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Roxana Maurício
ABSTRATO
INTRODUÇÃO
DADOS E METODOLOGIA
Dados
Abordagem e Metodologia
A formalização pode ocorrer por meio de dois canais: (1) formalização in loco
— ou seja, um trabalhador se formaliza, mantendo a mesma ocupação entre t
e t + 1; e (2) transição para uma ocupação formal oriunda de outra situação
laboral que não o emprego formal (emprego informal ou independente,
desemprego ou inatividade).
Para analisar a contribuição dos diferentes grupos de trabalhadores para a
formalização pelo segundo canal, é possível partir da seguinte equação:
oferta
= Se x P Eij
Fj Fj
Onde:
4. Essas são as duas definições usualmente empregadas para identificar as relações formais de trabalho
nos dois países sob o enfoque legal.
5. Na análise dinâmica, erros de medição podem causar transições espúrias entre, por exemplo,
formalidade e informalidade. No entanto, dado que a condição de registro é uma característica
importante de qualquer trabalho, é razoável supor que os trabalhadores estejam bem informados a
esse respeito, minimizando assim a probabilidade de erros de classificação.
Transições para a formalidade e desigualdade decrescente 1051
fi j indica a transição do estado i (qualquer situação laboral que não seja um emprego formal)
em t para o estado j (emprego formal) em t + 1
Por sua vez, a probabilidade de ingresso na formalidade P(Ei j) pode ser decomposta em
dois fatores: por um lado, a probabilidade de sair do estado inicial (diferente de um emprego
formal) ÿP(Ei)ÿ, e por outro Por outro lado, a probabilidade condicional de entrar em um
emprego formal após deixar o estado inicial
ÿP(E j|Ei)ÿ :
Estimam-se equações salariais para avaliar a evolução das disparidades salariais associadas
à informalidade. Para fazer isso, ambos os métodos de Heckman's Two Step e o método
Unconditional Quantile Regression (UQR) são empregados. A primeira permite estimar os
efeitos das covariáveis apenas no salário médio; este último, proposto por Firpo et al. (2009),
permite estimar o impacto das covariáveis em diferentes quantis da distribuição salarial. O
conceito por trás dessa extensão é a chamada Função de Influência Recente (RIF)
originalmente usada para aproximar a mudança em uma determinada estatística devido a
dados discrepantes. No entanto, torna-se relevante no contexto deste estudo, pois uma de
suas propriedades é que seu valor esperado é igual à estatística de interesse.
estimar as taxas de saída. Então, a diferença entre as duas taxas indica a criação
líquida de empregos formais.
Na Argentina, as taxas de entrada aumentam ao longo de todo o período, enquanto
as taxas de saída mostram um crescimento inicial seguido de uma ligeira queda
(Figura 3). Se as taxas de entrada e saída forem calculadas considerando todos os
indivíduos (Alternativa B), a diferença entre eles permanece bastante constante até
2008. Destaca-se a tendência crescente das taxas de saída em um período de forte
geração de emprego. Como mostra o gráfico, no início do período cerca de 2,3% da
população estava entrando no mercado de trabalho formal, enquanto 1,7% estava
saindo daquele estado. Em 2011, estes valores passaram a ser 3,1 por cento e 3 por
cento, respectivamente. No entanto, as taxas de entrada permaneceram superiores
às taxas de saída ao longo de todo o período, resultando no aumento líquido de
empregos formais já demonstrado.
No Brasil, a tendência de crescimento das taxas de entrada e a tendência de
queda das taxas de saída ao longo do período é mais evidente (Alternativa A). Na
Alternativa B, observa-se um resultado líquido relativamente constante, com uma
taxa de aproximadamente 3,5% da população entrando na formalidade e 3% saindo
daquele estado no início do período, e taxas de 4% e 3,5% , respectivamente, para
2011 (Figura 3). Considerando que o período em estudo é caracterizado por uma
tendência à formalização do trabalho, a análise a seguir será focada exclusivamente
nos fluxos para a formalidade.
Transições para a formalidade e desigualdade decrescente 1055
No entanto, a análise das taxas de saída dos empregos formais certamente também é relevante,
e estudos futuros devem se aprofundar nesse aspecto.
