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Programação de Máquinas Térmicas – 2016

Prof. José Antonio Perrella Balestieri (DEN/FEG/UNESP)

“Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável [isto é, imperdoável]” – Código Penal Brasileiro.


Mês terça-feira quarta-feira sábado
MT 411 MT 422 MT 511
Março 1 8 15 22 29 2 9 16 23 30 5 12 16 26
Abril 5 12 19 26 6 13 20 27 2 9 16 23 30
Maio 3 10 17 24 31 4 11 18 25 7 14 21 28
Junho 7 14 21 28 1 8 15 22 29 4 11 18 25
Julho 2
Agosto 2 9 16 23 30 3 10 17 24 31 6 13 20 27
Setembro 6 13 20 27 7 14 21 28 3 10 17 24
Outubro 4 11 18 25 5 12 19 26 1 8 15 22 29
Novembro 1 8 15 22 29 2 9 16 23 30 5 12 19 26
Dezembro 3 10
Notação: Sem aulas/feriados Provas Recuperação
Horas-aula antes da: P1:27/27/24; P2: 27/27/24; P3: 18/15/18; P4: 15/15/18 (421/ 422/511)
Total de horas por semestre: 411(54 h 1ºS/48 h 2°S); 422 (54 h 1°S/45 h 2°S); 511(45 h 1ºS/48 h 2°S)

Avaliações – Eng. Mecânica Integral (MT 4211 e 422):


P1: 3 e 4/5/2016 P3: 27 e 28/9/2016 Recuperação:
P2: 9 e 10/8/2016 P4: 22 e 23/11/2016 10/12/2016 (07:30-10:00)
Avaliações – Eng. Mecânica Noturno (MT 511):
P1: 14/5/2016 P3: 1/10/2016 Recuperação:
P2: 13/8/2016 P4: 26/11/2016 10/12/2016 (07:30-10:00)
Seriado: exame de 1ª época: 03/12/2016; 2ª Época será aplicada com a Recuperação (sistema K) sábado 7h30-10h00.
Observações importantes:

 A presença é verificada nas 90 horas de aulas programadas e ao final do mês lançadas na intranet
para acompanhamento dos interessados; lançadas, as faltas não serão retiradas do sistema pelo
Professor (NÃO PEÇA para retirar faltas! - cada aluno cuide de acompanhar suas faltas);
 A apresentação do gabarito de provas é realizada em sala de aula; a revisão de provas é realizada
após o lançamento das notas na intranet, preferencialmente na sala de aula, ou excepcionalmente na
sala do professor, sendo obedecidos os prazos oficiais;
 As datas e horários de testes, provas e exames não serão alterados, salvo motivo de força maior, a
critério do Professor;
 A duração de provas e exames é de 2 horas improrrogáveis. Não se iluda: chegue preparado!
Estudar de última hora não será suficiente para se sair bem na disciplina, que é cumulativa.
 Sobre a realização das provas:
o Traga consigo documento de identificação com foto recente – será exigida sua apresentação;
o Não se permite o emprego de calculadora HP 50 para realização de provas;
o As provas serão realizadas sem consulta ao material didático, exceto o livro texto de
Termodinâmica (um formulário básico será anexado à folha de questões);
o Celulares devem permanecer DESLIGADOS e dentro das mochilas, colocadas junto à lousa;
o Não estude baseado em provas antigas – o emprego de informações não pertinentes à prova fará
com que a questão inteira seja zerada.
o Na correção de avaliações, um único erro conceitual anulará a questão por completo; cada falta
ou erro de unidade representa perda de 0,2 pontos no item ou questão;
o Prova mal organizada, com questões não identificadas de acordo com a numeração das
mesmas, tal como indicado na folha de prova, não será corrigida e terá nota zero;
 Para a nota P5 do sistema Seriado (S), os alunos devem entregar totalmente manuscritas, a cada
prova, as séries correspondentes resolvidas (1ª série para P1, 2ª série para P2, e assim
sucessivamente); sugere-se aos alunos do sistema de créditos (K) o desenvolvimento das séries a
título de sua formação (não precisam entregar).
Plano de aulas de Máquinas Térmicas - Prof. Perrella – DEN/FEG/UNESP
Aula Programação de atividades
1 Apresentação da disciplina; introdução às MT; revisão de Termodinâmica
2 Fundamentos do projeto de ciclos térmicos; equipamentos essenciais e auxiliares.
3 Combustão e combustíveis; conceitos.
4 Combustão e combustíveis; exercícios.
5 Ciclos térmicos a vapor: modelagem.
6 Ciclos térmicos a vapor: caldeiras – classificação, conceitos, projeto, seleção.
7 Ciclos térmicos a vapor: turbinas – classificação, conceitos, projeto, seleção.
8 Exercícios.
9 Prova 1.
10 Ciclos térmicos a gás: modelagem.
11 Ciclos térmicos a gás: compressores – classificação, conceitos, projeto, seleção.
12 Ciclos térmicos a gás: conjuntos a gás – classificação, conceitos
13 Ciclos térmicos a gás: conjuntos a gás – projeto, seleção.
14 Ciclos combinados gás/vapor: modelagem da caldeira de recuperação; pinch point.
15 Exercícios.
16 Prova 2.
17 Ciclos térmicos com MCI: modelagem, classificação.
18 Ciclos térmicos com MCI: condições operacionais, seleção.
19 Ciclos térmicos com MCI: ciclo combinado com MCI.
20 Exercícios
21 Prova 3.
22 Ciclos térmicos de refrigeração: modelagem.
23 Ciclos térmicos de refrigeração: ciclo de compressão mecânica.
24 Ciclos térmicos de refrigeração: ciclo de absorção.
25 Exercícios.
26 Sistemas de ar condicionado: conceitos, psicrometria.
27 Sistemas de ar condicionado: dimensionamento do sistema de refrigeração.
28 Sistemas de ar condicionado: cálculo de carga térmica.
29 Prova 4.
30 Correção da Prova 4 e revisão da disciplina
Recuperação
Nota: Este plano de aulas considera uma aula equivalente a 3 horas-aula (ha)

Referências sugeridas:
 LORA, E.E.S.; NASCIMENTO, M.A.R. Geração termelétrica. Rio de Janeiro: Interciência, 2004.
 BOLLAND, O. Thermal power generation. Department of Energy and Process Engineering – NTNU, 2014.
Disponível: http://folk.ntnu.no/obolland/pdf/kompendium_power_Bolland.pdf. Acesso 31/12/2015.

Horário de 2016 do Prof. José Antônio Perrella Balestieri


HORÁRIOS SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA SÁBADO
7:30 - 8:20 MT – 511
8:20 - 9:10 MT – 511
9:30 - 10:20 MT – 422 MT – 511
10:20 - 11:10 MT – 422
11:15 - 12:05 MT – 422
13:30 - 14:20 STPG STPG STPG STPG
14:20 - 15:10
15:30 - 16:20 MT – 421 Aula PG
16:20 - 17:10 MT – 421 Aula PG
17:15 - 18:05 MT – 421 Aula PG
Notas: *: 1° semestre; **: 2° semestre -- MT: Máquinas Térmicas – STPG: Sessão Técnica de Pós-Graduação
Os horários em branco devem ser utilizados pelos alunos do curso de Máquinas Térmicas para dúvidas ou revisão de
notas; no caso de estar atendendo a alguém, será solicitado que retorne em horário a combinar. Na minha ausência à
sala, verifique na Secretaria do DEN (secretária Sra. Luiza) onde me encontro.
PLANEJAMENTO É ESSENCIAL PARA SER UM BOM ENGENHEIRO! O professor Perrella NÃO TIRA
DÚVIDAS a partir de sete dias corridos antes das datas das provas, então tire suas dúvidas antecipadamente!
Alguns bons motivos para um engenheiro mecânico dominar os conceitos de Máquinas Térmicas:
1) Por força de ofício, como uma das atribuições profissionais do engenheiro mecânico:
Art. 12 - compete ao engenheiro mecânico ou ao engenheiro mecânico e de automóveis ou ao engenheiro
mecânico e de armamento ou ao engenheiro de automóveis ou ao engenheiro industrial modalidade
mecânica:
i- o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta resolução 1, referentes a processos
mecânicos, máquinas em geral; instalações industriais e mecânicas; equipamentos mecânicos e
eletromecânicos; veículos automotores; sistemas de produção de transmissão e de utilização do calor;
sistemas de refrigeração e de ar condicionado; seus serviços afins e correlatos.
(http://normativos.confea.org.br/ementas/visualiza.asp?idEmenta=266; acesso em 31/12/2015)
2) Algumas coisas são essenciais para a Humanidade – a energia é uma delas, e as máquinas térmicas (e
os equipamentos térmicos, compostos em ciclos térmicos) se constituem em meio importante para
sua geração;
3) A geração de energia exige investimentos elevados, e apresenta longa vida útil (20 a 30 anos ou mais,
se for repotenciada, ou seja, não se troca todo ano como se fosse um celular...);

