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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

CURSO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS E JURÍDICAS

MANUAL DE ENSINO DE DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO E


SOCIAL «12ª CLASSE»

DOCENTE:

BRÁULIO FRANCISCO VENÂNCIO

LUANDA
2020
11ª Classe C.E.J e C.F.B- 923354849

INTRODUÇÃO

A existência humana está repartida em muitas esferas ou formas de actividade.


Cada sociedade precisa de um número indefinido de instituições por onde se distribuem
os indivíduos, os grupos, os saberes e as técnicas. Aliás, tendo por base os anos passados
conhecemos a natureza social ou melhor biopsicossocial do homem.

Com o desenvolvimentos da base material da sociedade, da ciência e das técnicas


cada uma dessas esferas ganha em complexidade e tende a demarcar-se cada vez mais das
outras, opondo-se pelas suas normas, técnicas e valores. Daí, o surgimento dos conceitos
globalização e mundialização. O que são? Serão a mesma coisa? Ambos conceitos são
vistos, geralmente, como sinónimos. No entanto, a verdade é que mundialização e a
globalização são fenómenos distintos, embora relacionados.

Como a investigação é ponto mais alto da ciência, não seria conveniente nem tão
pouco risonho, lúgubre e emociante começar o ano sem os nossos trabalhos de pesquisa.

A. O PAPEL DA COLONIZAÇÃO E A EXPANSÃO DO PODERIO EUROPEU


B. A INDUSTRIALIZAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO
C. A ASCENSÃO DOS ESTADOS UNIDOS
D. A AFIRMAÇÃO DA URSS
E. A ESTAGNAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO EUROPEU E AS GUERRAS
IMPERIALISTAS “O QUE DIZIAM OS JORNAIS.

ALGUMAS EXIGÊNCIAS PARA A RECEPÇÃO DO TRABALHO

1. O número mínimo de conteúdo é de 10 páginas e o máximo 15.


2. O trabalho deve obedecer todas as regras de metodologia científica.
3. O trabalho deve ser entregue ao professor uma semana antes da prova do professor.
4. A defesa será feita em setenta minutos.
5. As notas serão dadas no final de todas as defesas.
Dito isto, comecemos com a beleza do saber que a filosofia nos proporciona.

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1. DEFINIÇÃO E COMPREENSÃO DOS CONCEITOS MUNDIALIZAÇÃO E


GLOBALIZAÇÃO
De acordo com os mais diversos dicionários, enciclopédias e manuais consultados
por nós, define-se o conceito supracitado como um processo de aproximação entre os
homens quotidianamente inseridos em espaços geográficos diferentes e de múltiplas
formas dentre as quais a escrita, troca de mercadorias, meio de transportes e troca de
informações. Assim sendo, podemos afirmar que o conceito mundialização está associado
ao mundo do capitalismo.

A globalização entretanto, sendo uma consequência da mundialização e jamais


sinónimo, como suprarreferimos, traduz a estratégia destinada a uniformizar os aspectos
da actividade económica a escala mundial, conduzindo a integração económica e
tecnológica dos países.

A mundialização é inevitável por se tratar de um conceito ideológico com


repercussões políticas, antropológicas e sociais. Já a globalização não o é na sua
existência e na forma que assume sendo ela mais económica e tecnológica.

1.1 OS ACTORES DA MUNDIALIZAÇÃO

Nas ciências sociais, o conceito actor refere-se normalmente a grupos e a


organizações que tomam parte numa acção que se desenrola no quadro da sociedade ou
conjuntos sociais.

No contexto da nossa disciplina, torna-se a causa e o resultado das acções e


interacções entre os actores sociais não só de maneira regional ou local mais também
nacional e internacional. É importante frisar que em todo este processo o homem e a sua
sociabilidade tornam-se os principais impulsionadores.

Os principais actores da mundialização são: As empresas “multinacionais e


internacionais”, instituições “ONG”, estados, indivíduos, a Tríade “EUA, a UE e o
Japão”.

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1.2 CONSEQUÊNCIAS DA MUNDIALIZAÇÃO


Entendemos por consequência o resultado positivo ou negativo obtido a partir de
uma acção seja ela de curto, médio ou longo prazo. Assim sendo, no que tange o nosso
tema, limitar-nos-emos a analisar os resultados obtidos positiva ou negativamente no
processo de aproximação entre os homens inseridos em espaços geográficos.

Importa-nos dividir as consequências em dois grandes grupos, sendo que o


primeiro fará referência as consequências positivas e o segundo como não deixaria de ser
as consequências negativas.

1. CONSEQUÊNCIAS POSITIVAS:

A. Produtores Globais - Consumidores Globais;


B. Aldeia global: podemos nos comunicar ao mundo onde, quando, com quem e como
quisermos dependendo das tecnologias;
C. As redes megalópoles: empresas internacionais e transnacionais;

2. CONSEQUÊNCIAS NEGATIVAS:

A. Aumento do fosso entre os países pobres e ricos: os ricos cada vez mais ricos e os
pobres cada vez mais pobres.
B. O desaparecimento das fronteiras nacionais. Uma vez que os governos não
conseguem deter os movimentos do capital internacional, deixam de ter controlo
sobre a política económica interna comandada pelos países desenvolvidos (ricos).
C. A perda da cultura e dos valores a ela intrínsecos.

