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Governador
Sergio Cabral Filho
Secretário
Carlos Minc Baumfeld
Presidente
Axel Shmidt Grael
Vice-Presidente
Dione M. Marinho Castro
Diretor
João Batista Dias
Diretora
Ana Cristina Rangel Henney
Diretor
Ricardo Soares Teixeira
Qualidade do Ar
EQUIPE TÉCNICA
Equipe de Apoio
Estagiários
Sinopse
Região Metropolitana
O inventário das fontes de emissões realizado na RMRJ, mostrou que as fontes moveis,
responde por 77% do total de emissões da região. Em relação a taxa de emissão por
tipologia, as industrias petroquímicas responde por respectivamente, 90% do total das
emissões de hidrocarbonetos e 21% do total dos óxidos de nitrogênio.
violações por ozônio, mais de 99%, encontram-se instaladas na área de influência do pólo
petroquímico e, próximas duas grandes redes viárias, Rodovias Washington Luiz e Rio
Teresópolis.
Quanto o controle das emissões de origem veicular, a base principal são as ações previstas
nas fases do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores -
PROCONVE. O atendimento pelas montadoras das medidas preconizadas pelo
PROCONVE como, uso de injeção eletrônica e catalisador e pelas fornecedoras de
combustível, retirada do chumbo da gasolina e menor teor de enxofre no diesel,
propiciaram vários ganhos ambientais, como a redução a nível nacional das emissões de
poluentes, principalmente monóxido de carbono e dióxido de enxofre.
O Estado do Rio de Janeiro, não só vem atendendo as ações previstas em todas as fases do
PROCONVE, como também é o único estado que implantou o programa de I/M veicular,
que vem sendo realizado desde julho de 1997, conforme preconiza a Resolução CONAMA
07. Quanto a parcela de emissão oriundas de veículos a diesel, encontram-se em execução
o Programa de Autocontrole de Emissão de Fumaça Preta, onde estão sujeita ao programa
todas as empresas transportadoras de cargas e de passageiros, que utilizam óleo diesel
como combustível automotor e atuam no Estado do Rio de Janeiro.
SUMÁRIO
I -INTRODUÇÃO 01
II – O ESTADO DO RIO DE JANEIRO 02
2.1 Caracterização das Regiões Prioritárias 03
2.1.a Região Metropolitana 03
2.1.b Região do Médio Paraíba 05
2.1.c Região do Norte Fluminense 05
III – POLUIÇÃO DO AR 07
3.1 Conceito 07
3.2 Poluentes Atmosféricos 07
IV – FONTES DE EMISSÃO 10
V – INVENTÁRIO DAS FONTES DE POLUIÇÃO DO AR 12
VI – PADRÕES DE QUALIDADE DO AR 18
VII – MONITORAMENTO DA QUALIDADE DO AR 21
7.1 Objetivos 21
7.2 Áreas Prioritárias 22
7.2.1 Região Metropolitana 22
7.2.2 Região do Médio Paraíba 25
7.2.3 Região do Norte Fluminense 25
VIII – CARACTERIZAÇÃO DA CLIMATOLOGIA DO ESTADO DO RIO DE 26
JANEIRO
8.1 Caracterização da Climatologia da Região Metropolitana do Rio de Janeiro 27
8.2 Caracterização da Climatologia da Região Norte Fluminense 28
8.3- Caracterização da Climatologia para a Região do Médio Paraíba 29
8.4- Condições Atmosféricas Observadas no ano de 2007 30
8.4.a - Região Metropolitana do Rio de Janeiro 30
8.4.b - Região Norte Fluminense 33
8.4.c - Região do Médio Paraíba 35
IX – AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS 38
9.1 Região Metropolitana 38
Qualidade do Ar
XI – PERFIL DA QUALIDADE DO AR 68
11.1 Região Metropolitana 68
11.1.1 Rede Manual de Amostragem 68
11.1.2 Rede Automática 68
11.2 Região do Médio Paraíba 69
11.3 Região do Norte Fluminense 69
XII - PROGRAMAS DESENVOLVIDOS CONTROLE DA POLUIÇÃO DO 70
AR
XIII– PROJETOS EM ANDAMENTO 74
XIV - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 75
GLOSSÁRIOS 76
Qualidade do Ar
LISTA DE TABELAS
LISTA DE QUADROS
LISTA DE FIGURAS
I - Introdução
Além de causar danos à saúde humana, à fauna, à flora e aos materiais em geral, a poluição
do ar vem sendo considerada pela maioria dos países como o principal agente de degradação
ambiental do Planeta. Mudanças climáticas ocorridas nas últimas décadas são atribuídas às
atividades humanas que contribuem efetivamente para o aumento das emissões de poluentes
para a atmosfera, em níveis capazes de favorecer alterações em escala mundial, com
possíveis conseqüências catastróficas para a humanidade.
Em termos de poluição do ar, o Estado do Rio de Janeiro apresenta duas áreas críticas e,
portanto, consideradas prioritárias com relação a ações de controle: a Região Metropolitana
e a Região do Médio Paraíba. Já o interior do Estado é caracterizado por problemas
específicos e pontuais.
A Região do Médio Paraíba, situada a meio caminho entre São Paulo e Rio de Janeiro,
apresenta alto potencial poluidor do ar pela grande concentração industrial e pelo volume de
trânsito pesado.
1
Qualidade do Ar
Suas costas, leste e sul são banhadas pelo oceano Atlântico. Com relevo diversificado, a
paisagem do Estado do Rio de Janeiro apresenta fortes contrastes: escarpas elevadas, tanto à
beira-mar como no interior; mares de morros; colinas e vales; rochas variadas em baías
recortadas pelo litoral, com diferentes formas de encontro entre o mar e a costa; dunas,
restingas e praias planas; lagos, florestas tropicais naturais; e ainda uma área de planalto,
que se estende à oeste. O ponto mais elevado do estado é o pico das Agulhas Negras, de
2.787 m de altura, localizado na serra da Mantiqueira, região sudoeste do estado. A serra da
Mantiqueira é uma imponente escarpa voltada para o vale do rio Paraíba do Sul, que
atravessa os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
A serra do Mar é outro maciço relevante que corta o estado do Rio de Janeiro, ao longo do
litoral. Inicia-se ao norte do estado de Santa Catarina, região Sul, estendendo-se por mais de
1.000 km até o norte do estado do Rio de Janeiro. Ao longo desse percurso recebe diferentes
denominações como serra da Bocaina, ao sul do estado, serra da Estrela e serra dos Órgãos,
ao fundo da baía de Guanabara. Os principais rios que cortam o Estado são o Paraíba do
Sul, Macaé, Muriaé, Piraí e Guandu.
