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Funções reais de variável real

Dados dois conjuntos A e B, uma função f : A → B é

1. injectiva se objectos diferentes têm imagens diferentes, isto é, se para quaisquer x e y de


A se tem
x 6= y ⇒ f (x) 6= f (y)
ou f (x) = f (y) ⇒ x = y

2. sobrejectiva se todo o elemento de B é imagem de algum elemento de A, ou seja, se o


contradomínio de f coincide com o conjunto de chegada.

3. bijectiva se é injectiva e sobrejectiva, isto é, se cada elemento de B é imagem de um e só


um elemento de A.

Exemplo A função f : R → R definida por f (x) = x2 não é injectiva pois, por exemplo f (1) =
f (−1).

y f(x)=x^2

\ [
y= x2
6

x
-9 -8 -7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5 6 7 8 9

-2

-4

-6

-8

Também não é sobrejectiva pois não existe nenhum objecto cuja imagem por f seja −1. O
contradomínio de f é o intervalo [0, +∞].

1
2 0.1. Composta de duas funções

Exemplo A função f : R → R definida por f (x) = 2x + 1, cujo gráfico é uma recta, é injectiva
e sobrejectiva, logo é bijectiva.

lixo

y f(x)=2x+1

y= 2x+1

\ [
6

x
-9 -8 -7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5 6 7 8 9

-2

-4

-6

-8

0.1 Composta de duas funções

Consideremos duas funções f : A → B e g : C → D. A composta de g com f designa-se por g ◦ f


(lê-se g após f ) e é definida do seguinte modo:

g◦f = g(f (x))


Dg◦f = {x ∈ Df : f (x) ∈ Dg }.

0.2 Inversa de uma função

Uma função f : A → B é invertível se existir uma outra função f −1 : B → A, chamada inversa


de f , tal que
f ◦ f −1 = x e f −1 ◦ f = x.

Note-se que se uma função for bijectiva, então ela é invertível. Exemplo Seja f : R → R definida
por f (x) = 2x + 1. A sua inversa é obtida assim:

y−1
y = 2x + 1 ⇔ y − 1 = 2x ⇔ =x
2
y−1
Logo, f −1 : R → R é definida por y → 2 ou x → x−1
2 .
3

f ◦ f −1 (x) = f (f −1 (x)) = f x−1 = 2 x−1



2 2 +1=x
f −1 ◦ f (x) = f −1 (f (x)) = f −1 (2x + 1) = (2x+1)−1
2 =x

O gráfico de f −1 pode obter-se a partir do gráfico de f , fazendo uma reflexão sobre a recta y = x.

I [  [y = x
10

f(x) = 2x+1

\ [
8

4
f -1(x)

2
I [ 

x
-9 -8 -7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

-2

-4

-6

-8

Nota: Não confundir f −1 (x) com 1


f (x) !

0.3 Limites

Suponhamos que f é uma função definida num intervalo real contendo o ponto a. Se à medida
que x se aproxima de a (x 6= a), o valor de f (x) se aproxima de L (L ∈ R), então diz-se que o
limite de f (x) quando x tende para a é L.

Escreve-se lim f (x) = L.


x→a

A definição rigorosa de limite é

Definição 0.1 Seja f uma função definida num intervalo de R que contém o ponto a. Então

lim f (x) = L sse, ∀>0 ∃δ>0 : 0 < |x − a| < δ ⇒ |f (x) − L| < 


x→a

Exemplo O lim 2x = 2 porque à medida que x se aproxima de 1, o valor de 2x se aproxima de


x→1
2:
|x − 1| < δ ⇒ |2x − 2| = |2(x − 1)| = 2|x − 1| < 2δ

Sendo assim, dado  > 0 qualquer, existe δ (metade de ) tal que

|x − 1| < δ ⇒ |2x − 2| < 


4 0.3. Limites

/
I [

[ D

14

12

10

\
y = 2x[
6

x
-6 -5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

-2

-4

Propriedades dos limites:

1. Se uma função f tem limite quando x → a, então esse limite é único.

2. O limite de uma função constante é igual à constante. Exemplo: se f (x) = 5, ∀x ∈ R,


então lim f (x) = lim 5 = 5.
x→a x→a

3. Se lim f (x) e lim g(x) existem, então:


x→a x→a

a) lim (f (x) + g(x)) = lim f (x) + lim g(x)


x→a x→a x→a
(O limite da soma é igual à soma dos limites, quando estes existem)

b) lim (f (x) × g(x)) = lim f (x) × lim g(x)


x→a x→a x→a
(O limite do produto é igual ao produto dos limites, quando estes existem)

c) lim (c × f (x)) = c lim f (x), sendo c uma constante.


x→a x→a

f (x) lim f (x)


d) Se lim g(x) 6= 0, então lim = x→a
x→a x→a g(x) lim g(x)
x→a

 x a
Exemplo lim x3 − 2x2 + = a3 − 2a2 + porque:
x→a 5 5
5

lim x3 = a3
x→a
lim (−2x2 ) = lim (−2) × lim x2 = −2a2
x→a x→a x→a
x lim x a
lim = x→a =
x→a 5 lim 5 5
x→a

Há também definições de limites envolvendo +∞ ou −∞ Por exemplo:

1. lim f (x) = +∞ se ∀M > 0 ∃δ > 0 : 0 < |x − a| < δ ⇒ f (x) > M


x→a

2. lim f (x) = −∞ se ∀M > 0 ∃δ > 0 : 0 < |x − a| < δ ⇒ f (x) < −M


x→a

Regra de Cauchy:

Sejam f e g duas funções diferenciáveis definidas no intervalo [a, b] e verificando:

1. g 0 (x) 6= 0, ∀x ∈ [a, b]

2. lim f (x) = lim g(x) = 0


x→a x→a
ou
lim f (x) = lim g(x) = ∞
x→a x→a

f 0 (x) f (x)
Nestas condições, se existe lim 0
, existe também o lim e têm ambos o mesmo valor:
x→a g (x) x→a g(x)

f (x) f 0 (x)
lim = lim 0
x→a g(x) x→a g (x)

0.4 Continuidade

Consideremos as funções:

f: R → R g: R → R
x 7→ x + 2 x 7→ x + 2, x 6= 2
2 7→ 1

Note-se que:

• lim f (x) = 4 e f (2) = 4. A função é contínua em x = 2.


x→2

• lim g(x) = 4 e g(2) = 1. A função é descontínua em x = 2.


x→2

Definição 0.2 Uma função f definida num ponto a diz-se contínua em a se existir lim f (x) e
x→a
se lim f (x) = f (a).
x→a
6 0.5. Derivadas. Regras de derivação

14

12

10 I [ f(x) [
= x+2

x
-8 -7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

-2

-4

14

12

10
J [
f(x) = x+2

x
-8 -7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

-2

-4

Definição 0.3 Uma função f definida é contínua se for contínua em todos os pontos do seu
domínio.

f √
Teorema 0.1 Sejam f e g funções contínuas. Então, f + g, f × g, g, fn e n
f são contínuas
em todos os pontos onde estejam definidas.

Teorema 0.2 (dos valores intermédios ou de Bolzano) Se f é uma função contínua em


[a, b] e se f (a) < f (b), então qualquer que seja k ∈ [f (a), f (b)] existe pelo menos um valor
c ∈ [a, b] tal que f (c) = k.

Corolário 0.1 Se f é uma função contínua em [a, b] e f (a) e f (b) têm sinais contrários, então
existe c ∈ [a, b] tal que f (c) = 0.