https://www.esmap.org/sites/esmap.org/files/TR122-09_GBL_Study_of_Equipment_Prices_in_the_Power_Sector.pdf; 31/12/2015

4) A geração de energia envolve severos riscos (e eventualmente danos) aos indivíduos e ao


patrimônio: e cabe a você zelar para que tais fatos não ocorram - http://g1.globo.com/sp/vale-do-
paraiba-regiao/noticia/2016/01/morre-quarta-vitima-de-explosao-em-cervejaria-de-jacarei-
sp.html
5) A base do sistema elétrico brasileiro é hidrotérmica: térmicas a carvão, a biomassa, nucleares e ciclos
combinados são utilizados para geração de base; ciclos a gás e motores de combustão interna são
utilizados para geração na ponta do sistema e geração stand-by;
6) A geração térmica a carvão, gás natural em ciclo combinado e biomassa tem sido contratada em
leilões recentes: http://www.aneel.gov.br/area.cfm?idArea=53, acesso 31/12/2015;
7) A geração termelétrica por cogeração está adequadamente estabelecida através de marcos
regulatórios: http://www.aneel.gov.br/cedoc/ren2006235.pdf, acesso 31/12/2015;
8) A cogeração é entendida como tecnologia de eficiência energética (veja o artigo 10):
http://www.aneel.gov.br/cedoc/ren2013556.pdf;
9) O custo da energia (elétrica, de aquecimento e de resfriamento) pesa cada vez mais na estrutura da
cadeia produtiva: http://exame.abril.com.br/revista-exame-pme/edicoes/80/noticias/em-busca-
de-eficiencia; http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2015/08/1673819-industria-investe-em-
geracao-de-energia-para-reduzir-custos.shtml, acesso 31/12/2015

1 Atividade 01 - Supervisão, coordenação e orientação técnica; Atividade 02 - Estudo, planejamento, projeto e


especificação; Atividade 03 - Estudo de viabilidade técnico-econômica; Atividade 04 - Assistência, assessoria e
consultoria; Atividade 05 - Direção de obra e serviço técnico; Atividade 06 - Vistoria, perícia, avaliação, arbitramento,
laudo e parecer técnico; Atividade 07 - Desempenho de cargo e função técnica; Atividade 08 - Ensino, pesquisa,
análise, experimentação, ensaio e divulgação técnica; extensão; Atividade 09 - Elaboração de orçamento; Atividade 10
- Padronização, mensuração e controle de qualidade; Atividade 11 - Execução de obra e serviço técnico; Atividade 12 -
Fiscalização de obra e serviço técnico; Atividade 13 - Produção técnica e especializada; Atividade 14 - Condução de
trabalho técnico; Atividade 15 - Condução de equipe de instalação, montagem, operação, reparo ou manutenção;
Atividade 16 - Execução de instalação, montagem e reparo; Atividade 17 - Operação e manutenção de equipamento e
instalação; Atividade 18 - Execução de desenho técnico.
Lista programada de exercícios
Prof. Perrella – DEN/FEG/UNESP

1ª série
"As coisas nunca são tão boas quanto esperamos, nem tão ruins quanto tememos." - Anônimo

1) A definição do excesso de ar no processo de combustão é função, dentre outros, do combustível a ser


queimado, da tecnologia de conversão (p.ex., fornos, caldeiras, conjuntos a gás, motores de combustão
interna) e da temperatura da câmara de combustão. A Tabela 1 apresenta valores sugeridos da literatura
para excesso de ar na combustão, a título de exemplo (outros valores devem ser pesquisados na
literatura técnica).
Tabela 1 – Valores de excesso de ar para diferentes combustíveis
Combustível Excesso de ar (e)
Combustíveis sólidos Carvão em pó Antracita 1,20
Betuminoso 1,20
Carvão na grelha Mecanizada 1,6 – 1,3
Móvel 1,7 – 1,6
Turfa 1,4
Lenha 1,4
Cavaco 1,3
Serragem 1,2 – 1,3
Combustíveis líquidos Diesel 1,05
Óleo combustível 1,10
Combustíveis gasosos Gás natural liquefeito 1,05 – 1,1
Fonte: VLASSOV, D. Combustíveis, combustão e câmaras de combustão. Curitiba, Editora da UFPR,
2001, 185 p.
Desenvolva o cálculo dos parâmetros técnicos solicitados abaixo, nas condições de entrada (T=298 K)
e de saída (T=1273 K) empregando tabelas termodinâmicas e algum software (o docente disponibiliza
o EES para os interessados, mediante inscrição em sua sala) ou planilha:
a) Para o ar: massa específica, volume específico, calor específico a pressão e a volume constante, e a
relação entre calores específicos (k);
b) Para o combustível: poder calorífico inferior e poder calorífico superior;
c) Para os gases de exaustão: massa específica, volume específico, calor específico a pressão e a volume
constante, e a relação entre calores específicos (k)
dos seguintes combustíveis/tecnologias, estabelecendo o balanço estequiométrico da reação, propondo
um valor para o excesso de ar e calculando a razão de equivalência:
a) Óleo combustível 1A (85,2% C, 10,8% H, 3% S, 0,5% N, 0,4% H2O, 0,01% cinzas, base massa)
queimado em caldeira;
b) Gás natural (assumido 100% metano) queimado em conjunto a gás;
c) Gás natural (90% CH4, 10% C2H6, base molar) queimado em motor Diesel;
d) Carvão mineral (38,9% C, 13,75% H, 20,065% CO2, 20,249% O2, 3,571% H2O, 3,459% H2CO3,
base massa) em caldeira.

2) O projeto de sistemas térmicos envolve a integração, em um mesmo arranjo e de forma vinculada, de


diferentes componentes – caldeiras, turbinas, compressores, bombas, desaeradores, motores de
combustão, trocadores de calor de diversos tipos, unidades de refrigeração, válvulas, dentre outros.
Adquirir a habilidade de integrar tais equipamentos (atividade conhecida tecnicamente como “síntese
de componentes”) pode ser um ótimo exercício para suas futuras atividades profissionais. Assim,
estruture a síntese de:
a) Caldeira; turbina a vapor de condensação e duas extrações; condensador; desaerador; bombas; dois
processos que exigem níveis distintos de pressão (P) e temperatura (T) de vapor superaquecido;
b) Caldeira; turbina de contrapressão e extração; desaerador; bombas; dois processos que exigem
níveis distintos de pressão (P) e temperatura (T) de vapor superaquecido;
c) Caldeira; turbina a vapor de condensação e cinco extrações; condensador; aquecedores
intermediários; desaerador; bombas;
d) Conjunto a gás; caldeira de recuperação; turbina a vapor; condensador; aquecedor de mistura;
unidade de refrigeração por absorção; processo consumidor de vapor; processo consumidor de água
quente; processo consumidor de ar resfriado;
e) Conjunto a gás; caldeira de recuperação; turbina a vapor; condensador; aquecedor de mistura;
unidade de refrigeração por compressão; processo consumidor de vapor; processo consumidor de
água quente; processo consumidor de ar resfriado;
f) Motor de combustão interna; caldeira de recuperação; unidade de refrigeração por absorção;
bombas; processo consumidor de vapor; processo consumidor de ar resfriado;

