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Geografia e povoamento
Geograficamente, o território correspondente à Grécia Antiga é dividido em
três regiões distintas: a Grécia Continental (sul da Península Balcânica), a Grécia
Peninsular (ilhas do Mar Egeu e do Jônio) e a Grécia Asiática (litoral da Ásia
Menor). As condições naturais do território grego caracterizam o desenvolvimento da
sociedade. O relevo acidentado, o litoral recortado e o solo rochoso e pobre
possibilitaram a formação de unidades políticas isoladas e independentes - cidades-
estados, - além de estimular o expansionismo colonial e comercial dos gregos pelo
Mediterrâneo e litoral da Ásia Menor.
A civilização creto-micênica
O período mais antigo da história grega nos remete à Ilha de Creta, local de
desenvolvimento da civilização cretense ou minóica (derivada do rei Minos), e à
cidade de Micenas, centro principal da civilização miceniana ou micênica.
Cronologicamente, esse período que se estende até 1100 a.C. é denominado de Grécia
Pré- Helênica, pois indica o processo histórico anterior à chegada dos povos indo-
europeus. Os antigos gregos eram chamados de helenos, pois o primitivo nome da
Grécia era Hélade, daí o termo Pré-Helênico utilizado para se referir ao passado da
Grécia Antiga. A história da civilização cretense é resgatada a partir das
escavações arqueológicas na Ilha de Creta, realizadas no início do século pelo
pesquisador inglês Arthur Evans. Em seus estudos, foi descoberto o palácio de
Cnossos, pertencente ao lendário rei Minos; encontrou também inscrições que
permitiram o conhecimento do sistema de escrita cretense - o sistema de escrita
pictográfico - e um sistema linear. Os escritos chamados de linear "A" não foram
decifrados devido, em parte, à escassez de textos disponíveis. Já a tradução da
escrita linear 'B" representa um considerável avanço no estudo da Grécia Primitiva.
Acredita-se, com algumas objeções, que a lenda de Minos foi utilizada pelos gregos
para expressar a submissão dos atenienses à supremacia cretense sobre o Mar Egeu.
Há controvérsias também quanto ao significado do termo Minos. Para uns teria sido
um rei de Creta; para outros teria sido utilizado para designar uma dinastia ou um
título honorífico.
Os aqueus que compunham a sociedade micênica possuíam uma forte tradição
militarista e acabaram destruindo a cidade de Cnossos em Creta. Contudo, receberam
dos cretenses diversas heranças culturais, como suas técnicas de navegação e de
agricultura, o sistema de escrita, influências artísticas, religiosas e até
políticas. Por essa razão, podemos nos referir genericamente a uma civilização
creto-micênica. Os homens em Micenas viviam sob o regime de comunidades primitivas.
Eles encontravam-se divididos em extensas famílias, chamadas genos. Os membros
dessas comunidades gentílicas uniam-se por laços de parentesco consangüíneo ou
religiosos e possuíam um chefe, o pater familias, geralmente o membro mais velho da
comunidade era o descendente, por via masculina, mais direto do antepassado divino
e, dessa maneira, trazia nas veias o sangue mais puro. Ele era o sacerdote de Deus
que, encarnava e presidia todas as cerimônias que reuniam os homens em torno do
lar, oferecia os sacrifícios e as libações que lhes asseguravam a prosperidade.
Possuía ilimitada autoridade sobre todos e, para manter a paz, ele proclamava,
interpretava e fazia cumprir a vontade divina. A vida em comunidades primitivas
caracterizava-se pela inexistência de desigualdades socioeconômicas. A produção era
coletiva, bem como a colheita e a distribuição de alimentos; não havia propriedade
privada. A única distinção entre os homens era o grau de parentesco com o pater, o
qual indicava a "posição" social do indivíduo perante o grupo. A igualdade social,
característica da Grécia Primitiva, denominada por muitos historiadores como
Período Pré-Homérico ou Idade do Bronze, teve seu fim com a invasão dos dórios.
