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Sumário: Os diferentes ritmos e intensidades com que a mudança se

manifesta

A evolução social caminha a ritmos diferentes segundo as épocas históricas. Mas

numa mesma época histórica, sociedades de espaço diferentes podem apresentar

ritmos diferentes de evolução social. Tal deve-se a múltiplas circunstâncias, tais

como: o nível de alfabetização e instrução da população; o nível de

desenvolvimento tecnológico; os valores sociais dominantes; a natureza do

sistema político e a maior ou menor abertura da sociedade ao exterior.

Na última década do século XX, o ritmo de evolução dos diferentes subsistemas

originou uma acentuação da mutabilidade e imprevisibilidade. A globalização e a

exploração informativa provocaram processos de mudança acelerada, sendo, por

vezes, difícil compreender o que se passa à nossa volta.

Importa distinguir a mudança evolutiva, resultante do normal devir das

sociedades, da mudança dirigida ou imposta, quando a direcção da evolução é

planeada num determinado sentido. A evolução gradual normal de uma sociedade

pode ser pertupada por uma ocorrência que conduza a uma mudança súbdita que,

não sendo deliberada, pode conduzir a consequências imprevisíveis. É o caso, por

exemplo, de uma catástrofe natural.

Quando o processo de mudança se opera de forma brusca e afecta

profundamente as estruturas dos sistema social, chama-se revolução. Por vezes,

esta designação é dada também a mudanças que, embora graduais e pacíficas, são

de tal modo radicais e abrangentes que vão alterar toda a sociedade. Exemplo:

revolução industrial e a revolução tecnológica.


Com efeito, a mudança implica sempre o aparecimento de novos elementos que

vão perturbar a ordem existem. E quanto mais estruturado e fechado for um

sistema, maior impacto terá a mudança ocorrida em alguns dos seus elementos.

Nas últimas décadas assiste-se mudanças generalizadas. Nos países em

desenvolvimento, introduzem-se mudanças rápidas, visando acelerar a sua

entrada na modernidade e transformar os seus hábitos ancestrais, num processo

que muitas vezes leva à alienação das culturas locais

Nas sociedades industrializadas são também visíveis sintomas de desorganização

a vários níveis. Os conflitos de valores, o desemprego, a exclusão social da

população, manifestações de xenofobia e racismo, são alguns aspectos da

desorganização provocada pelas mudanças.

Na verdade, qualquer processo de mudança origina sempre o fim da velha ordem

e a criação de uma ordem nova. No período da transição, podem surgir

dificuldades de adaptação não só pessoal como institucional, dando origem a

fenómenos de resistência à mudança. E que para além dos eventuais benefícios

que possam trazer, todas as mudanças têm custos, e nem sempre se muda para

melhor.

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