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S
Desenvolvimento Económico e Social
(12ª classe)
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TEMA I
Nota: A origem deste termo, vêm da época intermédia do fim do feudalismo ao inicio
da era do capitalismo.
Introdução:
Haverá de certeza várias formas e ângulos de abordar para definir o DES, mais podemos
ter a convicção de que todas elas convergem no mesmo sentido, de ser um processo de
evolução progressivo na estrutura económica de um país ou região, de tal forma a
proporcionar o bem-estar da sua população que, na verdade este é o fim único de
qualquer estado. Desta forma, o desenvolvimento económico e social, propicia uma
melhor compreensão das economias dos países em desenvolvimento com vista a
melhorar as condições de vida da população mundial.
Quer isto dizer que, para se atingir tal desiderato, significa que tem de haver mudanças
na organização estrutural e no modo de vida da própria sociedade. Assim podemos
encontrar dois tipos de mudanças:
Todavia, é o propósito das mudanças e de quem os promove, que elas sejam sempre
positivas, mais nem sempre isto acontece.
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A mudança Social, é um conjunto de transformações que ocorrem numa
sociedade num determinado período alterando a estrutura social.
Para que seja considerada uma mudança social, é necessário que se observem as
seguintes condições:
- Tipos de mudanças.
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- Níveis de mudanças:
A superfície morfológica
As estruturas e instituições
A organização social
Os estatutos e os papéis sociais
As normas e os comportamentos
Os costumes e as práticas sociais
A cultura e os modelos culturais.
manifesta
Este modo vivende actual, alterou substancialmente a noção vulgar da distância que
ficou superada por intermédio de apenas um “click” a partir de um smart fone ou um
computador, eliminando assim as barreiras e fronteiras dos comportamentos sociais
adversos e encurtaram-se as distâncias. Este fenómeno todo resumisse numa única
palavra. Globalização.
Existem diferentes ritmos com que a mudança se manifesta, tais como: convulsões
sociais, descrédito das instituições, conflitos de valores, desemprego, exclusão social,
xenofobia, racismo, incertezas perante o futuro e tantos outros. Apesar de mudanças
significar rotura com o passado, lembrar que nem toda a mudança é para melhorar. Ela
tem custos inerente a sua realização que podem ser materiais, imateriais, moral e social.
Por estas razões acontecem em muitas situações em que se verificam resistências as
mudanças. Até nos dias de hoje, houve vários acontecimentos de mudanças que
marcaram o mundo, uma delas foi a revolução agrária, depois a revolução industrial isto
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é no âmbito socioeconómico. No âmbito político, foram as primeira e a segunda guerra
mundial, que terminou em 1945, estes acontecimentos trouxeram nova dinâmica no
plano económico e social com a implementação do plano Marchal para a reconstrução
da europa e enterrar as cinzas da guerra.
A civilização da Mudança
Mudanças
Mudanças Mudanças económicas tecnológicas
políticas
GLOBALIZAÇÃO
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1.1.3 – Factores e condições de mudanças
As várias teorias mono causais que tentaram explicar as mudanças sociais, mostraram-
se inadequadas, uma vez que para cada razão de mudanças existe uma causa associada a
ela que, pode estar ligada as condições sociais, económicas, culturais ou políticas.
Os movimentos sociais: São grupos da sociedade civil cujas suas acções proporcionam
alteração de uma medida não satisfatória a sociedade que tenha sido tomada por parte de
quem dirige ou governa.
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1. 2 - DO CRESCIMENTO AO DESENVOLVIMENTO
realidade
PIB PER =
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1.2.2 – O caracter dinâmico do conceito de Desenvolvimento
Depois de 1980, as nações unidas proclamavam este período como sendo a década do
desenvolvimento, mais ainda assim surgi o paradoxo, o fosso entre países ricos e pobres
aumentava de forma abismal, ou seja o mundo começou a registar desenvolvimento mas
o número de pobres aumentava assustadoramente. Logo, a partir do ano de 1990 as
nações unidas por intermédio da sua agência PNUD (programa das nações unidas para o
desenvolvimento), passou a emitir periodicamente um relatório do IDH (índice de
desenvolvimento humano) que serve para aferir a taxa de desenvolvimento económico
de um país.
