Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ALITA, Nessahan (2005). Como Lidar com Mulheres: Apontamentos sobre um Perfil Comportamental
Feminino nas Relações Amorosas com o Homem. In: O Sofrimento Amoroso do Homem - Vol. I. Edição
virtual independente de 2008.
Resumo:
A arte de lidar com as mulheres no amor exige do homem um estado interior apropriado, que lhe
permita resistir aos encantos e fascínios femininos, e um conhecimento estratégico, que permita desarticular
trapaças amorosas e tentativas de indução de apaixonamento.
Palavras-chave:
1
ATENÇÃO !
Este é um livro gratuito. Se você pagou por ele, você foi roubado.
Não existem complementos, outras versões e nem outras edições autorizadas ou que estejam sendo
comercializadas. Todas as versões que não sejam a presente estão desautorizadas, podendo estar adulteradas.
Você NÃO TEM PERMISSÃO para vender, editar, inserir comentários, inserir imagens, ampliar,
reduzir, adulterar, plagiar, traduzir e nem disponibilizar comercialmente em nenhum lugar este livro.
Nenhuma alteração do seu conteúdo, linguagem ou título está autorizada.
Respeite o direito autoral.
Advertência
Esta obra deve ser lida sob a perspectiva do humor e da
solidariedade, jamais da revolta.
Este livro ensina a arte da desarticular e neutralizar as
artimanhas femininas no amor e como preservar-se contra os danos
emocionais da paixão, não podendo ser evocado como incentivo ou
respaldo a nenhuma forma de sentimentos negativos. Seu tom
crítico, direto, irônico e incisivo reflete somente o apontamento de
falhas, erros e artimanhas.
Esta obra não apoia a formação de nenhum grupo sectário. As
artimanhas aqui denunciadas, desmascaradas e descritas
correspondem a expressões femininas, inconscientes em grande
parte, de traços comportamentais comuns a ambos os gêneros. O
perfil delineado corresponde somente a um tipo específico de mulher:
aquela que é regida pelo egoísmo sentimental. O autor não se
pronuncia a respeito do percentual de incidência deste perfil na
população feminina dos diversos países.
O autor também não se responsabiliza por más interpre tações,
leituras tendenciosas, generalizações indevidas ou distorções
intencionais que possam ser feitas sob quaisquer alegações e nem
tampouco por más utilizações deste conhecimento. Aqueles que
distorcerem-no ou utilizarem-no indevidamente , terão que responder
sozinhos por seus atos.
O autor é um livre pensador e não possui compromissos
ideológicos com nenhum grupo político, relig io so, sectário ou de
outro tipo.
2
COMO L IDAR COM MULHERES
A PONTAMENTOS SOBRE UM PERFIL COMPORTAMENTAL FEMININO
NAS RELAÇÕES AMOROSAS COM O HOMEM
3
As críticas aqui contidas não se aplicam às mulheres sinceras.
4
Í ndice
I ntr oduç ão
1. Car ac ter ístic as do fa ls a me nte c hama do "s e xo fr ági l"
2. As e ta pas do trab alh o de e ncant ame nto de mul here s r efr atár ia s e arre dia s
3. C uida dos a t o mar qua ndo lid a mo s co m mulh e res es per tinh as q ue tenta m tr a pa ce ar n o
a mor
4. C o mo s ob r evi ver no difí cil jo go d as fo r ça s ma g nét ica s da s ed uçã o que en volvem
fê mea s tr apac eir as
5. S obr e o de s ejo da mu l her
6. As t or turas ps ic oló gic as
7. A ultr a pas sa ge m da s de fes as e mo c ion ais
8. P or q ue não de ve mos di sc utir e ne m po le mi z a r
9. S obr e a imp os s ibil ida de de do mi na r o "se xo fr á gil "
10 . A al ter nân cia
11 . P or que el as n os obse r va m
12 . Co mo lida r c o m mu lhe res q ue foge m
13 . A i mpo s s ib ili dad e de neg oci aç ão
14 . P or que é necess ár io ocu ltar no ss os s e nti me nt os e nos sa co ndut a
15 . O mis er á ve l s e nti me nto da paixão
16 . Os tes tes
17 . O círculo s oc ia l e s túpi do
18 . P or que é i mpo r tan te s er mos h ome ns de cid idos
19 . Co mo des tr o çar os jogu inho s emo cio nai s
20 . S o br e o t ipo de segur ança bus cada
21 . As ment ir as
22 . A infi de lida de
23 . A infa nt ilid ade
24 . O bs er vando - as c o m r eal is mo
25 . A pr is ion and o-as a n ós pe los senti ment os
26 . A ilusã o do a mor
27 . Co mo ser fa s cin ant e
28 . A o te le fone
29 . A nex os
Co ncl usõe s
Re fe r ênc ia s bibl iogr áfic as /E pí gr afe s /F il me s me nci ona dos /S uges tões bi blio gr áfi ca s
5
Introdução
Aquele que abrir este livro deve ter sempre em conta o fato de que
estou descrevendo um tipo específico de mulher – a trapaceira amorosa
espertinha – e de que as características apontadas são, na maioria das vezes,
inconscientes. Os indícios desta inconsciência são as fortes reações
femininas de resistência contra todas as tentativas de comunicar-lhes esta
realidade: indignação, surpresa, fúria ou a negação sumária. Não estou me
ocupando neste livro com as mulheres sinceras e tudo o que explico, detalho
e descrevo não passa de uma de uma grande hipótese e nada mais. Não se
trata de uma verdade absoluta e imutável que não possa ser questionada ou
da qual seja proibido duvidar. Descrevo aqui a forma feminina assumida por
características humanas pertinentes a ambos os sexos. Se não me ocupo com
a forma masculina assumida por tais características em sua manifestação, é
simplesmente por não ser a meta deste livro e também porque já foram
escritos muitíssimos livros a respeito. Espero não ter que repetir isso um
milhão de vezes. Já estou cansado de tanto reforçar estes pontos.
6
Algumas vezes, atormentam-nos, com seus jogos contraditórios e
incoerências, nos levando à loucura. Quando as vencemos, elas nos
presenteiam com os segredos maravilhosos e delícias que reservam aos
eleitos. Não são inerentemente más, são apenas humanas, como nós.
Como tenho visto muitos homens sofrerem nas mãos dessas deliciosas
criaturas, resolvi compartilhar o conhecimento que adquiri em duras
experiências.
7
1
superior. Esta porção parece ter sido banida para o inconsciente . Muitas
parecem identificar-se com seu lado sinistro, com a face tenebrosa
claramente apontada nas mitologias e foi isso o que me chamou a atenção.
Podemos dizer que a culpa por nosso sofrimento é somente nossa e a culpa
por elas serem assim é somente delas. Poderiam existir outros caminhos se
fôssemos diferentes... Infelizmente a humanidade prefere o mal. Nossa
parcela de responsabilidade por sofrermos nas mãos delas consiste na
debilidade de nos entregarmos ao desenfreio de nossas paixões animalescas
e ao sentimentalismo. Portanto, não temos e nem devemos ter nada contra as
mulheres mas sim contra nós mesmos: contra nossa ingenuidade e
ignorância em não enxergarmos a realidade e em nos iludirmos.
1
N o ca mp o estri ta me nt e amoro s o, o bv ia me nte.
2
A di mi nuição de co nflit os i nt ra -pessoa is re pe rc urte na d iminuiçã o dos c onflit os inte r-pess oais
d e gênero, o q ue, por sua vez, c ontribu irá pa ra enfra quece r o co mp ortamen to violento e nt re
casais.
8
lado positivo, não será tratado neste livro, apesar de existir e ser muito
importante, simplesmente porque desviaria o foco de nosso interesse. Não
as criei, apenas as descrevo como me parecem, sem máscaras ou evasivas. O
complexo e confuso mundo feminino precisa ser abordado de forma crua,
direta, realista e objetiva para ser compreendido. Entretanto, que o leitor se
lembre que este é apenas um ponto de vista pessoal a mais e nada além
disso. Não se trata de uma verdade acabada, inquestionável ou da qual não
se possa duvidar; são idéias expostas à discussão para aprimoramento
contínuo e não dogmas. As diversas discussões sucitadas pelas edições
anteriores permitiram grande avanço e apontaram caminhos para
aprofundamento. As críticas são sempre bem vindas.
3
O q ue si gnifi ca q ue some n te as mul he res que se e nca ix am n o pe rfi l aqui d escrit o te ria m
a lg uma razã o pa ra se sen tirem aludidas.
4
O s ma c his tas esclare ci do s sã o t ot alme nt e diferentes d os ma c his tas dog má ticos. Fo ram es tes
ú lti mo s res pons áv eis po r várias disto rções de me us tex tos . Ao s e depa ra rem co m mi nh a
linguagem divertida e irônica, cuja única intenção era aliviar a descrição de uma realidade
d olo rosa, min imizando o i mpa cto de s ua tragicid ade, ac redit aram eles ter encontra do um
es crito r q ue res paldasse sua s vis ões abs urd as e traumát icas. Um ma chist a mis ógino e uma
fe mi ni sta and rofó bica-misâ ndrica s ão, n o fun do, idê ntico s e caem no s me s mo s e rros : pratica m a
intolerância intelectual e de gênero, além de adotarem uma postura unilateral, fixa e acrítica.
Nunca escrevi para essas pessoas.
9
Este não é um manual de sedução, mas sim uma reflexão filosófica
sobre a convivência e o poder do homem (adulto) sobre si mesmo. É um
ensaio bem humorado, mas que às vezes dá asas ao desabafo, sobre o
comportamento feminino e sobre o auto-poder masculino. Se em alguns
momentos forneço informações estratégicas sobre a conquista, o faço
simplesmente para ajudar aqueles que sofrem dificuldades para obter ou
manter uma companheira adequada, já que elas muitas vezes possuem um
sistema de valores invertido que as leva a preferir os piores homens, fato
que as prejudica.
5
E pode mesmo se dar o caso de um dia a hipótese inteira ser abandonada se a realidade assim o
exigir.
10
(generalizações a partir de alguns casos particulares). Preferi optar pela via
da dedução, tecendo conclusões provisórias a partir de inferências por
premissas socialmente aceitas, validáveis pela experiência comum, ou
defendidas por autores que sempre admirei e que influenciaram fortemente
minha visão de mundo. Não são hipóteses científicas mas sim hipóteses de
um tipo mais filosófico e de inspiração espiritualista e religiosa. Os
conceitos adotados na elaboração do modelo e das conclusões, sempre
provisórios, foram e continuarão sendo elaborados a posteriori (pós-
conceitos) e não a priori (pré-conceitos). Lembre-se de que os preconceitos
não são mais do que pré-conceitos prejudiciais, hostis, fixos e imutáveis. O
preconceito se distingue totalmente da crítica. Esta visa apontar e denunciar
erros e aquele visa prejudicar.
O leitor deve ter em conta que não sou adepto do racionalismo e que,
quando critico a racionalidade feminina, o faço desde o ponto de vista de
quem considera a inteligência emocional e a intuição superiores ao intelecto
racional linear e frio, tipicamente masculinos.
11
1
1. Características do falsamente chamado “sexo frágil”
2
7. Nunca deixam o homem concluir se são santas ou “vadias” para
que ele não arranje outra.
1
O e xp ost o aq ui nã o se aplica a todas as mu lheres da T erra ao lon go de to da a hist ória passa da,
p resen te e futu ra da hu mani da de mas ape nas às es pe rtinhas q ue g os ta m d e tra pac ear n o amo r.
Su speit o que as esp ertinhas s eja m ma ior ia nos dias a tu ais ma s nã o es to u ce rto d isso pois nu nca
tive a ch ance de o bse rvar todas as fêmea s do ho mo s apie ns que res pira m atual me nte s obre o
nosso aflito planeta.
2
A palav ra é a qui e mp re gada apenas no se nt id o de uma pe ssoa d es oc up ada e oc ios a, ta l c omo a
definem os dicionários Aurélio (FERREIRA, 1995) e Michaelis (1995), e não em qualquer outro
se nt ido. Pa ra mim, toda pe ssoa que bri nca c om os se ntimen tos alhei os é u ma pess oa vadia,
in de pen de nt eme nte d o sexo e do nú me ro de parce ir os se xuais. E o que ma is pod eria se r alg ué m
q ue bri nca com a si nc erid ade dos ou tros senão des ocupado p or n ão te r al go ma is impo rta nte a
fa zer? Aq ui , a pa la vra te m um e mp r e go ma is ou men os pró xi mo a o da palavra " mege ra" e
ta mb é m e é qu ase um e qui vale nte femin in o d a palavra "ca faj est e", mu it o comu men te utilizada
p ara desi gnar ho me ns q ue trapaceia m n o a mo r. Enq uadram-se n este te rmo a quelas pes soas qu e
c ometem ad ul té rio s em o c ôn ju ge merece r, que i nd uze m uma p essoa ao apa ix ona mento co m o
exclusivo intuito de abandoná-la em seguida, que retribuem uma manifestação de amor sincero
c om u ma acusação ca lu niosa de assé dio sex ual etc. Esta pa la vra nã o é e mpr eg ada c om o me s mo
sentido pejorativo em todos os países de língua portuguesa e nem possui somente o significado
que lhe dá algumas vezes a cultura popular. Um exemplo típico de "vadia" é a personagem
Teod ora , do ro ma nce " Amor de Sa lvaçã o", d e Camilo Caste lo Branco. Nes te roman ce, Teod ora,
u ma es perti nha diss imulad a e ma nipula dora, se a pro veita dos ho me ns q ue a a ma m e o s le va ao
d eses pe ro e à r uína. Afo nso, uma de s uas víti ma s, a fu nda-se nos víc ios e ch e ga à beira d e um
s uic ídio, mas é salv o da des truiç ão a mo rosa por sua pri ma , uma mu lh er virtuosa e since ra.
10. Não amam em simples retribuição ao fato de serem amadas mas
por algum interesse.
3
11. Gostam de nos confundir com "torturas" mentais .
4
13. São emocionalmente muito mais fortes do que os homens .
16. Tentam nos induzir a correr atrás delas para terem o prazer de
nos repudiar.
3
E ssas " tort uras" me n tais sã o as impe rt inências do an imus fe mi ni no sobre a a ni ma ma sculi na.
Se gund o Ju ng (1 99 6) e San ford (198 6), o animus fe mi ni no te m u m p od eroso e feito de afetar a
a ni ma mas cul in a, pro vo ca n do n o ho me m s e nt ime ntos nega tivos que, e m algu ns cas os, po de m
levá-lo à ruína. Daí a i mp ort ânc ia do h ome m ass i mila r e in te grar s ua a ni ma . A a ni ma é a p arte
fe mi ni na (emot iva) do p si qu is mo do ho me m e o animus a parte masculina (logóica) do
p si qu is mo da mu lhe r (J UNG, 1995 e JUNG, 1 99 6).
4
E , p ortan to , nã o sã o inferi or es co mo s u põ em o s ma c histas dogmá ticos radicais, ma s
simplesmente diferentes.
13
21. Desistem dos jogos de engano e manipulação quando as
ludibriamos habilmente, deixando-as supor que realmente o estão
conseguindo.
5
28. Amam e se entregam totalmente aos cafajestes experientes .
31. Querem que o homem esconda seu desejo sexual até o momento
da entrega.
5
In fel iz me nte. Nessahan Alita nã o gosta diss o mas n a da p ode faze r a nã o ser den unci ar pa ra o
bem de todos.
14
34. Tornam-se inacessíveis após a conquista para que o homem
6
preserve o sentimento que geraram .
7
37. Temem o ódio masculino real, sem mescla alguma de afeição .
6
Esta c ar acterística é exausti va me n te tra tad a p or Fra ncesco Al be roni (19 86 /se m d at a). Gra nde
parte das características que apontadas neste capítulo são na verdade apenas ampliações e
impl icaçõ es obrig atór ias de s ua teoria da cont in uida de. Pa ra Albero ni , a mu lher b usca
incessanteme nte a co nt inuida de do int eres se ma sc uli no, isto é, ser i ninterruptamente ama da e
d ese jada. Assi m, o e rotis mo fe mi nino seria c on tín uo, enqua nto o erotis mo mas culino seria
d esc ontí nuo, já q ue o home m pe rde tempo raria me nte o int eresse p ela mu lher ap ós o ato sexua l.
A desc onti nuidade do masc ulin o teria o efei to de ferir a mu lhe r n os sen ti me ntos.
7
E o faz em com ra zão p ois a perda do c ontro le e mo c ional p or parte do ho me m o trans fo rma e m
u m mo ns tro s uic ida. Daí a importâ nc ia das leis que defe nda m a in tegri da de fí sica d a mul he r.
Es ta mo s ca rentes, poré m, d e leis que pr otejam a integ ridade e mo cional dos home ns. Os caso s de
h ome n s casados ou se pa ra dos q ue s equ est ra m e assassina m s uas es posas e filh os, s uicidan do -se
e m s e guid a, ou de j ovens s oltei ros que ma ta m v á rio s c olegas de esc ola (nos p eri gos os surtos d a
“battered man syndrome”) apontam para essa necessidade urgente. Se nada for feito, esses casos
15
46. Fogem e resistem para evitar que sua entrega provoque o
desinteresse do “perseguidor ”.
9
53. São física e psiquicamente lentas (resistentes ao tempo) em
certas situações: demoram para serem encantadas, para terem o
orgasmo, para tomarem decisões, para sentirem falta de sexo,
suportam esperar muito tempo, são pacientes etc.
irão se intensi fica r pe rig os a me nte . O mal ins iste e se fa z no ta r at é q ue sej a e nca rad o
frontal me nte.
8
Eis u m dos mo ti vos pe lo quais repro vo totalmente a co nduta mascu lina asse di adora. O
assediador obtém resultados opostos aos almejados.
9
En tr etan to, sã o e xtrema me nte r á pida s par a r eag ire m corr e ta ment e à s su as pr ópr ias
ne ces si dades e moc iona is .
16
55. Não se compadecem pelo sofrimento masculino ocasionado pela
insatisfação sexual (consideram "frescura" ou "sem-
vergonhice").
56. Uma vez relacionadas com um homem, ficam atrás dele somente
se ele resistir mais do que elas, evitando buscar contato e sexo.
61. São atraídas pelo macho "diferente" que seja superior aos outros
em vários sentidos, principalmente na possibilidade de oferecer
segurança.
17
68. Nos submetem e manipulam sem percebermos.
69. Nunca admitem que dão abertura para que outros a cortejem.
71. Não têm medo de jogar até o limite porque consideram que, se o
cara romper a relação, a ruptura aconteceu porque ele já não
prestava mesmo.
72. São afetadas pela nossa perda apenas depois que ela realmente se
efetiva.
77. Querem ser amadas por aqueles que sejam melhores em todos os
sentidos.
10
E sta é u ma c a ract er ística que t en ho o bse rv ad o mu it o em n oss os tempo s e uma das razões
p rin ci pais pel as qu ais os ca samentos nã o d uram ma is . A o ut ra razão pri nc ipal é a i nsa tisfa çã o
d o h omem, qu e val oriza as mu lhe res pe la bele za e pelo dese mp enh o sex ual.
11
R efi ro- me às c ontradiç ões a utênticas , q ue estão fo ra d o po der de contro le c onsciente, e nã o às
c ontradiç ões a parentes, alg umas das qu ais sã o simu la da s in tencio nalmen te, a lg umas veze s de
fo rma c onsc ie nte e outr as de forma inco ns cie nte .
18
12
80. Detestam adaptações .
12
Da í a i mpo rtâ nci a de nã o for çá -l as. Rejeitar mu da nça s é uma característica do ego.
19
2. As etapas do trabalho de encantamento de mulheres refratárias e
arredias
1
Foi Eli phas L év i (1855/200 1) que m p rime ira me nte me c hamou a a tençã o para es te fato.
2
De volv o, assim, as p rov ocações de Karen Salman sho n (199 4) que nos comp ar a, e m s eu livro
inteiro, a cães que d evem s e r do me stica do s (e la o faz de forma e xplíci ta e lite ral). Ap esa r d e
tu do, es tou me re fe rin do s omen te às mu lheres fú te is, a quel as q ue costuma m de s preza r os
20
3
corresponderão serão apenas as muito “feias” e chatas que se sentem
4
rejeitadas e não as melhores . Somente as desesperadas aceitam homens
assediadores.
Uma vez que tenha procedido assim, você a terá incomodado, como
poderá notar pelos seus gestos e movimentos (mexer os cabelos,
movimentar-se mais, mexer na roupa, falar alto para ser notada etc.).
Começará a ser observado, com a visão periférica ou focal. Surpreenda-a,
cumprimentando-a de forma ousada, destemida, antes que haja tempo para
pensar e olhando nos olhos de forma extremamente séria porém ainda assim
com certa indiferença. Se conseguir flagrá-la te olhando, não haverá outra
saída além de corresponder ao seu cumprimento. O contato terá sido
estabelecido. Em seguida, se quiser principiar uma conversa, fale em tom de
comando, com voz grave, e sempre atento a “contragolpes” emocionais,
brincadeirinhas de mau gosto, cinismo etc. Se perceber abertura, faça as
investidas mas com o cuidado de não ir além ou aquém do permitido. Se a
barreira ainda continuar em pé, isto é, se a mulher ainda assim manter-se
fechada, não dando nenhum sinal de abertura para uma investida, discorde
h ome n s s in ce ros, e não às de ma is. Limito a inda est a observação e xc lus iv amente ao campo
a mo roso e n ão a estendo pa ra outros camp os .
3
Segundo as convenções sociais. Como a beleza não existe de um ponto de vista objetivo,
e nten da -se po r “ fe ias” aq uelas que nã o se c onsidera m at raen tes ao pont o de des prez ar e
d es denha r do a mo r s inc ero dos “desinte ressantes” ou “a pagados ”.
4
Se gund o as me s ma s con ve nç ões sociais. A s oc ie dad e mo de rna su perval oriz a a be leza fe minina
e c ul pa s o me nte os ho me ns po r iss o. Mas e m v er da de, as mu lher es qu e se olham no e spelho e se
c onsidera m “b onitas” mu it as vezes s ão as prime iras a des p reza re m e se se ntire m s u periores às
mulheres e homens comuns.
5
Nã o s e trata de s imular ma s de a dquirir u m es ta do inte rn o d e ne ut ralida de ve rdade ira que se
revelará em suas atitudes.
21
de suas opiniões, provoque uma discussão mas não termine. Então ofereça
um número de telefone ou e-mail para continuá-la, dando prazo de espera.
6
O prime iro a ut or que me nciono u esta estratégia da “horrorizaç ão”, pel o que me le mbr o, foi
E li ph as Lévi. Vá ri as ve zes pensei e m s ubs tituir es te termo , pelas co nfus ões q ue po de suscita r,
ma s ainda não enc ontrei em no ss a língu a um eq ui va len te ma is a me n o. Se u si gnifica do p recis o,
a qui, é o de si mp les me nte contrariar as convicções fe mi ninas a re spe ito do b el o ou do cor reto e
n unca , ja ma is, o de ameaç á-la ou exp ô-la a q ua isq ue r pe rig os re ais o u i ma gi ná rios. Esta
c ontradição de ve t er sempr e u m r es ultad o fi nal be né fico ou in ofensiv o à mu lh er e nu nc a
p rej ud icia l. T rat a-s e de al go se me lhante a o que fa ze m o s men inos po r i nstinto para i mp ressi onar
as mu lh eres n a esc ola qu and o si mul a m q ue irão c omer s apos, lag artixas etc. El as grita m,
c orrem... e rie m. No fi lme “Consel heiro Amor os o” (T E NNANT, 2 001), com Wi ll S mith, a
“ horro rização” cal cula da e inofe nsi va é descrita pelo te rmo “c h oque”, ig ua lmente pro pe nso a
má s inter pre taç ões , e há um e xe mplo muito in teressante a respeito.
7
E portanto não estarão sendo sinceros e nem verdadeiros.
8
Sem exagero.
9
Lévi está ape nas des creve nd o o process o da se duçã o/ co nquista, t al como se dá na vida real,
in de pen de nt eme nte do per petrad or ter ou não escrúp ul os, e nã o re co me ndan do que se cause
p rej uízos e mo ci onais à pess oa sed uz ida. E m o utr as pa la vras, está a firman do q ue a qu ele qu e vai
se duzi r impress io na o psi quis mo da p ess oa desejada, de forma bo a o u má , i no fensiva ou
prejudicial.
22
po r mei o d a a bne ga ção e do pe r dã o; a s e guir, a va ida de s ecr eta l hes dirá qu e s er ia
e nca nta dor c onq uis tar o a mor de u m L ove lac e, a má - lo e lhe r es is ti r ; a o dizer q ue
qu is er a a má - lo, enr ube sc e, r en unc ia a i ss o mil v ez es mai s e a ca ba por a má - lo mi l ve ze s
ma is ; p os ter i or men te, q uan do chega o mo me nto s upre mo, se es quece d e res is tir- l he. "
( LÉ VI , 1855 /200 1, p. 337)
10
Sem ser agressivo e nem descontrolado.
11
Isso seria assé dio. Investir contra a g uarda fec hada de uma mu lh er é o me s mo q ue te ntar
fo rçar s ua vo ntade ou vio le nta r se u li vre arbítrio, a lg o detestá vel e que te m co mo e fe it o a
aversão.
23
continuamente nos casamentos ou em outras relações duradouras. Em todas
12
as fases é preciso driblar as resistências e devolver-lhe as conseqüências
de suas próprias decisões. A passagem das fases poderia ser sintetizada
mais ou menos dividida como segue:
12
Nã o ins istind o contra as me s ma s e b usc ando ca mi nh os alterna tivos .
24
3. Cuidados a tomar quando lidamos com mulheres espertinhas que
tentam trapacear no amor
Ob s. 1. N unc a ut ili ze es te s c onh ec ime ntos pa r a o mal ( se duz ir vár ias ao me s mo t e mpo,
e nga nar jo ven s vir gens, s e duz ir me no r es de idade etc .). Não qu eir a ban car o “ mac ho-
a lfa” ga ranh ão q ue c ome tod as poi s o des ti no de s te é s er a ssa ssi nado, c ontrair d oen ças
ve nér eas ou tor nar -s e i mp ote nte e m to dos o s s ent idos , in clusive o se xual, e s er
s ubs ti tuíd o p or ma cho s- b eta e m a s ce ns ão.
Ob s. 2. Es tas in for ma ções v isam a pe nas aj udar os be m i nte nci ona dos que são
de s favo r ec idos na ac irr a da c o mpe tiç ão pe las fê me as e não e st i mula r a pr o mis cu ida de
ma sc uli na. Se vo cê as util izar de for ma err a da, a c ulpa se rá t oda s ua.
4. Seja misterioso.
2
7. Espere pacientemente que a confiança vá se instalando .
1
Sem enganá-la, contudo. Adquira verdadeiramente estas características.
2
E nã o atraiço e. Esteja à a lt ura da confia nça q ue lhe fo r depos ita da para ma nt er a ra zão do se u
lado caso ela atraiçoe os seus sentimentos.
25
11. Deixe-a falar sobre sexo, caso queira, e demonstre grande
conhecimento a respeito.
26
4. Como sobreviver no difícil jogo das forças magnéticas da sedução que
1 2
envolvem fêmeas trapaceiras
1
As express ões “ fê me a” , “ fê me a hu ma na”, “ ma cho”, “ mac ho huma no” etc. sã o utilizadas e m
se nt ido biológic o e a ntropol óg ic o, tal co mo as utiliza m Des mond Morris, Theodo sius
Dob zhans ky (1 968) e outros auto res. Enten do q ue os seres human os perte ncem a o rei no ani ma l e
fa zem p ar te d a c lasse dos mamífe ros (ma ma l lia ) e da ordem d os ho min ídeos.
2
Ma is uma vez, refiro-me a penas à s trap ace iras amoros as e não às de ma is.
3
Poi s os se res hu ma nos de a mb os os sex os, incluind o os do sexo femin in o, são in erenteme nt e
infiéis. A infidelidade se origina de um d esequilíbrio entre as forças do Id e do Superego, ou
se ja, e ntre os imp ulsos do i nc onsciente e as capacidades do e go (us ual) de resistir-lhe.
27
9. Quando ela furar nos encontros, aceite as desculpas mentirosas e
furadas que receber no dia seguinte e faça de conta que
acreditou, ignorando, ou então vá para o outro extremo e
desmascare-a.
10. Nunca se iluda acreditando que descobrirá o que ela sente por
meio de perguntas ou conversas diretas sobre isso.
11. Seja indiferente aos jogos de aproximar e afastar que elas fazem
para nos deixar loucos.
4
Est a car acte rís tica t a mbé m e stá p resente nos h omen s mas po r ou tros moti vos e s ob o ut ras
ro upagens . Ac re dito q ue há, e m to do ser h uma no comu m, um li mite na capa cid ade de s uportar a
v erda de e do qu al se ori gina u m limite na capa cidade de exprimí -la.
28
18. Adote conscientemente um comportamento que a agrade mas não
se condicione.
5
19. Derreta-se em declarações apaixonadas raras e falsas .
29. Não seja sempre grosseiro ou mal educado nos modos e reações,
6
somente um pouco e de vez em quando .
7
30. Não se aposse .
5
O que é lícito pois, le mb re m-se, estamos t rata ndo de uma mu lher tra pace ira no a mor e nã o de
u ma mu lh er sincera.
29
33. Não entre de cabeça na relação, NUNCA!
35. Não fique atrás dela e nem se deixe ser atraído. Seja fascinante
para que ela fique atrás de você.
6
E ntreta nto, ja ma is d evemo s ce de r às provoca ções e agre di r a mu lhe r porque iss o n os ti ra
totalmen te a razão. E uma v ez q ue não ten ha mo s ma is a raz ão de n oss o la do, co mo po dere mo s
recla ma r ou e xigir a lg o?
7
Ou seja, não seja e nem se sinta o dono.
8
É u ma e xigê ncia e moc ional d elas me s ma s. Se desc obrem qu e n ão são cap aze s de fascina r o
home m, t orna m-se t rist es (ALBERONI, 1986/s em data).
9
Não se en fureç a leitor, é a pe nas uma bri nca deira. ..
30
42. Observe-a "de fora" (sem identificação) tentando captar seus
sentimentos.
10
46. Adestre-a gradativamente, recompensando-a por bom
comportamento.
10
É e xata me nte esta a e xpressã o u tiliza da pela es cr ito ra femin ista K are n Salma nsh on (19 94 ),
q ue reco me nd a lit era l e e xplicita me nt e às mu lh erem qu e a destr em os ho me ns c o mo s e fo sse m
cães.
31
58. Seja um espelho sem lhe dar muita abertura.
11
Portanto, jama is tente reprimí-la. Qua lque r tenta ti va de proibir ou repri mir o comportament o
fe mi ni no oferece motivos ime d iatos pa ra eficientes protestos vitimi stas . Você será tachad o de
cruel, ditador, opressor etc. Não dê motivos, apenas devolva conseqüências. Tenha como meta
pessoal a adaptação absoluta à realidade.
32
1
5. Sobre o desejo da mulher
1
Es te ca pí tulo se re fere a des ejos in cons cie ntes ma s q ue s e fa zem s e ntir penosamente n a
c onsciênc ia do ho me m p or seus e fei to s co ncretos. M ais u ma vez , não d evemo s ge ne raliza r. As
c oncl us ões aq ui descritas s e li mitam a uma p e rspec tiva a mai s da rea li da de a ser consi dera da.
Devo lembrar ao leitor que o inconsciente, em ambos os sexos, é a fonte de onde brotam os
p esa delos d o in fe rno e os s onh os ma ravil hosos do cé u.
2
O p róp rio Fre ud c on fess ou s ua i mp ot ên ci a p era nte es te pro bl em a.
3
Entretanto, esta ocultação nem sempre é consciente. Parece-me que na maioria das vezes a
p rópria mul he r as ne ga para si mes ma .
4
A c omp ar açã o com o ut ros ma mífe ros pare ce-me inevitáv el. Po de mo s ide ntificar se me lh a nça
e m c o mpo rtamen tos de gên e ro entre os v ários ma mí fe ros, pa rti cu la rme nte ent re os pri ma tas e o
33
homens excluídos do critério seletivo das mulheres são como os cavalos
rejeitados que jamais se acasalam. Algo muito semelhante acontece entre
leões, entre os gorilas e outros animais.
h ome m. O mes mo co mp ort amento a qui descrito e ntre os eqüin os é at ribuído po r DOBZ HANSKY
(1 968) aos homin íde os a nce strais do ho me m. Dobzha nsk y ac rescenta ain da que, nesses c as os, os
ma c hos -beta fi ca m à marg e m do gr upo, à es pe ra do mo me nto em q ue poss am at aca r o ma ch o-
a lfa e destroná -l o. Uma hip ótes e muito pr óx ima foi defe n di da por Fre ud ( 1913/19 74 ).
34
de função e utilidade. Nossa falta não é sentida fora de um contexto
utilitarista.
