mm

3º passo: Determinar o valor para umidade crítica (Ucrítica) e tensão crítica para o
acionamento da bomba.

Ucc−Ucrítica 34 , 74−Ucrítica 34 , 74−Ucrítica


 fc=
Ucc−Upmp
0 , 5=
34 , 74−26 , 35
0 , 5=
8 ,4

 0 , 5 x 8 , 4=34 ,74−Ucrítica
 Ucrítica=30 , 55 %
 Isso significa que assim que o sensor de umidade atingir esse valor o moto-bomba
deve ser acionado.

 A tensão crítica é calculada com a função ajustada para a curva, utilizando o valor
da Ucrítica.

 Caso se utilize um sensor de tensão, a exemplo do Tensiômetro, deve-se utilizar o


valor de tensão crítica.

 Para o exemplo o valor foi de 0,13 MPa.

4º passo: Cálculo da Lâmina Necessária (LN) para que a umidade do solo retorne
para a umidade na Capacidade de Campo (Ucc)

( Ucc−Ucrítica )
 ln (mm)=
10
x dsxZ

( 34 , 74−30 ,55 )
 ln (mm)=
10
x1,5x 30

 ln ( mm )=19 , 0 mm ou seja igual ao valor da DTA


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5º passo: será preciso definir qual será o método de irrigação

 Aspersão convencional
 Microaspersão ou Gotejamento
A escolha do método será importante para definir o tempo de irrigação necessário
para que a umidade do solo retorne para a Ucc.

6º passo: MÉTODO DE IRRIGAÇÃO POR ASPERSÃO CONVENCIONAL FIXO:


Tempo de funcionamento do moto-bomba (Ti).

 Precisa definir a precipitação do aspersor utilizado (mm/h).


 O aspersor aqui escolhido foi o aspersor da marca Fabrimar, modelo Pingo 360,
Bocais 5,6 x 3,2, cuja pressão de serviço (ps) é de 25 mca, vazão (q) total de 2,44
m3/h e precipitação (peq) igual a 7,5 mm. Disponível em
https://www.fabrimar.com.br/arquivos/produtos/994/fabrimar(994)_manual_tabela-de-
desempenho-eco.pdf.
 Precisa definir a eficiência de aplicação para calcular a Lâmina Total
Necessária (LTN). Aqui foi definida em Ea = 80%.
ln 19 ,0
 LTN = = =23 ,8 mm (esse é o valor da lâmina a ser aplicado)
EA 0 ,8
 Tempo Necessário:

LTN 23 , 8
Ti= = =3 , 16 horas=3 , 0 h e 1 0 mimutos
peq 7 , 5

7º passo: MÉTODO DE IRRIGAÇÃO LOCALIZADA (gotejamento ou microaspersão)


Tempo de funcionamento do moto-bomba (Ti).

Para aplicação localizada, a área molhada pela microirrigação é menor que a área
total ocupada pela cultura, ocasionando menor perda de água por evaporação do solo.
Daí precisa definir a fração de área molhada e sombreada, com a finalidade de
ajustar as necessidades hídricas estimadas pelos métodos tradicionais ás condições de
irrigação localizada.
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 Cultura: citros, espaçamento de 3,0 m x 6,0 m; Z = 70 cm.


 Precisa definir a precipitação do microaspersor utilizado (l/h).
 Características: Pressão máxima de serviço recomendada: 2,5 bar; Vazão: 55L/h, raio
de alcance igual a 2,8 m2.área molhada pelo micro aspersor igual a 24,6 m2.
 Precisa definir a área sombreada pela copa. Aqui definimos em que a copa da planta
tem 1,5 m de raio, logo a área é de 7,1 m2.
7 ,1
 Precisa definir a Fam – fração da área molhada. Fam= =28 , 9 %
24 , 6
 Precisa definir a eficiência de aplicação para calcular a Lâmina Total Necessária (LTN).
Aqui foi definida em Ea = 90%.

ln . Fam 44 , 0 x 0,289
 LTN = = =14 , 1mm
EA 0,9

 Deve-se calcular o volume de irrigação por planta (VTN)

VTN =LTN x área ocupada pela planta

VTN =14 ,1 x 3 , 0 m x 6 , 0 m=254 litros / planta (esse é a lâmina a ser aplicada por
planta)

 Tempo Necessário de Irrigação:

VTN 254 , 0litros


Ti= = =4 , 62 ou 4 h e 37 minutos
nº de microaspersores x vazão 1 x 55 , 0 litros/h

7. Considerações finais:

 Deve-se instalar sensores de umidade ou de tensão para monitorar o conteúdo


crítico de água no solo para a cultura desejada.
 É necessária a obtenção da curva de retenção de umidade do solo, o qual é feito
em laboratório especializado.
 Quando o sensor de umidade do solo ou o sensor de Tensão atingir o valor crítico
(Ucrítico = 30,55% ou Tcrítico = 0,13 MPa), o sistema deve ser acionado para que
o solo retorne ao conteúdo de água igual ao valor de Ucc.
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 O tempo de funcionamento para que o solo atinja esse valor, depende do método
da irrigação e da cultura a ser irrigada;
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8. REFERÊNCIAS

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BERNARDO, S.; SOARES, A. A.; MANTOVANI, E. C. Manual de irrigação. 8. ed.


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