3) O diagrama de Mollier (entalpia x entropia, ou h-s) é uma ferramenta com forte apelo visual para a
seleção de turbinas a vapor, uma vez que permite observar de forma gráfica o comportamento da
turbina ideal (ou isentrópica). Para as condições abaixo, trace no diagrama de Mollier as linhas de
condição da turbina a vapor para os dois primeiros estados termodinâmicos, identifique a necessidade
(ou não) de superaquecedores e/ou dessuperaquecedores para atender aos estados termodinâmicos
correspondentes aos processos que se utilizam do vapor de extrações e verifique se o rendimento
isentrópico obtido é tecnicamente adequado (se não o for, o que você sugere para que se torne
adequado?);
a) 10 kg/s de vapor vivo a 10 MPa/400°C e 5 kg/s de condensação a 40°C/x=90%; processo P1 com
3 kg/s de vapor 2 MPa/225°C e processo P2 com 2 kg/s de vapor a 1 MPa/225°C;
b) 10 kg/s de vapor vivo a 8 MPa/450°C e 3 kg/s de vapor do processo P1 a 0,5 MPa/225°C; processo
P2 com 2 kg/s de vapor a 0,2 MPa/135°C – qual o estado termodinâmico tecnologicamente correto
a sugerir para a condensação?
c) Processo P2 com 2 kg/s a 1 MPa/2910 kJ/kg e vapor de condensação a 3 kg/s e 50°C/x=94%;
processo P1 com 2 kg/s a 2 MPa/250°C - se a pressão do vapor vivo é 15 MPa, qual a temperatura
do vapor vivo?
d) 20 kg/s de vapor vivo a 5 MPa/300°C e Processo P1 a 8 kg/s e 2 MPa/225°C – se a condensação
ocorre a 12 kPa, qual o título do vapor condensado?;
 Verifique seus resultados utilizando tabelas termodinâmicas – o erro foi significativo?

4) Uma empresa consome 5 kg/s de vapor a 1 MPa/2900 kJ/kg (P1), 5 kg/s de vapor a 0,5 MPa/
2900 kJ/kg (P2) e 5 kg/s de vapor a 0,2 MPa/2900 kJ/kg (P3), além de 10.000 kW (mec.). Uma
proposta técnica sugere o emprego de ciclo a vapor com turbina a vapor de condensação e extrações para
a planta de utilidades, sendo estudadas duas opções para a condição do vapor vivo – 10 MPa/450ºC e
7,5 MPa/450ºC. Sabe-se que apenas o vapor do processo P1 é reaproveitado e enviado a 1 MPa/200ºC a
um desaerador juntamente com a vazão total do condensador, que opera com temperatura de 60ºC (o
vapor dos processos P2 e P3 é perdido para a atmosfera). A água de reposição do desaerador entra a 0,275
MPa/25ºC.
a) Proponha uma configuração e faça toda a análise termodinâmica para a solução do problema em
paridade térmica (assuma valores tecnologicamente razoáveis para o estado termodinâmico na saída
da turbina a vapor; qual seria uma vazão adequada para a condensação?); avalie a condição de
geração de energia elétrica decorrente de sua proposta (há excedente? Há déficit? De quanto?);
b) Se uma linha de condição (lc) for traçada entre 10 MPa/450ºC e o processo P1, quais as dificuldades
técnicas para atender aos demais processos? Uma lc entre 7,5 MPa/450ºC e o processo P2 seria
melhor que a anterior? Por quê?
c) Se a condição termodinâmica da água que sai do desaerador é a 0,275 MPa e 127ºC, calcule a vazão
de vapor enviada ao condensador e o rendimento isentrópico da turbina a vapor para a lc entre 7,5
MPa/450ºC e o processo P2 – o valor obtido é adequado? Por quê?
d) Se a bomba de alimentação da caldeira tem rendimento de 65% e a pressão de saída da bomba é de
8,75 MPa, calcule a vazão de óleo combustível 1A na caldeira, cujo rendimento é de 80%;
e) Avalie a eficiência da caldeira, da turbina a vapor e do desaerador.
 Resolva este problema, modelando-o à mão e também utilizando planilha ou outro recurso
computacional, pela inclusão das equações de conservação de massa e energia aplicadas aos volumes
de controle relativos a cada um dos equipamentos da configuração, deixando automatizado o
levantamento das propriedades termodinâmicas de cada ponto da configuração.
5) Repita o problema (4), agora utilizando uma turbina a vapor de contrapressão e extrações.
6) Uma empresa demanda 10 MW de potência elétrica (ηger. elet.=95%), 3 kg/s de vapor a 1 MPa e 250
°C de vapor (processo P1), 2 kg/s de vapor a 0,5 MPa e 2800 kJ/kg (processo P2) e 5 kg/s de água a 1
MPa e 70 °C (processo P3). Se o vapor vivo é gerado a 5 MPa/400 °C a partir da queima de óleo
combustível (PCI=40 MJ/kg), a água é recolhida de um tanque com temperatura de 25 °C após passar
pela bomba, e se a linha de condição da turbina a vapor passa pelo vapor vivo e pelo processo P1,
a) Estruture uma configuração de ciclo a vapor com turbina a vapor de contrapressão e extração em
paridade térmica, avaliando individualmente cada um dos equipamentos da mesma e calculando os
parâmetros técnicos pertinentes (dos equipamentos e do ciclo); avalie ainda se há excedente ou
déficit elétrico;
b) Idem, para uma configuração com turbina a vapor de condensação e extração, sendo de 60 °C a
temperatura de condensação.

2ª série
"Muitas coisas não ousamos empreender por parecerem difíceis; entretanto, são difíceis porque não
ousamos empreendê-las." - Sêneca

1) Gás natural composto por 90% CH4 e 10% C2H6, em base molar, deve ser comprimido da condição de
7,5 MPa/20°C até 10,0 MPa na vazão de 30.106 m3/dia (esse é o caso do gás natural transportado da
Bolívia ao Brasil; o acionamento do compressor de gás natural se faz por meio de conjuntos a gás ou
motores de combustão interna nas estações de compressão localizadas ao longo do gasoduto – são 15
estações de compressão em 2.593 km de extensão do gasoduto apenas no lado brasileiro, ou um estação
a cada 172 km em média; veja detalhes em http://www.tbg.com.br/pt_br/o-gasoduto/tracado.htm).
a) Nessas condições, o modelo de gás perfeito é aceitável para a análise do problema? Calcule R e k
para o gás natural na condição inicial e final de compressão;
b) Se um compressor de 5 estágios for sugerido para o transporte do gás natural e se o rendimento entre
estágios for de 80%, calcule as pressões e temperaturas entre estágios, bem como a potência
consumida;
c) Suponha que no 3º estágio de compressão seja adicionado um trocador de calor contracorrente a
água, que entra a 25°C e sai a 32°C; estime a vazão de água e recalcule as temperaturas do gás
natural no 4º e 5º estágios, estimando o novo valor de k no 3º estágio;
d) Se um processo de resfriamento do gás natural nos moldes do que foi realizado no 3º estágio fosse
estendido a todo o processo de compressão com esse novo valor de k, qual o potencial de aumento
de vazão de gás natural que poderia ser obtido?
2) Para os valores de catálogo dos conjuntos a gás da Tabela 1, calcule:
a) Rendimento do compressor, da turbina a gás e da câmara de combustão;
b) Vazão de combustível e vazão de ar;
c) Se o mesmo combustível da questão 1 for queimado no conjunto a gás, calcule a razão de
equivalência e o excesso de ar na câmara de combustão.
Tabela 1 – equipamentos comerciais selecionados, na condição ISO
Modelos We HR mg Tg TIT RP
(kW) (kJ/kWh) (kg/s) (ºC) (ºC)
A 43.963 11.517 146,2 546,4 1.100 12,3
B 51.685 8.586 154,6 440 1.200 34,0
C 103.045 8.200 211,5 406 1.300 41,0
We (kW)  potência elétrica
3) Caldeiras de recuperação com um, dois ou três níveis de pressão podem ser associadas a conjuntos a gás
para produzir vapor saturado ou superaquecido (grosso modo, são comerciais CR-1P até 8 MPa e CR-
3P até 14 MPa). Para os conjuntos a gás da Tabela 2:

a) avalie a disponibilidade de vapor (vazão) a 5 MPa/425ºC, a temperatura de chaminé para a faixa


adequada da temperatura de pinch, o rendimento da caldeira de recuperação de um nível de
pressão;
b) Se a temperatura de chaminé corresponder a valores impraticáveis, reavalie o estado termodinâmico
do vapor vivo para a mesma disponibilidade de vazão em massa;
 Repita o problema para a condição de vapor saturado a 5 MPa.

