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Exemplo A função f : R → R definida por f (x) = x2 não é injectiva pois, por exemplo f (1) =
f (−1).
y f(x)=x^2
\ [
y= x2
6
x
-9 -8 -7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5 6 7 8 9
-2
-4
-6
-8
Também não é sobrejectiva pois não existe nenhum objecto cuja imagem por f seja −1. O
contradomínio de f é o intervalo [0, +∞].
1
2 0.1. Composta de duas funções
Exemplo A função f : R → R definida por f (x) = 2x + 1, cujo gráfico é uma recta, é injectiva
e sobrejectiva, logo é bijectiva.
lixo
y f(x)=2x+1
y= 2x+1
\ [
6
x
-9 -8 -7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5 6 7 8 9
-2
-4
-6
-8
Note-se que se uma função for bijectiva, então ela é invertível. Exemplo Seja f : R → R definida
por f (x) = 2x + 1. A sua inversa é obtida assim:
y−1
y = 2x + 1 ⇔ y − 1 = 2x ⇔ =x
2
y−1
Logo, f −1 : R → R é definida por y → 2 ou x → x−1
2 .
3
O gráfico de f −1 pode obter-se a partir do gráfico de f , fazendo uma reflexão sobre a recta y = x.
I[ [y = x
10
f(x) = 2x+1
\ [
8
4
f -1(x)
2
I[
x
-9 -8 -7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
-2
-4
-6
-8
0.3 Limites
Suponhamos que f é uma função definida num intervalo real contendo o ponto a. Se à medida
que x se aproxima de a (x 6= a), o valor de f (x) se aproxima de L (L ∈ R), então diz-se que o
limite de f (x) quando x tende para a é L.
Definição 0.1 Seja f uma função definida num intervalo de R que contém o ponto a. Então
/
I[
[ D
14
12
10
\
y = 2x[
6
x
-6 -5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
-2
-4
x a
Exemplo lim x3 − 2x2 + = a3 − 2a2 + porque:
x→a 5 5
5
lim x3 = a3
x→a
lim (−2x2 ) = lim (−2) × lim x2 = −2a2
x→a x→a x→a
x lim x a
lim = x→a =
x→a 5 lim 5 5
x→a
Regra de Cauchy:
1. g 0 (x) 6= 0, ∀x ∈ [a, b]
f 0 (x) f (x)
Nestas condições, se existe lim 0
, existe também o lim e têm ambos o mesmo valor:
x→a g (x) x→a g(x)
f (x) f 0 (x)
lim = lim 0
x→a g(x) x→a g (x)
0.4 Continuidade
Consideremos as funções:
f: R → R g: R → R
x 7→ x + 2 x 7→ x + 2, x 6= 2
2 7→ 1
Note-se que:
Definição 0.2 Uma função f definida num ponto a diz-se contínua em a se existir lim f (x) e
x→a
se lim f (x) = f (a).
x→a
6 0.5. Derivadas. Regras de derivação
14
12
10 I[f(x) [
= x+2
x
-8 -7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
-2
-4
14
12
10
J[
f(x) = x+2
x
-8 -7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
-2
-4
Definição 0.3 Uma função f definida é contínua se for contínua em todos os pontos do seu
domínio.
f √
Teorema 0.1 Sejam f e g funções contínuas. Então, f + g, f × g, g, fn e n
f são contínuas
em todos os pontos onde estejam definidas.
Corolário 0.1 Se f é uma função contínua em [a, b] e f (a) e f (b) têm sinais contrários, então
existe c ∈ [a, b] tal que f (c) = 0.
Seja f uma função contínua em a ∈ R. Fixado x ∈ R, o declive da recta que contém (a, f (a)) e
(x, f (x)) é
f (x) − f (a)
m= .
x−a
7
IE
ID
D F E
IE
D F F F E
ID
I[
I[
x
D [ [ E
f (x) − f (a)
lim ,
x→a x−a
8 0.5. Derivadas. Regras de derivação
df
diz-se que a função f é derivável em x = a e representa-se este limite por f 0 (a) ou .
dx x=a
Graficamente, f 0 (a) representa o declive da recta tangente ao gráfico da função em (a, f (a)).
f (x) − f (a)
f+0 (a) lim .
x→a+ x−a
A derivada de f à esquerda em x = a é
f (x) − f (a)
f−0 (a) lim .
x→a− x−a
Conclui-se que uma função f é derivável em a sse as derivadas laterais existem e são iguais.
Sendo assim, se uma função não for contínua em x = a, não é derivável nesse ponto.
Regras de derivação:
0
f f 0 (x) × g(x) − g 0 (x) × f (x)
d) (x) =
g (g(x))2
A segunda derivada de f em x = a é:
f 0 (x) − f 0 (a)
f 00 (a) = (f 0 )0 (a) = lim .
x→a x−a
Teorema 0.4 Seja f uma função contínua em [a, b] e diferenciável em ]a, b[. Se
Os intervalos de monotonia de uma função são os maiores intervalos em que essa função é
monótona (crescente ou decrescente).