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Qualidade do Ar
O Rio de Janeiro é o quarto menor estado da Federação, com uma área de 43.696,054 Km².
No entanto, detém o 2º lugar no PIB nacional e o 3º em população e extensão de litoral. Sua
posição privilegiada, com 636 Km de linha de costa, favorece o comércio marítimo, a pesca,
o turismo e o acesso às riquezas da plataforma continental.
Das regiões metropolitanas existentes no país, a do Rio de Janeiro é a que apresenta a maior
densidade demográfica, aproximadamente 1.700 hab/km2, e é a de maior grau de
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Qualidade do Ar
urbanização, 96,8%, responsável pela geração de cerca de 80% da renda interna do Estado e
de 13% da nacional.
Os maciços da Tijuca e da Pedra Branca, paralelos à orla marítima, atuam como barreira
física aos ventos predominantes do mar, não permitindo a ventilação adequada das áreas
situadas mais para o interior.
No período de maio a setembro, devido à atuação dos sistemas de alta pressão que dominam
a região, ocorrem com freqüência situações de estagnação atmosférica e elevados índices de
poluição.
Além desses fatores, deve ser considerado ainda que a região está sujeita às características
do clima tropical, com intensa radiação solar e temperaturas elevadas, favorecendo os
processos fotoquímicos e outras reações na atmosfera, com geração de poluentes
secundários.
Sub-região I - com uma área de 730 km2, compreende os distritos de Itaguaí e Coroa
Grande, no município de Itaguaí; os municípios de Seropédica, Queimados e Japerí e as
regiões administrativas de Santa Cruz e Campo Grande, no município do Rio de Janeiro.
Sub-região II - com uma área de cerca de 140 km2, envolve as regiões administrativas de
Jacarepaguá e Barra da Tijuca, no município do Rio de Janeiro.
Sub-região III - ocupa uma área de cerca de 700 km2. Abrange os municípios de Nova
Iguaçu, Belford Roxo e Mesquita; os distritos de Nilópolis e Olinda, no município de
Nilópolis; os distritos de São João de Meriti, Coelho da Rocha e São Mateus, no município
de São João de Meriti; os distritos de Duque de Caxias, Xerém, Campos Elíseos e Imbariê,
4
Qualidade do Ar
Sub-região IV - com área de cerca de 830 km2, abrange parte do Município de Niterói, além
dos municípios de São Gonçalo, Itaboraí, Magé e Tanguá.
A Região do Médio Paraíba com área de 9.239 km2 e população de cerca de 740.000
habitantes, equivale a 21% da área do Estado, compreende os municípios de Resende, Barra
Mansa, Volta Redonda, Barra do Piraí, Rio Claro, Piraí, Valença, Rio das Flores, Itatiaia,
Quatis e Porto Real.
A problemática do rio Paraíba do Sul é definida por ser ele, ao mesmo tempo, receptáculo
dos despejos de uma das áreas mais desenvolvidas do Estado e ser o principal manancial de
água potável. Este conflito tende a se agravar pelo desenvolvimento, na região, de
numerosas áreas industriais.
Estendendo-se desde o litoral até os limites dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, a
Região Norte Fluminense possui uma área de 12.340 km2 e uma população de 654 mil
habitantes. Abrange os municípios de Campos, Cardoso Moreira, Conceição de Macabú,
Macaé, Quissamã, São Fidélis, São João da Barra, Carapebus e São Francisco de
Itabapoana.
Durante muitos anos, o alicerce da economia da região norte foi o cultivo da cana-de-
açúcar.
5
Qualidade do Ar
nessa região, sendo que cinco concentram-se no município de Campos, que participa de
72% da produção global.
Recentemente, da mesma forma como vem ocorrendo em outras áreas do Estado, na região
de Macaé houve a implantação de duas centrais de geração de energia que utilizam gás
natural como combustível, cujos impactos na qualidade do ar podem ser significativos.
Desse modo, a FEEMA vem exigindo, desde o processo inicial de licenciamento dessas
atividades, a adoção de uma série de medidas de controle e acompanhamento sistemático da
qualidade do ar das áreas de influência dessas unidades.
6
Qualidade do Ar
III – Poluição do Ar
3.1 - Conceito
7
Qualidade do Ar
9 Gasosos: comportam-se como o ar, uma vez difundidos, não tendem mais a se
depositar.
A determinação da qualidade do ar está restrita a um grupo de poluentes, quer por sua maior
freqüência de ocorrência, quer pelos efeitos adversos que causam ao meio ambiente. São
eles: dióxido de enxofre (SO2), partículas total em suspensão (PTS), partículas inaláveis
(PI), monóxido de carbono (CO), oxidantes fotoquímicos expressos como ozônio (O3),
hidrocarbonetos totais (HC) e óxidos de nitrogênio (NOX).
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Qualidade do Ar
Poluentes
Fontes de Emissão Efeitos à Saúde
Monitorados
Partículas em
Combustão incompleta originada da indústria, motores à Interfere no sistema respiratório, pode
suspensão
combustão, queimadas e poeiras diversas. afetar os pulmões e todo o organismo.
(poeira)
Ação irritante nas vias respiratórias, o
que provoca tosse e até falta de ar.
Dióxido de Enxofre Queima de combustíveis fósseis que contenham enxofre, como
Agravando os sintomas da asma e da
SO2 óleo combustível, carvão mineral e óleo diesel.
bronquite crônica. Afeta, ainda, outros
órgãos sensoriais.