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2. PROCESSOS DE MUDANÇA
2.1 VÁRIOS TIPOS E NÍVEIS DE MUDANÇA

A evolução das sociedades modernas é, em grande parte, condicionada pela


mundialização e pela globalização, porém, várias mudanças ocorrem a nível dos
comportamentos, das atitudes e dos valores partilhados pelo conjunto das sociedades.

Mudança é toda transformação e/ou alteração ocorrida de maneira estrutural ou


funcional numa organização social com as seguintes características: colectiva,
permanente, identificável no tempo e complexa

É importante fazer a distinção entre progresso, mudança e evolução. O primeiro


conceito configura uma mudança no sentido desejável e normalmente identificável com
modernização, pode existir mudança sem progresso, mas não pode existir progresso sem
mudança. Já o segundo conceito pode ser feito no bom sentido e temos uma mudança
progressiva, mas também pode-se regredir, como se tem dito vulgarmente “voltar a tráz”
e temos uma mudança regressiva. Quanto á questão da evolução social ela é o produto de
várias mudanças, só a longo prazo pode-se concluir se houve evolução.

2.1.1 TIPOS DE MUDANÇAS:

As mudanças podem caracterizar-se em:

A. Quanto á origem ela pode ser: Externa- quando provêm das relações com o exterior,
do contacto com outras sociedades e Internas- quando provêm da própria sociedade;
B. Quanto á direcção ou sentido, ela pode ser: Mudança Progressiva- quando uma
situação melhora e Mudança Regressiva- quando uma situação piora;
C. Quanto ao ritmo pode ser: Gradual, Por saltos ou alternada, Mudança Evolutiva-
resultante do normal funcionamento da sociedade e Mudança Dirigida ou Imposta-
quando a direcção da evolução é planeada num determinado sentido.
Pode-se explicitar também a mudança através da revolução isto é, o processo de
mudança que se opera de uma forma brusca e afecta profundamente as estruturas do
sistema social (ex. catástrofe natural ou uma explosão social não planeada), ou quando as
mudanças sejam de tal forma radicais que alteram toda a sociedade (ex. Revolução
Industrial e a Revolução Tecnológica)

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2.2 FACTORES E CONDIÇÕES DE MUDANÇA

Toda transformação ou alteração social é geralmente resultante da convergência


de multiplicidades de factores. Para que esses actuem perante a sociedade sujeitam-se a
certas condições sociais, econômicas, culturais, politicas etc…

Para melhor compreensão comecemos por definir os conceitos chaves.


Consideram-se factores de mudança todos os fenómenos que actuam como fortes
determinantes da mesma ou seja o conjunto das causas que perrmitem o desencadear do
processo de mudança. Podemos agrupa-los em:

A. Factores demográficos: migrações, variações nas taxas de nascimento;


B. Factores geográficos: cataclismos, secas, inundações, pragas;
C. Factores políticos e sociais: as lutas das classes ou conflitos politicos, a acção das
elites ou aparecimento de movimentos sociais portadores de valores e modelos
culturais.
D. Factores culturais: a evolução das ideas, a criação de subculturas e contraculturas, a
adopção de valores exteriores ou mudança de ideologias.
Por outro lado, aos aspectos facilitadores para uma transformação ou alteração social
chamamos de condições de mudança e elas podem carcteriazar-se em:

A. Os Fenómenos endógenos (capazes de originarem uma dinâmica no próprio sistema)


verdadeiro motor da mesma e de que são exemplos a pressão social (motivadas pelas
novas necessidades) e situações conflituais.
B. Os fenómenos exógenos que criam condições favoráveis a mudança de que são
exemplos novas ideias ou inventos tecnológicos.
C. Decorbertas tecnológicas e cybernéticas; Difusão de informações e de educação.

2.3 O PAPEL DAS ELITES, DOS MOVIMENTOS SOCIAIS E DOS GRUPOS


DE PRESSÃO.

Desde o primeiro tema do nosso curso, podemos ver que as sociedades são
dinâmicas e não estáticas e que por isso estão sujeitas à ações históricas. Todavia, é
importante saber que esta história é feita por homens e mulheres que não obstante as
dificuldades contribuem com suas acções e decisões para a orientação inovadora das
colectividades, o que chamamos de elites. Estas são compostas por indivíduos ou grupos
que ocupam posições de autoridade, influência ou poder, influenciando as sociedades

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quer pelas decisões tomadas, quer pela carga simbólica que lhe é atribuída, quer pelas
ideias defendidas.

Podemos destinguir diferentes elites:

Elites de Poder- dominam as sociedades e determinam as oportunidades de


mudança social. São elites a favor da mudança Como é o caso das elites estudantis, elites
intelectuais, elite operária.

Elites de autoridade/ pressão- são elites que estão contra a mudança como é o caso
das: elites tradicionais, elites tecnocráticas, elites de propriedade, elites carismáticas,
elites simbólicas.

2.3.1 OS MOVIMENTOS SOCIAIS

Um movimento social é uma organização relativamente estruturada, condicionada


pelas funções que pretende desempenhar. São compostos por um número vasto de pessoas
com vista á promoção social e defesa de certos interesses e objectivos definidos. A razão
pela qual os governantes lhe dão importância é pelo o numero de pessoas que mobilizam
e pela força reivindicativa que apresentam.

