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Tecnologia das Construções

Departamento de Engenharia Civil


Ano lectivo 2007/2008

Módulo 3 – REDES PREDIAIS DE


ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Licenciatura em Ciências de Engenharia Civil – Tecnologia das Construções 2007/2008 -1-

>> Sistemas Prediais de Distribuição de Água

> Identificação das condições locais:

 Existência de rede pública de abastecimento;


 Pressão e caudal disponível na rede pública;
 Previsão da existência de rede pública;
 Estimativa da profundidade a que se encontram os lençóis de
água e conhecimento da natureza dos solos;
 Existência de fossas sépticas ou de sistemas de absorção de
esgotos nas proximidades;
 Conhecimento das características físicas, químicas e
bacteriológicas da água encontrada em poços ou furos na
proximidade.

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>> Pressão Mínima à Entrada do Edifício

> A pressão mínima da água necessária à entrada do edifício a


servir, tendo em vista a satisfação dos consumos
domésticos, pode ser obtida por:

H = 100 + 40n

em que: H – pressão mínima (kPa)


n – n.º de pisos acima do solo, incluindo o piso térreo

> Os valores da pressão mínima e máxima da rede pública de


distribuição, no ponto de inserção da rede predial, devem ser
fornecidos pela entidade gestora da distribuição pública de água
potável.
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>> Sistemas de Alimentação

> Alimentação directa:

 Sem elemento sobrepressor;


 Com elemento sobrepressor.

> Alimentação indirecta (exige cuidados para garantir potabilidade da água):

 Reservatório colocado no topo do edifício;


 Reservatório colocado na base e no topo do edifício;
 Reservatório colocado na base do edifício e elemento elevatório.

> Solução mista:

 Pisos inferiores com alimentação da rede e superiores com


elemento sobrepressor.
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>> Sistemas de Alimentação

> Alimentação directa sem elemento sobrepressor

> É o mais económico;

> Sistema público de distribuição


com condições regulares de
abastecimento (pressão e
caudal).

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>> Sistemas de Alimentação

> Alimentação directa com elemento sobrepressor

> O elemento sobrepressor


assegura as condições
desejáveis de pressão;

> Só pode ser aplicado quando há


a garantia de que a rede
pública é abundantemente
servida de caudal.

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>> Sistemas de Alimentação

> Alimentação indirecta com reservatório no topo do edifício

> Nos casos em que a pressão na


rede pública apesar de
insuficiente para alimentar
todos os dispositivos, é
suficiente para abastecer um
reservatório de acumulação
colocado no topo, a partir do
qual se efectua a distribuição.

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>> Sistemas de Alimentação

> Alimentação indirecta com reservatório na base e no topo do


edifício
> Nos casos em que a pressão na
rede pública não permite o
abastecimento de um
reservatório de acumulação no
topo do edifício.

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>> Sistemas de Alimentação

> Alimentação indirecta com reservatório na base e elemento


elevatório e sobrepressor
> nos casos em que a pressão na
rede pública é insuficiente e o
caudal não é abundante.

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>> Sistemas de Alimentação

> Solução mista de alimentação

> nos casos de edifícios de altura


elevada;

> pisos inferiores são alimentados


directamente pela rede
pública de distribuição, e os
restantes com auxílio dum
sistema sobrepressor.

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>> Sistemas de Alimentação

> Capacidade dos reservatórios


> Deve situar-se entre 1 a 3 dias de consumo, podendo ser adoptada
a seguinte distribuição no caso de existirem 2 reservatórios:
 reservatório superior 2/5 do total;
 reservatório inferior 3/5 do total.
> Para capacidade>2m3  reservatórios divididos em 2
compartimentos comunicantes;
> arestas interiores boleadas e soleira com i ≥1%;
> entrada de água dist ≥ 0.05m acima do nível máximo da superfície
livre da água do reservatório quando em carga;
> saída de água dist ≥0.15m do fundo do reservatório.

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>> Sistemas de Alimentação

> Exemplo de um reservatório de acumulação de água

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>> Sistemas de Alimentação

> Consumo de água nos edifícios

> Caudais mín. (l/s) a assegurar nos dispositivos (Anexo IV do


Reg. GSPPDADAR)

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>> Medição dos Consumos de Água - Contadores

> Contadores:
> O tipo, calibre e classe do contador é da responsabilidade da
entidade gestora da distribuição de água;
> Os contadores são normalmente designados pelo seu caudal nominal
(metade do caudal máximo de passagem) e correspondente
diâmetro nominal (ou calibre - DN - menor diâmetro de qualquer
das ligações do contador);

