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ESTUDO E ANÁLISE DE POLUENTES ATMOSFÉRICOS DE CO E CO2

AO LONGO DA AVENIDA GOVERNADOR JOSÉ LINDOSO NA


CIDADE DE MANAUS/AMAZONAS

Ana Paula Pereira Tavares


Orientador: Prof.Me Rildo Moura
Co-Orientador: Dra Liliane Martins Minhós
Universidade Nilton Lins
Engenharia Ambiental
12/16
RESUMO

O aumento exponencial dos veículos em circulação somado à deficiência crônica dos


sistemas de transporte de massa na cidade de Manaus intensifica o tráfego nos grandes
centros urbanos, gerando congestionamentos constantes e causando poluição atmosférica em
escala bem superior ao absorvível pelo ambiente. Com o objetivo de quantificar os poluentes
CO e CO2 ao longo da Avenida Governador José Lindoso, a coleta foi realizada no período
de junho a novembro de 2016. Para o monitoramento dos gases foi utilizado o equipamento
da marca Telegan Gás Monitoring, modelo Tempest 100. A análise foi realizada conforme
metodologia da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (US EPA). O
monitoramento do mês de novembro apresentou concentrações com valores menores quando
comparados aos outros meses. Tal motivo explica-se principalmente que nesta data a
temperatura foi menor comparada aos meses anterior, devido ao tempo chuvoso e o aumento
da velocidade do vento. 0s resultados obtidos, pode-se concluir que a metodologia proposta
foi eficiente para a quantificação dos poluentes atmosféricos, sendo os valores encontrados
nas análises mencionadas nas tabelas não excede, o limite de tolerância de acordo com a
Resolução do CONAMA 03/1990.
Palavras-chave: Emissões Atmosféricas, Área urbana de Manaus, Gases de Efeito Estufa.

ABSTRACT
The exponential increase in circulating vehicles plus the chronic deficiency of mass transit
systems in the city of Manaus intensifies traffic in large urban centers, generating constant
congestion and causing atmospheric pollution on a scale far above that absorbed by the
environment. In order to quantify the CO and CO2 pollutants along Governador José Lindoso
Avenue, the collection was carried out from June to November 2016. For the monitoring of
the gases, the equipment of the Telegan Gas Monitoring brand was used, model Tempest
100.The analysis was performed according to the methodology of the United States
Environmental Protection Agency (US EPA). The monitoring of the month of November
presented concentrations with smaller values when compared to the other months. This
reason is mainly explained that at this date the temperature was lower compared to the
previous months, due to the rainy weather and the increase of the wind speed. From the
results obtained, it can be concluded that the proposed methodology was efficient for the
quantification of atmospheric pollutants, and the values found in the analyzes mentioned in
the tables do not exceed the tolerance limit according to CONAMA Resolution 03/1990.

Key-Words: Atmospheric Emissions, Urban área of Manaus, Greenhouse Gases.


INTRODUÇÃO
2

O crescente aumento da frota de veículos na cidade de Manaus que varia entre 9% e


10% por ano torna a capital da região norte com a maior frota, com média de dois mil
veículos emplacados a cada mês, essa frota pode chegar a um milhão de veículos nos
próximos 10 anos de acordo com dados do Departamento Estadual de Trânsito do Amazonas
(DETRAN-AM).
Este grande aumento do uso de veículos e a falta de observância às legislações
ambientais contribuem para a deterioração da qualidade do ar, saúde e meio ambiente. Pois as
mesmo como fontes potenciais contaminam o ar com partículas sólidas e gases, sua deposição
no solo, nos vegetais e nas matérias, causa danos à saúde e desequilíbrios nos ecossistemas.
As tipologias de fontes de poluição atmosférica são variadas e podem ser
antropogênicas (produzidas pelo homem) ou naturais. Estas fontes são a queima de
combustíveis fósseis (para a produção de eletricidade, transportes, indústrias, habitação), os
processos industriais, a utilização de solventes e a agricultura.
Os veículos motorizados lançam para a atmosfera gases como o monóxido de carbono
(CO), os óxidos de enxofre (SOx) e de nitrogênio (NOx), além do material particulado (MP) e
outras substâncias químicas como os hidrocarbonetos (HCs) oriundos dos combustíveis
fósseis e que não são queimados em sua totalidade no processo de combustão (denominadas
“emissões evaporativas”). Essas substâncias, por sua vez, apresentam toxicidade significativa
para os seres vivos. Por fim, a poluição atmosférica veicular também contribui para o
aumento do efeito estufa, pela emissão de dióxido de carbono pela queima dos combustíveis
fósseis (LOUREIRO,2005).
A poluição do ar causada por fontes móveis atingiu seu ápice na época atual em
decorrência da grande expansão da indústria automobilística, constituindo-se em razão de
preocupação constante pelos setores de meio ambiente e saúde. O aumento exponencial dos
veículos em circulação somado à deficiência crônica dos sistemas de transporte de massa na
cidade de Manaus intensifica o tráfego nos grandes centros urbanos, gerando
congestionamentos constantes e causando poluição atmosférica em escala bem superior ao
absorvível pelo ambiente (ALMEIDA,2007).
As disposições da Política Nacional do Meio Ambiente têm sido continuamente
normatizadas por meio de Resoluções do CONAMA, sendo as mais importantes a Resolução
05/1989, que institui o Programa Nacional de Controle da Poluição do Ar (PRONAR); a
Resolução 03/1990, que define os padrões de qualidade do ar; a Resolução 382/2006, que
estabelece limite de emissão de poluentes atmosféricos para determinadas fontes estacionárias
3