Os movimentos sociais fazem-se acompanhar de algumas funções e principios


abaixo referidos.

PRINCÍPIOS:

A. Identidade: cada membro deve identificar-se com o movimento sabendo e fazendo


parte das aspirações, dos sonhos e das glórias do mesmo.

B. Oposição: quem não sabe o que procura não entende o que encontra, sendo assim cada
membro saberá que é adversário de um outro movimento e que existe a lei da
competitividade.
C. Totalidade: um por todos e todos por um, porque todos partilham dos mesmos sonhos,
aspirações e glórias á alegria de um será a de todos e vice versa.

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FUNÇÕES:

A. Mediação- São intermediários dos interesses que visam defender, divulgando o


assunto e tentando ter maior impacto perante o “público”.
B. De clarificação de consciências colectiva- Contribuem para um esclarecimento da
sociedade e despertando consciência para a importância da defesa de certas causas.
C. Pressão- Através de diversos meios: campanhas de propaganda sobre à opinião
publica etc.

2.3.2 OS GRUPOS DE PRESSÃO

Têm o objectivo de influenciar as autoridades governamentais. A sua eficácia


depende do número dos seus membros, da sua capacidade financeira e da sua organização.
Os grupos de pressão utilizam os loobies sobre as elites de poder para influenciarem as
autoridades governamentais.

Os grupos de pressão utilizam como meio/instrumentos: ameaças, petições,


boicotes, sabotagens e da sua organização social.

Exemplo de grupos de pressão: Ordem dos médicos, Associação de Patronatos.

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Mundialização/Globalização Gera: Geográficos


M. externa Demográficos Poder
Origem Políticos e sociais Elites
M. interna Culturais Influência
Endógenos
Factores Exógenos
Ocasionais Ordens
Evolução sentido ou direção M. progressiva Voluntaristas Grupos de pressão
Progresso M. Regressiva Globais Patronatos
Mudança Especificos Autores Mediação
Funções clarificação
M. Gradual Descobertas tecnológicas Movimentos S. Pressão
M. Alterada ou por saltos Invenções a todos os níveis Identidade
Ritmo M. Dirigida ou Imposta Difusão de informações e educação Principios Opsição
M. Evolutiva Condições Necessidades Totalidade
Custos suportaveis Políticos
Valores Religiosos/Tradicionais
Conhecimentos Líderes Econômicos
Sociais

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3. CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO1

O conceito “Desenvolvimento”, apresenta aspectos qualitativos em alterações da


natureza quantitativa. O desenvolvimento para além de ter aspectos económicos também
tem aspectos extra-económicos como:

A. Planeamento territorial
B. Desenvolvimento dos diferentes ramos de produção
C. Redução de desigualdades
D. Melhoria da qualidade de vida
E. Satisfação das necessidades básicas de toda a população
F. Garantia das liberdades e respeito pelos direitos humanos
G. Respeito pelo ambiente e gerações futuras

Já o conceito “Crescimento”, é um fenómeno de natureza quantitativa, que define a


evolução da actividade económica. Ele tem em conta:

A. Tradução da expansão da produção (quantidade de bens e serviços produzidos numa


determinada sociedade e posta á disposição das pessoas)
B. Inclusão do progresso técnico
C. Modificação das estruturas económicas
D. Implica: o aumento do investimento, do desenvolvimento do comércio, aumento do
consume
E. Não se preocupa: com a redução das desigualdades nem com a preservação do
ambiente

Com isto podemos concluir que não há desenvolvimento sem crescimento. Mas
pode haver crescimento e não conduzir ao desenvolvimento.

1
Os conceitos de crescimento e desenvolvimento só entraram no vocabulário económico e político
a partir da II Guerra Mundial. Com a independência das colónias começou-se a confrontar o nível de vida
dos novos países de África e da Ásia com os países da Europa e América do Norte. O que estava em causa
até então era o crescimento “do Produto Interno Bruto”, pois acreditava-se que este conduziria ao
sociedades ao desenvolvimento.

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3.1 O CARÁCTER DINÂMICO DO DESENVOLVIMENTO

O conceito desenvolvimento evoluiu da seguinte maneira:

A. DÉCADAS DE 50-60 “TRIUNFO DO PIB”: Após as descolonizações, o principal


objectivo era o acúmulo de capitais através da industrialização. Acreditava-se num
crescimento económico “as políticas orientam-se para um crescimento elevado do
PIB per capita”, gerando desigualdades em toda a sociedade. Quanto mais depressa o
PIB crescesse mais depressa se atingiria o desenvolvimento. Através destes
resultados, chegou-se á conclusão de que não é o ritmo de crescimento que provoca
efeitos positivos sobre a diminuição das desigualdades, mas, o modelo em que o
crescimento assenta. Quando o crescimento ocorre de uma forma desarticulada entre
os diversos sectores, favorece o agravamento ou a manutenção das desigualdades.

B. DÉCADA DE 70: São geradas novas teorias centradas na articulação entre o


económico e o social. Essas novas teorias, baseavam-se nas necessidades básicas da
população através da adopção de tecnologias que favoreciam o emprego e a políticas
de redistribuição do rendimento. Foi nesta altura que surge a distinção dos conceitos
entre crescimento e desenvolvimento.