> Localização:
> em bateria (na sala de contadores);
> nas zonas comuns do edifício em cada piso;
> na entrada do fogo (caiu em desuso com excepção nas moradias
unifamiliares).
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>> Concepção dos Sist. Prediais de Dist. de Água

> Coordenação com as restantes especialidades:

 Localização dos contadores - Arquitectura, Gás e Electricidade;


 Localização dos dispositivos de utilização (aparelhos sanitários)
- Arquitectura.
 Localização dos aparelhos de produção de água quente -
Arquitectura, Gás e/ou Electricidade.
 Localização das instalações complementares, quando
necessário (reservatórios de acumulação de água para combate
a incêndios, reserva e regularização de caudais) - Arquitectura
e Estabilidade.

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>> Concepção dos Sist. Prediais de Dist. de Água

> Coordenação com as restantes especialidades:

 Localização dos sistemas elevatórios e/ou sobrepressores,


quando necessário - Arquitectura, Estabilidade, Electricidade e
Instalações Mecânicas.
 Traçado da rede nas zonas comuns e privadas (solicitar
“courettes”para a instalação de colunas, tectos falsos ou
calhas para tubagens horizontais) - Arquitectura, Estabilidade,
Electricidade e Instalações Mecânicas.

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>> Concepção dos Sist. Prediais de Dist. de Água

> Constituição das redes prediais de distribuição de água:

 Ramal de Ligação: Rede pública  Limite predial


 Ramal de Introdução: Limite predial  Contadores
 Ramais de Distribuição: Contadores  Entrada nos fogos
 Ramais de Alimentação: Entrada nos fogos  Dispositivos de
Utilização

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>> Concepção dos Sist. Prediais de Dist. de Água

> Traçado:

 Em paredes: Troços rectos horizontais (com i≅0.5% ascendente


para saída de ar) e verticais e em zonas pouco susceptíveis a
agressões mecânicas. Ligações através de acessórios;
 Em pavimentos: só são admitidas do tipo flexível e encamisada
(PEX) e mesmo estes devem ser evitados. Execução de raios de
curvatura suficientes, inclusivamente na transição de parede
para parede;
 Menores percursos possíveis (redução de perdas de carga,
tempos de retenção de água e custos) vs coordenação com
traçados das restantes instalações;
 Traçado de água quente paralela num plano superior à de água
fria (d≥0.05m);
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>> Concepção dos Sist. Prediais de Dist. de Água

> Traçado:

 Purgas de ar nas canalizações (em particular nas de água


quente);
 Isolantes térmicos envolventes das tubagens de água quente;
 Ramais de ligação a profundidade ≥ 0.8m (0.5m se não existir
circulação viária);
 Estabelecimentos comerciais com ramais de ligação privados;
 Troços da rede de abastecimento de mais de 1 consumidor
deverão localizar-se nas zonas comuns;
 As tubagens não embutidas devem ser identificadas segundo
norma portuguesa.

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>> Concepção dos Sist. Prediais de Dist. de Água

> Válvulas de retenção (impedem o escoamento num


determinado sentido) – a montante dos aparelhos
produtores/acumuladores de água quente e no início de
qualquer rede não destinada a fins alimentares e sanitários;

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>> Concepção dos Sist. Prediais de Dist. de Água

> Válvulas de seccionamento (impedem ou estabelecem a


passagem de água num determinado sentido do escoamento)
- à entrada dos ramais de distribuição, a montante dos
purgadores de ar; nos ramais de introdução; a montante e
jusante dos contadores; à entrada das diferentes instalações
sanitárias; nos ramais dos autoclismos, de equipamentos de
lavagem, fluxómetros, e equipamentos de produção de água
quente;

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>> Concepção dos Sist. Prediais de Dist. de Água

> Válvulas de segurança (impedem que o escoamento se


processe com pressão acima de determinado patamar, por
efeito de descarga) - na alimentação de aparelhos de
produção/acumulação de água quente;

> Válvulas redutoras de pressão (impedem que o escoamento


se processe acima de um patamar de pressão por introdução
de perda de carga) - nos ramais de introdução sempre que
P>600kPa.

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>> Concepção dos Sist. Prediais de Dist. de Água

> Exemplos de posicionamento das redes de distribuição no


interior de uma cozinha e instalação sanitária

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>> Concepção dos Sist. Prediais de Dist. de Água

> Simbologia

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>> Concepção dos Sist. Prediais de Dist. de Água

> Simbologia

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>> Concepção dos Sist. Prediais de Dist. de Água

> Materiais das Tubagens:

- Tubagens de aço (ferro preto):


 Tubagens de aço (ferro preto): apenas para as situações em
circuito fechado (aquecimento central porque O2<1mg/l);
 não permitir contacto com elementos metálicos de nobreza
superior (cobre) nem estagnação da água no seu interior;
 varas 6m e D entre 8 e 150mm, podem ser instaladas à vista,
embutidas, em caleiras, galerias ou tectos falsos.

