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Teorias Contemporâneas da Tradução

 História da Tradução
 Conceitos e Modalidades
 Paradigmas Fundamentais das Teorias Contemporâneas

(Abordagens linguísticas, textuais, cognitivas, comunicativas e socio-culturais, filosóficas e


hermenêutica, novos meios multimédia, novas orientações)

Tradução
Línguas:

 Entre 2 línguas: Tradução Interlingual


 No interior da mesma língua: Tradução Intralingual

Signos:

 Tradução intersemiótica

Definição de Tradução: Não existe em razão da multiplicidade de formas e domínios de


aplicação da atividade

Transpor uma mensagem original de uma língua/signo de partida para outro na língua de
chegada, de acordo com os critérios de equivalência.

Não reproduz uma mensagem igual.

Tradução
 Atividade complexa; múltiplas abordagens
 Objeto e disciplina ; estudo/reflexão
 Área de interesse crescente

Tradatologia:
 Área de estudo enquanto prática (processo) e resultado
 Múltiplas perspetivas teóricas e domínios de aplicação

A linguística não é detentora exclusiva dos estudos da Tradução. Existem outras reflexões e
práticas, outros discursos, métodos, estratégias e ferramentas.
O que é a Tradução?
Linguística Aplicada:

 Linguística contrastiva
 Sociolinguística
 Ciências cognitivas
 Pragmática
 Terminologia
 Linguística de Corpus

O caráter transdisciplinar da tradução (ou melhor, dos Estudos sobre ela produzidos)

As numerosas competências requeridas pelo tradutor

A variedade de géneros em tradução

- Obra das ciências humanas da Internet; texto jurídico, etc.

Estes discursos são dimensões que inviabilizam qualquer abordagem global e genérica da
tradução.

Tradução:

 Enquanto atividade proteiforme;


 E dos produtos por ela originados.

Pelo que deve ser estudada/refletida.

 De acordo com o ângulo apropriado, decorrente dos interesses e das competências em


presença;
 Favorecendo a prática ou teoria, porém sem dissociar uma da outra;
 Concebendo a abordagem adotada enquanto interação e complemento de outras
perspetivas.

Não existe um discurso único na tradução – Objeto unidimensional

É um discurso construtivo.

Discursos sobre a Tradução


 O caráter transdisciplinar da Tradução (Estudos produzidos)
Tradução: enquanto atividade proteiforme e dos produtos por ela originados.

Deve ser estudada/refletida.

Discursos linguísticos sobre a Tradução


 = Estudos da Linguística aplicados à tradução enquanto processo e resultado.
 Discursos da linguística aplicada à Tradução não são considerados como categorias
estanques e absolutas, mas sim na perspetiva da predominância.

1) Objetivos gerais
 Dar a conhecer discursos linguísticos sobre a Tradução (diversidade)
 Mostrar a contribuição da análise do texto

2) Abordagens da língua (‘’Linguísticas’’)


 Aplicam modelos procedentes de Linguística (texto como discurso)
 Focalizam

Baseiam-se fortemente entre línguas com apoio em diferentes modelos:

 As que usam categorias da gramática tradicional para a comparação


 Estilística comparada
 Aplicam à tradução de outros modelos linguísticos (sistemática, teoria de níveis,
modelo transformacional)
 Enfoques semânticos
 Enfoques semióticos (Tradução como transformação entre sistemas de signos)

Abordagens textuais

 Inícios dos anos 60


 Tradução como operação textual ao invés de operação centrada no plano da língua

É o caso da proposta feita por Coseriu.

Dentro destas abordagens, destacamos a proposta de Katherina Ress (possibilidades e limites


da crítica de tradução) e 1976 (tipo de texto e método de Tradução. O texto operativo’’

Reiss: caráter textual e funcional da Tradução, importância das tipologias textuais.

 Anos 80/90
 As abordagens incorporam as contribuições:
 Linguística Gestual e Análise do discurso.

Com os seus vários modelos que introduzem nos estudos de tradução noções como:

 Textualidade
 Tipologia textual
 Coerência e coesão textual
 Intertextualidade
 Superestrutura
 Macroestrutura
 Microestrutura

[Texto deixa de ser texto e passa a ser discurso] Integra contexto; cultura

a) Em vez da comparação entre línguas, estas abordagens trabalham como a comparação


de textos (partida e chegada)
Hartman; Neubert; Wilss; Baker

b) Outros representantes acrescentam aspetos intertextuais da análise e também


extratextuais que intervêm na Tradução.
House/ Hatim & Mason/ Reeis & Vermeer/ Nord

Entre estes autores alguns dão destaque ao papel dos elementos contextuais (Hatim & Mason)
começa a surgir o conceito de discurso começa também os representantes das abordagens
comunicativas e socioculturais.

