Você está na página 1de 66

Apostila para Treinamento

Módulo I – Fibra Óptica


Abril – 2015
2

Apresentação
Com a necessidade do homem de se comunicar entre grandes distâncias (km),
transportando cada vez mais informações de forma rápida e quase instantânea houve o
surgimento das fibras ópticas, sendo as mesmas reconhecidas como revolução na transmissão
de dados, voz e imagem.

A fibra óptica é um filamento fino e flexível, basicamente com sua espessura comparável
a de um fio de cabelo. São constituído de vidro ou plástico transparente e flexível aonde
conduzem feixe de luz (óptico) e tendo sua produção a base de sílica (areia pura). Hoje para
soluções de redes cabeadas, os cabos ópticos apresentam inúmeros diferenciais quando
comparados com cabos metálicos.

No decorrer deste treinamento serão apresentados os conceitos, tipos e aplicações em


que as fibras ópticas são utilizadas, juntamente com suas vantagens e desvantagens.

Módulo I - Fibra Óptic


3

Índice
1 - FIBRA ÓPTICA E SUAS APLICAÇÕES ...................................................................................6

1.1 – Luz ............................................................................................................................6

1.2 - Propagação da Luz nas Fibras Ópticas ........................................................................7

1.2.1 – Reflexão da Luz ..................................................................................................7

1.2.2 – Refração da Luz ..................................................................................................8

1.2.3 – Funcionamento da Luz nas Fibras Ópticas ..........................................................8

1.2.4 – Atenuação Intrínseca .............................................................................................8

1.2.5 – Atenuação Extrínseca .............................................................................................9

1.2.5 – Dispersão de Rayleigh ............................................................................................9

2– TIPOS DE FIBRAS ÓPTICAS............................................................................................... 10

2.1 – Classificações das Fibras Ópticas ............................................................................. 11

2.2 - Janelas Ópticas ........................................................................................................ 14

2.2.1 – Multiplexação por Comprimento de Onda (WDM) ............................................... 14

2.3 - Perdas Típicas em Cabos Ópticos ............................................................................. 15

2.4 - Bandas de Transmissão Ópticas ............................................................................... 15

2.5 - Tipos de Fibras e Suas Aplicações............................................................................. 16

2.6 - Fibra Multimodo x Fibra Monomodo ....................................................................... 17

2.7 - Processo de Emenda das Fibras Ópticas ................................................................... 17

2.7.1- Fusão ................................................................................................................. 17

2.7.2 - Conectorização ................................................................................................. 18

2.7.3 - Emenda Mecânica............................................................................................. 18

3 - CABOS ÓPTICOS ............................................................................................................. 19

3.1 – Modelos de Cabos Ópticos...................................................................................... 19

3.1.1 - Cabo Tipo Tight ................................................................................................. 19

3.1.2 - Cabo Tipo Loose................................................................................................ 19

3.1.3 - Cabo Tipo Groove ............................................................................................. 20

Módulo I - Fibra Óptic


4

3.1.4 - Cabo Tipo Ribbon.............................................................................................. 21

3.1.5 – Outros Tipos de Cabos...................................................................................... 22

3.2 - Composição do Cabo Óptico .................................................................................... 22

3.3 - Revestimento do Cabo Óptico ................................................................................. 24

3.4 - Nomenclatura dos Cabos Ópticos ............................................................................ 25

3.4.1 - Cabos Ópticos para Ambientes Externos ........................................................... 25

3.4.2 - Cabos Ópticos para Ambientes Internos ............................................................ 27

4 - CONECTORIZAÇÕES ÓPTICAS.......................................................................................... 29

4.1 - Tipos de polimentos ................................................................................................ 29

4.1.1 - FLAT ................................................................................................................. 30

4.1.2 - Physical Contact (PC), Super Physical Contact (SPC) e Ultra Physical Contact
(UPC) ......................................................................................................................... 30

4.1.3 - Angled Physical Contact (APC) ........................................................................... 31

4.2 - Padrões e Compatibilidades..................................................................................... 32

5 - ELEMENTOS DE REDES ÓPTICAS ..................................................................................... 34

5.1 - Tipos de conectores ................................................................................................. 34

5.1.1 - Conector ST ...................................................................................................... 34

5.1.2 - Conector SC ...................................................................................................... 34

5.1.3 - Conector MT-RJ ................................................................................................ 35

5.1.4 - Conector LC ...................................................................................................... 36

5.1.5 - Conector FC ...................................................................................................... 37

5.1.6 - Perdas Típicas por Par de Conectores................................................................ 38

5.2 - Adaptadores Ópticos ............................................................................................... 39

5.3 - Extensão Óptica ....................................................................................................... 42

5.4 - Cordão Óptico ......................................................................................................... 42

5.5 - Protetor de Emenda ................................................................................................ 44

5.6 - Distribuidor Interno Óptico (DIO)............................................................................. 44

5.8 - Bloqueio Interno Óptico (FOB – Fiber Optic Block) ................................................... 45

Módulo I - Fibra Óptic


5

5.9 - Ponto de Terminação Óptica (PTO) .......................................................................... 46

6 – FONTES ÓPTICAS (TX E RX)............................................................................................. 47

7.1 - Orçamento de Potência (Power Budget) .................................................................. 49

8 - COMPONENTES DE MONTAGEM E MEDIÇÕES DE INFRAESTRUTURA ............................. 51

8.1 - Máquina de Fusão ................................................................................................... 51

8.2 - Decapador ............................................................................................................... 51

8.3 - Roletador ................................................................................................................ 51

8.4 - Clivador ................................................................................................................... 51

8.5 - Cortador de Tubo Loose .......................................................................................... 52

8.6 - Tesoura para Corte de Aramida ............................................................................... 52

8.7 - Visual Fault Locator (VFL)......................................................................................... 52

8.8 - Power Meter ........................................................................................................... 53

8.9 - OTDR- Optical Time Domain Reflectometer ............................................................. 53

9 - INSTALAÇÕES DE REDES ÓPTICAS ................................................................................... 54

9.1 - Ferragens e Acessórios para Poste ........................................................................... 54

9.1.1 - Cabos Autosuportado ....................................................................................... 54

9.1.2 - Cabo Espinado .................................................................................................. 57

9.2 - Procedimento de Emenda Óptica ............................................................................ 63

9.3 – Instalações de Redes Ópticas .................................................................................. 64

9.4 - Dimensionamento das Ferragens ............................................................................. 66

10 – EXERCÍCIO - PRÁTICA ................................................................................................... 69

ANOTAÇÕES ........................................................................................................................ 71

Módulo I - Fibra Óptic


6

Módulo I – Fibra Óptica


1 - FIBRA ÓPTICA E SUAS APLICAÇÕES

1.1 – Luz

A luz é uma fonte de transmissão e muito utilizado pelo homem para transferências de
informações. Newton foi o primeiro a reconhecer que a luz branca (solar) é constituída por
uma mistura de cores, essa descoberta surgiu através da análise de um feixe de luz branca que
ao atravessar um prisma se decompõe em várias cores (espectro visível ao homem).

Quando a luz branca incide sobre a superfície do prisma, sua velocidade é alterada, no
entanto, cada cor da luz branca tem um índice de refração diferente, e logo ângulos de
refração diferentes, chegando à outra extremidade do prisma separada.

OBS: Índice de refração é o desvio que a luz sofre quando passa de um meio para outro.

Cada cor tem um comprimento de onda diferente, porém a faixa detectada ao olho
humano é entre 400nm a 700nm, já as fibras ópticas trabalham no espectro reservado ao
infravermelho já que os comprimentos de ondas mais utilizados hoje para redes ópticas são
1310nm e 1550nm.
7

Portanto com a evolução das redes ópticas novos comprimentos de ondas estão sendo
utilizados para comportar o avanço tecnológico, exemplos: redes PON, CWDM e DWDM.

