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Instruções gerais, construção complementar 2

Conteúdo
RESPONSABILIDADE DO REVENDEDOR Carga rápida............................................. 22
OU CONSTRUTOR ....................................... 2
BROCAGEM DE FUROS ........................... 23
INTRODUÇÃO .............................................. 3 Uniões aparafusadas ............................... 23
Classificação dos chassis ........................ 3 Momento de aperto.................................. 24
Adaptação ADR .......................................... 4 SOLDAGEM GENERALIDADES ................ 25
Lembre-se ao construir ............................. 5
Soldagem eléctrica .................................. 25
NORMAS DE SEGURANÇA ......................... 6 Preenchimento de furos ......................... 26
Descrição de riscos ................................... 6 TRABALHO COM ESTRUTURAS EM AÇO
Elevação do veículo ou de DE ALTA RESISTÊNCIA = F950 50 ............ 27
superestruturas ......................................... 6
ESTRUTURA AUXILIAR PARA
Basculamento da cabina .......................... 6 SUPERESTRUTURA .................................. 28
Ligação acidental de motores
eléctricos, etc... .......................................... 7 Configuração da estrutura auxiliar ........ 28

Refrigerantes em instalações Dimensionamento da estrutura auxiliar 28


refrigeradoras ............................................ 7 Extremidade dianteira do chassis
auxiliar ...................................................... 29
FORÇAS E MOVIMENTOS NA ESTRUTURA
DO CHASSI E NA SUPERESTRUTURA ...... 8 Travessas ................................................. 29

Forças estáticas ........................................ 9 Extremidade traseira do chassis


auxiliar em perfil fechado ....................... 29
Forças dinâmicas ...................................... 9
Barras diagonais ..................................... 29
Forças laterais ......................................... 10
Dimensionamento e qualidade
Forças torcionais .................................... 11 do material ............................................... 30
Distribuição da tensão nas barras da TRANSFERÊNCIA DE
estrutura ................................................... 12 SUPERESTRUTURAS DE CAMIÕES
OSCILAÇÕES INCONFORTÁVEIS ............ 13 SCANIA MAIS ANTIGOS ............................ 30

Solavancos ............................................... 15 FIXAÇÃO .................................................... 31


Oscilações da estrutura .......................... 16 FIXADORES ............................................... 32
DADOS DE CHASSI ESTRUTURAS .......... 18 Parte dianteira.......................................... 32
Material das barras .................................. 19 Superestrutura resistente à torsâo ........ 33
CONFIGURAÇÃO DE FUROS ................... 20 Superestruturas extra fortes .................. 34

BATERIAS .................................................. 21 Parte traseira............................................ 35

Controlo do estado de carga das baterias .. 22 CARROÇARIAS SENSÍVEIS À FLEXÃO


DA ESTRUTURA ........................................ 36
Controlo do nível de electrólito
das baterias.............................................. 22 MONTAGEM DA SUPERESTRUTURA ...... 37

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Instruções gerais, construção complementar 2

RESPONSABILIDADE DO REVENDEDOR OU CONSTRUTOR


É importante que tanto as instruções sobre superestruturas da Scânia como as
normas legais nacionais sejam seguidas aquando da construção ou modificação de
chassis da Scania.
Os camiões equipados com qualquer tipo de máquina (grua, plataforma elevatória
traseira, etc.) destinados a um país da UE ou EFTA devem, além destas instruções,
cumprir com a directiva de máquinas 98/37/EC da UE. O construtor da
superestrutura é o responsável pelas medidas e pela documentação necessária para a
marcação CE do veículo completo em conformidade com a directiva de máquina.
O revendedor/construtor é responsáveis em relação ao cliente, pela entrega de
instruções necessárias acerca do funcionamento e manutenção da superestrutura e
alterações do chassi.
Ao vender de um veículo completo, o revendedor é responsável em relação ao
cliente, por que a superestrutura tenha sido executada de acordo com as instruções
sobre superestruturas da Scania.
Aquando de eventuais trabalhos com superestruturas não descritos nas instruções
sobre superestruturas, deve-se com boa antecedência tomar contacto com o
representante autorizado da Scania ou o revendedor,para aconselhamento acerca de
configuração conveniênte.
Ver também a secção ”Responsabilidade” no capítulo 0 ”Generalidades”.
Os importadores da Scania poderão pôr à sua disposição, cálculos de
superestrutura.

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INTRODUÇÃO

Classificação dos chassis


Os nossos chassis têm os simbolos L/D/C/G para
diferentes tipos de áreas de transporte.

Para mais informação sobre as designações, ver a secção


”Designações de tipo” no capítulo 0 ”Generalidades”.

Tipo de chassis L D C G

Percurso: Longo Curto Curto Longo


Condições de
Caracte- Normal Fácil Difícil Difícil
condução:
rísticas PB máx.
gerais 60 t 36 t >60 t >60 t
conjunto:
Carga sobre os
Limite legal Limite legal Máx. técnica Máx. técnica
eixos:
Altura do Normal, Baixo,
Normal, Baixo Normal, Alto Normal
chassis: Extra baixo
F950/F950 50
Tipo do chassis: F800/F950 F800/F950 F950/F958
Chassis F958
Tractor (A) Tractor (A) Tractor (A) Tractor (A)
Adaptação do
chassis Camião rígido Camião rígido Camião rígido Camião rígido
(B) (B) (B) (B)
Cabina Tipo de cabina: CP/R/T CP CP/R/T CP/R/T

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Adaptação ADR
ADR é a sigla de uma convenção internacional designada
de ”European Agreement concerning the international
carriage of Dangerous goods by Road” (acordo europeu
referente ao transporte rodoviário internacional de
mercadorias perigosas).
Para mais informações, entre em contacto com o
importador da Scania ou com as autoridades competentes
no país em questão. A Scania pode fornecer chassis com
certificado segundo a convenção ADR.
Um veículo equipado com ADR pela Scania distingue-se
de outros veículos pelo facto de poder ser montado o
equipamento abaixo especificado. O nível de
equipamento varia com a classificação.

- Interruptor de corte geral da bateria, comandado da


cabina. Com as funções corte-fecho excepto na
França, onde sói tem a função corte.
- Sistema eléctrico reforçado, atrás da cabina.
- Protecção de superfícies quente.
- Travão adicional.
- Aquecedor adicional adaptado a ADR.
- Farolins traseiros estanques, caixa para o elevador do
terceiro eixo e caixa de ligação.
- Ligações eléctricas do atrelado estanques.
- Tacógrafo com limitador de corrente.
- Número de certificado na placa de homologação,
colocada junto da placa de identificação do veículo.

O certificado não engloba a carroçaria, semireboque ou


atrelado, que têm que ser homologados em vistoria
própria.

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Lembre-se ao construir
Certifique-se que o chassi tem as especificações
necessárias para projecto.

Os trabalhos de supervisão e manutenção do chassi


não serão impedidos pela superestrutura.
a = Min 400
A colocação e remoção do motor, caixa de
transmissão, eixos e coisas do género não serão
dificultadas pela superestrutura. Lembre-se de deixar
espaço livre para o abatimento da cabina. a
O funcionamento e a qualidade dos componentes do
a
chassis não devem ser afectados pela carroçaria.

Transformações dos sistemas da direcção e dos


travões que não sejam nomeadas no manual de super-
estruturas, terão de ser aprovadas pela Scania antes da
transformação ser executada.

A diferença de pressão nas rodas entre o lado direito e

26:5021
o esquerdo não deverá ultrapassar 3% da pressão total
nos eixos. Uma carga demasiado desiquilibrada,
resultará numa inclinação lateral do veículo.