Abordagens comunicativas e socioculturais


 Estas abordagens dão primazia à função comunicativa da Tradução
 Consideram os seus aspetos contextuais

Acrescenta a importância da cultura (partida e chegada)

 Enfatizam a importância:
Dos elementos culturais e da receção para a Tradução

Entre os autores que focalizam os aspetos socioculturais estão:

 Tradutores bíblicos (Nida & Taber)


 1ºs a falar da equivalência cultural.

Também se situam aqui os que aplicam diretamente a sociolinguística à tradução (Pergnier


1978; Les fondements sociolinguistiquees de la traduction) e o enfoque varacional de Hewson
e Martin (1991) que consideram a Tradução como uma equação cultural.

Dentro das abordagens comunicativas e socioculturais + Teorias funcionais que insistem na


importância da finalidade da tradução, como é o caso.

 Teoria de Skopos ou Teoria da Finalidade de Reiss & Vermeer (1984/86) e a Teoria da


ação Tradutória de Holz-Manttari.

c) Teoria dos Polissistemas


 Toury; escola da manipulação
(Lambert; Van Leuven; Hermans; Rabadán; Vidal Claramonte)

A teoria de Skopos é um conceito criado pelo linguista Hans Vermeer. Skopos é uma palavra de
origem grega que pressupõe a ideia de que a tradução e a interpretação devem ter em conta a
finalidade do TP E TC.
d) E, em virtude do seu trabalho com aspetos culturais consideramos igualmente nestas
abordagens

Os autores que trabalham a análise da tradução a partir de perspetivas comunicativas

 Snell-Hornby; Hönig & Kussmoull


 House: propõe parâmetros situacionais de análise da tradução
 Hatim & Mason categorias para estudar relações entre contexto e tradução
 Larose elabora um modelo de análise para estudar as condições da enunciação da
tradução

Incluímos os trabalhos que focalizam aspetos ideológicos

 Análise da tradução da perspetiva feminista; tradução pós-colonialismo; a


manipulação e apropriação dos textos.

Linguística e Informática
Ou melhor, Linguística de Corpus e as Ferramentas da Tradução.

 Linguística de Corpus = campo que se dedica à criação e análise de corpora (plural


latim de corpus), ou seja, conjunto de textos e transcrições de fala armazenados em
arquivos de computador.
 Arquivos informáticos -» vantagem: capacidade ilimitada de agregar

Gênero- apropriação da linguística

A Linguística de Corpus
 Vem mudando a maneira como se investiga a linguagem, nos seus mais
diversos níveis;
 Colocado à disposição do analista, quantidades de dados antes inacessíveis;
Um dos grandes agentes de mudança é a Informática, sem ela a linguística de Corpus
contemporânea não poderia existir

 O linguista de corpus depende de Programas de Computador para lidar com corpora.


 Um dos softwares que existem para auxiliar o linguista de corpus: wordsmith tools

As ferramentas informáticas:
 Criação
 E análise de corpora (paralelos e comparáveis)-» mesmo género de textos em línguas
diferentes
= auxiliam a Tradução e estudos sobre ela

As ferramentas de apoio à Tradução:


 Programas específicos de Tradução (memórias de Trad, ex)
 Ferramentas da Linguística de Corpus (bases de dados textuais e terminológicas)

Fundamentos convenientes:
 Alinhar textos e MT
 Processo de Tradução
 Vantagem da TAC (Tradução Automática Computador)
 Autorização da atividade
 Publicações assistidas por computador
 Harmonização e Terminologia, etc.

Fundamentos Inconvenientes:

 Géneros textuais
 Qualidade da tradução, por ex.

(Anexo1)

HURTADO ALBIR

Mapeamento do campo disciplinar ANEXO 3 p.43-94 (BB)

III- 2.1 Classificação e descrição da Tradução

(propostas de classificação tradicionais e modernas - métodos; classes; tipos; modalidades)


Hurtado Albir

Peter Newmark (1986) estabelece uma distinção entre ‘’tradução comunicativa’’ e ‘’tradução
semântica’’

Tradução Comunicativa: O tradutor tenta produzir nos leitores da LC o mesmo efeito que
produz o original nos leitores da LP. Centrada no leitor.

VS

Tradução Semântica: O tradutor tenta reproduzir dentro das limitações sintáticas e semânticas
da LC, o significado mais exato e preciso transmitido pelo autor.

Eugene A. Nida (1982) distingue: A primeira centra-se no leitor enquanto a segunda se centra
no autor.

Hurtado Albier (1998)

(Em contexto de sala de aula)

Tradução interiorizada- pedagógica e explicita; tradução em sala de 2 aspetos:

 Feita por todo o aprendiz de línguas estrangeiras, realizada naturalmente pelo aluno,
principalmente em níveis iniciais para compreender os enunciados, antes da tradução
explicita.

