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Disciplina de Biologia
Professor Nuno Boucinha
Trabalho realizado por:
Miguel Guerreiro, Nº16, 11ºC
Índice
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1ºArtigo – Pesca comercial pode reduzir diferenciação
genética nos peixes a nível mundial
Equipa analisou a informação sobre a variabilidade genética de mais de 170 espécies de
peixes marinhos de todo o mundo, disponível em mais de 200 artigos científicos publicados
durante a última década.
A pesca diminui a diversidade genética das espécies de peixes, o que as pode tornar mais
vulneráveis a alterações ambientais, concluiu um estudo desenvolvido na Universidade do Algarve.
As espécies que “são alvo de pesca comercial têm menos diferenciação” genética de um
“modo geral a nível mundial”, o que se pode refletir na sua “gestão e conservação” e no que poderá
acontecer “com as alterações climáticas”, disse à Lusa David Abecassis, um dos quatro autores do
trabalho de investigação, que analisou “estudos que foram feitos para espécies de peixe pelo mundo
inteiro e em que foi analisada a diferenciação genética dentro da mesma espécie em diferentes
locais”.
Uma maior diversidade genética implica uma “maior capacidade de adaptação” às diferenças
no meio, enquanto as populações que apresentam mais semelhanças genéticas perdem essa
capacidade, podendo “tornar-se menos resilientes às alterações climáticas”, como a capacidade para
se adaptar ao “aumento ou diminuição de temperatura, aumento de CO2 ou pH na água”, sustentou
David Abecassis.
Os cientistas colocavam a “hipótese de que a pesca pudesse ter algum impacto na
diferenciação genética”, mas não estavam seguros de qual seria a sua extensão. Para isso, analisaram
a informação sobre a variabilidade genética de mais de 170 espécies de peixes marinhos de todo o
mundo, disponível em mais de 200 artigos científicos publicados durante a última década.
Para ilustrar os resultados, David Abecassis dá como exemplo a pesca da sardinha em
Portugal, que reduz o seu stock, ou seja, a quantidade de peixe existente, o que leva a que outras
populações, como a de Marrocos, ocupem esse habitat.
Assumindo que a população do Norte de África é geneticamente diferente da existente nas
águas algarvias, o investigador apontou que ao deslocar-se para o Sul de Portugal, vai fazer
desaparecer essa variabilidade tornando tudo “mais homogéneo”.
Uma população com uma maior variabilidade genética terá “mais ferramentas” para se
adaptar a novas alterações. Se for toda homogénea e houver alterações no meio, podem “não estar
presentes as melhores características para se adaptaram a essas novas condições”, realçou.
O estudo surgiu na sequência de uma investigação relacionada com áreas marinhas
protegidas, nomeadamente sobre qual o “nível de proteção existente e a ligação entre elas” e o que
pode ser feito nessas áreas, adiantou.
O biólogo marinho revelou que será necessário manter algumas linhas de investigação para
chegar a mais conclusões, mas adiantou que as áreas protegidas ajudam a garantir a “existência de
uma variabilidade genética, espalhada por diferentes zonas”.
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O estudo intitulado “Reduced Global Genetic Differentiation of Exploited Marine Fish
Species”, assinado por Miguel Gandra, Jorge Assis, Manuel Ramos Martins e David Abecassis, foi
publicado na revista Molecular Biology and Evolution.
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O artigo escolhido fala-nos da forma como a pesca intensiva comercial pode afetar
negativamente a variabilidade genética existente nos peixes. Eu escolhi este artigo, porque a
variabilidade genética foi um assunto tratado nas aulas, pelo qual me interessei muito, e porque
nunca tinha reparado que a pesca comercial poderia ser um fator negativo no aumento de
diferenciação genética. Como já referido anteriormente, este artigo enquadra-se na matéria da
diferenciação genética, apesar de nas aulas termos relacionado este tema com a reprodução sexuada e
assexuada.
David Abecassis, um dos quatro autores do trabalho de investigação, explica como acontece
esta diminuição de diferenciação genética nos peixes, dando o exemplo da sardinha. Esta, quando é
pescada intensivamente, leva a que outras populações, como a de Marrocos, se desloquem para o Sul
de Portugal, desaparecendo a variabilidade e tornando tudo mais homogéneo.
Esta diminuição de variabilidade genética traz alguns aspetos negativos, como por exemplo,
se houver mudanças nas condições de vida, como as alterações climáticas, podem não estar presentes
as melhores características para se adaptaram a essas novas condições. Se houver uma grande
variabilidade genética, essa população terá mais ferramentas para se adaptar às novas condições de
vida, bem como teria maior possibilidade de evolução dos seres vivos (facilita o aparecimento de
novas formas).
Em suma, com este artigo, ficámos a saber que a pesca comercial, ao limitar o stock de uma
população de uma espécie, conduz a uma maior homogeneidade, o que leva a uma menor
variabilidade genética da espécie. Logo, essa espécie estará mais comprometida para o caso de haver
uma mudança nas condições de vida, como as alterações climáticas.
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Uma amostra do cabelo do antigo líder indígena Touro Sentado, que viveu no século XIX,
ajudou cientistas a confirmar que é bisavô de um homem do Dakota do Sul ainda vivo. Tudo
aconteceu devido ao uso de um novo método para análise de linhagens familiares com fragmentos de
ADN de pessoas mortas há já muito tempo.
Os investigadores divulgaram esta quarta-feira que o ADN extraído de um cabelo, que estava
guardado no Instituto Smithsonian, em Washington (Estados Unidos), confirma uma relação familiar
entre Touro Sentado, que morreu em 1890, e de Ernie LaPointe, de 73 anos, que vive em Lead, no
Dakota do Sul.