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1.2.3 – Aspectos relevantes do desenvolvimento humano e do
desenvolvimento sustentável
Desenvolvimento humano:
Existem estudos fundamentados que indicam exemplos de países com altos níveis de
rendimento, mais com pobres padrões de educação e saúde, estes são tidos como
exemplos de crescimento sem desenvolvimento. Desta forma, para que se atinja o
desenvolvimento, o rendimento disponível para as populações tem de ser real ou seja
efectivo que cubra realmente com a sua função da satisfação plena das necessidades do
cidadão. Dito de forma diferente, a definição do desenvolvimento engloba a capacidade
disponível de atingir o fim último que terá de ser a realização da satisfação da pessoa
humana em todas suas dimensões designadamente a liberdade de escolher e realizar o
seu projecto próprio de desenvolvimento.
A avaliação do desempenho das economias terá de ser feita não apenas em termos de
crescimento económico, mais também quanto ao seu contributo para o desenvolvimento
humano, devendo as estratégias de crescimento económico inter - relacionar-se com as
estratégias do desenvolvimento das pessoas nos seus aspectos multidimensionais.
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IR: índice de rendimento
Desenvolvimento Sustentável
Esta é uma modalidade que a humanidade optou para a salvaguarda da vida no planeta.
O desenvolvimento sustentável é aquele que permite dar resposta as necessidades da
geração presente, sem comprometer a possibilidade de desenvolvimento das gerações
futuras.
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Assim, partindo de princípio de que, para questões globais tem de haver soluções
globais, logo, a persecução do desenvolvimento sustentável exige:
Tarifa
Cm
𝑡 3
𝑡
2
𝑡 1
% Abate (ton/ano)
a b c
Cm = custo marginal
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“ Quanto maior for a percentagem de poluição ao meio ambiente, maior é a tarifa de
pagamento”
Este tipo de penalização, aos poluidores, é adoptado aos modelos de cálculos diferentes
de acordo com a ária do meio ambiente que foi poluído.
Assim sendo, no intervalo de 1787 e 1789 surgi no mundo a primeira geração dos
direitos humanos. Mais tarde, por volta dos anos de 1830 e 1840, começam a firmar-se
os direitos económicos e sociais que foi impulsionado pela revolução industrial, onde já
se consagrava o direito ao trabalho, a greve e a protecção social. Estava-mos assim em
plena 2ª geração dos direitos do homem, o que obrigou em 10 de Dezembro de 1948 a
assembleia geral das nações unidas a declaração universal dos direitos do homem.
No entanto, a partir dos anos 60, tomou-se consciência de que o crescimento económico
não podia alhear-se (estar alheio) do respeito pelo ambiente. Surgi assim a 3ª geração
dos direitos dos homens, que contemplava acima de tudo o direito a paz e a um
ambiente são.
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1.2.5 – O Problema da medição do desenvolvimento
Durante algum tempo atrás até os dias de hoje, os principais indicadores da medição do
desenvolvimento foram e continuam a ser o PIB e o PNB, até chegarmos em 1990 foi
introduzido o IDH. Apesar desta inovação, ainda assim não se mostrava eficiência na
análise da questão do ponto de vista humano e social. Deste modo, a partir do ano de
1995, o relatório do desenvolvimento humano das nações unidas introduziram o IDG
(índice de desenvolvimento ao género), o MPG (medida de participação ao género) e o
IPH (índice de pobreza humana), este indicador evoluiu para uma outra versão o IPH2
que se destina a medição da pobreza nos países industrializados.
- Económicos: PNB e PNB per capita; PIB e PIB per capita; RN e RN per capita;
Consumo de energia; População activa e taxa de actividade; População desempregada e
taxa de desemprego.
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- Sociais e culturais: Percentagem de população com água potável; Taxa de
analfabetismo/ escolaridade; Número de médicos/camas de hospital/por habitante;
Número de jornais/livros/televisores/por habitante.