e um conjunto de resoluções disciplinadoras do Programa Nacional de Controle da Poluição


do Ar por Veículos Automotores (PROCONVE).
De acordo com a Resolução CONAMA N°.3/90 são padrões de qualidade do ar as
concentrações de poluentes atmosféricos que, ultrapassadas poderão afetar a saúde, a
segurança e o bem-estar da população, bem como ocasionar danos à flora e à fauna, aos
materiais e ao meio ambiente em geral. Ainda conforme a mesma regulamentação federal
entende-se como poluente atmosférico qualquer forma de matéria ou energia com intensidade
e em quantidade, concentração, tempo ou características em desacordo com os níveis
estabelecidos, e que tornem ou possam tornar o ar:
a. Impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde;
b. Inconveniente ao bem-estar público;
c. Danoso aos materiais, à fauna e flora;
d. Prejudicial à segurança, ao uso e gozo da propriedade e às atividades normais da
comunidade.
Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE: “O Censo
2010 mostra que a população é mais urbanizada que há 10 anos: em 2000, 81% dos brasileiros
11 viviam em áreas urbanas, agora são 84%”. Houve mudanças também no ranking dos
maiores municípios, e Manaus passa de 9º para 7º, com aproximadamente 1.800.000
habitantes, estando entre os dez municípios mais populosos do País. Seguramente, já
enfrentando dificuldades explícitas na gestão da mobilidade urbana com, aproximados,
581.479 veículos (Jan/2013) circulando na capital de maior frota da região Norte
(DETRAN/AM).
O Estado do Amazonas, ainda dispõe de um Plano de Controle da Poluição de
Veículos em Uso – PCPV, criado pelo Decreto No 21.623, de 22 de dezembro de 2000, que
tem entre seus objetivos a limitação e a diminuição da poluição atmosférica pela queima de
combustíveis fósseis por veículos automotores, através de um Plano de Inspeção e
Manutenção de Veículos em Uso (I/M) que estabelece as normas e padrões de emissão de
poluentes a serem seguidos.
Sabe-se que os veículos rodoviários tem seus impactos cumulativos causados pelas
emissões provenientes da queima de combustiveis fosseis que resultam na degradação
ambiental e contribuem para o encremento da concentração global de dióxido de carbono
(CO2) na atmosfera.
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Este trabalho tem o intuito de analisar o nível de emissões de CO 2 e CO, na Avenida


Governador José Lindoso (Avenida das Torres), sendo esta inaugurada no dia 29 de junho de
2010 pelo governador Omar Aziz, o qual teve investimento de R$ 48,2 milhões, a avenida
passou a ser o maior eixo viário construído na capital amazonense nos últimos dez anos. A
importância dessa obra foi pela necessidade desencadeada pela expansão da cidade, além de
refletir a preocupação do Governo do Estado em dar excelência às ações governamentais que
possam dar qualidade de vida da população.
A avenida passou a ser a alternativa mais viável entre o distrito industrial, na zona Sul
e o Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, na zona Oeste, reduzindo o tempo do trajeto de
cargas que entram e saem de Manaus por via aérea. Ela também ajudou a desafogar o tráfego
nas avenidas Constantino Nery, Djalma Batista, Efigênio Sales, parque 10 e Grande Circular.