I[pPi[LPRORFDO
I[pPi[LPRDEVROXWR
I[
I[
D E x
[ [
O recíproco deste teorema é falso. De facto, se f (x) = x3 e x0 = 0, então f 0 (0) = 0, mas f (0)
não é máximo nem mínimo relativo.
Os pontos x0 onde f (x0 ) pode ser máximo ou mínimo local encontram-se entre
Através do estudo da primeira e segunda derivadas de uma função, podemos encontrar os máxi-
mos e mínimos relativos:
• se, à esquerda de x0 , f 0 (x) > 0 e, à direita de x0 , f 0 (x) < 0, então f (x0 ) é um máximo
relativo;
• se, à esquerda de x0 , f 0 (x) < 0 e, à direita de x0 , f 0 (x) > 0, então f (x0 ) é um mínimo
relativo;
• se f 00 (x0 ) < 0 então f (x0 ) é um máximo relativo (por exemplo, f (x) = −x2 e x0 = 0);
• se f 00 (x0 ) > 0 então f (x0 ) é um mínimo relativo (por exemplo, f (x) = x2 e x0 = 0);
11
6 \ [
&RQFDYLGDGH
4 YROWDGDSDUD
EDL[R
2
x
-6 -4 -2 2 4 6
-2
-4
-6
-8
-10
y f(x)=x^2
14
12
10
8
\ [
6 &RQFDYLGDGH
y = x2
YROWDGDSDUD
Concavidade voltada para cima
4 FLPD
2
x
-8 -6 -4 -2 2 4 6 8
-2
Teorema 0.6 Seja f uma função real de variável real com segunda derivada:
• se f 00 (x) > 0, ∀x ∈]a, b[, então a função f tem a concavidade voltada para cima em [a, b];
• se f 00 (x) < 0, ∀x ∈]a, b[, então a função f tem a concavidade voltada para baixo em [a, b].
0.9 Assimptotas
U
r
6
\ I[
0
y = f(x)
Assimptotas Verticais
Assimptotas Horizontais
Assimptotas Oblíquas
f (x)
A assimptotas oblíquas são da forma y = mx + b, onde lim e b = lim (f (x) − mx).
x→±∞ x x→±∞
13
x3 − 8
√ ⇐= x > 2
c) h(x) = 3 − 2x + 5
|x − 8| ⇐= x ≤ 2
x2
1
⇐= x 6= 1
⇐= x 6= 1
f (x) = 1−x g(x) = x−1
1 ⇐= x = 1
1 ⇐= x = 1
(S: K = 0)
(
2 (x − 2) se x < 1
5. Sendo f (x) =
Kx se x ≥ 1
a) lim (x2 − 5x + 6) (= 0)
x→2
b) lim (3x2 + x + 1) (= +∞)
x→+∞
c) lim (x3 + x2 + 1) (= +∞)
x→−∞
(x + 1)2 − 1
d) lim (= 2)
x→0 x
√
x− 5 √
e) lim√ 2
(= 1/2 5)
x→ 5 x − 5
1
f) lim 2 (= +∞)
x→2 x − 4
+
1
g) lim 2 (= −∞)
x→2 x − 4
−
√ √
1−x− 1+x
h) lim (= −1)
x→0 x
√ √
i) lim 1+x− x (= 0)
x→+∞
√
j) lim x2 + x + x (= −∞)
x→−∞
|x − 1|
k) lim (= 1)
x→1+x−1
|x − 1|
l) lim (= −1)
x→1 x − 1
−
1 1
l) lim − (= 1/2)
x→1+ ln x x − 1
m) lim xsin x (= 1)
x→0+
1
n) lim (x + 1) ln x (= e)
x→+∞
1
o) lim |cos x| x−π (= 1)
x→π
2x ln x
p) lim (= 0)
x→+∞ ex
4x − 3x
q) lim (= ln (4/3))
x→0 x
1
r) lim (cos 3x) x2 (= e−9/2 )
x→0
1 x+1
s) lim − (= ∞)
x→1 ln x x−1
1
e− x
t) lim (= 0)
x→0+ x
u) lim (1 − cos x)sin x (= 1)
x→0
8. Calcule y 0 , sendo:
√ 1
a) y = x3 + √ + x5
4
x
5 √
b) y = x x
√
x
c) y =
x
1
d) y = x2 − 3x 2
1
e) y =
(x + 1)2
√
f) y = ln ( cos x)
2
g) y = e3−x .3x
h) y = sin (cos (2x))
i) y = cos−2 (3x)
j) y = tg e3x
k) y = (sin x)cos x
1
l) y = x x
√
m) y = arcsin x
r
1+x
n) y =
1−x
sin x
o) y =
1 + cos x
√
p) y = ln x + 1 + x2
10. Encontre o valor da derivada (se existir) de cada função no ponto indicado:
1
a) f (x) = √ , no ponto x = 9;
x
(
1 − x ⇐= x ≤ 0
b) f (x) = , no ponto x = 0.
e−x ⇐= x > 0
(
ex ⇐= x ≤ 0
c) f (x) = , no ponto x = 0.
