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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE ANADIA

ANO LETIVO 2021 / 2022

Trabalho realizado por:


Anna Mariya Nahirna- nº3
Ana Santos- nº1
Asilbek Olimov- nº4

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Indíce:
O que é o projeto MAPEAR ?:__________________________________________________________________3
Níveis de Poluição: __________________________________________________________________________4
Porque é a poluição do ar uma ameaça?:_________________________________________________________4
Saúde: ____________________________________________________________________________________4
Ao ambiente: _______________________________________________________________________________5
Possíveis causas: _____________________________________________________________________________6
O que fazer para melhorar?:___________________________________________________________________7
Na Indústria: _______________________________________________________________________________7
Energia:____________________________________________________________________________________7
Transporte: _________________________________________________________________________________7
Planeamento urbano: _________________________________________________________________________8
Geração de energia:__________________________________________________________________________8
Gestão de resíduos municipais e agrícolas:_________________________________________________________8
Conclusão:___________________________________________________________________________________9
Bibliografia:__________________________________________________________________________________10
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O QUE É O PROJETO MAPEAR? :

- O projeto MAPEAR - Mapeamento ambiental colaborativo da qualidade do ar e do ruído, é um projeto de Educação Ambiental, de âmbito
nacional, coordenado pela Associação Portuguesa de Educação Ambiental (ASPEA), financiado pelo Fundo Ambiental, que tem como objetivo a
promoção da literacia socioambiental, na comunidade educativa, sobre os impactos do ruído e da poluição do ar nos metabolismos urbano e
humano.

- Este projeto tem como objetivo contribuir para informar o público das concentrações destes poluentes e dos perigos que eles representam
para a saúde. Com estas informações, será possível estimular a participação cidadã, de forma a influenciar políticas públicas locais e nacionais,
no sentido de serem tomadas medidas de forma a melhorar a qualidade do ar, como o estímulo da mobilidade suave, a transição para a
descarbonização e uma regulamentação mais apertada das principais fontes poluidoras na indústria, que poderão ser identificadas a partir dos
dados dos respetivos sensores.

- O sensor fixo de monitorização de partículas envia continuamente dados, em tempo real, sobre a qualidade do ar na zona envolvente da
escola.

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NÍVEIS DE POLUIÇÃO:
Através da análise dos dados, concluímos que, de forma geral, os valores de partículas no ar circulante da localização do sensor se
mantém dentro das boas classificações. No entanto, é de notar que também foi recorrente a ocorrência de um pico nos valores tanto de
PM2.5 e PM10 1 a 2 vezes por semana sempre durante a noite ou de madrugada, sendo mais percetível este fenómeno nos registos de
PM10.

PORQUE É A POLUIÇÃO DO AR UMA AMEAÇA? :

Da poluição atmosférica a pairar sobre as cidades ao fumo dentro de casa, a poluição do ar representa uma grande ameaça à saúde, ao
ambiente e ao clima. É o maior risco ambiental na Europa, principalmente nas cidades onde se concentram milhões de pessoas, indústrias
e tráfego. A poluição do ar doméstico é também uma das principais causas de doenças e morte prematura no mundo em desenvolvimento.
A queima de combustíveis, madeira e carvão em fogões ineficientes ou lareiras abertas, produz uma variedade de poluentes prejudiciais à
saúde, incluindo partículas (PM), metano (CH4), monóxido de carbono (CO), hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (HAP) e
compostos orgânicos voláteis (COV).

SAÚDE:

A qualidade do ar é uma componente ambiental determinante, em particular para a saúde pública e para a qualidade de vida dos cidadãos.
A lista de efeitos comprovados entre a poluição do ar e a saúde das populações é vasta. Os efeitos combinados da poluição do ar ambiente
(externo) e interior (edifícios) causam cerca de 7 milhões de mortes prematuras todos os anos, das quais 4,2 milhões estão relacionadas à
poluição do ar ambiente e as restantes à má qualidade do ar interior. Em grande parte como resultado do aumento da mortalidade por
acidente vascular cerebral, doenças cardíacas, doença pulmonar obstrutiva crónica, cancro de pulmão e infeções respiratórias agudas.

