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Julio Cesar Walz

Escuta não oracular:


um aporte a partir de Wilfred Bion
Non-oracular listening:
a contribution from Wilfred Bion
Julio Cesar Walz

Resumo
O objetivo do artigo é chamar a atenção para o conflito emocional entre a reversibilidade e a
irreversibilidade do tempo e como a luta dessas emoções dentro de nós pode dificultar uma
escuta e um encontro clínico ou terapêutico. Para tanto, usarei a ideia de ‘hipótese definitória
da grade’, de Wilfred Bion, como elemento inicial para essa reflexão.

Palavras-chave: Wilfred Bion, Grade, Hipótese Definitória, Escuta Analítica, Distúrbio Ora-
cular.

Iniciando a conversa… samentos/interpretações/reações para


Vamos supor uma fala: preencher a angústia pelo desamparo
sentido e vivido. Por exemplo: “Tem que
Doutor, eu não consigo namorar ou arrumar prender um homem deste”. “Coitada dessa
um namorado. Não consigo transar. E pior, criança”. “A pessoa (que sofreu o abuso)
não consigo ter prazer no relacionamento tem razão, mas está com o afeto separa-
sexual. Eu sou uma pessoa infeliz. E depois do do conteúdo”. Ou ainda, “ela não está
de muito pensar, acho que sei por quê. É que, enxergando ou está escondendo seu dese-
quando eu era criança, meu pai abusou sexu- jo, e isso faz com que se sinta culpada”. E
almente de mim. por aí seguimos pensando em conteúdos
mais inconscientes ou mais regressivos ou
Temos nessa fala a construção mental de um primitivos da atividade mental de quem
destino e o esclarecimento de uma origem, apresenta essa história sem saída. Mas
ambos bem conectados e estabelecidos na certamente continuaremos ansiosos, nós,
linha do tempo. E todas as consequências vi- os ouvintes/testemunhas dessa constru-
vidas e atuais são justificadas e plenamente ção narrativa, cujo conteúdo é absoluta-
atreladas a uma causa ou origem. Falas des- mente certeiro e convincente.
sa natureza são muito mobilizadoras num A segunda fala, menos percebida, ocor-
duplo sentido, tanto para quem fala quanto re pelo tipo de narrativa que nos é ofereci-
para quem escuta. da. Nesse formato, ocorre uma junção entre
A primeira fala, e normalmente a mais passado, presente e futuro num formato ou
perceptível, se refere à angústia pela rea- circuito sem saída. Quer dizer, somos infor-
lidade descrita, no caso, o drama terrível mados, através de um anúncio, o destino e a
que uma criança enfrentou nas mãos de sua permanente confirmação. Ou seja, esta-
um adulto abusador. Quem ouve histó- mos diante de uma “hipótese definitória” ou
rias assim logo produz uma série de pen- “oráculo” que utiliza, aqui, os fatos da vida
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real para dar sentido e sustentação à sua ma- denominou de filicídio, ou tentativa de, e as
neira de viver e sentir a vida. consequências de um parricídio.
Shakespeare, conforme Guedes e Walz Mas a questão intrigante é a seguinte:
(2013), revela o mesmo tipo de anúncio Por que o oráculo tem força de convenci-
e a mesma busca de confirmação na figu- mento?
ra do rei Ricardo III. Este foi um homem Quer dizer que, na prática, como Laio,
que viveu para tentar demonstrar e insistir, um pai, pôde acreditar que seu filho (um
por vários e intrincados caminhos, que lhe bebê) iria realmente matá-lo no futuro? Ou
era impossível amar ou ser amado. E por seja, como é possível acreditar no oráculo?
várias e definitivas razões, das quais estava Por que uma pessoa necessita ancorar-se
absolutamente convencido, tentava – e con- nele, suspender, não necessariamente um
seguia – convencer os outros. Era um ho- juízo de realidade, mas um juízo crítico ou a
mem cheio de razão. E os fundamentos do capacidade de pensar com o presente?
seu estar cheio de razão era ser feio, coxo, Por que o oráculo tem essa capacidade e
corcunda, etc. Quer dizer, cultivava os atri- força, inclusive de convencer que de fato ele é
butos que justificavam completamente seu real, imutável tanto em sua origem como nas
ressentimento e com os quais a maioria das consequências anunciadas, levando a pessoa
pessoas costuma concordar. a cumpri-lo justamente por fugir dele ou ne-
gando-o?
Édipo e o poder do oráculo Tentando seguir sugestões de Bion para
A mesma cena oracular (junção do passado aclarar essas questões, começaria exempli-
com o futuro) encontramos num dos mitos ficando a partir do próprio mito do Édipo.
cotidianos da literatura psicanalítica, o com- Usando uma linguagem religiosa, diria que
plexo de Édipo. Vale destacar que, quando a crença no oráculo se sustenta porque ele
escutamos a palavra “Édipo”, nos remetemos representa o sagrado, numa evidente oposi-
à questão sexual, interpretação consagrada ção ao que se pode chamar de profano, re-
na história, que seria o desejo dos filhos por presentado por Édipo. E uma leitura que se
seus genitores opostos e a rivalidade entre pode fazer nessa contraposição ou diferença
eles. está na questão da temporalidade. O oráculo
Mas cabe lembrar que, em sua origem, sempre propõe a ilusão da reversibilidade do
Édipo fora arrancado dos braços da mãe por tempo. Ou seja, a ilusão da ressurreição e a
Laio e entregue a um pastor para que fosse imortalidade do ocorrido. O passado pode
abandonado à morte. Laio fez isso para que ser desfeito e rearranjado (estado mental
não se cumprisse a profecia do Oráculo, a onipotente). Já Édipo traz o tempo profano,
qual dizia que seu filho iria matá-lo quan- que é irreversível e revela o tempo finito hu-
do crescesse. Não esqueçamos que Laio fora mano. Eles, Laio e Édipo, são experiências
procurar a palavra do oráculo, às escondidas, emocionais que se chocam cotidianamente
como uma consulta para saber acerca das ra- em nossa mente. Laio, no caso, acredita no
zões da sua infertilidade. oráculo pelo fascínio da oferta da imortali-
Podemos fazer inúmeras conjecturas psi- dade e pelo sentimento de urgência que sua
canalíticas acerca dessa cena. Por exemplo, suposta infertilidade (uma falha ou denún-
distinguir aí uma luta entre os sexos, em que cia de uma humanidade/temporalidade) lhe
predominaram a rivalidade e a inveja de Laio causava, o que significa ser o único da espé-
em relação à mulher, pela capacidade que ela cie, sem descendência que viesse a tomar o
tem de gerar uma vida. É possível realizar seu lugar. E a aceitação da oferta produz o
outras conjecturas, mas o resultado, com cer- que se pode chamar de uma ética dramáti-
teza, é aquilo que Arnaldo Rascovsky (1970) ca. Nessa ética, a história real, digamos as-