Tradução natural (1978): Habilidade inata de tradução que todo o bilingue possui e que seria
uma das bases da competência tradutória.
Aprendizagem Pedagógica: utilizada nas salas de aula, como ferramenta pedagógica para
reforçar e verificar a aprendizagem utilizando textos; análise contrastiva e reflexão.

Noções Básicas para a análise da Tradução

a) Fidelidade; equivalência; unidade; invariável tradutória

Anexo 9 (202-240)

Noção de equivalência

 Procedimento técnico de Tradução


 Método de Tradução

Anexo 10 B) Estratégias; problemas; erros de Tradução + ANEXO 2

Estratégia Tradutória: Procedimentos, conscientes ou não conscientes (…) internos


(cognitivos) e externos utilizados pelo tradutor para resolver os problemas de tradução
durante o processo tradutório e para melhorar a sua eficácia durante em função das suas
necessidades especificas.

b) Técnicas de tradução

Confusão na denominância

Métodos também designados por vários autores como: técnicas, procedimentos ou estratégias
de tradução.

Distinguir:

 Técnica – está no facto de proporcionar uma multilinguagem para identificar e


caracterizar o resultado da equivalência em relação ao texto original -> instrumento de
descrição E comparação de traduções.
 Método – tradução livre, etc (Albir)
 Estratégia – reflete o processo verbal (concreto, visível no resultado da tradução para
conseguir equivalências tradutórias)

Categorias de descrição e comparação:

Textuais; Processuais e Contextuais

- A par de categorias textuais (mecanismos) coerência + coesão + progressão temática

- Contextuais (elementos extratextuais relacionados com a produção e receção de texto)

- Processuais (Tradução + estratégias)

 Permitem identificar, classificar e denominar as equivalências selecionadas pelo


tradutor, no TC, em comparação com o TP > a nível das microunidades textuais
 Obter dados concretos sobre a opção metodológica utilizada
 Porém não bastam por si só como instrumento de análise
(As equivalências selecionadas pelo tradutor para as microunidades textuais)

Obter dados concretos sobre -» Opção metodológica utilizada

Porém não servem por si só como instrumentos de análise.

Procedimentos técnica de tradução = Vinay e Darbelnet (1958)

= Proposta pioneira

= Procedimentos técnicos da tradução das Estilísticas Comparadas

Operam em 3 planos:

 Léxico
 Organização (morfologia e sintaxe)
 Mensagem

Procedimentos clássicos/básicos de tradução (Anexo 11)

 Diretos
 Oblíquos

Relacionados com a distinção

Tradução direta: Correspondência exata entre 2 línguas (léxico + estrutura) só é possível entre
línguas de cultura muito próxima.

Oblíqua: Não tem tradução literal, que segue palavra por palavra o texto original.

Procedimentos Básicos (Tabela)

 Outros procedimentos enunciados por pares opostos à exceção da comparação e da


inversão (Anexo 11 e 12)

Tradução Direta:

 Tradução Literal
 Empréstimo
 Decalque

Tradução Oblíqua:

 Transposição
 Modulação
 Equivalência
 Adaptação

Outras propostas de Técnicas de tradução


 Tradutólogos Bíblicos – (sem taxanomia com categorias diferenciadas) mas sim uma
série de considerações para os casos onde não existe equivalência na LC.
 Procedimentos técnicos de execução de Vásquez Ayora
 Malone
 Deslisle (proposta)
 Procedimentos de Newmark

Modalidades da Tradução Francis Aubert

Aubert (1998) elabora uma nova proposta de classificação (baseado em Vinay e Darbelnet)
para servir a base a um modelo descrito

 No qual o grau de diferenciação de duas línguas pudesse ser medido e quantificado


 Permitindo assim, um tratamento estatístico dos dados obtidos na comparação entre o
texto original e tradução

Modelo de Aubert – Pretende a descrição do produto (e não do processo) pelo qual foi
substituída a designação ‘’procedimento’’ de tradução, ela designa ‘modalidades’ da tradução.

A unidade tradutória

Considerada para as pesquisas, a partir do método das modalidades; é a palavra graficamente


definida como tal, ou seja, a unidade lexical. -» É a palavra graficamente definida

Não confundir: Os objetivos e a operacionalidade são totalmente diferentes entre Vinal &
Darbelnet e Aubert. Têm noções e objetivos distintos.

(Anexo 3)

Uma vez que a meta do método é a quantificação, esta opção é a que menos pode sofrer
flutuação de um pesquisador a outro.

O modelo

 Foi aplicado à descrição de amostras de textos contínuos (500-800 palavras) na


relação tradutória entre o par de línguas inglês-português
 Os objetivos dos primeiros trabalhos em que o modelo foi utilizado eram 22, entre os
quais:
 Verificação da adequação do modelo em termos de poder descritivo e
operacionalidade dos 22 critérios;
 Verificar se era possível estabelecer uma norma ou tendência na distribuição
estatística das modalidades entre determinados pares linguísticos e numa
mesma tipologia textual.