As escalas de análise:
Constituem um outro problema que tem a ver com a utilização dos indicadores
relacionados com as escalas de análise. Deste modo, os diversos acontecimentos
ganham ou perdem importância conforme são analisados de um ponto de vista próximo
ou mais distante. Esta proximidade pode ser perspectivada de diferentes formas;
espacial, temporal, social, cultural ou mesmo pessoal.
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desencadeado pelos sectores mais dinâmicos e tecnologicamente mais avançados,
localizados nos polos de crescimento, se difundem com o decorrer do tempo a outros
sectores e a outros territórios.
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TEMA I
A expansão europeia teve início nos finais do século XV. Mais, é no início do século
XIX que ela ganha maior consistência com o plano dos europeus das “Grandes
descobertas”, isto é a conquista de outras terras em busca de riqueza e de expandir o
comércio. Tinha assim início a primeira europeização do mundo, com fundamentos de
novas descobertas. Este plano, teve a cabeça Portugal e Espanha que chefiaram a
expansão marítima abrindo margens para o mercantilismo.
revolucionar a indústria.
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Garantir novos mercados para os produtos acabados, uma vez que os seus
mercados internos começaram a ficar saturados.
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EUA. No entanto, com a progressão da tecnologia, e com o abrandamento da economia
europeia por razões diversas tais como a geopolítica, imergi a China, fruto das
mudanças estruturais efectuadas no seu modelo económico de pendor ideológico
socialista, para o capitalista com a liberalização económica e a internacionalização das
suas marcas bem como o incentivo ao consumo em vez da poupança que caracterizava a
teoria anterior de um estado providência, e apostando seriamente nas tecnologias e
inovação, estimulando a conectividade económica, assim como tirando proveito de um
mercado de mais de um bilhão de consumidores, a China conseguiu pautar-se na alta
hierarquia do mercado mundial fazendo face a economia norte americana.
Como já foi abordado nas lições anteriores, o fluxo de migração da europa para os
EUA, atraídos pela oferta da mão-de-obra, principalmente no processo da construção
dos caminhos-de-ferro. Estes realizações catapultaram os estados unidos da américa
numa grande potencia económica passando de colónia, para um estado autónomo e
próspero com espectativa da realização do (American dream), sonho americano.
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O redimensionamento dos mercados e a rapidez da difusão científico –
tecnológico: o seu vasto território foi na chave da sua industrialização.
Poder financeiro da indústria: a indústria americana é dominada por empresas
gigantes, constituídos em clausteres.
A primeira tentativa de rebelião revolucionária culminou com uma derrota das forças da
aliança camponesa entre 1905 a 1907, e foi considerada como sendo um ensaio daquilo
que viria acontecer em Outubro de 1917 pelas mesmas razões de 1905/ 1907 que ainda
estavam presentes. Nesta altura, reinava na Rússia uma autocracia CZARISTA,
chefiada por Czar Nicolau II, era um território vasto, mas muito atrasado. A derrota do
Czarismo facilitou a manifestação revolucionária das massas, recorda-se que nesta
altura, a maioria da população era camponesa.
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Em 1939, a URSS tornou-se a segunda potência industrial a seguir dos EUA e apostava
no objectivo de se tornar a maior potência militar do mundo. Durante as duas primeiras
décadas do século XX, as ideias comunistas polarizaram os políticos e as sociedades de
todo o mundo, incluindo a europa e o próprio estados unidos. A experiência do projecto
socialista entusiasmou o mundo. Assim com o fim da Iª guerra mundial em 11 de
Novembro de 1918, com a assinatura do tratado de armistício por parte da Alemanha,
lançaram-se num vertiginoso programa de industrialização usando a estratégia da
economia planificada e centralizada, este plano começava a dar resultados na industria
do ferro, do carvão, do aço, da electricidade e maquinaria. Este sucesso económico, fez
com que a URSS se encontrasse em situação industrialmente aceitável pelos aliados
quando eclodiu a 2ª guerra mundial em 1943 que no final desta, a URSS viria a ser
vencedora. Fruto deste sucesso, o modelo socialista viria a ser adoptada por vários
países do mundo, incluindo Angola.