0.5 Derivadas. Regras de derivação

Seja f uma função contínua em a ∈ R. Fixado x ∈ R, o declive da recta que contém (a, f (a)) e
(x, f (x)) é
f (x) − f (a)
m= .
x−a
7

I E

I D

D F E

Teorema de Bolzano (interpretação geométrica).

I E

D F F F E

I D

Corolário do Teorema de Bolzano (interpretação geométrica).

I [

I [

x
D [ [ E

Definição 0.4 Se existe e é finito o valor do limite

f (x) − f (a)
lim ,
x→a x−a
8 0.5. Derivadas. Regras de derivação


df
diz-se que a função f é derivável em x = a e representa-se este limite por f 0 (a) ou .
dx x=a

Graficamente, f 0 (a) representa o declive da recta tangente ao gráfico da função em (a, f (a)).

Definição 0.5 A derivada de f à direita em x = a é

f (x) − f (a)
f+0 (a) lim .
x→a+ x−a

A derivada de f à esquerda em x = a é

f (x) − f (a)
f−0 (a) lim .
x→a− x−a

Conclui-se que uma função f é derivável em a sse as derivadas laterais existem e são iguais.

Teorema 0.3 Se uma função f for derivável em x = a, então é contínua em x = a.

Sendo assim, se uma função não for contínua em x = a, não é derivável nesse ponto.

Se f : A → R for uma função e B ⊆ A for o conjunto de pontos onde f é derivável, então a


função
f0 : B → R
x 7→ f 0 (x)
é a função derivada de f .

Regras de derivação:

1. Se f é uma função constante, então f 0 (x) = 0.

2. Se f (x) = xn , então f 0 (x) = nxn−1 .

3. Se f (x) = sin(x), então f 0 (x) = cos(x).

4. Se f (x) = cos(x), então f 0 (x) = − sin(x).

5. Se f (x) = tan(x), então f 0 (x) = 1


cos2 (x)
.

6. Se f (x) = ex , então f 0 (x) = ex .

7. Se f (x) = ln(x), então f 0 (x) = x1 .

8. Se f e g são duas funções deriváveis, então:

a) (f + g)0 (x) = f 0 (x) + g 0 (x)


b) (cf )0 (x) = cf 0 (x), onde c ∈ R
c) (f × g)0 (x) = f 0 (x) × g(x) + f (x) × g 0 (x)
9

 0
f f 0 (x) × g(x) − g 0 (x) × f (x)
d) (x) =
g (g(x))2

Derivadas de ordem superior à primeira

A segunda derivada de f em x = a é:

f 0 (x) − f 0 (a)
f 00 (a) = (f 0 )0 (a) = lim .
x→a x−a

A função segunda derivada de f é a função derivada da primeira derivada de f . De modo análogo,


se define as derivadas de ordem superior a dois.

0.6 Intervalos de monotonia

Teorema 0.4 Seja f uma função contínua em [a, b] e diferenciável em ]a, b[. Se

1. f 0 (x) > 0, ∀x ∈]a, b[, então f é estritamente crescente em ]a, b[


(ou seja, x > y ⇒ f (x) > f (y), ∀x, y ∈]a, b[);

2. f 0 (x) ≥ 0, ∀x ∈]a, b[, então f é crescente em ]a, b[


(ou seja, x > y ⇒ f (x) ≥ f (y), ∀x, y ∈]a, b[);

3. f 0 (x) = 0, ∀x ∈]a, b[, então f é constante em ]a, b[;

4. f 0 (x) < 0, ∀x ∈]a, b[, então f é estritamente decrescente em ]a, b[


(ou seja, x > y ⇒ f (x) < f (y), ∀x, y ∈]a, b[);

5. f 0 (x) ≤ 0, ∀x ∈]a, b[, então f é decrescente em ]a, b[


(ou seja, x > y ⇒ f (x) ≤ f (y), ∀x, y ∈]a, b[).

Os intervalos de monotonia de uma função são os maiores intervalos em que essa função é
monótona (crescente ou decrescente).