Formalização In Situ
Trimestre t + 1 (%)
No entanto, dado que os trabalhadores com nível médio de escolaridade — ou seja, ensino
médio completo e ensino superior incompleto — constituíram o maior grupo de trabalhadores
não formais, foram eles que mais contribuíram para esse processo.
7. Não foi possível comparar diretamente a variável 'tamanho da empresa' na Argentina e no Brasil
porque isso é relatado na pesquisa de cada país considerando intervalos diferentes.
Transições para a formalidade e desigualdade decrescente 1057
eram formais na Argentina e 39% no Brasil. Isso exige maiores esforços para fazer cumprir
as normas trabalhistas e reduzir o alto grau de precarização do trabalho que ainda
prevalece nessas atividades. A redução da informalidade nesse setor é um pré-requisito
crucial para aumentar a formalidade no mercado de trabalho como um todo, já que tanto
na Argentina quanto no Brasil cerca de um quarto do emprego assalariado não registrado
está concentrado nos serviços domésticos.
Finalmente, há uma relação positiva entre formalização in situ e posse na Argentina.
Isso significa que os empregadores têm preferido tirar da informalidade os empregados
que trabalhavam há mais tempo no mesmo emprego. No Brasil, embora essa relação
positiva seja menos acentuada, trabalhadores com maior tempo de serviço também
tiveram maior probabilidade do que outros de se formalizarem no mesmo cargo.
Por um lado, com base na teoria do Salário de Eficiência, pode-se dizer que o
crescimento das vagas pode aumentar a rotatividade voluntária dos empregados em
busca de melhores oportunidades de emprego, causando um maior número de
desligamentos e resultando em maiores custos para os empregadores. Além disso, quanto
maior o nível de investimento feito pelo empregador na formação específica do empregado,
maiores serão os custos incorridos com a saída da empresa. Esses custos também
tendem a aumentar com a posse. Além disso, uma vez que o nível de escolaridade está
muitas vezes altamente correlacionado com a qualificação para um cargo e dada a
complementaridade do capital humano específico e geral, os trabalhadores mais
escolarizados são normalmente os que estão envolvidos em atividades de formação.
Assim, os empregadores querem mantê-los, e cada vez mais à medida que se tornam
mais experientes em seus empregos. Uma forma de fazer isso é oferecendo-lhes melhores
condições de trabalho, por exemplo, por meio da formalização. Isso pode, portanto, ajudar
a explicar por que os funcionários com níveis educacionais mais altos e tempo de serviço
mais longo foram preferidos para a formalização in loco . Por outro lado, o endurecimento
dos controles por meio da legislação trabalhista pode ter aumentado os custos potenciais
do descumprimento. Dado que esses custos aumentam com os salários, isso pode ser
uma explicação adicional para a maior taxa de formalização daqueles com maior
escolaridade e tempo de serviço. Por fim, a maior intensidade
8. Para uma discussão mais aprofundada sobre esta questão, ver Kucera e Roncolato (2008).
1058 Roxana Maurício
de formalização dentro de grandes empresas também pode ser explicado pelo fato
que os controles são geralmente mais rígidos nesse tipo de empresa.
O Ciclo de Negócios
9. A evidência dessa relação negativa entre as últimas variáveis é comumente encontrada na literatura
internacional.
10. Todos esses resultados descritivos foram confirmados por modelos de duração de Cox que estimam o
efeito independente de diferentes covariáveis tanto na probabilidade de sair de qualquer outro estado
que não seja um emprego formal quanto na probabilidade condicional de entrar na formalidade.
Transições para a formalidade e desigualdade decrescente 1061
Os custos de mão de obra são outro fator relevante na demanda de mão de obra.
Argumenta-se frequentemente que esses custos devem ser reduzidos e os procedimentos
administrativos de registro de trabalhadores devem ser simplificados para estimular a
criação de empregos formais. Brasil e Argentina implementaram esse tipo de programa
com o objetivo de criar maiores incentivos à formalização.
No Brasil, o programa Simples Nacional implementado em 1996 visava simplificar os
procedimentos de registro e reduzir impostos para pequenas e microempresas. Por sua
vez, a Lei do Microempreendedor Individual, aprovada em 2009, também simplificou o
processo de registro de microempresas com apenas um empregado e reduziu os custos
das contribuições previdenciárias. Delgado et ai. (2007), Fajnzylber et al. (2009) e
Monteiro e Assunção (2012) encontram efeitos˜ positivos da
Transições para a formalidade e desigualdade decrescente 1063
Programa Simples em níveis de registro. Berg (2010) e Kerin e Dos Santos (2012)
também concluem que este programa tem sido decisivo no crescimento da formalidade.
