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Impactos Ambientais: a contribuição do Home-Office para o combate à poluição

Alessandra Missali
R.A: 2107556
Instituição de Ensino: Anhembi Morumbi
Curso de Pós-graduação em Gestão de Informação
Orientador: Prof. Me. Hamilton Moura

INTRODUÇÃO

A presente pesquisa pretende conscientizar as empresas sobre a preservação do meio


ambiente e como a tomada de decisão de implantar o home-office, pode ajudar no combate
aos impactos ambientais.

No primeiro momento, será apresentado sobre a tomada de decisão na aderência ao home-


office. Posteriormente, será abordado um estudo realizado por um órgão competente sobre a
emissão de gases tóxicos por automóveis, juntamente com os malefícios desses poluentes
para a saúde humana.

O objetivo do artigo é apresentar a importância do home-office na preservação do meio


ambiente e os riscos dos gases tóxicos à saúde humana. Para isto, foram pesquisados quais
são os poluentes emitidos pelos automóveis e quais os horários de maior e menor incidência
das emissões.

A metodologia utilizada para a elaboração do presente trabalho foi à pesquisa bibliográfica


do tipo narrativa por meio de consulta à literatura pertinente, e site da instituição
competente.

O incentivo pela busca deste tema foi que, ainda muito se fala em preservação do meio
ambiente, porém, pouco se faz.

Tendo em vista as tendências de mercado para o home-office e o tempo gasto em trânsito,


emitindo desta forma, uma enorme quantidade de poluentes, foi incentivo suficiente para
atrair esta temática ao artigo presente.
Tomada de decisão para o home-office

A proposta deste artigo é incentivar os gestores a tomar a decisão de adotar a


modalidade de trabalho home-office em benefício ao meio ambiente, e que, através de
pesquisas apresentadas, os mesmos possam se sensibilizar do quanto manter o funcionário
trabalhando em sua própria casa, poderá contribuir para a diminuição de veículos
circulando nas ruas, e assim, minimizar a emissão de gases poluentes na atmosfera.
Os gestores ainda possuem receio de perder o controle de seu funcionário
trabalhando de casa. Desta forma, ao apresentar os benefícios para o funcionário, empresa,
sociedade e no caso deste artigo, para o meio ambiente, talvez os ajude em sua tomada de
decisão.
De acordo com ROBBINS (2015), existem seis etapas para tomada de decisão:
“Identificar e definir o problema, identificar critérios de decisão, atribuir pesos aos
critérios, gerar alternativas, avaliar cada alternativa e selecionar a alternativa que obteve a
pontuação mais alta”.
Para GOMES (2019), as técnicas são: “brainstorm, diagrama de espinha de peixe,
árvores de decisão, mapas cognitivos, matriz SWOT, técnica P-N-I, técnica nominal de
grupo, método delphi, estrela decisória e técnicas de grupo”.
É necessário cada empresa identificar a técnica mais adequada, para planejar e
tomar a decisão de aderir ao sistema home-office, objetivando a diminuição dos impactos
ambientais.

A contribuição do home-office para a diminuição de gases poluentes na atmosfera

Com a adesão do home-office, o número de carros nas ruas poderá diminuir


drasticamente, consequentemente, também poderá diminuir a emissão de poluentes na
atmosfera.
O Instituto de Tecnologia e Meio Ambiente, realizou um inventário que estimou as
emissões de poluentes atmosféricos para um dia típico do ano de 2015.
Neste artigo, serão apresentados apenas os dados referentes a automóveis e os
períodos de maior e menor emissão de poluentes, a fim de delimitar a análise.

Os horários detectados como maior emissão, foram:

➔ Entre 06hs00 e 09hs00 da manhã e;


➔ Entre 17hs00 e 20hs00 da noite.

Os horários detectados como menor emissão, foram:

➔ Entre 00hs00 e 04hs00 da madrugada.

A seguir, serão apresentados os poluentes e seus malefícios para a saúde humana.


