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RESENHA DO FILME “O CONTADOR DE HISTÓRIAS”

Disciplina de Pesquisa e Sociedade


Aluno: Jonatan dos Santos de Oliveira
Graduação em Enfermagem turno Vespertino
O filme “O contador de histórias” relata a história do menino Roberto Carlos
Ramos. O menino humilde vindo de uma família carente, e irmão de mais 8
crianças mais velhas que ele que fizeram parte de sua vida até os 6 anos de
idade. Com essa idade sua mãe Jú Colombo, escolheu seu filho caçula para
entrar na FEBEM, julgando que este seria o melhor lugar para seu filho crescer
e ter melhores oportunidades na vida, pois, foi convencida por um comercial de
televisão que esta seria a decisão correta.Roberto aprendeu na prática que a
vida anunciada no comercial era totalmente adversa a realidade. Após
completar 7 anos na Febem, Roberto foi transferido onde começou a conviver
com crianças mais velhas. Aos 14 anos, Robertinho já estava com mais de 100
tentativas de fuga da Febem, continuava analfabeto e havia entrado no mundo
das drogas.
Após ser capturado em uma de suas fugas, Roberto encontra a pedagoga
francesa Marguerith Duvas, andando com seu gravador. A pedagoga se intriga
com o menino e decide a todo custo registrar a história de vida de Roberto.
Após algumas tentativas malsucedidas Marguerith “desiste”. Roberto foge pela
última vez e se encontra por acidente com a pedagoga que o leva para sua
casa no intuito de coletar sua história. O menino tenta roubar algo da casa de
Marguerith mas não consegue, ele sai correndo e se depara com os “ladrões
de elite” e pede para ser parte do grupo deles. Roberto só seria aceito com
uma condição, uma condição desumana, cruel e dolorosa. O chefe do grupo
disse que Roberto deveria ser a “Mulherzinha” do grupo, ele foi levado a força e
a surra para um pátio de trens e lá foi estuprado. Roberto atordoado voltou
para a casa da pedagoga totalmente sem rumo, se prendeu no banheiro e
deixou a em desespero sem saber o motivo da chegada repentina. Com o
tempo ele se soltou e voltou a conversar com Marguerith, que lhe ofereceu
apoio e posteriormente o adotou. Roberto foi morar na França, estudou e
quando retornou ao Brasil adotou várias crianças, inclusive aquelas que tinham
conduta parecida a dele quando criança.
Na minha opinião o momento mais marcante foi o do estupro, uma realidade
que não é vista, reconhecida e nem aceita pela sociedade. Roberto teve uma
sorte indescritível e a empatia e carinho de Marguerith foi maior do que a que
qualquer pessoa poderia ter nos tempos atuais. A história pode ser levada em
discussão no âmbito profissional quando pensamos no acolhimento dos
pacientes em hospitais, UPA’S e casas de acolhimento infantil (Orfanatos).
Tentar levar a empatia para esses locais não é suficiente oara resolver o
problema. Mas, reconhecer e tratar de maneira que eles se sintam menos
excluídos e distantes pode fazer com que essas crianças tenham menos
traumas e maior autoestima para continuar suas vidas.

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