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Em 2006, a Argentina lançou um programa semelhante, o Mi Simplificacion, um
programa de simplificação do registro que estabelece um procedimento único para o
registro de trabalhadores e empregadores e para o controle posterior do cumprimento das
normas trabalhistas. Ronconi e Colina (2011) encontram efeitos positivos, embora
pequenos, nos níveis de registro. Outra medida implementada na Argentina foi a redução
das contribuições sociais dos empregadores. Em 2001, esse corte se aplicava a cada
novo trabalhador contratado por empresas que estavam expandindo seu quadro de
pessoal. Em 2004, a redução ficou restrita às empresas com até oitenta empregados e,
posteriormente, em 2008, foi estendida a todos os empregadores e a alíquota foi ainda
reduzida. Castillo et ai. (2012) avaliam o impacto da reforma de 2008 e constatam que ela
contribuiu para sustentar a demanda de trabalho formal nas empresas envolvidas: 96.000
novos empregos foram criados nessas empresas, em comparação com uma perda de
5.000 empregos no grupo de controle.
Em 2006, o governo argentino também permitiu que empregadores de trabalhadores
domésticos que estivessem fazendo contribuições para um regime especial de previdência
social para trabalhadores domésticos deduzissem os valores pagos da base de cálculo
sobre a qual pagavam o imposto de renda. Embora não existam estudos avaliando o
impacto dessa reforma, a medida parece ter contribuído para o aumento da formalidade
observado no setor de trabalho doméstico. Bertranou et ai. (2013) argumentam que essa
mudança pode explicar, pelo menos em parte, o aumento do número de registros
previdenciários, que passou de 78.000 em 2005 para 280.000 em 2011. A maior parte do
aumento das taxas de registro ocorreu a partir de 2006. ano cresceu 6 pontos percentuais
em relação ao ano anterior (Figura 5). No Brasil, uma lei semelhante foi aprovada em
2006, mas, diferentemente da Argentina, a reforma não parece ter tido efeitos positivos
significativos sobre o setor de trabalho doméstico (Figura 5). A esse respeito, Madalozzo
e Bortoluzzo (2011) argumentam que os incentivos eram muito insignificantes e o número
de empregadores elegíveis muito pequeno. Esses fatores podem explicar as diferenças
entre Brasil e Argentina nos resultados das reformas.
Inspeção do Trabalho
Instituições Trabalhistas
13. Apresenta-se um levantamento de estudos empíricos sobre os efeitos das regulamentações trabalhistas na informalidade
em Kucera e Roncolato (2008).
Transições para a formalidade e desigualdade decrescente 1067
Até agora, este artigo mostrou que Argentina e Brasil passaram por processos semelhantes
de formalização. A seguir, tentamos avaliar se esses padrões comuns também levaram a
tendências semelhantes de distribuição de renda.
também poderia ter ampliado as diferenças salariais entre eles: isso é discutido
abaixo.
Portanto, como mencionado acima, essas transições podem ter causado a diminuição
da dispersão salarial observada no grupo de trabalhadores informais.
Esse não parece ser o caso dos trabalhadores formais,15 para os quais o SM, entre
outros fatores, pode explicar a queda da desigualdade observada nesse grupo.
Esta seção final visa avaliar os impactos distributivos da formalização do trabalho à luz
dos resultados anteriores. A Tabela A5 do Anexo apresenta os resultados da decomposição
(com base em Fortin et al., 2011) do coeficiente de Gini e de alguns percentis da
distribuição do salário-hora. O objetivo é quantificar o impacto do aumento da proporção
de trabalhadores formais
14. No entanto, em todos os casos a transição para o emprego formal levou ao aumento do salário
recebido.
15. Os índices de Gini foram calculados tanto para o grupo de assalariados formais na segunda
observação quanto para o grupo de trabalhadores que estavam nesta categoria nas duas
observações para avaliar o impacto distributivo dos novos trabalhadores formais. Os resultados
mostram um maior grau de desigualdade no primeiro caso, embora as diferenças sejam muito pequenas.