35
sem fazer barulho e nem esforço, como se não quisesse fazê-lo. Seja mais
5
temível do que amável . Impressione-a sem alarde, por caminhos contrários
àqueles que todos trilham. Aproxime-se sem medo mas com indiferença,
6
olhe fixamente nos olhos para atemorizar e em seguida dê alguma ordem
protetora, ignore partes interessantes do corpo à mostra, discorde, ataque
7
seus pontos de vista equivocados, espante-a, “horrorize-a” com seus
8
argumentos sólidos, escandalize-a, deixe-a emocionalmente indefesa e
surpreenda protegendo com indiferença. Não tema a aproximação e nem a
perda. Arrisque-se. Saiba dosar a exposição à perda com maestria. Amarre-
9
a , faça com que pense continuamente em você. Habite seus pensamentos e
10
suas lembranças como um fantasma, como ela faz com você. Não tente
atravessar as barreiras pelos caminhos que todos tentam, penetre a fortaleza
pelas passagens que estão desguarnecidas por não serem notadas pelos
idiotas. Saiba perceber o momento de se aproximar e de afastar, de mostrar
desinteresse e interesse, de repudiar e acolher. Não se mecanize em um
padrão como se fosse um robô. Acima de tudo, esteja seguro e ame a si
mesmo.
5
A res pe it o do te mo r e a mo r, veja -se Ma quia vel (1513/1 97 7; 15 13 /2 001) e Eliphas Lé vi
(1855/2001).
6
De forma saud áve l. Vide a n ota sobre a “ho rroriza çã o” calculada.
7
Re firo -me à “ hor rori zação” c alc ula da.
8
Re fi ro- me ap enas ao c aso em que isso se jus tifica como le gítima defesa emoci onal , ou s eja,
q uand o el a ten ta r rebai xa r s ua auto-estima , ri dic ularizá -lo, des pr ezá -lo e tc.
9
Pe los sentimen tos, fazend o ela gos tar d e você. “A mu lh er te ac orr en ta a través de teus d ese jos.
Sê senhor dos teus desejos e acorrentarás a mulher.” (LÉVI, 1855/2001, p. 73)
10
Obviamen te, trata-se de uma me tá fora.
11
A baixa esta tu ra pa rece se r lida pelas mu lhere s como um s i na l de i nferiori da de mas culina,
infelizmente. Isso significa que os homens baixos terão que compensar esta característica com
o utr as q ue ex erça m e fe ito de a tração. Entre dois home n s que lhe pa reça m abs ol utamen te ig uais
e m tud o, a mul he r optará p el o ma is alto .
36
superioridade: as operárias desejam o dono da empresa, as pacientes
desejam o médico, as alunas desejam o professor, as fãs desejam o artista,
as baixas desejam os altos e as altas desejam os mais altos ainda! As alemãs
desejavam Hitler e as russas, Stalin (ALBERONI, 1986/sem data). Quanto
maior for a distância, maior será o desejo, o que explica os gritos histéricos
13
e desmaios de mulheres em shows. Os “inferiores” são rejeitados. A
superioridade é definida pelo contexto social.
12
À s v ezes ut ili zo t er mos “c r us” p orq ue me u públ i co a lv o sã o os h omen s he t eross ex uai s
adultos. Não tenho porque ser delicado.
13
Aos olhos femin in os, obvi ame nte .
14
Os cafajestes são autênticos estelion atário s emocionais. Nessahan Alita não aprova a sua
c onduta mas in fel iz me nt e o bs ervou que e les s ão bem s uc edid os c om a s mu lheres. Pr ovavel me nte
p or mo ti vos i nc o nscie nt es, el as pa rece m t er predileçã o esp ecia l p or est e tipo de ho me m, fa to
que as prejudica.
37
de ser compreensivo por não se importar com o que sua parceira faz ou com
quem anda, já que possui muitas outras e não quer compromisso. A procura
somente para o sexo e a esquece por um longo tempo em seguida, fazendo-a
oscilar entre a esperança e o desespero. Não a bajula, não é pegajoso. É
distante e misterioso, já que precisa ocultar sua vida, suas intenções e o que
faz. Tem todos os ingredientes de um amante perfeito e mau-caráter,
infelizmente.
15
É iss o o que a o bservaçã o li vre de preconc eitos tem me re velad o a té o mo me nt o (e es to u
a be rto e mo dificar esta co ncepção desd e que me provem). S endo assim, o h omem qu e f ala e m
to m de co ma nd o nã o as está a gr ed in do e mo cional mente ma s a tende nd o a u ma s olicit açã o.
38
casamento são procurados os bons, fiéis, honestos e trabalhadores. Logo, a
melhor parte muitas vezes é destinada aos que não prestam e a pior é
destinada aos politicamente corretos.
39
a atenção e gentilezas deste. Se enfurecem e se irritam terrivelmente porque
o desejo insatisfeito de rejeitá-lo e, ao mesmo tempo, não serem rejeitadas
16
as traga vivas por dentro .
16
Es ta te n dênc ia incons cien te lhes é ex tre ma me n te pre ju di cial po r que as imp e le a perse guir
a queles qu e as rejeita m e, a o mes mo te mpo, imp e de que se sinta m atraí das po r a que les qu e as
a ma m e desej am. Se estes últimos des pe rtasse m v iol enta me nte o de sejo feminino, o encont ro
d os se nt i me nt os, t ão s on ha do p el a huma ni da de d es de os pri mórd ios, se ria p oss í vel. Po ré m, sou
incapaz de antever que conseqüências isso teria.
40
A necessidade de se sentirem desejadas as mobiliza para o clássico
jogo de atrair e repelir, provocar e rejeitar.
17
Para prejudicar a relação e torná-la pior.
18
Re fir o-me ao do mínio da li de ra nça , c onve rgente c om os dese jo s e neces sida des da mu lhe r e
não à coerção física ou psicológica que se contrapõe a estes. Trata-se de um domínio liderante e
c onsenti do, q ue a lev a a se nt ir-se protegida e segur a c o mo uma c riança. Para fica r ma is cl ar o:
u ma fo r ma de d omín io aut or i za do em q ue o ho mem ord e na e xatame nt e aqui l o q ue a mu l h er
n ecess ita e o faz para o bem d e la. A tenta ti va de do mina ção c oerc itiva p or parte do h ome m
leg iti ma in fernizaç ões e mo ci onais po r p arte da mu lh er co mo for ma de de fesa. O e xe rcício nã o
c onsenti do ou eg oísta do po der ma s culino intensifica os dra mas emoc io nais e piora a re lação.
Qua nt o ao e xe rcício consen ti do d o p oder, é o q ue co ns agra toda s ocie dade de mo c rática (o casa l
é u ma fo rma d e soc ie da de). O c ontrário diss o seria a an arq uia. S abe-se que todas as s oc ie dades
h uma n as d emoc ráticas ad otam o ex e rcíc io c onse ntid o do po de r, p ossue m hierarquias e
a ut ori dades, as qu ais exercem o domín io que lhes ca be. A rec usa em exe rc er est e do mínio , p or
p arte das a utoridades , ca rac te riza ria uma o mis sã o qu e p ro voca ria p ro testos e até o c aos s oci al.
É neste s entido que a Bíblia (I Coríntios , 7, 1-40; I Ped ro, 3, 3 -7 e I Ti mó teo, 2, 1-15 ) o rdena
às mul he res q ue seja m suje itas a os mar ido (e n ão em u m s entido opresso r co mo interpreta m
e rroneamente os ini migos do cristianismo) e pre vê puniçõe s para o abuso de pode r deste último.
O po de r de ve se r ex erc ido c or re ta me nte, visa ndo o b e m c o mum (d a s oc ie dade c omo u m tod o, da
fa mí lia o u do casal) p or p arte da quele que lide ra. É s abido que, na gíria po pular, as mulhe res
rotulam como “bananas” aqueles que se recusam a exercer o poder que lhes cabe na relação a
d ois, pre fe rin do s ub meter-s e e ob edecer a parc ei ra. Assi m, dize m, “ fu la no é u m ba nana p ois
d ei xa que eu ma nd e e d es man de nel e!” Est a qua li fica ção do s s ubmiss os co mo “b an a nas”
e vi de ncia a s olicit açã o de u ma pos tu ra ma sc ulina do min a nte. É a esta mo dal idade de domín io
q ue me r e firo e m me us l i vr os e n ão a o d omí nio co erciti vo e n em o press or. É u m d omín i o
e xe rcid o s obre a mu lher, po r s eus e fe it os, mas antes diss o é e xercido s obre o ps iquis mo do
h ome m. As mul he res sã o u nâni mes em a fir ma r qu e detesta m s e r lideradas, ma s se c on tra dize m
quando tomam a titudes qu e infe rn izam o home m s ubmiss o, s olicita ndo domí ni o e liderança, e
q uand o se m ost ram v i olenta me n te atra ída s pel os l í de res e, de f or ma ge ral, po r t od os os h ome n s
q ue se d estaque m c omo o ce nt ro do c írc ulo s oc ial no q ual estã o inse ri das. É muit o ma is cô mo do
e seguro ser liderado do que liderar. Os riscos e perigos da responsabilidad e pesam muito mais
sobre os líderes do que sobre os liderados e esta é uma das razões pelas quais as mulheres
e xi ge m o do mín io ma sculino e se ntem d es p rezo pelos c ap achos. Ent retanto , se a lide ra nça for
desastrosa, aquele que a exerceu será infernizado até a beira da loucura. É um duplo peso: além
d e arc ar c om o i ncômod o d a lide ra nça, a que le que lid era não po de c ome ter err os a o dominar e
liderar.
41
Quando um povo invade e conquista o território de outro, dominando-
o, as fêmeas do povo dominado se entregam ao povo dominador. O fazem
não somente por serem obrigadas à força, como parece à primeira vista, mas
também por se sentirem atraídas pelos machos que detém o poder. Isto pode
ser comprovado ao se observar, por exemplo, como as brasileiras se
comportam em relação a turistas norte-americanos ou europeus. O inverso
não ocorre: as fêmeas do povo dominante não se sentem muito atraídas
pelos machos do povo dominado. Excetuando-se os casos especiais, a
tendência geral confirma minha hipótese.
19
Eis outra prova de que as características descritas aqui são inconscientes.
42
sua ausência e não sentirá nenhuma saudade ou falta de sexo a menos que se
veja exposta a algum perigo ou dificuldade. O apaixonado não é valorizado
porque está sempre disponível. O mesmo vale para o assediador.
20
Agrada-lhes muito rejeitar assediadores . A rejeição é altamente
gratificante por elevar-lhes a auto-estima. É por isto que se insinuam,
simulando estarem interessadas, para nos rejeitarem amavelmente em
seguida. Quando não podem rejeitar, ou seja, quando ninguém mais as quer
21
por estarem “feias”(sic) , tornam-se depressivas. Rejeitar ao invés de ser
rejeitada é uma das insanas obsessões do inconsciente feminino.
20
Nã o me re firo aos psic opatas que assed ia m s e m serem p rov oca dos e insis te m c onsciente me nte
c ontra os desejos e vi de ntes da mu lher de ma ntê-los distantes mas sim a os home n s desastra dos
q ue o faze m p or ac re ditare m q ue estão a gr ada ndo ou q ue te n ham a lg uma chance c o m a mu lh e r
d ese jada. Ger al me nt e tal co nfusã o o c orre po r d oi s mo tiv os: a) o asse diad or in ter pr et a
e rro neamen te os si nais e nv ia dos p el o co mp ortame nto femini no; b) a mu lhe r e nv ia,
p ropos ita lmente ou não, sinais indi cando es tar i nt er essa da q ue ma ntê m, ass im, as es peran ças do
infeliz.
21
A s oci ed ad e co nv enc io nou, in feliz me nt e, que as mu lhe res perde m a bele za à me dida em qu e
envelhecem e até hoje se recusa a relativizar o belo.
43
servem para nada além de trabalhar, prover e levar chifres. Ao assumirem
22
um papel passivo na relação, comunicam que são exemplares inferiores da
espécie, portadores dos piores genes e, portanto, inadequados ao
acasalamento. Conseqüentemente, as fêmeas não sentem pelos mesmos
nenhuma excitação sexual. Quando os submissos se casam, recebem apenas
uma quantidade racionada de favores eróticos, o mínimo para não se
rebelarem contra o adestramento.
22
Tra ta -se de uma ma ni festação d o process o de seleçã o natu ral desc rito por Dar wi n.
23
Pois o inconsc ie nte nã o se gue o que con ve ncio na mo s se r a ló gi ca.
44
Há duas formas de frieza e domínio: a protetora e a exploradora-
opressora. A primeira as beneficia e é desejada por atender às necessidades
biológicas e sociais da mulher. A segunda as atemoriza, provoca ódio e
24
repulsa. Abusamos da segunda forma no passado e hoje sofremos as
conseqüências terríveis. Somos odiados porque, quando tivemos o poder na
mão, o utilizamos de forma errada. Só nos resta agora corrigir o erro.
25
Domine-a para protegê-la, assuma o comando.
24
Est e foi o err o d o mac his mo e xtremista. Ao fazê-lo, forne ceu raz ões de so bra à re beldia d as
mu lh eres. O resulta do da ev ol uçã o d este proc ess o de ab uso d e poder foi o nasci me nt o do
fe mi ni smo.
25
Pa ra evit ar q uais q uer co nfu sões, dife re ncie mos to ta lme nte o domín io da d ominação. Nes te
livro, s ugerimo s ao homem a pe nas o do mín io d e si, da situaç ão que e nv olve a a mbo s os
p arceiros, da rela ção e, q u a n d o s o l i c i t a d o e c o n s e n t i d o, da mu lh er (no se ntido p ura me nt e
a mo roso da pa lavra e em ne nhu m o ut ro – s o u tota lme n te c on trári o à domin açã o da me n te a lh eia
c om q ua isq ue r fi ns que se ja m). Esta idéia de domí ni o (e nã o de do mi nação ) s uscitou muit as
c ontro vé rsias. O do mí nio c onse nti do, trata do a qui, é na ve rdade res ulta do n at ural da re nún cia à
d omi nação coe rcit iv a. A d omi nação coe rcit iv a é op ressora. Ao renu nci armos de fo rma compl eta
e verd ade ira à dominação co ercitiva , gesta -se na mu lhe r um senti me nt o de vulne rabil id ade
(d esp roteção) q ue a lev a a s olici ta r inco nscie nt eme nte posturas mas culinas do mi nantes. Est a
s olicit açã o se e xte ri oriza sob a fo rma d e c omp or ta me nt os p rov oca ti vo s, desafi ado res e
irritantes. Isso parece ter relação com o complexo de Elektra ou, pelo menos, estar de alguma
fo r ma v in cu la d o à qu est ão p ate r na.
26
Como ac ontec ia q uand o e la e ra c riança em re lação ao pai. Nova me nte o mes mo co mp lexo.
45
que são portadores dos melhores genes no sentido da sobrevivência animal,
27
uma vez que não buscam o amor de ninguém para serem felizes . Isto
explica porque os vilões, mafiosos, famosos, empresários inescrupulosos e
poderosos possuem tantas mulheres lindas. Explica ainda porque os bons
maridos normalmente recebem apenas um mínimo em termos sexuais e
porque as esposas não sentem por estes últimos grandes paixões ou
excitações.
27
T rata -se de uma remin isc ênc ia a ncestra l dos primat as ho miníde os, e nt re os quais o mai s
poderoso e inteligente para fazer frente ao mundo hostil e selvagem era o melhor protetor
(DOBZHANSKY, 1968). Suspeito que vida civilizada tenha invertido ou destoe o sentido do
c ritér io sele tiv o fe mi nin o.
46
quando mas também, e talvez principalmente, fazê-las chorar com certa
freqüência.
28
Há uma ilo gici da de ap a rente e uma il ogicidad e rea l. Amb as po de m s er ou n ão ser
inc onscientes e in tenciona is. Há cas os e m q ue a mu lhe r q ue r a pe nas pa rece r ilógic a sem s ê- lo
de fa to , ma s não es tá consci ente de tal desejo. Nes te cas o, a ilogicidade se rve a uma meta
lógica mais profunda. Há outros casos em que ela é realmente ilógica. Este último caso resulta
d e des ej os co ntradit óri os e mu tua men te e xclu dentes. Mas e m a mbo s o s cas os p od em ha ver
resíd uos v ar iá veis de c onsc iência . Não p odemos sabe r na da s obr e a consc iê ncia ime d iata do
outro.
47
6. As torturas psicológicas
1
As fêmeas espertinhas "atormentarão" (provocarão e irritarão) os
2
machos que não souberem exercer o domínio por meio de uma frieza
3
protetora, de uma vontade poderosa e de uma severidade extrema . Sentem
grande satisfação ao criarem quebra-cabeças e jogos emocionais; se
comprazem em nos observar sofrendo enquanto tentamos desarticulá-los.
Quando nos vêem no sufoco, desesperados para sair das tramas psicológicas
que criam, ficam felizes e podem medir nossa persistência para, assim,
avaliar até que ponto conseguiram nos fascinar, pois buscam a continuidade
unilateral do encontro amoroso. Tenha sempre a razão no seu lado para não
cair de cabeça no precipício.
“A os t rez e a nos, o corre u ma r eve la dora dife r enç a e ntre os sexo s: as me n ina s s e
to r na m ma i s ca pazes do q ue os me nino s de pla ne jar ar dil os as tát ic as agr es si va s c o mo,
po r e xe mpl o, i so lar os out r os, faz er fut r icas e co me te r v ing anc inh as dis s i mula da s. Os
me nino s, e m ge r al , c ont inua m b r igue nto s, ig nor a ndo a uti liz ação de es tr a té gias mai s
s uti s. Ess a é a pen as uma da s mu i ta s fo r mas co mo os me n inos – e, d epo is, os ho me ns –
s ão me nos s ofi st ica dos que o sexo opos to nos at alh os da vida a fet iva .” ( G O LEMA N ,
19 97, p. 145 )
1
Essa s "t or tu r as " s ão uma da s ex pres s õe s do amo r s ádi co de scr ito por Fr o mm ( 1976 ).
2
R ef i ro - me ao do mín i o emo ci onal q ue r es ul ta nat ur al me nt e da re n únci a ma scu li na a t oda for m a
de do minação c oe rcitiva.
3
Re firo -me à seve ridade que o homem d eve e xe rce r s obre si mesmo pa ra e ducar s ua vo ntade.
48
é na verdade um simples mortal comum. Ela então se desencanta e perde o
interesse. Desiludida, passa a detestá-lo e a atormentá-lo psicologicamente
(ALBERONI, 1986/sem data):
4
Po r motivaçõ es inco nscientes já que o inco nscien te não obe de ce às re g ras mo rais.
49
Por serem psicológicas, as estratégias femininas de ataque e
retaliação raramente são admitidas. Ocultam-se muito bem dos olhos
comuns que apenas sabem enxergar o externo, o físico. Não obstante, são
altamente eficazes na indução do sofrimento alheio.
5
No sentido dado pelos dicionários Michaelis(1995) e Aurélio (FERREIRA, 1995).
50
Uma forma muito comum de torturar é por meio de atitudes suspeitas
que provocam ciúmes. As etapas desse processo de tortura mental são as
seguintes:
6
No sentido dado pelos dicionários Michaelis (1995) e Aurélio (FERREIRA, 1995).
51
mantê-lo neste estado durante os próximos dias. É que elas gostam de nos
ver assim, desesperados, porque isso lhes dá um mórbido prazer associado à
sensação de que há um trouxa que as esperará por toda a vida. Entretanto,
esta modalidade de prazer não as preenche enquanto mulheres e você será
considerado um macho secundário e desinteressante caso se mostre assim,
um mero sobressalente guardado de reserva para o último caso. O primeiro
da lista será aquele que não der muita bola sem se deixar polarizar na
frieza. Se você cometeu este erro de ser ciumento, para corrigí-lo é
necessário desfazer a crença que foi criada. Este padrão comportamental
feminino de afastar-se quando o macho está enciumado ou carente também
pode ser muito útil quando você estiver de saco cheio e quiser sossego por
alguns dias: basta simular uma cena assim e você será deixado em paz. Mas
não se esqueça: se com o passar dos dias você não confirmar com sinais
adicionais a crença que induziu, sua companheira virá desesperada atrás de
você.
52
Em síntese, os mecanismos de tortura consistem em atiçar nossa
dúvida, nosso impulso sexual e nossos sentimentos amorosos ao máximo
mas nunca satisfazê-los. Quando resolvem satisfazê-los, o fazem por se
7
sentirem ameaçadas , movidas pela idéia de que estão perdendo o domínio,
mas mantendo a expectativa de que mais à frente poderão nos lançar na
insatisfação prolongada novamente. O desejo erótico e o sentimento de
amor (entendido aqui como apaixonamento e apego) são normalmente as
principais ferramentas usadas, sendo as demais raramente empregadas a não
ser em associação direta com estas ou em casos excepcionais. A excitação
não satisfeita promove um estado de desconforto que pode ser prolongado
ao máximo. É por este motivo que o ódio, a rejeição ou a indiferença reais
por parte do homem as atemoriza: as tornam impotentes. O ódio não é
8 9
recomendável . A indiferença sim e esta pode ser conquistada quando
eliminamos todos os egos relacionados com paixão, apego, luxúria, afeto
etc.
7
Em seu poder sobre nós
8
Fa ç o questão de s u bli nha r e sta re come n dação. O ó di o é o rigem d e inú me ras psic op at ologias e
a queles que o cultiva m, in depen de nteme nte de esta re m ou não c o m a razã o, c o ndenam-s e a viver
o infern o na al ma . O sis te ma ne rvoso e o siste ma i mun e se infl ue ncia m reciproca me nt e
(GOLEM AN, 19 97 ), o que fa z co m que emoç ões negativas, ta is co mo o ód io , alte ram a
qualidade e a intensidade da resistência corporal, provocando doenças. Um estudo no Reino
Unido re velou que as desilus ões a morosas au me ntam o ín di ce de do enç as ca rdíac as (BUST V,
2007)
9
Nos casos em que isso se justifica pela tentativa da outra pessoa brincar com os nossos
se nt ime nt os.
10
Ou se ja, sem de ix ar -se diss ua di r p or ma n ipulaç ões se nt imentais.
11
O que é muit o ma is nobre e não é c ova rde c o mo o a to agre dir.
53
desmascarar com a velocidade de um raio. Se a denúncia for adiada, se
transformará em mera discussão e a oportunidade terá sido perdida. Não
deixe jamais o desmascaramento para depois porque não surtirá o mesmo
efeito devido às artimanhas femininas para evasão dos problemas da relação
amorosa. O problema aqui consiste no fato de que somos lentos, por sermos
mais racionais, enquanto nossas amigas são velozes por se moverem e se
12
motivarem apenas por sentimentos . Para superar esta deficiência de
13
velocidade, basta que nos acostumemos a esperar o pior . Deste modo,
estaremos um passo à frente, adiantados na percepção das artimanhas
alheias.
12
A intel igênci a emoc ional é muito ma is rápida do q ue a intele ctual e as mu lhe res su pe ram o s
h ome n s nesse campo . O i nt elec to é le rdo, reta rdat ár io. L ogos é uma fu nçã o predomina nte no
h ome m e E ros a funçã o pred ominante na mu lh er (J UNG, 2002 ).
13
De ou tra forma, ta lve z ma is ace rtada, p odería mo s dize r: esp erar tudo, tanto n o que se refe re
a o be m c o mo no q ue se refe re a o ma l, ou então não e spe ra r na da, o que é quase a mes ma co isa.
A a gr essividade é u ma fu nçã o i nc ons cient e hu ma na n at ur al ( FRE U D, 1 91 3/ 19 74 ) e m s uas v árias
mo da lida des . To dos os seres hu ma nos ag rid em, ainda que não saib a m diss o o u nã o aceit em.
14
Iss o já não é atualme n te ma is válid o pa ra algu ns país es. Entret an to , as l eis ainda não
rec on he ce m a violên cia emo ci onal a mo rosa per petra da por mu lh eres co nt ra ho me ns, mas a penas
p or h ome ns c ontr a mulh e res. É um r efle xo do p re co nce it o gen eraliz ado contra o g ê nero
ma s c ulino ( CRE VE L D, 200 4).
15
Que se relacio na es treitame nt e a o comp le xo da inveja do Pê nis ( Freud ).
54
as verá elogiando a importância que temos ou admitindo a dependência que
possuem de nossa proteção. Conclui-se, portanto, que nossas manipuladoras
sofrem inconscientemente com ódio e inveja, não aceitando sua natural
condição diferente da masculina, e sentem um prazer sádico em nos
atormentar, razão mais do que justa para nos defendermos mediante a
eliminação de nossas fraquezas internas e dar-lhes algumas liçõezinhas.
55
7. A ultrapassagem das defesas emocionais em mulheres fechadas à
aproximação e ao contato
1
Re firo -me às ar rogante s e esn obes e não às humil des, gentis e since ras .
56
Vejamos o que acontece. Dada a duplicidade do significado atribuído
ao sexo, diante do desejo masculino as fêmeas visualizam duas
possibilidades: uma que desejam e outra contra a qual sentem um horror
instintivo. A possibilidade que desejam é a de serem amadas e a que
detestam é a de serem violentadas(ALBERONI, 1986/sem data). Esta última
é a que as torna tão propensas à histeria. O medo inconsciente de serem
violentadas é que as leva a rejeitar os fracassados, os incapazes de seduzí-
las, os tímidos, os pegajosos, os infantilizados e, de um modo geral, todo
assediador ou perseguidor (ALBERONI, 1986/sem data). Esta contradição
as torna desconcertantes pois temem e desejam ao mesmo tempo
(ALBERONI, 1986/sem data). A contradição de sentimentos, inerente à
contradição das possíveis conseqüências do desejo masculino, as leva a agir
de um modo paradoxal que não nos permite saber o que realmente querem.
A mínima suspeita de alguma intenção de violência sexual pode
desencadear uma crise histérica que originará uma cadeia social hostil
contra o assediador. Todo cuidado é pouco para não sermos confundidos
com um fracassado e aí reside o problema pois temos que nos aproximar,
2
travar contato e conquistá-las sem assediar . Daí a importância de sabermos
ler corretamente os sinais, de jamais insistir contra as resistências, de
3
sabermos nos aproximar com certa dose de hipocrisia (LÉVI, 1855/2001) ,
sem transmitir que estamos desesperados, e nunca forçarmos absolutamente
nada. Temos que atravessar apenas as passagens que nos são abertas. Mas as
passagens não serão abertas se não ocultarmos nosso desejo. O desejo
masculino explícito causa medo, aversão e nojo (ALBERONI, 1986/sem
data), ao contrário do que pensam os ignorantes. É repulsivo. É por isso que
se você mostrar seu pênis em público irá para a cadeia imediatamente
enquanto que sua vizinha, se tirar a roupa no centro da cidade, será apenas
4
levada ao médico carinhosamente . O desejo masculino explícito fecha a
passagem à intimidade.
2
E sem violentar suas emoções.
3
Re fe re-s e a uma fo rma de hipoc risia sau dá vel, conh eci da p op ul arme nte por “c ar a-de -pau”.
4
“ O ho me m mo s tra o pênis pa ra ex cita r e a mu lher gr ita ” ( ALBE R ONI, 1986/s e m data)
57
Na mente feminina há uma abertura constante, uma passagem que
nunca se fecha. Um sedutor hábil rapidamente a identifica e a utiliza. Trata-
se da abertura para a intimidade "sem malícia" com um homem que
convença que é desinteressado, sem segundas intenções, sem objetivos
sexuais mas ao mesmo tempo protetor e dominante. Paradoxalmente, quanto
mais ocultamos a intenção sexual, mais abertura para uma intimidade
"inocente" conseguimos. É por isso que você deve desconfiar dos
amiguinhos inocentes de sua esposa.
5
T ra ta -se de u ma exp ressão metafórica.
58
mulher se abra e se entregue aos poucos. O mesmo sucede com os
psicoterapeutas, para os quais elas revelam segredos que jamais revelariam
a ninguém e muito menos aos maridos. No fundo, as fêmeas querem se
sentir acolhidas, compreendidas e aceitas tal como são, sem que nenhum
favor sexual seja exigido em troca. Querem se sentir seguras, ter um porto
no qual podem atracar.
6
Creio que era a isso que Nelson Rodrigues se referia em suas frases sobre os gin ecologistas.
7
Re firo -me ao domínio c onse ntido e s olicita do pe la própr ia mulhe r.
8
Re firo -me à de fesa e mocional l egítima .
59
desejam. Estou afirmando que a intenção escancarada afugenta e a
indiferença atrai.
9
CALI GARI S d iz, a respeito deste po rme n or, que a entreg a se xual total é bl oq ueada pelo me do
d a repress ão pat ria rc al e mu it as vezes é vivida so me nte na pr os tituição. Pa rec e- me q ue es te
me d o é transferido pe la mulhe r a du lta na relaçã o c om o ma ri do.
60
é a única via possível de aproximação que sobra além da “horrorização”
calculada, a qual deve ser entendida como o ato de escandalizar e chocar da
forma correta (e inofensiva, obviamente), recurso que não convém utilizar
com muita freqüência mas apenas quando todos os demais falharem.
10
Pois assim se re mo s ma is ve rdade iros
11
T udo iss o dev e se r verdade iro e nã o s imula d o. Não u ti liz e este co nheci me nt o pa ra o ma l.
61
As defesas emocionais femininas são atravessadas através de atitudes
que comuniquem indiferença, desinteresse sexual específico pela “presa” e,
ao mesmo tempo, orientação, comando e proteção. A imagem a representar é
mais ou menos a de alguém desinteressado sexualmente em quem comanda
mas não assexuado de forma geral (tome cuidado!). Não pode haver
titubeação, vacilação ou dúvidas no trato. Com este caminho adentra-se ao
mundo até das mulheres mais proibidas e difíceis. Há homens que
seduziram mulheres impensáveis apenas com este procedimento.
62
8. Porque não devemos discutir e nem polemizar
1
Qua nto ma is o h ome m t enta r viole nta r o liv re-arbítri o da comp an heira, na vã ten tativa de
fo rçá-l a a altera r o co mp ortamen to o u a ad mi tir se us erros, ma is fo rça es tará lhe da nd o. Abrirá
espaço para ser acusado de coerção, violência emocional, ditatoriedade etc. Perderá a razão e
se rá vis to como u m mo ns tro p or s i mesmo, p ela es pe rtinha e por todas as pess oas qu e est iv ere m
p resen cian do o c on flito. Como e sc re ve u Es th er Vilar (19 72): “a mu lh er tem o po der qu e o
h ome m lh e dá. ” (trad. min ha). Por este e outros mo tiv os é que c on fe rir tota l li be rdad e à mu lh er
é mui to ma is c on ve niente do ponto d e vista da d efesa emoc io nal. O ma is indica do é que o
h ome m a d ei xe absol ut amen t e livre p ar a fa zer o q ue queir a, se m j a mai s p r oi bi r na da, mas
d evolve ndo-lhe t od as as c on seqüênci as e resp on sabil id ades que lhe ca be m. Iss o exige
desa paixon ame nt o e a dapta bilidad e to ta is ou, pe lo me nos, em níveis mais a ltos do que a queles
que correspondem ao homem comum, violento, passional e descontrolado.
2
A r es pei to deste p ormen or, Gol eman (1 997) nos diz q ue as mu l he res se an gu sti am qu an do os
home ns s e fec ha m, re cus ando-se a t oma r parte nas polê mi cas c onflitivas, e qu e as mes ma s se
acal ma m q ua nd o eles o faze m. Ain da se g und o Golema n , os ho me ns s e fec ham c omo mec a nis mo
d e de fesa cont ra a i nun daç ão e mo cional. Qua ndo um ho me m se fec ha em u ma s it uação de
c on flito, se us batime nt os ca rdía cos se ac alma m ma s o s da es p osa se ac eleram. Qu an do se abr e à
d isc ussã o, os b a timen tos da esp osa se acalmam e os dele se ace lera m. Fo rma -se assim u m jo go
63
Ao invés de polemizar, é melhor tomarmos uma atitude radical e
inesperada que a encurrale e deixe desconcertada a nosso respeito. Uma
atitude muito desconcertante que funciona bem é simplesmente aceitar a
opinião contrária e indesejável. A aceitação de certas opiniões absurdas a
respeito de fidelidade, entretanto, é muito difícil em certos casos por exigir
desapaixonamento total. A experiência me mostrou que quando
incentivamos seriamente à mulher que está flertando com outro cara a ficar
com ele, a mesma fica desesperada se estiver apenas tentando nos irritar.
Esta é uma boa forma de vingança porque, na maioria das vezes, o outro não
a quer seriamente, deixando-a no final sozinha, sem ninguém e poderemos
rir. Por outro lado, se o cara a quiser de verdade, a aceitar e ela também,
3
isto apenas significará que você já deveria tê-la tratado como uma “vadia ”
desde o início e que, caso a tenha considerado sua namorada, o erro foi
somente seu por não ter percebido que tipo de pessoa tinha ao lado.