Este grupo de invasores de origem indo-européia, vindo do Norte, avançou sobre a
Grécia Continental e sobre a Península do Peloponeso. Os dórios apresentaram uma
superioridade militar, pois já conheciam e utilizavam o ferro. Por esta razão,
foram responsáveis pela tomada de Micenas e pela desagregação da civilização
micênica ou egeana.Parte da população dominada pelos dórios foi escravizada, outra
parte deslocou-se para o litoral da Ásia Menor, provocando a primeira diáspora ou
colonização grega. A invasão dórica provocou a desagregação das comunidades
gentílicas na Grécia, dando início à desigualdade social entre os homens.O regime
gentílico se dissolveu com o aumento da população, do consumo e da falta de terras.
Assim, os homens separaram porções de terras férteis, transformando-as em
propriedade privada familiar.As famílias dos chefes recebiam os melhores lotes,
enquanto os homens sem grau de parentesco imediato com o pater familias eram
marginalizados do processo de apropriação da terra. Estabeleceu-se assim uma
diferenciação social a partir da riqueza, liquidando a primitiva igualdade entre os
homens.Os homens desfavorecidos vão compor dois grupos: os demiurgos, que eram
pequenos proprietários, comerciantes e artesãos, e os thetas, ou seja, os
camponeses sem propriedade.Os novos proprietários, os aristocratas, reúnem-se,
visando ao fortalecimento do seu poder. O conjunto destas irmandades, denominadas
fratrias, dá origem às tribos, que dão origem à pólis grega (cidades-estados).
Assim, a dissolução do regime de comunidade gentílica, aos poucos, compõe o
processo de desenvolvimento urbano na Grécia, lançando os alicerces de consolidação
de uma das mais ricas civilizações do Ocidente.
Dentro do processo de evolução política da Grécia Antiga, podemos nos referir
ao período clássico como o período de apogeu da sociedade grega, ou seja, o momento
em que a cultura e as instituições gregas atingiram seu maior esplendor. No
entanto, este é um período marcado também por uma intensa rivalidade entre as
cidades-estados gregas. Movidas pelas diferenças políticas e sociais, as principais
cidades disputavam a hegemonia no mundo grego, fator que acabou desencadeando a
fragmentação da Grécia e, conseqüentemente, sua decadência, determinando a
conquista macedônica em meados do séc. IV a.C.
Esparta
Esparta ou Lacedomônia, localizada na Península do Peloponeso, originou-se a
partir das invasões dóricas realizadas na Planície da Lacônia, arrebatou as terras
ocupadas pelos aqueus, com sua superioridade militar. Com a colonização, Esparta
chegou a fundar colônias. A vida social na cidade de Esparta distingui-se em três
grupos: os antigos descendentes dos dórios, que se apropriaram-se da terra,
formavam a classe dominante. Eram os únicos detentores da cidadania, formavam a
camada de guerreiros e recebiam educação militar, sendo conhecidos por esparciatas,
espartíatas ou, simplesmente, espartanos.
A camada intermediária era composta de periecos, os habitantes da periferia,
com condição socioeconômica boa; eram camponeses livres, comerciantes, artesãos e
pequenos proprietários, mas não eram considerados cidadãos. Já os hilotas
constituíam a base da sociedade espartana. Eram camponeses escravizados,
considerados propriedade estatal, os chamados "escravos públicos". Tinham a função
de lavrar e cuidar das terras públicas, cedendo metade do que produziam sob a forma
de impostos. A organização política de Esparta possuía um regime aristocrático,
pois somente a elite tinha acesso ao poder político.
Dois reis revezavam-se no poder e, para auxiliá-los na tarefa de elaborar as
leis, havia um conselho de anciãos, a Gerúsia, composto pelos espartanos com mais
de 60 anos, e uma assembléia popular, a Ápela, formada por cidadãos com mais de 30
anos, aos quais cabia a atribuição de ratificar ou não as decisões do conselho.
