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Laboratório de Matemática — Ficha 10

Número: 53121 Benedita Wainewright Matoso Gomes


Número: 54801 Guilherme Almeida

22/05/2020

1 Introdução do tema
Ao longo deste relatório vamos focar o nosso estudo no tópico das funções e suas propriedades. Introdu-
ziremos integrais e a sua interpretação gráfica, refletindo-se em áreas. Iremos, ainda, abordar o Teorema
Fundamental do Cálculo e implementá-lo. Vamos trabalhar com o programa GeoGebra e com o Python,
utilizando a ferramenta Jupyter Notebook.

Teorema 1 (Teorema Fundamental do Cálculo, Parte 1). Seja f uma função contínua num
intervalo I de R e seja x0 ∈ I. Então o integral indefinido de f com origem em x0 ,
∫ x
F (x) = f (t)dt, x ∈ I,
x0

é uma função diferenciável em I e tem-se F ′ (x) = f (x), ∀x ∈ I. Portanto F é uma primitiva


de f em I.
Teorema 2 (Teorema Fundamental do Cálculo Integral, Parte 2). Seja f uma função contínua
no intervalo [a, b] e seja F uma primitiva de f em [a, b]. Então
∫ b
f (x)dx = F (b)−F (a) = [F (x)]ba (fórmula de Barrow).
a

A fórmula anterior é ainda válida no caso em que a ≥ b.

2 Trabalho realizado
2.1 Questão 1
Usando o GeoGebra, realizámos os seguintes passos:

Começámos por considerar uma função f definida por

{
1 + cos(x) + 0.25xsin(x) se x < 2π
f=
x−2 se x ≥ 2π

e uma função F definida por


∫ X
F (x) = f (x)dx
a

Criámos:

• Uma função f
• Um slider h, com valores entre −0.2 e 0.2 e incremento de 0.0005.
π
• Um slider X, com valores entre 0 e 3π, e incremento 8.

1
• Um slider a, com valores entre −5 e 5.
• Um número F X definido como o integral da função f entre a e X.

• Um número F Xh definido como o integral da função f entre a e X + h.

1. Nesta primeira alínea criámos uma função dF definida da seguinte forma:


∫ F Xh
1dx = [x]FF X = F Xh − F X. Observemos a Figura 1.
Xh
dF =
FX

2. De seguida, foi criada uma caixa de texto, com o aspeto da figura seguinte, que traduz,
para a área de gráfico do GeoGebra, o valor da seguinte expressão F (X+h)−F
h
(X)
, em que
esta representa a taxa média de variação entre o ponto X e o ponto X + h. Ou seja,
F (X+h)−F (X)
h = dF
h . Vejamos a Figura 1.

Figura 1: GeoGebra

3. Criámos também uma caixa de texto, cujo o aspeto é f (X), que irá representar o valor de f
no ponto X.
4. Ao fazer X = π2 , comparámos os valores obtidos nas duas caixas de texto.
Quando X = π2 , e h = 0.25 o valor de dF é aproximadamente 1.29503 e o valor de f (X) é
aproximadamente 1.3927 (note-se que f (X) se vai manter perto deste valor uma vez que não
depende de h).
Quando aproximamos h de 0 repararamos que o valor de dF aproxima-se do valor de f (X),
vejamos como isto se demonstra:
Quando h −→ 0, pelo Teorema Fundamental do Cálculo:
F (X+h)−F (X)
F (X+h)−F (X)
= 1 ⇐⇒
1.3927
1.3927
h
f (X) = 1 ⇐⇒ f (X)h = 1 segue-se que F (X + h) − F (X) ∼
f (X)h

Para h muito pequeno, a área sob o gráfico de f entre as abcissas X e X + h é aproximada-


mente a de um retângulo de base h e altura f (X). Observemos a Figura 2.

Figura 2: GeoGebra

5. Como foi demonstrado anteriormente, a função F (X+h)−F


h
(X)
é uma boa aproximação de
f (X) quando h −→ 0. O ponto X = 2π, é um ponto de descontinuidade. Logo, a partir da
variação do valor de h podemos estudar o comportamento de f na vizinhança deste ponto.
Quando h < 0, f (X) aproxima-se de 2; quando h > 0, f aproxima-se do valor 4.28319, sendo
este o valor de f neste ponto. Vejamos a Figura 3.

2
Figura 3: GeoGebra

2.2 Questão 2
A segunda questão foi resolvida no Jupyter Notebook.

3 Conclusões
Com a elaboração deste relatório pudémos aplicar em diversas circunstâncias o Teorema Funda-
mental do Cálculo. Assim, comprovámos experimentalmente a consistência deste Teorema.

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