As Modalidades:
Aubert definiu 13 modalidades (ou seja, métodos/procedimentos de tradução). A sua
proposta suprime ou altera a designação de outras modalidades existentes no modelo
proposto por Vinay & Darbelnet.

 Omissão
 Transcrição
 Empréstimo
 Decalque
 Tradução Literal
 Transposição
 Explicitação/Implicitação
 Modulação
 Adaptação
 Tradução Intersemiótica
 Erro
 Correção
 Acréscimo

Não interessa a Albert definir os processos de tradução.

(Anexo 14)

A noção de Equivalência

Tipos de Equivalência:

 Dinâmica
 Funcional
 De conteúdo
 Referencial
 Estilística, wtc

Grande controvérsia nos estudos de tradução. Alguns autores definem a tradução como sendo
nada mais que uma equivalência (Catford; Nuda e Taber; Toury; PYM: Koller) – do TC
relativamente ao TP. Outros rejeitam totalmente a relevância da tradução ou consideram que
a noção é prejudicial. (Snell; Horby)

As posições variam quanto à:

 Natureza
 Classificação
 Incidência

O conceito sofreu uma evolução contínua.

 Equivalência enquanto procedimento técnico – Vinay e Darbelnet (1958)


 Equivalência para definir o conceito básico da tradução – Nida (1959)*
 Equivalência enquanto parte da definição de tradução
- O problema central na prática de tradução é encontrar equivalências no TC**
 Equivalência enquanto problema central da linguagem e da linguística - Jakobson
(1969)
* A noção de equivalência usada para definir o princípio básico de traduzir: Conseguir a
equivalência natural, mais próxima numa situação determinada

** Como substituição do material textual numa língua TP para um material numa língua TC

Marcos Históricos

 Tradicionalmente, era um exercício semântico e sintático


 Ideia de equivalência dinâmica – Nida e Taber (1986)
 Teoria de Skopos – Reiss e Vermeer (1996)
 Estudos de tradução, referência corrente – Moya (2004)

Eliminação da Noção de Equivalência:

Teoria da Desconstrução – Derrida (1997)

 Rompe laços entre TP e TC

Não há subordinação do TC para o TP

 O Centro da atenção (dos estudos) passa a ser o TC


Um processo de criação iniciado no TP leva a tradução escrita
criativa/reescrita/transformação de uma obra em constante mutação
 O tradutor é o leitor todo poderoso e um agente tão livre quanto o escritor (porque
cria/reescreve o texto ao traduzir)

A Equivalência hoje

Hoje em dia, constata-se a validade do conceito de equivalência (reconhecida por muitos


tradutólogos)

 O conceito tem de respeitar a máxima fidelidade ao plano conceitual do autor do TP e


aceitabilidade na língua e cultura da TC

A Equivalência em Tradução

É um conceito ainda muito estudado, nomeadamente pelos linguistas interessados na


tradução, porque nasce da linguística.

Por algum motivo, a partir desta aula, a professora tinha a matéria dividida em pontos (1, 2,
2.1 etc) por isso escolhi manter essa divisão.

1. Princípios gerais da linguística - ANEXO 16 & 17

2. Linguística da língua e linguística da fala + 2.1 Revisão - ANEXO 18


Saussure (Século XIX)

2.2 Da Língua e Da Fala

Saussure é considerado o “Pai da linguística moderna”. Ele vê a tradução como:

 um fenómeno social
 “um sistema de signos” (significado/significante)

“conjunto de unidades que se relacionam organizadamente dentro de um todo"

Objeto de Estudo:

Para Saussure interessam apenas:

 O sistema de signos
 A forma, ou seja, a língua (e não o aspeto da sua realização na fala nem o seu
funcionamento em textos)

Ao definir a língua como o objeto de estudos da linguística, Saussure garante a autonomia da


linguística como ciência.

Língua vs. Fala

Saussure efetua, na sua teorização, uma separação entre Língua (Langue) e Fala (Parole).

Língua:

 Sistema de valores que se opõem uns aos outros


 Produto social, coletivo, possui homogeneidade
 É o objeto da linguística propriamente dita.

Fala:

 Individual, particular, assistemática (sem sistema nem método) – apenas a ver com o
locutor e interlocutores
 Sujeita a fatores externos, muitos desses não linguísticos e, portanto, não passíveis de
análise

3. A Linguística da Língua e da Tradução

3.1 Plano Morfossintático

Plano inserido à gramática:

 Disciplina que entende a forma das palavras (morfologia) + a sua colocação nas cadeias
interpretáveis e corretamente ordenadas (sintaxe). ---> É matéria da Gramática
Descritiva (GD)
 Conjunto de normas cujo conhecimento garante o correto domínio dos recursos da
língua ---> Gramática Prescritiva (GP)
Diferenças:

 GD pretende converter-se numa teoria da língua, descrever o seu objeto sem emitir
juízos de valor;
 GP atitude normativa.

