O documento discute como Henri Lefebvre conceitua o espaço em seu livro "Espaço e política: O direito à cidade II". Lefebvre argumenta que o espaço concebido depende do espaço percebido e que ambos se explicam mutuamente. Ele também apresenta quatro teses sobre como o espaço pode ser pensado, levando em conta os aspectos social, político e histórico. Por fim, conclui que a definição de espaço contém contradições devido às múltiplas influências sociais sobre ele.
Descrição original:
Resenha: LEFEBVRE, Henri. Espaço e política: O direito á cidade II. Trad. Margarida Maria de Andrade, Pedro Henrique Denski e Sérgio Martins (do original: Espace et politique: le droit à la ville II. Paris: Éditions Economica, 2000). -2.ed. ver. e ampl. – Belo Horizonte: Editora UFMG, 2016
Título original
Resenha: LEFEBVRE, Henri. Espaço e política: O direito á cidade II
O documento discute como Henri Lefebvre conceitua o espaço em seu livro "Espaço e política: O direito à cidade II". Lefebvre argumenta que o espaço concebido depende do espaço percebido e que ambos se explicam mutuamente. Ele também apresenta quatro teses sobre como o espaço pode ser pensado, levando em conta os aspectos social, político e histórico. Por fim, conclui que a definição de espaço contém contradições devido às múltiplas influências sociais sobre ele.
O documento discute como Henri Lefebvre conceitua o espaço em seu livro "Espaço e política: O direito à cidade II". Lefebvre argumenta que o espaço concebido depende do espaço percebido e que ambos se explicam mutuamente. Ele também apresenta quatro teses sobre como o espaço pode ser pensado, levando em conta os aspectos social, político e histórico. Por fim, conclui que a definição de espaço contém contradições devido às múltiplas influências sociais sobre ele.
DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO HISTÓRIA DA CIDADE I Profº Raphael Grazziano Aluna: Joyce Millena Neri Silva Matrícula: 18103854 DATA: 20/09/2022
Resenha: LEFEBVRE, Henri. Espaço e política: O direito á cidade II. Trad.
Margarida Maria de Andrade, Pedro Henrique Denski e Sérgio Martins (do original: Espace et politique: le droit à la ville II. Paris: Éditions Economica, 2000). -2.ed. ver. e ampl. – Belo Horizonte: Editora UFMG, 2016
No capítulo em questão, chamado “O Espaço”, o autor traz a discussão
da problemática do espaço e seus significados, como pode ser pensado e definido, e qual o seu papel no conceito de utilização tanto da palavra, quanto do ambiente. Seria o espaço uma tentativa de concretizar uma ideia, um pensamento? Ou uma preconcepção do significado da palavra em si? No trecho citado a seguir, o autor dá a entender que um não pode existir sem o outro, como se esses dois se explicassem e se completassem: “No seio do espaço percebido e concebido já se encontra o espaço teórico e a teoria do espaço”. (LEFEBRE, pág. 38) Ou seja, para que o espaço concebido possa existir, parte-se do princípio de que ele já foi pensado, e, portanto, é produto dessa teoria. Porém o espaço puramente dito como ambiente, já existe por si só, não dependendo de suposições para tal. Sabendo disto, é levantado então alguns questionamentos: o que difere o espaço vivido – espaço social – do espaço mental? Este conjunto em que estamos, é pré-estabelecido? Existe possibilidade de mudança, rompimento? Para dissertar sobre tais questões, Lefebre apresenta quatro teses de como o espaço pode ser pensado e vivenciado, de forma a abranger todos os pontos levantados no texto até o momento. A primeira tese traz o espaço como uma forma pura, e tenta mostrar a dualidade já citada anteriormente entre o social e o mental. Porém essa tese não leva em consideração que o tempo e a história influenciam a visão do espaço. Isto é, ignora totalmente a questão já abordada de que o espaço social é resultado do que se vivencia, que é exatamente a pauta da segunda tese: o espaço como produto da sociedade, portanto antecede as teorias e pensamentos. Desenvolvido através da prática, um exemplo é o espaço urbano que conhecemos. Já a terceira tese é justamente o meio termo entre o espaço teórico e o social. Nesse âmbito o espaço físico é usado como arma de poder, como instrumento político. E a quarta tese seria a junção de interesses divergentes, com um ponto em comum entre eles, como por exemplo áreas de lazer. Um ponto interessante a ser observado nessas teses, é a visão do que é o espaço, de como ele será concebido, e até muitas vezes pensado, pode ser facilmente manipulada pelas classes dominantes. Em outras palavras, a classe detentora de conhecimento, posses, e capital, é quem dita o social, a história, o que é “relevante” para a sociedade e quais as demandas de produção desses espaços que deveriam ser do interesse de todos os grupos. O espaço se molda a sociedade, como se fosse uma realidade própria, obtendo as características do que se deseja alcançar, servindo de instrumento ao pensamento, um meio de controle, dominação, como um lugar através do qual as pessoas se comunicam e negociam relações de poder. Sabendo isto, podemos dizer que o espaço não é apenas físico, mas também inclui tempo, espaço social e econômico. Por fim, conclui-se no texto que a definição de espaço possui muitas contradições, pois é produto de uma sociedade, sendo assim, impossível seguir uma lógica. E essas contradições não surgem de forma racional, mas sim do prático e do social, das vivências e das influencias contidas em um local ou uma sociedade. Sendo elas econômicas, sociais, ideológicas, ou apenas pela influência do tempo, ou ambiente. Todas essas indagações precisam ser consideradas quando pensamos no conceito e definição do espaço.
O Consenso em Jürgen Habermas e o Dissenso em Jean François Lyotard como Narrativa de Legitimação do Conhecimento Científico: Em Busca de um diálogo epistemológico intercultural