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RADIAÇÃO E VENTILAÇÃO
Professor D.Sc. Niander Aguiar Cerqueira
AULA 09: MONITORAÇÃO
MONITORAÇÃO
AULA 09: MONITORAÇÃO
DOSÍMETROS
• Dosimetria é a avaliação quantitativa da dose de radiação recebida pelo corpo
humano;
• Os dosímetros são os instrumentos utilizados para esta avaliação, e indicam a
exposição ou a dose absorvida total a que uma pessoa foi submetida;
• As principais característica de um dosímetro ideal:
Resposta independente da energia da radiação incidente;
Deve cobrir um grande intervalo de dose;
Deve medir todos os tipos de radiação ionizante;
Deve ser pequeno, leve, de fácil manuseio, confortável para o uso e econômico
quanto à fabricação.
Obs.: Até hoje não existe um dosímetro que preencha todos esses requisitos de forma ideal, mas apneas
parcialmente.
AULA 09: MONITORAÇÃO
DOSÍMETROS
• Os principais dosímetros são:
Fotográfico
Termoluminescente (TLD)
Câmara de ionização de bolso (caneta dosimétrica).
AULA 09: MONITORAÇÃO
MONITORAÇÃO INDIVIDUAL
MONITORAÇÃO INDIVIDUAL EXTERNA
• Objetiva a obtenção de dados para avaliar as doses equivalentes recebidas pelo corpo
inteiro, pela pele ou pelas extremidades, quando o indivíduo é irradiado externamente;
• Os dosímetros mais utilizados são: termoluminescentes, canetas de bolso e dosímetros
eletrônicos de alerta.
Controlado pelos órgãos de governo e regido pelos textos legais citados a seguir:
• Licença de Operação (LO) → documento a ser emitido pelo IBAMA, após análise e
aprovação do PGT, que autoriza o exercício da atividade de transporte. A validade da
LO é de 5 (cinco) anos.
AULA 10: ARMAZENAMENTO, TRANSPORTE E DEPÓSITO
DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA TRANSPORTE DE MATERIAL RADIOATIVO
AULA 10: ARMAZENAMENTO, TRANSPORTE E DEPÓSITO
DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA TRANSPORTE DE MATERIAL RADIOATIVO
Formulário padrão para declaração do expedidor para transporte de materiais radioativos norma CNEN NE-5.01
AULA 10: ARMAZENAMENTO, TRANSPORTE E DEPÓSITO
TIPOS DE EMBALADOS
• Exceptivos → contém quantidades muito pequenas de materiais radioativos;
• a temperatura das superfícies acessíveis, sem levar em conta insolação, não deve
exceder 50ºC em uma temperatura ambiente de 38ºC;
Devemos aprender com o Caso do Césio 137 de Goiania, GO, Brasil (13/09/1987).
https://www.youtube.com/watch?v=MfshO3PvlYs
AULA 11: PROTEÇÃO RADIOLÓGICA
“NADA PODE REVIVER UM HOMEM, MAS ...
MECANISMOS DE PROTEÇÃO
3) Protetores de gônadas – devem ser aplicados sobre a região pélvica dos pacientes,
quando se realiza exames de estruturas adjacentes e as regiões das gônadas não forem de
interesse.
AULA 11: PROTEÇÃO RADIOLÓGICA
AULA 11: PROTEÇÃO RADIOLÓGICA
AULA 12: OUTRAS GRANDEZAS
IMPORTANTES NA RADIOPROTEÇÃO
• Outras grandezas relativas às ondas eletromagnéticas são: frequência e energia;
ℎ∙𝑐
𝐸=
𝜆
onde:
c = velocidade da luz.
E = energia (Joule).
h = constante de Planck ( 6,624 ∙ 10−34 J/s, Joule x segundo).
𝜆 = comprimento de onda.
AULA 12: OUTRAS GRANDEZAS IMPORTANTES NA
RADIOPROTEÇÃO
Exemplo de Aplicação
Qual a energia de uma radiação eletromagnética com comprimento de onda igual a 0,1
Angstron?