Importância do plano morfossintático (e das disciplinas que estuda)

O tradutor tem de ter conhecimento exaustivo do funcionamento gramatical e princípios


normativos das línguas de trabalho. Isto para proporcionar critérios sólidos de correção que
assegurem a aceitabilidade dos textos de chegada.

Dão várias características a modificar na estrutura sintática no processo de transferência de


uma língua para outra:

 Ordem de palavras e frases;


 Negação (dupla em algumas línguas);
 Concordância - singular e plural;
 Construções ativas ou não;
 Coordenação e Subordinação;
 Justaposição;
 Elipse, etc.

 O tradutor enquanto produtor de textos tem que conhecer a gramática descritiva e


prescritiva como qualquer profissional que usa as línguas e a fortiori (sobretudo
quando) é confrontado com:
 as dificuldades decorrentes do contacto interlinguístico da tradução;
 as discrepâncias entre a LP e LC manifestadas no plano morfossintático e sobretudo no
plano lexical e semântico

3.3.2 Plano léxico semântico:

 Léxico: (linguística) Conjunto virtual das unidades lexicais de uma língua.


 Semântico: Estuda o significado.
 Lexicografia: Estudo do desenvolvimento, composição e uso.

O estudo do significado vai para alem do léxico (i.e., do plano lexical e semântico aqui
referenciado) - contempla igualmente o significado gramatical (i.e., dos morfemas), objeto da
gramática.

Para entender o significado da frase precisamos de perceber o significado dos elementos


lexicais (lexemas) e a forma como estes se relacionam com os morfemas, na estrutura sintática
(preposições, locações, advérbios de tempo e tempos verbais).
Léxico:

Na perspetiva do significado lexical, as combinações mais relevantes da semântica para a


tradução são os conceitos de:

 Significado Denotativo: Palavra no seu contexto;


 Significado Conotativo: Lexema com outros significados subjetivos que surgem do
contexto linguístico e extralinguístico;
 Sentido

Consultar: Conotativo e Denotativo - Anexo 19

Sentido Significado Significação – Anexo 20

Os dois significados são planos fundamentais para o tradutor compreender que as línguas
diferem muito mais nas significações efetivas do que nos referenciais. Cabe ao tradutor
considerar os 2 sentidos.

A Cultura

A propósito desses significados: Relembrar-se o papel da cultura da LP e da LC quando se


considera esses significados.

No uso da língua, a mensagem transmitida não se limita ao significado denotativo e conotativo


das palavras:

 O Interlocutor/Recetor pode interpretar outros significados de natureza não-linguística


(i.e., não presente nos lexemas nem nos morfemas);
 O Interlocutor/Recetor capta um significado à margem das palavras = o conteúdo que
não coincide com o significado denotativo e conotativo;

Sentido

Exprime atitudes, opiniões, intenções comunicativas do locutor = um conteúdo textual é criado


de acordo com a situação comunicativa

Não se traduzem significados, traduzem-se sentidos (valores que o texto adquire …)

Abordagens da Língua e Tradução

Aplicam modelos precedentes da linguística e focalizam a descrição e comparação de línguas


sem entrar em questões de índole textual.

Várias tendências:

 As que usam categorias gramaticais tradicionais da comparação;


 As que se valem da estilística comparada;
 As que aplicam à tradução outros modelos linguísticos;
 Enfoques semânticos;
 Enfoques semióticos;
Traduzem-se textos que são unidades linguísticas comunicativas com as suas próprias regras e
morfologia.

São unidades caraterísticas pela sua coerência profunda e superficial.

Consoante as línguas e culturas em presença:

 São alterações que o tradutor terá de introduzir no TC;


 O tradutor deve apresentar competência textual + competência discursiva (o texto
entendido como discurso)

Nos anos 70

1. Quando se fala da linguística textual: os textos são percecionados a partir das suas
diferenças/divergências:

 Função: descrever, narrar, etc.


 Modo: escrito, oral, etc.
 Destinatário: público em geral, público restrito, etc.

Classificações

Não há uma definição única do texto. A linguística textual considera que diferentes tipos
textuais precisavam de uma distinção/agrupamento dos textos em diferentes afinidades.

Ao identificar o tipo de texto e a sua função e categorias: ajuda na tradução -> encontrar na LC
textos do mesmo tipo, com mesmas categorias.

Inúmeras classificações de textos com vários critérios:

A Classificação Textual é relevante para os estudos de tradução pois os grupos textuais


apresentam caraterísticas distintivas que configuram problemas especificas para a tradução
num par de línguas.

Desde os anos 70, os estudos conhecem um amplo debate sobre a classificação textuais cujas
propostas são numerosas.