64
(sem discutir mas apenas fazendo observações seguras, claras, diretas e
fechadas) sem o menor medo de perdê-la e sem vacilar. Para que o
desmascaramento atinja o sentimento e surta o efeito desejado, as palavras
utilizadas devem ser de facílimo entendimento, adequadas à pouca
5
inteligência racional , e ao mesmo tempo absolutamente exatas, para
promover o encurralamento certeiro. Esteja preparado porque, nestes casos,
as reações femininas costumam ser violentas e você precisará estar
presciente para segurar as pontas de uma fêmea em surto de loucura por ter
sido desmascarada à força e se sentir subitamente nua. Mas isso logo
passará se você for o mais forte e mais frio dos dois e se mantiver centrado.
Não tema alaridos, gritos ou choros. Não se afete por tempestades de
palavras. Mantenha-se firme e decidido em sua posição. O fluxo de energia
que você disparou logo se esgotará.
se nt ime nt os do qu e o home m. Te nt ar s up erar a mu lher nas artima n has ma n ipu lató rias do amor é
q uase o mesmo q ue e xigir q ue elas nos s u pere m em fo rç a físi ca, o u seja, um a bs urdo.
5
Po is o d iscerni me nt o desaparece nos mo men tos de inu ndaçã o po r e mo ç ões negativ as. Isso vale
p ara a mbos os s exos. Tenta r dialogar ra ci on al me nt e c o m uma p ess oa q ue est eja p ossessa p or
se nt ime nt os ne gativos é pe rder o te mp o.
65
que percebemos e as atitudes que tomaremos em conseqüência, recusando-
6
nos a discutir. Entretanto, se você blefar, prometendo um “castigo” sem
cumprí-lo, estará perdido. Prometa apenas o que pode cumprir.
6
E n tenda-se po r “ cast igo” a ru pt ura da relaçã o ou, a o me n os, do c ompro mi sso d e fi delidade por
parte do homem.
7
Se gu nd o Freire (2000 ), o ho me m a mad urec id o aceita as opiniões c ontrár ias às s uas e não tenta
violentar o ponto de vista alheio; a capacidade de aceitar a divergência corresponde ao quarto
es tá gi o do ama du reci me nt o da c o nsciência .
8
De vo lvo assi m, as prov oca ções dos auto res q ue qual ifica m o g ênero ma sc ul ino co mo
ine rente me n te men ti roso.
9
Embora nem sempre estejam cientes disso. Esta angústia gesta-se em níveis profundos da
p si qu e e se torna visível s ob a forma de sen time nto s de vulnerab il idade. Parec e-me q ue o ato de
o culta r lh es pro po rci ona uma s ens ação de se gurança , c o mo se es tivesse m ab rig adas de al go que
te me m. O mais provável é que este te mor do masculino seja o temor da figura pate rna apontado
tantas vezes por Freud em suas obras.
66
linguagens ambíguas, aprendendo a nos orientar em meio ao caos que criam,
ao invés de ficarmos brigando, discutindo e polemizando.
10
Est es i mpacto s não devem s e r en te ndi d os co mo d an os e ne m mui t o men os co mo a gress ões ma s
sim c omo sen sibilizaç ões qu e mo bil iza m se ntime nto s.
11
A de speito d e s er co mu m s e a firma r o co nt rá rio, a cred it o que iss o seja quase universa l. As
d isc uss ões tur va m o ente nd imen to, seja e le rac io nal ou e mo cional.
12
Dentro do limite da boa-educação e da civilidade, obviamente. Não retroceda ao paleolítico.
13
Refi ro- me ao do mí nio d a s it uação e nã o da me nte ou d o co rp o alhe io s.
14
E m outras p ala vras: c hicote ie a s i me s mo c om o láteg o da vo nt ade para do ma r o a nima l
interior e evita r a posse ssã o por se nti me nt os e pensa me ntos ne gat iv os. S obr e es te porme no r,
leia-se Nietzsc he (1884-1885/1985 ).
67
erros ou a assumir de forma explícita, verbalmente, qualquer coisa que seja.
O reconhecimento de erros e a aceitação das responsabilidades são
conseguidos deixando-as ser o que são e devolvendo-lhes as
15
conseqüências . Devolvemos a responsabilidade e as conseqüências
simplesmente não as assumindo, não as tomando para nós. Reforce sempre
que as opiniões dela serão respeitadas. As realidades emocionais do marido
e da esposa são distintas e paralelas (GOLEMAN, 1997), motivo pelo qual é
uma perda de tempo tentar forçá-las a compreender o nosso ponto de vista
e, menos ainda, tentar obrigá-las a assimilar nossa visão de mundo e nossa
idiossincrassia.
15
Des te mo do , em a lg uns cas os, elas che gam a to ma r c ons ciê ncia d as caracte rís tic as negativas.
Obse rve i q ue algu mas che ga m me s mo a mu dar de atitude por vontade p rópria, depois qu e os
efeitos de suas atitudes inconseqüentes retornam sobre elas mesmas. A tomada de consciência
dos próprios erros é algo muito individual e não se pode obrigar o próximo a fazê-lo. Na
v erda de, este é pilar cen tral de mi nh a te oria: a aceit açã o ad aptativa a bs oluta. Nada mai s
p ode mos faze r a não s er de ix á-las fazer tu do o querem de suas vida s (ma s nã o da n oss a,
o bvi a me nte ) e esp erar que s ab oreiem as co nse q üê nc ias boas e má s d os ca mi nhos q ue esc olhe m.
Não nos iluda mos : elas nã o vo ltarã o ao lar e ne m se ntirão, nunca ma is , orgulho e m t er os se us
se rviços do més ticos reconh eci dos e remu ne rados pe los ma ridos. Ta mbé m não se ntirã o org ulho
p or su as carac te rísticas fe mi ninas tradic io na is e diferenciantes : s aias, vest id os, del icadeza,
b eleza, suavida de, e mot ividade s uperio r e tc. A ten dênc ia que se aponta pa ra os dia s de a ma nhã
é a de se t ornarem ma is e mais se me lha ntes a os h omens e, porta nto, ma is e ma is
d esi nteress antes. O fu tu ro é so mbr io. Es pe ro estar erra do.
16
Ou se ja, e ntes que não con hec id os e a os quais necessita -se o bse rvar, c onhece r e co mp reen der.
68
17
desentendimentos . É necessário resistir aos encantos e aos feitiços (LÉVI,
2001), às provocações de todas as naturezas, tanto boas quanto más,
mantendo a lucidez e a calma em momentos que faltarão à outra parte: ser
superior em compreensão, paciência, frieza e amabilidade, condições
somente conquistadas por aqueles que dissolveram seus egos.
“A mu lhe r l ouc a [ e não a lúc ida , po r tan to] é alvo r oça dora; é nés c ia e não s a be
c ois a alg u ma” (Pr o vér b ios , 9:13) .
17
Que Goleman (1997) denomina “inundações de sentimentos”.
18
Re firo -me a d estruição de alguns p ou cos en ga nos e e rros que p odem s e r e lucidados nesses
mo me nt os tão di fíce is.
69
9. Sobre a impossibilidade de dominar o "sexo frágil"
Se você tem uma namorada ou esposa já deve ter percebido que ela
costuma resistir contra quase tudo o que você quer, principalmente em dar
sexo exatamente na hora em que você está precisando. Esta resistência é
natural e não devemos protestar e nem muito menos forçar. São obstáculos
que seu inconsciente nos coloca para ver se conseguimos superá-lo e provar
nosso valor masculino.
1
E mbo ra es ta se ja relativa e varie e m se u s ignifica do de u ma cultura pa ra ou tra e até de um
h ome m p ara ou tro. Ind epe nde nte me nte d e se us con ceit os s obre bele za, um ho me m tend erá a
fra q uejar mais po r a qu elas que, s egu nd o se us critéri os, lhe pa recere m belas. No que a mim di z
respeito, não compactuo com os critérios e padrões estereotip ados do século XX (juventude,
fo rma s c orporais etc. )
70
2
loucas . Esta é a razão pela qual tentam nos dominar ao invés de se
submeterem passivamente.
Eliphas Lévi (1855/2001) nos diz que as mulheres nos acorrentam por
6
nossos desejos . Os desejos de estar junto, de receber sexo, carinho e amor
etc. são pontos fracos por onde as fêmeas tomam os machos e os derrubam.
2
Por que são seres de orientação emocional.
3
Re firo -me à do mi na ção c o nse ntida qu e res ulta na tural mente da renúncia à do min açã o
coercitiva.
4
A velha e conhecida frase de Maquiavel (1513/1977; 1513/2001) retrata esta impossibilidade:
“A s orte é mu lher e, para do mi ná -la, é prec is o ba ter -lhe e ferir -lhe. ”. Esta nã o é u ma frase
mi s ógina e ne m vi olen ta, mas sim uma co mp araç ão entre a mulhe r e a s or te, basea da no fa to de
q ue a p rimeira nã o se deixa do min ar. A in te nçã o d a c omparação, n o e ntanto, é mo stra r q ue a
s o r t e s o me nte pode se r domin ada q ua nd o ne la ba temo s, d o me smo mo do c omo fa ziam o s h ome n s
ig no ra ntes na é poca de Maq uiavel c om as mul he res, mo vi dos pela fú ria dese spe rad a. Ma qu ia vel
n ão está reco me nd and o que se bata na mul he r mas si m n a s orte. U til iza a mul he r e m su a fras e
a pe nas pa ra c ompa raçã o c om o intu it o de ilustrar qu e a mu lh er n ão se deixa do min a r.
5
Iss o se refere especi fica me nte ao ca mp o amoro s o e c orr espon de ap enas a o sentido fo rma l
(ra cional) da lógica. E nt retanto , os sentime n tos també m po ssu em u ma ou tra l óg ica, distinta da
linear racional, que é o fundamento da inteligência emocional e da intuição.
6
Tr a ta -s e d a c onh ec ida e já cit ada fr ase : “ A mu lh er te ac orr en ta atra vés de teus des ejos. Sê
se nhor dos teu s desejos e ac orrentarás a mu lher. ” (L É VI, 1855/2 00 1, p. 73 )
71
Acrescento que, além dos desejos, elas nos acorrentam por nossos
sentimentos. Logo, se eliminarmos os sentimentos e desejos, as lançamos
em seus próprios calabouços mentais. O tiro sairá pela culatra devido ao
efeito especular que lança o feitiço de volta àquele que o enviou. A mulher
7
então cairá no próprio inferno mental-emocional no qual tentou nos jogar .
O motivo é muito simples: como as espertinhas necessitam contínua e
loucamente comprovar que sofremos por elas, são obrigadas a encarar a
própria frustração quando verificam o contrário.
7
O que co ns ti tu i u ma le gíti ma de fesa emoc io na l e fun ciona apen as no cas o da mulher ser uma
espertinha que tenta nos trapacear no amor. Se a mulher for honesta e sincera na relação, não
h aver á fe iti ço alg um p ara se r devolvido e el a nã o será atingida e mo cional mente por na da p ois a
razão estará com ela.
8
L utand o cont ra n ós me s mos e não c ontra elas.
72
A mulher ofecerá seus tesouros àquele que vencê-la em seus próprios
domínios:
Que vo ss a hon r a s ub sista e m vo ss o a mor ! Gera lme nte a mul he r po uco en ten de de
ho nr a. Que vos s a honra sej a a mar ma is do que for de s a ma da e nu nca fic ar e m s eg undo
lu gar. " ( NIE TZS C HE, 1884 - 1885 /198 5, gr ifo me u )
Ela não dará seus tesouros e jamais amará mais do que é amada se
não for vencida em suas resistências. Mas não será vencida se não temer por
algo: a perda de um homem especial e diferente.
9
As mulheres amam os fortes e desprezam os fracos, apenas se
submetendo a um poder demonstrado e comprovado de forma inequívoca em
10
seus próprios domínios: os sentimentos . É preciso vencê-las em dois
campos opostos: o da frieza e o do carinho. Temos que sobrepujá-las em
11
força sem nos deixarmos tomar por suas fraquezas, ou seja, precisamos ser
mais frios e indiferentes do que elas são conosco mas, ao mesmo tempo,
mais carinhosos e amorosos do que elas são conosco. Contraditório?
Ilógico? Sim! E eficiente! Não há outra saída: seja desapaixonado e, em
certa medida, teatral. Obviamente, você não irá dominá-la diretamente, por
meio da coerção, mas se premiá-la nos momentos corretos com certo
carinho poderá "domá-la" por seus próprios instintos, como se faz com
12
animais selvagens . Quando ela agir mal, sumir, não telefonar, evitar ou
adiar sexo, dar atenção ou ser gentil com outro cara etc. seja indiferente,
despreze-a e desapareça dentro de si mesmo. Ela irá resistir, resista também
9
De espírito.
10
Pa ra fica r ma is cla ro: é c omo se fo sse u ma comp et ição em qu e cada uma da s pa rtes te nta
s up era r a out ra na c apacida de de a uto-do mín io. Aqu ele que c onse gu ir s upo rtar ma is e vencer
c om ma io r pro fun didade o in ferno e mo cional i nterno, é o ve nce do r.
11
Interior
12
De v olvo mais uma vez a p ro vo cação da escritora Sa l ma ns hon (199 4).
73
até quebrar a resistência. Então, quando a fêmea se submeter, recompense-a
com carinho e outras bobagens, cartinhas de amor, flores etc. retornando em
seguida ao seu distanciamento. Nunca se polarize na distância ou no
carinho, alterne.
14
Se você não estiver disposto a ser forte e não for interiormente
corajoso, é melhor desistir de ser macho e virar uma borboleta... ou então
mude de idéia e se disponha a adquirir coragem.
Vejo muitos caras achando que as mulheres vão se apaixonar por eles
apenas por piedade. Acreditam que basta dar-lhes amor e, assim, a
retribuição será automática. Estão perdidos.
13
Refi ro- me à a utoridad e protetora e conse ntid a.
14
Em Espírito.
74
Se realmente ignorarmos estes jogos, o que lhes sobrará serão apenas
os próprios sentimentos. Terão jogado em vão e sozinhas. Se sentirão
solitárias, com medo de nos perderem para sempre e, talvez, venham até nós
sem que precisemos chamá-las. Mas nem isto é certo no mundo desses seres
15
enigmáticos, absurdos e ilógicos (do ponto de vista que aprendemos).
Poucas coisas dão tanto prazer à fêmea quanto saber que há um macho
que sofre por elas. Paradoxalmente, este mesmo macho é considerado
desinteressante e fraco, não proporcionando as emoções fortes que as
deixam fascinadas. Servirá, no máximo, para ser um marido cornudo.
Quanto maior for o sofrimento do infeliz, maior será a sua satisfação e,
contraditoriamente, seu desinteresse. É por isto que não sentem pena
daqueles que se suicidam por uma grande dor de amor. O homem que se
mata por amor está comunicando que é um fraco e, com isto, seu sacrifício
fica sem sentido.
A capacidade de tratar a mulher como ela nos trata nos permite agir
como se fôssemos seu espelho. Seus comportamentos, e não sua fala, serão
os elementos que regerão a relação.
15
Refi ro- me à i lo gi ci dade no campo a mo ros o e no se nt ido lógic o-rac ional da palav ra.
75
aos cântaros e acredite apenas nas atitudes que testemunhar. Acima de tudo
guie-se pelos comportamentos concretos e não pelas falas inúteis e
enganosas. Não corra atrás do que elas dizem porque você estará sendo
observado ao cair nesta fraqueza.
16
Refi ro- me ao do mí nio c onse ntid o prote to r res ulta n te da re núncia à do mina çã o c oe rc itiva.
17
Des de que ela c ons in ta ou s olic ite , d emon s tra nd o iss o por me io d e a tit udes.
76
18
com outros machos , e, secundariamente, no caso dela resistir ao domínio,
19
passar ao extremo oposto, lançando-a à liberdade total . Em ambos os casos
20
não poderemos estar apaixonados e nem sequer amar muito a mulher. O
21
ideal é gostar apenas o suficiente para suportarmos sua companhia e
22
desfrutarmos dos benefícios do sexo. O amor, neste sentido , é o pior
envilecimento do homem e um defeito grave.
18
T rata-se a pe nas de u ma te nt ativa, pa ra veri fica r se é esta postu ra d omin an te o q ue ela es tá
querendo e buscando em nós.
19
Atendendo assim à solicitação recém-descoberta.
20
Refi ro- me ao a mor e mo ci onal e não ao a mor cons cien te.
21
Co m o t e mpo , pode da r-se o c aso del a se to rn ar u ma c ompa nh ia tã o a grad á vel e impo rta nte
q uanto uma gra nde a mi ga o u irmã.
22
Amor e moc io nal ou pa ixão ro mâ ntica.
23
Porque era exata me nte iss o o q ue estav am b usca ndo em n ós.
24
É o cas o daqu elas que ex igem c ompro miss o e moc i onal e fide lid a de do home m ma s oferec e m,
e m t roca, some nt e co mp ortamen tos cont ra ditór ios e d úvidas a res peito da fidelida de . A d úvida
p rovoca uma ir ritaçã o emoc io nal e é p or iss o que b usc a mo s as c ertez as (PEIRCE, 1887/ s/d ).
77
suscetíveis a influências para operar sobre seus ânimos. Quando estão
fechadas, temos que esperar até que mudem.
25
Nunca proíba nada. A proibição estimula a desobediência e fornece
argumentos em favor de um suposto autoritarismo arbitrário de sua parte.
Ao invés de proibir, deixe a diabinha sem saída criando situações que
revertam sobre sua própria cabeça as conseqüências de suas atitudes
indesejáveis. Comunique, unilateralmente, decisões que a atinjam a partir
de seus próprios erros. Amarre-a por suas próprias idéias e atitudes.
25
Pois a proibição tem o e fe it o de esti mu la r o desej o ao invés de co ntê-lo.
78
10. A alternância
2
Temos que sobrepujar a mulher em suas tendências opostas,
bipolares. Temos que conduzir a relação e administrar os sentimentos
femininos tal como aparecem, ao invés de tentar mudá-los ou submetê-los.
1
“ A perpe tu id ade das caríc ias gera logo a saciedade, o tédio, a a ntipa tia , do me s mo mo do que
u ma fri ez a o u u ma se veri da de c ons ta nte s dista nc ia m e des tróe m g radativa me nt e a afeiç ão ”
(LËVI, 2001, p. 226).
2
Re firo -me à c omp etiçã o po r au to- do mín io já ex pl ica da.
3
Ou seja, em di re ção àqu il o que ela está tenta n do faz er, à ati tu de ou co mpo rtame n to
in dese jáveis qu e ela está tentan do assumi r. Nã o força re mo s, p ortanto, o liv re-arbít rio femi ni no
a o ad otar mos es ta p ostura .
79
Exemplo: quando uma mulher tece um comentário elogioso sobre
outro homem na frente do marido ou namorado, ou fica conversando com
algum imbecil com cara de bonzinho por uma hora em uma festa, em geral
4
espera que o esposo reaja com ciúmes e sofra, dando-lhe satisfação . Se o
marido, ao contrário, forçar (com atitudes reais) uma aproximação dela com
o cara, terá duas vantagens:
5
1) ficará sabendo se a mulher é fiel ou é realmente a “vadia ” que
está demonstrando ser, já que fica dando bola para outro macho e
6
não admite tal fato ;
2) a deixará desorientada.
4
A s atisfaç ão p rov enie nte do ci úme se de ve à co nstataçã o d e que o ma rid o s ofre p elo
se nt ime nt o de ap eg o e de qu e ain da sente pela mu lh er o a mor emo ci onal d a pai xã o romântica.
5
No sentido dado pelos dicionários Michaelis (1995) e Aurélio (FERREIRA, 1995).
6
Em geral, a espertinha nega totalmente qualquer possibilidade de envolvimento com o
" bab aca" a o qual d edica s ua atençã o e xclusiva ma s , no fu nd o, c onhece muit o be m a s
impl icaçõ es d ecorre nt es do ato de se co nce de r muita ate nç ão a um ma c ho he terossex ual ad ulto
se xual me nte ativo. E mb ora simul e e ale g ue des conhecime n to, ela não ignora qu e, s e fi ca r n ua,
ele saltará sobre ela.
7
No sentido dado pelos dicionários Michaelis (1995) e Aurélio (FERREIRA, 1995).
80
focalizado aqui encontra-se na falta de sinceridade em brincar com os
sentimentos alheios tentando esquivar-se das conseqüências e não em optar
pela multiplicidade de parceiros e nem tampouco na escolha que as pessoas
fazem para suas vidas. Reforçando: as prostitutas não são “vadias” no
sentido em que tratamos aqui porque parecem ser as mulheres mais sinceras
que existem, já que não tentam nos enganar fingindo-se de púdicas e, além
disso, mantêm-se ocupadas em tempo integral. As prostitutas não vivem no
ócio. Na Grécia Antiga existiam inclusive cortesãs profissionais, as
hetairas, que cultivavam a beleza física e o refinamento psicológico,
elevando-se acima das mulheres comuns (JOHNSON, 1987).
8
1) ser frio, indiferente e às vezes meio agressivo ;
81
oscilações propositais dos joguinhos femininos: quando o comportamento
de sua namorada não te agradar, dê um gelo e ignore-a. Você a verá então
desesperada tentando descobrir o que está acontecendo. Não revele ou
perderá o domínio da situação. Encontre um meio de mostrar-lhe que está
sendo rejeitada pela má conduta e resista até que ocorra a mudança da
9
forma que você quer . Então a premie com muito carinho, bilhetinhos, seja
amigo, compreensivo e protetor mas mantenha-se à espera, em alerta
10
porque logo o problema voltará. Adestre-a assim aos poucos mas alterne o
padrão de vez em quando para não ficar previsível ou será você o dominado.
8
Refiro -me a u ma a gressividade le ve nos mo dos, típic a de mac h os, e nã o a uma co nd uta
violenta.
9
Des de q ue isso sej a justo, obvia me nte.
10
Como r ecomen da Sa lma nshon (19 94 ) às mul heres p ara que façam c om os home ns.
11
Por ter a arti ma nha ma nipu lató ria desa rticu la da.
12
Poss iv el me nte por ter segund as intenç ões e es tar interessada em outras co isas (ca rro,
d inh eiro, ex ib ir-s e, ter um e sc ravo emoc i onal etc.) e nã o na pess oa do homem e m si.
13
Como elas faze m co nos co.
82
nessa a não ser que queiram simular um estado de fúria porque se trata de
uma forma de teste que lhes confirma o nosso grau de submissão às suas
manipulações.
83
arrastados pela paixão desencadeada (LÉVI, 1855/2001). Para embriagar
sua fêmea de amor, você deve simular estar absolutamente louco de paixão
porém, ao mesmo tempo, não deverá estar realmente. O perigo aqui consiste
em simular a loucura da paixão e efetivamente apaixonar-se no transcurso
da simulação, o que lança o candidato a sedutor em uma situação ridícula:
“A ss i m, o o pera dor igno r ante s e esp ant a s e mpr e por a tin gir r e s ulta dos c ont r ár ios
à que les a os qua is se pr opôs, pois n ão sa be cr uzar e n em a lte r na r s ua a çã o; des e ja
e nfei tiç ar se u ini mi go e é e le me s mo qu e se c au sa d es gra ça e s e põe e nfer mo; q uer
fa ze r- se a mar e se a paixon a l ouc a, mis er avelme nt e, por mu lhe r es qu e z o mba m de le
(...) .” (LË VI, 20 01, p.227, gr i fo me u)
Por outro lado, um homem temível que atenua sua severidade extrema
temperando-a esporadicamente com atos de bondade, utilizando-a para
proteger e dar segurança à mulher, se torna fascinante pois estará altenando
e cruzando sua ação.
14
Jung trata disso em seu livro "Misterium Conjunctio nis".
15
Re firo-me a fúri as, ma ldades e cruelda des mo du la das, d iri gid as co nsc ient eme nte c on tra as
c ois as err adas da vida. O q ue normal me nte chama mos de “ma l” são as fo rç as instintiv a s
a ni ma is des loca das da rea li dade human a c ivili zad a p or serem a utôno ma s e por nã o es ta rem s ob
o co nt role da c o nsciênc ia. Este desajuste des ap arece quando as ass imi lamo s totalmen te na
c onsciênc ia. Sob re este po rme no r, leia-se San fo rd (19 88) e Nietzsche (1886/1 99 8).
84
11. Porque elas nos observam
1
A s uper ficialidade d o home m s e man ife sta p or ou tras c ara cterísticas q ue não se rã o deta lh adas
aqui por não ser esta a meta do livro.
2
Como el as faz em c onos co.
85
É um grande perigo nos mecanizarnos em nossas expectativas,
acreditando que as reações femininas serão as esperadas. Como em um
combate, seremos atingidos e desconcertados por investidas que não
prevemos e contra as quais não temos reações-resposta imediatamente
prontas para serem desferidas. Neste nível, o homem tende a perder o jogo
por buscar as respostas intelectualmente ao passo que a mulher as emite por
3
impulsos emocionais, o que as torna muito mais velozes do que nós mas
não invencíveis, como veremos.
3
E portanto superiores nesse campo.
4
As q uais some nt e de ve m ser uti liz adas c omo meio de de fesa e moc io na l leg ít ima. Es te uso se
justi fica s omente qua nd o a espe rt inha c omp ro va dame nt e to ma a in icia ti va de nos atac ar e fe rir
nos sentimentos.
86
Nosso sofrimento amoroso as deixa felizes por elevar-lhes a auto-
estima. Este sofrimento pode ser oriundo da irritação, da carência afetiva,
da carência sexual e da saudade. Trata-se de uma necessidade que possuem
e que, quando não satisfeita, as deixa imensamente tristes, perturbadas, por
se sentirem incompetentes para atrair e prender um homem.
5
Isso ocorre quando não temos a razão de nosso lado e estamos errados ou não estamos agindo
h ones tamente e m leg íti ma de fesa. Tamb é m oc or re q ua n do quere mo s causar da no emoc ional ou
n ão nos li mi ta mos à me ta de a penas pres erva r a i nteg ridad e de n oss os sentime nt os se m a g red ir
g rat uita me nte ou po r moti vaç ões e go íst as. A o proce de r ass im, o a gress or e mo ci onal tr ansfe re a
razão à outra parte e se torna injusto, sofrendo as conseqüências do tiro que sairá pela culatra.
87
Uma forma muito comum de sermos provocados até a loucura consiste
em sermos estimulados (por promessas de encontros celestiais, sexo
maravilhoso etc.) e frustrados em seguida. Este é um processo muito
interessante em que elas costumam nos atrair com promessas implícitas
(muito raramente explícitas) em suas condutas, criando em nós certas
expectativas, para em seguida nos surpreender, frustrando-nos sob as mais
diversas alegações, geralmente emocionais, enquanto nos observam. Para
invertermos este jogo, basta aplicarmos de volta o mesmo procedimento,
oferecendo e frustrando ou, se isto não funcionar, criando situações que a
deixem sem saída. Também costuma dar resultado observar todo o processo
para desmascará-lo.
88
12. Como lidar com mulheres que fogem
1
Alberoni (1986/sem data) nos diz que esta fuga repentina tem o intuito de aprisionar o homem
a ma nd o-a e des eja nd o-a po r toda a vida.
2
O inconsciente possu i me tas e in te nções.
89
alegando medo do marido. Não obstante, vivia lhe telefonando e dizendo
que estava apaixonada etc. para atraí-lo e confundí-lo. De repente, no
momento em que o infeliz se mostrava mais interessado e apaixonado, a
sacana parou de atender as ligações. Sempre que o coitado ligava e se
3
identificava, a “vadia ” desligava o telefone imediatamente. Estava medindo
seu grau de persistência.
3
No sentido dado pelos dicionários Michaelis (1995) e Aurélio (FERREIRA, 1995).
4
Pois a dú vi da cria uma irrit açã o emocio nal no se r hu ma no (PE IRCE, 188 7/ s/ d) insuportáv el.
90
suas fugas e esquivas funcionem como uma definição pelo fim da relação.
Vejamos um exemplo hipotético:
5
A in tençã o d est e ult ima tu m n ão é forçar a mu lher a nos desejar e n e m tamp ou co mod ificar
se us sentimentos a nosso r es pei to ma s s im desc ob rir a realida de q ue se oc ulta p or trás do
c ompo rta me nt o aparente me nte contra ditó rio para que possamos da r u m rumo a d equa do a no ssas
91
tecnológica mais utilizada pelas espertinhas em seus joguinhos. Só para
ficar mais claro, as infernizações de fujonas por telefone costumam ser as
seguintes:
não retornar aos seus recados ou não atender quando você liga,
mesmo estando ali ao lado do aparelho;
92
atitude desencadeará os efeitos opostos, levará um choque, ficará confusa e
sem saída. Você terá criado uma dissonância cognitiva. A sentença deve ser
clara, direta e terrível, não dando margem a nenhuma outra interpretação.
Deve deixar a fujona sem outra alternativa além de procurá-lo dentro de um
prazo curto. Nenhuma outra alternativa deve sobrar pois, se isso acontecer,
ela não irá procurá-lo. Se ainda assim a fujona não retornar, então é porque
realmente nunca prestou e devia ter sido desprezada como resto desde o
começo. Alguns exemplos de mensagens que podem ser enviadas por
telefone, carta ou comunicação pessoal em tais casos são os seguintes:
“Se você não me procurar até (data definida por você) é porque
nunca prestou e não te procurarei nunca mais!”
“Se você não me procurar até (data), não me procure nunca mais.”
“Te dou uma última chance de voltar para mim até (data), se não o
fizer, desapareça da minha vida para sempre.”
7
No sentido dado pelos dicionários Michaelis (1995) e Aurélio (FERREIRA, 1995).
93
volta. Uma forma de fazer isso é medir o tempo de duração da recusa e
oficializar este ritmo, comunicando que nos demais dias nada será esperado,
colocando isso como uma decisão dela. Costuma ser muito eficiente também
comunicar de maneira explícita que, ao recusar o sexo, a fujona está nos
autorizando moralmente a trocá-la por outra, mesmo que o negue e não
articule formalmente tal autorização. Então a imaginação feminina irá
trabalhar com os ciúmes e talvez a situação se inverta.
"A fel ici dad e do ho me m se ch a ma 'E u q uer o '. A fe lic ida de d a mul h er s e cha ma
' El e quer '. " ( NI ET ZS C HE , 1884- 1885 /199 5)
94
Assim, destroçamos as dúvidas que tentam inculcar em nossa mente,
devolvendo-lhes o feitiço. A dinamite é jogada de volta nas mãos de quem
acendeu o pavio.
95
13. A impossibilidade de negociação
96
Quando as condições para o relacionamento são comunicadas de modo
absolutamente claro, não há saída para a mulher. Para qualquer lado que
tentar se mover estará se revelando. Assim descobriremos se a mesma é uma
1
santa, uma boa esposa, uma simples amiga sexual ou uma “vadia ”
ludibriadora.
Mas para não ter medo é preciso não se apaixonar. Eis porque a morte
3
do ego é imprescindível. Será incapaz de impor condições sem vacilar
1
No sentido dado pelos dicionários Michaelis (1995) e Aurélio (FERREIRA, 1995).
2
No h omem, o ca rát er d ia bóli co n ão se pr ocess a d e for ma tã o i nt uit i va . Em a l g uns casos, est a
capa ci da de fe mi ni na de in tuir ou pr esse nt ir os se ntimentos do ho me m, is to é, se ele s ofre de
a mo r, se s ent e sa uda des e se está a nsios o por vê-la et c. pa rece até s upe rar as ba rreiras do
es paç o, beirando a pa ra norma li dade.
3
Po r mo rte do(s ) Ego (s) de vemos ente nder a disso luçã o (ass imil ação) dos a gre ga d os psíquic os
o u co mp lexos autô no mos. E m c erta co nfe rê ncia, cu ja referên cia para citaç ão não me rec ordo
a gora , J un g a fir mou qu e os co mp lexos sã o co nst ituídos po r a lguma e spéc ie de ego e é
e xata me nte iss o o que a firma o V. M. Sa ma el Aun Weo r. Tanto o E go usu al d a psi colo gia, co mo
o s co mp le xos autô no mo s do in co nsc ien te, o Eg o, o S up er eg o e o Id de Freud ( 1923/1997) e os
c ha ma dos Alter-E go o u Eu Sup erio r sã o, no fun do, s o me nte distintas fo rma s de Eg o, às quais
necessitam ser dissolvidas para que a alma se libere e seus vários impulsos unilaterais,
compulsivos e opostos sejam assimilados e fusionados. A visão egóica é uma distorção da
realidade pois os múltiplos “eus” subjetivam as percepções (SAMAEL AUN WEOR, s/d). Por
me io da co mp reens ão , c or rig imo s gradativa me n te a disto rção c o gn iti va iner ente à ca da v isã o
compulsivamente unilateral, objetivando, assim, a visão que temos do objeto de desejo ou
aversão.