OBS: Quanto maior a frequência, menor o comprimento de onda.

A luz se propaga no interior de uma fibra óptica fundamentada na reflexão total da luz.
Quando um raio de luz se propaga em um meio cujo índice de refração é n1 (núcleo) e atinge a
superfície de um outro meio com índice de refração n2 (casca), onde n1>n2, e desde que o
ângulo de incidência (em relação à normal) seja maior ou igual ao ângulo crítico, ocorrerá o
que é denominado de reflexão total, do que resulta o retorno de raio de luz ao meio com
índice de refração n1.

A luz é injetada na fibra por uma de suas extremidades sob um cone de aceitação, em
que este determina o ângulo por que o feixe de luz deverá ser injetado, para que ele possa de
propagar ao longo da fibra óptica.

A composição básica de fibras ópticas é de materiais dielétricos com uma estrutura


cilíndrica, composta de uma região central, que denominamos núcleo, que é por onde a luz
trafega, e uma região periférica, denominada casca, que envolve completamente o núcleo.

As dimensões vão variar conforme o tipo da fibra, podendo ser de 8 micrometros até
200 micrometros, e a casca de 125 micrometros até 240 micrometros.

Então, temos que a composição básica de uma fibra óptica é:

 Núcleo (fibra de vidro);


 Casca que envolve o núcleo (fibra de vidro);
 Película que recobre a casca, chamado de acrilato;
 Um tubo onde as fibras são comportadas, chamadas de tubete;
 Os fios de aramida, para atuar como proteção e tração;
 Bastão de Kevlar, utilizado para dar resistência mecânica ao cabo;
 Capa, constituída por um polímero.

1.2 - Propagação da Luz nas Fibras Ópticas

1.2.1 – Reflexão da Luz


8

Quando um feixe de luz atinge uma superfície e é desviado para o mesmo meio de onde
veio (princípio do espelho). Neste fenômeno o raio incidente e o reio refletido estão sempre
no mesmo plano.

1.2.2 – Refração da Luz

Ocorre quando um raio de luz atinge uma superfície e passa de um meio para o outro
(atravessa) com densidade diferente. Essa densidade faz com que a luz tenha sua velocidade
alterada e consequentemente sua direção também altera (quanto mais denso o meio menor a
velocidade do raio refratado). Sempre que há refração da luz, ocorre também a reflexão.
Porém em menor intensidade.

1.2.3 – Funcionamento da Luz nas Fibras Ópticas


A fibra óptica é projetada para guiar a luz nem sempre em linha reta. A luz se propaga
devido ao confinamento no núcleo da fibra através do princípio de reflexão interna e total da
luz. Para que isso ocorra deve ter índice de refração entre núcleo e a casca, resultando no
retorno (reflexão total) da luz para o núcleo.

1.2.4 – Atenuação Intrínseca

É a diminuição da potência do sinal óptico causado por impurezas ou imperfeições na


fibra decorrentes do processo de fabricação. Esse sinal quando encontrado com as impurezas
gera dispersão ou absorção provocando atenuação.
9

1.2.5 – Atenuação Extrínseca

Causada por esforços mecânicos na curvatura da fibra. Caso a fibra sofra curvaturas fora do
ângulo de segurança a luz que viaja pelo núcleo pode ser refratada para fora, gerando perda
do sinal. Existem dois tipos de curvaturas:

Macrocurvatura – curvatura em grande escala, porém após ser corrigida o sinal volta ao
normal (dobra do cabo).

Microcurvatura – curvatura causada por imperfeições na geometria cilíndrica da fibra


ocorrida no momento da fabricação, pode estar relacionada à temperatura, esforço elástico ou
a força de esmagamento.

1.2.5 – Dispersão de Rayleigh

Ocorre quando a luz transmitida se dispersa por ocorrer mudanças no índice de


refração. Quando isso ocorre a luz é refletida para trás, retornando a fonte luminosa gerando
atenuação da fibra. Esse princípio é aplicado no OTDR para testar qualidade das fibras.

Módulo I - Fibra Óptic


10

2– TIPOS DE FIBRAS ÓPTICAS

É uma estrutura ou meio físico em formato cilíndrico, transparente e flexível, com


dimensões próximas a um fio de cabelo projetado para guiar luz. É formada por um núcleo de
vidro (feito com vidro de sílica com alta pureza e dielétrico) e uma casca, também feita de
vidro (aumentando a resistência mecânica da fibra) com capacidade de transmitir informações
na forma de luz. A fibra é protegida por um revestimento plástico (acrilato).

A propagação da luz em fibras ópticas ocorre devido ao confinamento da luz no núcleo


da fibra através do princípio de reflexão interna e total da luz tendo seu núcleo menor que a
casca que a envolve.

Núcleo: O núcleo é um fino filamento de vidro ou plástico por onde passa a luz. Quanto
maior o diâmetro do núcleo mais luz ele pode conduzir.

Casca: Camada que reveste o núcleo. Por possuir índice de refração menor que o núcleo
ela impede que a luz seja refratada, permitindo assim que a luz chegue ao dispositivo receptor.
Serve para confinar a luz no núcleo agindo como se fosse um espelho.

Revestimento Primário (Capa): Camada de plástico (acrilato) que envolve o núcleo e a


casca, protegendo-os contra choques mecânicos, danos de umidades e excesso de curvatura.

Por ser um material dielétrico a fibra óptica é imune a qualquer interferência ou


radiação eletromagnética de qualquer intensidade.

OBS: Casca e núcleo não se separam, emenda é feita no núcleo e na casca.

.
11

As principais aplicações para as fibras ópticas são:

 Interligação de prédios (Redes de Campus);


 Conectividade entre empresas e Redes Metropolitanas;
 Conexão em alta velocidade entre usuários (finais) e provedores de Internet;
 Links redundantes;
 Tráfego telefônico entre torres de transmissão de telefonia celular e a rede
pública;
 Ambientes hostis (indústrias, minas, plataformas petrolíferas, etc.);
 Ambientes com alto nível de interferência eletromagnética (sala de máquinas e
centrais de energia, etc.);
 Links com necessidade de segurança no tráfego das informações.

Vantagens de se utilizar redes ópticas:

 Total imunidade a interferências eletromagnética;


 Cabos ópticos são produzidos com materiais dielétricos, proporcionando
isolamento elétrico;
 Não necessita de aterramento;
 Avanço da tecnologia (redes PON, CWDM, DWDM);
 Necessidade por oferecer melhores serviços através de banda larga;
 Queda nos preços da fibra óptica;
 Distância no tráfego de dados;
 Grande largura de banda;
 Menor quantidade de fios;
 Rede passiva;
 Baixa atenuação;
 Matéria prima abundante.

Desvantagens de se utilizar redes ópticas:

 Sensível a umidade;
 Sensível a tracionamento excessivo;
 Sensível a curvaturas excessivas;
 Custo de equipamentos ativos;
 Mão de obra e equipamentos caros.

2.1 – Classificações das Fibras Ópticas

As fibras ópticas podem ser classificadas de dois modos: Multimodo e Monomodo. Essas
categorias definem a forma como a luz se propaga no interior do núcleo:

Fibras Multimodo: As fibras multimodo possuem o diâmetro do núcleo maior do que as


fibras monomodo, de modo que a luz tenha vários modos de propagação, ou seja, a luz
percorre o interior da fibra óptica por diversos caminhos. Esse tipo de fibra é utilizado
normalmente em curtas distâncias e oferece uma largura de banda inferior a fibra monomodo.

Módulo I - Fibra Óptic


12

A fibra é denominada multimodo porque ela permite que a luz tenha multi (vários)
caminhos dentro do núcleo para sua propagação. Por seu núcleo ser de maior espessura
ocorre maior perda e maior dispersão do sinal.

