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Etapas no Processo de Plantação


Eduardo Rosa Pedreira

A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO
E DA GESTÃO NO PROCESSO DE PLANTAÇÃO DE UMA NOVA IGREJA

Em geral no Brasil vivemos parte da nossa história fazendo as coisas por intuição, formados que somos
dentro de uma cultura da espontaneidade. Este quadro é mais acentuado ainda dentro das nossas igrejas,
pois nossa mania brasileira de guiar-se pela intuição, encontra na frase “Deus me falou”, sua versão
evangélica, além do que, neste contexto espiritual os conhecimentos mais especializados são taxados muitas
vezes de ciência humana contrária a sabedoria divina, portanto, desnecessários.
Geralmente a maneira como plantamos igrejas no Brasil se dá como um reflexo da nossa cultura nacional e
eclesiástica, isto é, de maneira mística e intuitiva. Mística porque, muitas pessoas apaixonadas pelo sonho de
plantar uma nova igreja, partiram para realizá-lo somente baseadas no “ouvir” a voz de Deus. Intuitiva, porque
estas mesmas pessoas que “ouviram” a voz de Deus, não receberam qualquer treinamento formal, ou não
passaram por qualquer avaliação sobre seu perfil para a tarefa à qual estavam indo realizar. A bem da
verdade, é preciso reconhecer que muitos casos belíssimos de vitória e sucesso podem ser contabilizados
nesta maneira de plantar igrejas. Sim, Igrejas lindas nasceram e revelaram-se fantásticos plantadores.
Todavia, muitos foram os fracassos de plantadores perdidos, frustrados, feridos, amargando as dores de um
“insucesso”, questionando a si mesmos e a Deus, enfrentando marcas e feridas familiares deixadas pelo
despreparo para enfrentar com mais equilíbrio o difícil processo de plantação de uma igreja. Além dos danos
pessoais ao plantador e sua família, acrescente que, desta maneira mística e intuitiva, muitas igrejas
nasceram de maneira doente, tendo algumas delas morrido, embora sem fechar as suas portas! Como temos
a tendência de contar nossa história somente a partir de casos de sucesso, escondendo em nossos
testemunhos os fracassos, precisamos então frisar que nem todos que se propuseram a voar em direção a
este alvo de plantar uma igreja, conseguiram levantar vôo e outros ainda há que tiveram vôos rasantes e
desequilibrados, por isso mesmo incapazes de resistir as tempestades do caminho.
Sabemos que um real, legítimo e saudável processo de plantação de uma igreja tem o seu início não no
coração do plantador, mas sim no de Deus. A igreja de Jesus nasce primeiramente no coração do Pai e o
plantador é apenas convidado pelo Espírito para dar concretude histórica a este movimento trinitário de iniciar
uma nova igreja! Por isso ninguém deveria se lançar na fascinante e desafiadora “aventura” de plantar uma
nova igreja sem ter real convicção de que este é um desejo de Deus. É através da nossa relação íntima com
Deus (que aqui eu chamo de mística) que pode-se ouvir esta convocação divina para plantar uma nova igreja.
Será esta mística a base sobre a qual todo o processo de plantação de uma igreja deverá se apoiar. Somente
depois desta forte convicção de chamado de Deus deve alguém tornar-se um plantador de igrejas!
Tanto a intuição como a mística são elementos indispensáveis na plantação de uma nova igreja. Porém,
sozinhos podem tornar-se obstáculos ao invés de facilitadores. Devemos fazer com que eles caminhem ao
lado de dois outros elementos indispensáveis: o planejamento prévio e a gestão qualitativa daquilo que se
planejou.
Por conta desta intuição mística ou mística intuitiva, via de regra, não existe qualquer preocupação com o
planejamento e gestão nos processos de plantação de uma nova igreja em nosso país. Há até mesmo, entre