Em 1991, este modelo económico, viria a ser posto em causa por razões geopolíticos e
económicos – sociais, sendo forçado a alteração e a adequação da sua matriz económica
ao contexto vigente pela política da PERESTROIKA implementada por Mikhail
Gorbatchev. Desta data em diante, a Rússia tem concertado esforços no sentido de ser o
contrapeso da geopolítica económica do mundo
Causa da guerra
As causas desta guerra têm a ver com a influência políticas relacionados com interesses
territoriais não resolvidos de conflitos anteriores e históricos – culturais. Reza a história
que a declaração do início da guerra, teve origem com o assassinato do Arquiduque
Austríaco Francisco Ferdinando1. A Iª guerra mundial teve início a 28 de Julho de 1914
e terminou a 11 de Novembro de 1918 com a assinatura do tratado de VERSALHES,
que os alemães consideraram como sendo um acordo imposto.
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armamento. Surgi assim pela primeira vez o desenvolvimento da indústria armamentista
e a mobilização de efectivos para a guerra.
Participantes
Faziam parte deste conflito, cerca de 30 países. De um lado a aliança da tríplice entente
que mais tarde vem a se juntar com os EUA e do outro a tríplice aliança e a Itália até
em 1917.
Consequências
Fim do conflito
Após o tratado de versalhes, que pós fim a Iª guerra mundial, os alemães nunca se
conformaram com este acordo e consideravam-no uma imposição por parte dos aliados,
quando considerado que a SDN, que era uma organização criada com objectivo de
mediar os acordos de paz, se mostrou incapaz porque não detinha poderes nas tomadas
de decisões uma vez que exercia apenas uma pressão moral ao beligerantes. Desta
forma, a SDN perdeu a confiança por parte dos povos e no seu potencial como garante
da paz internacional, deixando que os próprios protagonistas do conflito fizessem entre
si acordo que os conduziu a paz. Este acordo firmado, pelos vencedores, penalizava
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severamente os interesses e feria o orgulho alemão. Assim, o ressentimento pelas
condições impostas pelo tratado, fazia com que o povo alemão desejasse uma liderança
acutilante e decidida em dár soluções imediata aos problemas. É neste contexto que vai
ocorrer a subida dos nazis ao poder, e com ele o principal ideólogo do partido nazi,
Adolfo Hitler, cujo seu perfil natural de ódio combinava com as aspirações emocionais
do partido nesta altura, sendo por esta e outras razões ser nomeado como chanceler em
30 de Janeiro de 1933, para 2 anos depois anunciar ao mundo que a Alemanha estava a
se rearmar.
A guerra na europa teve a sua origem, como já vimos no reacender do poder militar
alemão e nas suas pretensões territoriais, acabando por ser uma espécie de continuação
da Iª guerra mundial. Lembrar que, os EUA entram na guerra em 1943 como já o tinha
feito em 1917 e 1918, vindo em auxílio dos aliados dando o seu contributo decisivo na
estabilização da europa ocidental, desta feita invocando razões de a sua base militar no
pacífico ter sido atacada pelo Japão que constituía junto com Roma e Berlin o chamado
triangulo do EIXO. Nesta altura a Alemanha encontrava-se completamente derrotada
pelos aliados da URSS e praticamente a guerra terminava, mais na europa do leste, a
guerra continuava com o Japão a dominar o senário da guerra alimentando o plano de
continuar com a sua incursão pela europa toda.
Depois de sucessivas advertências para que o Japão parasse com a guerra, os EUA
assume o ónus da coisa, alegando o ataque em sua base, e querendo mostrar ao mundo o
seu poderio militar, decide atacar o Japão com bomba nuclear. Bombardeando a 6 de
Agosto de 1945 a Hiroxima e 3 dias depois Nagasaki, para 15 dias depois a guerra vir a
terminar.
Terminada que está a guerra de 1939 a 1945, esta afectou mais pessoas em todo o
mundo de forma mais directa duque qualquer outra antes vista. As alterações políticas
foram talvez as de maior alcance, com o fim da guerra, evidenciaram-se as diferenças
entre os países anteriormente aliados. Na europa as fronteiras foram alteradas, na áfrica
e na ásia o nacionalismo recrudesceu e as revoluções surgiram nas antigas colónias. Este
conflito global, resultou numa nova ordem mundial dominada por duas superpotências
vitoriosas que tão breve se tornaram rivais motivados principalmente por divergência
ideológicas e pela luta da hegemonia económica no mundo. EUA e a URSS.