Agem sobre o sistema respiratório,
Óxidos de Nitrogênio Queima de combustíveis em altas temperaturas em veículos, podendo causar irritações e, em altas
NO2 e NO aviões fornos e incineradores. concentrações, problemas respiratórios
e edema pulmonar.
Provoca dificuldades respiratórias e
Monóxido de Carbono Combustão incompleta de materiais que contenham carbono, asfixia.
CO como derivados de petróleo e carvão. É perigoso para aqueles que têm
problemas cardíacos e pulmonares.
Não é um poluente emitido diretamente pelas fontes, mas Irritação nos olhos e nas vias
Ozônio formado na atmosfera através da reação entre os compostos respiratórias, agravando doenças pré-
O3 orgânicos voláteis e óxidos de nitrogênio em presença de luz existentes, como asma e bronquite,
solar. reduzindo as funções pulmonares.
9
Qualidade do Ar
IV - Fontes de Emissão
As fontes de poluentes do ar são classificadas em três grandes classes:
10
Qualidade do Ar
A concentração real dos poluentes no ar depende tanto dos mecanismos de dispersão como
de sua produção e remoção. Normalmente, a própria atmosfera dispersa o poluente,
misturando-o eficientemente num grande volume de ar, o que contribui para que a poluição
se mantenha em níveis aceitáveis. As velocidades de dispersão variam com a topografia
local e as condições meteorológicas reinantes.
11
Qualidade do Ar
Para a gestão da poluição do ar, é fundamental não só a definição das áreas mais
impactadas, como também a identificação, qualificação e quantificação das fontes
emissoras de poluentes atmosféricos.
12
Qualidade do Ar
500 empresas foram consideradas responsáveis por mais de 90% dos poluentes emitidos
para a atmosfera.
Quando avaliadas as emissões das diversas fontes inventariadas, de acordo com sua
distribuição espacial, por sub-regiões que compõem as Bacias Aéreas, as quantidades são
mostradas na Tabela 2.
13
Qualidade do Ar
Os resultados demonstram que na Bacia Aérea III estão localizadas as fontes fixas que
mais contribuem com a emissão de poluentes para a atmosfera. Em seguida, aparece com a
segunda posição a região da Bacia Aérea I, área da Região Metropolitana de maior
crescimento industrial previsto.
As fontes móveis são compostas pelos meios de transporte aéreo, marítimo e terrestre, em
especial os veículos automotores que, pelo número e distribuição espacial, passam a
constituir-se como fontes de destaque nas áreas urbanas.
Parte das informações necessárias para o cálculo dessas emissões foi obtida com a
colaboração de vários organismos de trânsito, pesquisa, transporte, etc, quer sejam
privados ou públicos.
14
Qualidade do Ar
Verifica-se que a Avenida Brasil, devido ao imenso fluxo de veículos, é responsável por 25
a 30% do total de poluentes do ar emitidos pelas vias de tráfego na Região Metropolitana
do Rio de Janeiro.
As fontes fixas e o traçado das principais vias de tráfego avaliadas podem ser vistas na
Figura 3.
Dentre fontes fixas e móveis, foram inventariadas um total de 1901 fontes de emissão de
poluentes atmosféricos na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. A Tabela 4 abaixo
resume os valores obtidos de acordo com o tipo de fonte e o poluente avaliado.
15
Qualidade do Ar
Observa-se que a contribuição das fontes fixas é majoritária em relação a dois parâmetros:
material particulado inalável e dióxido de enxofre, 58% e 88%, respectivamente.
23%
77%
Ao comparar-se o total de emissões, por tipo de poluente, para as duas categorias de fonte,
verifica-se que cerca de 98% do monóxido de carbono é proveniente das vias de tráfego,
16
Qualidade do Ar
enquanto que o dióxido de enxofre, em sua maioria, 88%, é emitido, basicamente, por
atividades industriais.
400000
TAXA DE EMISSÃO
300000
(t/ano)
200000
100000
0
FIXA MÓVEL
TIPO DE FONTE
17
Qualidade do Ar
VI - Padrões de Qualidade do Ar
O nível de poluição do ar é medido pela quantificação das substâncias poluentes presentes
neste ar. A variedade dessas substâncias que podem estar presentes na atmosfera é muito
grande tornando difícil à tarefa de se estabelecer uma classificação.
De uma forma geral, foi estabelecido um grupo de poluentes que servem como indicadores
da qualidade do ar. Esses poluentes consagrados universalmente são: dióxido de enxofre,
material particulado em suspensão, monóxido de carbono, oxidantes fotoquímicos
expresso como ozônio, hidrocarbonetos totais e óxidos de nitrogênio. A razão da escolha
desses parâmetros como indicadores de qualidade do ar está ligada à sua maior freqüência
de ocorrência e aos efeitos adversos que causam ao meio ambiente.
Um dos componentes do diagnóstico da qualidade do ar é a comparação das concentrações
medidas com os padrões estabelecidos.
18
Qualidade do Ar
Concentrações limite
Parâmetros Período
Atenção Alerta Emergência
Dióxido de enxofre (μg/m3) 24 horas 800 1600 2100
Partículas totais em suspensão (μg/m3) 24 horas 375 625 875
SO2 X PTS (μg/m3) 24 horas 65000 261000 393.000
Monóxido de carbono (ppm) 8 horas 15 30 40
Ozônio (μg/m3) 1 hora 400 800 1000
Partículas inaláveis (μg/m3) 24 horas 250 420 500
Fumaça (μg/m3) 24 horas 250 420 500
3
Dióxido de nitrogênio (μg/m ) 1 hora 1130 2260 3000
A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos da América - US.EPA adota como
padrões de qualidade do ar as faixas de concentrações relacionados na Quadro5.
19
Qualidade do Ar
O índice é obtido através de uma função linear segmentada, onde os pontos de inflexão são
os padrões de qualidade do ar.
20
Qualidade do Ar
7.1 - Objetivos
Dentre os vários objetivos do monitoramento da qualidade do ar, podemos citar os
principais, de acordo com o Quadro 7:
É importante ressaltar que, ao longo dos anos, dentre os problemas ambientais existentes,
de acordo com os registros de reclamação recebidos pela FEEMA, a poluição do ar é um
dos que mais causa incômodo a população, conforme mostra a Figura 6.