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>> Concepção dos Sist. Prediais de Dist. de Água

> Materiais das Tubagens:

- Tubagens de aço galvanizado:


 galvanizadas a zinco; maior durabilidade e menor corrosão 
velocidades nem muito altas nem muito baixas e Temp<60ºC;
 acessórios de ligação do mesmo material, e nunca a jusante de
troços de cobre.
 varas 6m e D entre 8 e 150mm, podem ser instaladas à vista
(identificadas e fixadas com braçadeiras com possibilidade de
dilatação), embutidas (mas sem contacto com argamassas que
integrem cal ou areias com muito sal), em caleiras, galerias ou
tectos falsos;
 usar estopa de linho ou fita vedante como vedação de roscas.

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>> Concepção dos Sist. Prediais de Dist. de Água

> Materiais das Tubagens:

- Tubagens de cobre:
 boa plasticidade, condutibilidade térmica, resistência química,
pouca tendência a encrustamentos, facilidade de instalação;
 boa durabilidade, mas água PH >7, velocidades não muito
elevadas e T<60ºC;
 varas 5m, rolos 25m ou 50m e D entre 8 e 54mm, ligações
sobre pressão. Podem ser instaladas à vista, embutidas, em
caleiras, galerias ou tectos falsos.

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>> Concepção dos Sist. Prediais de Dist. de Água

> Materiais das Tubagens:

- Tubagens de aço inox:


 características idênticas às de cobre mas maior resistência à
tracção (<espessuras dos tubos);
 grande durabilidade, mas baixo teor de cloretos (<213mg/l) e
T<50ºC;
 varas 4 a 7m, D entre 10 e 54mm e acessórios de ligas de cobre
ou aço inox, ligações sobre pressão. Podem ser instaladas à
vista, embutidas, em caleiras, galerias ou tectos falsos.

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>> Concepção dos Sist. Prediais de Dist. de Água

> Materiais das Tubagens:

- Tubagens de policloreto de vinilo (PVC):


 só para abastecimento de águas frias (T<20ºC);
 varas 6m, D entre 16 e 315mm e acessórios tb de PVC colados
 Coeficiente de dilatação elevado (grandes comprimentos 
juntas de união por anilhas de estanquidade - borracha
sintética);
 Podem ser instaladas à vista (mas protegidas dos raios UV-
pintura), embutidas, em caleiras, galerias ou tectos falsos.

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>> Concepção dos Sist. Prediais de Dist. de Água

> Materiais das Tubagens:

- Tubagens de polietileno de alta densidade (PEAD):


 só para abastecimento de águas frias (T<20ºC);
 rolos ou varas, D entre 20 e 160mm e ligações por soldadora ou
acessórios plásticos ou metálicos. Podem ser instaladas em
caleiras, calhas de suspensão, à vista (protegidas dos raios UV-
pintura) e embutidas.

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>> Concepção dos Sist. Prediais de Dist. de Água

> Materiais das Tubagens:

- Tubagens de polietileno reticulado (PEX):


 abastecimento de águas frias e quentes (T<95ºC);
 varas ou rolos, D entre 10 e 110mm e acessórios de compressão
metálicos de ligas de cobre;
 Podem ser instaladas à vista (mas protegidas dos raios UV-
pintura), embutidas, em caleiras, galerias ou tectos falsos.
 Coeficiente de dilatação elevado (quando embutidas com
comprimentos>2m  mangas de polietileno termoestabilizado,
quando não embutidas  curvas ou braços de dilatação).
 em tubagens embutidas  encamisamento com mangas de
protecção possibilita a substituição dos tubos. CUIDADO com a
aplicação. Não aplicação de mangas com os tubos já introduzidos
(introdução deve ser posterior) e raios mínimos de curvatura.
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>> Concepção dos Sist. Prediais de Dist. de Água

> Materiais das Tubagens:

- Tubagens de polipropileno (PP):


 abastecimento de águas frias e quentes (T<100ºC);
 varas, D entre 16 e 90mm e acessórios de compressão
metálicos de ligas de cobre ou por soldadura;
 Podem ser instaladas à vista (mas protegidas dos raios UV-
pintura), embutidas, em caleiras, galerias ou tectos falsos;
 Coeficiente de dilatação elevado (quando embutidas com
comprimentos>2m  mangas de material isolante, quando não
embutidas  curvas ou braços de dilatação).