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2.2 – OS CONFLITOS E OS EQUILÍBRIOS NUM MUNDO BIPOLAR
Com o fim da IIº guerra mundial, com a Alemanha capitulada pela coligação EUA –
URSS, veio a se desvendar os horrores dos feitos nazistas com o holocausto nos seus
campos de concentrações e uma europa completamente destruída e economicamente
fragilizada. Urgi então, a necessidade de se estabelecer uma nova ordem internacional,
sob a alçada dos dois aliados vencedores. Os EUA e a URSS. Mais por razões das suas
ideologias distintas, mais tarde ou cedo, viriam a por em causa esta aliança. Assim, o
equilíbrio geopolítico e geoestratégico organizado pelos vencedores desta segunda
guerra viria a constituir, um dado essencial na regulação do sistema mundo, pois deu
origem a dois subsistemas organizados a escala mundial. Estes dois subsistemas
representavam dois blocos, a do ocidente e a do leste, que preconizavam e defendiam
dois modelos sociopolíticos diferentes:
Os EUA e a URSS, aparecem então, como as grandes potências em torno das quais o
mundo irá girar. Deu-se início a concretização de uma nova forma de governo bipolar
que substituiu o poder da europa na governação do mundo.
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Logo, e como já se previa, que esta aliança EUA – URSS não tinha pernas para
continuar numa administração geostratégica para a Europa por razões de ideologias
diferentes agravado com o ataque perpetrado pelos EUA ao Japão, foram motivos
bastantes e suficientes para a desintegração da aliança. Agora, as duas superpotências
lutam pela hegemonia do controle estratégico da europa. Após a guerra a velha Europa
ficou sem rumo nem prumo, sentia-se comprimida entre as duas potências, cada uma
delas pretendendo arrastar para o seu sistema económico-político-social. Ambas, se
arrogavam defensoras da liberdade; os EUA propunha-se defende-las do totalitarismo
soviético; a URSS propunha-se a libertar os povos da opressão do imperialismo
americano. Seja como for, ainda assim a pretensão destas duas potências, não se
limitavam apenas para a conquista da Europa, como também pretendiam alargar a sua
influência para todo o mundo.
Nesta altura, a URSS consagrava 10 a 17% do seu PIB para despesas militares,
enquanto os EUA disponibilizava 7% do seu PIB para o mesmo fim. Esta era a
importância capital que estes países davam a questão da defesa de seus territórios e a
prontidão militar que se empunha no momento.
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hidrogénio), com uma potência mil vezes mais que aquela que arrasou o Japão. Este
feito, foi seguido pelo seu opositor da europa a URSS, que em pouco mais de um ano
consegue fabricar uma bomba de hidrogénio semelhante. Ora, este jogo de concorrência
entre os dois, dominou e continua até os dias de hoje a dominar o mundo, levando
mesmo este desafio a corrida aos armamentos tendo posto em causa o receio do
surgimento da 3ª guerra mundial. Foi por entre outras razões, o principal motivo do
surgimento de uma instituição internacional que acautelasse este risco. Assim em 1942
é criada a ONU (organização das nações unidas), que entre outras obrigações, o
desencorajamento para qualquer país que queira encontrar nas guerras, uma razão para
defender ou impor seus interesses.
O plano Marshal
Apôs a morte de Estaline, em 1953, e sobre tudo a partir do 20º congresso do PCUS
(partido comunista da união soviética), em 1956, abriu-se o caminho para a redução da
tensão entre as duas superpotências. Nos EUA a condenação pelo senado de Joseph
MacCarthy o carrasco dos comunistas na América, ajudou a criar um clima mais
favorável nas relações entre os dois países.
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A procura do desanuviamento e do progressivo estabelecimento de relações normais
entre as superpotências não foi linear, sendo por vezes abalada por incidentes. A política
de coexistência pacífica traduz-se num conjunto de medidas que visavam eliminar
gradualmente as relações internacionais os elementos que constituíam um perigo de
guerra directa, promovendo a cessação da corrida aos armamentos e o desarmamento
progressivo e controlado e o fim da guerra fria.