16%
15%
49%
20%
21
Qualidade do Ar
A partir de 2002, foi incorporada à rede automática da FEEMA uma estação que vem
sendo operada pela UTE Eletrobolt (PROCON AR), cujos resultados também são enviados
à central de dados, em tempo real.
Estações Automáticas
9 Prioritariamente, os pontos de amostragem devem representar as emissões
provenientes do tráfego de veículos automotores.
9 Monitorar a área de influência de fontes fixas de grande potencial de emissão de
gases.
Rede de amostragem de partículas
9 Cobrir de forma representativa a região em sua área mais crítica;
9 Representar as emissões das vias de tráfego e de operações industriais;
9 Avaliar a contribuição das partículas finas no total de material particulado em
suspensão;
22
Qualidade do Ar
23
Qualidade do Ar
24
Qualidade do Ar
25
Qualidade do Ar
A direção e velocidade dos ventos, por exemplo, propiciam o transporte e a dispersão dos
poluentes atmosféricos, determinam sua trajetória e alcances possíveis. Em situações de calmaria
ocorre a estagnação do ar, proporcionando um aumento nas concentrações de poluentes. A
precipitação é outro fator que atua com muita eficiência na remoção dos poluentes do ar, em
maior ou menor grau, dependendo da sua intensidade.
Dessa forma, pode-se notar que o conhecimento da climatologia local é imprescindível para o
estudo da qualidade do ar em uma região. Sendo assim, com o objetivo de descrever,
sucintamente, as condições climáticas predominantes em cada região do estado serão utilizados
dados referentes as normais climatológicas 1 do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET)
obtidas no período entre 1961-1990.
1
Na climatologia de um modo geral, quanto maior o intervalo de tempo sobre o qual se estimam
as grandezas climáticas menor é o erro. Sendo assim, a Organização Meteorológica Mundial
aprovou uma norma segundo a qual se devem adotar conjuntos de 30 anos consecutivos
começando no primeiro ano de cada década (1931-1960, 1941-1970, etc.). Os apuramentos
estatísticos referentes a estes intervalos são geralmente designados por Normais Climatológicas
e os valores respectivos por valores normais.
26
Qualidade do Ar
31
29
27
Temperatura (°C)
25
23
21
19
17
15
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
Meses do Ano
9 Precipitação Total: Através dos valores normais pode ser identificado que, na região, o
total precipitado de 1172,9 mm encontra-se mais distribuído entre os meses mais quentes,
durante o verão, como pode ser observado na Figura 9. Também pode ser identificado um
período mais seco que ocorre durante os meses de inverno.
27
Qualidade do Ar
180
160
140
120
Precipitação (mm)
100
80
60
40
20
0
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
Meses do Ano
9 Direção e Velocidade dos Ventos: Segundo FEEMA (1995), a climatologia dos ventos no
Rio de Janeiro, elaborada pela Tasa (Telecomunicações Aeronáuticas S.A.), revela que a
maior freqüência dos ventos é do setor sul-sudeste para nordeste durante quase todo o
ano.
28
Qualidade do Ar
N° de dias de Chuva 13 9 10 10 9 8 8 6 9 13 13 14
Temperatura Média (°C) 25,6 26,2 25,8 24,3 22,8 21,2 20,7 21,2 21,8 22,7 24,1 25
Os valores médios das máximas temperaturas estabelecidos para a região de Volta Redonda
apresentam as seguintes características: verão: 27-30 °C; outono: 24-29 °C; inverno: 24 -27 °C;
primavera: 24-30 °C; ano: 24-27 °C. Para as médias das mínimas temperaturas do período 1931-
90, interpoladas para a região de Volta Redonda, são os seguintes os valores característicos
sazonais: verão: 15-21 °C; outono: 15 a 21 °C; inverno: 12 a 15 °C; primavera: 15 a 21 °C.
29
Qualidade do Ar
Redonda e entorno apresenta-se assim caracterizada: 70-90% no verão; 80-90% no outono; 70-
90% no inverno; 70-90% na primavera.
A descrição das condições atmosféricas observadas durante o ano de 2007 foi realizada com base
nas médias horárias dos dados meteorológicos registrados nas estações automáticas que integram
a rede de monitoramento da qualidade do ar e meteorologia em cada região.
Através dos dados coletados, durante o ano de 2007, na rede de monitoramento da FEEMA, foi
realizada uma análise meteorológica na RMRJ, utilizando as médias horárias de temperatura,
umidade relativa e direção e velocidade dos ventos referentes às Estações Centro, Jacarepaguá e
Nova Iguaçu.
As médias mensais de temperatura para o ano de 2007 estão apresentadas na Figura 10, onde
verificam-se valores mais elevados nos meses de verão e temperaturas mais amenas no inverno,
principalmente no mês de julho. Com exceção do mês de maio, a estação de Nova Iguaçu foi a
que apresentou os maiores valores médios para todo o ano, enquanto que a estação Jacarepaguá
registrou as menores temperaturas.
30
Qualidade do Ar
Figura 10 - Médias mensais de temperatura nas estações da RMRJ para o ano de 2007
Na Figura 11 são mostradas as médias mensais da umidade relativa para a RMRJ no ano de 2007. Os
valores mais elevados foram registrados nos meses de janeiro, novembro e dezembro, enquanto que
os meses mais secos foram fevereiro, março, setembro e outubro. A estação Nova Iguaçu foi a que
apresentou, em geral, os maiores valores de umidade. Por problemas operacionais, não houve
representatividade técnica para avaliar a sazonalidade da umidade relativa no ano de 2007 na estação
de Jacarepaguá.
Figura 11 - Médias mensais de umidade relativa nas estações da RMRJ para o ano de 2007.