0.7 Máximos e mínimos

Definição 0.6 Diz-se que f (x0 ) é

1. um máximo absoluto se f (x) ≤ f (x0 ), ∀x ∈ Df ;

2. um mínimo absoluto se f (x) ≥ f (x0 ), ∀x ∈ Df ;

3. um máximo relativo ou máximo local se f (x) ≤ f (x0 ), ∀x ∈]x0 − c, x0 + c[ (isto é, numa


vizinhança de x − 0);
10 0.7. Máximos e mínimos

4. um mínimo relativo ou mínimo local se f (x) ≥ f (x0 ), ∀x ∈]x0 − c, x0 + c[ (isto é, numa


vizinhança de x − 0).

Exemplo Seja f : [a, b] → R

I [ pPi[LPRORFDO
I [ pPi[LPRDEVROXWR

I [

I [
D E x
[ [

Teorema 0.5 Se f é derivável em x0 e f (x0 ) é máximo ou mínimo relativo, então f 0 (x0 ) = 0.

O recíproco deste teorema é falso. De facto, se f (x) = x3 e x0 = 0, então f 0 (0) = 0, mas f (0)
não é máximo nem mínimo relativo.

Os pontos x0 onde f (x0 ) pode ser máximo ou mínimo local encontram-se entre

• os pontos onde f 0 se anula ou

• os pontos onde não existe derivada ou

• as extremidades a e b do domínio de f , sendo f : [a, b] → R.

Através do estudo da primeira e segunda derivadas de uma função, podemos encontrar os máxi-
mos e mínimos relativos:

• se, à esquerda de x0 , f 0 (x) > 0 e, à direita de x0 , f 0 (x) < 0, então f (x0 ) é um máximo
relativo;

• se, à esquerda de x0 , f 0 (x) < 0 e, à direita de x0 , f 0 (x) > 0, então f (x0 ) é um mínimo
relativo;

• se f 00 (x0 ) < 0 então f (x0 ) é um máximo relativo (por exemplo, f (x) = −x2 e x0 = 0);

• se f 00 (x0 ) > 0 então f (x0 ) é um mínimo relativo (por exemplo, f (x) = x2 e x0 = 0);
11

6 \  [
&RQFDYLGDGH
4 YROWDGDSDUD
EDL[R
2

x
-6 -4 -2 2 4 6

-2

-4

-6

-8

-10

y f(x)=x^2

14

12

10

8
\ [
6 &RQFDYLGDGH
y = x2
YROWDGDSDUD
Concavidade voltada para cima
4 FLPD
2

x
-8 -6 -4 -2 2 4 6 8

-2

0.8 Concavidades e Pontos de Inflexão

Teorema 0.6 Seja f uma função real de variável real com segunda derivada:

• se f 00 (x) > 0, ∀x ∈]a, b[, então a função f tem a concavidade voltada para cima em [a, b];

• se f 00 (x) < 0, ∀x ∈]a, b[, então a função f tem a concavidade voltada para baixo em [a, b].

Definição 0.7 O ponto (x0 , f (x0 )) é um ponto de inflexão se f é contínua em x0 e a concavidade


muda de sentido nesse ponto.

Teorema 0.7 Se f 00 = 0 e o sinal da segunda derivada muda ao passar da esquerda para a


12 0.9. Assimptotas

direita em x0 , então o ponto (x0 , f (x0 )) é um ponto de inflexão.

0.9 Assimptotas

U
r
6
\ I [
0
y = f(x)

Seja M um ponto do gráfico de f e s a distancia de M à recta r. Então, lim S = 0 e r diz-se


a→+∞
uma assimptota ao gráfico de f .