Para que o veículo tenha boa manobrabilidade, pelo Abertura no chão, sobre a caixa de
menos 20 % da tara do veículo completo deve transmissão, em superestruturas fixas
descarregar sobre o eixo da frente, a menos que os
regulamentos nacionais estipulem de outra forma.

Em carros com suspensão pneumática, por exemplo,


carros basculantes, carros grua, carros de caixa móvel,
etc, deve-se ser extra-cuidadoso ao manejar a carga.
Em carros basculantes e de caixa móvel, trata-se de,
ao manejar carga, esvaziar os foles de ar do bogie.
Para carros grua, veja as instruções do capítulo 7.

Alguns países exigem teste de estabilidade de camiões


basculantes com báscula comprida. Ver mais
informações no capítulo 5.

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NORMAS DE SEGURANÇA
Descrição de riscos
Esta secção é consagrada a informação geral acerca
dos riscos existentes ao trabalhar em chassis de
camiões e como os evitar.
Protecção contra veículos ou
componentes em descendência ou
em queda
Elevação do veículo ou de superestruturas
Use cavaletes seguros e assegure-se
Riscos de que o piso é apropriado.
Os dispositivos mecânicos ou hidráulicos de içamento, Use escoras de confiança e bloqueie
podem voltar-se e também descair por avaria ou com fixadores de segurança
operação acidental. Objectos em queda podem normais.
provocar entalamento.

Medidas de protecção
Nunca esteja em baixo de um veículo suportado
apenas pelo macaco.
Use cavaletes, e assegure-se de que o piso é estável e
plano.
Antes de começar a trabalhar sob uma caixa de carga
içada ou de outro transportador de carga, deverá pôr
uma escora e deve-se também bloquear com
dispositivos normais de segurança.

Basculamento da cabina
Normalmente a cabina é levantada por bombagem
hidráulica até à posição extrema e travada com a
escora.
Para alguns serviços, basta levantar a cabina
parcialmente. Nesses casos deve usar-se uma escora
mais curta ou ajustável para travar a cabina. Nunca
trabalhe numa cabina que não esteja travada com
escora!

Veículos com suspensão hidráulica


Apoie sempre a estrutura em cavaletes. A pressão do
ar dos foles da suspensão pode esvaziar e a estrutura
descer.

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Ligação acidental de motores eléctricos, etc...


Motor de arranque
Se uma mudança estiver colocada e o motor de arranque Protecção contra a ligação
for ligado, o veículo pôe-se em movimento. acidental de dispositivos eléctricos
Especialmente quando a cabina está içada, é muito difícil Esteja consciente dos riscos.
parar o carro. O motor pode arrancar e o carro prosseguir. Desligue as baterias quando haja
Se o eixo dianteiro estiver apoiado, voltam-se os razão para isso.
cavaletes e a parte dianteira do carro cai.
Medidas de segurança
Desligue o terminal negativo da bateria.
Se necessitar de tensão no sistema eléctrico, ponha um
fusível independente entre o polo da bateria e o terminal
do cabo.
Esta medida de segurança reduz o risco de queimaduras e
incêndios provocado pela corrente das baterias.
Tenha o cuidado de aplicar massa e apertar um terminal
de cabo que esteja desmontado.
Outros dispositivos eléctricos
O desligar das baterias é uma boa medida de segurança
contra ligações acidentais.

Refrigerantes em instalações refrigeradoras


São usados refrigerantes em várias instalações
refrigeradoras, por exemplo em sistemas de ar
condicionado em veículos.
Riscos
As instalações refrigeradoras trabalham sob pressão. Uma
fuga de refrigerante pode provocar lesões por
congelamento na pele.
Refrigerante que verta e seja aquecido, por exemplo por
um maçarico ou cigarro, torna-se muito perigoso de
respirar.

Aviso !
É interdito soldar, fumar ou aquecer
seja o que for, se houver agente
refrigerante no ar. O agente
26:2013

refrigerante forma um gás muito


venenoso ao ser aquecido.

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Medidas de protecção
Use sempre equipamento especial quando esvaziar
ou encher uma instalação refrigeradora. O risco de
fugas é então mínimo. A intervenção em instalações
refrigeradoras deve ser executada de
Não solte ligações numa instalação refrigeradora, acordo com as normas do país
sem ter esvaziado o sistema ou reduzido a pressão respectivo.
antes.

Estude sempre primeiro o grupo 18 do manual de


oficina antes de fazer uma intervenção num sistema
Aviso !
de ar condicionado da Scania.
Use sempre equipamento protector
pessoal quando trabalhar com o agente
refrigerador.

Aviso !
O bujão do óleo lubrificador do
compressor NUNCA deverá ser Aviso !
dasaparafusado se houver agente Contacte imediatamente o médico no
refrigerante na instalação de ar caso de ter tido o agente refrigerante
condicionado. O óleo e o agente em contacto com os olhos.
refrigerador serão ejactados. NÂO ESFREGUE!

FORÇAS E MOVIMENTOS NA
ESTRUTURA DO CHASSI E NA
SUPERESTRUTURA

A estrutura do chassi e a superestrutura são


submetidos a forças estáticas e dinâmicas durante a
condução.

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Forças estáticas
As forças estáticas são causadas pela massa (peso
próprio) do carro e da carga. As cargas estáticas são
as únicas em acção quando o carro está parado. As
tensões das forças estáticas podem ser calculadas
para diferentes carros e superestruturas.

Na ilustração pode-se ver que quando há cargas


altamente concentradas, por exemplo quinta roda
com carga muito grande, é necessário dividir a
carga uniformemente sobre a estrutura do chassi,
por meio de uma estrutura auxiliar.

Aquando de baixa carga e boas condições de


condução, pode a estrutura auxiliar ser substituída
por suportes angulares de fixação na placa de
montagem da quinta roda.

Forças dinâmicas
As forças dinâmicas sobrevêm em condução e são
originadas em grande parte por ressaltos do piso da
estrada. O tamanho das forças e o efeito na
resistência, depende entre outras coisas, da
velocidade de condução e da natureza do piso da
estrada, e também em grande parte da escolha do
chassi e da execução da superestrutura.

Uma pequena mudança em algum destes factores


pode alterar completamente as condições de carga. O tamanho das forças dinâmicas depende
Conjuntamente com forças dinâmicas é o limite de entre outras coisas da velocidade e da
resistência muito importante. O cálculo e natureza do
estimativa das forças dinâmicas é portanto ligado piso da estrada.
às premissas de cada caso especial.

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Forças laterais
A estrutura do chassi pode estar sujeita a grandes
forças laterais. Isto é especialmente evidente em
carros com grande distância entre os eixos, carros
com bogie e carros com parte traseira sunspensa
longa, com atrelado acoplado.

Um carro com a distância extralonga entre eixos,


exige uma rigidez especialmente grande no sentido
lateral. Se a rigidez não for suficiente sobrevirá um
andamento serpenteante. A rigidez da estrutura do
chassi, depende além da distância entre eixos,
também da superestrutura.
As barras transversais que impedem o
deslocamento paralelo entre as barras laterais da
estrutura, dão rigidez à estrutura do chassi.

Em carros com bogie sobrevêm forças laterais


muito grandes ao fazer as curvas, especialmente em
curvas de cotovelo em estradas alcatroadas ou em
piso sulcado com alta garga de eixos. A razão disto
é a tendência do bogie seguir a direito mesmo
quando as rodas dianteiras viram.