Tabela 2 – equipamentos comerciais selecionados, na condição ISO


Modelos We HR mg Tg TIT RP
(kW) (kJ/kWh) (kg/s) (ºC) (ºC)
A 43.963 11.517 146,2 546,4 1.100 12,3
B 51.685 8.586 154,6 440 1.200 34,0
C 103.045 8.200 211,5 406 1.300 41,0
We (kW)  potência elétrica

4) Uma empresa consome 5 kg/s de vapor a 1 MPa/2900 kJ/kg (P1), 5 kg/s de vapor a 0,5 MPa /2900
kJ/kg (P2) e 5 kg/s de vapor a 0,2 MPa/2900 kJ/kg (P3), além de 10.000 kW (mec.). Uma proposta
técnica sugere o emprego de ciclo combinado com conjunto a gás turbina a vapor de condensação e
extrações para a planta de utilidades, sendo estudadas duas opções para a condição do vapor vivo – 10
MPa/450ºC e 7,5 MPa/450ºC. Sabe-se que apenas o vapor do processo P1 é reaproveitado e enviado a 1
MPa/200ºC a um desaerador juntamente com a vazão total do condensador, que opera com
temperatura de 60ºC (o vapor dos processos P2 e P3 é perdido para a atmosfera). A água de reposição do
desaerador entra a 0,275 MPa/ 25ºC.
a) Proponha uma configuração, selecione os conjuntos a gás para a análise (ao menos 8 modelos
distintos) e faça toda a análise termodinâmica para a solução do problema em paridade térmica
(assuma valores tecnologicamente razoáveis para o estado termodinâmico na saída da turbina a
vapor; qual seria uma vazão adequada para a condensação?); avalie a condição de geração de energia
elétrica decorrente de sua proposta (há excedente? Há déficit? De quanto?);
b) Repita o problema, substituindo a turbina de condensação e extrações por turbina de contrapressão
e extrações.
 Resolva este problema, modelando-o à mão e também utilizando planilha ou outro recurso
computacional, pela inclusão das equações de conservação de massa e energia aplicadas aos volumes
de controle relativos a cada um dos equipamentos da configuração, deixando automatizado o
levantamento das propriedades termodinâmicas de cada ponto da configuração.
5) Desenvolva um projeto preliminar em paridade térmica para a seleção de um conjunto a gás (apresente
no mínimo 8 opções comerciais) em ciclo combinado para uma empresa que consome 7 kg/s de vapor a
1,2 MPa e 260ºC, 5 kg/s de vapor a 0,7 MPa e 180ºC, 10 kg/s de água quente a 75ºC e 30.000 kW de
potência elétrica. Apresente a modelagem da seleção do conjunto a gás, a curva T x Q relativa à caldeira
de recuperação e aos conjuntos a gás selecionados; determine a temperatura de chaminé adequada ao
seu projeto, em consonância com a curva de seleção; verifique se o conjunto a gás escolhido apresenta
déficit térmico e calcule a vazão suplementar necessária, estimando a proporção entre a vazão de
combustível suplementar e a vazão de combustível queimado no conjunto a gás (admita queima de gás
natural em ambos os casos); avalie a existência de excedentes ou déficits elétricos.
6) Uma empresa demanda 10 MW de potência elétrica (ηger. elet.= 95%), 3 kg/s de vapor a 1 MPa e 250 °C
de vapor (processo P1), 2 kg/s de vapor a 0,5 MPa e 2800 kJ/kg (processo P2) e 5 kg/s de água a 1 MPa
e 70 °C (processo P3). Se o vapor vivo é gerado a 5 MPa/400 °C a partir da queima de óleo combustível
(PCI=40 MJ/kg), a água é recolhida de um tanque com temperatura de 25 °C após passar pela bomba,
e se a linha de condição da turbina a vapor passa pelo vapor vivo e pelo processo P1,
a) Estruture uma configuração de ciclo a gás em paridade térmica, avaliando individualmente cada um
dos equipamentos da mesma e calculando os parâmetros técnicos pertinentes (dos equipamentos e
do ciclo); avalie ainda se há excedente ou déficit elétrico;
b) Idem, para combinado gás/vapor com turbina a vapor de contrapressão e extração em paridade
térmica;
c) Idem, combinado gás/vapor com turbina a vapor de condensação e extração em paridade térmica,
sendo de 60 °C a temperatura de condensação.
7) (Exercício da disciplina PME 2479 – Máquinas Térmicas - Prof. Jurandir Itizo Yanagihara –
Poli/USP): Uma turbina está acoplada a uma caldeira de recuperação que gera vapor superaquecido
para uma turbina a vapor. A turbina a gás industrial utiliza metano (CH4) como combustível e200% de
excesso de ar. O combustível tem PCI = 50.000 kJ/kg e entra no combustor a Tamb= Tref = 25 °C. Ar
ambiente entra no compressor a PA = 100 kPa e a relação de pressão no compressor é de 10. O
rendimento isoentrópico do compressor é de 0,83 e o da turbina é de 0,88. A temperatura dos gases de
combustão na seção de saída da caldeira de recuperação é de TE =220 °C. Os dados do ciclo a vapor
d'água estão apresentados a seguir. A bomba tem eficiência isoentrópica de 0,85, é alimentada com
líquido saturado a P1 =10 kPa e descarrega o líquido na pressão de P2 =2,5 MPa. A temperatura do
vapor na seção de alimentação da turbina é T3 =350 °C. A potência da turbina a vapor é de 10 MW,
com eficiência isoentrópica de 88%. Nestas condições, determine: (a) Temperaturas em todos os pontos
do ciclo a vapor (T1=318,9 K; T2=319,1 K; T3=623,2 K; T4=318,9 K); (b) Vazão em massa de água
no ciclo a vapor (mag=11,84 kg/s); (c) Razão ar-combustível, em massa (RAC=51,71); (d)
Temperaturas na saída do compressor (TB=632,5 K), do combustor (TC=1295 K) e da turbina a gás
(TD=745,9 K); (e) Vazão em massa de ar (mar=113,2 kg/s) e dos gases (mgas=115,4 kg/s)
no ciclo de turbina a gás; (f) Potência líquida do ciclo de turbina a gás ( Wliq,gas=43323 kW); (g) O
rendimento térmico global do ciclo combinado (h=0,487). Cp médio: Cpar = 1,0 kJ/kg K (compressor),
Cpgas = 1,28 kJ/kg K (turbina), Cpgas = 1,19 kJ/kg k (caldeira).