Resposta:
𝑘𝑚 𝑚
𝑐 = 300.000 = 3 ∙ 108 ; 𝜆 = 0,1 𝐴 = 10−9 𝑚
𝑠 𝑠
𝑁 = 𝑁𝑜 ∙ 𝑒 −𝜆∙𝑡
onde:
NO = número inicial de elétrons excitados.
N = números de átomos excitados após transcorrido um certo intervalo de tempo.
𝑒 = base dos logaritmo neperiano.
𝜆 = constante de desintegração, característica do material radioativo.
t = tempo transcorrido.
AULA 12: OUTRAS GRANDEZAS IMPORTANTES NA
RADIOPROTEÇÃO
Meia Vida também será uma característica conhecida de cada elemento radioativo:
0,693
𝑇1 =
2 𝜆
onde:
𝑇1 : meia-vida do elemento;
2
𝜆: constante de desintegração radioativa.
Uma fonte de Cobalto-60 foi adquirida com atividade de 1850 GBq (50 Ci). Após
decorrido 20 anos, qual atividade da fonte?
0,693
𝑇1 = 5,3 𝑎𝑛𝑜𝑠 → 𝜆 = = 0,13 𝑎𝑛𝑜𝑠 −1
Aplicando a equação 5,3
2 𝑁 = 𝑁 ∙ 𝑒 −𝜆∙𝑡 , considerando para Atividade (A)
𝑜
𝐴
𝑃 =Γ∙ 2
𝑑
onde:
Γ: constante característica de cada fonte radioativa, e seu valor pode ser encontrado
em tabelas, podendo ser determinada experimentalmente ou matematicamente.Seu nome é "Fator
característico da emissão gama da fonte" ou
simplesmente "Fator Gama“;
A: atividade da fonte;
Qual será a taxa de dose equivalente a 5 m de distância de uma fonte de Ir-192 com
atividade de 400 GBq?
Resposta:
𝐴 400
𝑃 =Γ∙ = 0,13 ∙ = 𝟐, 𝟎𝟗 𝐦𝐒𝐯/𝐡
𝑑2 52
AULA 12: OUTRAS GRANDEZAS IMPORTANTES NA
RADIOPROTEÇÃO
Exemplo de Aplicação
A taxa de dose de 1 mGy/h é medida a 15 cm de uma fonte radioativa de Cs-137 . Qual é
a atividade da fonte?
1 ∙ 0,152
𝐴= = 0,25 GBq
0,0891
AULA 12: OUTRAS GRANDEZAS IMPORTANTES NA
RADIOPROTEÇÃO
Observação
• É importante observar que quanto mais próxima estiver uma fonte radioativa maior será
a taxa de dose de radiação recebida.
• Assim, nunca se deve segurar uma fonte radioativa com a mão, pois nesse caso a
distância entre a fonte e a mão será zero, e a dose recebida será infinitamente grande;
C∙Z∙I∙V
D= (SvΤ𝑚𝑖𝑛)
𝑑2
onde:
𝐶: constante de proporcionalidade;
Z: número atômico do alvo do tubo de Raios X;
I: corrente;
V: voltagem;
d: distância da fonte ao ponto considerado.
AULA 12: OUTRAS GRANDEZAS IMPORTANTES NA
RADIOPROTEÇÃO
Exemplo de Aplicação
Calcular a taxa de exposição devido a um equipamentos de radiação ionizante cujo ânodo
de tungstênio (Z=74) opera com 50 kV e 10 mA a uma distância de 1 m. (Dado C = 2,7 ∙
10−5 Sv/mA a 1 m, para V = 50 kV)
Resposta:
C∙Z∙I∙V 2,7 ∙ 10−5 ∙ 74 ∙ 10 ∙ 50
𝐷= →𝐷= = 𝟏 𝐒𝐯Τ𝒎𝒊𝒏
𝑑2 1
AULA 12: OUTRAS GRANDEZAS IMPORTANTES NA
RADIOPROTEÇÃO
Exemplo de Aplicação
Calcular a taxa de exposição devido a um equipamentos de radiação ionizante cujo ânodo
de tungstênio (Z=74) opera com 50 kV e 10 mA a uma distância de 10 cm. (Dado C = 2,7 ∙
10−5 Sv/mA a 1 m, para V = 50 kV)
Resposta:
C∙Z∙I∙V 2,7 ∙ 10−5 ∙ 74 ∙ 10 ∙ 50
𝐷= →𝐷= = 𝟏𝟎𝟎 𝐒𝐯Τ𝒎𝒊𝒏
𝑑2 0,1
Obs.: Veja como é válida a lei da distância ao quadrado, diminuída a distância para 1
décimo, multiplica-se a dose por 100.