Em carros com atrelado acoplado sobrevêm forças


laterais na traseira suspensa ao fazer a curva. A Forças laterais ao fazer a curva.
barra de tracção de montagem inferior, provoca
também uma certa torção na parte traseira sus-
pensa. Um atrelado causa, especialmente ao travar,
forças verticais de torsão na parte traseira suspensa.

Para dar força e rigidez à parte traseira suspensa,


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deverá esta estar equipada com um número


suficiente de barras transversais. Em traseiras
suspensas longas, pode ser conveniente montar
reforço diagonal. A exigência de barras transversais
e reforço diagonal é decidida pelo comprimento da
traseira suspensa, e por, em que medida a
superestrutura reforça a traseira suspensa, e a
Forças laterais na traseira suspensa.
eventual exigência de um dispositivo de reboque.

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Forças torcionais
Ao conduzir em pisos irregulares, a estrutura do
chassi é exposta a grandes forças torcionais. A
parte dianteira por trás da cabina é flexível,
enquanto que a parte traseira na zona do eixo
traseiro ou do bogie é rígida.

Esta flexibilidade proporciona ao chassi uma boa


acessibilidade e também grande resistência.

A flexibilidade é alcançada através das barras


longitudinais e transversais serem formadas com
perfil em U e serem fixadas umas nas outras de
forma à flexibilidade do U não ser limitada.
Torção da estrutura do chassi.

Fixação da barra transversal, na barra lateral


da estrutura.

Componentes pesados, tais como depósitos de


combustível e compressores fixados nas barras
longitudinais da estrutura, dão origem a grandes
forças torcionais. A torção das barras laterais é
impedida por meio de barras transversais
suplementares ou de tensores.

Força torcional na barra lateral da estrutura.

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Distribuição da tensão nas barras da


estrutura
As forças exercidas na estrutura do chassi dão
origem a tensões compressoras.

Ao flectir verticalmente, a distribuição de tensões é


como mostrada na ilustração.

26:2024
As flechas na barra mostram a grandeza e direcção
da tensão. A tensão é máxima nas flanges e abranda
contra a linha de simetria da barra, onde a tensão é
zero. Sobre a linha de simetria, a barra é exposta a
tensão tractora e sob a linha, a tensão compressora.
Distribuição de tensões aquando de flexão
vertical.

Ao flectir horizontalmente, a distribuição da tensão


é como mostrada na ilustração.

A tensão é máxima na extremidade livre da flange,


e abranda até 0 no plano simétrico. Para aquém do
plano a barra é submetida a compressão.

As barras da estrutura são submetidas simultanea-


mente a flexão vertical e horizontal. Ambas as
flexõs são adicionadas. Além disso as barras da
estrutura são submetidas a torção.

Depreende-se das ilustrações que as flanges, Distribuição de tensões ao flectir


especialmente na extremidade livre, são submetidas horizontalmente.
à tensão máxima. Esta parte é portanto
especialmente sensível a lesões como por exemplo,
fendas e inclusões de escória após soldagem.

Ver também a secção ”Soldadura em geral”, uma


vez que a soldadura pode afectar gravemente a
duração das longarinas.

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Toda a fixação de superestruturas e componentes


deverá portanto ser executada com união de
parafuso no costado das barras laterais. A
distribuição de tensão numa barra com buraco, ao
flectir horizontalmente, é mostrada na ilustração.

Para limitar tensões concentradas no costado da

26:2026
barra, deverão furos ser brocados com uma certa
distância mínima da flange, e entre furos. Veja a
rubrica ”Brocagem de furos”.

OSCILAÇÕES INCONFORTÁVEIS Flexão horizontal de barra com furo no


Com oscilações inconfortáveis, queremos dizer, costado.
oscilações em forma de solavancos e oscilações da
estrutura.
Podemos dividi-las da seguinte forma:

Interferências causadas por irregularidades no piso


da estrada. A interferência sobrevém quando o
sistema de suspensão não alcança a ”engolir” e
atenuar a interferência.

Interferências singulares que provocam a auto-


oscilação de partes da superestrutura do camião.

Fonte de interferência com uma certa frequência,


que força partes do carro a oscilar com a mesma
frequência.

Fonte de interferência com determinada frequência,


coincidente com a frequência própria de alguma
parte do veículo, que entra em oscilação com a
mesma frequência (ressonância). Para este tipo de
oscilações é necessária muito pouca energia.

Tanto solavancos como oscilações de estrutura são


provocados pelos mesmos impulsos de oscilação,
mas são transmitidos de diferentes formas através
da estrutura do chassi para a cabina. Os impulsos
de oscilação são provocados por irregularidade
axial ou radial das rodas.

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Irregularidade radial da roda


A irregularidade radial depende de ovalamento de
força implícita no pneu ou ovalamento geométrico
no pneu ou na jante. A irregularidade também pode
sobrevir por dano no pneu ou na jante.

O ovalamento de força significa que o pneu não é


comprimido igualmente em diferentes pontos em
redor da periferia. Isso pode depender de pequenas
variações na borracha ou na estrutura ou de defeitos
de fabrico.

O ovalamento de força não se pode medir, razão


pela qual é um factor de insegurança. O ovala-
mento geométrico do pneu ou da jante podem ser
medidos com um indicador com quadrante.

Irregularidade axial da roda Irregularidade


Irregularidade axial
radial (mm)
Todas as rodas têm uma certa irregularidade axial. (mm) medida na
medida na
Não há qualquer limite para a grandeza da faixa de rolamento
ombreira
irregularidade permitida. Isto é devido, entre outras Roda
coisas, a que diferentes construções tornam a dianteira
1 4
unidade chassi-superestrutura diferentemente Roda
sensível á grandeza da irregularidade. Os valores traseira
1,0 - 2,0 4
adjacentes podem ser ponderados como directivas
do que se considera ser razoável em combinação
com superestruturas sensíveis a oscilações
incomodativas.

A irregularidade da roda dá origem a impulsos de


oscilação no chassi. Os impulsos de oscilação
podem ser verticais e/ou horizontais, dependendo
da irregularidade. Ao conduzir em piso plano pode
um impulso de oscilação asemelhar-se ao da
ilustração.

Impulso de oscilação em estrada plana

Ao conduzir em piso irregular, os impulsos de


oscilação tomam um aspecto diferente e irregular.

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Solavancos
Se os impulsos de oscilação derem origem a
solavancos, os impulsos são transmitidos
directamente para a cabina através da suspensão e
da estrutura. Cada impulso vindo da roda provoca
uma oscilação na cabina.

Os solavancos sobrevêm em toda a gama de


velocidades. Quanto mais alta a velocidade, mais
alta a frequência (oscilações mais rápidas). A
amplitude das oscilações na cabina não é afectada
pela velocidade. Em contrapartida, pode-se
experienciar a amplitude das oscilações como
diferentes, dependendo de como se é afectado pela
frequência.
Impulso de oscilação vertical vindo
Na maioria dos casos os solavancos são causados da roda dianteira.
por irregularidade radial da roda, que dá origem a
impulsos de oscilação vertical. Se o impulso de
oscilação vier das rodas dianteiras, será sentido
como uma oscilação vertical.

So os impulsos de oscilação vierem das rodas


traseiras, serão sentidos como uma oscilação
vertical com um pouco de movimento de sacão
atrás e adiante, Veja a ilustração.

Repare que a amplitude da oscilação se torna tanto


maior, quanto mais curta for a distância entre os
eixos.