Fibras Monomodo: As fibras monomodo são adequadas para aplicações que envolvam
grandes distâncias, embora requeiram conectores de maior precisão e dispositivos de alto
custo. Nas fibras monomodo, a luz possui apenas um modo de propagação, ou seja, a luz
percorre interior do núcleo por apenas um caminho. Esse tipo de fibra é utilizado para atingir
maiores distâncias e oferece uma largura de banda superior a fibra multimodo por ter menor
dispersão do sinal.
13

A fibra denominada monomodo permite que a luz trafegue em um único feixe, isso
ocorre por ter a espessura do núcleo menor.
Tipos de fibras monomodo:

 Single Mode (SM - G.652.A e B ITU-T):Fibra monomodo projetada para operar


no comprimento de onda 1310nm e com dispersão cromática alta na janela de
1550nm. Já a fibra do tipo “B” é a mais usada no mundo, por apresentar valores
mais baixos de dispersão cromática tem sua atenuação máxima de 0,35dB/Km
para 1550nm.
 As fibras do padrão A e B apresentam elevada atenuação na região com
comprimento de onda centralizado em 1383nm, devido a presença de íons de
hidrogênio e hidroxila que são absorvidos durante o processo de fabricação da
fibra óptica, chamados de “pico d´água”.
 .Dispersion Shifted (DS - G.653 ITU-T): Fibra sem dispersão. Pensava-se que seria
boa para ser usada em sistemas WDM e SDH de alta capacidade. Porém, com o
crescimento da quantidade de comprimentos de onda, constatou-se que ela
sofre efeitos de mistura de quatro ondas, o que restringiu seu uso em sistemas
de WDM.
 Non Zero Dispersion (NZD - G.655 ITU-T): Fibra com dispersão baixa, mas não
nula. Foi criada para servir de meio termo entre os dois tipos de fibra anteriores.
Para diminuir a dispersão cromática, o núcleo da fibra foi reduzido. Essa redução
impede seu uso em sistemas com muitos comprimentos de onda.
 Low Water Peak (LWP - G.652.C e D ITU-T): é tipo de fibra onde os processos de
fabricação diminuíram (G.652.C) e até eliminaram (G.652.D) a contaminação por
íons hidroxila, permitindo que a utilização dos comprimentos de onda ao redor
de 1400nm.
14

2.2 - Janelas Ópticas

As janelas de transmissão representam o comprimento de onda da fonte luminosa. São


janelas de baixa atenuação, onde:

Janela de Comprimento de Onda


Características
Transmissão (nm)
 Sistemas multimodo;
1º Janela 850  Fibras com altas perdas;
 Pequenas distâncias.
 1300 sistemas multimodo;
 1310 sistemas monomodo;
2º Janela 1300/1310
 Fibras com perdas menores;
 Longas distâncias.
 1550 sistemas monomodo;
 Fibras com perdas menores;
3º Janela 1550
 Reservada para uso de CATV
(transmissores e amplificadores).
Fibra multimodo: 850nm e 1300nm.
Fibra monomodo: 1310 a 1550nm.

2.2.1 – Multiplexação por Comprimento de Onda (WDM)

A tecnologia WDM utiliza o conceito de multiplexação por comprimento de onda


(cores). É um sistema que possibilita a transmissão de vários feixes de luz em frequências
diferentes numa mesma fibra óptica.

O sistema funciona com um multiplexador que junta os vários comprimentos de onda


dos transmissores ópticos e disponibiliza uma saída para ser transmitida por uma única fibra
óptica. Na outra extremidade da fibra óptica que pode estar a dezenas de quilômetros de
distância, utiliza-se um demultiplexador que separa os vários comprimentos de onda em saídas
diferentes para serem conectadas nos receptores ópticos.
15

2.3 - Perdas Típicas em Cabos Ópticos

Abaixo estão descritas as perdas em dB por Km para os cabos ópticos multimodo e


monomodo. Essas perdas estão estipuladas de acordo com padrão TIA/EIA 568-B.1:

Comprimento de Onda Multimodo Monomodo Monomodo


(nm) (Interno) (Externo)
850 3,5 dB/Km - -
1300 1,5 dB/Km - -
1310 - 1,0 dB/Km 0,5 dB/Km
1550 - 1,0 dB/Km 0,5 dB/Km

2.4 - Bandas de Transmissão Ópticas

Largura de Banda
Banda Significado Espectro Óptico (nm)
(nm)
O Original 1.260 a 1.360 100
E Expanded 1.360 a 1.460 100
S Short 1.460 a 1.530 70
C Conventional 1.530 a 1.565 35
L Long 1.565 a 1.625 60
U Ultra Long 1.625 a 1.675 50

Módulo I - Fibra Óptic


16

2.5 - Tipos de Fibras e Suas Aplicações

Largura da Distância
Diâmetro Canal Ethernet
Classificação Nome Janela Banda Máxima
Núcleo
IOS 1101 Comercial (nm) 10
(microns) OFL EMB 1 Gbps 1 Gbps 10 Gbps
Gbps
1000Base- 10GBase-
MM 850 200 n.e 275 33
SX SR
OM 1 62,5 62,5/125
1000Base- 10GBase-
Standard 1300 500 n.e 550 300
LX LX
1000Base- 10GBase-
Laser 850 350 n.e 500 66
SX SR
OM 1+ 62,5 Optimized
1000Base- 10GBase-
62,5 XL 1300 500 n.e 1000 300
LX LX
1000Base- 10GBase-
850 500 n.e 550 82
MM 50/125 SX SR
OM 1+ 50
Standard 1000Base- 10GBase-
1300 500 n.e 550 300
LX LX
1000Base- 10GBase-
Laser 850 550 n.e 600 82
SX SR
50 Optimized
1000Base- 10GBase-
50 XL 1300 900 n.e 2000 300
LX LX
OM 2+ 1000Base- 10GBase-
850 700 950 750 150
LaserWave SX SR
50
G+ 1000Base- 10GBase-
1300 500 500 600 300
LX LX
1000Base- 10GBase-
850 1500 2000 970 320
LaserWave SX SR
OM 3 50
300 1000Base- 10GBase-
1300 500 500 600 300
LX LX
1000Base- 10GBase-
850 3500 4700 1040 550
LaserWave SX SR
OM 4 50
550 1000Base- 10GBase-
1300 500 500 600 300
LX LX
SM 1000Base- 10GBase-
1310 5 km 10 km
Standard LX LR
OS 1 08/set G.652.B/ SM >>20GHz
1000Base- 10GBase-
AllWave 1550 70 km 40 km
LH70 ER
G.652.D

Módulo I - Fibra Óptic


17

2.6 - Fibra Multimodo x Fibra Monomodo

FIBRAS
Multimodo Monomodo
Núcleo de 50 até 200µm – Foram adotados Núcleo de 8 até 10µm – Foi adotado
comercial e tecnicamente núcleos de 62,5µm comercial e tecnicamente núcleo de 9µm;
e 50µm;
Casca de 125 até 400µm – Foi adotado Casca de 125µm até 240µm – Foi adotado
comercial e tecnicamente casca de 125µm; comercial e tecnicamente casca de 125µm;
Incidência de raios de luz em vários ângulos; Incidência de raios de luz em um único
ângulo;
Trabalham em comprimento de onda em Trabalham em comprimento de onda em
850nm ~ 1300nm; 1310nm ~ 1650nm;
Atenuação (ITU-T G.651.1 – 12/2008): Atenuação (ITU-T G.652. D – 11/2009):

4 dB/Km = 850nm; 0,4 dB/Km = 1310nm ~ 1625nm (outdoor);


2 dB/Km = 1300nm; 0,3 dB/Km = 1550nm (outdoor);
1 dB/Km = 1310nm (indoor);
1 dB/Km = 1550nm (indoor);
Transmissores e receptores ópticos Transmissores e receptores ópticos
apresentam menor custo; apresentam maior custo;
Cabo óptico maior custo; Cabo óptico menor custo;
Fibra utilizada para redes LAN de curtas Fibras utilizadas para longa distância (Km),
distâncias. atualmente para redes PON.