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muitos, uma certa resistência ao se falar de planejamento e gestão neste contexto.Para eles a experiência
parece mostrar que igrejas nascem, desenvolvem e crescem sem qualquer planejamento, somente a partir do
coração apaixonado dos iniciadores. Existem dois problemas com esta reação: o primeiro é de ordem
estatística, pois geralmente não se contabiliza quantas igrejas deixaram de nascer, se arrastam
raquiticamente ou mesmo morreram no nascedouro, por falta de planejamento e gestão; o segundo é que tal
reação não é bíblica. Jesus foi, em sua irrepreensível sabedoria, um defensor da necessidade de um
planejamento qualitativo antes de se iniciar uma empreitada, seja ela qual for.
Quem nos ajuda a entender a necessidade e a problemática da gestão no ambiente eclesiástico é Rodrigo
Abreu, em sua dissertação de mestrado, nos apresenta este problema de gestão na igreja e ilumina as razões
desta reação contraria. Senão vejamos:
“Vivemos em uma sociedade estruturada em organizações, grandes ou pequenas, com ou sem
fins lucrativos – empresas, hospitais, governo, escolas, exército, igrejas – nas quais pessoas
trabalham em conjunto para atingir objetivos que seriam impossíveis de atingir individualmente.
Essas organizações, na busca de seus objetivos, cooperam para o desenvolvimento da
sociedade, porém quando estas organizações não possuem uma boa gestão toda a sociedade
recebe o impacto da má gestão de uma organização.
Quando falamos em gestão, normalmente pensamos em empresas, porém se podemos conceituar
gestão como sendo o processo de obtenção de resultados através da aplicação de recursos
financeiros, matérias-primas, pessoas e processos, é possível pensar em gestão de instituições
onde o lucro não seja o objetivo principal, como as forças armadas, hospitais, escolas e até
mesmo igrejas. Certamente precisamos considerar a natureza e os objetivos de cada instituição,
mas qualquer tipo de instituição pode e deve buscar o desenvolvimento organizacional através de
uma boa gestão... a obtenção de ganhos de produtividade de uma organização depende da
eficiência e da eficácia de seus processos. O alcance das metas dos processos depende do
desempenho das pessoas que nele atuam. O gerente enquanto elo entre o planejamento
estratégico e os operadores exercem papel fundamental na conquista das previamente
estabelecidas. No entanto, o que se constata quando se trabalha com um número significativo de
organizações de pequeno e de médio porte é a falta de preparo do líder para exercer sua função
de forma consciente e organizada, e nas instituições cristãs a figura do gerente simplesmente não
existe, algumas igrejas possuem um tipo de administrador que exerce apenas parte das
atribuições operacionais, enquanto que as funções estratégicas ficam sob responsabilidade dos
líderes religiosos, mesmo que estes não possuam competências gerenciais para tal.
A Fundação Nacional de Qualidade (2006) diz que uma organização é constituída de uma
complexa combinação de recursos interdependentes e co-relacionados que devem ser distribuídos
em um sistema organizacional de tal forma que cooperem para que a empresa alcance seus
objetivos. Esse sistema organizacional complexo pode ser subdividido em subsistemas, ou áreas,
menos complexos onde é possível compreender melhor a participação, os limites, os processos e
os seus resultados. A orientação para resultados é um dos critérios fundamentais da qualidade e é
definido como o compromisso com a obtenção de resultados que atendam, de forma harmônica e
balanceada, às necessidades de todas as partes interessadas na organização. Para atender às
necessidades das partes interessadas e concretizar a visão de futuro, são formuladas estratégias
e estabelecidos metas e planos de ação, que devem ser eficazmente comunicados a todas as
partes interessadas. O consentimento e o comprometimento de todos quanto aos objetivos da
organização contribuem para implementar as estratégias. A gestão do desempenho de pessoas e
equipes e a análise do desempenho da organização são instrumentos que permitem à
organização monitorar o cumprimento das estratégias e o grau de alinhamento com os objetivos
traçados. A organização que age desta forma enfatiza o acompanhamento dos resultados em
relação às metas, a comparação destes com referenciais pertinentes e o monitoramento da