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>> Dimensionamento

> Elementos base


- Caudais instantâneos – caudais que devem chegar aos
dispositivos de utilização

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>> Dimensionamento

> Elementos base


- Caudais de cálculo

Qc = x ⋅ Qa
Qc – caudal de cálculo;
x – coeficiente de simultaneidade (para N > 2);
Qa – caudal acumulado.

- Escolas, internatos, estádios, quartéis: x = 1

- Hotéis: afectar x de 1.25

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>> Dimensionamento

> Elementos base


- Presença de fluxómetros
Qc = x ⋅ Qa + n ⋅ Qi

n – número de fluxómetros considerado


Qi – caudal instantâneo atribuído aos fluxómetros

Número de Número de fluxómetros


fluxómetros em utilização
instalados simultânea (n)
3 a 10 2
11 a 20 3
21 a 50 4
> 50 5

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>> Dimensionamento

- Coeficientes de simultaneidade
 Método do coeficiente de simultaneidade
1
x=
N −1
N – número de dispositivos considerados (N>2)

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>> Dimensionamento

- Coeficientes de simultaneidade
 Método dos pesos Aparelhos Pesos
Lavatório 0.5
Bateria de lavatórios 0.2
Qc = 0.3 p Bidé 0.1
Banheira 1.0
Chuveiro 0.5
Qc – caudal de cálculo (l/s)
Bateria de chuveiros 0.2
p – soma dos pesos dos
Autoclismo de retrete 0.3
aparelhos servidos pelo
Autoclismo de mictório 0.2
troço ou ramal
Lava – louça 0.5
Torneira de lavagem 1.0
Máquina de lavar 1.0
Boca de rega 2.0
Fluxómetro de retrete 40.0
Fluxómetro de mictório 20.0

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>> Dimensionamento

- Coeficientes de simultaneidade
 Método do Regulamento
Português

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>> Dimensionamento

> Processo de cálculo


1º - Identificar os caudais instantâneos de cada dispositivo
2º - Em cada troço, calcular o respectivo Qa (soma dos Qa dos
troços que aí afluem)
3º - Determinar Qc
4º - Determinar gama de diâmetros

4Q
0.5 < V < 2m / s D=
πV
5º - Seleccionar diâmetro comercial
6º - Calcular as perdas de carga contínuas
Fórmula de Flamant
b = 0,00023 para tubagens de aço ou aço galvanizado;
J = 4b × v 7 / 4 × D −5 / 4 b = 0,000152 para tubagens de cobre ou aço inox;
b = 0,000134 para tubagens de materiais plásticos.
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>> Dimensionamento

> Processo de cálculo


7º - Calcular as perdas de carga localizadas
∆H loc = 0,20∆H cont – para casos correntes
Método dos comprimentos equivalentes – caso contrário
8º - Verificar as condições de pressão

Px = Pd − zn − ∆HT
Px – pressão disponível no ponto considerado (m.c.a.);
Pd – pressão disponível na rede pública de distribuição, à entrada
do edifício (m.c.a.);
Zn – diferença de cota entre o ponto x e a rede pública de
distribuição (m);
∆HT – perdas de carga totais (m).

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>> Níveis de Conforto e Qualidade

> Função das exigências de utilização previstas.


> Caudais e coeficientes de simultaneidade:
- Função do nível qualitativo pretendido;
- Conduzem a > ou < caudal de cálculo  > ou < dimensão dos
diferentes elementos de tubagens.
> Pressões asseguradas:
- Obrigatório situar-se entre 50 kPa e 600 kPa;
- Melhores níveis de conforto - entre 150 kPa e 300 kPa.
> Isolamento térmico em tubagens de água quente:
- Reduz o gradiente da temperatura da água da origem ao destino;
- Influência na temperatura ambiente dos compartimentos de
passagem;
- Elimina risco de queimadura dos utentes por contacto com os
tubos, quando à vista.
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>> Níveis de Conforto e Qualidade

> Ruídos
- Circulação da água a velocidades e pressões tais que não
provoquem vibrações:
 Velocidade: 0,5 a 2,0 m/s, preferencialmente 1 m/s;
 Pressão: 150 a 300 kPa.
- Choque hidráulico (golpe de aríete) – colocação de reservatórios
de amortecimento;
- Evitar mudanças bruscas de diâmetro e de direcção;
- Introdução de elementos isolantes com características elásticas;
- Grandes gradientes térmicos – juntas de dilatação;
-Ar acumulado – pendentes e válvulas de purga, quando
necessário.

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