97
aquele que for emocionalmente dependente. A mulher, através do instinto,
pressentirá sua fraqueza e lhe resistirá até dobrá-lo. Quanto mais cedermos,
mais teremos que ceder, até ficarmos completamente loucos.
98
14. Porque é necessário ocultar nossos sentimentos e nossa conduta
1
Isso nã o imp li ca e m infer ior ida de ma s a pe nas e m d iferen ça. Como d iz Kant ( 19 93/ 17 64), el as
te m ma io r voca çã o para o b el o do que pa ra o s u blime . O que defin e a bel eza é a agradabil id ade
a os se nti me nt os. Os tra ba lhos l ógic os e xa ust ivos são agressivos à fe mi nilid ade . Quand o uma
mu lh er se torn a exa gerada me nte racion al e c ere bra l, deixa de s er at rae nte a os ho me ns. Os
ma c hos huma n os nã o se sen te m at raídos se xualmen te por um c é reb ro ló gic o (no se nt ido r ac io nal
da palavra) porque sua dona não lhes proporciona a sensação agradável proporcionada por uma
mu lh er c uj o c érebro t orn a delica da, mei ga e i nt uitiva (KANT, 1 993/1764 ). Se u ma mu lher
q uise r at rai r h omen s, deve rá dife renc iar -se d el es ao máx i mo , t o r nand o- s e o mai s fe minina
p oss ív el. Seus p ens a ment os, senti me nt os, mo vime ntos, ex press ões facia is, t ons de v oz,
v est ime ntas etc. dev e m se r típi cos de mul he r e este c onsel ho de verá aj uda r aq uelas q ue nã o s e
enquadram nos estereótipos ditatoriais de beleza. Esta tipificação feminina da conduta possui
d ois pólos: o pos itiv o e o n egativ o. O mun do fe min in o é o mun do d as coisas leves e agradá vei s
e n ão o das co isas lóg icas, as qua is são exa ustivas e pesa das para a mente. Para a mul he r,
“er rado” ou “ rui m” é aq ui lo q ue ca usa senti me ntos des agra dáveis. Iss o nã o s ignifi ca que elas
se ja m iló gi cas n o s en ti do a mp l o e abs ol ut o da pala vra ma s apenas n o s en ti do usu al da me sma , o
qual implica em racionalidade linear. No sentido comum da palavra lógica, isto é, da lógica
c omo p rocess os mentais lin eares, foca is, pesa dos, exaustivos e rigorosos, as mu lh eres s ã o
ilógicas. En treta nto, n o se ntid o e moc io nal d a palav ra ló gica, signifi can do o enca deame n to
c oe re nte de se ntimentos em re lação a c ertos fins (ne m se mp re altru ístas ), elas sã o t ot al me nte
ló gica s e coere ntes. Em ou tras pa la vras, as mulheres sã o lógic as e m senti do emo ci onal e não e m
sentido racional comum. Ser racional não é sinônimo de ser inteligente (GOLEMAN, 1997). A
inteli gê nci a e mo c iona l é mu ito ma is rá pida do que a r acio nal na s olução de se us p rob lema s e
penetra campos impenetráveis ao intelecto. A ilogicidade feminina desconcerta e confunde o
intelec to masc ulin o, o qu al é ilógico do po nto de vista e mo ci onal, e desen cadei a s ucessivas
v itó rias pa ra e las na g uerra da paixão. A c ons id eraçã o da mulhe r como d ife re nte d o h ome m e
ma is pro pensa a o e moc iona l, a o belo e a o agradável do que ao rac io na l e ao ló gico (n o sen ti do
u su al da palav ra) não e nce rra id éia de inferioridad e s enão p ara a queles que e qu iv oca dame nt e
e ndeu sa m o in te lecto co mo me io d e cogn ição p or ex cel ên cia. Nã o há identi da de e ntre in te lecto
e inteligênci a. Existe m pess oas e xtre ma me nt e intelec tuais e, s imultanea me nte, es túpi das,
incapazes de encontrar soluções para problemas simples da vida real. Certa vez, conheci um
g ran de er ud ito, da queles que pa re cem b ib lio tecas vivas, que era alta me nte limi ta do e m
inteligência, sendo incapaz de apreender coisas óbvias e simples do cotidiano. Portanto,
qualquer acusação de preconceito que possa ser imputada a este ponto de vista, será na verdade
o reflexo do preconceito que o próprio acusador carrega dentro de si e o projeta, muito
p rovavelme nt e sob fo rma v iti mi sta. D a me s ma fo rma , a acusaçã o de mis og in ia impu ta da a K a nt
é t otal me nte infun da da e nã o passa de uma artiman ha falac ios a pa ra pou pa r o pe rfil femin ino da
c rítica filos ófica re alis ta, i nc isi va, di reta e abs oluta me nte sinc era, um engo do para impedir qu e
se re fli ta dia letica me nte a resp eito d o fe minino. E xist em fo rma s leves e não-rac io na is de
inteligência. Os dados estatísticos apresentados por Van Creveld (SCHELP, 2006), que
a prese ntam o h omem c o m Q I ma i s el eva do d o qu e as mul heres, mu i to pro va velmen te for a m
levantados tomando-se em consideração somente a inteligência racional usual.
Dito de outra ma neira , pa ra não esc and aliz ar ta nto , p od er ía mo s afirmar que a ra ci on alid ade e a
ló gica femini nas s ão parad oxa is, no sen ti do dado po r Fr omm (1 9 76 ) a es ta pa lav ra . De fat o, o
q ue a c iv ilizaç ão oc id ental mod e rna c ons idera "i rracional" e " ilóg ic o" corres po nde
simpl es men te a for ma s d e raciocínio e ló gica nã o lineares, nã o foca is e n ã o exclui do ras d e
o post os. E nqua nto a me nt e ma sculi na e xclui, foca, penet ra e a pro funda, a me nt e fe minin a
abrange e articula.
99
ilusão e na mentira (SCHOPENHAUER, 2004). Isto é próprio da natureza
2
feminina .
2
E ta mbé m da ma scu lina. Contud o, a qui es tamos t ra tand o da fo rma fe min ina pela q ua l se
e xprime a ten dênc ia hu ma na, que pa rece se r u ni ve rsa l, de me ntir e de nã o s up ort ar a r ealida de.
3
Des de o pont o d e vista ma s culi no lógico -ra ci on al, ob via me nte. L e mbre mo s qu e este livro foi
es crito p ara ho me ns hete ro ssexuais a du ltos.
4
Conduzindo-as na direção de seus próprios sentimentos e desejos. Como já foi explicado
a nteri or me nte, nã o se tra ta da egoísta do mi nação c oercit iva mas da c on duçã o dos dese jos
fe mi ni nos pré -e xistentes, se m vi olaç ão al gu ma do livre arbítri o. Po r que a pala vra “ domi na r”?
Po rque aq uilo qu e a mu lhe r desej a se t orna pass ív el de se r nossa me ta també m q ua ndo
d est r uí mos os e us, e mb or a se m o c on di ci onamento li bi di nal a nte rio r. Ao não te r mos mai s
d ese jos, os des ej os fe minin os são aceito s por nós sem re sist ên cia e c hega m a té a se tornar pa rte
d e n oss os objeti vos. Iss o i mpl ica e m u m d o míni o po rque, a partir dess e mo me nto, aquilo qu e a
o utr a parte que r fazer é ex ata me nte aquilo que quere mo s q ue e la fa ça. Trata-se de u m d omín io
re fle xo d o do mín io de si mes mo e d a re nú ncia à d ominação do outro. Ainda qu e pa reça
c ontraditório, qua ndo deixa mos uma p essoa a bso lutame nte liv re pa ra fazer o q ue quiser e
p referi mo s muda r a nós me s mos, diss olvendo os n oss os des ejos e m rela ção a ela, esta mo s
e xe rce ndo um do mí nio , n o sentido d e que es tamo s n o total co nt role da s ituaçã o e d e que
es ta mo s permi tin do , e a té ince ntivando, que a ou tra pesso a se ja c on duzi da po r se us pr óp rios
d ese jos. A mor t e d os e go s t o rna o home m l i v re d os con di ci on a me ntos volit i v os e desen vo lve
uma c apaci dade de a da ptaçã o e xt rema. Como , a pós ess a mor te, não há oposiçã o e nem c onflito
e nt re os de se jos delas e o s noss os, po is não te mos mais des ejos para co nfl itar, res ul ta então
q ue os de sejos fe min inos p assa m a ser aceitos sem resistência de n ossa parte. Lo go , aq uilo que
a mu lher desejar á faze r co incidi rá to ta lme nte co m a q uil o q ue aceita mo s, e até deseja mos, qu e
e la fa ça. E ntreta nto, c o mo esta re mo s livres do c ond icio na me nto volitivo e a pa rcei ra não, ela
es tará c ondici onada a fa ze r a q uil o que deseja en qua nto n ós estare mo s desc on dici onad os. Noss o
ato de aprovação e aceitação da conduta feminina antes indesejável, e agora aceitável, será um
a to cons cie nte e v ol untá rio . O resultado fin al é que esta re mos ex ercend o um d o mí ni o sob re a
situação e nvol ve nd o a p arceira e atra vés de se us pró pri os desejos, se m violentar de mo do a lg um
s ua liberda de. Ima g ine mos q ue u m h om em t en ha o fo rte dese jo de que s ua mu l he r c a min he p a ra
a esquerda, embora o desejo dela seja o de se dirigir à direita. Se este homem dissolver seu
d ese jo, nã o opo rá ma is resis tê ncia à tend ênc ia de su a c omp a nh ei ra e m i r p ara a d ire ita. S e este
d ese jo, q ue é u m d efe i t o, fo r d iss ol vi do re al me nte, o mov i men t o e m d i re ção à di rei ta se rá nã o
s omente ac eito ma s, depe nde ndo do g rau de d iss oluçã o do eu e m q u estão, até me s mo
incentivado. O homem estará livre de condicionamentos volitivos e poderá fazer com que os
a tos d a mulhe r sej am co nver gentes c om s u as d ete rmi nações e decis ões. Ele n ão tentará
mo di fica r ou rep rimi r os atos da pa rce ira ma s sim s uas próprias deter min açõ es e decisões, p or
me io da dissol uçã o d o seus defeitos. A parti r de entã o, haverá um do mín io ma s culi no po is o
ato da parceira e a vontade do homem estarão voltados para a mesma direção. A vontade
ma s c ulina, livre, po de se r e mp re ga da n a me s ma direçã o pa ra a q ual t endem os c o mpo rtamen tos
fe mi ni nos. Diz-se q ue o domín io e m tais casos é ma sc ulino, e não fe mi ni no, s imp lesme nt e
porque que m es tar á descon dici onado vo litivamente é o homem e nã o a mul he r. Se o c o ntrár io se
v eri fica r, is to é, se a mul he r diss ol ver se us desejos e o homem nã o, o d omí ni o se rá fe mi ni no
p ois aquele q ue d omi na a si me s mo é o que te m ma i s cha nces de c on tro lar a s ituaçã o.
Obse rva n do as s ituaç ões d o c otidiano, p arece-me que as mul heres s up ortam ma is os
100
seremos nós os dominados. Aí reside o perigo e a necessidade de não nos
apaixonarmos. A tendência à negação veemente da realidade cria na mente
masculina um inferno porque nós, os machos, somos lógicos (do ponto de
vista do que a mentalidade ocidental considera ser "lógico", isto é, da
racionalidade causal linear excluidora dos opostos). Portanto, o desejo de
sempre saber a verdade sobre a mulher (com quem anda e o que faz quando
está longe de nós, o que sente realmente etc.) é uma debilidade.
101
sentimentos do outro. Por isso essas mulheres somente revelam o quanto
necessitam de nós em situações extremas, sob a real iminência de nos
perderem ou quando sentem que somos inacessíveis. Paradoxalmente,
voltam à soberba indiferença inicial quando nos entregamos após se
revelarem. O amor, o sexo e o carinho somente serão oferecidos enquanto
não lhes dermos muita importância, recebendo-os como algo natural que nos
é obviamente devido, sem nos identificarmos. O motivo para tanto é que são
9
ferramentas de domínio , ou seja, seu oferecimento é absolutamente
hipócrita e visa nos domesticar, amansar, submeter, enfraquecer e
sensibilizar por meio da paixão e de modo a nos induzir a revelar o que
10
sentimos. É por isto que são oferecidos somente aos imprestáveis ou aos
11
homens superiores que eliminaram da alma todas as sombras do amor
passional, do apego e do sentimentalismo.
13
Se você for homem de verdade e não tiver medo de descobrir o pior ,
poderá testar a fidelidade e a intensidade do amor de sua parceira para
conhecer o teor real dos seus sentimentos. Se o pior se revelar, isto
significará simplesmente que você se equivocou, que o erro foi seu. Esteja
pronto para tudo.
102
Dizem que os japoneses contratam sedutores profissionais para
testarem a fidelidade de suas esposas. Não sei se precisaríamos chegar a
tanto...porém, ter provas da verdade não faz mal a ninguém e obtemos boas
provas do quanto somos valorizados quando as deixamos livres e quando as
ignoramos, lançando de volta sobre elas as conseqüências de suas próprias
atitudes.
Não lhe conte o que você sabe sobre a mente feminina e sobre os
meios de que se vale. Não espere compreensão. Seus problemas não
interessam a ninguém. Não espere compaixão, piedade. O único sentimento
que você conseguirá ativar com isso é a repulsa, a aversão.
14
Faça-a crer que você é um cara maravilhoso em todos os sentidos
mas difícil de ser alcançado para ser preso.
103
decisivas que nos mostrem de uma vez por todas o que sentem e quem são
de fato. O apaixonado é, infelizmente, um miserável condenado a ser
15
escravo e a carregar chifres .
14
Sem simular mas tran sformando-se realmente.
15
A mu lher nã o se se nte real izada qua ndo desco br e que se u h omem é u m s imp les esc ravo
e mo ci onal . Pod er á co nt inua r com e l e p or co nve ni ên ci a ma s c ont i nua rá à p rocu ra de o ut r o qu e a
faça sentir-se segura.
104
15. O miserável sentimento da paixão
105
desapaixonamento. Como toda a civilização ocidental moderna está doente,
não são poucas as pessoas afetadas por insanidades amorosas.
106
Essência do outro mas sim a seus atrativos físicos, econômicos ou
comportamentais. Na prática, evidenciamos que as mulheres (e também os
homens) não estão de modo algum à altura do amor verdadeiro, apesar de
seus sonhos absurdos com romances cor-de-rosa, e não o merecem. Quando
sonham alucinadamente com romances, na verdade estão sonhando com si
mesmas pois não há nada que enxerguem além de seus próprios sentimentos.
Observem que os galãs imbecis dos ridículos romances femininos em filmes
e livros dão tudo de si e recebem muito pouco em troca, no máximo
algumas poucas relações sexuais do tipo papai-mamãe sem graça, além de
alguns beijos inúteis. Este é o absurdo sonho romântico que contagia os
meninos e os torna débeis quando adultos, fazendo-os acreditar que
receberão amor, carinho e sexo de ótima qualidade se forem bonzinhos,
corretos, fiéis, trabalhadores, honestos e sinceros.
Por que ela fica incólume após brigar com você? Por que não se
perturba? Simplesmente porque habilmente lê em seu comportamento, por
meio de sinais, que você está preso, emocionalmente dependente. São sinais
que comunicam dependência emocional: ciúmes, raiva, tristeza, curiosidade
sobre a conduta, medo da perda, incômodo com as roupas curtas, decotes
ousados etc. Ao invés de se incomodar, simplesmente demonstre não dar
valor àquelas que se expõem aos desejos masculinos estando comprometidas
com você.
1
O apa ixo nad o está t omad o por uma incapa ci da de co gn itiva que nã o lhe per mite enxe rga r a
pessoa real pela qual se apaixonou. Em seu lugar, vê a projeção de uma imagem arquetípica
idealiz ada e c rê firmemen te q ue o objeto do seu a mo r co rres po nd e à sua fantas ia.
107
Portanto, a paixão ou amor romântico é o ponto nevrálgico da
escravização psíquica do macho. A principal e mais poderosa arma que sua
parceira possui contra você são os seus próprios sentimentos. Elimine-os
para deixá-la impotente ou você será jogado em um movimento oscilatório,
alternado, exatamente como o rato entre as garras do gato, como uma bola
de pingue-pongue. As damas habilmente acendem em nós sentimentos
contraditórios sem o menor medo de nos perderem: provocam ciúmes, nos
bajulam em seguida etc.
108
Quando não está instalada, a servidão passional é mais fácil de ser
evitada. Porém, uma vez que esteja instalada, apenas pode ser removida
com muita dificuldade e sofrimento. Como diz Nietzsche (citado por
SOUZA, 2003), o fraco e o escravo são negados e destruídos dentro do
sábio quando age o crivo seletivo do tempo circular. É claro que isso dói
muito, mas o prêmio compensa o esforço. O homem se torna forte e
superior:
“S u per i or, no filó so fo, é que m c ons e gue ir alé m de s i mes mo e co nviv er c o m
s eu s li mi tes ( d oen ça s, s ofr i ment o e tc .) se m n e nhu m pr ob le ma . O q u e car ac te riza u m
for t e? ‘ Dur ez a e s er eni dad e’ .
109
A tentativa feminina de encantar o macho na verdade é um teste:
aquele que não se entrega demonstra ser o melhor.
2
Se gu nd o Sama el Aun We o r, todo ser hu ma no é ma is ou me n os b ruxesc o por ter de ntro de s i o
e u da bruxaria. LÉ VI (18 55/2 00 1) no s diz que a vampir izaç ão oc orre n ormal me nt e ent re os
se res hu ma no s em to dos os c írculos socia is, in de pe n dentemen te d o se xo. En tretanto, aqui nos
interes sa somen te a forma c omo est e inte ressa nt e processo se ve ri fica d es de a mulhe r e m
d ireçã o ao ho me m. E n qu an to o h omem a paixonad o de fi nha dia após d ia v iti ma do por s ua pró pria
p ai xã o, a esp ertin ha se sente cada vez me lhor. Algu ma s parecem ch egar mes mo a pressentir o
s ofrimen to mas culi no à distância d e ma nei ra quase p aran ormal. Ne m se mp re es te s ofrimen to s e
li mi ta à a ngúst ia e mo ciona l; há cas os e m q ue o home m a d oece fisica me nt e ou s o fre aciden tes. O
que se passa é um acontecimento sincrônico acompanhado por influências psicosso máticas
recíprocas rev ersas: ela fica a cada dia me l hor e ele fica a cada d ia pi or. Nã o s ão pouc os os
casos de homens que falecem logo após descobrirem que suas ex-esposas se casaram novamente.
O ma rido tr aí do ou ab an do nad o que se entre ga ao ál co ol p rinci pi ou um s uic íd io; o j ovem q ue d á
u m t iro na c abe ça a pó s te r perdi do sua n amor ad a perdeu o juíz o. Amb os a doecera m
es pi ri t ua l men te. D en tr o d as mul he res p ode haver u ma fe mme s avant, uma f emme fatale, uma
femme fragile e uma femme vamp.
110
não exercermos o domínio, no sentido já explicado, serão elas que nos
dominarão. Em seguida, procurarão outros machos mais fortes e dominantes
pois o que lhe interessa é o melhor, o mais forte, aquele que resiste a todos
4
os encantos e feitiços. Quando nos deixamos arrastar pelo perigoso
magnetismo feminino em suas variadíssimas formas, inclusive as
românticas (que considero mais perigosas do que a luxúria bruta), não
acumulamos energia, apenas dissipamos força até o enfraquecimento total e
a ruína.
"E is q ue o mu n do a ca ba de se t or na r per feit o!" - ass i m p ens a tod a mu lhe r qua ndo
ob ede ce de t odo cor aç ão.
3
Vide notas anteriores sobre o domínio.
4
Minha hip ótese para e xplica r es te compor ta me nt o c ontra ditó rio , n o qual a mu lh er provo ca o
h ome m, d esafia n do -o a ass umir p ost uras d ominan tes pa ra se re be lar c ontr a as mes mas l og o e m
se guida, é a se guinte : trata-se de um me c anis mo ances tra l d e seleçã o para o acas ala me nt o das
fê me a s ho mi nídeas. Ao desa fi ar e pr ov ocar o ma ch o, a fê me a tr ava co m ele uma l uta mor al. Se
o ma c ho a v encer, o inco nsc ie nte fe minin o dirá que é u m bom p orta dor dos genes d a es pécie. Se
p erde r e assu mir p ost uras su bmi ssas, ser á c o nside rado u m espécime de catego ria i nfe ri or, út il
apenas para funções desvinculadas da fecundação. Ao desafiar, ela na verdade o está testando e
o ho me m qu e a vencer nesta guerra inte rio r nã o est ará vi ol an do se u li vre arbít rio mas, ao
c ontrário, esta rá ind o ao enc ontr o de su as me tas ma is p ro fun das .
111
As damas sentem aversão e raiva, ao invés de pena, dos homens que
descem ao nível mais vil da humilhação suplicando para serem amados e se
oferecendo em obediência. O apaixonado se desespera, apega-se ao objeto
de adoração como uma tábua de salvação e se torna detestável. Embora
neguem de pés juntos, elas preferem aqueles que as lideram porque se
sentem confortáveis e seguras sob suas sombras protetoras. E o apaixonado
não oferece esta segurança.
Note que o cafajeste não tem ciúmes porque não se apaixona. Sua
característica principal é ver toda mulher como objeto e tratá-la como
5
prostituta . Ao mesmo tempo, é completamente fingido.
5
I sso se deve a o fat o de que o ca fa jes te poss ui v á rias aman tes s imu ltâneas e nã o dispõ e de
t e mp o par a d edica r -se ex clusi va me nt e a nen hu ma. O ca fajes te j u ra a mor e fid el id ad e, pr atic a
u m s exo sel va ge m e d esapa rece, reapa recend o de forma imp revisí ve l a p ós fa zer o mesmo c om
s uas o ut ras pa rce iras. N els on Ro dri gu es p are ce ter intuí do isso e m s eus tra ba lhos e, e mb ora e u
112
forçar o macho a revelar seu grau de dependência afetiva etc. Aquele que
amar mais e mais apegado, revelará inevitavelmente sua fraqueza. A força
consiste em não se entregar e em ser capaz de administrar os sentimentos do
outro.
n ão conc orde co m o s eu pos iciona me nto no que con cerne à mo rali da de, devo ad mit ir que ele
113
como lhe convém, como algo que lhe é obviamente devido. Confiante, não
vacila na idéia de que a satisfação no erotismo lhe é pertinente por
natureza. O macho verdadeiro busca o sexo e não o carinho. A carência
afetiva é para os fracos e pouco masculinos. O amor e o carinho da mulher
são para seus filhos e não para seus machos. Não busque carinho e nem
amor, busque somente o sexo intenso, ardente e selvagem. Então o carinho e
o amor lhe serão oferecidos. Deixe-os vir, receba-os mas não se fascine,
não se identifique: ignore-os.
Nossas parceiras não dão agulhadas sem dedal. Nos oferecem amor e
carinho com segundas intenções: nos amansar, deter o ímpeto de nossas
cóleras justas, nos tornar dependentes, induzir-nos a acreditar em suas
mentiras etc. Eis porque não devemos correr atrás dessas bobagens pois não
6
existe amor desinteressado entre um macho e uma fêmea mas apenas
atração animal. O amor inexiste, muito menos enquanto retribuição, porque
somente somos valorizados quando rejeitamos e somente valorizamos
7
quando somos rejeitados . No amor, nossos atos de bondade, longe de serem
reconhecidos como atos nobres que devem ser retribuídos à altura, são
vistos como sinais de que somos otários e como oportunidades de
aproveitamento da boa fé alheia que não devem ser desperdiçadas. Os
orientais e indígenas normalmente não se apaixonam (JOHNSON, 1987) e
fazem muito bem. O casamento é, para eles, mais um acordo e um negócio
sincero, que deve ser conveniente para ambas as partes, do que qualquer
outra coisa. Com isso se livram de muitos problemas.
"O s en gan os que o s de se jos er ót icos nos p r epara m de ve m s e r c o mpa r ad os a cer tas
e st átuas que, e m vi r tude de s ua p os içã o, conta m- se e ntr e as que so me nte d eve m s e r
vi st as de fr en te e, ass im, par e ce m be la s, ao pass o que por t r ás ofe rece m u ma vis t a fei a.
114
De ma nei r a p are cida é a qui lo q ue a pai xão nos pr ep ar a: e nqua nto a pr oj eta mo s e a
ve mos c o mo a lgo vin dour o, é u m p ara ís o da delí cia , mas , q uan do p as sa mos p ara o o utr o
la do e , por co ns egu inte, a v e mos por tr ás, el a s e mos tr a c o mo a lgo fú til e s e m
i mp or tâ nci a, qua ndo não t ota l me nt e r ep ugna nte ." ( SC HOPE NH AUE R, 20 04, p. 53)
115
16. Os testes
1
A fêmea humana é essencialmente traidora no amor : solicita
incessantemente que o macho se entregue mas, simultaneamente, considera
aqueles que o fazem débeis e desinteressantes, traindo-os com outros mais
2
fortes, que não as amam .
1
Assi m co mo o ma c ho , po ré m sob ou tra forma. Refir o-me aq ui a o ca ráter traiçoeiro contid o no
a to de ex ig ir amor prete nde nd o nã o dá-lo e m troca. C on vé m le mb rar mais uma vez q ue trata mo s
d e cara cte ríst icas das quais a mai ori a d as mu lhe res nã o de mo ns tr am esta re m co nscie ntes.
2
Na traiçã o ma s c ulina, é mui to menos fre qüente es ta s ol icitaçã o incessa nte da entre ga dos
se nt ime nt os seg ui da p or a bando no e des interesse. A traiç ão masc ul in a te m c omo ei xo a e ntrega
se xual e nã o a entre ga se nti me ntal. O h ome m t ra i po rque q ue r o sex o em s i. A mul he r trai
p orque q ue r ex peri me nt ar se nti me nt os intens os.
3
O desejo femi ni no t em d uas faces. Uma fac e corre sponde ao dese jo de se r fecunda da pel o
p ort ad or dos me l hores ge nes, ist o é, ter se xo. A outra face corres pon de a s er preserva da co ntra
tu do o que se ja desa gr adá vel e, de mo do ge ral, pe ri goso. Neste s egu nd o c aso, o d esejo é o de
se r prote gi da, te r u m pro vedo r, u m escra v o emoc io nal etc . Ao ho me m s e rá dest in ado um ou
o utr o pa pel conforme seu p e rfil e co nduta.
116
débeis e isto lhes mostrará duas coisas: 1) que acreditamos que o outro
pode fasciná-la mais do que nós; 2) que temos medo de não encontrar outra
fêmea melhor e, portanto, somos incompetentes enquanto homens. Logo, é
necessário não termos ciúmes. Mas isso não será possível enquanto
sentirmos amor passional. Por este motivo, e somente por isto, devemos
evitar totalmente o amor e o apaixonamento. Tais sentimentos são
debilitantes e tornam o homem desinteressante, ainda que seja dito o
contrário.
4
Diz Alberoni (1986/sem data) que “Para atingir seus objetivos, o sedutor não pode ter
se nt ime nt os si nce ros, pr ecisa se mp re fin gi r.” (p. 167 ) e acres ce nta: “ Os homen s nã o
c ompree nd em, e m g eral, po rqu e as mu lheres se s ente m tã o a traíd as pe los sala frários , porq ue sã o
tão intolerantes com eles e tão indulgentes com o grande sedutor.” (p. 74)
5
Defen do a hip ótes e de que ta l ten dê ncia se deve à uma pe rc ep ção invert ida da rea li da de qu e as
leva a confundir o bem com o mal e o certo com o errado. O julgamento fica obscurecido pela
in vasã o dos insti nt os e sen ti me nt os.
117
Ha ja val ent ia e m v os so a mo r ! C o m a ar ma de vos s o a mor d eve is a fr onta r a que le
qu e v os insp ir e med o. (NI ETZS C HE , 1 884- 1 885/ 1985 , gr ifo meu)
“S e os a njos for a m ta mbé m mul her e s, c o mo os rep resen ta o mis ti cis mo mode r no,
J eo vá a giu co mo u m pa i ba s tan te pr ude nte e bas ta nte sá bio qua ndo pôs S atã à por ta do
c éu. U ma g r an de dece pçã o para o a mor pr ópr io das mulh e res honr ada s é s ur pree nder
c o mo b o m e ir re pre ensíve l , n o â ma g o, o ho me m pel o qu al ha via m s e apa ixo nad o, qua nd o
o tinh a m c on si der a do co mo u m b an dido . O a njo aba ndo na en tão o bo m h o me m co m
de s pr ez o, d ize ndo- lhe: ‘ tu n ão és o D iab o!’ Dis fa rça pois , de Di abo , o ma i s
pe r fei ta me n te poss íve l, tu qu e quer es se duz ir u m an jo. Na da s e permi te a u m ho me m
vi r tuos o. ‘ Por que m, a fi nal , es te ho me m n os t o ma? ’ – dize m a s mul h ere s – ‘ Acre dit a,
s er á, que temo s me nos mor a lid ade d o qu e e le? ’ Tu do s e per doa, con tudo , a u m lib er ti no.
‘ Qu e q uer es e sperar de me lhor de um t al s er? ’ O pap el do ho me m dos gr an des pr inc ípio s
e car áter in ata cá ve l só p ode con st itui r u m po der co m mu lhe r es qu e j a ma is tive ra m
ne ces si dade d e s er e m s e duz ida s [as d es es perad as que os ho me ns r e jei ta m] ; tod as as
de mai s, s e m exceç ão, ado r a m o s home ns ma us .” ( p. 33 7).
Se você acha que basta ser bonzinho para ser amado, mude de idéia.
Caso contrário, o inferno em vida irá te esperar. Se for verdadeiramente
malvado, terá muitos problemas e uma vida curta. Esteja além do bem e do
118
mal. Extraia o bem que há no mal e o tome para si. Retire o mal que há no
bem e jogue-o fora.
Quanto mais você a pressionar para te amar, dar sexo e ficar ao seu
lado, mais repulsivo será. É que a dinâmica da mulher é regida pelo
seguinte princípio: seus amores são dirigidos apenas àqueles que delas não
necessitam, de preferência em nenhum sentido, pois querem os melhores
genes. Quanto mais você correr atrás, pior será.
6
At é mes mo a ma lda de da crue ldade e da insensib il idade sã o relativas, já q ue ess es a tri butos
p ode m s e r direcio na dos para co mb ater o ma l. Aí est á a o rigem d o cri tério seletivo i nv er tid o que
rege de forma confusa a mente feminina. Elas sabem por instinto, e não pelo raciocínio, que tais
caracte rísticas pode m s er utilizadas em s e u fav or ma s nã o se de ixam fre a r p el o fat o de qu e, ao
me s mo tempo , po de m ta mb ém lhes se r prejudicial em a lto g rau.
119
porque se sentirá excitada sem entender o motivo. E você nunca deve dizê-
lo, obviamente.
7
Devido a um certo ressentimento inconsciente contra os machos , as
insinceras poderão "atormentá-los" sem piedade, a menos que sejam
8
dominadas severamente. As estratégias de "tormento" (o amor sádico de
Erich Fromm) são sutis e difíceis de detectar mas se baseiam normalmente
no mesmo elemento: a submissão pela paixão oriunda da necessidade de
carinho. Resista ao encanto da fragilidade e será imbatível.
7
É um ó dio cujas o rige ns se vinc ula m a expe riê nc ias des ag radáveis co m o ma s culi no ao l ong o
da vida, principalmente na infância. Não descarto a hipótese de ser um traço arquetípico
a ti vado a partir do contat o c om o pai. Se o mesmo nã o existisse como possibilidade late nte
a nteri or à man ifesta çã o, nã o s urgi ria na psique fe mi ni na.
8
Vide notas anteriores sobre o domínio.
120
17. O círculo social estúpido
121
18. Porque é importante sermos homens decididos
2
Convém, portanto, encontrar meios de encurralar a mente feminina
forçando-a a se polarizar em uma ou outra direção para que tudo fique
muito bem definido e claro. Todos os jogos psicológicos da mulher
espertinha apresentam duas polaridades entre as quais oscila sua
1
Pa ra Peirce (1 887/ s/d ), a dú vi da c ria u m e stad o e mo cional de irr itaç ão q ue perturba o
e nten di me nto e nos i mpe le a buscar o alív io p rop or ci onado pe la ce rteza.
122
indefinição. Trata-se de uma sofisticada tortura mental instintiva que visa
quebrar a resistência do macho para forçá-lo a cair em uma posição de quem
precisa mas não merece e, deste modo, induzí-lo a correr atrás eternamente.
2
Com a intenção de apenas descobrir a verdade e mais nada.
3
Bruce Lee, em s eus e xcertos filos ó ficos, reco me nda que sej amos adaptáveis e ma leá veis e m
to das as c ircu ns tâncias da vida e a firma q ue as mes mas s e asse me lha m a c o mba tes corpo rais e m
mu it os asp ectos (LE E, 1975 /20 04 ; LEE, 19 75 /1 984).