“Sinto que esta investigação ao ADN é outra forma de identificar a ligação ao meu bisavô”,
disse Ernie LaPointe, que tem três irmãs. “Desde que me lembro, as pessoas têm questionado a
ligação relativamente ao nosso antepassado. Essas pessoas têm apenas dor de cotovelo — e,
provavelmente, irão duvidar destes resultados também.”
Este estudo representa a primeira vez que o ADN de uma pessoa já morta há muito tempo foi
usado para demonstrar uma relação familiar entre um indivíduo vivo e uma figura histórica — e
mostra o potencial para se fazer o mesmo noutros casos em que o ADN pode ser extraído de
vestígios como cabelo, dentes e ossos.
O novo método foi desenvolvido por uma equipa de cientistas liderada por Eske Willerslev,
diretor do Centro de Geogenética da Fundação Lundbeck, na Dinamarca, e geneticista na
Universidade de Cambridge. Os investigadores demoraram 14 anos até descobrirem uma forma de
extrair ADN válido a partir de cabelo, que foi entregue ao Instituto Smithsonian por Ernie LaPointe e
as suas irmãs em 2007.
Eske Willerslev conta que leu numa revista sobre a entrega dessa amostra de cabelo de Touro
Sentado ao Instituto Smithsonian e tentou falar com Ernie LaPointe. “LaPointe pediu-me então para
extrair ADN dela [da amostra] e compará-lo com o seu ADN para determinar uma relação”, disse
Eske Willerslev, coordenador da investigação publicada na revista Science Advances esta semana.
“Tinha muito pouco cabelo e havia uma quantidade limitada de ADN. Demorou imenso tempo até
que se conseguisse desenvolver um método que, com base em ADN antigo reduzido, se conseguisse
fazer uma comparação para pessoas vivas ao longo de múltiplas gerações.”
A nova técnica centrou-se no que é hoje conhecido como “ADN autossómico” em fragmentos
genéticos extraídos de cabelo. Análises tradicionais envolvem ADN específico no cromossoma Y
transmitido por linha paterna ou ADN específico nas mitocôndrias transmitido pela mãe. Já o ADN
autossómico não é específico de um género.
“Já havia métodos [para fazer esta procura no ADN], mas exigiam quantidades substanciais
de ADN ou não permitiam chegar ao nível dos bisnetos”, afirma Eske Willerslev. “Com o nosso
novo método, é possível definir relações familiares mais profundas ao usar pequenas quantidades de
ADN.”
O Touro Sentado ajudou a juntar as tribos Sioux das Grandes Planícies contra os colonos
brancos que tiravam as suas terras, bem como contra as forças militares dos Estados Unidos que
tentavam forçar os nativos americanos a sair do seu território. O Touro Sentado liderou os
“guerreiros” nativos americanos que exterminaram as tropas federais lideradas por George Custer, na
Batalha de Little Bighorn, de 1876, no que é hoje o estado do Montana.
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Figura 2 - Ernie LaPointe, o bisneto do Touro Sentado
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Reflexão pessoal do 2ºArtigo “ADN em cabelo com 131
anos confirma o parentesco de antigo líder indígena
com um bisneto vivo”
Este artigo fala-nos de uma técnica que permitiu fazer a correspondência entre o líder
indígena, o Touro Sentado, morto há já 132 anos, e Ernie LaPointe, um homem de 73 anos. Esta
relação foi feita através do ADN de um cabelo do líder indígena, revelando assim o seu bisneto,
Ernie LaPointe. Este artigo relaciona-se com a matéria do ADN, pois foi através do material genético
do cabelo que foi feita esta associação.
Este novo método consiste numa análise do “ADN autossómico” em fragmentos genéticos
extraídos do cabelo do antepassado, e não em análises tradicionais que envolvem ADN específico no
cromossoma Y transmitido por linha paterna ou ADN específico nas mitocôndrias transmitido pela
mãe.
Concluindo, este novo método descoberto pelo grupo de cientistas liderado por Eske
Willerslev, permitiu uma correspondência entre um líder indígena morto há mais de 100 anos, e um
homem de 73 anos, o que é, para mim, uma descoberta massiva e muito interessante.
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3ºArtigo - Aves em perigo de extinção têm
partenogénese facultativa, acontecimento inédito para
esta espécie.
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Este artigo fala sobre uma forma de reprodução menos comum nos seres vivos, a reprodução
assexuada, sem fecundação. O artigo enquadra-se diretamente com a matéria da reprodução
assexuada, mais concretamente com a partenogénese facultativa, onde há formação de novos
indivíduos exclusivamente a partir do desenvolvimento de gâmetas femininos.
O artigo fala sobre uma espécie de aves em extinção, o condor-da-califórnia e como foi
descoberto pela primeira vez que, esta espécie também realizava partenogénese, tal como o tubarão,
a raia ou o lagarto. Foram encontrados dois pássaros machos desta espécie que não mostravam
quaisquer contribuições genéticas das aves que deviam ser seus pais. Porém, o que um dos
investigadores, Oliver Ryder, acha mais estranho é que ambos os condores SB517 têm mães
diferentes, e cada uma delas está alojada com machos. Para além disso, ambas as mães já
reproduziram antes e depois com aqueles machos. Fica então a dúvida do porquê de isto ter
acontecido.
Porém, alguns cientistas dizem que, apesar de ser uma teoria muito interessante, é demasiado
cedo para se dizer realmente o quão significativa é a partenogénese para a evolução da espécie ou
respetiva conservação, pois os exemplos da mesma são demasiado escassos.
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