1070 Roxana Maurício
OBSERVAÇÕES FINAIS
16. Por questões de espaço, apenas estes resultados são apresentados. O exercício completo de
decomposição (que inclui um amplo conjunto de características pessoais e profissionais) está disponível
mediante solicitação do autor.
Transições para a formalidade e desigualdade decrescente 1071
Argentina e Brasil. Espera-se que esses impactos distributivos cresçam à medida que
o processo de formalização continua e atinge o grupo de informais
trabalhadores de menor renda.
Apesar do forte processo de formalização, esses mercados de trabalho ainda
apresentam um alto grau de informalidade laboral. Em certa medida, isso está associado
às estruturas produtivas dos países: uma grande proporção de empresas
continuam a apresentar baixos níveis de produtividade e competitividade que
limitar a melhoria das condições de trabalho. Portanto, para
garantir as tendências de geração de emprego junto com a formalização do trabalho
e uma consolidação das instituições trabalhistas, políticas produtivas que promovam
altos níveis de eficiência e competitividade sistêmica precisam ser continuamente
fortalecidos dentro de uma estratégia de desenvolvimento econômico de longo prazo.
Por fim, além dos impactos positivos que as políticas sociais podem ter na redistribuição
de renda, é importante melhorar as condições do mercado de trabalho, pois
um meio de reduzir a desigualdade de renda primária.
APÊNDICE
Probabilidade Probabilidade
tornar-se Contribuição tornar-se Contribuição
formal para formal para
Educação
Menos compl. secundário 26,5 Comp. 5,4 39,6 42,0 9,6 41,6
Secon-incomp. 43.8 10,0 41,5 59,7 15,6 43,6
Tert.
Terciário Completo 60,2 TOTAL 18,7 18,9 66,3 23,5 14,7
38,6 8,0 100,0 51,6 12,9 100,0
Gênero
Mulheres 38,6 7,4 43,9 51,8 11,7 48,3
Homens 38,6 8,4 56,1 51,5 14,2 51,7
TOTAL 38,6 8,0 100,0 51,6 12,9 100,0
Era
Menos de 25 22,3 25–45 6,4 22,5 49,3 12,0 28,3
45,2 Mais de 45 9,4 57,6 57,1 13,9 51.1
36,5 TOTAL 38,6 6,9 19,9 42,7 11,8 20,6
8,0 100,0 51,6 12,9 100,0
Tamanho das empresas
(Contínuo)
1072 Roxana Maurício
Probabilidade Probabilidade
tornar-se Contribuição tornar-se Contribuição
formal para formal para
Setor de atividade
Indústria 42,8 8,3 12,6 60,9 14,7 14.1
Construção 11,5 Comércio 5,0 7,8 25,5 8,3 4,8
24,7 Transporte 8,1 23,6 39,6 12,8 20,5
42,9 Serviços 6,8 6,4 56,9 14,0 5.6
financeiros 45,8 Serviç. 53.6 14,6 12,6 62,4 16,8 14,8
Serviço doméstico. 4,7Setor 13,1 6,4 77,3 18,1 7,5
público 90,0 Outros setores 4,2 12,3 34,9 6,7 12.1
30,8 TOTAL 38,6 19,8 9,8 86,0 28,2 14,4
10,3 8,5 31,6 9,8 6.2
8,0 100,0 51,6 12,9 100,0
Intensidade do trabalho
Subocupado 27,0 Em tempo 5,5 31,0 29,0 9,0 21,4
integral 54,0 11,6 33,9 61,6 15,5 53,6
Sobreocupado 38,5 TOTAL 8,8 35,1 48,9 13,0 25,0
38,6 8,0 100,0 51,6 12,9 100,0
Posse
1–3 meses 10,7 3–6 5,9 17,6 28,9 12,3 22,0
meses 20,6 6–12 meses 7,5 9,9 41,9 12,9 11.6
26,6 1–5 anos 40,5 Mais 7,5 11,7 49,5 12,2 13.2
de 5 anos 55,8 TO
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8,8 7.6 3.3 7,9 3.2 7.1 6.4
Transições para a formalidade e desigualdade decrescente 1075
Tabela A3. Coeficiente Gini de Salário por Hora, Salário Formal e Informal
Ganhadores Argentina e Brasil (4º Trimestre de 2003 e 2011)
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