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sim, não anda porque foi substituída por riável e ficamos fascinados pela teoria cau-
um drama cuja característica central está na sal. A esse formato de experiência emocio-
sustentação emocional do encontro sempre nal Bion denominou de vínculos – (menos):
contínuo entre passado, presente e futuro, - K, - L, - H.
com uma argumentação em cujo centro está No caso da narrativa inicial, para a pes-
a ideia de que pode ser mudado (o passado). soa afirmar que não consegue ter prazer no
Arnaldo Chuster (2002, p. 43) afirma: relacionamento, ela já deve ter tido alguma
relação. Para ter uma relação, ela já deve ter
[...] na área dramática, as consequências são se envolvido afetivamente com alguém. Mas
assassinato, incesto, suicídio, autoagressão, como estamos diante da lógica da ética dra-
cegueira, exílio, dispersão, ataque à lingua- mática, o vivido não pode ser experimenta-
gem, incapacidade de aprender com a experi- do, conforme Bion (1991), pois contrariar
ência, ausência de autoconhecimento, recusa o oráculo seria a maior de todas as insani-
ao princípio da Incerteza. dades. Dessa forma, o aprendizado com a
experiência emocional de si mesmo não se
Wilfred Bion e a questão do tempo constrói. A vida não anda apesar de a pes-
Bion tem uma proposição muito enigmáti- soa ter a sensação de que sim, anda. E mais,
ca ao falar sobre a atitude mental do analista fica amarrada pelo excesso de memória, que
em relação à experiência emocional do tem- propõe um futuro já definido e uma conse-
po. Ele destaca que o analista deve tentar, o quente necessidade de interpretação para
máximo possível, estar numa atitude de “[...] uma mudança do passado. Ou, no dizer de
sem memória, sem desejo e sem necessidade Bion (1991, p. 22): “[...] as ideias do passado
de compreensão” (Bion, 1970, p. 41). e sobre o futuro, embora sejam ideias fracas,
Se olharmos essa frase fora do contexto emocionalmente são fortes”.
do pensamento de Bion, diríamos, com a
maior naturalidade: esse homem (Bion) está Mesmo a nostalgia e a antecipação têm que
louco. Trata-se de uma completa ausência/ ser trazidas para o presente; é no presente que
distância/neutralidade de uma pessoa diante temos aqueles desejos, é no presente que te-
da outra que nem a mais drástica interpre- mos aquelas lembranças, é no presente que
tação acerca da neutralidade proporcionaria. vivemos. Assim, enquanto estamos pensando
Mas essa proposição nos oferece uma no passado e no futuro, estamos cegos e sur-
compreensão muito interessante. Se enten- dos para o que está se passando no momento
dermos a memória como o passado e o de- presente. Acho que Freud tinha algo dessa na-
sejo como o futuro, a junção contínua entre tureza em mente quando se referiu à ‘atenção
o passado e o futuro cria, conforme Bion, o flutuante’ (Bion, 1991, p. 132).
leito sensorial. No leito sensorial (a causali-
dade, a vida real, ou a sexualidade), surge a E surgem estas questões:
necessidade inadiável de produzir um filho. O que fazer diante do oráculo?
Algo que salve e dê um destino e um sentido O que fazer com o destino, ou o determi-
sensorial. Ou a necessidade de imortalidade nismo, ou o elemento invariável, força psí-
e eternidade. Ou, dizendo de outra forma, a quica tão acessível em nossas emoções?
junção entre a memória e desejo (passado e
futuro) é a proposição permanente do orá- A cesura
culo em nossa vida mental. Nesse procedi- A resposta, em contraposição à ética dramá-
mento de junção entre o passado e o futuro, tica, seria a ética trágica. Bion propôs uma
anulamos o presente ou restringimos nossa frase de Freud, usada em Inibições, sintomas
capacidade de observação do elemento va- e ansiedade, de onde retirou o termo “cesu-