8) (Exercício da disciplina PME 2479 – Máquinas Térmicas - Prof. Jurandir Itizo Yanagihara –
Poli/USP): Uma turbina está acoplada a uma caldeira de recuperação que gera vapor superaquecido
para uma turbina a vapor. A turbina a gás industrial utiliza metano (CH4) como combustível e 180% de
excesso de ar. O combustível tem PCI = 50.000 kJ/kg e entra no combustor a Tamb = Tref = 25 OC. Ar
ambiente entra no compressor a PA = 100 kPa. A relação de pressão no compressor é de 10 e a eficiência
isoentrópica do compressor é de 0,83. A potência da turbina a gas é de 50 MW, com eficiência
isoentrópica de 0,87. A temperatura dos gases de combustão na seção de saída da caldeira de
recuperação é de TE =210 °C. Os dados do ciclo a vapor d'água estão apresentados a seguir. A bomba
tem eficiência isoentrópica de 0,85, é alimentada com líquido saturado a P1 =10 kPa e descarrega o
líquido na pressão de P2 =2 MPa. A temperatura do vapor na seção de alimentação da turbina é T3 =300
°C, sendo que a eficiência isoentrópica da turbina é de 87%. Nestas condições, determine: (a)
Temperaturas em todos os pontos do ciclo de turbina a gás (TA=298,1 K; TB=632,5 K; TC=1347 K;
TD=775,6 K); (b) Vazão em massa dos gases na turbina a gás (mgas=68,36 kg/s); (c) Razão ar-
combustível, em massa (RAC=48,26); (d) Entalpias em todos os pontos do ciclo a vapor (h1=191,7
kJ/kg; h2=194,1 kJ/kg; h3=3023 kJ/kg; h4=2248 kJ/kg); (e) Vazão em massa de água (mag=8,41 kg/s);
(f) Potência da turbina a vapor (Wtur,vap= 6515 kW); compressor (Wc=- 22392 kW) e bomba
(Wb=-19,89 kW); (g) Rendimento térmico global do ciclo combinado (eta=0,4915). Cp médio: Cpar =
1,0 kJ/kg K (compressor), Cpgas,tur = 1,28 kJ/kg K (turbina), Cpgas,cald = 1,19 kJ/kg k (caldeira).
9) (Exercício da disciplina PME 2517 – Geração Termelétrica e Cogeração - Prof. Silvio de Oliveira Jr. –
Poli/USP): Uma turbina a gás está acoplada a uma caldeira de recuperação que gera vapor
superaquecido para uma turbina a vapor. Considere as informações fornecidas sobre os componentes do
ciclo combinado:
Turbina a gás - razão de pressão: 4,13
- calor específico do ar a pressão constante: 1,010 kJ/kgK
- temperatura do ar na entrada do compressor: 290 K
- temperatura do ar na saída do compressor: 460 K
- temperatura dos gases na saída do combustor: 1000K
- temperatura dos gases na saída da turbina 750 K
- combustível utilizado: C8H18
- PCI do combustível: 44430 kJ/kg
- excesso de ar: 380%
- Cp médio dos gases de combustão na turbina:1,144 kJ/kgK
Caldeira de recuperação - Cp médio dos gases de combustão: 1,075 kJ/kgK
- pinch point: 20 °C
Turbina a vapor - temperatura do vapor na entrada: 325°C
- pressão de geração de vapor: 2 MPa
- pressão de saída da turbina: 7 kPa
- rendimento isentrópico: 0,82

Pede-se:
a) a razão entre a massa de produtos de combustão e a massa de vapor gerado;
b) a temperatura dos gases na saída da caldeira de recuperação;
c) a massa de produtos de combustão por kg de octano consumido;
d) a massa de vapor gerado por kg de octano consumido;
e) o calor transferido na caldeira de recuperação por kg de octano consumido;
f) o rendimento térmico da planta de potência.

3ª série
"Quanto mais um homem se aproxima de suas metas, tanto mais crescem as dificuldades." - Goethe

1) O motor Wärtsila 6L-50DF, de quatro tempos, com pistões de diâmetro 500 mm e curso 580 mm,
gera 5700 kW de potência efetiva na rotação de 514 rpm, com heat rate de 7260 kJ/kWh,
eliminando 9,1 kg/s de gases de exaustão a 400ºC a 100% de carga. Embora opere em modo dual (diesel
e/ou gás natural), sua partida é sempre com diesel; se o motor estiver operando com diesel de PCI=42
MJ/kg (considere C18H38 representativo para o diesel), calcule:
a) a pressão média efetiva (MPa);
b) a razão ar/combustível estequiométrica (kg ar/kg c);
c) a vazão de combustível (kg/s);
d) a taxa de equivalência (a combustão é rica ou pobre?);
e) o excesso de ar.

2) O motor Wärtsila 6L-50DF da 1ª questão está sendo proposto para ser utilizado para geração de vapor
a partir dos gases de exaustão em uma caldeira de recuperação; duas possibilidades foram aventadas –
vapor a 2 MPa/300ºC e vapor saturado a 0,7 MPa. Considere rendimento da caldeira de recuperação de
80%, calor específico médio dos gases de 1,15 kJ/kgK, temperatura de chaminé (inicial) de 150ºC, água
após a bomba a 2,5 MPa/50ºC e avalie:
a) vazão de vapor possível de ser gerado a 2 MPa/300ºC;
b) vazão de vapor possível de ser gerado a 0,7 MPa;
c) para a faixa adequada de ΔTpp, calcule as temperaturas de chaminé alcançáveis a 2
MPa/300ºC e as temperaturas de chaminé alcançáveis a 0,7 MPa/x=1;
d) desenhe o diagrama TxQ com as curvas correspondentes ao item (c) e comente os resultados.
3) Uma empresa consome 5 kg/s de vapor a 1 MPa/2900 kJ/kg (P1), 5 kg/s de vapor a 0,5
MPa/2900 kJ/kg (P2) e 5 kg/s de vapor a 0,2 MPa/2900 kJ/kg (P3), além de 10.000 kW (mec.). Uma
proposta técnica sugere o emprego de ciclo combinado com motor de combustão interna e turbina a
vapor de condensação e extrações para a planta de utilidades, sendo estudadas duas opções para a
condição do vapor vivo – 10 MPa/450ºC e 7,5 MPa/450ºC. Sabe-se que apenas o vapor do processo P1
é reaproveitado e enviado a 1 MPa/200ºC a um desaerador juntamente com a vazão total do
condensador, que opera com temperatura de 60ºC (o vapor dos processos P2 e P3 é perdido para a
atmosfera). A água de reposição do desaerador entra a 0,275 MPa/ 25ºC.
a) Proponha uma configuração, selecione os motores de combustão (ao menos 3 modelos distintos)
para a análise e faça toda a análise termodinâmica para a solução do problema em paridade térmica
(assuma valores tecnologicamente razoáveis para o estado termodinâmico na saída da turbina a
vapor; qual seria uma vazão adequada para a condensação?); avalie a condição de geração de energia
elétrica decorrente de sua proposta (há excedente? Há déficit? De quanto?);
b) repita o problema, substituindo a turbina de condensação e extrações por turbina de contrapressão e
extrações.
 Resolva este problema, modelando-o à mão e também utilizando planilha ou outro recurso
computacional, pela inclusão das equações de conservação de massa e energia aplicadas aos volumes
de controle relativos a cada um dos equipamentos da configuração, deixando automatizado o
levantamento das propriedades termodinâmicas de cada ponto da configuração.

4) Desenvolva um projeto preliminar em paridade térmica para a seleção de um motor de combustão


interna (apresente no mínimo 4 opções comerciais) em ciclo combinado para uma empresa que consome
7 kg/s de vapor a 1,2 MPa e 260ºC, 5 kg/s de vapor a 0,7 MPa e 180ºC, 10 kg/s de água quente a 75ºC e
30.000 kW de potência elétrica. Apresente a modelagem da seleção do motor de combustão, a curva
TxQ relativa à caldeira de recuperação e aos motores selecionados; determine a temperatura de chaminé
adequada ao seu projeto, em consonância com a curva de seleção; verifique se o motor escolhido
apresenta déficit térmico e calcule a vazão suplementar necessária, estimando a proporção entre a vazão
de combustível suplementar e a vazão de combustível queimado no motor (admita queima de gás
natural em ambos os casos); avalie a existência de excedentes ou déficits elétricos.