C. DÉCADA DE 80 “DÉCADA PERDIDA”: O que se pensaria ser uma “década de


desenvolvimento” foi uma “década perdida” A globalização veio acentuar a
interdependência dos problemas:
 Maior confronto entre os países “pobres e excluídos” com os países ricos;
 Maiores desigualdades dentro do próprio país “aparecimento de bolsas de pobreza
nos países ricos”;
 Quem sofre mais com a pobreza são as mulheres, as crianças e os idosos.

D. DÉCADA DE 90: Aparecem novas terminologias como “desenvolvimento


humano/qualidade de vida”. A partir desta década o desenvolvimento humano passa
a ser considerado como uma questão prioritária, envolvendo cada vez mais a
preocupação pela qualidade de vida.

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3.2 ASPECTOS RELEVANTES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO E DO


DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL.

Tal como o conceito de desenvolvimento a noção de qualidade de vida


evoluiu. Inicialmente ligada ao aspectos materiais, hoje, também abrange áreas como a
defesa do ambiente, saúde, cultura, segurança, Liberdade etc. daí a necessidade de novos
conceitos de desenvolvimento como:

A. DESENVOLVIMENTO HUMANO: Para medir o desenvolvimento humano foi


criado o IDH (Indicador de Desenvolvimento Humano) – é um indicador que pretende
medir as realizações médias do desenvolvimento humano. Baseia-se em três
elementos essenciais da vida humana.
 A longevidade, é medida pelo o n.º médio de anos de esperança média de vida;
 O saber, é medido por um índice em que intervêm a taxa de alfabetização dos adultos
e o nível de instrução “n.º médio de anos de instrução”;
 O nível de vida, é medido pelo o poder de compra calculado a partir da ponderação
do PIB real por habitante e pelo o custo de vida.

O IDH pode variar entre 0 e 1 originando uma classificação de três tipos: Elevado
(= ou superior a 0.8); Médio (0.5 a 0.8) e Baixo (até 0.5)

B. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: O desenvolvimento sustentável


permite dar resposta ás necessidades da geração presente sem comprometer a
possibilidade de desenvolvimento das gerações futuras. Contém em si dois conceitos
básicos:
 O conceito das “necessidades” , em especial as necessidades essenciais dos débeis
económicos do mundo, a que se deve dar atenção prioritária;
 O conceito dos limites impostos pelo presente nível das tecnologias e da organização
social á capacidade de dar resposta á satisfação das necessidade de hoje e de amanhã.

Os problemas do Norte e do Sul estão intimamente relacionados aos problemas


ambientais, da poluição, da delapidação dos recursos pelos países do Sul através de
migrações e pelos países do Norte através da miséria.

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3.3 O PROBLEMA DA MEDIÇÃO DO DESENVOLVIMENTO

A medida do desempenho de qualquer sociedade é feita através de indicadores. Estes


servem como instrumentos indispensáveis ao estudo do crescimento e do
desenvolvimento.

TIPOS DE INDICADORES:

A. ECONÓMICOS: PIB (Produto Interno Bruto) e PNB (Produto Nacional Bruto);


B. DEMOGRÁFICOS: taxa de natalidade, taxa de mortalidade infantil etc;
C. SOCIAIS E CULTURAIS: taxa de analfabetismo, percentagem de população com
água potável;
D. COMPOSTOS: que resultam de cálculos a partir de outros indicadores como o IDH
que resulta da “esperança média de vida e da taxa da alfabetização”, Nele
encontramos:
 IDH- Indicador de Desenvolvimento Humano
 IDG- Índice de Desenvolvimento Ajustado ao Género: ajusta a realização média em
cada país em esperança média de vida, nível educacional e rendimento, de acordo com
as disparidades entre as mulheres e os homens, tendo em consideração as
desigualdades em função do sexo.
 MPG- Medição de Participação Ajustada ao Género- tenta medir a aquisição relativa
de poder das mulheres e homens nas esferas da actividade política e económica.
Permitindo avaliar se as mulheres têm ou ñ condições para participar activamente na
vida política e económica do país.
 IPH- Índice de Pobreza Humana- construiu-se o IPH1 para medir a pobreza humana
nos países em desenvolvimento onde eram utilizadas as seguintes variáveis:
Percentagem das pessoas que se espera morrer antes dos 40 anos; Percentagem de
adultos analfabetos; Percentagem de pessoas sem acesso aos serviços de saúde e a
água potável; Percentagem de crianças menores de cinco anos com insuficiência de
peso.

Mais tarde construiu-se o IPH2 para medir a pobreza nos países industrializados onde
eram utilizados as seguintes variáveis: Percentagem de pessoas que provavelmente
morrem antes dos 60 anos; Percentagem de pessoas deficiente capacidade de leitura e
escrita; Proporção de pessoas cm rendimentos inferiores a 50% da media e a Proporção
dos desempregados de longa duração.

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Deve-se utilizar a pequena ou a grande escala dependente do tipo de análise que se


quer fazer. Deve-se utilizar a grande escala quando a análise é a uma área reduzida (local
ou regional) uma micro-análise, análise de precisão, de pequena quantidade mas de muita
qualidade. Deve-se utilizar a pequena escala quando a análise é feita a vastas áreas
(nacional ou mundial) uma macroanálise, análise generalizada, de grande quantidade e
pequena qualidade.