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ra”. Há muito mais continuidade entre a vida criança sai de casa ou o dentro e o fora, eu e
intrauterina e a primeira infância do que a o outro. A noção de cesura nos faz ver que a
impressionante ‘cesura’ do nascimento per- origem, o momento de início é indecidível.
mite acreditar (Freud, [1926] 1991, p. 162). Por exemplo, na física quântica, nós temos
O que seria a cesura e quais as implicações um princípio chamado de ‘princípio da in-
desse conceito em relação à ética dramática? certeza’ (Chuster; Walz, 2003), estabeleci-
Na coluna 1 da Grade, encontramos a do por Werner Eizenberger. Esse princípio
ideia da hipótese definitória ou do oráculo propõe que é impossível saber a posição e a
que, conforme Bion, seria uma das conse- velocidade do elétron ao mesmo tempo. Isso
quências de ação da relação entre Laio (re- ocorre no vínculo com o paciente também.
versibilidade) e Édipo (irreversibilidade) Muitas vezes é impossível saber a origem do
em nossa mente. E se olharmos bem, parece material clínico na consulta, se esta é dele ou
natural/normal que Laio tente ser sempre o minha, assim como inúmeras vezes não sa-
vitorioso ou que optemos consciente e in- bemos diferenciar o dentro e o fora, o que é
conscientemente por ele. Quer dizer, que a real e o que imaginamos.
relação de causalidade entre os fenômenos Se soubermos/aceitarmos que existe um
ou entre teoria e prática seja direta e linear espaço vazio e tolerarmos a cesura, talvez
na linha do tempo em nossas emoções. algo novo surja,1 inclusive em nossa percep-
A cesura é uma tentativa de oferecer uma ção. Para isso, necessitamos lançar mão da
interpretação da história emocional para capacidade negativa, que é a capacidade de
além do determinismo, inclusive o psíquico. tolerar os mistérios, as incertezas, as meias
E um dos exemplos que ele usa é o da geo- verdades, sem a tentativa ansiosa ou o dever/
metria euclidiana e seus cinco postulados. O obrigação de chegar ao fato para obter uma
mais famoso é o das duas paralelas que ja- compreensão.
mais podem se encontrar. Ninguém sonha- Há sempre um desconhecido, uma va-
va em contestá-lo. Mas chegou um dia em riável por vir, que é fonte de especulação e
que alguns matemáticos mostraram que era distúrbio. Há algo constante e algo que está
possível construir outras geometrias, as não mudando. Como na transferência. Há um
euclidianas, que se revelaram muito ricas e transferido e algo a ser descoberto e cons-
criaram o conceito de certos ‘espaços’ num truído na dupla que se inicia. Ou seja, caso
outro estilo, o que permitiu a teoria da relati- o modelo do Universo em Expansão esteja
vidade, de Einstein. Sem a colocação de uma correto ou possamos usá-lo, devemos enten-
cesura ou um hiato entre causa e efeito no der que a mente é uma expansão ou que ela
pensamento, jamais teria sido possível esta tem esse princípio. É nesse elemento variável
descoberta: tolerar a suspensão do passado que é possível a saída ou escape do oráculo
para que o presente possa emergir em sua enquanto destino a ser cumprido. Cito três
novidade. frases do Bion como exemplo de suas obser-
Usando uma metáfora de Bion (1974, p. vações:
46), até numa contestação ao iluminismo:
Há um ponto em que a mudança quantitativa
Ao invés de tentar trazer uma luz brilhante, se transforma em mudança qualitativa. Mas
inteligente, compreensível para incidir sobre isso pressupõe passagem de ‘tempo’, que é um
problemas obscuros, sugiro empregarmos
uma diminuição da luz. 1. Essa ideia pode nos ajudar a revisitar o clássico conceito
de transferência, e podemos dizer que transferência tam-
bém é um sentimento de surpresa, o novo que se cria na
A cesura sempre existe. Existe quando dupla, e não apenas ocorre com o transferido (Chuster,
nascemos, na diferenciação sexual, quando a 2003).