31
Qualidade do Ar
As rosas dos ventos, ilustradas nas Figuras 12, 13 e 14, caracterizam o campo de vento para o
ano de 2007 nas estações da RMRJ. Para a estação Centro, observa-se a predominância de
ventos fracos nas direções noroeste e sul-sudeste. A direção dos ventos na estação Nova Iguaçu
apresenta uma grande variabilidade, mas nota-se uma predominância de ventos fracos de sul-
sudoeste e de noroeste. A estação Jacarepaguá apresentou maior ocorrência de ventos nas
direções sul e norte-nordeste, com intensidade fraca a moderada.
Figura 13 - Rosas dos ventos da Estação Nova Iguaçu para o ano de 2007
32
Qualidade do Ar
Para a caracterização das condições atmosféricas predominantes na região Norte Fluminense, no ano
de 2007, foram utilizados dados médios horários de temperatura, umidade relativa, direção e
velocidade dos ventos referentes às Estações Pesagro e Fazenda Severina, ambas pertencentes a
Usina Termelétrica Termomacaé.
As temperaturas médias mensais para o ano de 2007, nas estações do Norte Fluminense, estão
apresentadas na Figura 15. As temperaturas registradas na estação Fazenda Severina foram
ligeiramente mais baixas do que as registradas na Pesagro. Quanto aos meses mais quentes, os que
abrangem o verão foram os de temperaturas mais elevadas, enquanto que junho, julho e agosto
caracterizaram-se pelas temperaturas médias mais baixas do ano.
Figura 15 - Médias mensais de temperatura nas estações do Norte Fluminense, ano 2007.
33
Qualidade do Ar
A Figura 16 representa a média mensal de umidade relativa para as estações em questão, nesta
observa-se que não há diferenças significativas entre os meses do ano. A estação Fazenda
Severina apresentou médias de umidade mais baixas comparado às médias obtidas para a estação
Pesagro, situação já esperada, tendo em vista a proximidade da Pesagro com o litoral.
Figura 16 - Médias mensais de umidade relativa nas estações do Norte Fluminense para o
ano de 2007.
O comportamento dos ventos para a região está ilustrado nas Figuras 17 e 18. Para ambas as
estações observa-se a predominância do quadrante norte-leste, destacando-se a direção nordeste
na Pesagro, com ventos de intensidade moderada à forte, e a direção norte-nordeste, com maior
ocorrência de ventos fracos a moderados.
34
Qualidade do Ar
Figura 18 - Rosas dos ventos da Estação Fazenda Severina para o ano de 2007
Na Região do Médio Paraíba, a análise meteorológica do ano de 2007 foi realizada considerando
dados referentes às Estações Belmonte, Retiro e Santa Cecília, todas pertencentes a CSN.
As médias mensais de temperatura nas estações representativas do Médio Paraíba para o ano de 2007
podem ser observadas na Figura 19. Verifica-se que os meses mais quentes do ano foram janeiro,
março e dezembro. Os meses de maio, junho e julho caracterizaram-se como os mais frios. Nota-se
que não há diferenças significativas na temperatura média entre as estações da região.
Figura 19 - Médias mensais de temperatura nas estações do Médio Paraíba para o ano de 2007.
35
Qualidade do Ar
As médias mensais da umidade relativa estão apresentadas na Figura 20. Podem ser observadas
ligeiras variações da umidade média ao longo do ano, tendo sido janeiro, maio, novembro e
dezembro os meses mais úmidos. Nota-se também diferenças entre as estações de
monitoramento, sendo Retiro a que registrou os menores valores de umidade durante todo o ano.
Figura 20 - Médias mensais de umidade relativa nas estações do Médio Paraíba para o ano
de 2007.
As Figuras 21, 22 e 23 representam as rosas dos ventos para as estações do Médio Paraíba no ano de
2007. Verifica-se uma acentuada variabilidade da direção do vento, comum a todas as estações,
apesar disso, as direções predominantes se destacam: para a estação Belmonte, as direções
predominantes são norte-noroeste e sudeste, com ventos de intensidade fraca a moderada; para a
estação Retiro, observou-se maior freqüência de ventos de oeste-noroeste e leste-nordeste, com
intensidade fraca; para a estação Santa Cecília, predomínio de todo o quadrante leste, sendo sudeste a
direção mais freqüente, com ventos de intensidade fraca.
36
Qualidade do Ar
Figura 23 - Rosas dos ventos da Estação Santa Cecília para o ano de 2007
37
Qualidade do Ar
38
Qualidade do Ar
200
Concentração (ug/m³)
160
120
80
40
0
á
*
o*
*
o*
a
ã*
ca
iti
go
ca
gu
fic
ez
vã
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Sã
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Jo
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Sã
Conforme pode ser observado, metade das estações apresentaram valores de concentração que
ultrapassam o limite padrão anual estabelecido pela legislação ambiental vigente. As maiores
concentrações foram obtidas nas estações do município de Belford Roxo, São Gonçalo e São
João de Meriti e, nos bairros de Jacarepaguá e São Cristóvão no município do Rio de Janeiro.
São Gonçalo.
Tendências
O comportamento das concentrações de partículas totais em suspensão, em algumas estações
onde a serie histórica de resultados praticamente não foi interrompida, mostra claramente a
variação desse poluente ao longo dos anos, evidenciando uma tendência decrescente.
39
Qualidade do Ar
400
Concentrações (ug/m³)
300
200
100
0
9
7
8
0
19
19
19
19
19
19
19
19
19
19
19
20
20
20
20
20
20
20
20
Seropédica São João de Meriti Maracanã Centro
Analisando-se a Figura 25, verificamos que a estação de Seropédica apresenta, ao longo dos
anos, uma constância nos resultados. As demais estações avaliadas apresentaram um
comportamento análogo, com as máximas anuais em 1997 e, a partir daí, uma queda tendendo a
estabilização.
Esse comportamento é comumente observado quando são realizadas obras civis de grande porte,
a exemplo do ocorrido com a construção da Linha Vermelha na década anterior e, da mesma
forma, com a construção e efetiva operação da Linha Amarela. As atividades que são
desenvolvidas durante o período de obras civis por empreendimentos desse tipo são fontes
potenciais de poluentes atmosféricos, principalmente de material particulado. Com o término das
obras, além de cessarem as emissões, ocorre uma melhoria da qualidade do ar devido a uma
melhor distribuição do fluxo de veículos.