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2.2.4 – Um equilíbrio geopolítico instável.
A proliferação de conflitos
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2.2.5 – O papel da ONU na procura do desanuviamento e na consolidação dos
frágeis equilíbrios emergentes do pós-guerra
Terminada que está a guerra militarizada, agora em plena maré da guerra fria, pairava
no ar o medo do ressurgimento da 3ª guerra mundial. Com propósito de se erradicar
uma vez por todas os fantasmas da guerra, nasce em 1 de Janeiro de 1942, a
formalização da declaração da carta que veio a se constituir naquilo que é hoje a ONU.
Esta é sim um produto da guerra vivida, cuja denominação derivava da aliança militar
entre os EUA-URSS e a Grã- Bretanha e mais 23 países. Embora o objectivo inicial a
luta contra a Alemanha e o Japão, esta já afirmava como prioridade, a criação de um
organismo mundial para a defesa da paz.
A carta das nações unidas foi finalmente assinada em S. Francisco, pelos delegados de
50 países, tendo em entrado em vigor em 24 de Outubro de 1945. O preâmbulo da carta
das nações unidas proclamava a determinação unânime dos signatários em:
Notar mais uma vez que, a ONU, surgi neste formato, por inoperância da SDN,
privilegiando os instrumentos democráticos nas suas decisões, mais acima de tudo,
dando primazia as grandes potências vencedoras da guerra.
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OS ÓRGÃOS DA ONU E ORGANIZAÇÕES ESPECIALIZADAS
Conselho de segurança
Conselho económico e social
Conselho de tutela (extinto)
Tribunal internacional de justiça
Secretariado
Os equilíbrios na ONU
A rivalidade das duas grandes potências, herdados da guerra fria, foi transportada por
estes nas suas tomadas de decisões no conselho de segurança através de um instrumento
constitucional chamado “ Direito de Veto”. Este instrumento, permite a qualquer um
dos cincos membros, inviabilizar uma decisão que se queira tomar, para tal, muitas são
as vezes que o poder de veto é accionado apenas quando o interesse geopolítico de um
ou de outro, esteja em causa, mesmo que esta decisão implicar prejuízo para um grupo
ou povo de um determinado país membro ou não da ONU. (ver pag.87;88).
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2.3 – A REAFIRMAÇÃO DA EUROPA E A CONSOLIDAÇÃO DO JAPÃO
Depois da europa ressuscitar do flagelo da guerra com o plano Marshall, cada um dos
países europeus, procurou com essa ajuda o melhor destino a dar em função da sua
realidade social vigente. Essa necessidade de procurar o melhor rumo, deu origem ao
surgimento da consciência europeia. Assim sendo, a analogia económica, levava o
pensamento de que, só a liberalização das trocas económicas internacionais facilitaria a
saída da crise e o consequente desenvolvimento económico. Desta feita, empunha-se
que na europa, fosse criado um espaço económico alargado onde a liberdade de tráfego
de mercadorias, fosse uma realidade em detrimento de pequenos espaços de mercados
nacionais.
Assim, e com o objectivo claro de apelar pela ajuda americana, foi criada a OECE que
não é mais do que, (organização europeia de cooperação económica) que funcionou
como uma agência norte americana de fiscalização das aplicações dos créditos
concedidos. Mais tarde, em 1961, este organismo evoluiu para a sigla OCDE
(organização de cooperação e desenvolvimento económico) com os seguintes
objectivos:
Todavia, este esforço na abordagem dos critérios de ajuda americana para os povos
europeus, originou o projecto da integração europeia. Foi assim, que depois de vários
ensaios, de projectos de integração como é o caso da BENELUX (bélgica, holanda e
Luxemburgo), teve então em 1957 o processo de integração da europa, com a assinatura
do tratado de Roma, embora os acordos começassem apenas pelo sector energético, que
mais tarde evoluiu para a CEE (comunidade económica europeia).
