Você está na página 1de 6

ONDAS CEREBRAIS.

Beta, alpha, theta, delta e gama.

Introdução.
Existem cinco tipos de ondas cerebrais que trabalham quase que como notas de
música, nesse documento veremos qual às curiosidades de cada uma e para que
cada uma serve.

O que são ondas cerebrais?

Todos sabemos que o cérebro é um órgão eletroquímico; na verdade, os


neurologistas explicam que, se todas as células nervosas se ativassem ao
mesmo tempo, nós poderíamos obter energia suficiente para acender uma
lâmpada.

Por sua vez, toda essa atividade elétrica é responsável por diferentes tipos de
ondas cerebrais, por meio de um processo complexo, fascinante e perfeito.

Por outro lado, é importante salientar que, ao longo do dia, o cérebro mantém
ativos os 5 tipos de ondas cerebrais. Dependendo do que fazemos em cada
momento, algumas ondas mostrarão uma maior atividade em determinadas
áreas do cérebro, e outras trabalharão com menor intensidade em outras regiões.
Nenhuma delas estará, em outras palavras, “desconectada”.

1. As ondas Delta (1 a 3 Hz)

As ondas Delta são aquelas que têm uma maior amplitude de onda e estão
relacionadas com o sono profundo (mas sem sonhos). É interessante saber que
são muito comuns nos bebês e nas crianças pequenas, de modo que, à medida
que crescemos e envelhecemos, a tendência é produzir menos ondas desse tipo.
O sono e a nossa capacidade para descansar vão se perdendo, pouco a pouco,
com os anos.

Por outro lado, cabe indicar também que este tipo de onda se relaciona,
sobretudo, com as atividades corporais das quais não somos conscientes, como
a regulação do ritmo cardíaco ou a digestão.
● O que acontece se, em um eletroencefalograma, essa onda aparece em
picos muito elevados? Pode indicar alguma lesão cerebral, problemas de
aprendizado ou, inclusive, um Transtorno de Déficit de Atenção com
Hiperatividade (TDAH) grave.
● O que acontece se, em um eletroencefalograma, essa onda surge em
picos muito baixos? Pode indicar um sono deficiente, problemas para
ativar e revitalizar o corpo e a mente…
● Um nível adequado de ondas Delta favorece e cuida do sistema
imunológico, do descanso e da capacidade de aprender.

2. As ondas Theta (3,5 a 8 Hz)

O segundo dos tipos de ondas cerebrais vai dos 3,5 a 8 Hz e está relacionado,
sobretudo, com as capacidades imaginativas, com a reflexão e o sono. Como
curiosidade, cabe dizer que as ondas Theta costumam mostrar uma elevada
atividade quando experimentamos emoções muito profundas.

Um simples exemplo é quando terminamos de fazer um esforço ou uma tarefa


que demanda muita energia. Justo neste instante, no qual relaxamos e deixamos
“voar” nossa imaginação, as ondas Theta ganham maior presença em nosso
cérebro.

Vejamos mais dados ilustrativos:

● Um pico elevado de ondas Theta pode estar relacionado com algum


transtorno depressivo, falta de atenção…
● Os picos baixos se relacionam à ansiedade, estresse e baixa
autoconsciência emocional.
● Um nível adequado de ondas Delta favorece a criatividade, a conexão
emocional e, inclusive, a intuição.

3. As ondas Alfa (8 a 13 Hz)

As ondas Alfa surgem no crepúsculo intermediário onde existe a calma, mas


não o sono, onde há relaxamento e um estado favorável para meditar. Também
podemos experimentar esse estado quando estamos no sofá vendo televisão, ou
na cama descansando, mas sem chegar a dormir.

● Um nível elevado de ondas Alfa nos impediria de focar a atenção e


poderíamos nos sentir sem forças para realizar uma tarefa.
● Um nível baixo se relaciona com a ansiedade, o estresse e a insônia.

4. As ondas Beta (12 a 33 Hz)

Cruzamos o limite desses tipos de ondas cerebrais, de nível baixo ou moderado,


para alcançar um degrau superior. Estamos no espectro das frequências mais
altas que surgem como resultado de uma atividade neuronal intensa.

Falamos de estados muito interessantes, e ao mesmo tempo complexos.


Estados que se relacionam com as atividades cotidianas nas quais focalizamos
toda a atenção, quando estamos alertas e precisamos, ao mesmo tempo, estar
atentos a inúmeros estímulos.

Atividades tão comuns como dirigir, fazer uma prova, realizar uma apresentação,
estar em uma reunião de trabalho apresentando um projeto, etc, são momentos
de máxima ativação. No entanto, um excesso, uma extrema ativação neural
pode derivar em um estado de ansiedade ou estresse prejudicial.

● Um nível baixo de ondas Beta, por outro lado, conduziria a um estado


bastante relaxado, desfalecido, quase depressivo…
● Um nível ótimo dessas ondas ajuda a estarmos muito mais receptivos,
concentrados, a melhorar inclusive nossa capacidade para resolver
problemas.

5. As ondas Gama (25 a 100 Hz)

Sabemos que ao escutar a palavra “Gama” nos vêm imediatamente à cabeça os


famosos raios Gama, com sua longa longitude e sua alta radiação
eletromagnética. Bom, na realidade as ondas Gama e os raios Gama só se
parecem em um aspecto: sua frequência extremamente rápida.

Cabe dizer que os neurologistas estão começando a descobrir mais dados


sobre este tipo de onda, mas até pouco tempo atrás sabia-se muito pouco a
respeito delas. É muito difícil captá-las nos eletroencefalogramas. Falamos de
um tipo de onda que tem origem no hipotálamo e se move a partir da parte
posterior do cérebro para a frente, com uma velocidade incrível.

● Essa onda está relacionada com tarefas de um alto processamento


cognitivo.
● Elas têm a ver com o nosso estilo de aprendizagem, com a capacidade de
registrar novas informações, e também com nossos sentidos e
percepções.
● Sabe-se, por exemplo, que as pessoas com problemas mentais ou de
aprendizagem tendem a ter uma atividade na onda Gama menor que a
média.
● Os estados de felicidade evidenciam picos elevados neste tipo de onda.
● As fases do sono REM também costumam se caracterizar por uma alta
atividade desta escala de frequência.

Para concluir, conhecer os diferentes tipos de ondas cerebrais nos permite


entender os processos mentais, as emoções, as atividades e dinâmicas que
geram um tipo de “energia” no cérebro. O segredo, portanto, está em ser
consciente disso, em aprender a relaxar, a ser mais receptivos, intuitivos, ou a
favorecer, por exemplo, um controle emocional no qual a ansiedade trabalhe a
nosso favor, e nunca contra.

Você também pode gostar