Assimptotas Verticais

A recta x = a é uma assimptota vertical se lim f (x) = ±∞ ou lim f (x) = ±∞.


x→a+ x→a−

Assimptotas Horizontais

A recta y = b é uma assimptota horizontal se lim f (x) = b.


x→±∞

Assimptotas Oblíquas
f (x)
A assimptotas oblíquas são da forma y = mx + b, onde lim e b = lim (f (x) − mx).
x→±∞ x x→±∞
13

0.10 Exercícios práticos

1. Estude a continuidade das funções:


2

 1−x
⇐= x 6= 1
a) f (x) = x−1
−2 ⇐= x = 1


 4 − x se x < 3

b) g(x) = 5 se x = 3

x − 2 se x > 3

x3 − 8

 √ ⇐= x > 2
c) h(x) = 3 − 2x + 5
|x − 8| ⇐= x ≤ 2

2. Dadas as funções f e g reais de variável real, tais que:

x2

1

 ⇐= x 6= 1 
⇐= x 6= 1
f (x) = 1−x g(x) = x−1
 1 ⇐= x = 1 
1 ⇐= x = 1

a) prove que f e g são funções descontínuas para x = 1;


b) prove que f + g é uma função contínua nesse ponto.

3. Sejam f (x) = |x − 4| e g(x) = −x + 1 duas funções definidas em R.

a) Prove que f e g são funções contínuas em R.


f √
b) Que pode dizer-se da continuidade das funções f + g, f × g, e f?
g

4. (exame) Calcule k de modo que a seguinte função seja contínua:



 e2x + k se x ≤ 0
f (x) = sin x
 se x > 0
x

(S: K = 0)
(
2 (x − 2) se x < 1
5. Sendo f (x) =
Kx se x ≥ 1

a) Determine K de modo que f seja contínua em x = 1. (S: K = −2)


b) Justifique que f é contínua em ]−∞, −1[ .
c) Mostre que f não é injectiva, supondo K obtido na alínea a.
d) Indique uma restrição de f que seja injectiva.

6. Calcule os seguintes limites:


14 0.10. Exercícios práticos

a) lim (x2 − 5x + 6) (= 0)
x→2
b) lim (3x2 + x + 1) (= +∞)
x→+∞
c) lim (x3 + x2 + 1) (= +∞)
x→−∞
(x + 1)2 − 1
d) lim (= 2)
x→0 x

x− 5 √
e) lim√ 2
(= 1/2 5)
x→ 5 x − 5
1
f) lim 2 (= +∞)
x→2 x − 4
+

1
g) lim 2 (= −∞)
x→2 x − 4

√ √
1−x− 1+x
h) lim (= −1)
x→0 x
√ √ 
i) lim 1+x− x (= 0)
x→+∞
√ 
j) lim x2 + x + x (= −∞)
x→−∞
|x − 1|
k) lim (= 1)
x→1+x−1
|x − 1|
l) lim (= −1)
x→1 x − 1

7. Usando a regra de Cauchy, calcule os seguintes limites:


x5 − 1
a) lim (= 5)
x→1 x − 1
x − tgx
b) lim (= −2)
x→0 x − senx
 
x+2
ln
x
c) lim   (= −1)
x→+∞ x−2
ln
x
π  1
sin + ∇x − √
d) lim 6 2 (= 3/2)
∇x→0 ∇x
1
ex
e) lim (= +∞)
x→0+ cot gx
x + cos x
f) lim (= 1/3)
x→+∞ 3x
1
g) lim x sin (= 1)
x→+∞ x

h) lim e−x x (= 0)
x→+∞
 
1 3
i) lim − 2 (= ∞)
x→0 sin x x
3 x
 
j) lim 1+ (= e3 )
x→+∞ x
k) lim (sin x)x (= 1)
x→0+
15

 
1 1
l) lim − (= 1/2)
x→1+ ln x x − 1
m) lim xsin x (= 1)
x→0+
1
n) lim (x + 1) ln x (= e)
x→+∞
1
o) lim |cos x| x−π (= 1)
x→π
2x ln x
p) lim (= 0)
x→+∞ ex
4x − 3x
q) lim (= ln (4/3))
x→0 x
1
r) lim (cos 3x) x2 (= e−9/2 )
x→0
 