Completando a estrutura administrativa, havia os éforos, os fiscais do Estado,
em número de cinco, eleitos anualmente pela Assembléia Popular. A principal
atividade econômica em Esparta era a agricultura fundamentada na exploração dos
hilotas. A fertilidade do solo espartano permitiu aos habitantes garantir seu
sustento sem a necessidade de realizarem importações, pois o acesso ao mar era
muito difícil. Os espartanos formavam uma sociedade de caráter militarista, pois as
atividades produtivas estavam a cargo dos periecos e dos hilotas, ficando assim
livres de qualquer atribuição econômica. Dessa forma, a elite espartana dedicou-se
unicamente à preparação militar, formando um grupo de guerreiros profissionais.
Portanto, a educação espartana era voltada para a guerra. Os cidadãos deviam viver
para servir ao Estado. Assim sendo, as crianças do sexo masculino eram retiradas de
suas famílias aos sete anos de idade e entregues ao Estado, para que cuidasse da
sua educação militar. O controle do Estado estava presente desde o nascimento das
crianças, quando eram examinadas pelos éforos e somente sobreviviam as que fossem
perfeitas e que pudessem se tornar bons guerreiros; aquelas que tivessem algum
defeito eram mortas para que não perpetuasse sua inferioridade física. Desta forma,
a mulher espartana dedicava-se à prática de exercícios físicos para que pudesse
gerar filhos fortes. Tal fato nos permite concluir que a mulher em Esparta gozava
de uma certa liberdade, participando mais ativamente da sociedade. Sabe-se,
inclusive, que à mulher espartana era atribuída a tarefa de administrar o
patrimônio familiar na ausência do marido, que freqüentemente se retirava para a
guerra.
Atenas
Localiza-se na Península da Ática, local de difícil acesso, possibilitando aos
atenienses escaparem das grandes invasões dos dórios. No entanto, a Ática também
fora ocupada pelos povos indo-europeus, mas a chegada dos jônios em Atenas foi
pacífica.
Os habitantes de Atenas também se organizaram em genos e, aos poucos, foram se
unificando através do cinesismo, união de fratrias e tribos originando a pólis. A
evolução política de Atenas apresenta o poder concentrado nas mãos de um rei,
auxiliado por um Conselho de Anciãos, denominado Areópago, e por uma Assembléia
Popular, o que caracterizava um regime monárquico. As primeiras transformações
políticas ocorreram quando o regime monárquico se tornou aristocrático. O rei foi
perdendo seus poderes para a aristocracia rural, reunida ao Areópago, tornando-se
uma figura decorativa. Foi instituído o Arcontado (grupo de nove arcontes) que
passou a comandar a justiça e a substituir o rei no poder executivo. Esta
organização política era comandada, exclusivamente pelos eupátridas, os quais
excluíam a grande maioria da população do processo político.
A sociedade ateniense era composta pela aristocracia, detentores da propriedade e
do poder político; os geomores, pequenos proprietários rurais; e os demiurgos,
comerciantes e artesãos, formavam a camada média da sociedade que possuía direito à
cidadania. Já os metecos e os escravos eram a base da sociedade e não possuíam
direitos políticos.
Os metecos, grupo de estrangeiros comerciantes, homens livres, porém não eram
considerados cidadãos. Havia a escravidão por dívidas e um intenso comércio de
escravos adquiridos como uma mercadoria qualquer. A economia baseava-se na
agricultura, onde a mão-de-obra escrava sustentava a produção.
O principal produto da agricultura ateniense, o azeite, passou a ser exportado
em grande escala e o porto de Pireu tornou-se um dos maiores do Mediterrâneo. Aos
poucos, a camada excluída da sociedade vai exigindo seus direitos, sobretudo a
partir do movimento de colonização quando se acentuam as desigualdades sociais em
Atenas, instalando-se uma grande crise social, e os eupátridas, pressionados pela
massa de descontentes, são obrigados a atender a algumas das suas exigências, como
a elaboração de leis escritas.