123
mesmo você poderá fazer caso ela queira andar por aí com algum amiguinho
"sem maldade", como elas dizem. Coloque as condições sem medo: "Então
não temos mais compromisso um com outro" ou “Portanto, você acabou de
me autorizar a sair com outra, quer queira ou não”. As respostas
indefinidas tornam-se definidas quando as tomamos por esta via.
Tenha a razão sempre do seu lado, nunca a deixe ser tirada de você.
Seja sempre justo e faça tudo de forma limpa e correta até o momento em
que a mulher jogue sujo (se jogar), o que pode acontecer mais cedo ou mais
tarde. Aquele que joga sujo fornece ao outro razões de sobra para castigá-lo
moralmente, humilhá-lo e submetê-lo (emocionalmente falando, é claro) e é
por isso que você deve fazer tudo direito. Se você perder a razão e fazer
coisas erradas (perder o controle, gritar, xingar etc.), terá dado motivos de
124
sobra para sua parceira se rebelar e se vingar, estará perdido. Por outro
lado, se ela for desonesta, não devolva a desonestidade com desonestidade e
nem com humilhação para não se igualar. Seja superior, desmascare-a com
justiça e castigue-a moralmente com a retidão de sua conduta.
125
19. Como destroçar os joguinhos emocionais
126
nossos padrões, resistências, necessidades, desejos, temores, fraquezas e os
instrumentalizam em seu favor.
A mulher te telefona mas diz que quer ter apenas uma "amizade";
A pilantra finge que quer transar com você mas fica te enrolando,
adiando os encontros sem se comprometer com nenhuma data
definida;
1
A “vadia ” te fornece o número, você liga e ela não atende ou
manda alguém dizer que não está;
Observe que em todos estes casos ela está jogando com três elementos
básicos: a contradição, a indefinição e os opostos. O atrai e, quando você
1
No sentido dado pelos dicionários Michaelis (1995) e Aurélio (FERREIRA, 1995).
127
vai ansioso ao encontro, se afasta para atormentá-lo e induzí-lo a manter-se
na perseguição para ser frustrado. A intenção é criar uma situação infernal
de dúvida para que o homem fique preso pelo próprio desejo, sem saber o
que fazer, e acredite que apenas ele deseja os encontros e a mulher não.
Trata-se de um jogo sujo e insincero, no qual os nossos sentimentos e
desejos masculinos são pisoteados. Entretanto, tal jogo sujo serve para
selecionar os melhores machos: aqueles que os desarticulam.
2
Co nsi de rando que se trata a pe nas de l eg ítima de fes a, nã o ha ve rá injustiça ne ssa dev oluçã o.
Contu do , aqui lo que irrita o h omem e m ge ral nã o tem o mes mo efe ito s obre a mu lh er e até p ode
ter o e feito o posto alg uma s vezes. M uitas ve zes, o s imples fe cha me nto e emud ec i mento d o
h ome m (n ão-ação ) tem ma is e feito do qu e mi l palavras ou a titu des.
128
Para estraçalhar estes odiosos jogos emocionais, um caminho é
reagirmos de forma contrária à esperada. Ao invés de insistirmos para que a
relação se aprofunde, devemos, ao contrário, assumir como normal e até
desejável o pólo do problema que elas imaginam que para nós é o
desinteressante. Tenha na manga uma carta (uma resposta ou reação) para o
caso de ser rejeitado após ser atraído. Antecipe-se e dispense-a primeiro,
ferindo-lhe o amor próprio e frustrando-lhe o desejo de rejeitá-lo. Quando
3
pressentir o mínimo esboço de rejeição, ao invés de insistir , tome a
dianteira e comunique algo que atinja sua auto-estima fazendo-a se sentir
desinteressante. Seja "impiedoso" e terá sucesso. Ocorre que as fêmeas
humanas se comportam como se não precisassem dos machos mas precisam
e muito, apesar de nos ocultarem tal fato. Nos joguinhos imbecis que fazem,
esta necessidade é encoberta por um comportamento simulado que transmite
a impressão de que apenas a parte masculina precisa do encontro, do sexo e
4
do amor. Tudo se passa como se apenas o macho precisasse da fêmea .
3
É ex ata me nte es te o e rro do ass ediad or. E m s ua i gnorâ nci a, el e invest e cont ra a res istênci a
fe mi ni na , insis ti nd o co nt ra a b ar reira .
129
tempo ela demora para ceder e, em seguida, se antecipe dizendo-lhe: "Tenho
certeza de que você vai querer sexo novamente comigo daqui há tantos
dias". É importante que o número de dias que você comunica nesta
mensagem seja maior do que o número de dias que você realmente espera e
que ela pense que este seja o tempo de sua espera. Assim, a mulher terá que
esperar todo este tempo antes de começar a desfrutar das sensações do jogo
idiota e ficará desconcertada pois terá dado motivos de sobra para você
trocá-la por outra.
4
Fo ra m o s próp rios h omens que c riara m esta s ituação, trata ndo-as co mo p rin cesas d ura nte
séculos.
130
indesejável, destruiremos o jogo. Então a conquistaremos ou, na pior das
hipóteses, descobriremos que na verdade estávamos sendo apenas enrolados.
5
Pr inci palme n te nos momentos de conflito, e m que to da raci onal idade des apa re ce. Como a
inteli gê nci a fe mi ni na é ma is e moc ional do q ue in te lectual, as te nta tivas d e enc urra lá -las p or
me io d a l óg ica são c o mo go lp es des feri dos a o ar. O co rreto é ating í-las e mo ci onal me nte.
131
são idênticas às primatas do paleolítico inferior: querem o melhor macho, o
6
melhor macaco do bando .
6
Vide nota a nterio r s obre os ho min ídeos e m Do bz han sky (1 968).
7
Po r me io da aq uisição de u m co mp ortamen to re al e nã o simul ad o.
8
Não se deve negligenciar este aspecto, o qual tem sua origem na invasão da anima na psique
consciente. Sanford (1987) descreve a história trágica de Marco Antônio que, apaixonado por
Cle ópatra, a rruinou-s e comp le ta me nte. Na Bíblia, temos hist órias se me lhantes envol ve ndo Davi,
Sa lo mã o e Sa nsã o. Há a in da as le ndas de Circe e Morgana. Tod os ess es sí mb olos a dvertem a
respeito dos perigos aos quais se expõem os homens que se deixam invadir no coração.
132
que ela terá piedade de você algum dia porque elas são impiedosas com os
fracos. Essa é a natureza delas, pelo menos de boa parte das fêmeas.
9
Po r me io de uma ev id enc iação i nesca pável d a realida de.
133
seja pelo fim da relação ou pela continuidade dentro dos nossos critérios,
nos lança em um estado de alívio e certeza. É por isso que a definição é
evitada continuamente pelas espertinhas.
10
Des te mod o do mi na mo s a s ituaçã o sem d es fe ri r um s ó golpe co ntra o li vr e-a rbít rio a lheio.
134
Enquanto se mantém indefinidas, as espertinhas nos enganam e fazem
as culpas parecerem nossas. Mas o que importa agora neste capítulo não são
somente as nossas crenças mas também as delas.
135
O que importa não é tanto o que é comunicado à consciência mas sim
o que é comunicado ao inconsciente. Esteja atento ao conteúdo subliminar
das conversas e contatos. Subliminarmente, qual das duas partes está
comunicando que está querendo, precisando da outra? Ao invés de perguntar
"Posso te ver amanhã?" diga "Amanhã te espero até tal hora". Na língua
inglesa, a idéia de perguntar e pedir são expressas por uma mesma palavra
("ask"). Exceto quando incisiva e hostil, a pergunta é uma forma de petição
e comunica submissão, súplica, dando ao outro a chance de recusar sem se
responsabilizar por nada. A comunicação objetiva dentro de exatas
condições, ao contrário, encurrala ao criar uma situação em que a
responsabilidade pelos efeitos da recusa não pode ser imputada a nós mas
apenas a quem recusou.
11
Acostume-se a falar em tom imperativo , porém amável. O tom de
voz imperativo forma uma frase musical descendente, do agudo para o grave
(ex. “Vem cá.” ou “Me encontre às três horas ”). Não discuta, não suplique,
não peça permissão porque a permissão das mulheres é para ser dada aos
filhos e não aos homens.
11
De v olvo aqui mais u ma prov ocaç ão de Sa lmans ho n (19 94 ).
136
12
onde a fêmea queira, como um cão atrás de um osso . Para destroçá-lo,
entre no ritmo feminino de aproximação e afastamento, simulando ter
mordido a isca, e comece a conduzir este movimento em seu favor,
afastando-se quando ela se aproximar e aproximando-se quando ela se
afastar, sem medo de perdê-la e sem alterar o ritmo, apenas tornando-se
agora elemento ativo e não mais passivo do processo. Você deve dominar o
jogo sem ser percebido pela atormentadora, a qual deve apenas sentir o
efeito sem saber direito o que está acontecendo. Se proceder assim, criará
uma situação insuportável até um ponto em que a deixará emocionalmente
vulnerável, aberta. Então poderá tomá-la para o sexo sem a menor
13
resistência . Normalmente, os homens se aproximam quando a dama se
aproxima e continuam tentando se aproximar mais ainda, desesperados,
quando ela se afasta. Deste modo são estupidamente manipulados sem
nenhum resultado positivo.
12
Sa l ma ns ho n ( 19 94 ) e nsi na est a artima nha às s uas l e itoras .
13
D emon stro , ass i m, c o mo des artic ular a tática de adest ra me nto “sal ma nshon ia na” e voltá-la
c ontra a pró pr i a ma n i pu lad ora.
137
desinteressante. O ceticismo com relação às intenções, palavras, lágrimas
etc. é uma defesa imprescindível.
138
indefinição desapareça. O próprio desejo feminino de rejeitá-lo é que irá
empurrá-la para você! A necessidade de confirmar a perturba tanto que a
obriga a dissipar a incerteza insinuando-se mais. Aceite estas insinuações e
as aproveite, mas simule não estar muito interessado no sexo.
139
Daí a importância de jogarmos com ambos os extremos. Em outras palavras:
ela não deve saber se venceu ou perdeu o jogo mas deve desconfiar que
perdeu. Perturbe esta última desconfiança com sinais contraditórios.
140
destroça os planos de brincar conosco e, geralmente, as encurrala,
obrigando-as a nos informarem onde estão, com quem e fazendo o que.
14
“O a mo r come ça se ndo ma go e acaba s en do b ruxo. Depois de ha ve r cria do as me ntiras d o cé u
s ob re a te rra, c on cre tiz a as do in ferno. Seu ó dio é t ão a bsu rdo qu anto se u en tusias mo porque é
passional, isto é, está submetido a influências letais para si” (LËVI, 2001, p. 297)
141
atormentadoras “se enforquem com a própria corda ”, isto é, caiam na
própria armadilha que inventaram, sem que fiquemos gastando energia e
tempo em vãs tentativas de convencê-las de que estão erradas, as quais
apenas tornam as situação ainda piores. Tais mecanismos devolutivos
possuem duas características básicas:
15
Nã o me re firo a qu i de mod o a lgu m a quais quer a titu des q ue ocasione m d a nos físicos ou
p sic oló gicos à o ut ra pessoa mas sim à atit ude refra tá ria de s imp les me nte de volve r, po r me io da
não-a çã o ou de rea ções c orre tas, as c onse qüê nc ias dos atos les ivos a quem os e mitiu. Pa ra
tanto, basta concordar com tudo e não fazer nada, aco mpanhando o curso dos fatos sem detê-los,
tan ge nd o-os e imp uls io nand o-os a té qu e u lt ra passem o l imi te da s upo rta bi lida de para q ue m o s
iniciou. É o que ensi no u Jes us Cr isto: “ Se o te u inimigo que r faz er-te ca minhar uma légua, vai
c om e le d ua s.” S e esse inimi go mac h ucar os pés na c amin ha da de ta nto andar, a cu lpa te rá s ido
dele e não nossa... Não foi ele que quis caminhar? Esses são os castigos ou punições
mo ra lme n te justi ficáveis. Ex. Se a mu lh er não q uer t e da r ate nção , re jeite a atenç ão dela ; se el a
não quer ser fiel, dispense a fidelidade; se ela não quer estar junto, rejeite sua co mpanhia.
Haverá um mo men to e m q ue es pe rti nh a chega rá ao li mite e revela rá até onde é capaz de ir e m
seus abusos. Esta será a pessoa real com a qual você se relaciona.
142
flertes sutis não admitidos e exposições não assumidas ao desejo de outros
machos passem em branco, sem uma retaliação à altura, vigorosa e decidida.
Seja impiedoso e não perdoe. Se o fizer, sua bondade não será reconhecida
mas sim vista como um indicador de que você é um otário que nasceu para
ser enganado. Saiba devolver as conseqüências dos erros “sobre a cabeça”
de quem os comete. A melhor forma de castigar pelas traições é ignorar e
decidir pela ruptura do compromisso. Não perca tempo tentando forçá-las a
admitir o óbvio porque elas nunca assumem o evidente.
Os joguinhos partem, via de regra, das mulheres. Logo, tudo deve ser
feito de modo a ficar evidente que não é você que está tomando a iniciativa
mas sim sua companheira. Deve ficar claro que a culpa é toda dela e não
sua pois não foi você que começou tudo e, portanto, não sente culpa
alguma. Explique que você gostaria de ter uma relação diferente, honesta,
clara, livre, democrática e igualitária mas ela não o permitiu. Você está
apenas desarticulando armações, resolvendo problemas que foram criados
para você. É legítima defesa emocional.
Para nossas parceiras, o amor é uma guerra que não suportam perder
jamais. Sofrem terrivelmente quando a perdem. Querem é ganhá-la. É por
isto que ficam depressivas quando desgostamos definitivamente e as
rejeitamos para sempre. Esta forte obsessão vincula-se estreitamente ao
complexo da inveja do pênis. Trata-se de uma vingança por se sentirem
16
inferiores pois a guerra dos sentimentos é realmente o único campo em
16
E mbo ra nã o o seja m. Este c omplex o d e in ferioridade tra duz-se p or uma esp écie de vergo nha
p or se re m mul he res e po r uma ma rca da tendência de imitar o home m em tu do, reinvin di cand o
igualda de ao invés de respeito à diferença . No futuro, é be m po ssí vel que as mu lh ere s inv ente m
um pequeno pênis de borracha para ser usado no dia a dia por baixo das calças, para fazer
v olu me . Dir ão entã o que se trata d e um “ pên is femi nin o”. Nesse dia, nã o en contraremos mais
mu lh eres com ca racterísticas fe mi ninas a centuad as, pa ra noss a des g raça.
143
que podemos ser derrotados. Neste aspecto somos mais fracos devido à
nossa dependência por sexo e amor. Podemos vencê-las facilmente em uma
17
batalha intelectual mas nas batalhas emocionais costumamos perder. No
campo de batalha da paixão, vence aquele que subjuga o outro, que o faz
implorar de joelhos por carinho, e perde aquele que suplica para ser amado
e se humilha para estar perto. O indiferente, aquele que rejeita e evita, é o
vencedor. O perdedor é aquele que entrega o coração, que se apaixona e tem
sua alma roubada. O vitorioso se torna objeto de desejo, é perseguido e
rejeita. Temos que destroçar esta guerra de nervos ridícula vencendo a nós
mesmos.
17
Des de que ambo s te n ham o mes mo grau de i nstrução e te nha m s e su bmetido às me sma s
d isc iplinas. Tenh o co nfirma d o exaustiv a me nte qu e as mul he res, em po lê mi cas te óricas ,
ra pi da me nt e ins ere m comp on en tes emo ci onai s de man e ira altamente e fetiva, c o nfu nd indo e
144
ciúmes, na tristeza ou na vergonha e nem tampouco os que se sentem
pequenos, diminuídos, ridículos ou com medo de perder o objeto amado mas
sim aquelas que tentaram nos lançar em tais estados detestáveis. Trata-se de
uma defesa emocional legítima na medida em que não é nossa a iniciativa
de atormentar emocionalmente a quem, ao menos em teoria, se ama.
desconcertando os interlocutores. Elas se sentem muito mais à vontade rebatendo teorias com
frases depreciantes e provocativas do que com a lógica pura.
145
AMABILIDADE mas fale de forma clara e decidida. A mulher irá surtar em
fúria, devido ao encurralamento, mas seja superior em paciência. Não tema
gritos, não amoleça com choros. Fale com paciência infinita, como se
18
estivesse explicando a teoria da relatividade a um débil mental , mas seja
direto e curto. Não siga e nem se distraia com as besteiras que forem ditas,
ignore a fala ludibriadora. Então você a obrigará a reconhecer a própria
desonestidade, jogando-lhe na cara os infernos e armadilhas que haviam
sido criados para você. Paradoxalmente, será visto como um homem
diferente de todos os outros, pois ninguém faz isto. Será considerado
especial, superior, único.
18
Pois elas teimam em fingir não entender nada apesar de entenderem tudo.
146
20. Sobre o tipo de segurança buscada
147
São características que transmitem a idéia de segurança do homem
por si mesmo: firmeza, determinação, objetividade, coragem, desapego,
independência, liderança, insensibilidade, proteção, severidade, crueldade
1
(que deve ser direcionada em favor das coisas boas e contra as coisas más) ,
falta de piedade, força e concentração, entre outras. Por outro lado,
transmitem à mulher a idéia de que o homem é inseguro: romantismo,
sensibilidade, passividade, emotividade, fragilidade, carência afetiva,
apaixonamento, dependência, assédio, apego, medo, timidez, bondade,
temor de perder e a submissão. A crise dos valores masculinos pela qual a
humanidade passa atualmente e que as atinge tão fortemente se origina da
confusão dos papéis. A confusão, por sua vez, provém da fragilização do
masculino ainda na infância.
1
Pois o que co nv en ciona mos cha mar d e “ mal” sã o as força s instintivas e natur ais do
inconsciente que não encontram o seu lugar na consciência do homem moderno (SANFORD,
1 988). A vida “civiliza da” n ão per mite a e xpressã o de t od os os impu lso s c om os q uais a
n at ureza nos doto u. Esses imp uls os, b a nidos para o i nc onscien te, c onsti tuirã o a so mb ra e se
148
antes que sua companheira dispare a reclamar, oportunidades que elas não
perdem. As mulheres são muito reclamonas e, se você for molengão, te
farão correr atrás das reclamações absurdas e contraditórias até enlouquecer
totalmente. Sugiro ainda que nunca grite e não a deixe gritar com você. Não
faça ameaças que não possa cumprir e nunca blefe. Perca todo o medo. Não
a considere invulnerável. Se você disser que não irá mais atrás dela, não vá
realmente e mate a vontade de vê-la dentro de si.
e xpressarão sob forma a u tônoma e c ompu lsi va. Um mes mo t raç o co mp ortamen tal se rá b om e m
149
desfrutaram em relação aos machos ao longo da história (CREVELD, 2004)
se devem a esta capacidade de despertar em nós solidariedade e vontade de
protegê-las e ajudá-las. A fragilidade é a força feminina. A única forma
possível de anular os efeitos negativos desta força sobre nosso psiquismo é
não nos entregarmos emocionalmente. Então a tornamos impotente contra
nós e a dominamos, direcionando seu fluxo positivamente.
150
animais, direcionando seus ameaçadores e pontiagudos chifres a quem suas
donas ordenem. Se você os superar em segurança, os ultrapassará e poderá
ser o dono de suas donas! Obviamente, não há mal algum em ser alto e forte
(na verdade isso beneficia muito) mas sim em ser estúpido e infantilizado.
Há muitos homens altos, fortes, sensatos, amadurecidos e inteligentes. Mas
há outros que não o são...Entre vários homens absolutamente iguais em tudo
mas diferentes fisicamente, os maiores serão os preferidos. Entretanto,
força e tamanho não bastam e, se você é um brutamontes, sugiro que não
negligencie o desenvolvimento intelectual e emocional. Se você é baixo,
sugiro que invista no desenvolvimento de comportamentos que superem esta
deficiência. Não há uma regra fixa e qualquer tipo de homem pode ser
trocado por um tipo oposto. Tenho visto homens ricos serem trocados por
pobres, pobres por ricos, altos por baixos, baixos por altos, velhos por
jovens, jovens por velhos etc. O motivo desta ausência de regra é que a
psique feminina inconsciente é caótica e as impele a insatisfação contínua,
levando-as, como observou van Creveld (2004), a reclamar sempre, ainda
que todas as suas reinvindicações tenham já sido atendidas.
151
Observe que os vilões dos contos são mais seguros, frios e decididos
do que os mocinhos mas são menos inteligentes, menos sensíveis e menos
românticos. O homem completo possui os dois lados: é a síntese do herói
com o vilão. É superior a ambos porque está além do bem e do mal
(NIETZSCHE, 1886/1998). Seja superior ao cafajeste e ao bom dono de
casa. Estude-os. Retenha o que há de bom em cada um deles e dispense o
que há de ruim.
2
Não es queça mo s que toda esta dinâmic a d e desej os é inco nsc iente o u, qu ando mui to, se mi-
c onsciente, mo ti vo pel o qu al não d eve mo s n os revoltar.
152
21. As mentiras
153
Uma mul he r to tal ment e ver dadeira e nã o diss i mula da é tal vez alg o i mpos s íve l.
E xa ta me nte po r is s o e las per ce be m fac il me nte a di ss i mu laç ão al heia, de for ma qu e não é
a con se lhá vel te nt ar u sá-la peran te el as (s ic)." (p . 2 4)
1
Homens dispõem apenas de uma história quando mentem . Mulheres
dispõem de uma história, de choro, de encenações dramáticas e de simulada
indignação quando não acreditamos em suas mentiras. Não se comova com
lágrimas de crocodilo. Você nunca saberá realmente se aquela desculpa
esfarrapada para algo mal explicado é verdade ou mentira. Nunca terá
certeza se aquele derretimento não esconde uma tentativa de manipulá-lo
para que se entregue. Portanto, nunca acredite em nada.
1
Há u m l imi te na ca pac idade dos seres h umanos, in cl ui ndo os do sexo fe min ino, sup ortar em e
e xprimire m a real idade em a tos e palav ras. Alé m des te limite rei na a men ti ra. E ntre tan to , co mo
e m qu ase tud o na vida, s omo s mu ito ma is inconscientes do qu e co nsc ie nt es dessa te ndê ncia .
Nes te ca pítulo esta mo s trat an do d o forma fe min ina de e xp ressão d a universal te ndê ncia human a
de me ntir.
154
Comumente, não convém correr atrás de mentiras para desmascará-
las. O desgaste energético pode ser alto e a satisfação da bruxinha será total
ao vê-lo ser manipulado feito um imbecil. Prefira aceitá-las e incentivá-las
até um ponto tão insustentável que se torne ridículo, evidenciando que você
sempre soube de tudo e nunca se deixou enganar, ou então até um ponto em
que aquela mentira seja útil.
"A s mulh er e s, s obr etudo, que s ã o e s se nc ial ment e e se mpr e co med i an tes e q ue
go st a m de s e i mpr es s ion ar i mp r ess iona ndo os de mais , e qu e s ão as pr i meir a s a s e
e nga nar q uando d es e mp enh a m s e us me l odr a mas ne r vos os, as mulh er e s - r epeti mos - s ão
a v er da de ir a ma gia neg ra do ma gne ti s mo. A ss im, se r á imp os sí vel p ara os
ma gne tiz ado r es nã o inici ado s nos s upr e mos a rca nos e não ass is tid os pe las l uze s da
c aba la, do mi nar se mpr e e st e e le me nto fuga z e r e fr at ár io. P ar a ser s enh or da mu lhe r, é
pr eci so dis tr a ir- la e ludi br iá- la habil me nte , d eix and o-a su por qu e é e la pr ópr i a que e s tá
e nga nan do. E ste con se lho, q ue ofe r ecemo s aq ui e s pec ia l me nte aos mé d ico s
ma gne tiz ado r es , po der ia t a mbé m, t a lve z, s er út il na vid a c onju gal ." (LÉ VI, 185 5/20 01,
p. 22 5)
2
Pois assim elas, ou melhor, o inconsciente delas, descobre quem são os mais inteligentes que
n ão se deixam e ngana r e o s selecio nam.
155
atingidos emocionalmente por isto demonstram serem mais fracos e tendem
a ser trocados. Aquela que menos tentar enganá-lo deve ser a mais propícia
para uma relação estável.
156
Nutrimos muitas expectativas falsas com relação ao sexo feminino.
São expectativas que nos foram inculcadas desde a infância e que apenas
nos fazem mal. Temos que arrancar a raiz do mal do nosso coração. A raiz
principal é a paixão mas há muitas outras.
3
No homem, esta tendência para ludibriar o próximo se verifica menos freqüentemente no
campo a mo ros o e ma is freqüen te me nt e e m o ut ros campo s .
157
Nunca se esqueça: elas mentem quando descrevem o homem ideal.
158
22. A infidelidade
1
Veja-se a nota anterior sobre a simulação de ingenuidade e desentendimento.
159
As razões que as motivam a se envolverem conosco são múltiplas e
não apenas o amor como costumam mentir. Geralmente, o amor é o último
dos motivos pelos quais estabelecem compromisso, noivado ou casamento.
Analisemos melhor.
"C asar -se s igni fic a fa ze r o pos s ível pa ra se torna r rep ugnante u m a o out r o." ( p.
62 )
"A mai or ia dos ho me ns s e d eix a seduz ir por um r os to b onit o; p ois a nat urez a o s
in duz a se u nir e m à s mu lhe r es na me dida e m que e la mo st ra de u ma vez todo o l ado
br i lha nte de las ou deixa atu ar o ' efeit o te at ral' ; mas e s con de vá r ios ma le s, qu e e la s
c ons eq üen teme nte tr a zem, e ntr e e les t ar e fas inter mi náv eis , preo cup aç ões c o m cr i anç as,
te i mos ia , capr i chos, e nve lhe ci men t o e fe iúr a após al guns an os, tra paças, c olo caçã o de
c or nos , i nqui eta ções, a taq ues hi st ér ic os, a mant es, in fern o e di abo. P or es sa r a zã o,
de s igno o ca sa men to c o mo u ma dívi da, que foi co ntr a ída na j uve ntud e e paga na
ve lhi ce. " (p . 6 7)
160
1) proporcionar segurança material e emocional;
3) levar chifres.
2
Alberoni (1986/sem data) nos diz que as mulheres não sentem remorso nesses casos porque
c onsidera m qu e os se nt ime nt os intens os jus ti fica m mor al me nte o at o.
161
da paixão com o amante seja mais intensa devido ao risco oriundo da
proibição e também para preservar os benefícios que o casamento lhes
proporciona. Evitam assumir sua promiscuidade para se esquivarem das
conseqüências que isto provocaria. Querem adicionar ao seu ninho
matriarcal o maior número possível de machos em uma escala hierárquica
definida pela intensidade das paixões que cada um provoca. Trata-se de uma
herança pré-histórica que se contrapõe à tendência patriarcal, igualmente
arraigada em um remoto passado.
3
Caligaris nos diz que as mulheres possuem necessidade inconsciente da entrega sexual total
ma s sã o reprimidas pelo medo do ma rido, o qua l re prese nta simbolica me nte a figura restritiva
do pai. Segundo ela, isso estaria vinculado ao ato de prostituir-se e ao adultério.
4
No sentido dado pelos dicionários Michaelis (1995) e Aurélio (FERREIRA, 1995).
162
pois, se assim não fosse, os colocaria para correr. Os recursos que possuem
para desestimular quaisquer pretendentes indesejáveis são muitos e, se não
os utilizam, é simplesmente porque não querem. Para justificar a
5
imobilidade, alegam geralmente inocência, simulando não entender o que
se passa e as intenções dos pretendentes.
5
Vide nota a nterio r s obre simu lação de d ese nten di me nt o.
6
Vide notas anteriores sobre a punição.
7
No sentido dado pelos dicionários Michaelis (1995) e Aurélio (FERREIRA, 1995).
163
"A meta ha bitu al d a a ss i m c ha mad a carr eir a do s ra pa ze s n ão é out ra s en ão a de
s e tor na re m o b urr o de car ga de u ma mu lhe r . J un to d os me lhor es dele s, a mul her apa rec e
e m r eg r a como u m pec ad o d a j uve ntud e" (S C HOP E NHA UE R, 200 4, p.8 6)
164
problema está na trapaça amorosa e não no fato de uma mulher trocar de
parceiro ou manter mais de um relacionamento simultâneo. As espertinhas
fazem isso para evitar as más conseqüências de suas próprias ações e para
desfrutar da intensificação das emoções na realização de um ato proibido.
165
não a uma possível "superioridade" dos outros machos em relação a nós.
Obviamente, o homem esperto e cuidadoso (que elas chamam de
"ciumento") não é inseguro com relação ao seu próprio valor mas sim com
relação à sinceridade e honestidade de sua parceira pois não queremos cair
8
em armadilhas montadas por “vadias ”. Para destroçar este sistema mental,
use seu intelecto para quebrar todos os argumentos femininos sem piedade e
sem medo de perdê-la. Não vacile em sua posição masculina ou sua dúvida
será pressentida e você continuará a ser atormentado. Além disso, este
engenhoso estratagema inconsciente também serve para revelar se você é
burro, caindo na armadilha, ou inteligente. Se você desistir e se deixar
persuadir, estará revelando que é um macho de categoria inferior. Se
perceber tal jogo e desprezá-lo, estará mostrando ser um macho superior.
8
No sentido dado pelos dicionários Michaelis (1995) e Aurélio (FERREIRA, 1995).
9
No sentido dado pelos dicionários Michaelis (1995) e Aurélio (FERREIRA, 1995)..
166
traem ou não. Um homem experiente tira conclusões a partir das atitudes
que vê e não se deixa comover gratuitamente pela fala ou por lágrimas.
167
23. A infantilidade
168
e para o mal, no caso da manipuladora egoísta. A freqüência com que é
utilizada para o mal não é pouca.
I sso ac ont ec e mu ito po r c ulp a d os ind ivíd uos qu e v ê m ali me nt and o e ss e ab sur do,
te men do oca s ionar ma i or es pr o blemas se d eix are m de a mp a r á- las. Ma s é o con tr ár io,
ju st a me nte . S e to dos a gis s e m da me s ma for ma , p r es s ionando a mul her a se r ma is ma dur a
e a ass u mir s e us err os co mo o ho me m te m q ue fa ze r, t er ía mos u ma g r and e me l hor a na
s oc iedade em g er a l [ inc lui ndo o ca mpo a mo r os o, obje to d e i nter es s e de s te l ivr o] ."
( P AC HE CO, 19 87, p. 58)
169
Confesso que sou cético com relação à possibilidade de que todos os
homens um dia possam agir como Cláudia Pacheco sugere acima. Isso
exigiria deles uma vitória sobre si mesmos que seria única na história.
"A mu lhe r te m s ido p r ote gida por u m [ fa ls o] 'hal o' de sant ida de n os lare s e na
s oc iedade. Cha ma da de ' se xo fr á gil' , i nde fes a, sí mbo lo de afeto , fide lid ade , e
a bne gação , fo i p oupa da de t er que s ofr er a co nsci ênc ia de s ua pa tol ogi a q ue é
i me ns a me nt e gra ve. I ss o fo i o qu e a ca bou de afu nda r a mul her . Ali ena da de s eus
pr o ble mas , foi d ia a d i a de ca ind o, s e m tr a ba lha r c o m a c ons ciên cia de s eu s er ros q ue
nã o s ã o c orrig idos há muito te mpo. " ( P AC HE CO, 19 87, pp .42- 43)
170
As traições e infernizações emocionais devem ser vistas como
traquinagens infantis e não como tragédias. Não é à toa que alguns
ocultistas comparam as mulheres a elementais (gnomos, duendes, fadas).
171
24. Observando-as com realismo
A mulher não sabe muito sobre si mesma. Não se oriente pelo perfil
masculino idiota dos heróis dos filmes de amor e dos romances cor-de-rosa
e nem tampouco pelo tipo de "homem interessante" que elas descrevem. O
1
homem que as domina emocionalmente não corresponde de modo algum ao
que dizem. Na verdade, tais descrições apenas servem para atrair os mais
fracos à subserviência e marcá-los para a rejeição, uma vez que tais imbecis
se apressam na tentativa de se enquadrar nesses modelos estúpidos. Em
geral, aquilo que as atinge na emoção fazendo-as se apaixonarem é
justamente o contrário do que as escutamos dizer a todo momento. Daí a
1
Re firo-me à do min açã o cons en ti da, ise nta de vi olên cias de quais quer es péci es. Vide n ota s ob re
o do mí nio.
172
importância de não temermos perdê-las para que possamos contradizê-las à
vontade.
173
sofrimento está se originando das infernais contradições comportamentais.