OBS: Hoje a fibra multimodo se torna mais caro em decorrência da escala de produção
que é menor.

2.7 - Processo de Emenda das Fibras Ópticas

Existem três formas de unir as fibras ópticas, seja elas por processo de:

2.7.1- Fusão

Processo no qual as fibras são fundidas entre si através de um arco voltaico, permitindo
que as duas fibras se unam.

Para que seja possível realizar esse processo de emenda é necessário utilizar o que
chamamos de “Máquina de fusão”. Essa máquina tem a função de alinhar a fibra e a submeter
a um arco voltaico (realizado sobre dois eletrodos de metal) que eleva a temperatura nas faces
das fibras, provocando o derretimento e assim permitindo que elas sejam fundidas. Existem
máquinas de fusão que alinham as fibras tendo como referência a casca e outras mais precisas
que alinham as fibras pelo núcleo.

Após o processo a região fundida da fibra fica protegida por protetores de emenda
(tubetes) que oferecem resistência mecânica a emenda.

Módulo I - Fibra Óptic


18

2.7.2 - Conectorização

Neste processo as duas fibras são posicionadas (e não unidas) utilizando-se de


conectores ópticos, ou seja, as fibras devem ser conectorizadas sendo acopladas em
adaptadores ópticos para que mantenham o alinhamento permitindo assim a passagem de luz.

2.7.3 - Emenda Mecânica

Este processo consiste em alinhar duas fibras através do uso de um “acoplamento”


especialmente desenvolvido para mantém as fibras que são inseridas posicionadas frente a
frente, sem uni-las definitivamente. O contato entre as duas fibras é realizado por um gel
(matching gel) que permite a passagem da luz.

2.7.4 - Perdas Típicas de Emendas

As perdas típicas estão de acordo com padrão TIA/EIA 568-B.1 e B.3:

Processo de Emenda Multimodo Monomodo


Fusão 0,3 dB 0,3 dB
Mecânica 0,3 dB 0,3 dB

Processo de Emenda Multimodo Monomodo


Conectorização 0,75 dB o par 0,75 dB o par
19

3 - CABOS ÓPTICOS

O cabo óptico é um elemento com a finalidade de revestir, organizar e proteger contra


esforços mecânicos as fibras ópticas para que possam ser utilizadas e instaladas em ambientes
externos (aéreos, subterrâneos, em dutos e até debaixo d´água) evitando que as fibras sofram
qualquer dano.

3.1 – Modelos de Cabos Ópticos

3.1.1 - Cabo Tipo Tight

As fibras possuem um revestimento secundário com espessura de 0,9mm extrudado


diretamente sobre o acrilato. O acrilato é o revestimento primário e este material permite que
a fibra tenha uma certa resistência à flexão. Esses elementos isolados são reunidos em torno
de um elemento de tração e posteriormente aplicados o revestimento externo do cabo. Por
padrão existem cabos com 0,9mm, 2,0mm e 3,0mm de espessura.

Sua principal aplicação está nas instalações internas , onde há uma infra-estrutura de
calhas ou canaletas, que respeitam os raios de curvaturas exigidas e protegem o cabo das
influências externas.

3.1.2 - Cabo Tipo Loose

As fibras ficam soltas (loose) dentro do tubo plástico, que proporciona a primeira
proteção às fibras ópticas. Dentro do tubo pode ainda ser aplicado um gel derivado de
petróleo (geleado) para proteger as fibras de choque mecânico e da umidade em caso de
exposição externa.

Para cabos seco que não se utilizam de gel sintético é substituído por um pó com
características hidro-expansíveis. Apresenta a vantagem de não ser inflamável, protegendo a
fibra também contra a umidade.
20

Importante:

 As fibras dentro de cada tubo loose com o preenchimento denomina-se “unidade


básica”;

 O cabo loose quando sendo geleado e utilizado em redes internas não deve ultrapassar
a distância de 15m (National Eletric Code-NEC) e não podendo ser instalado na posição
vertical.

3.1.3 - Cabo Tipo Groove

São cabos que possuem um elemento central de tração (elemento tensor) e um


separador ou espaçador em forma de “V”. As fibras são acomodadas soltas entre essa
estrutura interna.

É composta também por um elemento de tração ou elemento tensor no seu centro,


proporcionando maior resistência mecânica ao cabo. Este cabo é utilizado em aplicações onde
é necessário um número grande de fibras ópticas.
21

3.1.4 - Cabo Tipo Ribbon

São cabos compostos de diversas estruturas estrelares utilizadas nos cabos Ribbon.
Apresentam um número muito grande de fibras, ou seja, aproximadamente 4 mil fibras ópticas
por cabo;
22

3.1.5 – Outros Tipos de Cabos

São cabos para aplicações específicas, onde incluem-se os cabos do tipo AR (anti-
roedores) que tem uma proteção metálica.
Os cabos submarinos também fazem parte deste grupo e são capazes de suportar
diversas profundidades.

Os cabos OPGW (Optical Ground Wire), utilizados como cabos de guarda em redes de
energia, onde é necessário que o revestimento (de aço ou aço-alumínio) seja capaz de
suportar um curto-circuito, é um cabo para-raios com um núcleo de fibra óptica para
instalação em torres de transmissão de energia de alta tensão.

3.2 - Composição do Cabo Óptico

O cabo óptico é constituído por elemento central e unidades básicas, onde:

Elemento central (sustentação) – elemento central (dielétrico) com formato cilíndrico,


utilizado como base central do cabo permitindo que o mesmo tenha sustentação mecânica e
estabilidade térmica.

OBS: Nesse processo de “Pultrução” muitos tipos de resina podem ser utilizados
incluindo poliéster, poliuretano, epóxi e vinil éster.

Unidade básica (UB) – denomina-se unidade básica o tubo loose onde em conjunto é
composto pelas fibras ópticas e o material de preenchimento.
23

Código de Cores das Fibras Ópticas:

Posição Padrão ABNT Padrão EIA/TIA 598-A


1 Verde Azul
2 Amarelo Laranja
3 Branco Verde
4 Azul Marrom
5 Vermelho Cinza
6 Violeta Branco
7 Marrom Vermelho
8 Rosa Preto
9 Preto Amarelo
10 Cinza Violeta
11 Laranja Rosa
12 Aqua Aqua
24

Código de Cores das Unidades Básicas (Tubo Looses):

UB (Posição) Padrão ABNT Padrão EIA/TIA 598-A


1 Verde Azul
2 Amarelo Laranja
3 Branco Verde
4 Branco Marrom
5 Branco Cinza
6 Branco Branco
7 Branco Vermelho
8 Branco Preto
9 Branco Amarelo
10 Branco Violeta
11 Branco Rosa
12 Branco Aqua

OBS: Geralmente seguem se no Brasil o padrão ABNT.

3.3 - Revestimento do Cabo Óptico

Para que os cabos ópticos possam ser utilizados em ambientes aéreos, dutos,
subterrâneos, etc, os mesmos são revestidos de acordo com sua usabilidade. Esse
revestimento tem a função de proporcionar resistência mecânica à tração e proteção contra
umidade, chuva, calor, raios UV, roedores, etc.

Módulo I - Fibra Óptic


25

3.4 - Nomenclatura dos Cabos Ópticos

Abaixo estão listadas as nomenclaturas para os cabos ópticos de acordo com padrão
ABNT, divididos em cabos para ambientes externos e internos.