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conceito, embora tendamos a nos esquecer to.2 Para isso, nosso melhor instrumento é a
disso e acreditar que há ‘algo’ como o tempo construção da capacidade negativa ou da to-
(Bion, 1974, p. 22). lerância do hiato entre o “eu” e o “outro”, jus-
tamente para que possamos ir ao encontro
Mas o ponto significativo não é o filho e o pai, e receber a realidade e descobrir algo novo,
ou o adulto humano e Deus, mas o relaciona- num novo circuito de interações.
mento entre os dois – o vínculo. É no vínculo Ao mesmo tempo, sair do circuito senso-
que algo permanece constante e algo estará rial do sem saída, para que o paciente não
mudando. A área utilizável para a psicanálise tenha em nós mais um alicerce para juntar
inspecionar é como um universo em expan- passado, presente e futuro numa mortifica-
são (Bion, 1974, p. 34). ção do viver e sem saída emocional.

Não creio que a vida real tenha quaisquer di-


visões como de religião, ou estética, ou ciên- Abstract
cia, como não há uma linha divisória entre o The aim of the article is to draw attention to
hemisfério norte e o sul. Essa linha conta algo the emotional conflict between the reversibility
sobre a mente humana (Bion, 1974, p. 50). and the irreversibility of time and how the
struggle of these emotions within us can
Isso é o que podemos denominar de um hinder a truly clinical or therapeutic listening.
pensar estético ou um modelo espectral de For this purpose, I will use the idea of Wilfred
observação. Ou, no dizer de Bion (1974, p. Bion’s Definite Grid Hypothesis as the starting
41): como podemos nos tornar fortes o bas- point of this study.
tante para tolerar isso? – uma finalidade bem
mais modesta do que tentar acrescentar algo Keywords: Wilfred Bion, Grid, Definitory
novo à psicanálise. Hypothesis, Analytical Listening, Oracular
Disorder.
Freud supõe (Dois princípios do funciona-
mento mental) que se fosse possível não haver
pensamento, o indivíduo passaria do impulso
diretamente para a ação, sem que existisse o
pensamento intermediário. Ao se confrontar
com o desconhecido, o ser humano o destrui-
ria. Posto numa formulação verbal de ima-
gem visual, é como se fosse ‘aqui está algo que
não compreendo – vou matar’ (ética dramáti-
ca). Mas uns poucos poderiam dizer ‘eis aqui
algo que não compreendo – devo descobrir’
(ética trágica) (Bion, 1974, p. 60).