Elas são muito hábeis em enganar e dissimular o que realmente querem,
fazem e sentem. Observe-a em ação e descubra o que ela realmente sente e
quer. Se ela não te dá sexo com boa qualidade e com freqüência, se não
aparece nos encontros, se fica adiando os compromissos que assumiu, se
não telefona ou apresenta justificativas pouco convincentes para a ausência,
estes são sinais inequívocos de que a relação é superficial e não serve para
nada, apenas para encontros casuais e bem espaçados. A despeito do que ela
diga, são os fatos e as atitudes que mostram e temos sempre que nos render
aos mesmos.
174
Quando estudamos e compreendemos o aspecto tenebroso do
feminino, criamos contra seu magnetismo fatal uma resistência oriunda da
aversão. Trata-se de uma resistência semelhante à que elas possuem contra
nós. Esta resistência nos protege e nos permite desfrutar sem riscos dos
prazeres do sexo e do amor.
175
25. Aprisionando-as a nós pelos sentimentos
176
Seja passivo na relação e também levará chifres. Seja ativo para o
mal e será igualmente traído. Seja ativo para o bem, firme, dominante,
condutor, liderante, protetor e terá grandes chances de receber amor, sexo
de boa qualidade e fidelidade.
177
As fêmeas gostam de falar olhando para cima. Não é à toa que gostam
de homens grandes: se entregariam a homens de quinze ou vinte metros de
altura, se existissem. Querem ser carregadas, sentir-se pequenas. Mas há
várias formas de sermos grandes e não apenas na estatura do corpo. Há
homens altos e baixos que são estúpidos e infantis, outros são inertes, sem
iniciativa. Tais atributos independem do tamanho. Se você é alto, isso é
uma vantagem e deve ser aproveitada. Mas esta mesma vantagem será
desperdiçada e se transformará em desvantagem se você negligenciar seu
desenvolvimento total. Por outro lado, se você é baixo, velho, barrigudo,
careca, pobre e ainda por cima sem carro, terá que desenvolver outros
atributos comportamentais para compensar essas deficiências. Supere os
rivais nas características corretas e tomará a frente. No campo da
convivência, os principais atributos a desenvolver são os comportamentais,
embora os atributos físicos também contem. Há, inequivocamente, um
preconceito generalizado com relação às pessoas menos dotadas fisicamente
de ambos os sexos mas pode-se vencer este preconceito desenvolvendo as
características comportamentais corretas.
Elas querem ser submetidas pela própria paixão e por isso é que
infernizam, desafiam, provocam e se rebelam tanto contra o domínio
coercitivo. Elas não querem ser submetidas por meio de nossas paixões, o
que as obrigaria a satisfazê-las, mas sim por meio das paixões delas
mesmas. Do ponto de vista feminino, todo o mundo deve girar em volta das
paixões e sentimentos pessoais. Nossos sentimentos, paixões, desejos e
vontades não as interessam senão na medida em que possam ser utilizados
para satisfazer os delas. Grande parte das pessoas do sexo feminino somente
enxergam a si mesmas:
"O nar c is ismo e a meg a lo ma nia s ão c ara ct er íst ica s co mu n s às mul her e s de t oda s
a s cu ltur a s. Cer ta me nte , el es se r eve st e m de di sfa r ces difer e nte s de p ovo para pov o"
( P AC HE CO, 19 87, p . 40)
178
A maior dificuldade feminina é ir contra si mesma, isso as violenta
emocionalmente. Jamais invista por aí. Quando você se deparar com uma
resistência, não insista. Ao invés disso, excite a imaginação e espere os
resultados naturais, dentro da dinâmica dos desejos dela e não dos seus.
Aguarde pacientemente e você verá os obstáculos cederem aos poucos. A
excitação imaginativa é semelhante à excitação sexual, é lenta mas pode ser
profunda.
179
desejadas e protegidas. Note bem: isto não significa que queiram amar ou
desejar o homem, como alguns acreditam. Não querem retribuir, querem
apenas receber e usufruir. E um idiota a mais que se entregue será bem-
vindo. Querem construir um clã matriarcal composto por inúmeros infelizes
apaixonados eternamente dispostos a dar proteção e amor sem nada
receberem em troca. Sentem prazer em saber que são desejadas (Nietzsche,
1884-1885/1985) porque por meio do desejo masculino conseguem o amor e
a proteção, além das inúmeras vantagens que se desdobram dos mesmos.
180
relação apenas quando sentem que seu objeto de uso não está muito
acessível ou está se distanciando. Quando o objeto está acessível, não há
problema e a tendência é relaxar, descuidar. Se você oferecer seu amor ou
interesse a uma mulher gratuitamente, não haverá necessidade de trabalho
para obtê-lo pois aquilo que é mais interessante já estará entregue. A
continuidade da dedicação requer a continuidade da indefinição, da dúvida e
da insegurança. Deixe-a insegura e você será objeto de carícias, tentativas
de sedução etc. com o intuito de submetê-lo. Desfrute e não permita a
polarização.
181
O apaixonado está carente do amor alheio e quer suprir sua carência.
É repulsivo, por um lado, porque não oferece o que as fêmeas necessitam
mas é atrativo, por outro, por ser um possível escravo emocional.
Quanto mais quisermos que nossas parceiras nos desejem, nos amem,
nos tratem bem etc. menos preocupadas as deixaremos e menos dedicação
receberemos. O amor feminino é refratário à pressão. Pressione sua
companheira para amá-lo e ela o detestará, criará aversão. O manterá preso
apenas para ser escravo e buscará outro que a ignore e despreze para se
oferecer e se entregar. Tentar obrigar as mulheres a nos amarem é uma
perda de tempo:
"O a mor é co mo a fé : não s e dei xa for ç ar" (S CHOP E NHAU E R, 200 4, p.4 1)
182
e nunca cumprindo totalmente o prometido, como elas fazem conosco. Para
preservar o desejo devemos não satisfazê-lo totalmente.
183
intenção) receberemos, o que pode ser estrategicamente utilizado para que
disponhamos da subserviência emocional feminina das espertinhas quando
precisarmos (inversão), como acontece conosco em relação a elas. Esta
estranha lógica se explica pelo fato de que as fêmeas precisam de proteção
e somente os durões são capazes de oferecê-la. Que segurança ou proteção
poderiam ser oferecidas pelos bondosos, românticos e sensíveis que se
satisfazem com um hipócrita amor “espiritual ”? Estes não são sequer
capazes de protegerem a si mesmos, necessitam do amor alheio para serem
felizes e não proporcionam felicidade a ninguém.
O perfil do homem ideal que faz frente aos feitiços femininos pode
ser sintetizado como sendo frio, distante, misterioso, impenetrável,
silencioso, concentrado, ativo, liderante, ousado, corajoso, indiferente e
protetor. É como o nada, como o vazio ou a água na qual todos os ataques
1
se anulam .
1
Parafraseando Bruce Lee (1975/2004; 1975/1984).
184
26. A ilusão do amor
"A s 'r ain has ' [a s mulh ere s] quer em enc ont r ar os s eus 'pr ínc ipe s enca nta dos ' e
c o m e les orga niz ar o s eu 'r ei nad o do lar ' ". ( p. 40)
1
Essa é a fac e s o mbr ia do ma sc uli no.
185
feminina. A mulher está sempre à procura do "melhor" (o mais destacado
socialmente) que alcance para enfeitiçá-lo e prendê-lo a si mesma.
186
amor com amor, a dedicação com dedicação, que nos amariam
espontaneamente ao perceberem que as amamos e nos esforçamos para
atender a seus gostos. Trata-se de uma mentira que ocasionou a adoção de
padrões comportamentais errôneos. Agora, estamos condicionados e
precisamos adotar um novo comportamento para atingir os fins que
almejamos mas para tanto é necessário antes conhecê-lo com clareza.
187
27. Como ser fascinante aos olhos das mulheres
Ob s. Es te ar t igo fo i esc r ito n a dé ca da d e 90 e nã o ha via si do pu blica do at é a pri me ir a
e diç ão vir tua l des te livr o. Re vise i-o, d eta lhe i-o e c la r ifiqu ei os pon tos que p ermi t ia m
má s inte r pre taç ões, leitur as ten dencio sas e dis tor ções in tencio nai s.
Todas as fêmeas são altamente seletivas mas isto não significa que
sejam naturalmente fiéis ou monogâmicas. Querem oferecer seu sexo apenas
1
Re fir o-me às feministas radic ais, d og má ticas , unilate ra is e ext remistas e n ão às fe minist as
esclarecidas.
188
àqueles que parecem melhor aos seus olhos. São altamente criteriosas na
escolha e ficam com o melhor que conseguem. Não são como nós, que
parecemos porcos e comemos qualquer lixo.
2
Quando a mulher é jovem e, ao mesmo tempo, estúpida , seu principal
critério seletivo é o destaque dado pela imprestabilidade, pela delinqüência,
pelas marcas de roupas e de carro dos rapazes. O arquétipo do super-homem
3
ainda não está amadurecido em sua imaginação e seu pobre cérebro a faz
acreditar que os piores serão os melhores. Nesta fase, os bons e sinceros,
que as amam de verdade, são rejeitados e ridicularizados. Quando acontece
o milagre de serem aceitos, o são para apenas a função de escravos
emocionais e mais nada, e porque realmente não houve nenhum playboy
acessível por perto. Depois, futuramente, ela se dana, fica grávida, perde a
beleza, a juventude e os atrativos e, é lógico, o cara que havia sido
4
escolhido a troca por outra novinha em folha, abandonando-a sem amparo .
Então a mulher cairá na real mas, nesta altura dos acontecimentos, já estará
5
mais “feia” e, portanto, menos exigente, aceitando os sinceros. Em outras
2
E nã o qua nd o a me s ma é jove m e inte li gente, fato q ue t ambém se ve rifica. Es ta es tupid ez se
re fere ex cl usiva me nte a o c ritério s ele ti vo a mo roso e a ne nh um o utr o campo. Insp irei -me e m
livros fe mi ninos nos q ua is este obse rvação apa rece c omo ex pressã o de i ndign açã o das mulhe res
p el o fat o d os h omen s as va lo riz ar em pe l a b ele za e p r e feri re m a s mai s “b on it as”, a des pei t o da
sinceridade.
3
Obvia me nte, aquelas que não des prezam o s bons e se re cus am a a dmira r os pi ores nã o se
e nqua drariam ne s ta defi ni ção . Po r o utr o lad o, há ho me ns j ovens igua lmente to ntos c om
cérebros igualmente pobres.
4
Portanto, ela é a maior prejudicada por sua própria falta de bom senso.
5
Dev o le mb rar o leit or qu e, c o mo disse Tols tói, os c ri té rios d e be leza são rel ativos, nã o
e xis te m d e um p on to d e vis ta o bjet ivo e va ria m e norme me nte ao l ongo d o te mp o, do espaço, das
c ul turas, d o es ta do e mo c ion al e dos ind ivíduos. E ntenda -se aq ui p or “feias ” a quelas que nã o se
enquadram nos padrões ditatoriais de beleza adotados pelos próprios “playboys” preferidos e
q ue as des prez a m p osterio rme nte. Ainda ass im, essas me s ma s mu lheres podem s e r consideradas
“bonitas” por homens que adotem outros critérios. A beleza existe apenas do ponto de vista
s ub jetivo, em de pen dê nc ia do est ado interio r daq uele q ue c onte mp la. Nã o e nten demo s qu e
fulana é linda e sim o sentimos pois a beleza não é algo racional. “Bela” é a mulher por quem
u m h o me m se a pai xonou, in de pe nd entemen te de s uas for ma s “o bj etivas” (eu não cr ei o na
objetividade da matéria). A paixão transfigura seu objeto. Como disse Schopenhauer (2004), são
o s ins ti nt os q ue l ev a m o h omem a c onsi derar be l a a mu l her, o u sej a, a mul her nã o é, e m si, bel a
o u fe ia. Uma mu lh er se rá co nsi derada “ bel a” quan do se vestir ou se c o mpo rta r de deter min a dos
189
palavras: os emocionalmente honestos comem o resto rejeitado pelos
playboys e cafajestes.
190
considera especial. Então, se você quer alguma, o que tem que fazer é
destacar-se aos seus olhos de um modo positivo, preferencialmente, ou
negativo, se não dispor de outro recurso. Mas é preciso habilidade para
fazer isso. Não vá sair ostentando porque elas simplesmente zombarão e
você ficará com cara de idiota.
“O i nte lec to é u m b elo ser vo, mas u m mes tr e terr í vel. É o i ns tr u me nt o d e p ode r
da noss a s ep ara tivi dade. ” ( DASS, 199 7, p. 201)
191
capacidade de intuir está relacionada à sensibilidade (KANT, 1992), a qual
é altamente desenvolvida nas mulheres, o que não significa que esta
faculdade cognitiva seja intrinsecamente altruísta.
8
E m ou tras p alav ras, elas s imu la m des en ten dimen to, ingenuid ade e in ocê ncia, faze ndo- no s
acreditar que nã o compree nd em c ertas c oisa s qu ando lhes c onvé m. A fra se se r efere à
inteligência emocional voltada para fins egoístas.
192
estude-o porque aí está a chave. Este é o "macaco principal do bando". Não
se iluda achando que a bondade será reconhecida.
“A obs er v aç ão o bje tiva e s e m pr ec onc ei tos da r ea lid ade nos mos tr a que ex is te m
a pen as al guma s c at ego r ias de home ns que po ss ue m mulh ere s belíss i ma s : os líd ere s
c ar is má tic os , os mil ion á r ios, os as tr o s fa mos os , o s gran des a tore s, os gr a nde s dire tore s
e os Gâng stere s.
A b ele za, a gr an de bel ez a, é ine xora ve l men te a t r aída pel o po der, e o pode r t end e,
in exo rave l me nte , a mon o poli zá- la. É es s e l ia me pr o fundo , a nces tr al, ma s se mpr e viv o e
r e nova do, qu e t or na os ho me ns co muns pr ude nte s. ” ( AL BERO NI, 1986/s e m dat a, p. 32)
193
observação o revelará com exatidão matemática. Observe que os machos
mais ricos ficam com aquelas que os outros gostariam de ter. Verifique tal
fato e depois conclua por si mesmo se estou mentindo ou não a respeito.
Mas não se iluda: se você tiver apenas dinheiro e mais nada, também levará
chifre porque ela não estará preenchida. Caso você queira apenas se divertir
sem compromisso não haverá nenhum problema, mas não invente de se
casar porque estará sendo usado apenas para ser provedor material e outros
caras a levarão ao motel.
Esses caras que ficam mexendo com mulheres nas ruas, assediando-as
em todo lugar, perseguindo-as ou passando-lhes a mão sem que elas
autorizem não passam de umas bestas incompetentes. É por causa deles que
é tão difícil conquistar as mais gostosas, que acham que os homens são
todos parecidos.
194
ser amigo de verdade e ir aos poucos se tornando mais e mais íntimo. Para
deixá-la louca para te dar o sexo, é preciso ir conversando com ela sobre ela
mesma, compreendendo-a mais e mais. Logo ela estará contando-lhe suas
intimidades. Não a atraiçoe.
9
No sentido dado pelos dicionários Michaelis (1995) e Aurélio (FERREIRA, 1995).
195
Um sexto atributo é a fala. Procure entonar sua voz e utilizar as
palavras de uma forma bem masculina e superior mas não grosseira. Evite
falar palavrões ou falar como se fosse caipira ou analfabeto. Se o seu grau
de instrução for baixo, tome vergonha, treine e comece a ler para enriquecer
10
seu vocabulário (sem usar palavras que soem esquisitas) . Evite também
uma fala desmasculinizada. Se você convive muito com mulheres, tome
cuidado para não introjetar inconscientemente entonações e expressões
femininas na fala.
11
Quanto mais “bonita ” é a mulher, mais difícil de lidar e fresca é .
12
Quanto mais “feia” , mais fácil. Infelizmente, o valor social da mulher é
dado pela sua beleza física e as mulheres mais lindas costumam ser as mais
complicadas para se relacionar. As mulheres lindas dificilmente são para
casamento. Em geral, parece-me, são meros pedaços de carne e servem
somente para o sexo porque podem cometer adultério facilmente quando
10
Nã o s o u p reco nceitu os o c ontra ho men s de po uc a instruçã o. O inco nscie nte fe mi nin o é que o
é...
11
Para me lhor c o mpr ee nder este as pec to, s ugir o a o leit or que assis ta ou le ia a pe ça “ B on itinha
ma s Ordinária”, d e Nels on Rodrig ues .
12
L embre mo s q ue a fei ura é se mpre re lativa. U ma pess oa ja ma is será abs ol utamen te “ feia” ma s
sim re lati vame n te “ feia”. Se rá “ fe ia” s ob d ete rmina do po nt o de v is ta o u aspec to e e m re lação a
a lg o. Uma mu lhe r p od e se r “feia” para um h omem e linda para ou tro, p oderá se r “fei a” ou
“ li nda ” pa ra si mes ma o u para as outras mu lh eres, p oderá se r “fe ia” ex te ri ormen te ou
interiormente etc. Meu ponto de vista é o de que todas as pessoas, incluindo as do sexo
fe mi ni no, s ão si mu lta neame nte lindas e horr íveis s ob mú ltiplos aspectos. Na frase em questã o,
es to u me re fe rindo àqu elas que se auto-c onsi de ra m n ão-e nq ua dr áv eis nos es tereótipos
c onve nc io na is do séc ul o XXI . Para mi m, estas sã o ma is fáceis de li da r e ma is c o mpr ee nsi vas.
Obv ia me nt e, es tas me s mas mu lh eres pod em s er consi de radas lind as sob vários asp ect os o u p or
v ári os ho me ns, dep en de ndo da si tu açã o. O h ome m s a be e nc ontr ar be leza e m u ma mul he r q uando
a d eseja (Alb eroni, 1 986/s em d a ta). A b e leza e m s i nã o e xis te, é uma simple s fo rma me nta l
p roj etada. Eu, po r ex empl o, ac ho uma mu lher kuhiku ru muito ma is lind a e desejável d o qu e
q ualque r t op mode l e j amais tr oca ria uma p ela outra. U ma mulh e r n ão é bela o u feia e m s i e p or
si mesma, mas sim para aquele que a contempla. São os instintos que falseiam a percepção do
h ome m, i nd uz in do-o a ver a mulher como “ o belo se xo” (SCHOP E NHAUER, 20 04)
196
13
machos melhores do que você se aproximam . A mulher “feia” é mais
adequada ao casamento porque, como não tem opção, reluta mais em trair,
apesar de também terem a ancestral tendência natural à prostituição
inconsciente. Eliane Calligaris descreve esta tendência do inconsciente de
forma interessante:
“A fant as ia da pr o st itu içã o p er mit e que a mulh er des e nvol va su a se xua lid ade se m
a s a mar r as do pa i e se en treg ue à rel aç ão c o m u m h o me m o u mes mo c o m u ma mu lhe r”
( C all igar is, 2 006, s /p)
“S e ela est abe le cer, para outr o ho me m, o mes mo v alor de des e jo q ue atr i buiu ao
pa i, ter á de se r s ó u ma da ma – e não s e e ntre gar s e xua lme n te a e le [ o qu e ex plic a a
qu eix a d os ma r idos d e que as es pos a s se ma nt é m di st an tes ], pois a últi ma c ois a qu e q uer
pe r de r é o a mo r [ rec eb ido unil ate ral ment e, en tret ant o]. Mas a mu l her pode ta mbé m
e nte nder o co ntrá r io. Quan do de ve su per ar o de s ejo pel o pa i, sen te- se tr aída e pe ns a o
s eg uint e: quer o t odos os ho mens no l uga r d e u m. En tão , el a e sc olh e ou tr a o pção, a da
pr o st ituta. Nã o a pr ost itui çã o r eal , ma s a ent rega p ara ho me ns de s con he cidos [e,
po r tan to, é a que le que nã o s e de ixa con hec er, o mi st er ioso , o que de s per t a a atr aç ão
s ex ual, e n ão o s in ce r o q ue se mo st r a e se de ixa c onhec er].” ( C al ligar is , 2006 , s/ p)
13
Esta realidade está retratada em “O Fausto”. Quando o herói encontra Helena, a Beleza, é
a lerta do q ue de verá manter-s e se mpr e p ronto a de fe ndê- la pelas a rma s po r se r e la a ma is b el a
197
enganando a ninguém. Nenhum homem poderia protestar contra uma
prostituta, acusando-a de trair seus sentimentos por ter mantido relações
sexuais com outros homens, isso seria simplesmente ridículo. Neste sentido,
elas são muito honestas, ao contrário das espertinhas que querem parecer
ingênuas, puras, santas e fiéis.
Tais mulheres são invejosas e malvadas. Os caras que acham que vão
conquistá-las sendo bonzinhos só se danam. Elas os torturam e os levam à
loucura. Conheço alguns que até se mataram por isso. E você pensa que elas
ficaram com dó?
15
Malvadas como são, as “vadias ” submetem o homem
incansavelmente a testes e sessões de torturas mentais dissimuladas para
conhecer suas reações. Marcam encontros e não comparecem, provocam
ciúmes com atitudes de gentileza para outros machos sem admití-lo,
prometem maravilhas no campo sexual e não cumprem etc. tudo com a
198
finalidade de ver as reações do homem. O mais interessante é o joguinho de
aproximar e afastar que fazem para deixar o homem confuso, inseguro e
louco. Por tudo isso, é extremamente importante não se apaixonar mas, às
vezes, fingir com perfeição que se está apaixonado, pelo menos até firmar
bem o vínculo. O apaixonado é visto como um moribundo digno de piedade
e as mulheres não sentem atração por coitados.
Se você não for apaixonado, passará por todos esses testes e a mulher
se entregará, vencida. Mas para isso é importante que você tenha eliminado
pelo menos uma boa parte dos agregados psíquicos envolvidos na paixão
para poder aguentar, senão irá arriar. Quando ocorrerem os joguinhos,
acompanhe-os sem perturbação. Quando ela se aproximar, receba-a e
quando se afastar fingindo desprezá-lo, ignore-a até que ela volte.
199
O que faz algumas serem tão ávidas pelos machos melhores é sua
natureza invejosa e sua tendência natural à prostituição inconsciente.
Querem os machos mais destacados para exibí-los e para obterem garantias
materiais. O amor feminino cheira a bens materiais e exibicionismo.
Observem que não existem mendigos encantados mas apenas príncipes
encantados. Já notaram?
200
28. Ao telefone
Não telefone antes de ter em mente o que vai dizer de forma clara e
decidida. Seja amável porém firme. Diga o que tem a dizer e se retire. Se
você ficar esticando o contato sem necessidade, será visto como um fraco,
carente. Planeje o que vai dizer, telefone, diga de forma clara e direta, e se
retire.
201
Não espere ela terminar a conversa. Tome a iniciativa de desligar
primeiro. Preserve a "vontade de conversar mais" para outra oportunidade.
As espertinhas querem desligar na nossa cara, então roube-lhe a sensação
da vitória desligando primeiro.
1
No fil me “ A Batalha de R i dd ic k”
202
que o interessado é você e não ela. Ao sugerirem isto, estão se colocando
como um prêmio. Esta sugestão subliminar não deve ser aceita e precisa ser
desmontada. Para desarticulá-la, basta criar uma situação que a force a
revelar se realmente está interessada ou não, de maneira a eliminar qualquer
sombra de dúvida. Se ela começar a brincar com você, enviando sinais
contraditórios para confundí-lo, crie resolutamente, sem a menor hesitação
ou medo, uma situação definitiva comunicando-lhe algo mais ou menos
assim: "Telefone somente quando estiver realmente interessada em mim. Se
você (a espertinha) não me telefonar em n dias (prazo definido por você)
saberei que nunca esteve interessada e não esperarei mais". Em seguida,
desligue na cara dela. Com este procedimento você a obriga a revelar suas
verdadeiras intenções e desarticula o joguinho pois a situação não permite
nenhuma espécie de confusão. A própria tentativa de confundir irá
desmascará-la. Se a mulher não telefonar, terá se revelado e se telefonar
também! Ao agir assim, você estará se mostrando um homem decidido e
determinado, que não hesita em seus objetivos. Obviamente, o tiro sairá
pela culatra se você estiver apaixonado ou apegado pois trata-se de
“explodir uma bomba” que atinge somente aquele que estiver mais
apaixonado, apegado e necessitar mais do outro.
203
29. Anexos
Ob s. 1 S e gue m a gor a uma e ntr e vis ta e al gu ma s men sa ge ns e letr ônic as env iad as a ami gos .
Ne s ta ter ceir a ed içã o vi r tua l, s ubs ti tuí a lgumas pa lav ras por s in ôni mo s p ar a ma io r
c lar e za e par a i mpe dir dis torç ões int enc ion ais e i nte r pr eta ções ten den cio sa s por par te de
le ito res uni lat er a is. T oda s as observa ções aqu i co ns tan tes, co mo as dema is d o liv ro, se
r e fere m ap ena s às mul h ere s que c orr es po nde m ao pe r fil c omp o r ta me nt a l c o m o qu a l no s
oc upa mos .
Ob s. 2 A pre se nte e ntre vis ta nu nca fo i pu blic ad a for a des te l ivr o. F oi fe ita por u ma
le ito ra fe mi nis ta, po r su ges tã o min ha, co m o f i m de e s clar ec er p onto s c onfu so s q ue s e
or i ginar a m dur a nte u ma ca óti ca disc us são vir tual. Ap ós mu it as te nta ti vas i nfr utí fera s de
fa ze r co m q ue u m pe qu e no gr upo de mul her e s en ten des s em meu s pon t os de vi st a, e vis to
qu e a con fus ão so men t e a u men ta v a, so lic itei- lh es que e nvia sse m as ob jeçõe s so b a
for ma de p er gu ntas. A ide nti dad e da entrevi s tad or a foi ma nt ida e m s igi lo.
Ob s. 3 A s pr ese ntes c orr es po ndê nci as s ã o, e m su a maio r ia, re sp os tas a mens a gen s de
vá r ia s fe mi nis ta s hos tis que me e sc rev ia m a tac an do meu s p onto s de vis ta. T a mb é m há
r esp os tas a al gu ma s pe s so as que soli ci tar a m mi nha s op i niõ es a r espe ito da s s it uaç ões
pe la s qua is pa ssa va m. A i den tida de dos c orr esp onde nt es foi man tida e m s igil o e m tod os
os c as os .
204
Anexo 1. Entrevista com o autor
P - Você afirma que a mulher não sabe o que quer ser (amiga, mulher
"ficante" de sexo casual, amante, namorada ou esposa). Nunca pensou que
isso acontece porque os homens não demonstram nenhum interesse e não
tem segurança, sendo que nós precisamos disso e, se não temos, caímos
fora?
Sim. Eu analiso. É por isto que recomendo ao homem que defina a relação
conforme a mulher age e se comporta e não a partir do que ela diz.
P - Por que os homens se fecham quando estão com problemas? E por que
acham que seus pensamentos são a única verdade?
205
1
lógica e para nos convencer é preciso ser racional . Não mudamos de
opinião quando há falha lógica, assim porque sim.
P - Por que vocês são tão preconceituosos e nunca se abrem para outras
opiniões?
P - Se um homem possui uma filha jovem que fica grávida, ele não dirá
nada pelo fato de que "é inútil discutir problemas com mulheres pois elas
tem a opinião formada e homens não são de falar", nada sendo dito ou
resolvido? Nada importará?
Não. Neste caso ele deve orientá-la corretamente a respeito do que fazer e
não discutir, deixando-a arcar com as conseqüências caso não queira
concordar. Jamais deve obrigar à força.
1
No ca mp o do s c on flitos a mor osos. Me u ponto de v ist a é o de q ue disc utir a relaç ão p iora tud o.
Se ndo as op in iões fe mi ninas funda me n ta das nos senti me ntos, t od a tentati va de enq uadr á-l as
e m u m si stema l óg ic o q ue seja raci ona l, e n ão e mo cional, resul ta rá e m a um e nto de confusã o. O
me s mo é válid o para as opiniões de homen s t oma dos p or uma emoc io nal idade exa ge rada. O fa to
d o home m s er ma is rac io na l nã o si gn ifi ca q ue e le se ja ma is intelig ente. Princ ipal me nt e no que
206
P - No caso desta filha (que também poderia ser a namorada, a esposa, ou a
mãe) estar depressiva e o HOMEM se fechar supondo que a tristeza acabará
por si mesma: ele nada faz ou apenas diz: "Isso não é nada demais, logo
passará" ? Será que passará realmente?
207
Conversamos de forma concentrada e buscando objetividade, em geral sobre
nossas conquistas e reveses amorosos. Tais conversas são extremamente
importantes para o aprimoramento de nossas habilidades, principalmente no
que se refere a estratégias de sedução, ataque e defesa nos jogos de
4
sentimentos e atração com as mulheres. São reflexões. A fala das mulheres
5
não é concentrada, é dispersa, vaga e superficial . Por serem muito
parecidas com crianças, conversam sobre coisas bobas: o que fez fulano, o
que aconteceu à esposa de beltrano etc. Não há análises, apenas descrições
superficiais marcadas por um tom de fundo emocional.
P - Por que vocês ficam falando tanto sobre mulheres ou acusando homens
que não pegam ninguém de serem gays?
P - Por que vocês homens se desesperam quando a mulher vai embora para
sempre se vocês mesmos dizem que "há muitas por aí"?
4
Com as quais nos ocupamos neste livro.
5
E mb or a ab rang en te. O pode r de penetra r p ontual e p rofun da me nt e e m u m tema , ex clui ndo to do
o resto, é pred omina nte me nte ma sc ulino e nã o fe min ino. O h omem é l imi ta do e m a bran gê nc ia.
6
Ou u m c as o ou outro (ou dis fu nçã o ou pr efe ência, e nã o a mbas as co isas simu lt ane amente). A
fase não está estabelecendo relações de causalidade entre disfunção e identidade de gênero.
7
Re firo -me às es n ob es e es pe rtinhas.
8
No ca mp o do s se nti me ntos e do s exo. Isso nã o sign ifica que a mu lh er c orres po nda a os pa drões
estereotip ados de beleza.
208
Porque vocês astuciosamente nos prendem emocionalmente dando carinho
para que sintamos falta nessas horas. Obviamente, um homem amadurecido
está imune por já ter caído nessas armadilhas muitas vezes no passado.
Há vários tipos. O mais comum é o da mulher que "vai ser como a minha
mãe", isto é, uma santa no dia a dia. Mas além disso deve ser uma fêmea
9
fatal conosco, e somente conosco, à noite na cama.
Porque é uma porta para transar com outro que a mulher não quer fechar. Os
maiores amores nascem das amizades. Os contatos próximos e estreitos são
uma passagem para uma relação amorosa e a mulher que se recusa a rompê-
los está se recusando a destruir possibilidades de uma traição. Nenhuma
mulher sonha com um homem que tenha um pênis de quatro metros...vocês
9
Na edição anterior eu havia utilizado a expressão "deusa pornô" mas preferí substituí-la por
" fê me a fata l" po r s er ma is pró xi ma do sentido orig inal q ue dese je i e xp rimir.
209
sonham com homens legais, que saibam se aproximar de vocês "sem
maldade" etc. [para assim tê-los como escravos]. Além disso, quando vocês
tem um amigo, somente vocês é que sabem de fato se algo rola ou não.
Deste modo, ocultam informações de seus parceiros para poderem dominar a
relação. Por isso não queremos compromissos com mulheres que tenham
amigos.
Não. Somente se a mulher agir como mulher "liberal". O problema não está
em ser liberal mas em não assumir, não admitir, dissimular, iludir o homem
dando a entender que será fiel etc.
P - Tudo que fazemos é insuficiente para agradá-los, nunca está bom. Então
diga, como é a mulher que vocês homens querem?
Queremos uma mulher deliciosa, que dê sexo e amor para nós e de todas as
formas que queiramos, que não tenha frescuras, que mantenha os outros
machos à distância, que policie seus atos com relação aos homens e não
faça nada que não gostamos sem o nosso consentimento. Por estranho que
pareça, também queremos o casamento, mas não com “vagabundas”. Há
muitas vadias que se casam disfarçadas de damas honradas e esta é nossa
10
preocupação .
Ele provavelmente sabia o que queria mas estava confuso pela condenação
da sociedade feminista atual às suas idéias. Além disso, estas características
masculinas que estou apontando são inconscientes na maioria das vezes.
Somente um estudioso as detecta, como é o meu caso.
10
E m ou tra s pa lavras , os ho me ns estã o à pro cura das s inc er as, honestas e virtuos as.
210
P - De acordo com suas afirmações, a relação estável não deve ter amor
romântico. Então eles nunca terão relacionamentos de verdade?
Eles terão, porém a mulher é que irá amá-los por suas características
diferenciantes e atrativas, e não o contrário. A mulher não ama em
retribuição ao fato de ser amada, ao contrário do que querem dar a
11
entender. É por isto que não podemos amá-las: para que vocês nos amem .
