Você está na página 1de 1

O MODO DE PRODUÇÃO ESCRAVO – PERRY ANDERSON – 1° BIMESTRE / 3° TEXTO

De acordo com Perry Anderson, a Antiguidade clássica tinha um alto nível de sofisticação
nas áreas da ciência, politica, filosofia, direito, etc. Em sua tese, toda essa produção só foi
possível graças ao modo de produção escravo. Apesar do mundo antigo ser um universo
urbano, toda a riqueza que sustentava as cidades provinha do campo.
O grande elo de ligação entre campo e a pólis é o trabalho escravo, quando gregos e
romanos conseguem transformar esse modo de produção na forma determinante de se
produzir a vida, conseguem ser livres para produzir essa cultura clássica, ou seja, é retirada
de uma classe social a participação política e capacidade de pensar para que uma outra
classe especifica passe a pensar.
As principais fontes de renda eram o milho, azeite e vinho e esses vinham das fazendas, nas
cidades haviam produtos manufatureiros, como cerâmicas, utensilio de vidros, porém
demandavam muito custo de transporte, deste modo a economia predominante era no
campo.
O autor demonstra a importância do transporte marítimo na Antiguidade, graças a
localização próxima ao Mar mediterrâneo facilitava os meios de comunicação e trocas de
mercadorias.
Outro ponto abordado pelo Perry Anderson foi que em todo momento existiu o trabalho
escravo, seja por dividas, trabalho penal, criando assim uma classe inferior e sem liberdade,
entretanto, as cidades gregas foram as primeiras a tornar a escravidão a forma genérica de
produção.
O autor ainda demostra como o romano observava o escravo, no latim instrumentum
vocale ‘’ferramenta que fala’’ o escravo é colocado na condição de ferramenta, tornando-se
mercadoria. Para ele, o modo de produção escravo vai ser a invenção decisiva do mundo
antigo, não trata de algo natural tem uma origem histórica e se torna decisivo pois,
possibilitou a cultura erudita do mundo antigo.
Perry Anderson, expõe o conceito de trabalho expresso por Platão, mostrando o quanto a
elite da pólis via o trabalho como uma coisa vil, ao qual era exercida por uma ferramenta
vocal, uma classe inferior.

Você também pode gostar