2. A reflexão semântica modificou as conceções em tradução:

 foram discutidos vários modelos semânticos em tradutologia:


 semântica estrutural e semântica dos protótipos;
 abordagem socio-semântica dos sentidos - abordagem de Fillmore (onde o sentido da
palavra depende do contexto e do tipo de enunciação);

 Reflexão semântica também levou à discussão sobre:


 novos planos/categorias -> os componentes, o processo, as condições para “fazer
sentido”;

os tradutólogos são confrontados com várias coisas- conceitos como:

 Comunicação;
 Contexto;
 Mensagem;
 Intencionalidade;
 Receção, etc.

 Reflexões semânticas levaram os tradutores e os estudos para:


 Analise pragmática;
 Linguística Textual;
 Linguística retorica;
 Analise de Discurso;
 Linguística Cognitiva

 Linguística textual sobretudo tem estado nos anos 70 no centro das preocupações
tradutológicas

 NOS ANOS 80 - Nos estudos de tradução introduziu-se definitivamente a dimensão


cultural na tradutologia

III 4.3 Tipologias Textuais e Género

 Noções básicas:
 Texto;
 Discurso (entendido enquanto texto incluído no seu contexto e o resultado desse
texto);
 Géneros

Discurso de Adam

O texto dentro do seu contexto, ou seja, das suas condições de produção e de receção-
interpretação -> texto na forma como vai ser compreendido e interpretado já não é texto é
discurso.

Exemplo: Uma sentença de uma instituição europeia em Francês. Podemos olhar para a
sentença:

 Apenas como texto e analisar pelas dimensões textuais;

OU

Interpretar sentença dentro do seu contexto de produção

O texto -> é um texto em qualquer instituição em que é produzido. Qualquer texto pode ser
analisado enquanto texto e nada mais, excluindo contextos textuais -> características verbais.

Discurso:

Texto numa situação de enunciação-interação singular, interdiscursividade (nomeadamente)


dos géneros (discursivos)

Género:
(na linguística) Enunciado mais ou menos estável da esfera da comunicação nos seguintes
aspetos (Bakthine 1984):

 Conteúdo temático
 Estilo verbal, (vocabulário, fraseologia, gramática, etc.),
 Estrutura composicional

Os textos/discursos só fazem sentido:

- Em situação/contexto marcados por 1 cultura própria;

- Em relação ou por comparação com outros textos/discursos;

- Em função das expectativas do recetor (válido para o TP e o TC/cliente da tradução).

 Classificações:

Onde os diferentes géneros são determinados por …? que condicionam a produção e a


interpretação dos textos/discursos.

Consultar: Anexo 19

III 4.4 Relevância da análise textual

Os estudos de tradução assinalaram:

 A importância dos tipos textuais e dos géneros;


 As suas funções comunicativas -> na compreensão do TP e na criação do TC

Importante que o tradutor compreenda:

- O género e o tipo de TP

- As suas regras de produção e saiba adaptá-los ao género, tipo e regras do TC.

Esquema da professora:

Notas:

- Para passar dum a outro é necessário conhecer as convenções do género de chegada


(porque países diferentes não têm as mesmas convenções);

- Uma sentença de FR para PT europeu > FR de França não tem as mesmas


convenções que o PT europeu nem o PT-BR;
- PT europeu do género jurídico não é o mesmo do que o género jurídico do PT-PT
(nacional).

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Do ponto de vista metodológico importa salientar a importância do conhecimento das


convenções próprias de cada género no par de línguas que trabalha.

Esse conhecimento é imprescindível para a compreensão da temática.

IV. A Tradução enquanto Atividade Cognitiva

Para além de ser:

 Ato de comunicação;
 Operação linguística e textual;

A tradução é igualmente atividade de 1 sujeito. ---> Considerar:

 O processo mental
 As capacidades necessárias

IV. 1 O processo de tradução/tradutório

Dificuldade intrínseca do estudo do processo cognitivo -> não é diretamente observável + falta
de instrumentos de medição próprios e válidos

IV.1.1 Análise do processo de tradução:

Propostas não cognitivas/Confusões

A tradutologia nem sempre entendeu o processo de tradução/tradutório como estudo dos


processos mentais. ----> A designação de “processo de tradução” nem sempre tem o sentido
cognitivo (de processos mentais envolvidos).

Antes, referem frequentemente os processos que rodeiam o ato comunicativo que é a


tradução. = propostas não cognitivas que dizem respeito a diferentes enfoques:

Referem por exemplo:

 Os diferentes sujeitos
 As operações realizadas na análise, na síntese

Sem estudar o detalhe do funcionamento dos processos mentais.