O homem que ama (amor comum, romântico), se torna ciumento,
possessivo, dependente e pegajoso. A mulher se irrita e o rejeita. Esses são
aqueles infelizes que se matam ou que matam a esposa. Em troca, o homem
desapaixonado é frio, distante, inacessível, misterioso, inabalável,
indiferente e seguro. Então a mulher tenta testá-lo e atormentá-lo mas ele
12
nem nota ou, se nota, não dá importância ou acha graça . Este é o macho
interessante, que passa no teste de seleção natural das fêmeas. Para não ser
possessivo, pegajoso, ciumento, inseguro e dependente é preciso
primeiramente não estar apaixonado e não amar. As mulheres adoram
homens assim e os perseguem incansavelmente.
P - Qual é o inferno psicológico criado pela mulher que você cita várias
vezes?
11
Es ta é uma ex igência das pró pr ias mulh e res.
12
É n este s entido q ue ele a domi na, p ois a v ence pelo ca nsaç o.
211
P - Por que vocês evitam se apaixonar? Por medo?
Que ele está desesperado por aquela mulher, que sem ela não vive e que não
14
suporta sua ausência. É um infeliz infantilizado. Em nada se diferencia de
um moleque chorando pela falta da mãe.
13
Pois ele pode a qualquer mo me nt o de ix á-la.
14
Op te i por tro car a exp ressã o “i mb ec il”, cons tante n a prime ira ediç ão v irtual, por “in feliz”,
a q ual me parece mais acerta da .
212
Sim. E também para ter uma mulher que preste ao lado. Como é cada vez
mais difícil de achar, fugimos quando sentimos o cheiro de compromisso
pois o casamento na maioria das vezes é uma armadilha.
P - Porque vocês querem morrer quando a mulher trai sexualmente mas não
ligam muito quando ela trai apenas emocionalmente?
Porque, quando vocês dão sexo para outro, vocês fazem o que nunca
fizeram para nós na cama. Por exemplo: para o amante, a mulher faz tudo,
15
sexo oral, anal etc. de ótima qualidade, com vontade, carinho e amor. Para
o marido nunca faz isso do mesmo modo pois o sexo no casamento é uma
obrigação e, portanto, uma tortura. Ou seja: o que tem de melhor a mulher
16
reserva para o outro macho que não se compromete e não para o infeliz
comprometido. O homem não sofrerá se não estiver apaixonado pela mulher
que se foi com outro.
P - Por que vocês querem morrer se não conseguirem transar por falta de
ereção?
Porque nos sentimos anulados como homens. O cara sente que não existe
17
mais pois o homem é um pênis ambulante, o resto é aderente . É por isso
que precisamos transar bastante enquanto temos força para isto.
P - Esta frase é sua: "Há uma diferença entre o fraco, que faz isto contra a
sua própria vontade por medo de perder a mulher etc. e o forte que faz isto
por não precisar dela. Somente este é que pode desfrutar do seu carinho."
Explique-a.
É que o homem forte não se identifica com a relação. Está dentro da relação
mas se mantém psicologicamente fora e isolado. Então deixa a mulher agir
15
Nã o es to u de fende ndo e nem c on den ando t ais práticas ma s e xplican do que es te é um do s
fa tores que ato rme ntam o s ma ri dos traí dos. Para o es p oso, o se xo é o qu e a es posa te m de mais
p r eci oso e o at o de dá -l o da me lh or fo r ma p oss í vel a o ut r o fe re -o d ol or osamen te nos
se nt ime nt os. O es poso quer e xcl usividad e t otal da pe rforma nce erótica da es po sa.
16
Op tei, igua lme nte, por tro ca r a expressã o “i di ot a”, c ons ta nte na prime ira edi ção virtua l, p or
“ in fel iz”, a qu al me parece ma is ace rtad a.
213
livremente para descobrir quem ela é e para que função serve. Já o homem
18
fraco deixa a mulher fazer o que quer por medo de perdê-la.
P - Vocês querem uma mulher que adivinhe suas necessidades sem que
vocês contem, como a mãe faz ao um filho pequeno?
Não. Queremos uma relação explicitamente definida desde o início para não
perdermos tempo esperando o que não virá. É por isto que os homens mais
fracos matam as mulheres, agridem etc. porque esperam uma coisa e vem
outra. Como são débeis, não conseguem exercer corretamente o domínio
sobre a mulher dominando a si mesmos e a única saída que encontram é a
agressão. Obviamente estão errados, deveriam crescer e se tornar HOMENS
de verdade mas não são totalmente culpados porque não temos em nossa
sociedade quem os ensine a sê-lo. Hoje a moda é ser homossexual e
"sensível". A masculinidade é vista como um defeito porque vivemos em
19
uma sociedade decadente (...) . O máximo que vemos são valentões que
pensam que a masculinidade está nos músculos dos braços e das pernas. São
ignorantes pois a masculinidade está no cérebro, no coração e no órgão
sexual.
Anexo 2. Correspondências
Ca r o a m i g o
20
Vej o que a c on d i ç ã o b ási ca par a dom in á- la ainda não foi
c o n q u i s t a d a . Es t á m u i t o c l a r o q u e v o c ê p o s s u i s e n t i m e n t o s p o r e l a e e s t á
se d eb at en d o d e s o r i e n t ad o em b u sca d e l i b er t a ç ã o .
17
Sobre este ponto, leia-se Eugene Monick (1993A; 1993B)
18
Ou seja, são motivações diferentes para ambos os casos. Entretanto, há um terceiro caso: o do
fraco que tenta proibir. Elas então burlam todas as proibições e desfrutam da sensação de
triun fo, zo mb ando da incomp e tê nc ia do can di dato a pe qu en o dita dor.
19
Os valo res ma s c uli nos sã o ridic ularizad os, objet o de preco nceito e vê m s o fre nd o progressivas
tentativas de destruição por parte da moderna sociedade ocidental. Sobre este pormenor, leia-se
Farrel & Sterba (2007), Hise (2004), Monick (1993A), Sommers (2001), Young & Nathanson
(2002) e Young & Nathanson (2006).
20
A situação.
214
A p r i m eir a c oi sa que v o cê n ecessit a é d e sg os t ar d est a m u lh er ,
an t es d e m a i s n ad a. É m u it o ev id en t e q u e e l a é i m p o r t an t e p ar a v o cê e
p er c e b e i s so . Qu an d o v o cê t en t a si m u l ar d e s i n t er e s s e , a m u lher
r ap id am en t e d e s c o b r e se v o c ê es t á ou n ão f i n g in d o, d e m od o q u e ist o
não adiant a. O m ais n ecessár io é, em pr im e i r o lugar , d e sg o st ar
r e a l m e n t e dela.
Em s e g u n d o l u g a r , v o c ê d e v e s e r c o n t r a d i t ó r i o . A o i n v é s d e t e n t a r
ag r ad ar , f a l e c o m e l a em u m t om d e v o z d et er m in ad o, g r av e e p r ot et or .
Tr a t e - a co m o se f o sse um a m en in a de uns dez ou d o ze a n o s. To m e
cu id ad o co m t oda p o s s ív e l co m u n i c a ç ã o de su b m i s s ã o por m eio de
a t i t u d e s, v o z, a s s u n t o s et c. Ass u m a u m p ap el d e co n d u t o r d a r e l a ç ã o . Ao
m e sm o t em p o , m a n t en h a - se d i st a n t e p a r a p r e se r v ar o m i st é r i o . Os c i l e ,
e st r e it e o co n t a t o , a p r ox i m e- se , co n v er se e m a n t en h a - se l o n g e. Al t e r n e,
a l t er n e , a l t er n e . . .
To m e cu id a d o p a r a n ã o se p o l a r i za r n a f r ie za . O i d e al é se r m ai s
frio e, ao m esm o t em p o , m ais c ar in h o s o do que ela. Te n t e unir
c a r a c t e r ís t i c a s o p o st a s: sej a d ist an t e m as pr ot et or , in difer e n t e m as
c o m p r e e n s i v o . Fa ç a - a f a l a r s o b r e s i m e s m a , s o b r e o s p r o b l e m a s d e l a , e
t en h a- o s co m o p au t a d as co n v e r sa s n a s q u a i s v o cê en t ão f ar á su g est õ e s
e d ar á or i e n t ações com o q u em en t en d e d o p r ob lem a m ais d o q u e ela.
21
No ca mp o do s atri butos in te rnos (co mp reens ão , firme za, au to do mín io e tc. )
22
No ca mp o do a mo r
23
Um êxtase espiritual sentido na cabeça e na coluna vertebral.
215
d e si n t e r e s s e p r i m ei r a m en t e p a r a q u e d e p o i s e l e se r ev e le m e scl a d o co m
cu i d a d o s.
O im p o r t an t e é m ar c a r a m en t e d e l a c o m o u m h om em d if er en t e d e
t o d o s o u t r o s, u m h o m em q u e el a n u n ca m a i s e n co n t r a r á o u t r o i g u a l . Se
v o cê f o r su b m i sso e t en t a r ag r a d ar , f a ze r as co i s as d o j e i t o q u e el a q u er
et c. não ser á difer e n t e porque i sso é o que t od os f a ze m . Pa r a ser
d i f er en t e, v o cê d ev e f a ze r aq u il o q u e n en h u m h o m em f a z: d ar o r d en s
( ca r i n h o sa m en t e) , t om ar in ici at iv as , su r p r e e n d ê- l a com at it udes
im p r ev ist as , n ão t er m ed o d e t o c á - la o u b e i j á- l a , n ão se p er t u r b ar co m
j og u i n h o s e, p r i n ci p a l m en t e , p r o cu r á - la se m p r e p a r a o s e x o .
*****
Ol á a m i g o
M e p a r e c e q u e v o c ê e s t á i n d o b e m . A c h o q u e s e r i a b o m c o n f u n d í- l a
um p ou co m ais. Su g i r o um elogio ou sa d o a c o m p an h ad o por uma
in d i f er en ça.
En t r e t a n t o , h á s e n t i m e n t o s p e r i g o s o s a í. V e j o e m v o c ê u m p o u c o
d e e s p er an ça d e q u e e l a p o s s a s e r u m a m u lh er d if er en t e d as ou t r a s . É
e st a e sp er a n ça q u e n o s m at a. To m e cu i d a d o .
216
O f u n d a m en t a l é se r c ad a v e z m ai s o u sa d o n a s i n v e st i d a s e ao
m e sm o t em p o ca d a v e z m a i s i n d i f er e n t e . Ob se r v e a s r e a çõ e s d e l a e v á
s eg u in d o- as.
*****
10/ 8 / 2004 00: 49: 2 3
Não p r et en d i a c on t in u ar m as, v en d o a n e c e s s i d ad e, o f a ço p or
e n q u a n t o . Ex c e p c i o n a l m e n t e , m e d e i x a r e i d e s v i a r u m p ou co d e n ossos
o b j et os de e st u d o para t r at ar ex t en s a m en t e de q u est õ e s p e s s o ai s
in ú t e i s , ap en as n est e e- m a i l . No s p r ó x im o s ( se h ou v er r e sp o st a su a) ,
ig n or ar ei p o r co m p l e t o q u al q u er u m a d e su as ob s e r v a ç õ e s f ú t e i s so b r e
m in h a p e s s o a e m e c en t r ar ei ex c lu siv am en t e n o s t em as, a d e sp e it o d e
s e u s p o s s ív e i s a l a r i d o s .
É ev i d en t e su a in ca p a ci d a d e d e en t e n d e r o q u e d i g o , d e f a l sea r e
d e d ist o r c e r t u d o. Su a f o r m a d e e s t u d o é ab so lu t am en t e co n f u sa e as
id éi as se m i st u r am em um p an d em ôn io in f er n al e p a s s i o n al . A c l a r e za
in ex i st e em seu s e s c r it o s e a r e cu sa em adot á- la é c o n st an t e. Há
t am b ém a in ca p a c i d ad e d e r elacio n ar m i n h as af ir m ações p r e s e n t es co m
p o n t o s q u e v o cê m e sm a l ev a n t o u a o l o n g o d e v á r i o s e - m a i l s p a s s a d o s.
Al é m d i sso , a s en h o r i t a ev i t o u i n ú m er o s p o n t os q u e l ev a n t ei e m m i n h a s
m en s a g en s e é c l a r o q u e n ão p er d er ei m eu t em p o in d o at r ás d i sso p oi s
os pont os ev it ados f o r am j u st am en t e os er ros n ev r á l g i c os em s eu
p e n sa m e n t o . Ta i s f a t o s a p e n a s r e f o r ça m m i n h as o b s e r v aç õ es so b r e a
i n ca p a ci d a d e a r g u m en t at i v a d a s m u l h e r e s.
Em nenhu m m o m en t o deixei de r e sp on d er à s p er g u n t a s q u a n d o
217
e l a s f o r am ed it ad as p ar a se r em r e s p on d id a s. O q u e m e r e c u so é a t om ar
p a r t e n o p an d e m ô n i o m en t a l , e m o ci o n a l e e scr i t o p ar a o q u a l v o cê q u er
in c e s s a n t em en t e me at r a i r com s eu m ag n et i sm o. Se quer r e s p o st as
ob j et iv as , f aç a p er g u n t as ob j et iv as ao in v és d e l a n ç a r id éi as p er d id as
so b r e m im em um b r a i n st or m d esn o r t ead o e co lo r id o m as a l t am en t e
m ag n ét i c o. De m an ei r a a l g u m a c o r r er ei at r ás d e su as co n f u s õ e s p ar a
d e sf a zê- l a s. Se q u er cl a r e za , f or m u l e p e r g u n t a s d e f o r m a co r r et a.
Ma n i f e st ei - m e, si m , co n t r a t oda est a t en d ên c i a de p s e u d o-
e s o t er ist as eu n u co s q u e ap r eg o a m q u e o k u n d al in i so b e q u an d o o h o m em
se en t r eg a à p ai x ão e ao am o r r o m ân t i co , ( i st o q u an d o n ão d i ze m que
a i n d a p o r c i m a d e v e o n e ó f i t o a b s t e r - s e d e s e x o ) . Es t a é u m a m e n t i r a
d e s c a r ad a de m agos negr os que en v en en am as m e n t es com f alsos
en si n am en t o s e que v o cê s cl a r a m en t e adot am , ap e s a r de d i ze r em o
co n t r ár io .
A v it ó r ia so b r e o m ag n et i sm o é d ad a j u st am en t e p el o k u n d a l i n i
p o i s o m ag n et i s m o p r ov ém d a at u a ç ã o in v er t id a d e s t a f or ça s er p en t i n a.
O r ev er so d o k u n d al in i, r ep r e s e n t ad o em m u it os cu lt o s p o r u m a s e r p en t e
d o m a l , é u m a p o l a r i za ç ã o n eg at iv a d e s t a en er g ia p r ov en i e n t e d o so l e
f i x a d a n a Te r r a p e l a f o r ça d a g r a v i d a d e .
218
Um dos at r ib u t o s b ásico s p ar a d e sp er t ar o kundalini é não se
e n t r egar à f a t alidade do m ag n et is m o f e m inino. So m en t e após m uit a
ex p er i ên ci a co m m u lh er es é qu e o hom em ad q u i r e t al c ap a c i d ad e. É
p r e c i s o ex p er i e n c i a r em p r of u n d id ad e t o d a a f alácia e m en t ir a d o eg o e
de s eu s j og o s e d isf ar c e s na r elação am o r o s a . S o m en t e aquele que
c o m p r o v o u o c a r á t e r i l u s ó r i o d o a m o r r o m â n t i c o , p o d e r á d i r i g í- l o e d e l e
d i sp o r p ar a f in s e sp i r i t u ai s. É p o r i st o q u e o s ca f aj est e s e a s p r o st i t u t a s
e st ão m a i s p er t o d a c a s t id ad e au t ên t i ca q u e co n d u z ao e s t ad o su p er -
hum a n o do que os t ím i d o s m as t u r b ad or es e as c a s t r ad as m u lh er es
i n o r g ásm i cas. Em n en h u m m om e n t o co n si d er ei que " ca f a j e st e s" e
p r o st it u t as est ej am à alt u r a do hom em au t ên t ic o . En t r e t a n t o , s ão
22
p essoas q u e ex p er i e n c i a m o m al em t od a a su a p l e n it u d e e p or i s s o o
c o m p r e e n d em m e l h or d o q u e as a l m as in g ên u as q u e se a c r ed it am p u r a s .
É sa b i d o q u e q u an d o os d em ôn i os se er g u em d o ab i sm o, t or n am - se
os d eu s es m ai s g r an d io so s. I st o o c o r r e p o r q u e e l e s d e s c o b r e m q u e o m al
n ã o é t ã o a t r an t e co m o p a r e ce . As p e s s o a s q u e t r i l h ar am u m ex a u st iv o
c a m in h o de d esi l u s ão am or o s a e se x u al afunilam su as e s c o lh as,
t o r n an d o- se c ad a vez m ais ex i g e n t es em su as seleções s en d o,
o b v i a m e n t e , a cu s a d a s d e se r em p r e c o n ce i t u osa s. À m ed i d a e m q u e se
d e s e n v ol v em , o p t am c ad a v ez m a i s p or q u a l i d ad e ao in v és d e q u an t id ad e
a t é ch eg ar e m ao pont o de t erem u m a só p e s s o a . N a d a d i sso si g n i f i ca
en t r eg a em o c i o n al ao o u t r o m as si m en t r eg a em o c i o n al ao p r óp r io S e r
I n t er n o, ap r en d i za g em e sp ir it u a l .
Em t o d a s a s n o s s a s m e n s a g e n s , t e m o s t r a t a d o d o a m o r e m s u a s
f or m as i n f er io r es. Não n o s c o n c e n t r am o s n o est u d o do Am o r em su a
m od a l i d ad e or ig in al e su p er i o r . Tr a t a m o s apenas de su a s p e r v e r sõ e s
eg ó i c a s .
Os i g n o r an t e s, co m o v o cê s, su p õ e m q u e a t r an sm u t a ç ã o d a en e r g ia
n ão p r o p o r c i o n a n en h u m t i p o d e g o zo s ex u al . Acr ed it am , e st u p i d am en t e,
que a c a s t id ad e é o m esm o que cel i b a t o , ab st in ên c ia e in o r g a s m i a .
D e s c o n h e c e m q u e a su b id a d a en er g ia p e l o s c a n ai s sim p át ico s g er a u m
êx t a se an t i - o r g á sm i co de in t en si d ad e at é m aior do que o o r g asm o
v aginal. Lo g o , a m u lher que t r an sm u t a não é in or g á s m ic a ( ou
219
an or g á s m i ca) , co m o v o cês (...) se or gu lham de ser , m as si m a n t i-
or g á s m ic a e ist o é co m p l e t am en t e difer e n t e. El a s ex p er i e n ci am um
23
or g asm o i n v er t i d o , a l g o q u e v o c ê s n u n c a e n t e n d e r ã o . Co m p a r e i - o a o
or g a s m o v ag in al em t er m o s d e in t en si d ad e d e p r a ze r e d e êx t a se m as
n ão em t er m os d e d ir e c i o n am en t o d o f l u x o en er g ét ic o . D e i x em d e ser
i g n or an t es. Se ( . . . )r e a l m en t e c o n h ecessemo a s s u n t o n ão af i r m ar i a m
t a n t a s b est e i r a s q u e p r o v a v el m en t e o u v i r a m d e p s e u d o - m e st r e s.
Co n v é m i n f or m ar t am b é m q u e o s " m ér it os do co r a ç ã o " n ão s ão
h i p ó cr it as s en t im en t os r o m ân t i co s, co m o v ocês im aginam , m as
j u st am en t e o c o n t r ár i o . São a d ev o ç ã o t ot al ao Es p ír i t o Div ino em
op o s i ç ã o à ad or a ç ã o d a m u lh er t er r en a, ad o r a ç ã o es t a q u e c on st it u i u m
c r i m e c o n t r a o Cr i s t o e a M ã e D i v i n a . A f o r n i c a ç ã o e o a m o r r o m â n t i c o
s ão ir m ão s. Ad o r ar um a m ulher t er r en a co m o ú n ic a e d eu sa é um a
i d o l a t r i a. Os r i t o s d e ad o r açã o à m u l h e r d o s cu l t o s e so t é r i co s n ão sã o
dirigidos à m ulher ex t er n a t er r en al com o ( . . . ) [ v ocês] d em o n st r am
a cr ed i t a r m a s si m à Mu l h er D i v i n a. É est ú p i d o a d o r ar a im a g em ao i n v és
d e ad or ar a D i v in d ad e q u e e l a r ep r e s e n t a.
Su as p r et en sõ e s d e co n h e ce r e m o k u n d a l i n i co m b a se ex p e r i e n ci a l
s ã o r i d íc u l a s : u m a pessoa q u e r ealm en t e t en h a o k u n dalin i d esper t o é
i m u n e a r a d i açõ e s a t ô m i cas. Vo cê s p o r acaso sã o i m u n e s a r ad ia çõ e s
a t ô m i c a s ? É t a m b ém i m u n e a t o d o t ip o d e i n f e cçã o . Vo cê s p o r a c a so o
são?
Qu a n t o a m i m , so u u m si m p l e s m a ca co r a ci o n a l q u e a sp i r a a se r
hom em au t ên t i co um d ia. Não t en h o o k u n d a l i n i d es p er t o. Ai n d a n ão
ad q u ir i a c a p a c i d ad e d e r et er c o n t in u am en t e m eu s ê m en (... ) [ já que
p e r gunt ar am ] .
220
p on t o l e v an t ad o , f o i p or s e r u m a t en t at iv a su a d e d e s v i a r o d i á l o g o d e
n o sso o b j et iv o p r in c ip al p ar a q u e s t õ e s m er am en t e p e s s o a i s e p a s s i o n a i s .
Ad em ai s, o s p o n t o s q u e l ev an t ei e a s e n h o r a ev i t o u f o r am m u i t o s c o m o ,
p o r ex em p l o , o e st u p r o em an i m a i s co n f i n a d o s so b e st r e s s e sex u a l e a
t en d ên ci a d as m u l h er es em i m it ar o s h om en s, en t r e ou t r o s.
Ma n t er ei a g o r a o est u d o f o c a d o so b r e o t em a d o k u n d a l in i at é s eu
t é r m in o . Nã o p e r ca t e m p o t e n t an d o m e at r a i r p a r a d i g r e ssõ e s p o r q u e i r e i
i g n o r a r . Fa l e s o b r e o a s s u n t o d e n o s s o i n t e r e s s e e n ã o s o b r e m i m .
At en t am en t e
*****
Ca r o a m i g o
O H o m e m A u t ê n t i c o t e m c o m o c a r a c t e r ís t i c a s b á s i c a s a a u s ê n c i a d o
e g o e a p o s s e d o s v e íc u l o s i n t e r n o s d e f o g o , o s q u a i s l h e c o n f e r e m o
st at u s de r ei da n at u r e za . O Su p er - H o m em t em com o c a r a c t e r ís t i c a s
b á si ca s a a u s ê n ci a d a s se m en t e s d o eg o ( a s r e c o r d a çõ es d o d e sej o ) e
p o s s e d o s v e íc u l o s i n t e r n o s d e o u r o , o s q u a i s l h e c o n f e r e m a c a p a c i d a d e
d e v iv e r n o Ab so l u t o .
*****
Ca r a s c o l e g a s
Ch e g a m o s a o f i n a l d a s é r i e d e n o s s a s i n t e r e s s a n t e s m e n s a g e n s .
No sso e st u d o f oi m u i t o p r ov ei t o so e m e p r op or cio n o u m u it os in si g h t s. As
id éi as co n t i d as n est a m en s a g em su r g i r a m d u r a n t e n o sso s d i ál o g o s h á
t e m p o e j á est av a m à e s p er a p a r a ser em en v i a d a s m u i t o a n t es d a s p i o r es
co n f u sõ e s, m o t iv o p el o q u al as en v i o ag o r a e f i n a l i zo o e st u d o .
N ã o h á i n co er ên ci a al g u m a n o f at o d a m u lh er r e s i st ir en q u an t o se
e n t r e g a . Po r m e i o d a r e s i s t ê n c i a , e l a f i c a s a b e n d o o q u a n t o o h o m e m é
c a p a z d e e n c a n t á - l a , a t r a í- l a e d o m i n á - l a . A m u l h e r r e s i s t e j u s t a m e n t e
221
24
p ar a q u e o h om em q u eb r e su a r esi st ên ci a , é i sso o q u e el a q u er . Se o
h o m em n ão f o r c a p az d e v en c ê - l a, e l a s i m p l e s m en t e ex p l i c a r á o f at o p ar a
si m e s m a p or m e i o d a id é i a d e q u e e l e n ão f oi b om o su f i c i e n t e e q u e
p o r t a n t o não f a r á falt a.
I sso é al g o ab so lu t am en t e n at u r a l , p ar t e d a d in âm ica d a e s p é c i e . É
in t er e s s a n t e o b ser v ar as m u l h er es si m u l a n d o d e si n t er e s s e e f a ze n d o d e
c o n t a q u e n ã o p r e c i s a m d o s h o m e n s c o m o i n t u i t o i n c o n s c i e n t e d e i n d u z í-
l o s a p e r s e g u í- l a s . Co n s c i e n t e m e n t e , s u p õ e m q u e o d e s e j o m a s c u l i n o p o r
e l a s é s e m p r e u m a cer t e za e q u e, se n ã o e st ão em u m d a d o m o m e n t o
t r an s a n d o c o m a l g u é m f oi s i m p l e s m en t e p or q u e e l a s n ão o q u i s e r am .
As m u lh er es c a r r eg am a cr en ça d e q u e b a st a l e v an t ar a s a i a o u a
ab r ir o d e c o t e p ar a t er em t od o e q u a l q u er h om em at r ás d e s eu c o r p o e
de s eu s ex o, ou s ej a, de que s ão i r r e s i s t ív e i s . Ev i t a m a idéia
p er t u r b ad or a d e q u e s o m en t e os h o m en s m a i s d e s e s p er ad o s, r ej e i t ad o s
e , p o r t a n t o , d e s i n t e r e s s a n t e s a s a c e i t a r ã o . Ev i t a m t am bém a idéia de
que quando os h om e n s olham p ar a s eu s d e c o t es e p er n as as e st ão
a v a l i an d o . Su p õe m g er a l m en t e q u e j á e st ã o sen d o d e sej ad a s q u a n d o ,
m u i t as v e ze s , os hom e n s est ã o apenas t en t an do p r o cu r ar algum
e l e m e n t o i n t e r e s s a n t e e m s e u c o r p o f ís i c o m a s n ã o o e s t ã o e n c o n t r a n d o .
A s im u lação d e d e si n t er e s s e p er m i t e à f êm ea h u m an a id en t if i c ar o s
m e lh o r e s ex e m p l ar es m a s c u l i n o s p a r a r e p r o d u çã o e p r o l e: aq u e l e s q u e
n ã o sã o at i n g i d o s p o r su a si m u l a çã o p o r t e r e m m u i t as f êm e a s d e sej áv ei s
d i s p o n ív e i s .
Qu a n d o u m a m u l h e r d e sco b r e q u e é r e j e i t a d a se x u a l m e n t e p o r u m
h o m e m q u e d e sej a v ár i a s o u t r as m u lh e r e s, m en o s e l a , f i ca , se a r ej e i çã o
f or r eal e n ão si m u l ad a, f er id a em s eu am o r p r ó p r i o e p a s s a a t er a
n e c e s s i d a d e d e s e r a s s e d i a d a p o r e s t e h o m e m . En t ã o t e n t a a t i n g í- l o e
f e r í- l o p o r m ei o d e ci n i sm os e sar casm os p ar a ch am ar - l h e a at en ção,
m u i t a s v e ze s t en t an d o f a ze - l o s e n t i r - se p eq u en o . Se p e r ce b er q u e e le
a ch a g r a ça n e s s a s t en t a t iv a s ao i n v és d e se i n co m o d a r , f i c a r á t o t a l m en t e
v en ci d a e en t r eg u e. É al g o m u it o cu r io so d e n o t ar .
24
Ps ic olog icame nt e
222
Ob v i a m e n t e , t u d o o q u e v e n h o l h e s d i ze n d o o s h o m e n s o cu l t a m .
Ja m a i s u m h o m e m l h e s d i r i a t u d o i s s o s e e s t i v e s s e q u e r e n d o c o n q u i s t á -
l a s e l e v á- l a s p ar a a c a m a. Ao co n t r ár io , ex cit ar ia as su as f an t a s i a s e
p ai x õ e s, d ei x an d o v o cê s a c r ed i t a r e m n o q u e b em q u i s e s s e m , e co n d u zi r i a
o p r o c e s s o at é a l ou cu r a e en t r eg a t ot a l .
O j o g o d a p a i x ão n ã o p e r m i t e ou t r a co i sa a l é m d e d o m i n a r o u ser
d o m inado. O am o r, assim com o v ocês o e n t endem , ist o é, o a m or
r o m ân t i c o, v it im ar á u m ou o u t r o l ad o . Aq u e l e q u e am ar m ais, d en t r o
d e st a m o d al i d ad e d e am o r q u e v o cê s a p r eg o am , se r á o q u e o b ed e ce r á ,
t er á c i ú m es e m ed o d e p er d er . O q u e am ar m en o s , s er á o q u e e s t ar á
m a i s se g u r o e d o n o d a si t u a çã o . É p o r i sso q u e a s m u l h e r e s n ão g o st a m
d e h om en s m e l o s o s , em ot iv o s. Di ze m q u e g o s t am m as n a r ealid ad e o
f a ze m ap en as p ar a av al i á - lo s p o is o s d et est am .
O h om em ap a i x o n ad o se t or n a in d ef eso an t e os j og o s em o c io n a i s ,
ex p r e s s ã o d a n at u r e za an im al f em in i n a cu j a f i n a l i d ad e é selecion ar o
m e l h or r e p r odut or e pr ot et or p a r a a pr o l e .
Po r s e r e m c o n t r á r i o s e c o m p l e m e n t a r e s , o s h o m e n s s u p o r t a m s e x o
sem am or m as não su p or t am am or sem se x o en q u an t o as m u lh er es
su p o r t a m a m o r se m s ex o m as n ã o su p or t am s ex o s e m a m o r . Alé m d i sso ,
o a m o r m a scu l i n o n e ce ssi t a se r a t i v o e o f e m i n i n o p a ssi v o . Um am or
at i v o é d e s a p eg ad o e u m am or p a s s i v o é ap eg ad o e p o r t an t o r o m ân t i co ,
ex c lu siv ist a. O apaix on am e n t o n ão é a d m i s s ív e l ao hom em m as
25
i m p r e s c i n d ív e l n a m u l h e r . I s t o é t u d o o q u e e u t i n h a a l h e s d i z e r .
At en t am en t e
*****
Co l e g a
Mi n h a in t en çã o h av i a si d o a j u d a r , in t en çã o q u e n ã o v o l t a r ei a t er .
25
Por v ia unila teral, entre ta nt o e norma lmen te.
223
Ap en a s d a r e i co n t in u i d ad e ao f e cu n d o ( ap e sa r d a i n t o le r â n ci a ) e st u d o
q u e t e m o s f e i t o . Ob v i a m e n t e p u b l i ca r e i t o d o s o s e scr i t o s m e u s.
Co m o a m a n t e , a m u l h e r v i v e u m c o n t o d e f ad as. Su a n ecessid ad e
de em oções in t en s as a im pele co n t in u am en t e a b u scar o papel de
p r i n cesa à esp er a do p r ín c i p e en can t ad o. Qu an d o o am ant e se t or n a
m ar ido, au t om at i c a m en t e t o r n a - se o v ilão de um nov o c o n t o. O
r e s p o n s á v e l p o r i s t o é o c o n v ív i o p r ó x i m o e c o n t i n u a d o , q u e e l i m i n a a
p o ssi b i l id ad e de f an t a si ar e f az com que a p r i n cesa se a co st u m e ao
p r ín c i p e , a g o r a m a r i d o . Pa r a c o n t i n u a r a t e n d e n d o à n e c e s s i d a d e d e s u a
a l m a, a p r i n cesa e n t ão t r an sf or m a o an t i g o p r ín c i p e em v ilão e se
m an t ém à e s p er a d o h o m em d a su a v id a, e sp er a q u e j am a i s se r ealizar á
p e l o si m p l es f at o d e q u e est e h o m em n ão ex ist e n a v id a r e a l m as ap en as
em su a f an t a s i a .
A s u t i l e z a d a t r a i ç ã o f e m i n i n a t o r n a m u i t o d i f íc i l s u a a d m i s s ã o ,
q u a s e i m p o s s ív e l , q u a n d o n ã o h á u m f l a g r a n t e , f a t o q u e i r r i t a o h o m e m .
Re v e s t e - s e d e u m a a u r a m a g n íf i c a , i m p e c á v e l , i n o c e n t e e e s p i r i t u a l , d a
q u a l d u v i d a r se r i a u m sa cr i l ég i o : a i n t i m i d a d e p u r a co m u m a m ig o se m
m aldade, a ad m ir a ç ã o " sem in t en ç ã o " por um a figur a m a s c u li n a
q u a l q u e r , f a m o s a o u n ã o , a c e s s ív e l o u n ã o . Po r e s t a r a z ã o , o s h o m e n s
ex p e r ient es co n si d er am que t odas as m ulher es que lhes c ae m
apaix onadas nos b r a ço s sã o infiéis at é fort es p r ov as em co n t r ár i o .