Frequentemente é apenas uma roda que dá origem


aos solavancos. Então é sentido também como um
pequeno movimento de torção no chassi.

Na maioria dos casos o equipamento de suspensão


é de menor importância, uma vez que não é
afectado pelos impulsos de oscilação. Os impulsos Impulso de oscilação vertical vindo
de oscilação são transmitidos directamente ao da roda traseira.
chassi.

A única forma de reduzir os solavancos, é reduzir a


irregularidade radial e/ou irregularidade axial na
roda.

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Oscilações da estrutura
Se uma massa for sujeita a um impulso de oscilação com
a mesma frequência que a frequência de oscilação
própria, sobrevém uma oscilação ressonante. Uma
oscilação de estrutura é uma oscilação ressonante da
unidade chassi-superestrutura em que o impulso de
oscilação vem da roda. A oscilação de estrutura é
incomodativa se a amplitude da oscilação for
suficientemente grande e o amortecimento for
insuficiente.
Normalmente a frequência de oscilação própria está entre
6,0 e 6,5 Hz. À velocidade de 70 km, uma irregularidade
de uma roda provoca um impulso de oscilação com a
mesma frequência, o que torna a velocidade de cerca de
70 km horários crítica. À metade dessa velocidade, quer
dizer,
35 km/h podem também surgir oscilações de estrutura.
Uma oscilação de estrutura implica que os impulsos de
oscilação vindos da roda são demasiado grandes em
relação à unidade chassi-superestrutura. Verifique em
primeiro lugar as irregularidades das rodas. Se as
irregularidades forem consideradas aceitáveis, deverá a
unidade chassi-superestrutura ser inspeccionada segundo
o seguinte:

1 Certifique-se de que os pneus não têm lesões.


2 Meça a irregularidade radial e axial em todas as rodas.
3 Verifique que a superestrutura está executada de cordo
com as instruções sobre superestruturas e seja
observante com o seguinte:
- colocação da primeira fixação
- tipo de fixação nas partes dianteira e traseira da
superestrutura
- que os parafusos de união estão apertados
4 Conduza o carro para esperimentar e considere:
- a zona de velocidade a que a oscilação aparece
- como a carga influencia a oscilação e que efeito
tem o centro de gravidade da carga
- que influência tem o atrelado ou o semireboque
- que influência tem o eixo de apoio içado ou
descido em carros 6x2
- que influência tem a sujeição da superestrutura
nas oscilações. Solte os pontos de fixação para
libertar eventuais tensões

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Na maioria dos casos o equipamento de suspensão é de


menor importância, uma vez que os impulsos de
oscilação, são transmitidos directamente ao chassi.

Regidez
A rigidez tem grande importância para a propensão de um
sistema a oscilações. Está claro que é mais difícil pôr
uma superestrutura rígida em oscilação do que uma
fléxivel.
Com o aumento de rigidez, aumenta a frequência de
ressonância de uma certa parte da superestrutura
construida num camião. De preferência deverá a
frequência de ressonância ser tão alta (>25 Hz) que a
interferência não seja sentida como incomodativa. Uma
superestrutura rígida não permite grandes amplitudes de
oscilação, o que é positivo.
No entanto não vamos misturar isto com uma mola que
isolará uma parte do movimento do resto da
superestrutura.

Amortecimento
Sem amortecimento incluído no projecto de um camião,
esta oscilaria desenfreadamente.
Além dos amortecedores postos no sistema, sobrevém
amortecimento por fricção, em todos os sitios onde
superficies se movam umas em relação às outras. Este
amortecimento por fricção originado em movimentos
relativos, aumenta com o movimento e a fricção. Ao
haver uma superestrutura, há grandes possibilidades de
criar amortecimento. O amortecimento mais efectivo
obtém-se através do movimento relativo entre a estrutura
principal e a estrutura auxiliar.

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DADOS DE CHASSI ESTRUTURAS


O programa das estruturas consiste de três perfis de estrutura. Estes são baseados num perfil principal de
8 mm e num de 9,5 mm de espessura. O último é em alguns carros, reforçado com uma estrutura interna
de 8 mm de espessura. O perfil, a resistência à flexão vertical e o peso depreendem-se da exposição
abaixo.
As longarinas têm a mesma altura a todo o comprimento, excepto nos 4x2EB e 6x2/4LB.
A parte dianteira das longarinas faz um ângulo de 2,7° para fora, relativamente ao eixo longitudinal do
chassis. A passagem da parte paralela para a oblíqua fica sempre 2055 mm atrás do eixo dianteiro.
A largura do chassis (na parte paralela) é de 770 mm entre faces externas das almas das longarinas.
O reforço interno do chassis F958 começa sempre 535 mm atrás do eixo dianteiro. Termina entre 1625 e
1962 mm atrás do eixo tractor dianteiro, em função da configuração de rodas e da distância entre eixos.

Tipo de
chassis F 800 F 950 F 950 50 F 958
8 9,5 9,5 9,5

Perfil das 270 270 270 270


longarinas

R24 R24 R24 R24


90 90 90 90

Secção cm2 33,6 39,4 39,4 69,3


Resistência à
flexão na
vertical, por 250 287 287 468
longarina WX
(cm3)
Momento de
inércia na
vertical 3367 3881 3881 6321
por longarina
IX (cm4)
Peso por
longarina e 26,4 30,9 30,9 54,4
meter (kg)

Limite mínimo
de elasticidade 400 400 500 400
N/mm2

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Material das barras


Esta indicação não é uma recomendação para quadros
auxiliares ou suportes de fixação da carroçaria; é apenas
duma informação sobre os materiais usados pela Scania.
É da responsabilidade do construtor da carroçaria entrar
em conta com as solicitações e condições de operação
dos componentes que coloca no chassis para formar um
veículo completo. Os materiais usados nas longarinas e
travessas encontram-se na norma Scania, STD 755.
Trata-se de aços de construção, laminados a quente com
teor de carbono inferior a 0,2% e dureza inferior a 200 HV.

- Os raios de dobragem do material variam de 0,3 x t até


2,0 x t para dobragem de 180°.
- O material é facilmente soldável.
- A resiliência até -40° não passa abaixo de 18 (J).

Os valores indicados de resistência à tracção e


composição química das classes de resisttência 32 a 40
baseiam-se na norma SS-EN 10149-2.

As classes de resistência não são próprias para zincagem


a quente devido ao elevado teor em silício.

Classe de Espessura Resistência à tracção Composição química


resistência do máx. %
material Limite de Carga Alonga-
mm elasticidade de mento
REH min ruptura A5 min. C Si Mn P S
N/mm2 Rm %
N/mm2
28 1,8-16 280 350-470 28 0,12 0,40 0,80 0,025 0,020
32 1,8-16 315 390-510 24 0,12 0,50 1,30 0,025 0,020
40 1,8-16 420 480-620 16 0,12 0,50 1,60 0,025 0,015

Além disso, são usados dois materiais na confecção das


longarinas.
Os limites de elasticidade respectivos são de 400 a 500 e
de 500 s 600 REH N/mm2.
Estes materiais têm um teor de carbono até 0,2% e um
alongamento mínimo de 21% bem como uma resiliência
mínima a -40° C de 18 (J).