Assim, a aristocracia, através do legislador Drácon, elaborou o primeiro
código de Atenas, em torno de 621 a.C. Até então as leis provinham apenas dos
costumes e das tradições, prevalecendo o chamado direito consuetudinário, o que
permitia o absoluto controle da justiça pelos eupátridas. Estes interpretavam as
leis de acordo com seus interesses, mantendo seu controle sobre a população. Mas, a
legislação de Drácon serviu apenas para manter a ordem social vigente, pois ele era
um aristocrata, e suas leis mantiveram os privilégios da aristocracia.
O descontentamento da população continua e em torno de 594 a.C., Sólon,
representante do partido popular, impôs algumas reformas econômicas. Proibiu a
escravidão por dívidas, entre outras. Mas, ao que parece, Sólon conseguiu
descontentar tanto os eupátridas quanto os cidadãos, iniciando uma fase de
ferrenhas disputas políticas, que acabaram culminando com a implantação da tirania,
exercida por Pisístrato, Hípias, Hiparco e Iságoras, que só chega ao fim quando
Clístenes, eleito Arconte em 506 a.C., revê as reformas anteriores e conduz a
cidade de Atenas ao regime democrático, através dos direitos políticos para todos
os cidadãos e sua participação direta no governo comparecendo à Assembléia ou
ocupando cargos públicos através de sorteios. Mas, os metecos, escravos e mulheres
continuavam excluídos do processo de participação política. A cidadania só era
reconhecida aos homens, maiores de 18 anos, filhos de atenienses e nascidos em
Atenas. Clístenes instituiu ainda o ostracismo no intuito de evitar atitudes
tiranas. Aqueles que fossem considerados inimigos da democracia poderiam ser
desterrados durante dez anos, perdendo seus direitos políticos.
A origem do termo ostracismo provém da prática de escrever o nome daquele que
deveria ser banido da cidade em um pedaço de cerâmica, ao qual os gregos davam o
nome de óstrakon. A democracia em Atenas é escravista. Para que a minoria
privilegiada da população comandasse a política local, era necessário que a
escravidão sustentasse a necessidade de produção. Assim, os escravos se mantinham
afastados da cidadania, sem qualquer direito político, juntamente às mulheres, que
eram consideradas seres inferiores. Politicamente e na organização social, as
cidades de Esparta e Atenas tinham muitas diferenças.
Além de não terem direito à cidadania, as mulheres gregas não participavam
ativamente da sociedade. Elas deveriam permanecer em casa, subordinando-se
totalmente ao marido. Ele, por sua vez, esperava que a mulher preparasse a comida,
cuidasse dos seus afazeres domésticos e gerasse os filhos de Atenas. Elas viviam
confinadas nos gineceus, onde aprendiam com suas mães a tornarem-se boas esposas.
Seu pai lhe escolhia um noivo quando completasse 14 ou 16 anos.em que as tropas de
Dario tentaram conquistar as cidades gregas localizadas no litoral da Ásia Menor.
Sucessivas batalhas envolveram os exércitos grego e persa, e o primeiro
confronto terminou com a vitória grega, comandada pelo ateniense Milcíades, na
Batalha de Maratona, em 490 a.C. Mas os persas não se entregaram e, após a morte do
rei Dario, seu filho e sucessor Xerxes, iniciou a Segunda Guerra Médica, em torno
de 480 a.C. Diante da ofensiva persa, os gregos realizaram, na cidade de Corinto,
um congresso pan-helênico, do qual resultou uma aliança defensiva, a simaquia,
reunindo trinta cidades gregas. A Esparta coube o comando das tropas terrestres, e
a Atenas coube a liderança das forças navais.
As operações terrestres desenvolveram-se de forma desastrosa. Apenas o heróico
e legendário sacrifício do rei Leônidas, à frente de trezentos soldados espartanos,
conseguiu conter, por vários dias, a ofensiva persa. Após algumas investidas bem-
sucedidas do Exército persa em Atenas, a vitória final coube aos gregos na Batalha
Naval de Salamina, sob a liderança do ateniense Temístocles.