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Estudos epidemiológicos têm demonstrado que a exposição aos poluentes atmosféricos contribui para a morbilidade e a mortalidade
associadas a doenças do foro respiratório e cardiovascular, mesmo quando as concentrações dos poluentes se mantêm abaixo dos
valores máximos legalmente fixados. A AEA, Agência Europeia do Ambiente, alerta para o facto de a poluição atmosférica afetar as
pessoas diariamente, e embora os picos de poluição tenham o seu efeito mais visível (efeitos agudos), a exposição a longo prazo a
valores baixos (efeitos crónicos) representa uma ameaça maior para a saúde. Tanto a exposição de curto como de longo prazo à
poluição do ar ambiente pode levar à redução da função pulmonar, infeções respiratórias e agravamento da asma. A maior ou menor
severidade destes efeitos depende também do tipo de poluente e de fatores como a idade, condição física, predisposição genética ou
pertencer a grupos de risco (grávidas e pessoas que sofram de problemas respiratórios e cardíacos). Estima-se que os problemas de
saúde associados à poluição do ar custem aos europeus até 940 mil milhões de euros por ano, as pessoas necessitam de cuidados de
saúde acrescidos, faltam mais ao trabalho ou ficam simplesmente incapacitadas para trabalhar, com especial impacto nos grupos
vulneráveis.

AO AMBIENTE:
A qualidade do ar está intimamente ligada ao clima e aos ecossistemas da Terra em todo o mundo. Muitas das causas da poluição do
ar também são fontes de emissões de gases de efeito de estufa (como seja, queima de combustíveis fósseis). As emissões
atmosféricas geram problemas a diferentes escalas, desde uma escala local (por ex. concentrações de monóxido de carbono
proveniente de tráfego) até à escala global (cujo melhor exemplo são as alterações climáticas com todas as repercussões daí
resultantes). Outros impactos no ambiente são a degradação da camada de ozono, chuvas ácidas, eutrofização e contaminação da
água, contaminação dos solos, degradação de ecossistemas e biodiversidade. Por conseguinte, tanto a agricultura como as florestas
são afetadas, assim como os materiais e os edifícios. As políticas para reduzir a poluição do ar, oferecem uma estratégia “ganha-
ganha” tanto para o clima quanto para a saúde. Permitem a redução das doenças causadas pela poluição do ar, e contribuem
simultaneamente para a mitigação de curto e longo prazo das mudanças climáticas.

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POSSÍVEIS CAUSAS :
Para ser possível proceder a conclusões sobre possíveis fontes da emissão de partículas para o ar, colocamos algumas questões a três
empresas, Pavigrés, Sanitana e Palvidro, que se encontram na periferia da nossa escola, às quais só obtivemos resposta da primeira. A
Pavigrés é uma empresa de cerâmica que se situa a 1 km da Escola Secundária de Anadia, desta obtivemos as seguintes repostas às
perguntas:
1. Na empresa é utilizado algum filtro para diminuir as partículas emitidas para o ar?
Em caso afirmativo, qual é o filtro usado?

-Os equipamentos de produção onde é expectável haver emissões de partículas estão equipados com sistemas de tratamento. É o
caso dos Atomizadores, que têm na sua constituição, abatedores e ciclones (sistema de tratamento) que têm como função impedir que as
partículas sejam emitidas para o ar. Para além disso, em todas as unidades de produção, existem despeitadores que são somente
sistemas de tratamento. Ou seja, apenas existem para captar as partículas existentes no ar. Estes equipamentos podem estar associados
a equipamentos de produção, ou a zonas de produção. As partículas captadas pelos sistemas de tratamento são reintroduzidas no
processo de fabrico.

2. Existe algum sensor na empresa para medir as partículas expelidas para a atmosfera?
Em caso afirmativo, qual é o sensor usado?

-Não existe nenhum sensor. São realizadas monitorizações periódicas aos equipamentos.

3. Já alguma vez a concentração de partículas foi excedida relativamente ao valor limite estabelecido por lei?
Em caso afirmativo qual o valor e o que foi feito para a sua redução.

-Não se constatou o incumprimento do VLE estabelecido por lei. Caso venha a acontecer, o que se tem de fazer de imediato é
encontrar a causa do problema e atuar sobre ele. Ou seja, perceber o porquê dos valores obtidos. O problema pode ter várias causas.
O equipamento estar com problemas de funcionamento, estar mal afinado,necessitar de manutenção corretiva... Depois de se
identificarem as causas e de se atuar sobre elas terão de se realizar medições para se perceber se o equipamento já está a funcionar em
pleno e se os valoresde emissão estão a ser cumpridos.
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4. Que tipo de controlo é feito para monitorizar os níveis de poluição
atmosférica?
-Todos os equipamentos que originam emissões gasosas estão sujeitos a monitorização. As condições de
monitorização são estipuladas pelo DL n.o 39/2018, de 11 de junho e portarias complementes.
Dependendo do tipo de equipamento, são definidos os parâmetros a medir. A periodicidade de
monitorização das fontes depende dos resultados obtidos nas monitorizações anteriores. Pode ser:
Bianual (duas vezes por anos); Trienal; ou Quinquenal. Estes ensaios são realizados por empresas
externas acreditadas. Os relatórios de suporte à monitorização são encaminhados para a entidade
competente – CCDRC (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro).

