1. Analise os efeitos do ruído gerado pelo transporte urbano, determinando
o limite de horas de exposição tolerável. De acordo Plaza, et al (s/d), a vida do homem é cercada de vários fatores que determinam o modo como este se relaciona com o ambiente a sua volta. No entanto, quando este ambiente é prejudicado, o indivíduo é diretamente afetado. O ruído é um som que pode causar desconforto ao ouvido humano. Para Fernandes (2002), o ruído é todo fenômeno acústico não periódico, sem componentes harmônicos definidos. Neste sentido as ondas de um ruído não têm cumprimento de onda, frequência ou amplitude constantes. Plaza, et al (s/d), afirmam que o setor de transportes tende a ser um grande poluidor do meio ambiente em que está inserido, principalmente em decorrência das emissões atmosféricas e de ruídos consequentes de sua operação. Nesta perspectiva Rodrigues, Franco & Faria (2009), ressaltam que o ruído gerado pelo tráfego de veículos é um problema cada vez mais preocupante hoje em dia em centros urbanos de porte médio e grande. Um dos principais agravante é o constante crescimento da frota de veículos, seja de veículos particulares ou do transporte público. O ruído gerado pelo transporte urbano pode ter vários efeitos, principalmente para a saúde humana entre eles a perda auditiva, afetação ao sistema nervoso, stress, afetando assim o aparelho circulatório. Outra consequência do ruído nas zonas urbanas é a interferência na comunicação, principalmente nas zonas próximas as estação de comboios, nas regiões onde os aviões passam, particularmente para aquelas áreas onde os aeroportos se encontram muito próximo ou mesmo na cidade. Portanto, tendo em conta que o ruído gerado pelo transporte nas zonas urbanas, constitui mais de 80% da média de contribuição de ruído, pode causar perda de sono, várias doenças e afetar a qualidade de vida das populações. Neste sentido Comin & Aguiar (2016), expressam que existe comprovações científicas que os efeitos deletérios da exposição à poluição sonora não estão apenas relacionados com o aparelho auditivo humano, podendo ocasionar desde dificuldades de concentração até alterações bioquímicas e cardiovasculares. 2. Pesquise localmente se os dados apresentados na Tabela 1 correspondem à realidade. Do mesmo modo, determine se em sua comunidade são realizadas ações que mitiguem esta situação. De acordo com a realidade da minha localidade, os dados representados na tabela 1, podem corresponder a realidade, visto que eu moro no Moxico, uma província do leste de Angola é subdesenvolvida, nota-se a ausência de indústrias de grande porte, a frequência dos comboios é reduzida mais há uma presença constante de veículos motorizados que causam constantemente o ruído. Infelizmente na minha comunidade não são realizadas ações que mitiguem esta situação, não existe centros de monitoramento de ruídos, por isso regista-se o incumprimento das normas ou regras estabelecidas pela organização mundial da saúde a cerca deste fenômeno. 3. Proponha alternativas de mitigação de ruído no caso do transporte e no caso das atividades industriais a fim de cumprir com as regras mencionadas na Tabela 2 e evitar possíveis danos à saúde da população. As alternativas de mitigação de ruído no caso de transporte e no caso das atividades industriais, passam pela aplicação da lei que regula o ambiente e consequentemente os níveis de poluição sonora. A Lei nº 5/98 de 19 de Junho, Lei de base do Ambiente da República de Angola, no seu artigo 4, alínea (d), estabelece que deve ser assegurada a inter-relação das políticas de desenvolvimento económico e social com os princípios de conservação e preservação ambiental e uso racional dos recursos naturais, por forma a se alcançarem os objectivos do desenvolvimento sustentável. No mesmo artigo a alínea (a) defende que todos os cidadãos têm o direito e o dever de receberem educação ambiental por forma a melhor compreenderem os fenómenos do equilíbrio ambiental, base essencial para uma atuação consciente na defesa da política ambiental nacional. Neste sentido para o cumprimento desta Lei é necessário a realização de campanhas de sensibilização e educação ambiental, onde se pode dizer as populações sobre os riscos dos problemas ambientais em geral e em particular da poluição sonora. As autoridades devem fiscalizar o cumprimento desta lei. Outra alternativa passa pela criação de projetos e localização correta das fontes emissoras, antes que se produza poluição sonora. Referências bibliográficas. Fernandes, J. C. (2002). Acústica e ruídos. Bauru: Unesp. Plaza, C. V., Neris, D. F., Martins, L. A., & Rodrigues, G. H. C. Estudo do impacto do transporte motorizado na poluição sonora no município de Franca-sp. Rodrigues, F., Franco, L., & Faria, C. A. (2009). Redução de ruído em terminais de transporte coletivo urbano: modelagens para minimizar a geração de ruído em função da rotação dos motores dos ônibus. Comin, T., & Aguiar, M. (2016). Avaliação da poluição sonora em uma universidade da cidade de são carlos. Enciclopédia biosfera, 13(23).