Para analisar a situação Angola são utilizadas as seguintes escalas: a nivel regional; a
nivel da U.A e a nivel do país.

3.4 DESENVOLVIMENTO REGIONAL E LOCAL

As teorias do desenvolvimento regional não se limitam a uma aplicação


regionalizada das teorias do desenvolvimento. Uma economia nacional só é forte se não
existirem desequilíbrios no desenvolvimento das regiões, o que será melhor alcançado
através da regionalização2. Assim, a questão do desenvolvimento regional e os modelos
que o estruturam têm-se fundado sinteticamente em duas visões, de certa forma opostas,
de desenvolvimento:

A. A VISÃO “FUNCIONALISTA”: onde dominam os conceitos de crescimento


polarizado e os modelos do tipo “centro-periferia”. O desenvolvimento regional/local
está hierarquicamente dependente das grandes metas macro-económicas e do
crescimento económico global. Parte do desenvolvimento do centro, a partir dos
principais pólos (grandes cidades).

B. A VISÃO TERRITORIALISTA: prevê o desenvolvimento das regiões baseadas


nas suas capacidades, partindo da base, envolvendo agentes económicos locais.

Leader é um instrumento de desenvolvimento porque procura pôr em vigor as


soluções inovadoras a fazer funcionar o desenvolvimento local. Principalmente zonas
rurais frágeis e zonas rurais de regiões com atraso de desenvolvimento, dispõe de verbas
para o apoio de projectos concretos apresentados. OBS: as defesas começarão na próxima
semana…

2
O desenvolvimento do país seria uma consequência do desenvolvimento regional.
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4. UM MUNDO BIPOLAR LEGADO PELA IIª GUERRA MUNDIAL

A 2ª Guerra Mundial terminou oficialmente no dia 8 de Maio de 1945. Desta grande


guerra saíram vencedores o E.U.A e URSS e os “vencidos” Reino Unido e a França o
que em relação a estes significa que embora fazendo parte do bloco vencedor, ficaram
arrasados a todos os níveis3. O equilíbrio geopolítico e geostratégico organizado pelos
EUA e URSS constituiu um dado essencial na regulamentação do Sistema-Mundo, que
deu origem a divisão “ideológica” do Mundo em duas partes, ou em dois blocos que
polarizaram á sua volta os outros países:

A. Por um lado o Bloco Ocidental que defendia o capitalismo liderado pelos EUA
B. Por outro lado o Bloco Oriental ou de Países de Leste que defendiam o socialismo-
liderado pela URSS

Assim os EUA e a URSS aparecem então como as grandes potências em torno dos
quais o Mundo irá girar dando origem a um governo bipolar. Duas conferências são de
importância extrema para a compreenção do nosso tema.

A. Conferência de Ialta: realizada em Janeiro de 1945 pelas quatro superpotências- em


que concordaram que a Alemanha ficaria dividida em quatro zonas administradas
pelos EUA, URSS, Inglaterra e França. Procedeu-se também a substituição da Europa
pelas duas superpotências- EUA e URSS- no “governo” do Mundo.
B. Conferência de Potsdam: realizada em Agosto de 1945 em que foram ratificados os
acordos estabelecidos em Ialta e definidos com maior precisão alguns acordos de
fronteira, sobretudo a fronteira Ocidental Polaca.

Cada grande super potência têm influências, autoridade sobre a área do seu interesse
e os outros países reconhecem isso. Assim a URSS tem influência sobre os países da
Europa de Leste, Cuba, e algumas ex- colónias em África e na Ásia. Os EUA tem
influência sobre a Europa Ocidental, sobre toda a América (excepto Cuba), sobre o Japão,
Austrália, Israel e também sobre ex-colónias nos outros continentes. Os países europeus
que faziam parte do bloco de Leste, liderado pela URSS são: Albânia, Alemanha (RDA),

3
O final da 2ª Guerra Mundial deixou o Mundo numa situação incerta, os povos europeus ficaram
economicamente destruídos e fragilizados. Países como a Inglaterra, a França e a União Soviética, estavam
preparados para desempenhar no pós-guerra um papel-chave na reconstrução de uma nova ordem
internacional. Mas nenhum deles tinha a dimensão política para reordenar o mundo como tinham os EUA.
Para alem do seu poder político os EUA surgiram como centro organizador dos negócios mundiais.

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Bielorússia, Bósnia Herzegovina, Bulgária, Croácia, Eslováquia, Eslovénia, Estónia,


Hungria, Letónia, Moldávia, Polónia, Rep. Checa, Roménia, Rússia, Ucrânia, Jugoslávia.

4.1 A RADICALIZAÇÃO IDEOLÓGICA E A GUERRA FRIA

A Guerra Fria “conflito ideológico entre duas superpotências” pode traduzir-se por
palavras hostis, espionagem, veto, tensão psicológica, medo etc. sempre na eminência de
um conflito armado que não pode dar-se. A existência de ambos os lados de armas de
destruição maciça gerou o chamado “Equilíbrio do terror” dado o terrível potencial bélico
“armas” de qualquer dos blocos eles sabiam que nenhum deles poderia ganhar uma guerra
dessas, pois não haveria sobre governar, aliás, todos teriam perdido, o mundo deixaria de
existir.