400
Concentração (ug/m³)
300
Máxima Diária
Nº de Violação
200
100
0
Belford Roxo S.J. Meriti São Cristóvão 40
Qualidade do Ar
100
Concentração (ug/m³)
80
60
40
20
0
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Observa-se que 66% dos locais monitorados o padrão de qualidade do ar foi ultrapassado. As
maiores concentrações médias anuais foram obtidas nas áreas leste e norte da Região
Metropolitana, confirmando a degradação do ar por material particulado nessas localidades.
Tendências
A próxima ilustração apresenta a evolução das concentrações médias anuais de partículas
inaláveis, obtidas nas estações de amostragem, ao longo dos anos em que foi realizado o
monitoramento.
Figura 28 - Evolução média anual de PI em áreas da RMRJ
250
Concentração (ug/m³)
200
150
100
50
0
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
41
Qualidade do Ar
Analisando-se a Figura 28, verificamos um comportamento análogo nos resultados obtidos, onde
as maiores concentrações médias foram registradas no primeiro ano de operação da rede (1998)
e, a partir daí, observa-se uma pequena queda nas concentrações tendendo à estabilização.
200
Concentração (ug/m³)
150
Máxima Diária
100
Nº de Violação
50
0
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S.
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42
Qualidade do Ar
São Cristóvão
São Gonçalo
S. João de Meriti
Seropédica
Sumaré
Tijuca
Nota: Resultados com classificação acima de Regular ultrapassam o limite padrão de qualidade
do ar, estabelecido pela Resolução CONAMA nº 03/90. A referida legislação também estabelece
que resultados que atinjam as qualificações de Má, Péssima e Critica indicam a ocorrência de
situações agudas de poluição do ar.
Nota:
1-Fonte vermelha não atendeu ao critério de representatividade estatística necessária a
avaliação anual.
2 – O quantitativo de dados gerados na estação operada pela TERMORIO, não atendeu ao
critério técnico estatístico para se promover a avaliação anual.
43
Qualidade do Ar
A Figura 30 compara com o padrão anual as concentrações médias anuais de dióxido de enxofre
registradas nos locais monitorados. Conforme pode ser observado, as concentrações situaram-se
significativamente abaixo do padrão estabelecido pela Resolução CONAMA 03/90 que é de 80
μg/m3. Cabe mencionar que esse comportamento é observado nas demais regiões metropolitanas
do país.
Figura 30- Concentração Média Anual de Dióxido de Enxofre
80
Concentração (ug/m³)
60
40
20
0
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Tendências
A próxima ilustração apresenta a evolução das concentrações médias anuais de dióxido de
enxofre, obtidas nas três estações que encontram-se em operação a mais de 5 anos. Analisando a
ilustração gráfica, verificamos uma tendência de crescimento nos valores médios anuais nos três
primeiro anos de operação da rede e, a partir uma queda com tendência de estabilização.
44
Qualidade do Ar
20
15
10
0
2002 2003 2004 2005 2006 2007
400
Concentração (ug/m³)
300
200
100
0
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Ja
45
Qualidade do Ar
limite fixado na resolução CONAMA 03/90, que é de 100 μg/m³, para exposição de longo
período.
Figura 33– Concentração Média Anual de Dióxido de Nitrogênio.
100
Concentração (ug/m³)
75
50
25
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400
Concentração (ug/m³)
300
200
100
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46
Qualidade do Ar
20,0
10,0
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Também em relação ao padrão de 8 horas corridas, não ocorreram violações, conforme pode ser
observado na próxima ilustração gráfica.
10,0
5,0
0,0
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47
Qualidade do Ar
obtidas ano de 2007, encontram-se em conformidade com o limite de 50 μg/m3 fixado pela
Resolução CONAMA 03/90, como padrão de qualidade do ar, no que tange a exposição de
longo período.
60
Concentração (ug/m³)
45
30
15
0 os
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200
Concentração
150
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100
50
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Ja
9.2.g – Ozônio
Quando as concentrações máximas horárias do poluente são comparadas ao padrão de 1 hora,
160 μg/m3, verificamos que em todas as áreas monitoradas ocorreu violações ao limite padrão.
As maiores concentrações horárias foram obtidas no bairro de Jacarepaguá e no município de
Nova Iguaçu. Porem as áreas que registraram a maiores quantidades de resultados acima do
48
Qualidade do Ar
padrão, foram respectivamente os bairros de Campos Elíseos, Pilar, Jardim Primavera e São
Bento, no município de Duque de Caxias. Tais resultados refletem o comprometimento
sistemático da qualidade do ar dessas áreas, em relação a capacidade de formação do poluente.
400
300
Concentração 200
100
Nº de violações
0
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Evolução Anual do Índice de Qualidade do Ar
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Ja
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Nota: Resultados com classificação acima de Regular ultrapassam o limite padrão de qualidade
do ar, estabelecido na Resolução CONAMA nº 03/90. A referida legislação também estabelece
que resultados que atinjam as qualificações de Má, Péssima e Critica indicam a ocorrência de
situações agudas de poluição do ar.
49
Qualidade do Ar
50
Qualidade do Ar
estações da Região do Médio Paraíba. Através da figura podemos observar que SiderVille foi a
única área cuja média anual superou o limite padrão anual.
100
80
60
40
20
0
Aeroclube Limoeiro Conforto Light SiderVille
Média Anual Padrão Anual
300
Concentração (ug/m³)
200
100
0
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51
Qualidade do Ar
100
Concentração (ug/m³)
80
60
40
20
0
Aeroclube Conforto Limoeiro SiderVille Light
Exposição de Curto Período
Média Anual Padrão Anual
De acordo com a Figura 43, em relação à exposição de curto período, foram obtidas no bairro do
Conforto, dois valores de concentrações em desconformidade com o limite padrão.