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satisfação de todas as partes interessadas, obtendo sucesso de forma sustentada e adicionando
valor para todas elas.
No século XX as empresas reuniram esforços e investimentos na tentativa de melhorar o
desempenho das empresas que culminou no desenvolvimento da Gestão da Qualidade, desde
então se percebe que uma série de paradigmas gerenciais está sendo revista pelos meios
acadêmico e empresarial. Conforme Peter Drucker, “os sistemas de processamento de dados
foram além da simples capacitação dos executivos para executar melhor as tarefas. Eles
alteraram o próprio conceito de empresa e transformaram o significado de gestão.” Ter um sistema
de gestão da qualidade, três ou quatro décadas atrás, representava manter-se na liderança do
mercado, porém atualmente um sistema de gestão da qualidade pode significar a própria
existência da organização, isto é, a popularização da gestão da qualidade fez com que elementos
anteriormente contribuintes da vantagem competitiva se transformassem em fatores de
sobrevivência da organização.
Para uma organização sobreviver e crescer no atual cenário de disputas acirradas por mercado é
preciso atingir metas rigorosas, através de métodos eficazes que proporcionarão às pessoas
trabalharem na obtenção de melhores resultados. O sucesso de uma organização está
intimamente relacionado à eficiência dos seus processos, onde a busca pela excelência mostra-se
como uma característica comum às instituições que se destacam pelos bons resultados. Se, por
um lado, as instituições religiosas sempre resistiram à utilização de práticas gerenciais mais
elaboradas, por outro elas estão diante de desafios difíceis e complexos demais para serem
enfrentados sem um sistema de gestão da qualidade.
Teixeira (1998) define que Planejamento, Organização, Direção e Controle são as quatro funções
da gestão. Onde o processo de controle é o processo de comparação entre o desempenho atual e
o padrão pré-definido a fim de determinar o aperfeiçoamento. Na verdade o controle determina a
efetividade do planejamento já que não adianta ter um planejamento bem elaborado sem um
controle sistemático do desempenho.
Algumas lideranças religiosas perceberam a necessidade de melhorar sua estrutura gerencial. A falta
de ferramentas voltadas para instituições desta natureza levou estes líderes a buscarem nas empresas
modelos de técnicas gerenciais e a aplicá-los diretamente nas igrejas. Pouco sucesso foi alcançado
nestas experiências, pois a peculiaridade deste tipo de instituição e sua natureza fraternal exigem que
se considerem indicadores de desempenho compatíveis com sua missão e valores exclusivos. Isto
invalida os indicadores de desempenho quantitativos utilizados nas empresas quando se fundamentam
em valores em conflito com os princípios cristãos” 1

Pensar o planejamento e a gestão no processo de plantação de uma igreja é se afinar com o que disse
Jesus. Não foi isso mesmo que ele tentou nos ensinar quando contou duas parábolas sobre dois homens que
estavam diante de um novo empreendimento? Ele disse assim: Pois qual de vós, querendo edificar uma torre,
não se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que a acabar? Para que não
aconteça que, depois de haver posto os alicerces e não a podendo acabar, todos os que a virem comecem a
escarnecer dele, dizendo: Este homem começou a edificar e não pôde acabar. Ou qual é o rei que, indo à
guerra a pelejar contra outro rei, não se assenta primeiro a tomar conselho sobre se com dez mil pode sair ao

                                                        
1Cf. ABREU, Rodrigo. PROPOSTA DE INDICADORES DE DESEMPENHO: Um Instrumento para Avaliação das Igrejas
Cristãs. Dissertação de mestrado. Niterói, UFF, Rio de Janeiro, 2008, pp. 11-13.