O QUE FAZER PARA MELHORAR? :

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Planeamento urbano:
- Melhorar a eficiência energética dos edifícios e tornar as cidades mais verdes e compactas e, portanto, energeticamente
eficientes;
Geração de energia:
- Aumento do uso de combustíveis de baixa emissão e fontes de energia renováveis e livres de combustão (energia solar, eólica
ou hidroelétrica); cogeração de calor e energia;
Gestão de resíduos municipais e agrícolas:
-Estratégias para redução de resíduos, separação de resíduos, reciclagem e reutilização ou reprocessamento de resíduos; assim
como métodos aprimorados de gestão de resíduos biológicos, como a digestão anaeróbia de resíduos para a produção de
biogás, são alternativas viáveis e de baixo custo para a incineração aberta de resíduos sólidos.

-A promoção de transportes mais limpos, a definição de zonas de transportes de baixas emissões e a imposição de taxas associadas a
congestionamento são algumas das opções mais fáceis ao dispor das cidades para melhorar a qualidade do ar. A utilização de
transportes coletivos, ao invés da viatura pessoal, partilha de carro, ou a utilização de viaturas menos poluentes, como é o caso dos
carros e autocarros elétricos ou híbridos, são algumas das medidas mais imediatas que se podem adotar para reduzir o impacto deste
problema sobre a atmosfera, o ruído e o clima. Deslocar-se a pé ou de bicicleta poupa a saúde, o ambiente e a carteira.

-Naturalmente para que tal seja possível, também ao nível do urbanismo e do ordenamento do território é preciso desenvolver
estratégias que promovam o transporte público e a mobilidade ativa, que retirem espaço ao automóvel e devolvam a cidade aos
cidadãos.

-Relativamente às outras fontes de poluição existem medidas adicionais de redução de emissões de poluentes atmosféricos de:
instalações industriais, máquinas não rodoviárias, médias instalações de combustão; equipamentos de aquecimento doméstico que
utilizam biomassa e o incremento de boas práticas agrícolas visando reduzirem o seu impacto na saúde humana e no ambiente.
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-Políticas e investimentos que apoiam o acesso sustentável a energias e transportes limpos, bem como as casas com eficiência
energética e a gestão de resíduos municipais, podem reduzir as principais fontes de poluição do ar.

- A poluição do ar está no topo da agenda global e é amplamente reconhecida como uma ameaça à saúde pública, ao ambiente e ao
progresso económico. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 7 milhões de pessoas morrem em todo o mundo a cada
ano, devido à poluição do ar. Dados mostram que cerca de 91% da população mundial vive em locais onde os níveis de poluentes no
ar ultrapassam os limites fixados, o que equivale a 9 em cada 10 pessoas, sendo os países de baixa e médio rendimento a sofrer um
maior impacto.

-De acordo com o relatório da Agência Europeia do Ambiente (AEA), “Ambiente saudável, vida saudável” na Europa registam-se
mais de 400 mil mortes prematuras todos os anos devido à poluição do ar e cerca de 40 milhões de pessoas nas 115 maiores cidades
da União Europeia (UE) respiram ar contendo pelo menos um poluente acima dos valores-limite.

- Apesar das melhorias significativas nas últimas décadas, também em Portugal persistem problemas de poluição atmosférica com
efeitos na saúde humana e no ambiente, principalmente relativos às partículas em suspensão (PM10), ao ozono (O3) e ao dióxido de
azoto (NO2), sendo responsáveis pela morte de 6500 pessoas todos os anos. Efetivamente, a implementação de várias medidas de
redução de emissão de poluentes nem sempre contribuíram para a melhoria da qualidade do ar ambiente, sobretudo nas áreas
urbanas.

CONCLUSÃO:
Com este trabalho concluímos que nesta zona a qualidade do ar corresponde às expetativas, tendo em conta a localização da escola,
uma vez que se encontra muito próxima da zona industrial.

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BIBLIOGRAFIA:
MAPeAR (aspea.org)
RE no 23/2018: "Poluição atmosférica: a nossa saúde ainda não está suficientemente
protegida" (europa.eu)

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