A – “Processo de tradução” e considerações do tipo linguístico

Exemplos onde a tradução é interpretada como uma atividade de reconhecimento e de


produção de linguagem:

 Modelo inspirado na Gramática Generativa e Transformacional – Vázquez Ayora


(1977);
 Modelo psicomecânico ou psicosistemático – Garnier (1985);

B – “Processo de tradução” e aspetos semióticos, hermenêuticos e comunicativos

Exemplos:

 Modelo de inspiração semiótica – Jduskanov (1969)


 Modelo hermenêutico – Steiner (1975)
 A tradução = ato de “anexação e transformação” + o processo tradutório como
movimento hermenêutico com 4 fases:
1. A confiança
2. A agressão
3. A incorporação
4. A compensação

C – “Processo de tradução” e a proposta do modelo de Nida (1964)

Apresenta 3 fases do processo de tradução:

 A Análise (fase gramatical, semântico-referencial e conotativa);


 A Transferência (prioridade para o conteúdo + modificação das estruturas e do
vocabulário=;
 A Síntese ou Reestruturação (de inspiração estilística)

D – “Processo de tradução” e os Elementos Constitutivos da tradução

Enfoques concentrados na identificação dos Elementos Constitutivos do processo de tradução


como:

 O Emissor da língua de partida


 O Recetor da língua de partida
 O texto da língua de partida;
 O tradutor
 A tradução
 O Recetor da tradução

Processo Circular

O “Processo circular” da Tradução de Nord (1988, 1991).

A tradução:

 Não é um processo linear, evoluindo de 1 ponto (TP) para 1 outro ponto (TC);
 É um processo circular que implica o regresso à 1ª etapa/da análise do TP.

Com 2 etapas essenciais da análise:

 Análise do skopos/função do texto de chegada;


 Análise do texto de partida;
E – “Processo de tradução” e Fases do Trabalho que segue o tradutor profissional

Exemplos:

O Modelo de Larson (1984), com 8 fases da tradução:

 Preparação
 Análise
 Transferência
 Primeiro esboço
 Revisão do primeiro esboço
 Verificação da tradução
 Aperfeiçoamento da tradução
 Preparação do manuscrito final

É também o caso de Carreño (1981), com 3 fases:

 Tradução em bruto
 Tradução do trabalho
 Tradução acabada

F – Confusão introduzida pelos “Procedimentos de Tradução” da Estilística Comparada

 Não explicam o proceder do tradutor para referir o processo de tradução.


 Referem, sim, as soluções visíveis nos resultados (que respondeu ao funcionamento
das línguas e não dos textos)

IV.1.2 Modelos de análise do processo tradutório

Procurar descrever o fenómeno da tradução, classificando as alterações que se podem


observar pela comparação dos pares (TP-TC), será um propósito que esquece os processos
mentais.

 É um meio para descrever o produto/resultado da tradução.


 Pouco nos pode dizer (ou tentar dizer) acerca do próprio processo cognitivo de
tradução.

São precisas abordagens diferentes, baseadas na Observação, Análise e/ou Explicações dos
Processos Cognitivos dos próprios tradutores.

 Hurtado Ablir & Alves (2009)


 Roger Bell (1991; 43)

a) O “modelo interpretativo” da ESIT

 Defendido em Paris a partir dos anos 60 por Danica Selesjovitch e Marianne Lederer.
 Inicialmente aplicado ao estudo da “Interpretação de Conferências”
 Explica a tradução como sendo um processo de 3 etapas (que se sobrepõem)
1. Leitura e compreensão (Lederer 1994; 2003; 23-35)

Usando a competência linguística e o “conhecimento do mundo” para compreender o sentido


do TP.

2. ???

[não consegui apanhar, desculpem]

3. Reverbalização

Na qual o TC é constituído e formado com base na compreensão desverbalizada do sentido.

(re-enunciação pelas palavras do intérprete/tradutor no TC)

Uma 4ª etapa foi acrescentada por Jean Delisle (1982/1988, ver Lederer 2003; 38).

4. Verificação

O tradutor revê e avalia o TC

-----------

A componente linguística é entendida à luz dos significados explícito e do implícito numa


tentativa de recuperar a intenção do autor.

De acordo com Lederer, o conhecimento que temos do mundo é:

 Desverbalizado, teórico, geral, enciclopédico e cultural;


 Ativado de forma diferente em diferentes tradutores e por textos diferentes.

Formas de investigar o Processo Cognitivo da Tradução:

Para investigar, é necessário reunir dados que possam ser observados para descrever e
explicar o processo de tomada de decisão do tradutor.

A) Década de 90 – think-aloud protocols (TAPs)

Pede-se ao tradutor que verbalize os seus pensamentos à medida que traduz OU


imediatamente a seguir (retrospective protocol) – frequentemente sem pensar no conteúdo

Isto é geralmente registado pelo investigador / posteriormente transcrito e analisado.

Este modelo:

· É experimental

· É inovado pela psicologia[BS1]

· Pode fornecer informações mais detalhadas acerca do processo de tradução do que a


simples comparação de pares TP-TC

Os Primeiros Estudos [BS2] realizados recorreram a estudantes de línguas como indivíduos de


estudo.