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encontro do que vem contra ele com vinte mil?De outra maneira, estando o outro ainda longe, manda
embaixadores e pede condições de paz” (Lucas 14:28-32)
Exalam pelas linhas entrelinhas dessas parábolas lições preciosas sobre a necessidade de planejamento
antes de iniciar algo. O contexto original dentro da qual ambas se encontram é a resposta dada por Ele
aqueles que queriam segui-lo. Jesus os adverte a antes de tomar tal decisão que sentassem avaliassem o
custo, percebesse as dificuldades, tivessem ciência dos potencias riscos da caminhada e então, somente
depois disso deveriam se lançar nesta jornada. Se para segui-lo pessoalmente ele revela esta necessidade
quanto mais para começar uma nova igreja em seu nome.
Pensando essas duas parábolas no contexto da necessidade de planejamento prévio para a plantação de
uma nova igreja, poderíamos dizer que:
1. As chances de sucesso no processo de plantar uma igreja aumentam consideravelmente quando se
tem planejamento. Jesus nos leva a inferir que tanto o edificador da torre quanto, o rei em guerra
precisavam, para levar a bom termo seus projetos, um planejamento prévio. Notemos que ele faz
duas perguntas retóricas, aquelas cuja resposta está embutida na pergunta: Será possível se
construir uma torre ou ganhar uma guerra sem planejamento prévio? Óbvio que não! Será que é bom
plantar uma igreja sem considerar um planejamento prévio? Será que é inteligente desejar bons
resultados de uma nova igreja se antes não se teve qualquer planejamento? Na lógica de Jesus, não!
2. Este planejamento prévio não deve ser solitário. O planejamento de uma nova igreja não pode ser
subproduto da cabeça do líder somente, mas como o Rei que antes de começar a guerra se assenta
com seu conselho, assim o plantador deve ter ao redor de si um grupo capaz de planejar a igreja a
nascer conjuntamente.
3. Um dos pontos fundamentais deste planejamento é conhecimento das etapas que envolvem a
plantação de uma igreja. Pode-se afirmar que um planejamento bem sucedido, leva em conta
criteriosamente todas as etapas envolvidas para a realização da plantação da igreja. Observa-se que
tanto o edificador da torre, como o rei da guerra, deveriam conhecer profundamente as etapas do
processo para ambos os empreendimentos.
4. O “fracasso” na tentativa de plantar uma nova igreja pode gerar baixa auto-estima e baixa
credibilidade. Se tanto edificador da torre e o rei fracassassem por falta de planejamento, ambos
iriam ser conhecidos como homens imprudentes. Homens que começaram a edificar alguma coisa e
não terminaram. Suas construções inacabadas seriam o testemunho histórico de suas incapacidades
de concluí-los. Existem pesquisas que nos dão conta do profundo impacto emocional na vida de um
plantador de igreja e sua família cuja a tentativa foi frustrada. Por isso, o planejamento é um elemento
indispensável nesse processo.
Tomando como base estas palavras de Jesus, então buscamos aqui apresentar um modelo de
planejamento que possa a ajudar aos plantadores de uma nova igreja a planejar este maravilhoso
empreendimento do Reino de Deus e a geri-lo.
De uma maneira bem prática, poderíamos usar duas ferramentas que se completam. A primeira nos dá um
plano de ação e a segunda nos ajuda a executá-lo qualitativamente.

USANDO O 5W3H1S PARA MONTAR UM PLANO DE AÇÃO PARA IGREJA NASCENTE


A expressão 5W3H1S consiste em um conjunto de nove palavras, em inglês, que ajudarão, através da
montagem de uma tabela específica, ao plantador da igreja e seu grupo nascente a implantar o plano de ação

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em questão. Cada uma destas letras representam atividades a serem desenvolvidas e identificadas durante a
implantação do planejamento. As palavras são as seguintes:
ƒ O que deverá ser feito (What)? Refere-se a descrição do plano de ação;
ƒ Quem deverá fazer (Who)? Pessoa responsável pela implantação;
ƒ Por que deverá ser feito (Why)? Justificativa / necessidade da ação;
ƒ Onde deverá ser feito (Where)? Local físico, área ou órgão onde a ação acontecerá;
ƒ Quando deverá ser feito (When)? Data ou período para a implantação ocorrer;
ƒ Quanto (custo) deverá custar (How much)? Estimativa de investimento requerido para
implantação;
ƒ Quanto (intensidade) deverá custar (How many)? Previsão de extensão da ação;
ƒ Como deverá ser feito (How)? Plano de trabalho comentando as etapas de implantação;
ƒ Mostre (Show). Indicador de resultado, relação de melhoria.

5W3H1S PLANO DE AÇÃO

What O que será feito?

Who Quem deverá fazer?

Why Por que deverá ser feito?

Where Onde deverá ser feito?

When Quando deverá ser feito?

How Much Quanto (custo) deverá custar?

How many Quanto (intensidade) deverá custar?