5) Uma empresa demanda 10 MW de potência elétrica (ηger. elet.=95%), 3 kg/s de vapor a 1 MPa e 250 °C
de vapor (processo P1), 2 kg/s de vapor a 0,5 MPa e 2800 kJ/kg (processo P2) e 5 kg/s de água a 1 MPa
e 70 °C (processo P3). Se o vapor vivo é gerado a 5 MPa/400 °C a partir da queima de óleo combustível
(PCI=40 MJ/kg), a água é recolhida de um tanque com temperatura de 25 °C após passar pela bomba,
e se a linha de condição da turbina a vapor passa pelo vapor vivo e pelo processo P1,
a) Estruture uma configuração de ciclo com motor de combustão interna em paridade térmica,
avaliando individualmente cada um dos equipamentos da mesma e calculando os parâmetros
técnicos pertinentes (dos equipamentos e do ciclo); avalie ainda se há excedente ou déficit elétrico;
b) Idem, para ciclo combinado com motor de combustão interna e turbina a vapor de contrapressão e
extração em paridade térmica;
c) Idem, para ciclo combinado com motor de combustão interna e turbina a vapor a vapor de
condensação e extração em paridade térmica, sendo de 60 °C a temperatura de condensação.

4ª série
"A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original." Albert Einstein

1) Uma empresa consome 5 kg/s de vapor a 1 MPa/2900 kJ/kg (P1), 5 kg/s de água a 80ºC (P2) e 800 TR
de água a 7ºC (P3), além de 10.000 kW (mec.). Uma proposta técnica sugere o emprego de ciclo
combinado com conjuntos a gás, turbina a vapor de condensação e extrações e unidade de resfriamento
por absorção de simples efeito para a planta de utilidades, sendo estudadas duas opções para a condição
do vapor vivo – 10 MPa/450ºC e 7,5 MPa/450ºC. Sabe-se que o vapor do processo P1, que sai a 1
MPa/200ºC, é enviado a um desaerador juntamente com a vazão total do condensador, que opera com
temperatura de 60ºC. A água de reposição do desaerador entra a 0,275 MPa/ 25ºC.
a) Proponha uma configuração, selecione os conjuntos a gás (ao menos 3 modelos distintos) para a
análise e faça toda a análise termodinâmica para a solução do problema em paridade térmica
(assuma valores tecnologicamente razoáveis para o estado termodinâmico na saída da turbina a
vapor; qual seria uma vazão adequada para a condensação?); avalie a condição de geração de energia
elétrica decorrente de sua proposta (há excedente? Há déficit? De quanto?);
b) Repita o problema, utilizando agora turbina de contrapressão e extrações;
c) Repita o problema, utilizando conjunto a gás, turbina a vapor de condensação e extrações e unidade
de resfriamento por compressão;
d) Repita o problema, utilizando conjunto a gás, turbina a vapor de contrapressão e extrações e
unidade de resfriamento por compressão;
e) Repita o problema, utilizando motor de combustão interna, turbina a vapor de condensação e
extrações e unidade de resfriamento por absorção;
f) Repita o problema, utilizando motor de combustão interna, turbina a vapor de condensação e
extrações e unidade de resfriamento por compressão;
g) Repita o problema, utilizando motor de combustão interna, turbina a vapor de contrapressão e
extrações e unidade de resfriamento por absorção;
h) Repita o problema, utilizando motor de combustão interna, turbina a vapor de contrapressão e
extrações e unidade de resfriamento por compressão;
 Resolva este problema, modelando-o à mão e também utilizando planilha ou outro recurso
computacional, pela inclusão das equações de conservação de massa e energia aplicadas aos volumes
de controle relativos a cada um dos equipamentos da configuração, deixando automatizado o
levantamento das propriedades termodinâmicas de cada ponto da configuração.

2) O motor Vaukesha VHP5904LT, cujas informações técnicas são fornecidas na tabela 1, deve ser
empregado em um sistema de cogeração de um aeroporto que demanda 2100 kW (ele) e 3240 kW para
climatização do ambiente em um sistema de ar condicionado; gás natural é empregado como
combustível. Uma das alternativas estudadas para atender às flutuações diárias da climatização consiste
em empregar um sistema de refrigeração por absorção (COP=0,8), acionado pelos gases de exaustão do
motor (saindo do gerador do SRA a 170ºC) e dois sistemas de refrigeração por compressão de vapor
(COP=4) com capacidade individual de 840 kW (procure informações sobre o Aeroporto Internacional
Zumbi dos Palmares, em Maceió, AL – esses dados dizem respeito a tal empreendimento):
a) Calcule a potência mecânica necessária para acionar os sistemas de compressão;
b) Calcule a vazão de gases de exaustão necessária para acionar o sistema de absorção;
c) Desenhe a configuração correspondente especificando as quantidades de cada equipamento;
d) Se os equipamentos operarem na condição nominal, o shopping center comprará ou venderá energia
elétrica? (calcule a quantidade envolvida, assumindo rendimento do gerador de 95%).
Tabela 1 – equipamento comercial selecionado, na condição nominal
Modelo We (kW) HR kJ/kWh) mg (kg/s) Tg (ºC)
VHP5904LT 1025 10473 1,79 473
We (kW)  potência mecânica

 Resolva este problema modelando-o à mão e também utilizando algum software ou planilha;
 Repita o problema alterando o sistema de absorção para duplo efeito (COP=1,2); verifique as
condições operacionais deste motor e, se for o caso, substitua-o por outro modelo.
 Selecione sistemas de absorção comerciais e substitua o motor por outro em carga parcial.

3) Uma empresa demanda 10 MW de potência elétrica (ηger. elet.=95%), 3 kg/s de vapor a 1 MPa e 250 °C
de vapor (processo P1), 2 kg/s de vapor a 0,5 MPa e 2800 kJ/kg (processo P2) e 5 kg/s de água a 1 MPa
e 70 °C (processo P3) e 300 TR de água a 7°C. Se o vapor vivo é gerado a 5 MPa/400 °C a partir da
queima de óleo combustível (PCI=40 MJ/kg), a água é recolhida de um tanque com temperatura de 25
°C após passar pela bomba, e se a linha de condição da turbina a vapor passa pelo vapor vivo e pelo
processo P1, estruture configurações segundo as condições abaixo descritas, avaliando individualmente
cada um dos equipamentos da mesma e calculando os parâmetros técnicos pertinentes (dos
equipamentos e do ciclo); avalie ainda se há excedente ou déficit elétrico.
Utilizando as informações retiradas de catálogos técnicos para embasar suas análises, considere como
acionadores primários, um a cada vez, (a) caldeiras, (b) conjuntos a gás e (c) motores de combustão
interna; considere, no ciclo a vapor e nos ciclos combinados, uma a cada vez, (a) turbina a vapor de
contrapressão e extração e (b) turbina a vapor de condensação e extração, sendo de 60 °C a temperatura
de condensação; considere, um a cada vez, (a) sistemas de refrigeração por compressão de vapor, (b)
sistema de refrigeração por absorção acionado a água quente, (c) sistema de refrigeração por absorção
acionado por vapor e (d) sistema de refrigeração acionado por gases de exaustão.