Desco n f iam m ai s d as q u e lh es j u r am s in c e r i d ad e e en t r eg a d o q u e d as
q u e se a ssu m e m co m o p r o st i t u t a s: e st a s n ão m en t e m e n ã o r e p r e s e n t a m
p er ig o, su a n at u r e za j á e s t á e s c a n ca r ad a, r ev e l a d a; aq u e l a s e s c o n d em as
ar m ad i l h as. Qu a n t o m ais a ent r ega s en t im en t al for s o l i cit ad a, m ais
d e s c o n f i a d o f i c a r á o h o m em .
26
"Vejamos agora uma estratégia muito engraçada para que os tímidos e complexados
consigam conquistar mulheres: Quando um homem sai acompanhado por uma mulher linda, as
outras mulheres passam a paquerá-lo por se sentirem inferiorizadas. As fêmeas humanas são
altamente competitivas. Portanto, basta pagar para uma amiga linda aparecer em público
conosco para que rapidamente as outras fiquem interessadas, se questionando sobre nossos
atrativos. Obviamente, as mulheres que lerem isso negarão tudo e irão deplorar esta divertida
es traté gia, mas el a func ion a" (me nsa gem p ostad a em b lo g pess oa l, e m 3/8/2004, às 00 :4 6:32).
27
Nã o se trat a de se ntir o org as mo e simu lt ane amente r eter o s êmen mas de r ealmen te sac rificar
o o r gas mo , uma fun ç ão mer amen te an i ma l , pa ra e xper ie ncia r ou tra mod al id ade de êxt ase: o
espiritual.
28
Refe re-s e a uma in da gação a res pe ito da ocorrê nc ia do es tu pro e nt re os a nima is.
224
A f o r ça d a m u l h er co n si st e p r e c i s a m en t e em su a f r ag i l i d ad e. Su a
d e l i c ad e za , d o çu r a e m e i g u i ce quebr a m e su b m et em a f or ça f ís i c a
m a s c u l i n a. Nós, h o m en s, p o d em o s s er c on si d er ad o s b e st as de car g a
a m an s ad as, d o m e st i ca d as. So m o s d o m a d o s p o r n o sso s p r ó p r i o s d e s e j o s e
s en t im en t os.
Al g u m as m u lh er es c o n c o r d am com m i n h as id éi as p or q u e p en s am
em s eu s f i l h o s, m a r i d o s, n a m o r ad o s, i r m ã o s e p ai s ex p o st o s a o p er i g o d o
f at al m ag n et i s m o f em in in o e t em em q u e os m e s m os sej am ar r a s t ad os
pelo f u r acão m ag n ét ico e se p er c a m . Nem t odas t e n t am o c u lt ar a
r ealid ad e s i m u l a n d o se o f en d er em m as a t en d ên c i a g er al é d i s c o r d ar ,
c o m o ser ia n at u r a l .
At en t am en t e
*****
225
Ol á
Acr ed it ei p o is v o cê h av ia d i t o q u e n ão m e en g an ar i a .
26
A r efer i d a t át i ca não foi escr i t a par a v ocê m as apenas par a
h o m e n s s e d i v e r t i r e m e r i r e m . Fo i l a n ç a d a e m u m t o m d e b r i n c a d e i r a e
i r o n i a , co m o v o cê s m u l h er e s f a ze m co n o sco .
O o r g a s m o v ag in al p o d e ser d if er en c i a d o d o cli t o r i a n o p e l a in t en sa
em o ç ã o que p r ov o c a : um in t en so m edo a c o m et e as m u lher es que o
ex p er i m en t a m n as p r i m e i r as v e ze s. Ta m b é m co st u m a p r o v o ca r ch o r o . É
est a m od a l i d ad e o r g á s m ic a q u e p r ov o ca a ej a c u l a ç ã o f em in in a, co m o f o i
c o m p r ov ad o n a d é c a d a d e 9 0 , c o m a em i s s ã o , at r av és d a u r et r a, d e u m
l íq u i d o c o m p o s t o p o r e n z i m a s e m u i t o s e m e l h a n t e a o s ê m e n m a s c u l i n o .
O k u n d al i n i n ão a d v é m d a f r i e za e d a a p at i a sex u a l , co m o su p õ e m
e u n u c o s p s e u d o - e s p i r i t u a l i s t a s , f a l s o s " g n ó s t i c o s " e t e o s o f i s t a s . Re s u l t a
d o i n t e n so e d i r i g i d o a v i v am e n t o d a se x u a l i d a d e . Os ó r g ã o s se x u a i s sã o
p e q u en o s g e r a d o r e s d e e n er g i a . Qu a n d o ex ci t a d o s, p r o v o ca m g r andes
ex p losões d e f or ça. Se e s t a f or ça f or c or r et am en t e d ir i g id a, p od e s e r
r ev er t i d a p ar a d en t r o e p ar a ci m a ao in v és d e s e r ex p el id a p ar a f o r a.
Ma s p a r a t a n t o , é n e ce ssá r i o p r i m e i r a m e n t e a p r e n d e r a d e t o n a r o b o t ã o
g er ad or , is t o é, a c e n d er a f og u e i r a d o s e x o. I st o im p l i c a em in t en sa
ex c it a ç ã o co n t r ab a l a n ç ad a por r e s i s t ên ci a à t en d ên ci a c e n t r íf u g a de
m o d o a s e g u i a r o p r o c e s s o n a d i r e ç ã o d o ê x t a s e . En t r e t a n t o , e s t e ê x t a s e
é co m p l e t am en t e d if er en t e d o êx t as e an im a l , n o q u al as en er g i as s ã o
27
p e r d i d a s. Tr at a- se d e u m an t i - or g asm o o u d e u m or g asm o in v er t id o .
Ta n t o o s q u e sã o a p á t i co s a o se x o q u a n t o o s a f e i ço a d o s à f o r n i ca çã o ( o
g o zo c o m a p er d a d o s ê m en ) n ão o ex p er im en t am .
O k u n d a l i n i s o b e l e n t am en t e e n ão su b i t am en t e co m o su p õ e m os
i g n or an t es da Nov a Er a . Pa r a que ele su b a, é i m p r e s c i n d ív e l que o
e st u d an t e se l ib er t e d as f at ai s at r a çõ es e s e d u ç õ e s da m u lh er e, ao
m e sm o t em p o , in t en si f i q u e s eu er o t is m o . I st o si g n i f ica su b m et er ,
in t en sif i c a r e d ir i g ir o in st in t o ao in v és d e en f r aq u e c ê - l o s , o q u e ap en as
é p o s s ív e l p o r m e i o d a m o r t e d o e g o .
226
Os m en c i o n ad os anim a i s c o m et er i a m o e st u p r o se e st iv e s s e m
co n f i n a d o s co m f ê m e a s e m u m m e sm o e sp a ço . Ob v i a m e n t e n ã o co n h e ce m
28
t al palav r a pois anim ais n ão f alam o por t u guês .
Es t a m en sag em se r á p u b li c ad a em m eu b l og g er p or s er m i n h a.
N e n h u m a p al av r a ou l e t r a d e su a au t or ia s e r á d iv u lg ad a p or m i m n u n ca
m ais.
*****
I n t er e s s a n t e.
Cr e i o q u e r e a l m e n t e n ã o m e e n g a n a r i a m .
So b r e a in v o l u çã o : h á g r au s e g r au s. Nu n ca i m a g in ei q u e v o cê s
e st i v e s s e m no p a t am ar m ais baix o. Me u s co m en t ár i o s se r ef e r e m ao
e st ad o m édio dos h u m an ó i d e s , in clu in d o a m im m e sm o . Co m o as
s e n h o r i t a s n ã o s ã o d e o u t r o p l a n e t a , a c h e i q u e p o d e r i a i n c l u í- l a s .
As ad or áv ei s m en in as se r ef er ir am r ep et i d as v e ze s ao s ex o co m o
a l g o se cu n d á r i o e m r e l a çã o ao am o r , ch eg an d o a se g l o r i f i ca r em p o r su a s
in or g a s m i a s .
Al g u m as f êm e a s , in cl u in d o as h u m an a s , m at am su as cr i a s por
a l t er ações f isi ol óg i c a s o r iu n d as d a g r av i d ez e d o p ar t o q u e af et am s eu s
s i st em as n eu r o l óg i c o s. S ão m u it as as f êm e a s q u e n ão o f a ze m .
Os an im a i s s eg u em r it o s d e acasalam en t o c o m cr it ér io s s e l e t iv os
m u i t o r íg i d o s . O e s t u p r o a t e r r o r i z a q u a l q u e r f ê m e a a n i m a l , d o m e s m o
m od o q u e q u a l q u er o u t r o at o v iolen t o. N ã o ex ist e a l ib er a l i d ad e.
As t eo r i a s ev o l u t iv as at u a l m en t e a c e i t as n ão af i r m am q u e o h o m em
p r o v ém d o m a ca co m as si m q u e a m b o s p r o v êm d e an ce st r a i s co m u n s.
A s e m e l h an ça g en ét ic a en t r e h o m en s e m o s c a s r ef o r ça a t e s e d a
a n i m a l i d ad e d o h om em . N ã o r e u n i m o s p e cu l i a r i d ad e s co m p o r t am en t a i s,
f i s i o ló g i ca s o u g en ét i c a s o su f ici en t e p ar a q u e n o s c l a ssi f iq u em em o u t r o
227
r e i n o . S o m o s p r i m a t a s , m a m íf e r o s e v e r t e b r a d o s .
*****
Es t i m a d o l e i t o r
M u i t o i n t e r e s s a n t e . A o s p o u c o s a t i n g i m o s a s ín t e s e .
N e s t es a s s u n t o s, c on v ém an alisar n ão ap en as as d if er en ç a s m as
t am b é m as s e m e l h an ç as en t r e os an im a i s r a c i o n ai s, ir r a c i o n ai s e o
Ho m em . De t od as as e s p é c i e s an im a i s , a h u m an ó id e é a q u e m el h o r se
p r e s t a à e x p r e s s ã o d a c o n s c i ê n c i a d o Es p ír i t o n o m u n d o f ís i c o . Ainda
a s si m , e l a d i f er e t ot al m en t e d o H o m em Au t ên t i co e d o Su p er - Ho m em .
O s v á r i o s c o m p l e x o s e a g r e g a d o s p s íq u i c o s s e o r i g i n a m e m n o s s o
p assad o anim al ir r a c i o n a l . Qu a n d o adquir im os m ent e r a c i o n al , os
f or t if i c a m o s co m n o ssa m ent e ab st r at a (a im ag in a ç ã o m ecân ica) . O
r e su l t ad o s ão a s ab e r r a çõ es q u e so m o s p o i s est a n c a m o s e p r i n ci p i a m o s
u m a r eg r e s s ã o i n v o lu t iv a ao in v és d e p r o s s e g u ir m os o c a m in h o r u m o ao
hom em . No p assad o , ex i st ir am ci v ili zações v er d ad ei r am en t e h u m an as
m as se p er d er am , d e s a p ar e c e r am .
Es t e j a à v o n t a d e p a r a d i s c o r d a r s e m p r e .
*****
Ol á
228
Es p e r o que t en h a si d o d e sf e i t a a co n f u s ã o em t orno das
m en s a g en s. Vou ex p on d o o s t em as g r ad at iv am en t e. Ao s p o u co s a c h o q u e
v am os n os e n t enden d o .
Aq u e l e q u e se l ib er t ou t ot a l m en t e d o e s t ad o an im al n ão p o s s u i a s
r e a ç õ es co m u n s de t r i s t e za , m edo, gula, co b i ça et c. Es t a li b er t a ç ã o
t am b é m se r ev e l a p ela su b m i s s ã o de ou t r o s an im a i s : os p ássar o s e
p e i x es n ão o ev it am e as f er as n ão o at a c a m .
Te m o s m u i t o p r e co n ce i t o co n t r a o s p o b r e s d o s a n i m a i s p e l a n o ssa
i g n o r â n c i a . El e s s ã o a p e n a s p a r t e d a n a t u r e z a . D e s c o n h e c e m o s a p s i q u e
an im al , su p o n d o q u e os an im a i s n ão t en h am se n t i m en t os e c on sci ên ci a, o
q u e é ab su r d o p o is i s s o d ep en d er á d a e s p éci e. Os an i m a i s m a i s p r ó x im os
ao h o m em , in clu in d o aí o h u m an ó id e r a ci on a l, p o ssu em s en t im en t o s d e
v ár i a s n at u r e za s .
O q u e d if er en ci a o an im al h u m an ó i d e d o s d em a i s an im a i s n ão s ã o
os s e n t im en t os m as s i m a m en t e ab st r at a: os an im a i s n ão h u m an ó i d es
não co n seg u e m ab st r a i r id é i a s , ist o é, c o n ect ar im agen s m en t a i s na
a u sê n ci a d o o b j e t o . Qu a n t o a o h o m e m , i d e n t i f i ca - se p e l a r e si st ên ci a a o
m a g n et i sm o em su a s v a r i ad a s f o r m a s e p e l a p o s s e d e co r p o s i n t er n o s d e
229
fogo.
*****
Ol á
Os q u e se ap ai x o n a m " p e l a ca r n e " , co m o v o cê d i z, co st u m am v er
na m u lher algum a c a r a c t e r ís t i c a f ís i c a que os f asci n a e que, se for
p e r d i d a , p r o v o ca r á o d esl i g a m en t o . Qu an t o m ai s “ b o n i t a ” f o r a m u l h er ,
d en t r o d as co n d ições d o h om em em co n s eg u ir m u lh er es b on it as , m ais
m ag n ét i ca s e r á. É p o r i s s o q u e o s h om en s n ão o lh am p ar a as m u lh er es
m a i s v el h a s o u p a r a a s co n si d e r ad a s " f e i a s" . Aq u e le s q u e o f a ze m sã o o s
q u e se s e n t e m r ej ei t ad o s e se t o r n a m m en o s ex ig en t e s. A l ó g i ca b á si ca e
p r e c o n cei t u o sa é: qu a n t o m aior o d e s t aq u e so ci al do hom em , m ais
b o n i t a s s e r ã o a s m u l h e r e s q u e e l e c o n s e g u i r á . En t r e t a n t o , s e e l a s f o r e m
in difer e n t es ao s ex o, r e s i s t en t es ao er ot i sm o ou o co n si d er ar em
d i sp en sáv e l , e st a r ã o d esclassif i c a d as em seu co n c e i t o e poderão se r
s u b s t i t u íd a s .
230
c o m p or t am en t os op o st os, habilidade d i s p o n ív e l apenas ao
d e s a p a i x on ad o, e ad m in ist r ar o s s e n t im en t o s f em i n in o s si m u l an d o f a ze r
a q u i l o q u e a m u l h er q u er p a r a ag r ad á- l a m a s n ão o f a ze n d o s e m p r e.
At é l og o.
*****
Ca r a s e n h o r a
As o b se r v a ç õ es f or am d ir ig id as às v ár i a s q u e s t õ es l ev an t ad as p or
s eu grupo. A c o n t ec e que os e- m a i l s e st av am um caos e f a zi a- se
n e ce ssá r ia u m a a t i t u d e m a s c u l i n a o r g an i za d o r a d o e st u d o . Vo cê s t e m
idéias geniais e i m p o r t an t es m as as m ist u r am e, à m edida em que
su r g em m a i s, o e st u d o se per de. Ta m b é m t ive q u e f a ze r a m u d an ça
p o r q u e m u i t a s d a s r e sp o st a s er a m ap en a s a p e l o s em o ci o n a i s e v i s av a m ,
sem in t en ç ã o co n s c i e n t e d e v o ssa p ar t e, m e in d u zi r a c o r r er at r ás d a
p o s s i b i l i d ad e de " v en cê- l a s " . Assim , m udei o cu r so dos t r abalhos e
29
Assim como o homem, porém aqui estávamos falando das mulheres.
30
Ent reta nt o, po r s er iner ente me nte con traditória, se nte-se at ra ída pelos ma is pr omíscu os e
pelos polígamos.
231
d e sp o t en ci e i o m ag n et i sm o d a s r e sp o st as.
Vo cê n ão em b u r r e c e u . A c o n t r ad i ç ã o q u e ap on t a é m u i t o r e a l p or
se t r at ar d e u m a ad ap t a ç ã o à n at u r e za i n er en t em en t e co n t r ad it ó r i a d o
f em i n i n o . Ne m m e sm o a s m u l h e r e s se en t en d e m ; l o g o , n ó s h o m en s é q u e
t e m o s q u e c o m p r e e n d ê - l a s s e m e s p e r a r q u e v o c ê s o f a ç a m . Pe n s o q u e
a o s p o u c o s v o cê en t en d e r á m e sm o q u e se m co n co r d a r .
O am or q u e v o cês o cu l t a m so m en t e é en t r eg u e àq u e l e s q u e as
v e n c e m e m s e u s p r ó p r i o s d o m ín i o s : o d o s e n t i m e n t o . Pa r a r e c e b ê - l o é
p r e ci so q u e, além d o s a t r i b u t o s q u e a s en l ou q u e ce m ( q u e p od e m ser
si n t et i za d o s n a d i f er en ciação em r elação ao s o u t r o s h om en s) , o h o m em
n ã o se j a v i t i m ad o p e l o s a t r i b u t o s f em i n i n o s en l o u q u e ced o r e s, o s q u ai s
232
p o d em ser s i n t et i za d o s em t r ês e l e m en t o s b á s i c o s: a b eleza, a v o lú p i a e
o c a r i n h o . So m en t e o s h o m en s q u e v en c e m a at r a ç ã o p o d er o sa d e s t es
t r ês e l e m en t o s p od e d e l e s d i sp o r e d esf r u t ar .
A i d é i a d e u m a s u p o s t a e n t r e g a i g u a l i t á r i a , b i l a t e r a l e r e c íp r o c a é
m uit o b o n it a m as ab su r d a. Es t á b asead a no d e s c o n h e ci m en t o da
c o n d i ç õ e s p s íq u i c a s c o l e t i v a s r e i n a n t e s . N o p l a n o r e a l , s o m o s m o n s t r o s ,
an im ai s e d em ôn io s co m ap ar ên ci a h u m an ói d e. S o m o s m acacos co m u m
p o d e r d e r a c i o c ín i o e l e v a d o e , p o r i s t o , f e r a s p e r i g o s a s . N ã o h á e s p é c i e
an im al m ai s p er ig o sa d o q u e a n o s s a .
I n f el i zm en t e, n o sso est ad o p r e c á r io d e co n s c i ê n ci a n o s l ev a a cr er
s e m p r e o m e l h o r a r e s p e i t o d e n ó s m e s m o s . Es t e é u m p r o b l e m a g r a v e
p o r q u e t al cr e n ça n o s e st an ca e sp i r i t u a l m en t e . Qu an d o a c r ed i t am o s q u e
su p er am os a et ap a an i m a l , n ão n os s e n t im o s i n c o m o d ad o s co m n o ssa
co n d i ç ã o e, c o m o co n s eq ü ên c i a , c e s s a m n o sso s e sf or ço s n o sen t id o d e
n o s d e s e n v o lv er m o s i n t er i or m en t e em d ir e ç ã o ao H o m em .
*****
A s s u n t o : Ma g n e t i sm o - a m o r e i n v ej a d o p ên i s
Qu er i d o s a m i g o s v ir t u a i s
Te n t a r e i co n t e m p l a r t o d a s a s q u e st õ e s l e v a n t a d a s n a m e d i d a d o
p o s s ív e l e aguar d a r ei as r e sp o st a s. Mu i t o do que foi p e r gunt a d o
su b en t en d e- se d e a f i r m a çõ es j á f e i t a s.
A i n v ej a d o p ên is n ão é al g o l it er al m as si m m et af ó r ic o . A m u lh er
n ão p o ssu i u m d e s e j o l i t er al d e t er u m p ên i s m as ap en as u m a t en d ên c ia
233
e m i m i t a r o s h o m en s e m s e u s co m p o r t a m en t o s. As g r an d es m u d an ça s e
in ov ações co l e t iv as p ar t em d o s h om en s e so m en t e p o st er io r m en t e s ão
a d o t ad a s p el a s m u l h er es. Os h o m en s f o r am o s p r i m ei r o s a u sa r ca l ça s,
se n d o seg u i d o s p el a s m u l h er e s al g u n s sé cu l o s d e p o i s; e l i m in ar am as
ar g o l a s d as or e l h as e co r t ar am o s c a b e lo s n os id o s d o s é c u l o 1 8 e 1 9 ,
s en d o i m it ad o s p o s t er io r m en t e p e l a s m u l h er es . At u a l m en t e, as f êm e a s
h u m an as se m a s c u li n i za r am e i m it am o s m a c h o s em p r at i c a m en t e t od o s
o s s e t o r es d e a t iv i d a d es, a b an d on an d o o s l a r e s, as t a r ef a s m a t er n ai s e o
p a p e l q u e d e s e m p e n h a v a m n a e s t r u t u r a ç ã o e m a n u t e n ç ã o d a f a m íl i a .
31
Es pi ritualme n te.
32
Indo ao encontro, e não de encontro, às fantasias femininas. Esta invasão não decorre da
o posi ção a os dese jos fe mi ninos mas da a liança co m os mes mos . E ntão nã o há c omo resi stir .
234
h o m en s p ag a m u m p r e ç o m u i t o a lt o . Al i á s, a f a ze m p ar ece r a ssi m p a r a
m e lh o r sel e ci o n ar e e s c o l h e r o s e u h er ó i, aq u e le q u e v i r á r ap t á - l a e m
se u co r a ção .
O i n t er e s s e p ou co c e n t r ad o n o s e x o, m ot iv o d e o r g u lh o p ar a m u it as
m u l h er e s , f a z c o m el as n ão co r r e s p on d am p l e n am en t e às f an t a s i a s d o s
m a c h o s, m ot ivo pelo qual est es p er m an e c e m em in c e s s a n t e b u sca.
Ass i n a l a d e g en e r a ç ã o e i n v o l u çã o a o i n v é s d e el ev a çã o es p i r i t u a l , co m o
su p õ e m a lg u n s p seu d o - e so t er ist a s ch a r l at ãe s.
A n at u r e za an im al n ão é o m a i s in t er e s s a n t e p or ém é a r e a l id ad e
que se im p õ e à e s m ag ad or a m aior ia. Pa r a su p er á- l a , é n e ce ssá r i o
pr im e i r o a d m i t í- l a , a c e i t á- l a . El a p o ssu i se u lu g a r , su a f u n ção que
p r e c i s a se r r e c o n h eci d a. O an im al n ão est á " er r ad o" , ap en as p r e c i s a s er
d o m ad o e d ir ig id o. E est a é a m et a d o t r ab a l h o co m o m ag n et is m o, a
co r r en t e h ip n ót i c a u n iv er s al que ar r a s t a an im a i s , v eget ais e os
e l e m en t o s n at u r a i s d en t r o d a ló g i c a d a cr iação .
H o m e n s e m u lh e r e s n ã o sã o su p e r io r e s ou in f e r ior e s u n s a os
ou t r os de m od o a b solu t o m a s a p e n a s e m u m se n t id o r e la t iv o p ois
ce r t o s f u n ci o n a m e n t o s sã o m a i s d e se n v o l v i d o s e m um ou outro
33
se x o. D e st e m o d o , a s a l e g a çõ e s f e m i n i st a s a r e sp e i t o d e u m a p r e t e n sa
s u p e r i o r i d a d e i n t r ín s e c a d o f e m i n i n o s ã o a b s u r d a s e i l ó g i c a s . N i n g u é m
co n si d er a o h om em in f er io r o u d i sp en s á v el q u an d o a c a s a p eg a f o g o ou
q u an d o o l ad r ão en t r a p e l a j an el a, co m o d i sse u m e s c r it o r cu j o n o m e n ão
m e r e c o r d o. N e m p r ecisam o s ir t ão l on g e: q u an d o u m a b ar at a su r g e n o
q u ar t o, é o h o m em q u em é ch am ad o.
Te n t e i ser a b r a n g e n t e e co b r i r o s p o n t o s l e v a n t a d o s. Há m u i t o o
q u e d i z e r a i n d a . En t r e t a n t o , a g u a r d o r é p l i c a s e o b s e r v a ç õ e s .
Ca r o a m i g o
Sim , p ois o q u e im p or t a p ar a o h om em é a c e r t e za . O h om em
34
n ecessi t a d i ssi p ar as d ú v i d as . Sa b en d o d i sso, a m u l h er cr i a e p r eser v a
33
Grifo do auto r para a te rce ira ediçã o virtua l. Nã o consta na me nsa ge m origina l.
34
Veja-se Peirce (1887/ s/d).
235
u m e s t a d o i n d e f i n i d o p a r a p r o l o n g a r a d ú v i d a e n o s i m o b i l i z a r . Po r i s t o é
que u m “ u lt im at um ” é im por t ant e. Em q u a l q u er caso v ocê d ev e cr i a r
sit u ações q u e en cu r r al em e f or c e m a u m a d ef i n i ç ão q u e n ão p er m it a
q u a l q u er s o m b r a d e d ú v id a.
Aí v em os q u e o am or d a m u lh er é m u i t as v e ze s at i v ad o p o r m ei o d a
r ej e i çã o e n ã o d a i n si st ê n ci a . Qu an t o m ai s q u e r e m o s q u e e l a s n o s a m em ,
m enos n o s am am .
Há ai n d a a q u est ão d a p o s i ç ã o q u e c a d a u m a d as p ar t es a s s u m e.
Em geral, as m ulher es nos in d u ze m a v ê- l a s com o p r ê m i os . Fa l a m
co n o sco e nos t r at am co m o se nós p r e ci s á s s e m o s delas e não
p r ecisassem de n ó s. Pr o c u r e i n v er t er e st a p o si ç ão m o d if i c a n d o se u s
s e n t i m e n t o s e a f o r m a c o m o a v ê q u a n d o a e n c o n t r a . Pr o c u r e s e n t i r q u e
v o cê é o p r ê m i o , o p ag a m en t o , o o b j et o a ser d e s e j ad o e p e r seg u i d o e
n ão o c o n t r ár i o .
Ab r a ç o s
*****
Ca r o l e i t o r
Co n s i d e r o q u e o m e l h o r m o m e n t o p a r a o “ a t a q u e ” é a q u e l e e m q u e
h o u v e r u m a s i n a l i z a ç ã o f a v o r á v e l . Es t e é o m o m e n t o e m q u e a m u l h e r
e st á ab er t a, v u l n er áv e l . O p r ob l e m a n ão p ar e c e se r t an t o o m o m en t o
m a s si m o m o d o d e “ at aq u e” . Um “ at a q u e” er r a d o p r ov o ca r e ch a ço en t ã o
t e m o s q u e sa b e r co m o “ a t a c a r ” . Se e l a f ix a o o l h a r e n ão se d e sv i a,
b a st a ap r ox im ar - se e b e i j á- l a . Se age de o u t ro m odo, e n t ão a
m od a l i d ad e d e “ at aq u e” d ev e se r d if er en t e, p en s a d a d e a c o r d o c o m a
sit u a ç ã o .
236
Conclusões
1
Não é conveniente dar o “ultimatum” a uma mulher pela qual ainda
tenhamos resíduos de paixão amorosa.
São erros que não devem ser cometidos durante a leitura deste livro: a
generalização absoluta (acreditar que nossos postulados são universais,
recusando-se a relativizá-los e contextualizá-los), a literalização (tomar
237
nossas ironias e denotações em sentido literal), a parcialização (considerar
apenas um lado dos problemas apontados e recusar-se a reconhecer o outro
lado das contradições) e a extrapolação (estender nossas idéias para
contextos e situações que não sejam o dos relacionamentos amorosos).
1
Co mun icaçã o de última e radical tentativa de reatar a relação antes de abandonar
d efi nitiva me nte a relaç ão
238
casos, em tratá-las como elas nos tratam (ação especular) e, em outros, de
forma superior (ação refratária, mais digna e mais nobre) à que elas nos
tratam. Há ainda, em alguns casos, a necessidade de agirmos de forma a
“arrancar-lhes” definições (ação encurralante) ou de desmascarmos suas
mentiras e trapaças (ação desmascarante).
239
verdadeira que se esconde por trás da aparência e não com uma figura
idealizada por nossos desejos e paixões.
240
Referências bibliográficas que fundamentam a teoria filosófico-
espiritualista desenvolvida neste livro:
ALBERONI, Francesco (sem data). O E roti sm o: Fant as ia s e Real ida de s do
Amor e da Sedução (Élia Edel, trad.). São Paulo: Círculo do Livro.
(Original de 1986).
241
FREUD, S. (1974). To t e m e Ta b u . (J. Salomão, trad.). Edição Standard
Brasileira das Obras Psicológicas Completas (Vol. XIII, pp. 13-168). Rio de
Janeiro: Imago. (Originalmente publicado em 1913)
HISE, Dr. Richard T.(feb, 2004).The War Against Men: Why Women are
Winning and what Men Must Do if America is to Survive. Elderberry Press,
LLC.
JUNG, Carl Gustav (2002) . Cartas: 1946-1955 (Edgar Orth, trad; Editado
por Aniela Jaffé; em colaboração com Gehard Adler). Petrópolis: Vozes.
(Originais de 1972 e 1973)
242
JUNG, Emma (1995). Anima e Animus. São Paulo: Cultrix.
LEE, Bruce (2004). O Tao do Jeet Kune Do (Tatiana Öri-Kovács, trad.). São
Paulo: Conrad Editora. (Original de 1975).
243
O Livro de Juízes. In: A B í b l i a S a g r a d a : O A n t i g o e o N o v o Te s t a m e n t o
(1993, João Ferreira de Almeida, trad.). Barueri: Sociedade Bíblica do
ª
Brasil. 2 edição.
O Primeiro Livro dos Reis. In: A Bíblia Sagrada (1997-2004, João Ferreira
de Almeida, trad.). São Paulo: Scripturae Publicações. 2ª edição.
244
Primeira Epístola do Apóstolo Paulo a Timóteo. In: A Bíblia Sagrada
(1997-2004, João Ferreira de Almeida, trad.). São Paulo: Scripturae
ª
Publicações. 2 edição.
SANFORD, J. (1987). O s P a r c e i r o s In v i s í ve i s : o M a s c u l i n o e o Fe m i n i n o
dentro de Cada Um de Nós. (I. F. Leal Ferreira, trad.). São Paulo: Paulus.
VILAR, Esther (sep 2, 1998). The Manipulated Man. Pinter & Martin Ltda.
ª
2 edition. (Originalmente publicado em 1972).
245
V.M. SAMAEL AUN WEOR (sem data). O Mat rim ôn io P er feito : P orta de
Entrada à Iniciação. Sol Nascente.
Epígrafes:
NIETZSCHE, Friedrich Wilhelm. (1884-1885/sem data). A s s i m F a l a v a
Za r a t u s t r a : U m Li v r o p a r a To d o s e p a r a N i n g u é m (Ciro Mioranza, trad.).
Coleção Grandes Obras do Pensamento Universal. São Paulo: Escala.
Filmes mencionados:
TWOHY, David (16 de julho de 2004, dir.). A Batalha de Riddick (Chronics
of Riddick). EUA: Universal Pictures. (UiP, distrib.)[com Vin Diesel].
Sugestões bibliográficas:
CAROTENUTO, Aldo (1994). Eros e Pathos: Amor e Sofrimento. São
Paulo: Paulus.
246
D'ARCY, Martin S. J. (sem data). O Encontro do Amor e do Con hecimento
(Esther de Carvalho, trad.). Belo Horizonte: Itatiaia.
FARRELL, PHD Warren (nov 8, 2000). Women Can't Hear What Men Don't
ª
Say. Jeremy P. Tarcher, 1 st edition.
247
Ivana Bentes, trads.). Rio de Janeiro: Espaço e Tempo.
SHANON, Rev. Lawrence (aug, 1992). The Predatory female: A field guide
a
to dating and the marriage-divorce industry. Banner Books. 2 nd edition.
248
Sobre o autor:
O autor desta obra NÃO É P S ICÓ LO GO, sua formação profissional é
em outro campo. Ele NÃO É MESTRE e N ÃO QUER DISCÍPULOS E NEM
SEGUIDORES. Ele N Ã O É LÍ DE R DE NEN H U M A RE LIG IÃ O . Ele apenas
gosta de pensar livremente sobre a questão amorosa e acha que possui esse
direito. Seus pareceres são P R O V IS ÓR IO S E IN DE PE N DE NTE S . O autor
publicou suas idéias apenas para que as pessoas as estudassem e
discutissem criticamente e recomenda às pessoas que leiam outros livros
sobre o assunto. Suas idéias são somente um ponto de partida para
aprofundamento e pontes para outros autores e outros pontos de vista. Ele
NÃO DÁ ORDENS, apenas faz sugestões que devem ser recebidas
criticamente.
249