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Charlene t.
jaqueline b.
emily l.
edson c.
jonatan d.s.
reportagem
atos
iatrogênicos
REPORTAGEM
Técnica de enfermagem fala de
erro que matou mulher e chora:
"Desculpe".
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O depoimento da técnica de enfermagem durou aproximadamente duas horas. Ao delegado Luis Carlos
da Silva, ela relatou o que ocorreu no dia em que aplicou duas injeções na fotógrafa, que passou mal
poucos minutos depois de receber as medicações.
“Foi me entregue a medicação errada. A medicação certa estava em outro local. Foi um funcionário que
entregou pra mim. Nessa troca de plantão, ele me entregou e disse pra mim que era aquela medicação
que era para ser administrada e o procedimento como era para ser feito”, afirma.
Zélia Lúcia Barbosa Moreira passava por tratamento
de pulsoterapia (Foto: Reprodução/Facebook)
A técnica de enfermagem afirma ainda que não deveria ter sido a responsável por aplicar a
injeção em Zélia quando o tratamento da fotógrafa chegava ao fim. Ela diz que não consegue
mais dormir e pediu desculpas aos familiares da vítima.
“Eu acho que nenhuma condenação assim, nenhuma punição que eu tiver é maior que
minha consciência. Porque todo dia quando eu deito para dormir eu lembro do que
aconteceu. Eu peço desculpas aos filhos. Me desculpe. Nada, nenhuma punição vai ser maior
que minha consciência. Vou carregar para o resto da minha vida”, conclui.
Morte
Zélia havia sido encaminhada à unidade de saúde para tratar uma disfunção renal e acabou sofrendo
convulsões e uma parada cardiorrespiratória.
Ela foi internada por um dia e deveria receber um medicamento intravenoso por seis horas seguidas. A
cada 3 horas, uma enfermeira injetava outra substância para tentar diminuir os efeitos colaterais.
O tratamento já estava no fim quando uma técnica de enfermagem aplicou duas injeções na mulher, que
começou a relatar mal-estar ao filho que a acompanhava. Logo depois de receber as medicações, a
paciente sofreu a parada cardiorrespiratória.
As equipes médicas da Santa Casa foram mobilizadas e tentaram ressuscitar a vítima, que acabou
morrendo horas após a injeção ter sido aplicada.
Conclusão das investigações
Agora, o delegado aguarda os resultados de um laudo toxicológico e a análise do anestésico que foi aplicado
na paciente para poder concluir o inquérito. Além disso, outras pessoas deverão depor, embora o delegado
acredite que o depoimento da enfermeira tenha sido o mais fundamental de todos.
“Esse [depoimento] foi de muita importância porque ela confirma que aplicou a medicação de forma
equivocada na vítima e que a levou ao óbito. Essa medicação não deveria estar ali naquele momento,
porque ela deve ser usada em centro cirúrgico, e não em pacientes no quarto, mas também chegaremos
neste detalhe”, afirma Luis Carlos.
Na última semana de fevereiro, funcionários da Santa Casa de Franca prestaram depoimento à polícia e,
segundo o delegado, também afirmaram que a troca de medicamentos causou a morte da fotógrafa.
Familiares da fotógrafa acusam o hospital de negligência e afirmam que a injeção aplicada de maneira
equivocada foi a principal causadora da morte.
Em nota, a Santa Casa lamentou o ocorrido e informou que instaurou uma sindicância para apurar os
procedimentos. No boletim de ocorrência registrado pela instituição, o hospital confirma que a fotógrafa
morreu em decorrência da troca de medicação.
Falhas éticas
Nota-se algumas falhas éticas dessa profissional. Pode-se citar algumas falhas que são
pautadas na reportagem:
Art. 10 - Recusar-se a executar atividades que não sejam de sua competência técnica, científica,
ética e legal ou que não ofereçam segurança ao profissional, à pessoa, à família e à
coletividade.
Art. 59 - Somente aceitar encargos ou atribuições, quando se julgar apto técnica, científica e
legalmente para o desempenho seguro para si e para outrem.
Penalidades: Advertência verbal, multa, censura, suspensão do exercício profissional.
Art. 33 - Prestar serviços que por sua natureza competem a outro profissional, exceto em
caso de emergência.
Sendo assim, cabe punições para essa profissional. Visto que, falhas foram cometidas
As possíveis penalidades são:
-Verbal;
-Multa;
-Censura;
-Suspensão do exercício profissional;
-Cassação do exercício profissional.