OBJETIVOS

Objetivo Geral

Identificar e analisar o nível dos poluentes CO e CO 2 da Avenida Governador José


Lindoso da Cidade de Manaus/Amazonas.

Objetivos Específicos
 Quantificar os poluentes Monóxido de carbono (CO) e Dióxido de carbono
(CO2) ao longo da Avenida Governador José Lindoso;

 Mostrar os níveis de poluição de CO e CO2 aos quais os moradores estão


expostos;
 Realizar a coleta de emissões de CO e CO2 no período de junho a novembro
nos trechos da Avenida Governador José Lindoso.

METODOLOGIA
Área de Estudo
Para a realização deste trabalho de conclusão de curso foram monitoradas as
concentrações dos poluentes no período de junho a novembro de 2016, sendo uma medição
nos meses de junho a setembro e no mês de novembro duas análises.

O local que coleta foi na Avenida Governador José Lindoso, conhecida como da
avenida das torres, a qual é uma avenida da cidade de Manaus, é a maior avenida da cidade e
5

a segunda maior avenida da região norte do Brasil com 6.3 quilômetros de extensão e três
pistas de cada lado, interliga as zonas norte, leste e sul, iniciando no bairro da cidade nova e
finalizando no bairro do japiim.

Figura 1 – Mapa da localização da Av. Governador José Lindoso na cidade de Manaus – AM.
Fonte: Imagens do Google Earth Pro com resolução no Qgis 2.18

Locais das realizações das avaliações atmosféricas os seguintes trechos:

 PONTO 01: Rua: A 1. Coordenadas: 3°03'03.0"S 59°59'04.8"W.

 PONTO 02: Rua: Conde Sergimirim. Coordenadas: 3°02'41.8"S


59°59'08.5"W.

 PONTO 03: Rua: Visconde de Porto Seguro. Coordenadas: 3°03'46.8"S


59°59'23.6"W.

 PONTO 04: Rua: 03. Coordenadas: 3°04'08.5"S 59°59'29.2"W.

 PONTO 05: Rua: Misushiro. Coordenadas: 3°03'46.8"S 59°59'23.6"W.

 PONTO 06: Praça da Av. das torres. Coordenadas: 3°04'30.3"S 59°59'35.4"W.

Instrumentos Metodológicos
Amostragem e coleta isocinética baseada na MB-3355\90, definições 3.1 e 3.2, NBR
12827\93, definição 3.1. Análise por célula eletroquímica. Equipamentos utilizados: Bomba
de vácuo isocinética- Marcon BVI-001.
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Figura 2: Aparelho analisador de gás Tempest 100.


Autor: (A.P.T, 2016)

Figura 3: Certificado de calibração do aparelho analisador de gás.


Autor: (A.P.T, 2016)

Para o monitoramento dos gases foi utilizado o equipamento da marca Telegan Gás
Monitoring, modelo Tempest 100 (Foto 01), que oferece medições 16 básicas de O 2 (%), CO
(mg.Nm-³), NOx (mg.Nm-³), SO2 (mg.Nm-³), Pressão atmosférica, Temperatura (°C) e CO 2
(%), além da eficiência da combustão (%) para uma larga escala de combustíveis, entre outras
funções, sendo que já vem acoplada uma impressora ao corpo do analisador. Foram realizadas
medições de emissões atmosféricas nestas caldeiras, com doze amostragens em cada coleta de
gases, com intervalo de um minuto a cada amostragem.
A unidade de medida mg.Nm-³ refere-se as concentrações corrigidas para as condições
normais de temperatura e pressão, conforme a equação 1 representa a fórmula para corrigir a
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concentração medida para condição referencial de Oxigênio utilizada, correção esta que o
aparelho realiza de forma automática.
CR = (21-OR) xCM
(21-OM)
Onde:
CR = concentração corrigida para condições referenciais em mg.Nm-³.
OR = concentração referencial de Oxigênio em % por volume
OM = concentração medida de Oxigênio em % por volume
CM = concentração medida em mg.m-³
A coleta foi realizada conforme metodologia da Agência de Proteção Ambiental dos
Estados Unidos (US EPA), Método de Teste Condicional (CTM 030 Amostrador de gases de
combustão e emissão padrão), referencia a utilização de equipamentos portáteis que utilizem
de detecção por células eletroquímicas para análise de gases de emissões de motores a gás.
Este equipamento utiliza um sofisticado sistema de células eletroquímicas, com um
sistema eletrônico comandado por uma central portátil, constituído por uma sonda de
amostragem de aproximadamente 0,70m de comprimento, uma câmara de medição (células
eletroquímicas), uma central de comando. As células eletroquímicas são calibradas
periodicamente com gases padrões, como forma de rastreabilidade e confiabilidade dos
resultados.
A coleta segue procedimento segurando a escala com o braço totalmente esticado, na
direção a emissão do poluente, com duração média de 5 minutos, realizando a troca de faixa o
qual tem resultado de três resultados para fazer o cálculo de média.
Para a realização das medições atmosféricas o laboratório contrato foi Selo Ambiental
Comércio e Serviço Ltda, inscrita no CNPJ: 07.484.050/0001-30, endereço rua: Duarte da
Costa, 102- Sala 01- Dom Pedro, CEP: 69040-670, Manaus-Amazonas. Tendo como
responsável Engenheiro Químico e Biólogo William Feitoza Costa- Reg.: 14300148 XIV
Região.
8