Dentro de toda esta tensão nasce a famosa “Doutrina de Truman” que tratava de
princípios de política externa dos EUA, pois receavam que o caos social, político e
económico de pós-guerra fizesse peder os países europeus para o lado comunista. O que
gerou o Plano Marshall cujo os objectivos são simultaneamente politicos “evitar que a
URSS influencie no Ocidente” e económico “reorganizar a Europa criando um mercado
para os produtos Americanos” e que tenham em termos de aplicações: resolução dos
problemas alimentares em primeiro lugar; reconstrução de casa e edifícios; recuperação
e modernização das industrias e o estado Providência4 que se inicia na Inglaterra e acaba
por se expandir ao resto da Europa.

A desconfiança reciproca que se instalou entre as duas superpotências levou a que se


agudizasse o clima da “guerra fria” que apresentou-se em duas fases:

A. A mais aguda foi a radicalização ideológica e escalada de armamento, já que em


resposta á bomba atómica da América surge em 1949 a bomba atómica na URSS
seguida da bomba de hidrogénio que a curto prazo a URSS também domina.

Há nesta fase duas importantes crises entre as duas superpotências (URSS, EUA):

 Crise de Berlim: a URSS bloqueou o acesso a Berlim (Ocidental), em resposta os


americanos fizeram uma “ponte aérea” de abastecimento para a cidade.

4
Consistia no apoio do Estado ao nível social (educação, saúde gratuitas, e subsídios com abono
de família, subsidio de desemprego, etc.)
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 Guerra de Coreia: a Coreia após a expulsão dos japoneses ficou dividida: a Coreia do
Norte acima do paralelo 38 e a Coreia de Sul abaixo do paralelo 38. As forças do
Norte dominadas pelos comunistas decidem atacar o Sul, reagindo a esta situação os
EUA conseguiram a condenação de intervenção norte-coreana e o envio de uma força
da ONU que repôs de novo as duas fronteiras da Coreia, no paralelo 38.

B. A segunda fase que pretende ser de coexistência pacifica “conjunto de medidas


para eliminar elementos de confronto, com o fim de parar a corrida aos
armamentos e fazer um desarmamento progressivo, terminando com a “guerra
fria”, que se inicia com duas situações favoráveis, cada uma com inicio em nos
dois pólos opostos: na URSS- o Congresso de PCUS em 1956- depois da morte
de Estaline e nos EUA- a condenação pelo Senado do MacCartismo- (campanha
de perseguição aos comunistas americanos) o que ajudou á criação de um clima
mais favorável nas relações entre as duas superpotências.

O fim da Guerra teve como ponto de partida as negociações de Salt (1968) e em 1975
a conferência de Helsínquia da qual citamos três princípios: Principio da não ingerência,
Principio do não recuso á força, Principio da inviabilidade de fronteiras.

4.2 A CONTITUIÇÃO DE ORGANIZAÇÕES POLÍTICO-MILITARES

A OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e o Pacto de Varsóvia


(Tratado de Assistência Mútua da Europa Ocidental- constituem duas organizações
politico-militares que têm como objectivo manter a paz e a segurança dentro da área
geográfica em que se inserem. E é através destes que as duas superpotências se vigiam e
controlam mutuamente.

OTAN- composto por representantes dos Estados-membros e cujas decisões têm de


ser tomadas por unanimidade, foi assinado pelos EUA. O pacto de Varsóvia pretendia
decalcar o sistema político em que assentava a OTAN, definindo a colaboração militar
entre os vários países que o integravam5. Esta dualidade foi completada e reforçada a
nível mundial com a celebração de outras alianças, impondo os EUA e a URSS no sistema
mundo.

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O pacto de Varsóvia é extinto com a dissolução da URSS.
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Face expansão da URSS no continente asiático é assinado:

A. Pacto de Segurança do Pacifico- (ANZUS)- 1951- entre os EUA, Austrália e a Nova


Zelândia.
B. Organização do Tratado do Sudoeste Asiático (SEATO)- 1954- EUA, Austrália e a
Nova Zelândia, França, Inglaterra e Paquistão.

Vários outros países celebraram acordos bilaterais de cooperação militar com os


EUA- 1948- Organização dos Estados Americanos, porém, a URSS celebrou também
diversos acordos bilaterais de cooperação e defesa militar com os países que
assegurassem a sua posição. Os blocos não podiam afrontar-se mas “combatiam” por de
trás, os blocos apoiavam as guerras existentes- através de diversos conflitos como a
Guerra do Congo, Guerra de Cuba, etc.

Alguns conflitos regionais tinham como principal causa a


colonização/descolonização. Por vezes agravada por conflitos étnicos e religiosos, a
definição das fronteiras dos novos estados, muitas vezes arbitrários, a existência de
múltiplas etnias com raízes culturais profundas, por vezes ligados a factores religiosos,
constituíam obstáculo a uma paz efectiva e duradoura.

O fim da “guerra fria”, longe contribuiu para a pacificação, levou ao aparecimento de


novos focos de tensão.