AULA 13: MAIS GRANDEZAS
IMPORTANTES NA RADIOPROTEÇÃO
Intensidade de um feixe que penetra na matéria:
I= I𝑜 𝑒 −𝜇𝑥 B 𝜇, 𝑥
onde:
I𝑜 : intensidade da radiação que incide sobre uma barreira;
e: base dos logaritmos neperianos;
x: espessura atravessada pela radiação na matéria;
𝜇 : coeficiente de absorção linear (tabelado);
Fator de Redução 𝐼𝑜
2𝑛 =
𝐼
Sendo
n: o número de camadas semi-redutoras (HVL) contido na espessura de uma
barreira;
Io: a intensidade inicial de radiação, sem barreiras
AULA 13: MAIS GRANDEZAS IMPORTANTES NA
RADIOPROTEÇÃO
Exemplo de Aplicação
A taxa de dose devido a uma fonte de Ir-192 em uma área é de 15 μSv/h. Deseja-se
reduzir para 10 μSv/h. Qual espessura de concreto será necessária?
𝐼𝑜 15
2𝑛 = = 1,5 → 2𝑛 = 1,5 → log 2𝑛 = log 1,5
𝐼 10
log 1,5
n ∙ log 2 = log 1,5 → 𝑛= = 0,585
log 2
1) Qual a taxa de exposição devido a uma fonte de Cs-137 com 37 GBq, a 3 m de distância?
0,37 GBq
I = 0,351 mSv/h.GBq . = 8,12.10-3 mSv/h
42
3) A intensidade de radiação devido a uma fonte de Ir-192 é 258 μC/kg.h numa área de
operação. Pretende-se reduzir esta taxa de exposição para 0,258 μC/kg.h na mesma área.
Qual deve ser a espessura da barreira de concreto capaz de atender ao requisito?
(considerar μ = 0,189 /cm )
I0 log 258
I0 log 0,258
= 2𝑛 → 𝑛= I = = 9,97 𝑐𝑎𝑚𝑎𝑑𝑎𝑠
I log 2 log 2
0,693 0,693
HVL = = = 3,67 𝑥 = n ∙ HVL = 9,97 ∙ 3,67 = 𝟑𝟔, 𝟔 𝒄𝒎
μ 0,189
AULA 13: EXERCÍCIOS DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA
4) Uma empresa deve realizar um serviço de radiografia industrial numa área sem blindagens
ou paredes de proteção, onde o nível de radiação medido na posição dos operadores é de 42
μSv/h. Considerando os limites encomendadas, para efeito de planejamento, quantas horas
por dia os operadores poderão trabalhar ?
I = 42 μSv/h
mSv μSv μSv
L𝐼𝑂𝐸 = 20 = 10 = 80
ano hora dia
A = 3,7 GBq
μSv mSv
t = 8 h/dia → L𝐼𝑂𝐸 = 10
h
= 0, 01
h
A A 3,7
I = Γ. 2 → 𝑑= Γ. d = 0,351. = 129,87 = 𝟏𝟏, 𝟒 𝐦
d 𝐼 0,01
AULA 14: RADIAÇÃO NÃO IONIZANTE
• Radiação não-ionizante;
• Radiação Infravermelha;
• Radiação Ultravioleta;
• Laser e Maser.
AULA 14: RADIAÇÃO NÃO IONIZANTE
GENERALIDADES
- Região do espectro ultravioleta 320 – 400 nm: tempo de exposição sobre olhos ou pele
desprotegidos:
- são emitidas em operações com solda elétrica, metais em fusão, maçaricos, operando
a altas temperaturas, lâmpadas germicidas, etc., e também estão contidas
na irradiação solar.
- Limite de tolerância para infravermelho próximo (1400 nm > λ > 770 nm).