04 05
O

Figura 04 e 05: Realização das medições


Autor: (A.P.T, 2016)

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Nas Resoluções do CONAMA nº 003/1990 e nº 008/1990, são estabelecidas
concentrações máximas para: partículas totais em suspensão (material particulado); fumaça
(composta principalmente de dióxido de carbono–CO2); partículas inaláveis; dióxido de
enxofre; monóxido de carbono (CO); ozônio e dióxido de nitrogênio.
Tabela 1: Padrões Nacionais da qualidade do ar
POLUENTE TEMPO DE PADRÃO PADRÃO MÉTODO DE
AMOSTRAGEM PRIMÁRIO SEGUNDÁRIO MEDIÇÃO
µg/m³ µg/m³ REFERÊNCIA
Partículas totais 24 horas¹ 240 150 Amostrador de
em suspensão MGA² 80 60 grandes volumes
Partículas 24 horas¹ 150 150 Separação
inaláveis MAA³ 50 50 inercial/filtração
Fumaça 24 horas¹ 150 100 Refletância
MAA³ 60 40
Dióxido de 24 horas¹ 365 100 Pararosanilina
enxofre MAA³ 80 40
Dióxido de 24 horas¹ 320 190 Quimiluminescência
nitrogênio MAA³ 100 100
1 hora¹ 40.000 40.000
Monóxido de 35ppm 35ppm Infravermelho não
carbono dispersivo
8 hora¹ 10.000 10.000
9ppm 9ppm
Ozônio 1 hora¹ 160 160 Quimiluminescência

1- Não deve ser excedido mais que uma vez ao ano.

2- Média geométrica anual.

3- Média aritmética anual.

Fonte: CETESB (2006) citando Resolução do CONAMA n° 003 de 28/06/90

Os monitoramentos das emissões de monóxido de carbono (CO) e dióxido de carbono


(CO2) iniciou-se dia 17 de junho de 2016 e encerrou no dia 03 de novembro de 2016, sendo
realizado uma medição nos meses de (junho, julho, agosto e setembro) e no mês de novembro
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duas medições, realizado 3 amostragens com intervalos de 1 minuto, conforme as tabelas


abaixo:

Tabela 2: PONTO DE COLETA 01: Av. Governador José Lindoso com a Rua A1.

PARÂMETRO Unidades RESULTADO MÉDIA

CO mg/Nm³ 20,00 22,00 24,00 22,0

CO2 mg/Nm³ 31,00 33,00 39,00 34,33

Temperatura ambiente °C 28,0 28,0 28,0 28,0

Pressão ambiente mbar 0,10 0,29 0,31 0,23

Velocidade ambiente m/s 6,70 4,20 6,80 5,90

Referencial oxigênio % base seca 3,00 3,00 3,00 3,0

DATA: 17 de junho de 2016


HORA: 08h30min.

Tabela 3: PONTO DE COLETA 02: Av. Governador José Lindoso com a Rua Conde Sergimirim.

PARÂMETRO Unidades RESULTADO MÉDIA

CO mg/Nm³ 24,00 26,0 31,00 27,00

CO2 mg/Nm³ 34,00 39,00 46,00 39,66

Temperatura ambiente °C 28,0 28,0 28,0 28,0

Pressão ambiente mbar 0,10 0,29 0,31 0,23

Velocidade ambiente m/s 6,70 4,20 6,80 5,90

Referencial oxigênio % base seca 3,00 3,00 3,00 3,0

DATA: 20 de julho de 2016.


