Você está na página 1de 7

Francisco Vitorino 3027

Prof. Tânia Flamino

1
Erros meus, má fortuna,
amor ardente

Erros meus, má fortuna, amor ardente
Em minha perdição se conjuraram;
Os erros e a fortuna sobejaram,
Que pera mim bastava amor somente.

Tudo passei; mas tenho tão presente


A grande dor das cousas que passaram,
Que as magoadas iras me ensinaram
A não querer já nunca ser contente.

Errei todo o discurso de meus anos;


Dei causa [a] que a Fortuna castigasse
As minhas mal fundadas esperanças.

De amor não vi senão breves enganos.


Oh! quem tanto pudesse, que fartasse
Este meu duro Génio de vinganças!
2
Luís de Camões
Dei-te Quase Tudo
Paulo Gonzo
 Dei-te quase tudo
Foste entrando sem pedires
E marcaste os teus sinais E quase tudo foi demais
Dei-te quase tudo
Tatuaste a minha vida
Leva agora os teus sinais...
Ferro e fogo e muito mais
Vasculhaste os meus segredos
Obrigaste-me a quebrar
E eu deixei Todas as leis
Sem reservas nem pudor... E deixaste-me ao sabor
Na loucura
Invadiste os meus sentidos Dei-te os dedos e os anéis
O que não fiz por amor E o que tinha de melhor...
E deixaste a minha vida
Meio perdida Dei-te quase tudo
Neste beco sem saída.. E quase tudo foi demais
Dei-te quase tudo
Leva agora os teus sinais...
3
Relação

A relação que eu identifico no meu ponto de vista entre
o poema e a musica é que em ambas as situações o
sujeito em causa comete erros, tais erros que os fez
separar de alguem de quem gostavam, fazendo causar
tremendo sofrimento.
Acho tambem que ambos foram iludidos e que na
verdade não eram sentimentos mutuos entre o sujeito e
a sua parceira.

4
Divisão Lógica

Erros meus, má fortuna, amor ardente Aqui o sujeito poetico diz que
Em minha perdição se conjuraram; graças aos seus erros fizeram
Os erros e a fortuna sobejaram,
com que a vida do sujeito
Que pera mim bastava amor somente.
fosse uma vida de tristezas
Tudo passei; mas tenho tão presente
A grande dor das cousas que passaram, O sujeito poetico revela que ainda
Que as magoadas iras me ensinaram passa por um grande sofrimento
A não querer já nunca ser contente. causado por alguma coisa que
aconteceu no passado
Errei todo o discurso de meus anos;
Dei causa [a] que a Fortuna castigasse
As minhas mal fundadas esperanças.
Nestas 2 estrofes o sujeito
De amor não vi senão breves enganos.
poético lamenta-se de tudo o
Oh! quem tanto pudesse, que fartasse que lhe aconteceu com um
Este meu duro Génio de vinganças! sentimento de revolta
5
Luís de Camões
Esquema rimático

ABBA//ABBA//CDE//CDE
Versos brancos
Interpolada
Interpolada
Emparelhada

Interpolada: 2 ou mais versos a separar a rima


Emparelhada: nenhum verso a separar a rima

4 estrofes, 2 quadras e 2 tercetos


6
Divisão métrica

E|rros|meus|, má|for|tu|na, a|mor|ar|dente
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

10 silabas – Decasilábico

Você também pode gostar