200
160
Concentração (ug/m³)
120
80
40
0
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52
Qualidade do Ar
O Quadro 17 mostra a evolução anual do índice de qualidade do ar, em relação aos valores de
concentração de material particulado, medidos na rede manual que se encontra em operação na
Região do Médio Paraíba.
53
Qualidade do Ar
80
Concentração (ug/m³)
60
40
20
0
Belmonte Retiro Vila S tª Cecília Padrão Anual
54
Qualidade do Ar
400
320
Concentração (ug/m³)
240
160
80
0
Belmonte Retiro Vila Stª Cecília Padrão Diário
100
Concentração (ug/m³)
75
50
25
0
Belmonte Retiro Vila Stª Cecília Padrão Anual
55
Qualidade do Ar
450
Concentração (ug/m³)
300
150
0
Belmonte Retiro Vila Stª Cecília Padrão Diário
40
30
Concentração (ppm)
20
10
0
Belmonte Retiro Vila S tª Cecília Padrão de 1h
56
Qualidade do Ar
10,0
Concentração (ppm)
7,5
5,0
2,5
0,0
Belmonte Retiro Vila Stª Cecília Padrão 8hs
9.3.j – Ozônio
A Figura 50 compara as concentrações máximas horárias do poluente com o padrão de 1 hora.
Pela ilustração gráfica observamos que durante o ano de 2007, ocorreram violações ao padrão
em todas as estações da rede. Retiro foi o bairro que registrou o maior numero de resultados em
desconformidade com o limite padrão.
240
Concentração (ug/m³)
160
80
0
Vila Stª Padrão
Belmonte Retiro
Cecília Horário
Concentração 160,3 173,5 171,3 160
Nº de violação 1 4 3
57
Qualidade do Ar
Concentração (ug/m³)
50
40
30
20
10
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Exposição de Curto Período
A Figura 52 compara com o padrão diário as concentrações máximas diárias de partículas
inaláveis, onde verificamos que também em relação a exposição de curta duração, os bairros de
Centro e Vista Alegre foram as duas áreas monitoradas que violaram o limite padrão, revelando
o comprometimento da qualidade do ar por partículas dessas áreas analisadas.
200
Concentração (ug/m³)
160
120
80
40
0
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58
Qualidade do Ar
100
80
Concentração (ug/m³)
60
40
20
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V
R
Exposição de Curto Período
A Figura 54 compara com o padrão diário as maiores concentrações diárias de partículas em
suspensão, onde observamos que na estação instalada no bairro de Boa Sorte e Centro,
pertencentes ao município de Barra Mansa, foram as únicas áreas monitoradas da região que
registraram resultados acima do limite padrão.
320
Concentração (ug/m³)
240
160
80
0
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R
59
Qualidade do Ar
Nota: Resultados com classificação acima de Regular ultrapassam o limite padrão de qualidade
do ar, estabelecido na Resolução CONAMA nº 03/90. A referida legislação também estabelece
que resultados que atinjam as qualificações de Má, Péssima e Critica indicam a ocorrência de
situações agudas de poluição do ar.
Conforme pode ser observado pela figura, nº 55, as concentrações médias anuais obtidas
situaram-se em faixas de concentração muito abaixo do limite padrão.
60
Qualidade do Ar
100
Concentração (ug/m³)
75
50
25
0
Fazenda Severina Pesagro Fazenda Airis* Padrão Anual
400
Concentração (ug/m³)
300
200
100
0
Fazenda Severina Pesagro Fazenda Airis Padrão Horário
60
Concentração (ppm)
40
20
0
Pesagro Fazenda Airis Padrão 1h
61
Qualidade do Ar
36
Concentração (ppm)
27
18
0
Pesagro Fazenda Airis Padrão 8h
9.4.d - Ozônio
A Figura 59 compara a concentração máxima horária do poluente ozônio com o padrão de 1
hora, estabelecido pela Resolução CONAMA 03/90 como 160 μg/m3.
800
Concentração (ug/m³)
600
400
200
0
Fazenda
Pesagro Fazenda Airis Padrão Horária
Severina
Máxima Horária 214 184 152 160
Nº de violação 1 1
Conforme pode ser observado na ilustração, nas estações instalada no sítios denominados,
Fazenda Severina e Pesagro foram obtidos valores de concentração em desconformidade com o
limite padrão.
62
Qualidade do Ar
Monóxido de Nitrogênio
63
Qualidade do Ar
Verifica-se que as maiores concentrações de monóxido de nitrogênio foram registradas nas áreas
com contribuição de emissão veicular e mista.
Metano
Embora o metano não cause impacto direto na saúde humana, ele é um importante gás do efeito
estufa, que ocorre naturalmente, cuja concentração na atmosfera está crescendo em decorrência
das atividades humanas, como a agricultura e a disposição de resíduos, além da produção e uso
de combustíveis fósseis.
64
Qualidade do Ar
60%
40%
20%
0%
Campos
Primavera
Engenheiro
Vila São
São Bento
Belmonte
Pilar
Elíseos
Pedreira
Jardim
Luiz
X - Avaliação do Comportamento Sazonal da Poluição do Ar no Ano de 20
65
Qualidade do Ar
Figura 61: Concentrações Médias Mensais de PTS considerando toda a Rede Manual da FEEMA
Figura 62: Concentrações Médias Mensais de PI considerando toda a Rede Manual da FEEMA
66
Qualidade do Ar
As concentrações médias mensais de PTS e PI, mostradas nas Figuras 63 e 64, permitiram a
identificação de meses onde houve aumento ou diminuição das concentrações por todas ou parte
das estações consideradas, indicando a influência das condições meteorológicas nas estações.
67
Qualidade do Ar
XI – Perfil da Qualidade do Ar
O limite de concentração, fixado pela Resolução CONAMA nº. 03/90, como padrão diário de
qualidade do ar e, que não deve ser excedido mais de uma vez ao ano, o município de Belford
Roxo, foi a área monitorada que registrou o maior numero de violação, 11% dos dados gerados,
excluindo o valor unitário de violação prevista na Resolução em vigor.