Através do Tratado de Susa ou Paz de Kalias, celebrado em 448 a.C., os persas
reconheceram a hegemonia grega no Mar Egeu, comprometendo-se a não atacar mais o
território grego, bem como suas colônias localizadas na Ásia, pondo fim às Guerras
Médicas.
A Hegemonia Ateniense
A liderança da cidade de Atenas foi importante para a vitória grega nas
Guerras Médicas e acabou consolidando a hegemonia ateniense sobre as demais cidades
do mundo grego. Atenas organizou uma liga marítima, denominada Confederação ou Liga
de Delos, com o objetivo de defender as cidades gregas de um novo ataque persa.
Para tanto, as cidades envolvidas na Liga contribuíam com seus soldados, com sua
frota naval, e, principalmente, enviando recursos financeiros para a líder Atenas,
que se serviu do dinheiro enviado pela Liga para embelezar a cidade e se
transformar num grande império marítimo e comercial. Esparta e suas aliadas do
Peloponeso não participaram da Confederação de Delos, acentuando a rivalidade entre
as duas maiores cidades-estados gregas. O apogeu de Atenas consolida-se durante o
reinado de Péricles, período marcado pelo grande progresso econômico e cultural da
pólis, além da consolidação do regime democrático. Por esta razão, o século V a.C.,
na Grécia Antiga, é conhecido como o Século de Ouro ou o Século de Péricles.
A guerra do peloponesso
O sentimento de rivalidade entre as cidades de Esparta e Atenas fora provocado
pelas diferentes concepções de organização política que as caracterizavam. Mas a
Guerra do Peloponeso foi determinada por razões de ordem econômica, já que o
imperialismo ateniense não era aceito pela cidade de Esparta e suas aliadas. As
cidades de Tebas, Corinto e Megara aliaram-se à Esparta e fundaram a Liga do
Peloponeso para derrotar Atenas. A guerra se estendeu por quase 27 anos e terminou
com a vitória de Esparta, no ano de 404 a.C., dando início à hegemonia de Esparta
sobre o mundo grego. O predomínio de Esparta foi bastante efêmero, pois as mesmas
cidades que lutaram contra Atenas se voltaram, mais tarde, contra a hegemonia
espartana e, lideradas por Tebas, venceram os espartanos na Batalha de Leuctras
(cerca de 371 a.C.).
Todo esse processo determinou a decadência das cidades gregas que, exauridas
pela guerra, tornaram-se vulneráveis ao domínio macedônico.
O império macedônico
O processo de conquista macedônica sobre o enfraquecido território grego
iniciou-se durante o reinado de Filipe II. Ao vencer a Batalha de Queronéia (338
a.C.), o soberano macedônico submete o mundo grego ao seu domínio, lançando as
bases de um dos maiores impérios da Antiguidade. Suas conquistas serão efetivadas
por seu sucessor, Alexandre. Com apenas 20 anos de idade, o novo imperador
consolida a expansão macedônica ao conquistar o poderoso Império Persa, estendendo
suas terras desde o Egito até a Índia.
No entanto, o Império Macedônico não consegue manter por muito tempo sua
aparente unidade política, diante da diversidade de povos conquistados e da própria
extensão do seu vasto território. Após a morte de Alexandre (323 a.C.), o império
acabou se desagregando, pois as importantes regiões da Pérsia e da Índia
reconquistaram sua independência.
Entretanto, as conquistas de Alexandre contribuíram decisivamente para a
helenização do Oriente.
Denominamos de helenização o processo de difusão da cultura grega nas regiões
conquistadas pelo império de Alexandre, promovendo a fusão de elementos da cultura
clássica com a cultura oriental.
O resultado desta fusão é o surgimento de centros irradiadores da cultura
helenística, como a cidade de Alexandria no Egito, local de uma das Sete Maravilhas
do Mundo Antigo, O Farol de Alexandria.
Sua biblioteca tornou-se um dos mais importantes centros de produção cultural
e constituiu, provavelmente, o maior acervo da Antiguidade, com cerca de 500 mil
obras.