3.4.1 - Cabos Ópticos para Ambientes Externos

Rede aérea auto-suportada


26

Rede subterrânea em dutos ou aérea espinada e rede diretamente enterrada

Rede aérea auto-suportada


27

3.4.2 - Cabos Ópticos para Ambientes Internos

Rede interna

Rede interna e de terminação


28

Rede interna (Cordões ópticos)

Rede de acesso ao assinante


29

4 - CONECTORIZAÇÕES ÓPTICAS

Conectores ópticos são dispositivos que servem de interface entre a conexão da fibra
óptica de um cabo com os dispositivos ativos instalados em uma rede óptica. Também tem a
função de unir dois meios através do processo de emenda por conectorização.

Há vários tipos de conectores presente no mercado, o que diferencia é seu formato e


forma de fixação (encaixe), cada um voltado para uma aplicação. Para que haja união entre
dois conectores é necessário uso de adaptadores ópticos.

Existem diversos tipos de conectores disponíveis no mercado, cada um está voltado para
um tipo de aplicação. Os conectores mais utilizados são do tipo:

Basicamente os conectores são constituídos por:

Ferrolho – Serve para fazer o alinhamento de fibra, possuindo uma face polida, onde é
feita a terminação;
Capa – Protege a fibra óptica da penetração de luz pela parte traseira do conector;
Carcaça – Corpo de proteção do conector provida de uma capa plástica ou metálica
(dependendo do modelo do conector).

4.1 - Tipos de polimentos

O ferrolho é o componente central de todos os conectores, responsável por conduzir o


fino núcleo de fibra e fixá-lo dentro do conector. Ele é um tubo branco cilíndrico com medições
e ângulos precisos que tem o objetivo de proteger e manter alinhado a ponta da fibra para que
possam ser interligadas duas fibras pelo processo de conectorização, ou, permitindo interligar
uma fibra a um dispositivo óptico qualquer.

Já o polimento é a “ponta” do ferrolho, o formato ou ângulo que é dado ao ferrolho,


podendo ser: Flat, PC, SPC, UPC e APC.
A ponta do fio de fibra fixada no ferrolho precisa ser perfeitamente limpa, já que
qualquer sujeira pode prejudicar a passagem da luz, atenuando o sinal, por isso é importante
30

evitar contato físico com a ponta do conector, cuidar para que o mesmo permaneça com o
protetor plástico que o acompanha enquanto não estiver sem uso.

Os polimentos servem para reduzir a perda de inserção e a perda de retorno do sinal na


rede, cada um seguindo um padrão. O que diferenciam os polimentos além do seu ângulo ou
formato para melhorar o contato entre as conexões físicas é a redução da perda de reflexão
que varia de: -40 dB par PC, -55 dB para UPC e – 70 dB para APC.

4.1.1 - FLAT

Utilizado inicialmente, tendo sua superfície plana, por isso o nome FLAT.

Quando conectado formava-se lacunas de ar (air GAP) entre os conectores, devido a


imperfeições e o não perfeito contato entre os dois polimentos. A perda de retorno nesse tipo
de conector é em torno de -14dB. Atualmente não mais utilizado.

4.1.2 - Physical Contact (PC), Super Physical Contact (SPC) e Ultra Physical Contact (UPC)

Comumente usado o conector (PC) de utiliza polimento chamado de contato físico, onde
as duas superfícies se tocam quando conectadas. A superfície de contato é polida no formato
convexo permitindo contato entre superfícies, eliminando o “air gap”. A perda de retorno
nesse tipo de conector é em torno de -40dB, tendo sua aplicação em taxas até 1Gbps.
Atualmente é o mais utilizado.

Módulo I - Fibra Óptic


31

Com a evolução tecnológica foi sobre os conectores PC, foi desenvolvido o Super
Physical Contact (SPC). Suas superfícies são polidas com melhor acabamento permitindo um
contato mais preciso entre conectores. O objetivo foi reduzir a perda de retorno, ficando em
torno de -45dB.

Já o último modelo desenvolvido UPC mantém as mesmas características físicas dos


anteriores porém com sua superfície recebendo acabamento muito mais preciso com relação
ao modelo PC e SPC. Sua perda de retorno é ainda menor, ficando em torno de -55dB, tendo
sua aplicação em taxas até 2,5Gbps.

4.1.3 - Angled Physical Contact (APC)

Modelo mais recente tendo sua superfície com ângulo de 8º permite manter uma
conexão ainda mais firme e precisa entre dois polimentos. Objetivo é reduzir ainda mais a
perda de retorno, em torno de até -70dB. Atualmente utilizado em sistemas de TV e sistemas
telefônicos.

Módulo I - Fibra Óptic


32

4.2 - Padrões e Compatibilidades:

Por padrão alguns conectores e adaptadores possuem um cor para identificá-los:

 Conectores e adaptadores e tomadas com cor bege = fibra multimodo (MM)


com polimento PC;
 Conectores e adaptadores e tomadas com cor azul = fibra monomodo (SM) com
polimento PC, SPC ou UPC;
 Conectores e adaptadores e tomadas com cor verde = fibra monomodo (SM)
com polimento APC.
33

OBS: A cor do cabo amarela indica fibra monomodo, enquanto o cabo na cor laranja
indica fibra multimodo.

Módulo I - Fibra Óptic


34

5 - ELEMENTOS DE REDES ÓPTICAS

5.1 - Tipos de conectores

5.1.1 - Conector ST

ST (Straight Tip) é um conector mais antigo, muito popular para uso com fibras
multimodo. Ele foi o conector predominante durante a década de 1990, mas vem perdendo
espaço para o LC e outros conectores mais recentes. Ele é um conector estilo baioneta, que
lembra os conectores BNC usados em cabos coaxiais. Embora os ST sejam maiores que os
conectores LC, a diferença não é muito grande.

Características:

 Sistema de conectividade de fibra única, com ferrolho circular de 2,5mm;


 Contato físico por ferrolho de zircônia com polimento convexo e mecanismo
interno por mola axial;
 Polimento: tipo contato físico (PC);
 Perdas de retorno: > 40dB;
 Perda de inserção: 0,5 dB;
 Durabilidade: 1000 conexões;
 Mecanismo de travamento : baioneta com travamento anti-torção;
 Montagem por colagem e polimento;
 Versões : simplex (SX) e duplex (DX) / monomodo (SM) e multimodo (MM) e
0,9mm à 3mm/ apenas PC.

5.1.2 - Conector SC

SC, que foi um dos conectores mais populares até a virada do milênio. Ele é um conector
simples e eficiente, que usa um sistema simples de encaixe e oferece pouca perda de sinal. Ele
é bastante popular em redes Gigabit, tanto com cabos multimodo quanto monomodo, mas
35

vem perdendo espaço para o LC. Uma das desvantagens do SC é seu tamanho avantajado;
cada conector tem aproximadamente o tamanho de dois conectores RJ-45 colocados em fila
indiana, quase duas vezes maior que o LC.

Características:

 Sistema de conectividade de fibra única, com ferrolho circular de 2,5mm;


 Contato físico por ferrolho de zircônia com polimento convexo;
 Polimento: PC, SPC, UPC e APC;
 Perdas de retorno: > 40dB (PC), >45dB (SPC);
 Perda de inserção: 0,5 dB;
 Durabilidade: 1000 conexões;
 Mecanismo de travamento: alavanca push-pull;
 Resistente à tensão;
 Montagem por colagem e polimento;
 Versões : simplex (SX) e duplex (DX) / monomodo (SM) e multimodo (MM) e
0,9mm à 3mm.

5.1.3 - Conector MT-RJ

MT-RJ (Mechanical Transfer Registered Jack) um padrão novo, que utiliza um ferrolho
quadrado, com dois orifícios (em vez de apenas um) para combinar as duas fibras em um único
conector, pouco maior que um conector telefônico. Ele vem crescendo em popularidade,
substituindo os conectores SC e ST em cabos de fibra multimodo, mas ele não é muito
adequado para fibra monomodo.