4) Indústrias e empresas do setor de serviços (hospitais, shopping centers, hotéis, supermercados,


aeroportos, dentre outros) necessitam tanto de energia elétrica (e/ou mecânica) quanto térmica (vapor,
água quente e/ou resfriamento) para poderem operar a contento. A situação mais “cômoda” seria gerar
a energia térmica necessária (uma vez que não há fornecedor de vapor, água quente e resfriamento) e
comprar a energia elétrica de uma concessionária; a outra opção seria investir em uma central térmica de
cogeração para produção combinada dessas duas formas de energia.
Uma das grandes questões a serem resolvidas em projetos de sistemas de cogeração diz respeito à
determinação do custo dos produtos; de acordo com os princípios da contabilidade energética aplicada a
um volume de controle do sistema de cogeração da Figura 1, o balanço de custos energéticos é dado pela
equação (1).
Cw , W
Cc , Qc central térmica de  Z  C W
Cc  Q 
  C Q (1)
c w v v
cogeração
Cv , Qv
sendo:
Figura1 C o custo (R$/kWh), Q (kW) a potência térmica, W
(kW) a potência elétrica e Z (R$/h) o custo anualizado
dos equipamentos;
subscritos: c –combustível, w – potência elétrica, v –
vapor.

Em geral, Cc e Z podem ser obtidos em revistas ou sites especializados2; Qc, Qv e W podem ser
calculados por meio de conceitos termodinâmicos, fazendo com que Cw e Cv sejam as incógnitas do
problema. Há diferentes técnicas para estimar um desses parâmetros, enquanto que o outro valor sai
pela equação (1).
Uma técnica simples para uma primeira avaliação dos custos dos produtos (vapor e eletricidade) de
uma central de cogeração consiste em calcular Cv para um sistema de geração de vapor convencional,
sem produção de potência elétrica (só caldeira, bomba e processos) e queimando óleo combustível 1A
(bastante comum do ponto de vista da indústria e que é chamado de “caso de referência”); nessa
primeira situação, a energia elétrica demandada pela empresa é integralmente comprada da
concessionária de energia elétrica. Em seguida, assume-se que a empresa invista na construção de sua
central de cogeração aceitando que o valor de Cv seja igual ao que praticaria com o “caso de referência”;
em sendo assim, se o custo da energia elétrica produzida pela central de cogeração (Cw) for menor que o
preço pago pela energia elétrica3 fornecida pela concessionária (Pee), as chances de se obter sucesso

2Sugestões: http://www.bepita.net/materiels/cogeneration/EDUCOGEN_Tool.pdf (valores de Z);


http://www.anp.gov.br/?pg=58472&m=&t1=&t2=&t3=&t4=&ar=&ps=&cachebust=1326483173253 (rota
página principal > defesa da concorrência e preços > preços > preços de produtores e importadores de derivados de
petróleo) e http://www.comgas.com.br/tarifas.asp (valores de Cc)
3Sugestão: http://www.aneel.gov.br/area.cfm?idArea=550 (rota Página Inicial >Informações Técnicas > Relatórios
do Sistema de Apoio a Decisão > Consumidores, Consumo, Receita e Tarifa Média – Por Classe de Consumo)
nesse investimento são grandes (na verdade, a empresa deverá fazer em seguida um estudo mais
aprofundado, considerando taxas de juros, amortizações, taxas de retorno e atratividade, impostos e
demais variáveis que são objeto do estudo de economistas e contabilistas).

Uma empresa consome 7 kg/s de vapor a 1 MPa/240 oC, 5 kg/s de vapor a 0,2 MPa/135oC, 10 kg/s de
água quente a 75ºC, 654 toneladas de refrigeração de água a 7ºC e 30.000 kW de potência elétrica.
Respeitando os limites tecnológicos do ciclo térmico do seu projeto, desenvolva a modelagem
termodinâmica para cada um dos ciclos térmicos descritos na Tabela 2, em paridade térmica, e
a) Verifique todos os parâmetros técnicos que lhe permitam avaliar se os resultados obtidos são
tecnologicamente adequados; caso não o sejam, proponha os ajustes necessários, justificando-os.
b) Calcule o custo do vapor para o “caso de referência” e o custo da potência elétrica considerando os
esclarecimentos dados; compare seu valor (em R$/kWh) com o preço da energia elétrica vendida
pela concessionária local para indústrias e dê seu veredito.

Tabela 2 – relação de ciclos térmicos a considerar no problema


casos Ciclo térmico considerado
1 Ciclo combinado motor/vapor com turbina a vapor de contrapressão e extração e SRA a
2 Ciclo combinado motor/vapor com turbina a vapor de contrapressão e extração e SRC
3 Ciclo combinado motor/vapor com turbina a vapor de condensação e extração e SRA a
4 Ciclo combinado motor/vapor com turbina a vapor de condensação e extração e SRC
5 Ciclo combinado gás/vapor com turbina a vapor de contrapressão e extração e SRAa
6 Ciclo combinado gás/vapor com turbina a vapor de contrapressão e extração e SRC
7 Ciclo combinado gás/vapor com turbina a vapor de condensação e extração e SRA a
8 Ciclo combinado gás/vapor com turbina a vapor de condensação e extração e SRC
Nota: SRA – sistema de refrigeração por absorção; SRC – sistema de refrigeração por compressão
(a) Cabe a você definir se o sistema é de simples ou duplo efeito

5) (Exercício da disciplina PME 2479 – Máquinas Térmicas - Prof. Jurandir Itizo Yanagihara –
Poli/USP): Um sistema de cogeração é formado por um ciclo de turbina a gás acoplado a um sistema de
refrigeração por absorção. Gases quentes que saem da turbina entram num recuperador de calor, cujo
objetivo é produzir vapor saturado a 200 °C, a partir de líquido saturado. Este vapor é utilizado no
chiller de absorção (COP=0,9) para produzir água gelada. Ar a PA=1 bar e TA = 25 °C entra no
compressor (hC = 0,82), é comprimido até 6 bar e entra no combustor. O combustível (n-butano /
C4H10 / PCI= 45000 kJ/kg) entra a Tamb = Tref = 25 °C e é nebulizado no combustor,
queimando com 200% de excesso de ar. A potência líquida da turbina a gás é de 4 MW, com eficiência
isoentrópica de 0,87. Os gases quentes que saem da turbina trocam calor no recuperador de calor, com
efetividade e=0,8. Pede-se: (a) Razão ar/combustível, em massa (RAC=46,36); (b) Temperaturas em
todos os pontos do ciclo de turbina a gás (TA=298,1 K; TB=541,2 K; TC=1226 K; TD=798,9 K);
(c) Vazão em massa dos gases na turbina a gás (mgas= 12,94 kg/s); (d) vazão mássica de vapor gerado
(mvap = 1,034 kg/s); (e) Capacidade de refrigeração do sistema de refrigeração (Qrefrig = 3610
kW); (f) Rendimento térmico global do sistema de cogeração (eta=0,62). Dados: k = 1,4 (ar, gases de
combustão), Cpar = 1,0 kJ/kg K (compressor), Cpgas,tur = 1,28 kJ/kg K (turbina), Cpgas,cald = 1,19 kJ/kg K
(recuperador de calor).

6) (Exercício da disciplina PME 2479 – Máquinas Térmicas - Prof. Jurandir Itizo Yanagihara –
Poli/USP): Um sistema de cogeração é formado por uma turbina a gás e um chiller de absorção para
produção de água gelada. Uma turbina a gás industrial com potência líquida de 5 MW utiliza metano
(CH4) como combustível e opera com 180% de excesso de ar. O combustível tem PCI = 50.000 kJ/kg e
entra no combustor a Tamb=Tref = 25 °C. Ar entra no compressor a T1 = 25 °C e P1 = 100 kPa. A
relação de pressão na turbina é de 10, o rendimento isoentrópico do compressor é de 0,85 e o da turbina
é de 0,9. Os gases quentes que saem da turbina entram num recuperador de calor (trocador de calor com
efetividade e=0,75), cujo objetivo é produzir vapor saturado a 180 °C, a partir de líquido saturado. Este
vapor é utilizado no chiller de absorção (COP=0,9) para produzir água gelada. Pede-se: (a) Razão ar-
combustível, em massa (RAC = 48,26); (b) as temperaturas na saída do compressor (T2 = 624,6 K), na
saída do combustor (T3 = 1341 K) e na saída da turbina (T4 = 759,2 K); (c) Vazão mássica dos gases de
combustão (mgas = 11,96 kg/s), (d) Vazão mássica de vapor gerado (mvap = 1,62 kg/s); (e)
Capacidade de refrigeração do sistema (Qref = 2939 kW); (f) Rendimento térmico global do sistema de
cogeração (eta = 0,654). Dados: k = 1,4 (ar, gases de combustão); Cpar = 1,0 kJ/kgK (compressor),
Cpgas,tur = 1,28 kJ/kgK (combustor, turbina), Cpgas,rec = 1,19 kJ/kgK (recuperador de calor).