© Scania CV AB 2003 19
Instruções gerais, construção complementar 2

CONFIGURAÇÃO DE FUROS
Os chassis da Scania podem ser fornecidos com os
furos abertos e/ou os suportes da carroçaria já X = medida a partir do primeiro
montadas. Os conjuntos de furos correspondem às eixo motor ± n x 60
figuras abaixo, com uma localização longitudinal
dependente da configuração de rodas, etc. A
localização longitudinal dos conjuntos de furos é
detalhada no capítulo 14 ”BWA” capítulo
”Encomendar BWA”, ”Suportes da carroçaria e
furos”.
Na parte dianteira do chassis, o conjunto de furos está
adaptado a suporte flexivel com dois furos. Na parte
central e traseira o conjunto tem quatro furos, para
suporte rígido. Na extremidade traseira, sobre a
travessa de tracção, pode ser encomendada uma fila
horizontal de furos com c-c 60 mm e 39 mm abaixo da
face superior do chassis. Placa de fixação combinada com a travessa
Veja o capítulo 14 ”BWA” secção ”Suportes da de tracção.
carroçaria e furos”.

Quadro de suporte
Linha de medidas de superestrutura
indicada no eixo
dianteiro
Canto superior
do quadro
60 60
20

Orifício Ø 14,5
25
(150)

50
26:104

Medida do centro do
primeiro eixo traseiro
Quadro de suporte
de superestrutura

Canto superior
do quadro
60 60
20

Orifício Ø 14,5
25 100
(150)

140
26:103

20 © Scania CV AB 2003
Instruções gerais, construção complementar 2

BATERIAS
Devem ter-se os cuidados seguintes com as baterias, para
evitar que fiquem com danos permanentes durante a
construção da carroçaria.

Se o estado de carga cair abaixo dos 50% (a densidade do


electrólito passar abaixo de cerca de 1,20 g/cm3), as
placas de chumbo da bateria começam a ficar sulfatadas.
Este processo é irreversível e diminui drasticamente a
duração e a capacidade (Ah) da bateria. As condições de
carga da bateria também pioram, o que dificulta a
manutenção do nível de carga acima de 50% e a
progressão da sulfatagem.

Cuidados com as baterias


- Quando o camião é recebido no construtor/ oficina,
deve ser verificado o estado de carga das baterias e, se
necessário, as mesmas devem ser carregadas. Veja as
instruções da página seguinte.
- Se a imobilização prevista p. ex. até ao início do
encarroçamento for superior a 14 dias, a ligação à
massa das baterias deve ser desligada, para diminuir a
descarga provocada pelos consumidores em repouso,
tais como o tacógrafo, etc.
- Durante a construção ou reparação da carroçaria, as
baterias são muitas vezes sujeitas a descarga, sob
forma de controlos do sistema eléctrico, arranques
frequentes do motor, etc. É recomendável ligar as
baterias a carga de manutenção durante os trabalhos
no camião. Deste modo fica assegurado o estado de
carga das baterias.
Para evitar que estado de carga das baterias passe
abaixo de 50%, inutilizando as baterias, o estado de
carga deve ser controlado pelo menos uma vez por
semana.
- Antes da entrega ao agente Scania/cliente, o construtor
da carroçaria deve controlar o nível de electrólito nas
baterias e certificar-se que as mesmas estão carregadas
a 100%. Veja as instruções da página seguinte.

© Scania CV AB 2003 21
Instruções gerais, construção complementar 2

Controlo do estado de carga das baterias


Não se esqueça que a bateria contém ácido corrosivo e
que portanto deve ter cuidado ao trabalhar e usar o
equipamento de protecção necessário.
O estado de carga das baterias é determinado medindo a
densidade do electrólito de bateria. A medição é feita com
um densímetro de flutuador ou com um instrumento com
prisma.
A densidade pode ser medida pouco tempo depois de a
bateria ser usada, mas é preferível deixar a bateria repou-
sar uma hora ou mais.
NOTA: A densidade deve ser medida em todas as células
de ambas as baterias. Se a diferença entre a densidade
máxima e a mínima for superior a 0,03 kg/dm3 algumas
células estão avariadas e ambas as baterias têm que ser
substituídas por novas.
Estado de carga se a medição for deita a uma
temperatura ambiente superior a 15º C.

Densidade Estado de c arga Tensão nos Medida


(kg/dm3) (%) bornes (V) recomendada
mais que 1,26 100 - 85 mais que 12,6 A bateria está OK
1,26 - 1,20 85 - 50 12,6 - 12,2 Carregar a bateria
menos que 1,2 50 - 0 menos que 12,2 Trocar a bateria

Se a medição for deita à temperatura ambiente de cerca


de -10º C oui menos, o densímetro deve indicar um valor
um pouco superior ao da tabela acima.

Controlo do nível de electrólito das baterias Atenção!


Abra o tampão das células. Verifique se o nível do Durante a carga forma-se ácido
electrólito está pela marca visível na célula. oxídrico, que é explosivo. Proibido
Se o nível estiver baixo, acrescente água destilada (água fumar, fazer lume ou soldar perto
para baterias) até acertar o nível. da bateria. Use óculos de
protecção! O ácido da bateria é
Nota: É proibido usar ácido sulfúrico ou outros muito corrosivo. Se os seus olhos,
electrólitos ”melhorados”. pele ou roupa forem atingidos por
ácido, lave imediatamente em água.
Carga rápida Se forem atingidos os olhos, chame
(Não aplicável à carga de manutenção) sempre um médico. Um curto-
circuito pode causar queimaduras
Desligue sempre o terminal negativo ou abra o ou mesmo um incêndio!
interruptor de corte geral da bateria antes de começar a
carregar as baterias.
Caso contrário, pode danificar as unidades de comando.

22 © Scania CV AB 2003
Instruções gerais, construção complementar 2

BROCAGEM DE FUROS

Todas as fixações deverão ser feitas com união


roscada no costado das barras laterais.

As flanges recebem as maiores tensões, e furos


funcionam como indicadores de fissura. A única
excepção é furos na parte traseira suspensa, colocados
tão à retagurda que não possam afectar a resistência
da estrutura.

Não abrir furos nas abas das


longarinas.

Os traçaddos de furos pré-brocados deverão ser


usados tanto quanto possível. Nos demais casos,
deverá ser usado um traçado de furos segundo a
ilustração. A ilustração indica a distância mínima
entre furo e flange e entre furos. O máximo diâmetro
de furo é de cerca de 30 mm, na parte da estrutura
entre o eixo dianteiro e o traseiro.
E for preciso abrir furos mais perto dum furo
existente, como se mostra na figura, o furo existente
A. Distância entre furo e flange da estrutura,
deve ser tapado por soldadura.
deverá ser como mínimo 3 x D,
Veja a secção ”Preenchimento de furos”. mas pelo menos 40 mm.
B. Mínimo 4 x D.
C. Mínimo 3 x D.
Uniões aparafusadas
As uniões aparafusadas podem funcionar como uniões
de fricção ou como uniões de bloqueio. A união de
bloqueio deverá ser executada com parafuso ajustado,
o que exige alargamento.

Comparação parafuso ajustado/união de


fricção.
Se uma união estrutura/estrutura auxiliar, resistente a
flecção, requere 10 parafusos ajustados por metro,
uma união de fricção com a mesma resistência à
flexão requere cerca de 100 parafusos por metro.

© Scania CV AB 2003 23
Instruções gerais, construção complementar 2

Numa união de fricção, o parafuso deverá ser


prétensado.

Os parafusos de fixação numa superestrutura são


normalmente curtos, o que implica que o comprimento
de trabalho do parafuso é curto. Quando a camada de

L
tinta da união é moida e removida, diminui a pré-
tensão do parafuso. O reaperto é necessário, para que a
união funcione de uma forma correcta. É importante
que a camada de tinta seja tão delgada quanto
possível.