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dos acordos de Lomé, abriu exclusivamente a via a um novo tipo de relação entre países
industrializados e países subdesenvolvidos, colocando-as sob o signo da inter
dependência, para além da especificidade das relações que a comunidade europeia
estabelece com os países do terceiro mundo.
Após a segunda guerra mundial, o Japão sai completamente destruído e acima de tudo
obrigado a pagar pesadas indeminizações de guerra, bem como foi obrigado a receber os
seus cidadãos que residiam no exterior. Ora, com todos esses constrangimentos, como é
que o japão conseguiu em curto espaço de tempo, guindar-se no topo da economia
mundial? Mais uma vez, a visão estratégica dos EUA, entra em acção, vendo que o
comunismo se estabelece triunfalmente na china, e tendo em conta os feitos da guerra
fria na coreia, resolve fazer-se aliado do japão devolvendo-lhe a soberania e
arquitectando-lhe um plano específico semelhante ao plano Marshall que consistia em
ajuda económica, financeira, técnica, fornecimento de matéria-prima, etc. Este
designou-se de Plano DODGE, aliado a sua identidade homogenia étinico-linguistica
que contribuíram para tal sucesso. Desta forma, esta característica particular agrega ao
japonês, um sistema de valores, principalmente na conjugação e preservação do velho e
o novo, a tradição e a modernidade, factores estes que o encorajam a investir na
continuidade, mais não descorando a inovação. É assim, que os japoneses apostaram na
educação, (investindo seriamente no homem) e na elevada capacidade produtiva
(apostando na competitividade).
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2.3.3 – A rápida modernização do Japão e a inovação tecnológica
O Japão foi o primeiro país asiático a modernizar a sua economia através de uma
industrialização acelerada e surpreendente, principalmente nos sectores da indústria,
comercio, finanças, agricultura e todos outros ramos da economia moderna. Deste
modo, o japão elegi como principal matéria-prima disponível e abundante, os seus
recursos humanos que soube perfeitamente mobiliza-los e pôr a disposição do
desenvolvimento, fazendo da educação um bem público. Assim, o Japão conseguiu em
menos de 20 anos, multiplicar por 10 o seu PNB e o seu modelo económico, serviu de
exemplos para muitos países do mundo. Alem dos factores históricos – culturais e
geostratégicos que explicam o modelo de desenvolvimento do Japão, podem apontar-se
os seguintes:
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2.4 – A QUESTÃO DO TERCEIRO MUNDO
Como é sabido, este processo durou vários anos ou mesmo séculos, e que nunca é
demais recordar, que o mesmo tive início com o período da expansão europeia no
decurso do século XV, e que perdurou até aproximadamente ao século XX. Segundo
alguns autores, estes procuram explicar o fim da coloniza
De facto, os povos colonizadores não eram mais ricos nem civilizados que os povos
colonizados. Antes da expansão das sociedades europeias através das cruzadas os povos
encontrados (autóctones),tinha a sua civilização e suas riquezas ao contrário do que
muitas vezes se pretendeu fazer crer. Deste modo, os povos colonizados herdaram do
colonizador duas características económicas fundamentais do subdesenvolvimento:
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A (des)colonização criou obstáculos ao desenvolvimento
Deste modo, surgiu uma nova visão de abordagem do mundo económico, classificando
os países em função do seu nível de desenvolvimento, sendo que, de um lado estão
aqueles mais industrializados, chamados de desenvolvidos e do outro lado, aqueles não
industrializados ou seja, não desenvolvidos ou simplesmente subdesenvolvidos.
Todavia, com a dinâmica do progresso económico-social, foram surgindo outras
classificações intermédias.
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Não obstante, interessa-nos abordar a relação do comércio entre o norte e o sul, ou seja
o fluxo comercial entre estes dois extremos. Este deve ser medido em função da
capacidade que os países têm em produzir e exportar os seus bens e serviços.