Problemas Motivadores:
Questão bastante pertinente e sempre presente nos fóruns de discussão na área de Educação para
Engenharia, a motivação para que o estudante se envolva com as disciplinas passa, em nosso entendimento,
pela sua percepção de que a metodologia e os conceitos que está adquirindo no curso de Máquinas Térmicas
têm forte aderência à sua futura prática profissional. Assim, procuramos apresentar a seguir problemas reais
e que julgamos sejam motivadores para seu envolvimento com a disciplina - sugerimos que sejam
considerados em seus estudos ao longo de toda a disciplina.
“Quem pensa em perder já está vencido.”
“A maior glória não está em nunca cairmos, mas em nos levantarmos todas as vezes que cairmos.”
(Pensamentos da arte do judô)
1º problema motivador
O documento disponível no link a seguir apresenta estudo de emissões relativo a mecanismo de
desenvolvimento limpo desenvolvido nos moldes propostos pela UNFCC (United Nations Framework
Convention on Climate Change, www.unfcc.int). O projeto refere-se a uma central de cogeração a biomassa
(no caso, casca de arroz) no município de Camaquã, RS. A proposta tecnológica envolve ciclo a vapor
(atente-se para detalhes nas págs. 3, 7, 13-15):
http://www.sgsqualitynetwork.com/tradeassurance/ccp/projects/78/PDD%20Camil%20Camaqua%202
%20feb%202006.pdf (acesso em 06/03/2015).
Com base nas informações fornecidas no documento
a) Estruture uma configuração para o ciclo térmico, estabeleça estados termodinâmicos necessários de
acordo com valores tecnologicamente adequados e simule a configuração em um software ou
planilha;
b) Para sua análise talvez você tenha de obter mais informações sobre a queima da casca de arroz,
especialmente no que diz respeito à questão da composição em base molar, poder calorífico,
disponibilidade do elemento combustível;
c) Você já pensou que uma tecnologia alternativa poderia ser proposta? Ao invés do uso de vapor de
água no ciclo Rankine, pode-se fazer uso de fluidos orgânicos – e aí o ciclo passa a ser conhecido
como ciclo Rankine orgânico – que apresentam características termodinâmicas que favorecem a
geração de energia a partir de biomassas de baixo poder calorífico. Esta proposta tem sido estudada
em diversos lugares – a esse respeito, veja o trabalho de graduação abaixo:
VICENTINI, M. C. Aplicação do Ciclo Rankine Orgânico alimentado termicamente pela
queima da casca do arroz e resíduos de madeira. 2011. 62 f. Trabalho de Graduação
(Graduação em Engenharia Mecânica) – Faculdade de Engenharia do Campus de
Guaratinguetá, Universidade Estadual Paulista, Guaratinguetá, 2011. Disponível em:
http://www.parthenon.biblioteca.unesp.br.

2º problema motivador
A Universidade de Wisconsin, EUA, disponibilizou projetos completos de cogeração para de aquecimento
ambiente (http://www.doa.state.wi.us), que inclui tanto o sumário executivo (documento gerencial para
tomada de decisão pela cúpula da empresa, ou no caso, da universidade) quanto a memória de cálculo e
pranchas de projeto executivo. É uma verdadeira aula de aplicação dos conceitos de Máquinas Térmicas (e
mesmo de Engenharia Térmica) à realidade profissional em Engenharia. Atualmente não está mais
disponível no site, mas você pode ter acesso a um dos projetos na pasta “Projetos Diversos” da disciplina
Máquinas Térmicas na intranet (documento Volume 3 - Capitol Heat and Power Plant - 07-31-08). Neste
caso, você deve olhar com atenção como é escrito um projeto desse porte; como é estruturada a memória
técnica (escolha das soluções a serem estudadas; os cálculos realizados; a definição de parâmetros de projeto;
levantamento de custos, dentre outros); o que consta dos desenhos executivos nas pranchas dos projetos.
Universidades localizadas no hemisfério norte apresentam demandas de energia elétrica, resfriamento (ar
condicionado) e aquecimento (água quente e ar ambiente) para os períodos de inverno. De modo diverso do
Brasil, a principal fonte de geração de energia é o carvão, queimado em centrais térmicas de ciclo a vapor
com caldeiras de elevada pressão, sendo o calor recuperado do condensador utilizado para aquecimento dos
ambientes (district heating). No caso do Brasil, as demandas são por energia elétrica e resfriamento, salvo
raras exceções no sul do país. A partir dessas observações, desenvolva o projeto de um ciclo térmico de
cogeração para o atendimento das necessidades energéticas de uma universidade brasileira (pode ser a
FEG/UNESP). Para tanto, você deve:
a) Identificar os perfis de consumo mensal de energia elétrica e estimar as cargas térmicas dos
ambientes que se utilizam de unidades de ar condicionado;
b) Realizar um levantamento bibliográfico a partir de artigos publicados em periódicos indexados,
dissertações e teses, para avaliar:
- quais os combustíveis empregados?
- quais as tecnologias de conversão energética e os esquemas empregados?
- quais as estratégias operacionais utilizadas (operação na ponta, operação fora de ponta, paridade
térmica, paridade elétrica)?
- há atratividade econômica? Em quanto tempo ela é alcançada?
c) Estruturar uma ou mais de uma configuração de ciclo térmico de cogeração e posteriormente
analisá-las do ponto de vista técnico, econômico4 e legal5.

Meu caro aluno:


Se nada do que foi apresentado nesse documento lhe valeu até aqui, leve consigo ao menos esta
pequena anedota, que na verdade é uma lição para sua vida pessoal e profissional:
“Um rato estava fugindo de um gato, entrou no celeiro e viu ali uma vaca; pediu-lhe que
fizesse algo para ajuda-lo a se salvar; a vaca falou-lhe que se postasse atrás dela, e
defecando sobre o rato escondeu-o quase por completo, à exceção de uma ponta do rabo; o
gato entrou no celeiro, viu o rabo do rato, puxou-o do estrumo e o engoliu.
Moral da história: (a) nem sempre quem te põe na m*rd@ é teu inimigo; (b) nem sempre
quem te tira da m*rd@é teu amigo; (c) se você está na m*rd@, não deixe o rabo de fora.”
Espero sinceramente que o seu tempo de permanência na faculdade de engenharia aumente sua
capacidade intelectual, que a sua consciência se amplie com o tempo, ao longo de sua existência;
que esse mesmo tempo lhe dê sabedoria, assim como permita enxergar melhor a vida e o que ela
lhe oferece...

Se quiser conhecer melhor o modo de pensar deste que vos avalia, visite os links e reflita:
 https://www.youtube.com/watch?v=Qj6mQSdBSGI
 https://www.youtube.com/watch?v=3rzvOqrtWIc
 https://www.youtube.com/watch?v=wstk2E3Y4xs

4 A análise econômica de empreendimentos de geração térmica de potência é objeto da disciplina optativa Cogeração
(CO), do Departamento de Energia; informações preliminares podem ser obtidas em:
 BALESTIERI, J.A.P. Cogeração - geração combinada de eletricidade e calor. Florianópolis: Editora da UFSC,
2002, 279 p.
5 A esse respeito, a ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica – dispõe de marco legal para qualificar centrais de

cogeração a partir da resolução 235/2006 (veja em http://www.aneel.gov.br/cedoc/ren2006235.pdf), procedimento


obrigatório para empreendimentos que desejam receber certos benefícios financeiros previstos em lei.

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