HORA: 17:h30min

Tabela 4: PONTO DE COLETA 03: Av. Governador José Lindoso com a Rua: Visconde de Porto Seguro.
PARÂMETRO Unidades RESULTADO MÉDIA

CO mg/Nm³ 22,00 20,00 24,00 22,00

CO2 mg/Nm³ 31,00 34,00 41,00 35,33

Temperatura ambiente °C 30,00 30,00 30,00 30,00

Pressão ambiente mbar 0,09 0,26 0,31 0,22

Velocidade ambiente m/s 6,50 5,50 7,40 6,47

Referencial oxigênio % base seca 3,00 3,00 3,00 3,0

DATA: 22 de agosto de 2016


HORA: 09h45min

Tabela 5: PONTO DE COLETA 04: Av. Governador José Lindoso com a Rua 03.
PARÂMETRO Unidades RESULTADO MÉDIA

CO mg/Nm³ 10,00 8,00 14,00 10,67

CO2 mg/Nm³ 21,00 24,00 29,00 24,67

Temperatura ambiente °C 31 31 31 31

Pressão ambiente mbar 0,08 0,12 0,18 0,13


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Velocidade ambiente m/s 7,80 7,20 10,50 8,5

Referencial oxigênio % base seca 3,00 3,00 3,00 3,0

DATA: 08 de setembro de 2016


HORA: 16h20min

Tabela 6: PONTO DE COLETA 05: Av. Governador José Lindoso com a Rua A
Misushiro.
PARÂMETRO Unidades RESULTADO MÉDIA

CO mg/Nm³ 7,00 5,00 9,00 7,00

CO2 mg/Nm³ 11,00 9,00 14,00 11,34

Temperatura ambiente °C 37,00 37,00 37,00 37,00

Pressão ambiente mbar 0,06 0,24 0,20 0,17

Velocidade ambiente m/s 6,50 3,20 6,10 5,27

Referencial oxigênio % base seca 3,00 3,00 3,00 3,0

DATA: 03 de novembro de 2016.


HORA: 10h40min

Tabela 7: PONTO DE COLETA 06: Av. Governador José Lindoso com a praça
das torres.
PARÂMETRO Unidades RESULTADO MÉDIA

CO mg/Nm³ 5,00 7,00 4,00 5,34

CO2 mg/Nm³ 11,00 12,00 9,00 10,67

Temperatura ambiente °C 26,8 26,8 26,8 26,8

Pressão ambiente mbar 0,003 0,001 0,005 0,003

Velocidade ambiente m/s 2,30 1,30 2,80 2,14

Referencial oxigênio % base seca 3,00 3,00 3,00 3,0

DATA: 03 de novembro de 2016


HORA: 15h15min

Na tabela 03 os resultados de CO e CO 2 teve um índice maior comparado com outras


tabelas, também observou-se um pico na taxa de emissão de CO2 na terceira leitura, uma da
razão que pode justificar este fato é que no momento da coleta havia congestionamento de
veículos automotores, os quais são responsáveis pela maior parcela de contribuição na
contaminação dos centros urbanos, pois reações de convencionais de combustão de
combustíveis, os reagentes interagem com o oxigênio comburente, liberando grande
quantidade de calor para formar os produtos de combustão.
O monitoramento do mês de novembro apresentou concentrações com valores
menores quando comparados aos outros meses. Tal motivo explica-se principalmente que
nesta data a temperatura foi menor que todos os meses que foram realizados a coleta, devido
ao tempo chuvoso e o aumento da velocidade de ventos.
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Gráfico 1: Médias dos resultados.