- “Para evitar possíveis efeitos retardados sobre o cristalino dos olhos (cataractogênesis), a
radiação infravermelha (λ > 770 nm) deve ser limitada a 10 mW.cm2 .
AULA 16: MICRO-ONDAS E LASER
MICRO-ONDAS
- como proteção temos o isolamento de áreas com alto índice de emissão e roupas
protetoras.
AULA 16: MICRO-ONDAS E LASER
• Porém, ainda existem muitas dúvidas entre os pesquisadores em relação à real extensão
que apresentam.
• Em relação aos efeitos térmicos, quanto menor a freqüência, maior é o riso em órgãos
internos, pela facilidade com que as ondas penetram no organismo. Por outro lado,
quanto maior a potência e o tempo de exposição, maiores são as possibilidades de os
expostos ficarem doentes e, em casos extremos, morrerem.
AULA 16: MICRO-ONDAS E LASER
• Em relação aos efeitos dos campos elétrico e magnético, as pesquisas mostram que, a
longo prazo, as pessoas expostas podem sofrer de alta pressão no sangue, seguida de
hipotensão, alterações do sistema nervoso central, do cárdio-vascular e endócrino,
distúrbios menstruais, etc., sintomas que os médicos devem pesquisar nos expostos à
radiação, durante os exames de admissão ou periódicos.
AULA 16: MICRO-ONDAS E LASER
MICROONDAS
AULA 16: MICRO-ONDAS E LASER
MICRO-ONDAS: LIMITES DE TOLERÂNCIA
• Sob condições moderada a severa de sobrecarga térmica pode ser necessária uma
redução dos valores recomendados;
Como uma exposição de uma fração de segundo aos raios laser pode provocar uma lesão
permanente, as medidas de controle para a exposição direta ou a feixe especularmente
refletido, devem ser rigorosamente respeitadas.
Precauções gerais (comuns para qualquer instalação de laser)
1. Nenhuma pessoa deve olhar o feixe principal nem as reflexões especulares do feixe,
quando as densidades de potência ou energia ultrapassarem os L.T.
2. Deve-se evitar enfocar o laser com os olhos, evitando assim olhar em direção ao feixe, o
que aumenta o risco derivado da reflexões.
3. O trabalho com laser deve ser feito em áreas de boa iluminação geral, para manter as
pupilas contraídas, e assim limitar a energia que poderia, inadequadamente, penetrar nos
olhos.
AULA 16: MICRO-ONDAS E LASER
LASER: MEDIDAS DE CONTROLE
Precauções gerais (comuns para qualquer instalação de laser)
4. Os protetores oculares de segurança não estilhaçáveis, destinados a filtrar as frequências
específicas, características do sistema, oferecem proteção parcial.
Os óculos de segurança devem ser avaliados periodicamente, para assegurar a
preservação da densidade ótica adequada ao comprimentos de onda desejado.
Deve haver certeza de que os óculos de segurança para laser, destinados à proteção no
trabalho com lasers específicos, não sejam erroneamente usados com diferentes
comprimentos de onda.
Armações de diferentes cores são recomendadas, e a densidade ótica deve ser mostrada
no filtro.
Os óculos de segurança para laser expostos a níveis de energia ou potência muito altas
podem perder a sua eficácia e devem ser abandonados.
AULA 16: MICRO-ONDAS E LASER
LASER: MEDIDAS DE CONTROLE
5. O feixe laser deve terminar num material-alvo que seja não refletor e resistente ao fogo;
as áreas laterais do feixe devem ficar isoladas do pessoal.
6. Devem ser tomadas precauções especiais, se forem usados tubos retificadores da alta
voltagem(acima de 15 KV), porque há possibilidade de que sejam gerados raios x.
AULA 16: MICRO-ONDAS E LASER
CAMPOS ELETROMAGNÉTICAS DE BAIXA FREQUÊNCIA (< 300𝐻𝑍)
estudos sugerem que a vibração ELM de baixa frequência poderia levar a mudanças
cromossomáticas e efeitos carcinogênicos.
AULA 16: MICRO-ONDAS E LASER
CAMPOS ELETROMAGNÉTICAS DE BAIXA FREQUÊNCIA (< 300𝐻𝑍)
AULA 16: MICRO-ONDAS E LASER
RADIOFREQUÊNCIA