Perspectivas
Uma escuta não oracular pressupõe a aceita-
ção emocional da irreversibilidade do tem-
po, quer dizer, que possamos reconhecer se
nossa “hipótese definitória” está sustentando 2. Conferir também: GUEDES, P. S.; WALZ, J. C. O senti-
ou não uma emoção ilusória de que contro- mento de culpa. 3.ed. Porto Alegre:Edição do Autor. 2012.
Nesse livro, procuramos mostrar que o sentimento incons-
lamos ou podemos controlar a vida, ou seja, ciente de culpa é a expressão maior de nosso estado mental
alicerçados na onipotência do pensamen- onipotente.

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Referências Sobre o autor

Julio Cesar Walz


Graduado em psicologia pela Universidade
BION, W. R. Atenção e interpretação. 2. ed. Rio de
do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS).
Janeiro: Imago, 2006.
Especialista em teoria psicanalítica
pela Universidade do Vale dos Sinos (UNISINOS).
BION, W. R. Cesura. Revista Brasileira de Psicanálise,
Membro Fundador do Instituto Wilfred Bion
São Paulo, n. 15, p. 123-136, 1981.
(Porto Alegre).
Mestre em psicologia social e institucional
BION, W. R. Conferências brasileiras 1. Rio de Janeiro:
pela Universidade Federal
Imago, 1974.
do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Doutor em medicina: ciências médicas pela
BION, W. R. O aprender com a experiência. Rio de
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Janeiro: Imago, 1991.
(UFRGS).
Pós-doutor em ciências médicas pela Universidade
CHUSTER, A. A grade edípica: anotações teórico-
Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
clínicas sobre configurações edípicas à luz dos
Atualmente é professor titular do curso
princípios ético-estéticos de observação. SBPPA,
de psicologia e do mestrado em saúde
Porto Alegre, v. 4, n. 1, p. 37-65, out. 2002.
e desenvolvimento humano da Universidade
La Salle (UNILASALLE-CANOAS) e pesquisador
CHUSTER, A. Transferência ou cesura. In: CHUSTER,
do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia
A. et al. W. R. Bion, novas leituras: a psicanálise, dos
em Medicina (INCT-M) junto Laboratório
princípios ético-estéticos à clínica, v. II. Rio de Janeiro:
de Psiquiatria Molecular
Companhia de Freud, 2003. p. 137-150.
do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.
Coordenador do Grupo de Estudos e Pesquisa
CHUSTER, A.; WALZ, J. C. O princípio da incerteza.
Interdisciplinar em Comportamento Obeso
In: CHUSTER, A. et al. W. R. Bion, novas leituras: a
(GEPICO).
psicanálise, dos princípios ético-estéticos à Clínica, v. II.
Rio de Janeiro: Companhia de Freud, 2003. p. 43-47.
Endereço para correspondência
E-mail: <juliowalz@hotmail.com>
FREUD, S. Inibições, sintomas e ansiedade (1926
[1925]). In: ______. Um estudo autobiográfico,
inibições, sintomas e ansiedade, análise leiga e outros
trabalhos (1925-1926). Direção geral da tradução de
Jayme Salomão. Rio de Janeiro: Imago, 1991. P. 95-
180. (Edição standard brasileira das obras psicológicas
completas de Sigmund Freud, 20).

GUEDES, P. S. R.; WALZ, J. C. O sentimento de culpa.


3. ed. Porto Alegre: Ed. do Autor, 2013.

RASCOVSKI, A. La matanza de los hijos. Buenos


Aires: Kargieman, 1970.

Recebido em: 28/05/2019


Aprovado em: 05/06/2019

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