Características:

 02 fibras em ferrolho retangular de 2,5mm x 4,5mm centrado por dois pinos


guias;
 Contato físico por fibras convexas projetadas em ferrolhos com mecanismo
interno de mola axial;
 O sistema de conexão requer um conector sem guia de pinos (fêmea) e um com
guia de pinos (macho);
 Polimento: tipo contato físico (PC);
 Perdas de retorno: > 40dB (PC), >45dB (SPC);
 Perda de inserção: 0,5 dB;
 Durabilidade: 1000 conexões;
 Mecanismo de travamento: alavanca push-pull;
 Resistente à tensão;
36

 Montagem por colagem e polimento em versões: monomodo (SM) e multimodo


(MM).

5.1.4 - Conector LC

LC (Lucent Connector) é um conector miniaturizado que, como o nome sugere, foi


originalmente desenvolvido pela Lucent. Ele vem crescendo bastante em popularidade,
sobretudo para uso em fibras monomodo.

Características:

 Sistema de conectividade de fibra única, com ferrolho circular de 1,25mm;


 Contato físico por ferrolho de zircônia com polimento convexo e mecanismo
interno de mola axial;
 Polimento: PC, SPC, UPC e APC;
 Perdas de retorno: > 40dB (PC), >45dB (SPC);
 Perda de inserção: 0,5 dB;
 Durabilidade: 1000 conexões;
 Mecanismo de travamento: alavanca push-pull;
 Resistente à tensão;
 Montagem por colagem e polimento;
 Versões : simplex (SX) e duplex (DX) / monomodo (SM) e multimodo (MM) e
0,9mm à 3mm.
37

5.1.5 - Conector FC

Características:

 Sistema de conectividade de fibra única, com ferrolho circular de 2,5mm;


 Contato físico por ferrolho de zircônia com polimento convexo e mecanismo
interno de mola axial;
 Polimento: PC (SPC, UPC) e APC;
 Perdas de retorno: > 40dB;
 Perda de inserção: 0,5 dB;
 Durabilidade: 1000 conexões;
 Mecanismo de travamento : rosca com travamento anti-torção;
 Resistente à tensão;
 Montagem por colagem e polimento;
 Versões : simplex (SX) e duplex (DX) / monomodo (SM) e multimodo (MM) e
0,9mm à 3mm.

Os conectores ópticos são compostos de um ferrolho, onde encontra-se a terminação da


fibra óptica. A face deste é polida de forma a atenuar os problemas relacionados com a
reflexão da luz. Além disso, como nas emendas, os conectores também contribuem para o
aumento da atenuação, que basicamente é de 2 tipos:

Atenuação ou perda de inserção - consiste na perda de potência luminosa que


ocorre na passagem da luz nas conexões. Existem vários fatores que contribuem
para esta perda, e as principais causas estão relacionadas a irregularidades no
alinhamento dos conectores e irregularidades intrínsecas às fibras ópticas. Na
prática, essa perda é a que contribui para a soma total da atenuação ou perda de
potência óptica de todo o lance de cabos;

Perda de retorno - conhecida também como reflectância ou perda de reflexão,


consiste na quantidade de potência óptica refletida na conexão, e a luz refletida
retorna até a fonte luminosa. A causa principal está na face dos ferrolhos dos
conectores, que refletem parte da luz que não entra no interior da fibra óptica do
conector do lado oposto. Esta perda não influi diretamente na atenuação total,
contudo o retorno da luz à fonte pode degradar o funcionamento da fonte
luminosa e assim prejudicar a comunicação.
38

5.1.6 - Perdas Típicas por Par de Conectores

Valores típicos encontrados em fornecedores no mercado:

Tipo Perda por Inserção Perda por Retorno


Conector Polimento Fibra Típica - Máxima Mínima
SC APC SM 0,15 - 0,30 >60
E2000 APC SM 0,15 - 0,30 >60
FC APC SM 0,15 - 0,30 >60
SC SPC SM 0,30 - 0,50 >40
SC UPC SM 0,15 - 0,30 >50
ST SPC SM 0,30 - 0,50 >40
ST UPC SM 0,15 - 0,30 >50
FC SPC SM 0,30 - 0,50 >40
FC UPC SM 0,15 - 0,30 >50
LC SPC SM 0,30 - 0,50 >40
LC UPC SM 0,15 - 0,30 >50
MT-RJ - SM 0,50 - 0,80 >40
SC SPC MM 0,30 - 0,50 >30
SC UPC MM 0,15 - 0,30 >30
ST SPC MM 0,30 - 0,50 >30
ST UPC MM 0,15 - 0,30 >30
FC SPC MM 0,30 - 0,50 >30
FC UPC MM 0,15 - 0,30 >30
LC SPC MM 0,30 - 0,50 >30
LC UPC MM 0,15 - 0,30 >30
MT-RJ - MM 0,50 - 0,80 >30

Módulo I - Fibra Óptic


39

5.2 - Adaptadores Ópticos

São componentes que tem a função de unir dois conectores, fazendo com que o sinal
óptico entre os conectores fique preciso, o adaptador varia conforme o conector e polimento
utilizado.

Os adaptadores também são utilizados em elementos da rede como equipamentos,


distribuidores internos ópticos, caixas de emenda, pontos de terminações ópticas, elementos
passivos de redes (PON) sendo responsáveis pela interligação do cabo óptico instalado nesses
elementos de rede. Os adaptadores seguem padrões de formato e cores que são específicos
para utilização de acordo com cada modelo de conector/polimento.

Abaixo alguns modelos:

MM SC/SC-PC Duplex. SM SC/SC-PC Simplex.

SM LC/PC Simplex. SM LC/LC –APC Simplex.

MM MT-RJ Duplex. MM ST/ST Simplex.


40

MM SC/ST Simplex. MM FC Simplex.

Acoplagem de conectores ópticos:

APC – APC - APC = OK

PC – PC - PC = OK

APC – PC - PC = Não OK

PC – APC - APC = Não OK

PC – APC – PC = OK (mas
fora do padrão)

APC – PC – APC = OK
(mas fora do padrão)
41

PC – PC – PC = Conexão
Multimodo OK

OBS: Conectorizações entre polimentos diferentes gera perda do sinal.

Uma boa conectorização em fibra óptica requer os seguintes cuidados:

 ambiente limpo;
 temperatura controlada;
 baixo nível de umidade;
 polimento uniforme (mecanizado).

O processo de conectorização envolve as seguintes etapas:

 decapagem da fibra óptica (com o comprimento do ferrolho);


 remoção do revestimento primário (acrilato) e limpeza com álcool isopropílico
(isento de água);
 insere-se a capa, os prendedores, a carcaça na fibra e coloca-se cola especial
dentro do ferrolho;
 insere-se a fibra dentro do ferrolho até que esta saia na extremidade oposta;
 aguarda-se 5 minutos;
 com estilete corta-se a fibra que está para fora do ferrolho;
 inicia-se o polimento da superfície do ferrolho com 4 ou 6 lixas especiais, da
mais grossa para a mais fina, desenhando-se um "8" com o ferrolho sobre a lixa
(2 passadas com cada lixa).
 existe no mercado cabos prontos de fibra óptica chamados de "pig tails".

Módulo I - Fibra Óptic


42

5.3 - Extensão Óptica

São cabos de fibra óptica conectorizados para uso interno, podendo ser fornecidos com
duas fibras (duplex) ou uma fibra (simplex / monofibra), tanto para fibras multimodo (MM)
como monomodo (SM). A extensão óptica recebe conector em apenas uma das extremidades
e é utilizada como opção para inserir conectorização ao cabeamento óptico.