Apesar dos resultados mostrarem que grande parte das áreas monitoradas apresenta problemas de
poluição do ar por material particulado, os valores obtidos nos últimos anos indicam uma
tendência decrescente, conforme pode ser observado pela Figura 25. Vários fatores vêm
contribuindo para a redução do nível de saturação do ar por partículas, dentre os quais o término
de obras civis de grande porte realizadas, como a construção da Linha Vermelha e da Linha
Amarela.
Partículas Inaláveis
Na rede manual de partículas inaláveis, em termos de exposição de longo período observamos
um comportamento idêntico ao que foi obtido na rede de partículas totais em suspensão, 73%
das áreas monitoradas, exclusive as duas estações consideradas como background, apresentaram
valores médios anuais acima do padrão. As maiores médias anuais foram obtidas nas áreas norte
e leste da Região Metropolitana.
Como observado na rede de partículas totais em suspensão, apesar dos resultados mostrarem que
grande parte das áreas monitoradas apresenta problemas de poluição do ar também por material
particulado inaláveis, os valores obtidos nos últimos anos indicam uma tendência decrescente,
conforme pode ser observado pela Figura 28.
Em relação à exposição de curto período, os municípios de Nova Iguaçu, São João de Meriti e no
bairro de Bonsucesso no município do rio de Janeiro, foram as áreas que apresentaram o maior
número de não conformidades com o padrão de qualidade do ar, que não deve ser excedido mais
de uma vez ao ano.
Dióxido de Enxofre
68
Qualidade do Ar
Dentre os poluentes avaliados, dióxido de enxofre foi o que apresentou os menores níveis de
concentração, todos em conformidade com o limite padrão, revelando a eficácia das estratégias
de controle que vêm sendo implantadas.
Dióxido de Nitrogênio
Em relação ao padrão anual, todas as médias obtidas encontram-se em conformidade com o
padrão. Quanto a exposição de curto período, apenas no bairro de Campos Elíseos, pertencente
ao município de Duque de Caxias, foi obtido um valor médio horário acima do limite padrão.
Monóxido de Carbono
Também em relação aos níveis de concentração de monóxido de carbono, todas as áreas
monitoradas registraram valores médios de concentração em conformidade com os limites
padrões.
Partículas Inaláveis
Em termos de avaliação anual, verificamos que todas as médias obtidas encontram-se em
conformidade com o padrão. Em relação ao padrão diário, somente no Centro da Cidade do Rio
de Janeiro, foi obtido um valor máximo horário acima do padrão.
Ozônio
69
Qualidade do Ar
Um dos objetivos do autocontrole é ampliar a ação de controle da poluição do ar, visto que
através dos resultados obtidos pelo monitoramento da qualidade do ar e das amostragens em
chaminés, podemos avaliar se o sistema de controle adotado pela empresa possui eficiência
necessária para garantir o padrão ambiental das áreas de influência direta e/ou indireta do
empreendimento.
70
Qualidade do Ar
Dessa forma, em 1986, o Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA instituiu, com o
objetivo de controlar a poluição causada por veículos automotores, o PROCONVE – Programa
de Controle de Veículos Automotores que, dentre as metas estabelecidas, incluiu o
desenvolvimento e a implantação do Programa de Inspeção e Manutenção de Veículos em
Uso.
71
Qualidade do Ar
O Estado do Rio de Janeiro é o pioneiro no programa de I/M veicular que vem sendo realizado
desde julho de 1997. O convênio firmado passa pelo licenciamento obrigatório de todos os
veículos do Estado com o objetivo de que sejam vistoriados anualmente, a fim de verificar se a
condição dos mesmos está de acordo com as normas já estabelecidas de segurança e emissão
de gases poluentes.
Já no âmbito da emissão de poluentes, a vistoria tem por objetivo verificar os gases oriundos
da combustão no motor, uma vez que limites de concentração são estabelecidos pela Resolução
CONAMA N. 7 para veículos do ciclo Otto e limites de opacidade são estabelecidos pela
Resolução CONAMA N. 251, para os veículos do ciclo Diesel.
Conforme exposto ao longo de todo esse trabalho, o monitoramento da qualidade do ar que vem
sendo realizado desde a década de 60 tem-se mostrado como o instrumento de gestão mais
importante nessa área de atuação da FEEMA, uma vez que tem subsidiado grande parte das
ações de controle de poluição atmosférica até então implantadas.
De uma maneira geral, o monitoramento tem proporcionado ao corpo técnico:
72
Qualidade do Ar
73
Qualidade do Ar
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Qualidade do Ar
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GLOSSÁRIO
Partículas Totais em Suspensão - PTS – partículas com diâmetro de até 100 microns.
Partículas Inaláveis - PI – partículas com diâmetro de até 10 microns.
CONAMA: Conselho Nacional do Meio Ambiente
GTZ - Deutsche Gesellschaft für Tecnische Zusammenarbiet
CSN - Companhia Siderúrgica Nacional
TAC - Termo de Ajuste de Conduta
RMRJ - Região Metropolitana do Rio de Janeiro
RMP - Região do Médio Paraíba
RNF - Região do Norte Fluminense
Bacia Aérea - Áreas com características similares em termos de topografia, meteorologia e
fontes de emissões.
µg/m³: micrograma por metro cúbico
US.EPA - United States Environmental Protection Agency
IQAr: Índice de Qualidade do Ar
MF - Método FEEMA
NBR - Normas Brasileiras Reguladoras
ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas
Tasa - Telecomunicações Aeronáuticas S.A
Máxima de 1 hora: Valor máximo diário de 1 hora da concentração do poluente
Máxima Média Diária: máximo valor anual da média de 24 horas
Média Móvel de 8 horas: média da máxima média móvel de 8 horas diária
NO2: Dióxido de Nitrogênio
SO2: Dióxido de Enxofre
ppm: partes por milhão
DETRAN - Departamento Estadual de Transito
SLAP - Sistema de Licenciamento de Atividades Poluidoras
Procon-Ar - Programa de Autocontrole de Emissões para Atmosfera
PCPV - Plano de Controle da Poluição por Veículos em Uso
CONTRAN - Conselho Nacional de Transito
IM - Inspeção e Manutenção Veicular
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