1 x+1
s) lim − (= ∞)
x→1 ln x x−1
1
e− x
t) lim (= 0)
x→0+ x
u) lim (1 − cos x)sin x (= 1)
x→0

8. Calcule y 0 , sendo:
√ 1
a) y = x3 + √ + x5
4

x
5 √
b) y = x x

x
c) y =
x
1
d) y = x2 − 3x 2
1
e) y =
(x + 1)2

f) y = ln ( cos x)
2
g) y = e3−x .3x
h) y = sin (cos (2x))
i) y = cos−2 (3x)
j) y = tg e3x


k) y = (sin x)cos x
1
l) y = x x

m) y = arcsin x
r
1+x
n) y =
1−x
sin x
o) y =
1 + cos x
 √ 
p) y = ln x + 1 + x2

9. Determine o ponto de intersecção da recta tangente ao gráfico da função f (x) = −x2 + 3x


no ponto x = 20, com o eixo das abcissas.
16 0.10. Exercícios práticos

10. Encontre o valor da derivada (se existir) de cada função no ponto indicado:

1
a) f (x) = √ , no ponto x = 9;
x
(
1 − x ⇐= x ≤ 0
b) f (x) = , no ponto x = 0.
e−x ⇐= x > 0
(
ex ⇐= x ≤ 0
c) f (x) = , no ponto x = 0.
− sin x ⇐= x > 0
(
ex−1 ⇐= x ≤ 1
d) f (x) = , no ponto x = 1
1 + ln x ⇐= x > 1

x
 xe
 se x > 1
e) f (x) = 16 se x = 1 , no ponto x = 1
 1
xe se x < 1
 x

 2

 x ln x se x > e
 2
f) f (x) = e se x = e , no ponto x = e
2
 x


se x < e
ln x
11. Mostre que a função f (x) = |x − 3| não admite derivada em x = 3.

12. Seja y = 1000 − x2 − 1 . Defina y 0 .


13. Faça o estudo e esboce o gráfico de cada uma das seguintes funções reais de variável
real, tendo em atenção o domínio, zeros, possíveis pontos de descontinuidade, assimptotas,
máximos e mínimos relativos, monotonia e sentido de concavidade:
2x − x2
a) f (x) =
x−1
2 + sin x
b) f (x) =
cos x
2
x +x+1
c) f (x) =
(x + 1)2
d) f (x) = x − sin x
2
e) f (x) = e−4x
x+1
f) f (x) = e x−1
1−x
g) f (x) = 1 + ln
1+x
h) f (x) = ln |x + 1|
i) f (x) = x ln |x|
x2 − |x|
j) f (x) =
x+1

3−x
k) f (x) = ln √
3+x
x
14. (exame) Considere a função real de variável real f (x) = .
ln x
17

a) Determine o domínio de f.
b) Indique os intervalos de crescimento e decrescimento da função, e os extremos relativos,
caso existam.
2 − ln x
c) Sabendo que f 00 (x) = , determine os intervalos de concavidade.
x (ln x)3
d) Verifique se a função tem assimptotas.
e) Esboce o gráfico de f.

15. Estude a seguinte função quanto à monotonia:



1
 1 − 3x se x ≤

f (x) = 3
x 1

 se x >
1−x 3

16. Considere a seguinte função:

f : R\ {1} −→ R
1
x 7−→
(1 − x)2

a) Estude a função quanto às assimptotas.


b) Indique os intervalos de monotonia da função.
c) A função tem pontos de inflexão? Justifique.
d) Esboce o gráfico da função.