Extensão óptica Multimodo LC Duplex.

OBS: Os cabos de cor laranja indicam que a fibra utilizada é a multimodo.

5.4 - Cordão Óptico

São cabos de fibra óptica pré-conectorizados em ambas as extremidades e testados em


laboratório. Podem ser fornecidos com duas fibras (duplex) ou uma fibra (monofibra /
simplex), tanto para fibras multimodo como monomodo. Os tamanhos do cordão podem
variar de 2 m a 20 m, dependendo da necessidade.
Estes cordões se destinam ao uso exclusivamente interno e sua aplicação mais comum é
a interligação de equipamentos ópticos com os acessórios de terminação dos cabos, tais como
os DIO’s (Distribuidor Interno Óptico) ou equipamentos ativos de rede.

OBS: Existem medições que especifica a espessura do cabo em: 0,9 mm, 2.0 mm e 3.0
mm.
43

Cordão óptico Multimodo LC/LC. Simplex

OBS: Os cabos de cor laranja indicam que a fibra utilizada é a multimodo.

Cordão óptico SC/SC-PC Simplex.

Cordão óptico SC/SC-PC Duplex.

OBS: Os cabos de cor azul indicam que a fibra utilizada é a monomodo. Padrão nacional
(Brasil), já o exterior utiliza capa cor amarela.
44

5.5 - Protetor de Emenda

Conhecido como tubete, composto com material termocontrátil, composto por


elemento de aço para sustentação mecânica. Elemento responsável por proteger a emenda
óptica quando realizada por fusão.

5.6 - Distribuidor Interno Óptico (DIO)

Dispositivo composto de uma ou mais bandejas responsáveis pela acomodação e


proteção das emendas de fibra óptica e pela transição entre o cabo óptico (backbone) e as
extensões ópticas que permitirão disponibilizar pontos para conexão dos ativos e elementos
da rede. Geralmente fica organizado em rack 19”.
45

5.7 - Caixa de Emenda Óptica

Desenvolvidas para abrigar e proteger as emendas para distribuição e derivação do


cabeamento óptico. Foram projetadas para atender os mais variados modelos de redes
ópticas, sendo aeras ou subterrâneas. Permitem ser instaladas em posições verticais e ou
horizontais.

5.8 - Bloqueio Interno Óptico (FOB – Fiber Optic Block)

Utilizado internamente na transição entre o cabo DROP externo e o cabo interno da


residência ou prédio, podendo também ser utilizado como terminação óptica disponibilizando,
através de um cordão óptico, sinal ao assinante.
46

5.9 - Ponto de Terminação Óptica (PTO)

Utilizado internamente na transição da rede interna entre a FOB ou diretamente do


cabo DROP externo. Tem a função de armazenar a terminação óptica disponibilizando sinal
através de um cordão óptico.
47

6 – FONTES ÓPTICAS (TX E RX)

Para que seja possível trafegar dados através do meio físico óptico são necessários
equipamentos ativos que sejam capazes de transmitir e receber os sinais. Esses sinais devem
ser sinais em forma de “luz” e não elétricos.

Para que seja possível emitir e receber sinais em forma de luz, é necessário utilizar
equipamentos responsáveis por essa conversão de sinais:

Elétricos em sinais ópticos – Chamados de transmissores ou TX;


Ópticos em sinais elétricos – Chamados de receptores ou RX.

Em sistemas de transmissão por fibra óptica utiliza-se como fonte de luz um diodo
LASER (Light Amplification by Estimulated Emission of Radiation) conhecido como ILD
(Injection Laser Diode) ou um diodo emissor de luz LED (Light Emitting Diode).

Tanto o LED quanto o LASER são fabricados para emitirem luz num determinado
comprimento de onda:

Fonte de Luz
LED LASER
Comprimento de onda: 850 ~ 1300 Comprimento de onda: 1310 ~ 1550
Fibra tipo: Multimodo Fibra tipo: Monomodo
Utilizado em distâncias curtas por Utilizado em distâncias longas por ter
ter baixa potência alta potência
Baixo custo Custo elevado
Baixo Elevado

OBS: Ambos semicondutores (LED e LASER) são modulados diretamente pela variação da
corrente de entrada, constituídos por arsenieto de gálio e alumínio (GaAIAs), fosfato de
arsenieto de gálio e alumínio (GaAIAsP) ou fosfato de arsenieto de gálio e índio (GaInAsP).
48

IMPORTANTE

O laser é prejudicial aos olhos humanos. Nunca devemos expor os olhos aos lasers. Os
equipamentos que emitem laser são indentificados pelo símbolo abaixo, indicando que o
usuário deve ter cuidado a remanejar o produto:
49

7 - DIMENSIONAMENTOS DO ENLACE ÓPTICO

7.1 - Orçamento de Potência (Power Budget)

O orçamento de potência é a diferença entre a potência do sinal transmitido (TX) e o


recebido (RX). Esse orçamento deve contabilizar as perdas produzidas pelos vários elementos
de rede (cabo óptico, conectores, emendas, etc).

Transmissor Receptor
(TX) X (RX)

Potência de saída Sensibilidade óptica

Conectores

X Emenda por fusão

Esse cálculo deve indicar se a potência de sinal emitido pelo TX é suficiente para que o
RX receba o sinal (sensibilidade óptica) contando com as perdas ocasionadas pelos elementos
de rede. O orçamento de potência tem por objetivo garantir que a rede projetada possa ser
concretizada de forma segura e eficiente.

Caso o orçamento de potência fique acima da sensibilidade óptica do RX a estrutura da


rede deve ser projetada novamente, analisando as fibras, distâncias, emenda, conectores, etc.

Cálculo:

OP = Orçamento de Potência;
PTX = Potência de saída do TX;
SRX = Sensibilidade óptica do RX.

Onde:

OP = PTX - SRX, porém para que o enlace funcione adequadamente o valor de OP deve
ser: OP > (Perdas do enlace + Margem de Segurança)

Exemplo:

OP = PTX - SRX = -14 - 33


OP = 19dBm

Módulo I - Fibra Óptic


50

Considerando os padrões TIA/EIA 568-B.1, segue abaixo informações para cálculo de


atenuação:

Perda do cabo óptico monomodo externo: 0,5 dB/Km


Perda por emenda (fusão e mecânica): 0,3 dB
Perda por pares de conectores: 0,75 dB

Transmissor Receptor
(TX) X X X (RX)

Potência de saída 10 Km Fibra Sensibilidade óptica


Monomodo

Conectores

X Emenda por fusão

Conforme o desenho acima, temos as seguintes quantidades:

Fusões: 3 = 0,9 dB de perda


Conectorização: 2 = 1 par = 0,75 dB
Cabo óptico = 10Km = 5 dB.

AtenLink = AtenCabo + AtenConector + Aten Emendas


AtenLink = 5 + 0,75 + 0,9
AtenLink = 6,65 dB

OrçamentoPotência > AtenLink + MargemSegurança


OrçamentoPotência > 6,65 + 0,9
OrçamentoPotência > 7,55 dB

MargemSegurança = OrçamentoPotência - AtenLink


MargemSegurança = 19dB – 6,65dB
MargemSegurança = 12,35dB

OBS: A MargemSegurança equivale a + - 13 fusões.

Módulo I - Fibra Óptic


51

8 - COMPONENTES DE MONTAGEM E MEDIÇÕES DE INFRAESTRUTURA

8.1 - Máquina de Fusão

Equipamento responsável por realizar emenda de fibra óptica através do processo de


fusão.

8.2 - Decapador

Ferramenta com a finalidade de descascar o cabo óptico, removendo seu revestimento


deixando a fibra “crua” para que seja possível realizar o processo de emenda.

8.3 - Roletador

Ferramenta utilizada para remover através de corte circular, longitudinal e espiral capas
externas de cabos ópticos.