As concentrações de Monóxido de Carbono (CO) os resultados foram inferiores as


concentrações de Dióxido de Carbono (CO2) em todas as medições.
O monóxido de carbono (CO) é um gás incolor e inodoro que altas concentrações pode
ser letal, na natureza se forma mediante a oxidação do metano, que é um gás comum
produzido pela decomposição de matéria orgânica. A principal fonte antropogênica do
monóxido de carbono se dá por meio da queima incompleta de combustível como a gasolina.
Este gás é especialmente problemático em zonas urbanas com grande número de
automóveis, o volume de trânsito e o clima local influem sobre a sua concentração no ar, os
efeitos sobre a saúde dependem da concentração e duração da exposição (GOMES, 2009).
O CO2 é responsável por mais de 97% das emissões totais de Gases de Efeito Estuda
GEE de fontes móveis (ÁLVARES JR. et al 2002).
No Brasil, os padrões nacionais foram estabelecidos pelo Ibama – Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, e aprovados pelo Conama, por meio
da Resolução Conama 03/90. Os poluentes são divididos em duas categorias - Primários: são
aqueles emitidos diretamente pelas fontes de emissão. São as concentrações de poluentes que,
ultrapassadas, poderão afetar a saúde da população. Podem ser entendidos como níveis
máximos toleráveis de concentração de poluentes atmosféricos, constituindo-se em metas de
curto e médio prazo. - Secundários: são aqueles formados na atmosfera através da reação
química entre poluentes primários e componentes naturais da atmosfera.
De um modo geral, a emissão de poluentes num nível local gera efeitos na saúde
pública; danos aos materiais, à fauna e à flora; redução da visibilidade; e chuva ácida. “Num
nível global, os poluentes estão diretamente associados às mudanças do clima e à redução da
camada de ozônio” (BRAGA ,B.et al 2002).
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CONCLUSÃO
Com base nos resultados obtidos, pode-se concluir que a metodologia proposta foi
eficiente para a quantificação dos poluentes Monóxido de Carbono (CO) e Dióxido de
Carbono (CO2), provenientes de emissões de veículos automotores, sendo os valores
encontrados nas análises mencionadas nas tabelas não excede, o limite de tolerância de acordo
com a Resolução do CONAMA 03/1990.
Observou-se que a concentração de poluentes está fortemente relacionada às condições
meteorológicas. Alguns dos parâmetros que favorecem altos índices de poluição são: alta
porcentagem de calmaria de ventos fracos e inversões térmicas, resultados este comprovados
nas medições.
Os padrões de qualidade do ar definem legalmente o limite máximo para a
concentração de um poluente na atmosfera, para que garanta a proteção da saúde e do meio
ambiente. Os padrões de qualidade do ar são baseados em estudos científicos dos efeitos
produzidos por poluentes específicos e são fixados em níveis que possam propiciar uma
margem de segurança adequada. Com base nos monitoramentos é possível traçar ações de
redução da contaminação do ar, de maneira estável e transparente.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ÁLVARES, JR,Olímpio; LACAVA, Carlos Ibsen Vianna; FERNANDES, Paulo Sérgio.


Emissões Atmosféricas. Senai/DN, Brasília, 2002.

ALMEIDA, Demetrius Henrique Cardoso de.Mudanças Climáticas: Premissas e Situação


Futura. Editora LCTE, São Paulo, 2007.

BRASIL. Lei Federal nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional
do Meio Ambiente. Brasília. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L
6938.htm. Acesso em: 25/11/2016.

BRAGA,B. et al. Introdução à engenharia ambiental. Editora Prentice Hall, São Paulo,
2002.

CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente, Nº 3/1990. Dispõe padrões de


qualidade do ar, previstos no PRONAR, Data da legislação: 3/6/1990 - Publicado no
D.O.U de 22/8/1990.
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CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente, Nº 5/1989. Dispõe sobre o Programa


Nacional de Controle de Poluição do Ar-PRONAR, Data da legislação: 15/6/1989 -
Publicado no D.O.U de 25/8/1989.

CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente, Nº 18/1986 Programa de Controle da


Poluição do Ar por Veículos Automotores – PROCONVE. Data da legislação: 6/5/1986 -
Publicado no D.O.U de 17/6/86.

GOMES, Edson Pinheiro. Levantamento Das Principais Fontes De Emissões


Atmosféricas Na Cidade De Manaus. Universidade Federal do Amazonas – UFAM, 2009.
Disponível em :http://www.ppgcasa.ufam.edu.br/pdf/dissertacoes/2009/Edson/20Pinheiro.
pdf>. Acesso em 02/12/2016.

LOUREIRO, Luciana Neves. Panorâmica sobre Emissões Atmosféricas Estudo de Caso:


Avaliação do Inventário de Emissões Atmosféricas da Região Metropolitana do Rio de
Janeiro para Fontes Móveis. Rio de Janeiro, VIII, 153 p. Tese - Universidade Federal do
Rio de Janeiro, COPPE. 2005.

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