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FAMES – FACULDADE DE MÚSICA DO ESPÍRITO SANTO

GUILHERME OLIVEIRA

RESUMO CRÍTICO SOBRE O FILME “FAHRENHEINT 451”

Trabalho apresentado à disciplina Língua portuguesa


do Curso de Licenciatura em Música, da FAMES – Faculdade
de Música do Espírito Santo, sob a orientação do professor Dr.
Emerson Campos.

VITÓRIA
OUTUBRO DE 2022
O filme trás uma problemática já muito conhecida no mundo. Em meu ver, não
se trata de livros, ou de queimar coisas, ou de censura, todas essas coisas são
personagens coadjuvantes no teatro da ignorância.
A palavra “ignorância” tem por significado: “estado de quem não está a par da
existência ou ocorrência de algo”. Na maioria das ocasiões do nosso dia a dia em que
vemos essa palavra sendo aplicada, ela carrega um sentido pejorativo, com uma
conotação ofensiva, aonde o disparador de tal termo procura atingir o ego de quem o
está recebendo.
Acontece que a ignorância é um estado e por assim ser não pode ser taxado
como uma ofensa mas sim como uma condição, seja essa condição induzida ou aceita
por livre e espontânea vontade.
Livros quebram a ignorância, livros trazem conhecimento, discernimento, e
durante o decorrer do filme, é apresentado um cenário aonde os livros são destruídos
a fim de tirar a pessoa do estado de transe ilusório no qual ela se coloca, lendo
histórias de vidas perfeitas e sem problemas. Acontece que sabe-se bem que não é
realmente essa a intenção. Concordamos que sendo ignorante em um assunto não
há a capacidade de discutir ou intervir em uma pauta, e concordamos que à época do
filme, livros eram fonte primária de conhecimento e críticas as mais diversas situações
da sociedade. Queimar livros era só mais uma forma de tornar a ignorância uma
ferramenta de calar a voz do povo e torna-lo conivente e condizente aquilo que poderia
estar ocorrendo na nação.
A ignorância ali não era opcional, era forçada, e de tanto ser forçada se tornou
natural e desejada.

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