− sin x ⇐= x > 0
(
ex−1 ⇐= x ≤ 1
d) f (x) = , no ponto x = 1
1 + ln x ⇐= x > 1
x
xe
se x > 1
e) f (x) = 16 se x = 1 , no ponto x = 1
1
xe se x < 1
x
2
x ln x se x > e
2
f) f (x) = e se x = e , no ponto x = e
2
x
se x < e
ln x
11. Mostre que a função f (x) = |x − 3| não admite derivada em x = 3.
13. Faça o estudo e esboce o gráfico de cada uma das seguintes funções reais de variável
real, tendo em atenção o domínio, zeros, possíveis pontos de descontinuidade, assimptotas,
máximos e mínimos relativos, monotonia e sentido de concavidade:
2x − x2
a) f (x) =
x−1
2 + sin x
b) f (x) =
cos x
2
x +x+1
c) f (x) =
(x + 1)2
d) f (x) = x − sin x
2
e) f (x) = e−4x
x+1
f) f (x) = e x−1
1−x
g) f (x) = 1 + ln
1+x
h) f (x) = ln |x + 1|
i) f (x) = x ln |x|
x2 − |x|
j) f (x) =
x+1
√
3−x
k) f (x) = ln √
3+x
x
14. (exame) Considere a função real de variável real f (x) = .
ln x
17
a) Determine o domínio de f.
b) Indique os intervalos de crescimento e decrescimento da função, e os extremos relativos,
caso existam.
2 − ln x
c) Sabendo que f 00 (x) = , determine os intervalos de concavidade.
x (ln x)3
d) Verifique se a função tem assimptotas.
e) Esboce o gráfico de f.
√
1
1 − 3x se x ≤
f (x) = 3
x 1
se x >
1−x 3
f : R\ {1} −→ R
1
x 7−→
(1 − x)2
a) Determine, caso existam, os zeros da função e a sua intersecção com o eixo dos yy.
b) Determine as assímptotas do gráfico de f.
c) Indique, caso existam, os extremos relativos de f e os intervalos de monotonia da
função.
d) Calcule a segunda derivada de f e determine os intervalos de concavidade.
e) Esboce o gráfico da função e indique o seu contradomínio.
ex
f (x) =
x2 − 2x + 1
a) domínio de f.
b) intervalos de crescimento e decrescimento, máximos e mínimos relativos.
c) assímptotas.
18 0.10. Exercícios práticos
ex−1
f (x) =
x+1
f R −→ R
x 7−→ ex − x
x + ln x
21. (exame) Seja f (x) = uma função real.
x
a) Determine o domínio da função.
b) Estude a função quanto a:assimptotas, monotonia e extremos relativos concavidade e
pontos de inflexão.
c) Esboce o gráfico da função dada.
x2
23. (exame) Considere a função real de variável real f (x) = .
ex
a) Determine o domínio de f.
b) Calcule os zeros de f.
c) Indique os intervalos de crescimento e decrescimento, e os extremos relativos, caso
existam.
d) Determine os intervalos de concavidade e convexidade.
e) Verifique se a função tem assimptotas.
f) Esboce o gráfico de f.
19
x − ln x
24. (exame) Considere a função real de variável real f (x) = .
x
a) Determine o domínio de f.
b) Calcule os zeros de f.
c) Indique os intervalos de crescimento e decrescimento, e os extremos relativos, caso
existam.
d) Determine os intervalos de concavidade e convexidade.
e) Verifique se a função tem assimptotas.
f) Esboce o gráfico de f e indique o contradomínio.
25. Para os casos a seguir indicados, determine o nível de produção para o qual o lucro da
empresa é maximizado, dadas as funções receita total RT e custo total CT . Considere
apenas Q > 0 e verifique as condições da segunda ordem para cada exercício.
26. Após t horas, a concentração em miligramas por cm3 de um remédio A no sangue de uma
pessoa é dada por:
0, 18t
C(t) = 2
t + 3t + 25
Determine o período t no qual a concentração é mais intensa.
27. O custo de transporte em camião numa estrada livre, independente dos custos de trabalho,
v
é de 0, 13 + 500 euros por quilómetro, onde v é a velocidade constante do camião em
Km/h. O salário do condutor do camião é de 9,80 euros por hora.
a) Determine uma expressão que relacione os custos do salário do condutor com a velo-
cidade do camião (nota: velocidade=(distância percorrida)/(tempo).
b) Qual será a velocidade que o camião deve manter numa estrada de 600 quilómetros
por forma que os custos totais (não laborais e de trabalho) sejam minimizados.