Para tal, devemos observar cuidadosamente a razão de troca (T) entre os países na
relação do comércio internacional, regido pelos princípios estabelecidos pela OMC
(organização mundial do comercio), este fluxo do norte e sul, apresentam vários
constrangimentos devido a desproporcionalidade de desenvolvimento entre si tais como;
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2.4.3 – Ajuda internacional
Por razões já evocados nas lições anteriores, um dos factores abordados com maior
enfoque, na questão do terceiro mundo é a problemática da dívida. Isto porque a
característica genérica destes países, é de estar sempre envolvido em dívidas,
comprometendo assim o processo de desenvolvimento dos respectivos países. Esta
situação tem obrigado a mobilização de esforços por parte dos países ricos, no sentido
de prestação de ajudas a estes países necessitados.
Estas ajudas aos países pobres, concorrem para alguns objectivos como são:
Existem para o efeito vários tipos de ajuda, entre as quais destacam-se 3 tipos:
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- Por razões de agravamento dos problemas urbanos.
- Por razões de incapacidade técnica e política dos dirigentes.
Tendo sido notado muitas das vezes que, as ajudas prestadas por países ricos para os
pobres, não servir aos desígnios inicialmente definidos, faz com que, os países doadores
concedam este tipo de ajuda, nos termos que lhes são mais favoráveis (ex. linha de
crédito), desta forma a ajuda deverá conduzir;
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Deste modo, e no âmbito da NOEI, surge o movimento dos não-alinhados, com o intuito
de proteger em forma de bloco todos os países do terceiro mundo, contra esta forma de
descriminação em que estavam votados. Apesar de tudo, nem todos os países do terceiro
mundo fizeram parte deste movimento, bem como muitos dos países do norte (ricos)
que se reviam nesta causa aderiram ao movimento.
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2.4.5 – Da formação do sistema – mundo a emergência das semi - periferias
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2.4.6 – Os NPI da Ásia: Factores de sucesso e limitações
Deste ponto de vista, os quatros primeiros NPI asiáticos tiram partido de um conjunto
de factores comuns que explicam a prosperidade alcançada, sendo:
Visto deste ângulo, as rápidas transformações que ocorreram nos NPI asiáticos geraram
desequilíbrios e tensões internas nos seguintes planos: político, social, ambiental e a
nível económico.
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2.4.7 – NPI da América Latina e da África
Por esta via, a escassez de produtos importados, foram substituídos pela produção local
e por produtos manufacturados, criando oportunidade ao investimento dos empresários
locais que, desta forma conseguiram substituir pela produção nacional os bens de
importação.
Apesar da situação conturbada nos países desta região, motivados por vários factores
como são os casos do ciclo vicioso das dívidas, a hiperinflação, a fuga de capitais,
corrupção, problemas de propriedades, violência urbana, desvalorização da moeda e
muitos problemas políticos, ainda assim, existe uma esperança motivadora
impulsionada pelo MERCOSUL, com o Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai no
comando, devolvendo uma encorajadora esperança para a economia desta região.
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Economias emergentes em África
Todavia, existem vários países que se destacam na fileira do progresso, como são os
casos da; Africa do sul, Nigéria, Gana, Costa do marfim, Camarões, Ruanda e muitos
outros que de forma isolada ou integrados como é o caso da SADC (south afric
developed coutry), têm evidenciado esforços para um futuro promissor.
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2.5 – DESAFIOS E CONSENSOS NUM MUNDO MULTIPOLAR
Assim, o mundo foi registando marcos importantes tanto no âmbito político, económico
e social. Deste modo podemos analisa-los nas seguintes vertentes:
43
2.5.2 – Os desafios da construção Europeia
Assim, estes 3 pilares, são resultante de entre outros esforços no mesmo sentido, pelos
acordos ou tratados, que o bloco foi conseguindo no sentido de consolidar os objectivos
almejados. Neste âmbito e mais recentemente podemos destacar os mais recentes
tratados que já tinham em linha de conta, a visão moderna do processo de
desenvolvimento isto é, após o ano de 1990, ou seja, começa aqui os desafios do futuro.
(Vide doc.24, pag.164). Onde pode-se destacar, o tratado de Maastrict (1992), Amsterdão
(1997), tratado de Nice (2000), todos eles tinham em conta o futuro da Europa, tendo
em conta os novos desafios, impulsionados acima de tudo de um lado pelos EUA, a
própria EU e do outro lado o Japão.
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As novas geografias da Europa no século XXI
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Notas
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BIBLIOGRÁFIA
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