4.3 O PAPEL DA ONU NA PROCURA DO DESANUVIAMENTO E NA


CONSOLIDAÇÃO DOS FRÁGEIS EQUILÍBRIOS EMERGENTES DO PÓS-
GUERRA

A ONU “Organização das Nações Unidas- 1945” é um produto da IIª guerra mundial
crianda com o objectivo principal de manter a paz e evitar uma 3ª guerra mundial.

A carta da Nações Unidas- proclamavam a determinação unânime dos signatários


em:

A. Salvaguardar as gerações vindouras do flagelo da Guerra


B. Reafirmar a fé nos direitos humanos fundamentais
C. Criar condições para a manutenção da justiça e o respeito pela lei internacional
D. Promover o progresso social

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As grandes potências (EUA, URSS, França, Reino Unido, China) tinham um papel
importante de supremacia.

Principais órgãos:

A. Assembleia Geral- (composta por representantes de todos os países, dispondo cada


um de um voto, independentemente do seu tamanho ou importância)
B. Concelho de Segurança- (composta por 15 membros, cabe a responsabilidade
principal de manutenção da paz e a segurança internacional, posição de privilégio por
parte das 5 potências vencedoras da guerra).
 Concelho económico e social
 Concelho de Tutela
 Secretariado
 Tribunal Internacional de Justiça

O Conselho emite recomendações no sentido da resolução pacifica dos conflitos entre


os Estados e toma decisões em caso de ameaças ou actos de agressão, podem envolver o
recurso ás forças armadas. As suas deliberações são tomadas por maioria qualificada,
sendo necessários os votos favoráveis dos 5 membros permanentes.

Direito de Veto- impede as decisões importantes fossem tomadas quando os cinco


grandes não tivessem de acordo. Era muitas vezes usada como uma arma, para a ONU se
ver bloqueada.

“Capacetes Azuis”- designação dada as tropas da ONU que os Estados enviam para
integrar os contigentes da ONU, a sua função é dissuadora e defensiva.

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5. O PROCESSO DE INTEGRAÇÃO E O RESSURGIMENTO DA EUROPA


COMO POTÊNCIA MUNDIAL

O Plano Marshall “ajuda Americana na reconstrução europeia após a II Guerra


Mundial- ajuda aplicada em diferentes necessidades: apoiando as suas populações e a
restaurar as suas economias” deu origem a OECE- Organização Europeia de Cooperação
Económica “1956” que procurou definir políticas para acelerar a reconstrução e
liberalizar o comércio e os pagamentos internacionais, para alem de promover a
cooperação económica entre os membros como: Bélgica, Áustria, França, Dinamarca,
Alemanha Federal, Islândia, Portugal, Turquia, Suécia, Luxemburgo, Irlanda, Reino
Unido, Holanda, Suíça, Itália, Noruega, Grécia e a Espanha. Mais tarde, passou-se a
designar OCDE- Organização de Cooperação e desenvolvimento económico composto
pelos 18 países que já constituíam a OECE, mais 5 países não europeus: E.UA., Canadá,
Austrália, Nova Zelândia, Japão com os seguintes objectivos:

A. Articulação das políticas económicas e sociais


B. Apoio á expansão económica dos países membros
C. Promoção ao desenvolvimento da economia mundial

Toda esta organização dos países europeus para administrar a ajuda americana origina
a Consciência Europeia. Impunha-se que na Europa se criasse um espaço económico
alargado onde existisse liberdade de tráfego de mercadorias assim:

A. em 1948 deu-se a Criação da Benelux (Bélgica, Holanda, Luxemburgo) união


Aduaneira de livre circulação de mercadorias nos países membros, com uma pauta
aduaneira comum.
B. 1951- CECA- Comunidade Europeia de Carvão e Aço “mercado comum” restrito ao
carvão e aço. A livre circulação destes produtos indispensáveis por constituírem a
base da industrialização e desenvolvimento económico.
C. 1957- Tratado de Roma: criação da CEE (Comunidade Económica Europeia)-
“Europa dos 6”- Benelux, Alemanha, França, Itália com o objectivo de integrar
globalmente as economias dos países membros Mercado Comum Europeu criado pela
CEE para fazer frente ao dois blocos: E.U.A e URSS: livre circulação de mercadorias,
sem restrições aos movimentos produtivos, trabalho, empresas e capitais.

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D. Criação da EUROTOM (Comunidade Europeia da Energia Atómica)Objectivo:


fomentar a cooperação na utilização pacifica da energia nuclear e no seu
desenvolvimento.
E. 1960- EFTA- Associação Europeia de Comércio Livre- constituído na Convenção de
Estocolmo pelos 7 países: Grã-Bretanha, Dinamarca, Áustria, Portugal, Suécia,
Noruega, Suíça

Perante a criação da CEE houve a necessidade por parte dos 7 países de constituírem
a EFTA- Zona de Comercio Livre- acordo em que os países membros aceitavam abolir
entre si as taxas aduaneiras e restrições quantitativas ao comércio de mercadorias. No
entanto, cada país é livre de manter as suas pautas próprias e as restrições que entender
em relação a terceiros. A CEE vai alterando a sua sigla para CE, UE, UM trazendo
alterações:

 A nível Económico: Modernização das empresas- devido a aceleração das trocas por
um lado nos paises-membros, por outro com o resto do Mundo; Terceirização das
economias; Maior potência comercial do Mundo.
 A nível Político, Social, e Cultural: direitos e liberdades fundamentais; educação,
cultural e ambiente; solidariedade social; crescimento da classe média, adopção dos
valores da sociedade de consume; projecção em termos políticos Internacionais-
nomeadamente com países que foram ex-colónias ACP (África, Caraíbas, Pacífico)
através dos Acordos de Lomé (I, II, III e IV) constituindo a maior ajuda ao 3º Mundo...