How Como deverá ser feito?

Show Indicador de eficiência

Todo plantador de igreja deveria antes de iniciar o processo montar este plano de ação. Esta tarefa parece
não ser espiritual para uma igreja nascente, mas isto é apenas um engano! Fazer este plano de Ação poderá
ser uma das atitudes mais responsáveis espiritualmente que um plantador pode ter. Alem disso, com este
plano elaborado, muito tempo, recursos humanos e financeiros serão economizados. Obviamente que o plano
em si não garante os resultados, esse na plantação de uma igreja, em muito dependem da Ação de Deus.
Contudo, is resultados também poderão ser conseqüência de uma atitude organizada e responsável do
plantado da igreja.
PDCA: NÃO BASTA APENAS PLANEJAR, É PRECISO GERIR

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Sim o planejamento precisa de gestão para se concretizar de maneira qualitativa. Aqui entra em ação uma
outra ferramenta importante para nos ajudar a gerir o planejamento de feito.
O CICLO PDCA, consiste em uma “seqüência de atividades que são percorridas de maneira cíclica para
melhorar atividades.”2

P – Planejar (Plan)
Definir o que queremos, planejar o que será feito, estabelecer metas e definir os métodos que permitirão
atingir as metas propostas. Isto pode ser feito com a ferramenta 5W3H1S. Neste ponto Rodrigo nos ajuda
entender a importância deste primeiro passo:
“O primeiro passo do ciclo PDCA se constitui no mais importante de todos, pois um planejamento
feito de forma equivocada irá acarretar futuramente maior trabalho na fase de ações corretivas.
Isto incidirá diretamente no aumento com os gastos em retrabalho e/ou necessidade de
reconquista do consumidor insatisfeito com determinada situação.”3

D – Executar (Do)
Tomar iniciativa, educar, treinar, implementar, executar o planejado conforme as metas e métodos definidos.
C – Verificar (Check)
Verificar os resultados que se está obtendo, verificar continuamente os trabalhos para ver se estão sendo
executados conforme planejados.

                                                        
2 Cf , IBID, pp 28-30
3 Ibidem, pg. 30 

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A – Agir (Action)
Fazer correções de rotas se for necessário, tomar ações corretivas ou de melhoria, caso tenha sido
constatada na fase anterior a necessidade de corrigir ou melhorar processos.
O ciclo PDCA vai ajudar o plantador a gerir todo o processo de plantação. Passando por cada um dos passos
expostos aqui num círculo virtuoso no qual a gestão fica cada vez mais qualitativa daquilo que foi planejado.

CONCLUSÃO:

Após a leitura deste texto pode-se ter a impressão de que estamos propondo uma importação acrítica de
modelos do mundo corporativo para algo somente espiritual e que trabalha com uma outra lógica. Não é este
o caso! A melhor maneira de provar isso, é abrir-se para este exercício. Experimente planejar, com estas
ferramentas sugeridas ou não, busque gerir o planejado e você será o homem que começou e terminou de
edificar a torre, o rei que foi a guerra com enormes possibilidades de ganhá-la. Por que antes de se aventurar
no campo de batalha, você foi espiritual o suficiente para ter um plano de Ação e uma genuína preocupação
de como geri-lo.
Uma última palavra de lembrança: ferramentas são meios frágeis para nos ajudar a chegar até onde Deus
nos chamou. Elas são preciosas ajudas, mas em nada substituí aquilo que somente Deus pode fazer através
de um coração apaixonado por ele e pela sua obra.
Postas estas palavras, cremos que plantar uma nova igreja é uma tarefa central da nossa missão hoje,
especialmente por entendermos que este o mais eficaz modo de cumprir a grande comissão. Por esta razão,
não podemos mais continuar fazendo isto de uma maneira somente intuitiva. Precisamos agregar mais
conhecimento técnico especializado a este processo. É assim que a técnica (planejamento e gestão) é um
complemento da mística (o chamado, a oração...) e no caso da plantação de igrejas, se completam
mutuamente, como um pássaro cujas duas asas batendo conjuntamente faz alçar vôos mais altos e
equilibrados do que se tivesse somente uma delas!

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