A porca de travagem não impede que a pré-tensão seja


reduzida, uma vez que a porca não se move em
relação ao parafuso. Mas a porca de travagem impede
que a porca de aperto se desaperte e solte quando a
Uma regra empírica: Se a proporção L/D for
pré-tensão é reduzida.
superior a 3, o risco de a porca se desatarraxar
diminui, desde que o aperto seja feito ao
Para reduzir a pressão superficial sob a cabeça do
binário recomendado.
parafuso e da porca, deverá usar arruelas. A dureza das
arruelas deverá ser como mínimo 200 HV.

O número de parafusos será adaptado à carga.

As placas de fixação para a estrutura auxiliar e barras


transversais deverão ser brocadas conjuntamente com
a estrutura.

Diâmetro da broca 13,8 mm para parafuso M14


Diâmetro da broca 15,8 mm para parafusos M16
As demais fixações não necessitam ser brocadas
conjuntamente Para que uma eventual folga seja tão pequena
quanto possível, deverá o corpo do parafuso
Momento de aperto alcançar através da fixação e estrutura.
Parafuso M14 classe 8,8 115 Nm
Parafuso M16 classe 8,8 180 Nm

O corpo do parafuso deverá passar tanto quanto


possível através da fixação e do chassis.

Usam-se parafusos ajustados M16 (mínimo M14) e


furo ajustado por alargamento, para fixação do meio e
parte traseira quando se necessita rigidez extra-
resistente à flexão.

24 © Scania CV AB 2003
Instruções gerais, construção complementar 2

SOLDAGEM GENERALIDADES
Soldagem na estrutura do chassi deverá ser evitada
tanto quanto possível. Quando se tenha que
recorrer a soldagem, por exemplo aquando de É proibido soldar no chassis do
alteração da distância do eixo ou retesamento com camião para prender a carroçaria.
barra rasa, deverá esta ser executada com o maior
cuidado e por pessoal competente. Fissuras e
debilitações do material, reduzem
consideravelmente a resistência da estrutura.
Não é permitida a soldagem em chassis de material
Medidas de protecção: Durante a
de alta resistência, na zona entre o eixo dianteiro e
soldagem eléctrica, desligue o cabo
o eixo traseiro. (Veja a secção ”Trabalho com
negativo da bateria.
estructuras em aço de alta resistência =
F950 50”).
Não é permitido executar soldagens na estrutura do
chassi, para fixação de superestruturas.

Perigo de incêndio no abafador de ruído


Já ocorreram incêndios no abafador de ruído em
baixo da redução.
Antes de executar qualquer soldagem, corte ou
esmerilagem nas proximidades da redução,
assegure-se sempre de retirar a cobertura do
abafador de ruído em baixo da redução.
Uma vez que a cobertura do abafador de ruído em
baixo da redução consiste de lã envolvida em
plástico, um salpico de soldadura em brasa pode
provocar incêndio.

Soldagem eléctrica
Faça a ligação de terra da unidade de
Há hoje em dia nos camiões, um certo número de
soldagem, tão próximo quanto possível do
dispositivos de controle, tais com ABS ,caixa de
local da soldadura.
transmissão automática, transformador de
momento, protector de sobrerotação, etc. Estes
podem ser mais ou menos sensíveis a influência
eléctrica, por exemplo ao soldar.
Faça a ligação de terra da unidade de soldagem, tão
próximo quanto possível do local da soldadura.
A desconexão de contactos e a remoção de
unidades de comando e de componentes
electrónicos não é normalmente necessária.
Contudo, o terminal negativo da bateria deve ser
desligado.

© Scania CV AB 2003 25
Instruções gerais, construção complementar 2

Ao soldar na proximidade das molas do eixo, deve-se


proteger as lâminas das molas contra as fagulhas do
eléctrodo de soldagem, pois podem causar danos nas
lâminas.
ATENÇÃO!
Proteja também os tubos de plástico dos travões e a
cablagem contra salpicos de solda e calor excessivo.

Ao soldar com corrente contínua podem-se usar os


seguintes eléctrodos:
Esab OK 48.00 ou equivalente
Oerlikon Super Cord
FILARC 35

Ao soldar com corrente alterna podem-se usar os


seguintes eléctrodos:
Esab OK 48.15
Oerlikon Spezial ou equivalente

Ao fazer soldagem MAG use:


Material aditivo: ESAB OK Autorod 12,51, Ø1mm
Gás: AGA-MIX AK 20 (80% Ar +
20% CO2) ou FOGON 20.
Caudal: 10 dm3/min.

É proibido soldar no chassis do camião para prender a


carroçaria.

Preenchimento de furos
SE for preciso preencher um furo, siga a descrição geral
abaixo.
Atenção! No chassis F950 50 não devem ser preenchidos
furos por soldadura. Devem ser tapados com rebites.
1 Chanfre o furo
2 Prenda uma chapa de cobre no lado interior da
longarina.
26:2040

3 Preencha o furo, dimensão recomendada do eléctrodo:


3,25 mm.
Preenchimento de furos.
4 Retire a placa de cobre e complete a soldadura pelo
interior da longarina.
5 Rectifique a soldadura de ambos os lados.
6 Pinte com primário anticorrosivo.
Para furos maiores pode-se usar uma chapa como
enchimento ao preencher o furo

26 © Scania CV AB 2003
Instruções gerais, construção complementar 2

TRABALHO COM ESTRUTURAS EM


AÇO DE ALTA RESISTÊNCIA = F950 50

Ao alterar a distância dos eixos deverá o eixo


traseiro/bogie ser movido.

Deve ser evitada a chanfragem e soldadura de aços

26:2066
de alta resistência, uma vez que a execução exige
conhecimentos muito especializados.
Além disso, na vizinhança duma solda, existe
sempre uma zona de tensão que acarreta um risco
de formação de fissuras.
A soldadura em material de alta resistência
aumenta o risco de formação de fissuras em zonas
com requisito de resistência à fadiga.

A soldadura em materiais de alta resistência é,


contudo, permitida na zona 1000 mm atrás do
centro do bogie, excepto em veículos com gruas
em montagem traseira.

26:2069
Só é permitida a soldadura ou chanfragem em
chassis de material de alta resistência na zona entre
o eixo dianteiro e o eixo traseiro em veículos com
carga bem distribuída, tipo caixa aberta, furgão,
etc.

A soldadura nesta zona não é permitida em


tractores, camiões de obras e veículos com
cargas grandes concentradas atrás dos eixos
26:2074

traseiros!

Ao rectificar estruturas, certifique-se que a


temperatura não é demasiado alta. As
características do material dessas estruturas são
consideravelmente reduzidas se as barras forem
aquecidas a mais de 650°C.

© Scania CV AB 2003 27
Instruções gerais, construção complementar 2

ESTRUTURA AUXILIAR PARA


SUPERESTRUTURA

Configuração da estrutura auxiliar


A estrutura auxiliar tem várias funções:
1 Distribui o peso uniformemente sobre a estrutura
do chassi.
2 Cria folga para as rodas e eventualmente para
outros componentes que sobressaiam acima da
estrutura.
3 Liga a superestrutura à estrutura.
4 Dá rigidez e reduz a tensão na parte traseira sus-
pensa.