17. (exame) Considere a função f : R+


0 → R definida por f (x) = e
−x + x.

a) Determine, caso existam, os zeros da função e a sua intersecção com o eixo dos yy.
b) Determine as assímptotas do gráfico de f.
c) Indique, caso existam, os extremos relativos de f e os intervalos de monotonia da
função.
d) Calcule a segunda derivada de f e determine os intervalos de concavidade.
e) Esboce o gráfico da função e indique o seu contradomínio.

18. (exame) Dada a função real de variável real

ex
f (x) =
x2 − 2x + 1

proceda ao seu estudo, incluindo:

a) domínio de f.
b) intervalos de crescimento e decrescimento, máximos e mínimos relativos.
c) assímptotas.
18 0.10. Exercícios práticos

19. (exame) Considere a função f real de variável real, definida por

ex−1
f (x) =
x+1

a) Indique o seu domínio.


b) Calcule f (1).
c) Determine a equação da recta tangente ao gráfico de f no ponto de abcissa x = 1.
d) Indique, justificando, um ponto do gráfico de f onde a função tem um extremo local.

20. (exame) Considere a seguinte função:

f R −→ R
x 7−→ ex − x

a) Estude a função quanto às assimptotas.


b) Determine a expressão da primeira derivada e estude a monotonia da função f .
c) f tem pontos de inflexão? Justifique.
d) Esboce o gráfico da função.

x + ln x
21. (exame) Seja f (x) = uma função real.
x
a) Determine o domínio da função.
b) Estude a função quanto a:assimptotas, monotonia e extremos relativos concavidade e
pontos de inflexão.
c) Esboce o gráfico da função dada.

22. Seja f (x) = (x + 1)ex uma função real.

a) Estude a função quanto às assimptotas.


b) Determine os extremos relativos da função f assim como os pontos de inflexão.
c) Represente graficamente a função.

x2
23. (exame) Considere a função real de variável real f (x) = .
ex
a) Determine o domínio de f.
b) Calcule os zeros de f.
c) Indique os intervalos de crescimento e decrescimento, e os extremos relativos, caso
existam.
d) Determine os intervalos de concavidade e convexidade.
e) Verifique se a função tem assimptotas.
f) Esboce o gráfico de f.
19

x − ln x
24. (exame) Considere a função real de variável real f (x) = .
x
a) Determine o domínio de f.
b) Calcule os zeros de f.
c) Indique os intervalos de crescimento e decrescimento, e os extremos relativos, caso
existam.
d) Determine os intervalos de concavidade e convexidade.
e) Verifique se a função tem assimptotas.
f) Esboce o gráfico de f e indique o contradomínio.

25. Para os casos a seguir indicados, determine o nível de produção para o qual o lucro da
empresa é maximizado, dadas as funções receita total RT e custo total CT . Considere
apenas Q > 0 e verifique as condições da segunda ordem para cada exercício.

a) RT = 600Q − 5Q2 , CT = 320 + 20Q.


b) RT = 1300Q − 4Q2 , CT = 2000 + 100Q.
c) RT = 2500Q − 12, 5Q2 , CT = Q3 − 5Q2 + 250Q + 500.
d) RT = 1400Q − 2Q2 , CT = Q3 − 2Q2 + 200Q + 1000.

26. Após t horas, a concentração em miligramas por cm3 de um remédio A no sangue de uma
pessoa é dada por:
0, 18t
C(t) = 2
t + 3t + 25
Determine o período t no qual a concentração é mais intensa.

27. O custo de transporte em camião numa estrada livre, independente dos custos de trabalho,
v

é de 0, 13 + 500 euros por quilómetro, onde v é a velocidade constante do camião em
Km/h. O salário do condutor do camião é de 9,80 euros por hora.

a) Determine uma expressão que relacione os custos do salário do condutor com a velo-
cidade do camião (nota: velocidade=(distância percorrida)/(tempo).
b) Qual será a velocidade que o camião deve manter numa estrada de 600 quilómetros
por forma que os custos totais (não laborais e de trabalho) sejam minimizados.

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