8.4 - Clivador

Ferramenta composta por uma lâmina de diamante que tem a finalidade de cortar
(clivar) a fibra óptica com precisão para que seja possível realizar o processo de emenda.
52

8.5 - Cortador de Tubo Loose

Ferramenta o utilizada para remover através de corte circular tubo loose de cabos
ópticos.

8.6 - Tesoura para Corte de Aramida

Tesoura específica para corte de aramida (Kevlar) de cordões ópticos.

8.7 - Visual Fault Locator (VFL)

Equipamento utilizado para realizar teste de continuidade, inserindo uma fonte


luminosa (laser vermelho) em uma ponta do cabo e na outra extremidade observar a
luminosidade chegando.
53

8.8 - Power Meter

Instrumento utilizado para medir perda de inserção nas fibras ópticas. As medições são
realizadas nos comprimentos de onda: 850nm, 1300nm, 1310nm, 1490nm, 1550nm e 1625nm.

8.9 - OTDR- Optical Time Domain Reflectometer

É um instrumento de medição que detecta a luz refletida em emendas, conectores e


pontos de rompimento. Esse processo é realizado devido ao fenômeno de “Rayleigh
Scattering”.
54

9 - INSTALAÇÕES DE REDES ÓPTICAS

Para que a instalação seja bem sucedida é importante:

 Projeto com o traçado definido do cabeamento;


 Vistoriar a rota e os postes por onde serão lançados os cabos:
 Verificar o tipo do poste;
 Verificar dificuldades de lançamentos: árvores, vias públicas, vias, rios, etc.
 Verificar espaço nos postes para o lançamento dos cabos;
 Tomar cuidados especiais com as fibras, pois são mais frágeis que cabeamento
UTP e Coaxial;
 Segurança no trabalho:
 Cumprir NR-10 - Segurança em instalações e serviços em eletricidade;
 NR-6 – Equipamento de proteção individual (EPI).

9.1 - Ferragens e Acessórios para Poste

São elementos necessários para acomodar e fixar o cabeamento óptico nos postes. As
ferragens são divididas para:

 Cabos espinados;
 Cabos autosuportado.

9.1.1 - Cabos Autosuportado

Conjunto de ancoragem – utilizado no início e final do cabo, e ainda em pontos de


mudanças de trajeto (curva) dos postes. É a ancoragem que mantém o peso do cabo e oferece
a sustentação para que toda a extensão do cabo fique firme.
55

Olhal reto – utilizado para fixação do conjunto de ancoragem.

Grampo de suspensão (Conjunto dielétrico) - Utilizado para suspensão dos cabos em


postes para trechos de linha reta, garantindo a isolação da fibra e evitando que o peso do cabo
cause “barrigas” nos vãos dos postes.

Cinta BAP – utilizada na fixação de ferragens (kit de ancoragem, kit de suspensão e


caixas de emenda) em poste circular.

 BAP-1 Abraçadeira Ajustável para Poste (40cm);


 BAP-2 Abraçadeira Ajustável para Poste (80cm);
 BAP-3 Abraçadeira Ajustável para Poste (120cm);
 BAP-4 Abraçadeira Ajustável para Poste (100cm).
56

Reserva técnica – utilizada para organizar a reserva técnica do cabo óptico.

Cruzeta

Optiloop

OBS: Não existe um padrão, porém existem fabricantes que recomendam que a cada
emenda do cabo ou lançamento de 1000 m seja feita uma reserva técnica de 15m no poste.
Outro ponto de vista é que a reserva técnica é feita somente a cada emenda do cabo ou
cruzamentos.
57

9.1.2 - Cabo Espinado

Cordoalha – utilizada para sustentação de cabo óptico não AS (por isso o nome cabo
espinado). Também utilizada para sustentar caixas de emenda horizontais entre vãos de
postes.

OBS: Geralmente são bobinas de 3.000 metros.

Arame (Fio) de Espinar – utilizado para sustentar (prender) o cabo óptico junto a
cordoalha. Esse arame tem a função de sustentação.
58

Isolador Tipo Roldana (Para Cordoalha) - utilizado em postes, em conjunto com alças ou
laços pré-formados para ancorar a cordoalha.

Isolador Tipo Roldana Para Suspensão (de Cordoalha) – utilizado em postes, em


conjunto com alças ou laços pré-formados para suspender a cordoalha.

ou
59

Laço Pré-Formado – utilizada para fixar a cordoalha nos isoladores de passagem.

Alça Pré-Formada – utilizada para fixação do cabo (existem alça específica para cabo
óptico e cordoalha) travar movimento do cabo.

Derivação (T) Pré-Formada – utilizada para unir as cordoalhas em trechos que elas se
cruzam.
60

Emenda Pré-Formada - utilizada como reparo (emenda) de cordoalhas.

OBS: A Emenda não deve ser reaplicada após a instalação original.

Cinta BAP – utilizada na fixação de ferragens (kit de ancoragem, kit de suspensão e


caixas de emenda) em poste circular.

BAP-1 Abraçadeira Ajustável para Poste (40cm);


BAP-2 Abraçadeira Ajustável para Poste (80cm);
BAP-3 Abraçadeira Ajustável para Poste (120cm);
BAP-4 Abraçadeira Ajustável para Poste (100cm).
61

Cinta de Aço – utilizado para fixar no poste elementos de redes ou acessórios que não
exerçam muito peso, exemplo: caixas de emenda. O kit é composto pela cinta, fecho para cinta
de aço e pela máquina de cintar poste.
62

Máquina de Espinar – máquina utilizada para “espinar”. Tem a função de prender


(enrolar) o fio de espinar junto a cordoalha e cabos ópticos. Permite o espinamento de até
quatro cabos juntos em uma mesma cordoalha ou ainda, espinar um novo cabo sobre outros
que já estejam espinados.

Cabeamento.mp4

Dinamômetro – equipamento utilizado para medir a tensão exercida no momento do


lançamento do cabo óptico ou da cordoalha. O valor deve ser seguido de acordo com o
projeto.
63

Catraca ou Talha – ferramenta utilizada para tensionar ou elevar (puxa, esticar) a


cordoalha. Utilizado em conjunto com o dinamômetro permite controlar a tensão exercida no
momento em que a cordoalha estiver sendo esticada.

9.2 - Procedimento de Emenda Óptica

O processo de emendas em fibras ópticas envolve as seguintes etapas:

 Decapagem do cabo óptico;


 Para cabos loose, deve-se remove-los primeiro e executar a limpeza caso seja
cabo geleado;
 Decapar a fibra, removendo o revestimento secundário e primário (acrilato):
 Cuidado para não tocar com as mãos a fibra óptica já decapada.
 Efetuar a limpeza com álcool isopropílico (isento de água);
 Clivagem das superfícies a serem emendadas;
 Emenda da fibra pelo processo de fusão:
 Inserir o elemento de reforço (tubete) na fibra;
 Alinhamento e fusão da fibra no equipamento de fusão;
 Fusão do elemento de reforço (tubete) sobre a fibra;
 Fixação da emenda na bandeja para armazenar a emenda.

OBS: Existem 3 formas de unir fibra óptica: processo por fusão, processo por
conectorização e processo mecânico.
64

9.3 – Instalações de Redes Ópticas

9.4 - Dimensionamento das Ferragens

Exemplo:

- 30m de vão;

- Com 1Km em linha reta teremos +- 34 postes;

- Aconselha-se a cada 150m colocar uma ancoragem;

- Aproximadamente 5 ancoragens e 29 kit de suspensão.

Modelo com ancoragem e suspensão:


65

Observação:

- Primeiro e último poste, ancoragem simples;

- Postes intermediários ancoragem dupla;

- Restante utiliza-se suspensão.

Cruzamento:
66

Exemplo com elementos de rede:

Você também pode gostar