Os métodos foram-se desenvolvendo e realizaram-se estudos mais rigorosos [BS3] com:


· tradutores profissionais;

· OU envolvendo comparação dos desempenhos do tradutor profissional com falantes


competentes da língua mas sem formação de tradução.

Permitiu retirar conclusões sobre como funciona o processo tradutório.

Vantagens das TAP:

 Ter dados observáveis do que acontece mental/cognitivamente entre um TP e um TC

Limitações/Críticas das TAP:

· Será que as TAP dão realmente informação sobre o processo mental


utilizado? Não serão uma etapa intermédia? Será que o individuo relata o
que PENSA que está a acontecer?
· O esforço envolvido na verbalização desacelera o processo de tradução e
pode afetar a forma como o tradutor vai segmentar o texto (tanto como
compreende e como o traduzir).
· Os dados recolhidos são incompletos e não dão acesso aos processos que
ocorrem naturalmente ao tradutor.

B) Métodos mais recentes

Funcionam como formas de suplementar as TAP:

· Gravação em vídeo e observação dos sujeitos;

· Uso de entrevistas e/ou questionários antes ou após do teste;

· Uso do software Translog na Copenhagen Business School que regista o teclar do


tradutor no computador;

· O uso de equipamento de eye-tracking que regista o foco do olhar no texto;

[BS1]Ericsson e Simon (1984)

[BS2]Krings (1986)

Lörscher (1991)

[BS3]Tirkonen-Condit e Jääskelänen (2000)


IV- A tradução como atividade cognitiva

IV- 1.1O processo de tradução/processo tradutório

1.2 Análise do processo tardutorio: PROPOSTAS NÃO COGNITIVAS confusões.

Modelos de análise do processo tradutório

a) Modelo interpretativo da ESIT


b) Catford e os ‘’shifts’’ de tradução

IV- Formas de investigar o processo tradutório

IV2. A competência tradutória

Componentes da competência tradutória

Formas de investigar o processo cognitivo

Os teóricos têm procurado reunir dados observacionais para explicar o processo de tomada de
decisão do tradutor.

Neste estudo pede-se ao tradutor que verbalize os seus processos de pensamento

(Á MEDIDA QUE TRADUZ OU IMEDIATAMENTE A SEGUIR)

(ESTE SEGUNDO MAIS CONHECIDO COMO RETROSPETIVE PROTOCOL (PROTOCOLO


RETROSPETIVO)), frequentemente sem pensar no conteúdo.
Isto é geralmente registado pelo investigador e posteriormente transcrito e analisado.

THINK-ALOUD: é um método experimental, inovado pela psicologia (nomeadamente por


ERICSSON E SIMON 19849

- E pode fornecer informações mais detalhadas acerca do processo de tradução do que a


simples comparação de pares TP-TC.

Os primeiros estudos TAP de renome em tradução (por ex: KRINGS 1986, L+orcher,1991)
recorreram a estudantes de línguas como indivíduos de estudo.

No entanto, à medida que métodos experimentais se desenvolveram, realizaram-se estudos


mais sistemáticos e rigorosos.

- Com tradutores profissionais

- ou envolvendo a comparação dos desempenhos do tradutor profissional com falantes


competentes da língua sem formação na tradução (ver tirkkonen-condit e Jaaskelainen;
Englund Dimitrova 2005)

Apesar das vantagens dos Taps, há algumas limitações e debatidas. Estas incluem (ver
Jaaskelainen 2009)

- será que os taps dão realmente informação acerca dos processos mentais utilizados? Não
serão, na realidade, uma representação de uma etaque intermédia, na qual o individuo relata
o que pensa que está a acontecer?

- O esforço envolvido na verbalização desacelera o processo de tradução e pode afetar a forma


como o tradutor segmenta o texto

- Os dados recolhidos são, por conseguinte, incompletos e não dão acesso aos processos que
ocorrem naturalmente ao tradutor.

Métodos mais recentes

‘’triangularam’’ os think-aloud protocol com inovações tecnológicas Ou seja, apoiam ou


suplementam os TAP com outros métodos experimentais, que incluem:

-A gravação em vídeo e observação dos sujeitos

-O uso de entrevistas e/ou questionários antes ou após teste

-O uso do software Translog na Copenhegen Business school que regista o teclar do tradutor
no computador

-O uso de equipamento de eye-tracking que regista o foco do olhar no texto.

A duração dos pontos de foco e a dilatação das pupilas podem indicar o esforço mental feito
pelo tradutor.
A competência tradutória

De referir a) falta da definição única b) confusão terminológica -» nos diferentes modelos

Só nos anos 80 começam a surgir as propostas sobre: o funcionamento do conhecimento


especializado que define o tradutor.

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