A estrutura auxiliar deverá ser flexível para se adaptar


à parte flexível da estrutura do chassi.
As barras laterais e as barras transversais da estrutura
auxiliar deverão consistir de perfís abertos em U.
Normalmente é necessária uma parte traseira de
chassi, relativamente rígida e resistente à flexão e à
torção. A rigidez é alcançada fixando a estrutura
auxiliar com placas de fixação. Em carros com
requisitos especiais de rigidez na parte traseira pode a
parte traseira suspensa ser ainda mais enrigecida.
Trata-se em geral de camiões de caixa basculante e
carros com grua montada na retaguarda.
O enrigecimento pode ser feito de várias maneiras,
cada uma por si ou combinadas. Repare que o
enrigecimento será feito unicamente na zona do eixo
traseiro ou do bogie e na parte traseira suspensa.

Dimensionamento da estrutura auxiliar


O dimensionamento de estruturas auxiliares é em parte
uma questão de cálculo teórico da tensão que possa
sobrevir e em parte uma questão de experiência = M
d
práctica. Em alguns casos pode um cálculo estático da W
tensão, ser valioso para fazer uma estimativa do nível = tensão de torção
d
de tensão comparado com uma superestrutura M = momento de torção
conhecida. Pode por exemplo tratar-se de fazer uma W = resistência à torção
estimativa da tensão na parte traseira suspensa
provocada por uma grua montada na retaguarda. Nesse
caso pode a fórmula adjacente ser praticável.

28 © Scania CV AB 2003
Instruções gerais, construção complementar 2

Extremidade dianteira do chassis auxiliar


Um chassis auxiliar bem avançado proporciona menos
esforço ao chassis do camião e reduz a tendência a 45°
oscilações de estrutura.
Isto é especialmente importante em carros com R5
suspensão pneumática geral.

A extremidade dianteira da estrutura auxiliar deverá ser


chanfrada para proporcionar uma transição suave. A
chanfradura a 45° é recomendada.

26:2045
Para evitar indicação de ruptura deverá a esquina inferior
dianteira ser bem arredondada.
O raio deve ser de 5 mm.

Travessas
As travessas do chassis auxiliar normalmente são de
perfil em U aberto.
As travessas também podem ser tubulares ou em perfil
com recortes se for necessário um veículo muito rígido.
Contudo, o risco de formação de fissuras aumenta com a
rigidez do chassis.
As fissuras aparecem normalmente em redor das soldas,
onde houver zonas de tensão.

Extremidade traseira do chassis auxiliar em


perfil fechado
Em veículos que exigem alta resistência à torção na parte
traseira pode ser vantajoso soldar uma alma adicional no Extremidade traseira do chassis auxiliar
interior das longarinas, em combinação com o eixo de executada em perfil fechado.
basculamento. A passagem da zona em perfil fechado
para a aberta é uma zona de alto esforço. A transição deve
ser muito suave, para evitar a formação de fissuras.

Barras diagonais
As barras diagonais impedem a deslocação paralela entre
as barras laterais e criam portanto uma estrutura auxiliar
26:2042

rígida e resistente à torção.


Veja o exemplo da ilustração.
É importante que a fixação das barras diagonais seja
forte, e feita nas barras transversais e placas de fixação.
Para exigências moderadas podem as barras diagonais ser
executadas com barra rasa e para exigência alta, com
perfil quadrangular cerrado. Se as barras diagonais forem
executadas em chapa lisa, a cruz entre ambas não deve
ser soldada, para que apenas sejam expostas a forças de Barra diagonal rasa.
tracção.

© Scania CV AB 2003 29
Instruções gerais, construção complementar 2

Dimensionamento e qualidade do material


Além das instruções do manual de superestruturas da
Scania, o dimensionamento deve ser baseado na
experiência e condições de funcionamento previstas,
assim como na legislação e regulamentos.

Este manual contém recomendações sobre o


dimensionamento correcto do chassis auxiliar para os
diferentes tipos de carroçaria e configurações do camião.
Ver as secções 4-8.

Ao fazer o dimensionamento, tem que se tomar em

26:2047
consideração o espaço para as rodas traseiras, o descer da
suspensão, eventuais cadeias para a neve, a altura do
plano de carga, a altura total do veículo, etc...
São dadas no manual, sob as respectivas rubricas,
sugestões para o dimensionamento da estrutura auxiliar.

Todas as recomendações feitas nestas instruções


dizem respeito a superestruturas.
Se outro material, por exemplo alumínio, for usado,
deverão o dimensionamento e configuração ser feitos,
tomando em consideração as características do material.

TRANSFERÊNCIA DE
SUPERESTRUTURAS DE CAMIÕES
SCANIA MAIS ANTIGOS

Ao transferir estruturas auxiliares de camiões Scania


mais antigos, até à série 3 para carros actuais, deverão ser
montados espaçadores sob os fixadores da superestrutura
na parte angular da estrutura.
Os chassis actuais, têm diferentemente dos nossos chassis
mais antigos, uma parte dianteira em V. A transição de
estrutura direita para estrutura angular é feita no mesmo
sítio em todos os tipos de estrutura, tanto antigas como
novas. O ângulo nas novas estruturas é de cerca 2,7°, e
nas mais antigas é de 3,6°, além de que têm a parte
dianteira paralela.

Estrutura antiga prolongada

30 © Scania CV AB 2003
Instruções gerais, construção complementar 2

FIXAÇÃO

A fixação do chassis auxiliar deve absorver os


esforços que podem ocorrer entre a carroçaria e o
chassis do camião. Além disso, a fixação deve prender
a carroçaria, longitudinal e transversalmente.

Normalmente existem requisitos legais para o


dimensionamento, por vezes baseados no tipo de
carroçaria a montar.

A parte da frente do chassis auxiliar, normalmente é


presa com fixação flexível para permitir um certo
movimento entre o chassis auxiliar e o chassis do
camião. O atrito desse movimento reduz as oscilações
e aumenta assim o conforto ao conduzir em piso Movimento entre o chassis auxiliar e o chassis
irregular. do camião

19:1533

Flexível Rígida
Fixação da estrutura auxiliar.

© Scania CV AB 2003 31
Instruções gerais, construção complementar 2

FIXADORES

Há vários tipos de fixadores para sujeição da


superestrutura, com diferentes características,
dependendo de se a superestrutura é ou não resistente
à torsão.

Parte dianteira
Superestrutura flexível
Uma superestrutura flexível, deverá ser fixada na parte
dianteira com fixadores flexíveis no sentido longitu-
dinal.

Uma quinta roda, uma caixa aberta ou uma


caixa basculante, são exemplos de
Fixadores flexíveis no sentido longitudinal.
superestruturas flexíveis.
O fixador da ilustração cumpre os requisitos e pode
ser encomendado na nossa secção de acessórios.
A parte superior é o artigo Nº: 309380 e a parte
inferior é o artigo Nº: 1384093.
São fornecidos sem parafusos. 100 8

Por meio de inclinação do parafuso, podem a estrutura


60
auxiliar e a estrutura do chassi mover-se um pouco, A
reciprocamente, no sentido longitudinal.A distância A 30
em combinação com o diâmetro do parafuso, decidem
60
a flexibilidade do fixador. Normalmente o parafuso
M16 e a medida 65-100 mm para A, são apropriados. 60
A flexibilidade é decidida pela resistência à torsão da
19:1535

superestrutura e pelas condições de condução. Uma 4


20
carroçaria rígida, conduzida num piso irregular, exige 25 25

parafusos mais longos e separadores elásticos na união


aparafusada.
Fixador flexível longitudinalmente.
O parafuso aperta os chassis um contra o outro e a
parte inferior do fixador guia no sentido transversal.
Para obter o máximo de eficácia, o fixador deve ser
montado a uma travessa ou tensor transversal, que
impeçam o chassis auxiliar de torcer, quando o
parafuso é apertado.