Material Particulado Total

O estudo apontou que os automóveis são os maiores responsáveis pela emissão de


MPdesg (desgaste dos pneus, freios e pistas), sendo 80% dedicado à eles.
Malefícios para a saúde: câncer respiratório, arteriosclerose, inflamação de pulmão,
agravamento de sintomas de asma, aumento de internações hospitalares e podem levar à
morte.

Gráfico1. Material Particulado Total. Fonte: http://emissoes.energiaeambiente.org.br

Gráfico 2. Material Particulado Total. Fonte: http://emissoes.energiaeambiente.org.br


Óxidos de nitrogênio

Os óxidos de nitrogênio, juntamente com os compostos orgânicos voláteis, são


precursores da formação do ozônio troposférico, um poluente extremamente crítico.
Os automóveis são responsáveis em 19% por essa emissão.
Malefícios para saúde: altas concentrações podem levar ao aumento de internações
hospitalares decorrente de problemas respiratórios, problemas pulmonares e agravamento à
resposta das pessoas sensíveis a alérgenos.

Gráfico 3. Óxidos de Nitrogênio. Fonte: http://emissoes.energiaeambiente.org.br

Gráfico 4. Óxidos de Nitrogênio. Fonte: http://emissoes.energiaeambiente.org.br


Hidrocarbonetos não metano

Os hidrocarbonetos não metano e os aldeídos, são os principais precursores da


formação de ozônio na região metropolitana de São Paulo.
Automóveis são os principais emissores destes poluentes com 77%.
Malefícios: são precursores para a formação do ozônio troposférico e apresentam
potencial causador de efeito estufa (metano).

Gráfico 5. Hidrocarbonetos não metano. Fonte: http://emissoes.energiaeambiente.org.br

Gráfico 6. Hidrocarbonetos não metano. Fonte: http://emissoes.energiaeambiente.org.br


Monóxido de carbono

Desde 2008, as concentrações de monóxido de carbono registradas nas estações de


monitoramento, não ultrapassam os limites estabelecidos.
No estudo verificou-se que, ¾ das emissões são de responsabilidade dos
automóveis.
Malefícios para saúde: em baixa concentração causa fadiga e dor no peito, em alta
concentração pode levar a asfixia e morte.

Gráfico 7. Monóxido de carbono. Fonte: http://emissoes.energiaeambiente.org.br

Gráfico 8. Monóxido de carbono. Fonte: http://emissoes.energiaeambiente.org.br


CONSIDERAÇÕES FINAIS

A problemática apresentada neste artigo refere-se à quantidade de veículos em


circulação em horários de pico e os impactos causados no meio ambiente com o excesso de
emissão de poluentes na atmosférica.
Os estudos do Instituto de Tecnologia e Meio Ambiente, mostraram que, a maior
concentração desses poluentes tóxicos, acontece nos horários de pico entre: 06hs00 e
09hs00 horas da manhã e, entre a parte da tarde e noite, nos horários entre 17hs00 e
20hs00 e, a menor concentração foi apresentada entre 00hs00 e 04hs00 da madrugada. Ou
seja, é possível verificar que, com a maior demanda de pessoas trabalhando em casa, os
danos ambientais poderão ser minimizados.
Como solução para o problema, o home-office mostra-se uma iniciativa
praticamente sem custo e de fácil implantação, por meio da qual, as empresas poderiam
favorecer ao mesmo tempo o aumento de produtividade e qualidade de vida do profissional,
a redução de emissões de poluentes tóxicos na atmosfera.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CONSULTADAS

GOMES, L. F. A. M. Princípios e métodos para tomada de decisão: enfoque multicritério.


6.ed. São Paulo: Atlas, 2019. 327 p.
ROBBINS, S. P. Decida e conquiste: o guia definitivo para tomada de decisão. 1.ed. São
Paulo: Saraiva, 2015. 240 p.
Inventário de Emissões Atmosféricas do Transporte Rodoviário de Passageiros no
Município de São Paulo. Disponível em: <http://emissoes.energiaeambiente.org.br/>
Acesso em: 20 Out. 2019.

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