Os países da Europa do Leste constituíram o COMENCOM, uma espécie de mercado


comum (livre circulação de mercadorias, pessoas e capitais) que abrangia também Cuba
e a Mongólia. Assim , o “velho continente” europeu, na sua luta pelo o desenvolvimento
económico nas décadas que se seguiram a IIª Guerra Mundial acabou por ficar dividido
por diversas organizações que entre si foram estabelecendo laços económicos e políticos
de cooperação, mas também muitas vezes de confronto.

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12ª Classe C.E.J

República de Angola
Ministério da Educação
Complexo escolar privado Saber
Ensino Primário, Iº e IIº Ciclos do Ensino Secundário

QUESTIONÁRIO DE D.E.S Duração: 90 min


12ª Classe C.E.J Período de Quarentena
ANO LECTIVO 2020
ANUAL

O.B.S: Este questionário acompanhado das suas respostas no caderno deve ser entregue
ao professor no final do IIº trimestre.

Lê atentamente e responde as questões que se seguem:

1. A existência humana está repartida em muitas esferas ou formas de actividade. Cada


sociedade precisa de um número indefinido de instituições por onde se distribuem os
indivíduos, os grupos, os saberes e as técnicas.
a. Que definição e diferenciação podemos dar aos conceitos mundialização e
globalização?
b. Cite e desenvolva os principais autores da mundialização,
c. Cite e desenvolva as consequências da mundialização.
2. Sobre a mudança:
a. Apresente o esquema de compreensão da mudança.
b. Distinga mudança social de evolução social.
c. Cite e desenvolva 8 dos mais importantes factores de mudança nas sociedades actuais.
3. Sobre os movimentos:
a. Defina elite segundo Guy Rocher.
b. Procure situações exemplificativas do papel das elites na promoção do processo do
desenvolvimento das sociedades.
c. Diferencie elites, movimentos sociais e grupos de pressão.
d. Identifique as elites, os movimentos e os grupos de pressão em Angola.
e. Mostre a sua importância para o desenvolvimento de uma sociedade.

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12ª Classe C.E.J

4. «Não existe um tempo único, uniforme em todo o processo de mudança. Assim


poderemos dizer que existe um tempo de mudança tecnológica, um tempo biológico
e um tempo psicológico» “Luisa Rosa, Sociologia de Empresa”
a. Confabule em não menos de uma página esta afirmação.
5. Apresente em forma de esquema o resumo da matéria do primeiro trimestre.
6. Identifique situações disfuncionais do desenvolvimento a nível mundial resultantes
da globalização.
7. Identifique os países que possam ser acusados de “mau desenvolvimento”.
8. Elabore o seu próprio IDH, tendo em consideraçãoo seu leque de escolhas.
Confronte-os com os dos teus colegas.
9. Justifique a importância das infra-estruturas para a competitividade das empresas.
10. Comente a seguinte afirmação: “A dimensão local dos problemas assume-se hoje
tão significativa como na dimensão global”.
11. Faça o resumo dos trabalhos apresentados em aula:

A. O papel da colonização e a expansão do poderio europeu


B. A industrialização e o desenvolvimento tecnológico
C. A ascensão dos estados unidos
D. A afirmação da urss
E. A estagnação do desenvolvimento europeu e as guerras imperialistas “o que diziam
os jornais.
12. O que caracteriza no essencial, o mundo bipolar saído da IIª guerra mundial.
13. Distinga a doutrina do universalismo da doutrina das esferas de influências.
14. Em que medida é que a Europa foi o “grande vencido” no mundo pós-guerra?
15. Explicite o conceito de superpotências aplicáveis a URSS e aos EUA.
16. Como é possível integrar o plano Marshal no espírito da guerra fria?
17. Em que é que se traduzia a doutrina da coexistência pacífica.
18. Qual é a importância da conferência de Helsínquia?
19. No plano geostratégico, a OTAN apresenta vantagens sobre o pacto de Varsóvia.
Refira essas vantagens.
20. “A guerra fria foi assim transferida da Europa para outros continentes”. Comente.
21. Explique de que modo a descolonização é responsável por diversos conflitos
regionais.
22. A ONU foi um produto da segunda guerra mundial. Comente
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23. Quais os factores que levaram a criação de uma “consciência europeia” após a IIª
guerra mundial.
24. Relacionea criação da CEE com a política dos blocos.
25. Explique como o processo de integração da Europa contribuiu para a reafirmação da
mesma como centro de poder.
26. Que razões terão levado o EUA a ajudar na reconstrução da Europa?
27. Indique duas causas que estiveram na origem da criação da CEE.
28. Especifique os motivos que levaram a abertura da CEE para os países do terceiro
mundo.

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