Monte o fixador nos conjuntos de furos existentes,


segundo a secção ”Traçado de furos”.

32 © Scania CV AB 2003
Instruções gerais, construção complementar 2

Superestrutura resistente à torsâo

Uma superestrutura resistente à torção,deverá ser


fixada na parte dianteira, com fixadores que não
limitem demasiado o movimento de torsão da
estrutura do chassi. Isto é importante para impedir
fortes movimentos de torsão na superestrutura e
nos fixadores. Os fixadores deverão permitir um
certo movimento vertical em relação à estrutura do
chassi. A estrutura do chassi e a superestrutura só
se moverão reciprocamente ao torcer, ou ao haver
irregularidades maiores no piso da estrada. Para
evitar que a superestrutura oscile em relação à Uma caixa fechada ou um tanque são exemplos de
estrutura do chassi, ao conduzir em piso de estrada superestruturas resistentes à torsão.
irregular, deverá o movimento ser amortecido.

O movimento é dependente da resistência à torsão


da superestrutura e das condições de condução do
camião. A condução em piso irregular, com
superestrutura resistente à torsão, exige fixadores
que permitam grande movimento.
O fixador deverá também dirigir a superestrutura
longitudinalmente e transversalmente. A forma do M16 M16
fixador será tal, que permita o deslocamento longi-
tudinal entre a superestrutura e a estrutura do
chassi, resultante de torção da estrutura do chassi.
Exemplos de fixadores que cumprem os requisitos
19:1537

encontram-se na ilustração.
19:1538
Fixador com mola helicoidal e respectivamente
com mola de disco.

A dureza e a espessura A do elemento de borracha,


juntamente com a constante de mola do elemento
de mola deverão ser adaptados à resistência a torsão
da superestrutura e às condições de condução. O
amortecimento é alcançado pré-tensando os
elementos de mola e de borracha.
A parte inferior dos fixadores (artigo Nº: 1384093)
pode ser encomendada da secção de acessórios.
A alternativa com elemento de borracha exige mais
espaço que o indicado na rubrica ”Traçado de
furos”. Pode portanto acontecer que o espaço na
estrutura do chassi seja insuficiente para esse Fixador com elemento de borracha
fixador.

© Scania CV AB 2003 33
Instruções gerais, construção complementar 2

Superestruturas extra fortes


Superestruturas muito resistentes à torsão, tais
como superestrutura de tanque, conduzidas em piso
irregular, exigem fixadores que permitam um certo
movimento descendente e um movimento um
pouco maior ascendente, entre a estrutura do chassi
e a superestrutura. O fixador deverá também
cumprir os requisitos impostos a fixadores para
superestruturas resistentes à torsão.

As ilustrações inferiores mostram um fixador que cumpre os requisitos.

A parte inferior do fixador é constituída pelo perfil A Perfil quadrangular fixo no chassi
quadrangular A, e está fixa na estrutura do chassi. A B Peça de chapa fixa no tanque
parte superior do fixador é constituída pela peça de C Elemento de borracha que permite movimen-
chapa B que está fixa no tanque. A peça de chapa to descendente
dirige o tanque lateralmente, sobre os extremos do
D Elemento de borracha que permite movimen-
perfil quadrangular. Repare no jogo entre os
to ascendente
extremos do perfil quadrangular e a peça de chapa
B, que permite a deslocação longitudinal que
sobrevém quando a estrutura do chassi torce. Qualidade normal de borracha:
O tanque descansa no elemento de borracha C, que C = 70 shore
é comprimido aquando de deflexão descendente. D = 45 shore
Aquando de deflexão ascendente, os dois
elementos de borracha D são comprimidos um
contra o outro. Os elementos de borracha C e D são
pré-tensados, para criar o amortecimento
necessário. A dureza e espessura dos elementos de
borracha deverão ser adaptados à resistência à
torsão da superestrutura e às condições de
condução.

34 © Scania CV AB 2003
Instruções gerais, construção complementar 2

Parte traseira
Normalmente é necessário fazer a parte traseira
suspensa, resistente à torsão e à flexão. Isto é
especialmente importante em camiões basculantes,
camiões betoneiras e camiões com grua montada
na retaguarda.
Esta rigidez é obtida fixando a estrutura auxiliar
com placas de fixação. As placas de fixação unem
a estrutura do chassi e a estrutura auxiliar, de forma
a funcionarem como uma unidade.

Em alguns casos, por exemplo ao fixar um eixo


basculante traseiro, é necessária uma placa de
fixação mais forte.

Superestruturas resistentes à torsão, que sejam


conduzidas em pisos irregulares, deverão ser O fixador mostrado na ilustração cumpre os
fixadas com o mesmo tipo de fixadores na parte requisitos e é fornecido pala secção de
traseira e na parte dianteira. acessórios.
Na zona do eixo traseiro ou do bogie podem-se Chapa de fixação. Artigo Nº: 1379122
usar fixadores menos flexíveis, uma vez que os
movimentos nesta zona do chassi são menores.

FIXAÇÃO COM ABRAÇADEIRAS


Alguns construtores usam todavia
abraçadeiras para fixar superestrutu-
ras.
Este tipo de fixação não é recomendado
pela Scania.
Se apesar disso e contra a nossa
recomendação, este tipo de fixação for
usado, tem que se proteger as flanges
da estrutura do chassi contra
deformação, usando distanciadores
entre a flange inferior e a superior. As
abraçadeiras deverão ser também
formadas de maneira a não roçarem
contra a estrutura do chassi, o que
poderia criar as premissas de uma
A fixação da estrutura auxiliar por meio de
ruptura.
abraçadeiras, não é recomendada pela Scania.

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Instruções gerais, construção complementar 2

CARROÇARIAS SENSÍVEIS À FLEXÃO


DA ESTRUTURA

Algumas carroçarias são muito sensíveis à flexão do


chassis. Nesses veículos, p. ex. betoneiras,
recomendamos que o chassis auxiliar seja montado de
forma totalmente rígida, na maior parte da extensão do
chassis. È o chamado chassis auxiliar ”com acção con-
junta”. Uma das vantagens do mesmo é a redução do
peso do chassis, com aumento da carga útil de 200-
300kg. O chassis duplo F958 pode ser substituído pelo
F950.

É preciso usar mais fixadores, montados com pelo menos


10 parafusos rectificados M14 por metro de longarina.
Também podem ser rebitados. A Scania pode fornecer os
fixadores montados na fábrica para os chassis seguintes:
6x2A/B/Z, 6x2*A/B, 6x4A/B/Z, 8x4A/Z.
Veja mais informações sobre este tipo de fixação na
descrição BWA.

A= Parafuso rectificado ou rebite

36 © Scania CV AB 2003
Instruções gerais, construção complementar 2

MONTAGEM DA SUPERESTRUTURA

É muito importante que o chassis esteja totalmente


horizontal ao executar a montagem. Isso deve ser
verificado com um nível de bola de ar. Se o chassi, por
exemplo estiver com uma roda numa cova, estará a
estrutura do chassi torcida, devido à sua flexibilidade. Se
uma superestrutura for montada nesta posição, forçará
para sempre a estrutura do chassi a uma posição torcida.
O chassi dará então a sensação de estar torto.

Ao fixar a estrutura auxiliar, deverão as estruturas ser


primeiro comprimidas uma contra a outra com um
número suficiente de grampos.

Não se deverá usar nada de permeio entre a estrutura


do chassi e a estrutura auxiliar.

O chassi tem que estar num piso plano


ou horizontal ao montar a
superestrutura.

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